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Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1
SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007
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Bem-vindo(a) ao curso
Emergencista Pré-hospitalar
Créditos
Conteudistas
Luiz Cláudio Barbosa Castro - Tenente Coronel do Corpo de Bombeiros Militar do
Distrito Federal. Especialista em Atendimento Pré-Hospitalar e Gerência de Saúde, e
possui vasta experiência em emergência médica.
Osiel Rosa Eduardo - Major Combatente do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito
Federal. Especialista em Administração Pública e possui vasta experiência em
atendimento pré-hospitalar e gestão de riscos e desastres.
Francisco das Chagas Pontes - Capitão do Quadro Administrativo do Corpo de
Bombeiros Militar do Distrito Federal. Comandante da companhia de treinamento e
qualificação de recursos humanos do batalhão de emergência do CBMDF e
Especialista em atendimento pré-hospitalar.
-
Apresentação
O trauma e as emergências clínicas são
responsáveis anualmente por várias mortes e
seqüelas irreparáveis aos acidentados. O custo
das internações é muito alto para o Estado ou
para a família dos pacientes.
Estes fatos não podem ser desconsiderados e,
não só o Governo, mas todos os cidadãos
devem contribuir para melhorar este quadro,
tanto em relação à prevenção de acidentes e
doenças quanto no socorro aos acidentados.
O curso Emergencista Pré-hospitalar tem como
finalidade a preparação de profissionais no
primeiro atendimento a acidentados, fora do
ambiente hospitalar.
A nobre missão de salvar requer conhecimentos técnicos específicos de primeiros
socorros, portanto, o Emergencista é a pessoa mais valiosa no primeiro atendimento
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fora do hospital, diminuindo as complicações que poderiam prolongar a recuperação
ou resultar na incapacidade definitiva do paciente.
Bom curso!
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Módulo 1 - Aspectos fundamentais
Este módulo tem como objetivo apresentar os principais
aspectos relacionados ao Emergencista pré-hospitalar.
Para isso, foram relacionadas 4 aulas:
• Atribuições e responsabilidades do Emergencista
• Noções básicas de anatomia e fisiologia humana
• Avaliação geral do paciente
• Suporte básico de vida
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Aula 1 - Atribuições e responsabilidades do Emergencista
Os objetivos desta aula são:
• Descrever as principais atribuições do Emergencista no local de uma
ocorrência;
• Mostrar as prioridades para manter seguro o local de uma emergência
(ocorrência);
• Conceituar Negligência, Imperícia e Imprudência;
• Definir omissão de socorro; e
• Apresentar os principais materiais utilizados no Atendimento Pré-hospitalar.
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Antes de apresentar as principais atribuições do Emergencista,
alguns conceitos importantes devem ser observados:
Atendimento pré-hospitalar
É considerado como nível pré-hospitalar móvel na área de urgência, o atendimento
que procura chegar precocemente à vítima, após ter ocorrido um agravo à sua saúde
(de natureza clínica, cirúrgica, traumática, inclusive as psiquiátricas), que possa levar
ao sofrimento, a seqüelas ou mesmo à morte, sendo necessário, portanto, prestar-lhe
atendimento e/ou transporte adequado a um serviço de saúde devidamente
hierarquizado e integrado ao Sistema Único de Saúde. Podemos chamá-lo de
atendimento pré-hospitalar móvel primário quando o pedido de socorro for oriundo
de um cidadão ou de atendimento pré-hospitalar móvel secundário quando a
solicitação partir de um serviço de saúde, no qual o paciente já tenha recebido o
primeiro atendimento necessário à estabilização do quadro de urgência apresentado,
mas necessite ser conduzido a outro serviço de maior complexidade para a
continuidade do tratamento.
Primeiros socorros
São os procedimentos prestados, inicialmente, àqueles que sofreram acidente ou
doença, com a finalidade de evitar o agravamento do estado da vítima, até a chegada
de ajuda especializada.
Emergencista
É a pessoa tecnicamente capacitada para, com segurança, avaliar e identificar
problemas que comprometam a vida. Cabe ao emergencista prestar o adequado
socorro pré-hospitalar e o transporte do paciente sem agravar as lesões já existentes.
Omissão de socorro
Segundo o Artigo 135 do Código Penal, a omissão de socorro consiste em “Deixar de
prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada
ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, em desamparo ou em grave e iminente
perigo; não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública”.
Pena: detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa.
Diz ainda aquele artigo, “A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão
corporal de natureza grave, e é triplicada, se resulta de morte”.
Vale ressaltar que, o fato de chamar o socorro especializado, nos casos em que a
pessoa não possui treinamento específico ou não se sente confiante para atuar, já
descaracteriza a ocorrência de omissão de socorro.
Ocorrência
Evento causado pelo homem, de forma intencional ou acidental, por fenômenos
naturais, ou patologias, que podem colocar em risco a integridade de pessoas ou bens
e requer ação imediata de suporte básico de vida, a fim de proporcionar melhor
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qualidade de vida ou sobrevida aos pacientes, bem como evitar maiores danos à
propriedade ou ao meio ambiente.
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Atribuições e responsabilidades do Emergencista
Para ser um Emergencista é preciso aprender a lidar com o público.
Pessoas que estão doentes ou feridas não se encontram em condições normais. Você
deve ser capaz de superar comportamentos grosseiros ou pedidos descabidos,
supondo que estes pacientes estão agindo assim devido à doença ou ao ferimento
presente. Lidar com as pessoas é uma das mais exigentes tarefas do Emergencista e,
dependendo da situação, atuar de modo profissional pode ser muito difícil.
O Emergencista deve ser honesto e autêntico.
Quando estiver ajudando uma pessoa, você não deve dizer que ela está bem, se na
verdade ela estiver doente ou ferida. Nem mesmo dizer que tudo está bem quando
você percebeu que existe algo errado. Dizer para a pessoa não se preocupar é uma
bobagem. Quando uma emergência acontece, certamente, existe algo com que se
preocupar.
No local da emergência, você deve ser um profissional altamente disciplinado.
Observe a sua linguagem diante dos pacientes e do público. Não faça comentários
sobre os pacientes ou sobre a gravidade do acidente. Concentre-se em auxiliar o
paciente e evite distrações desnecessárias. Coisas simples como fumar um cigarro no
local da emergência, mostra que você não é disciplinado e não pode ser um
Emergencista.
Saiba mais sobre a ação do emergencista
A comunicação com o paciente pode ser benéfica e contribuir para o seu relaxamento,
desde que você seja honesto. Dizer ao paciente que você está treinado em primeiros
socorros e que irá ajudá-lo, pode diminuir o medo e estabelecer vínculos de confiança.
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Avisar ao paciente que o Serviço de Emergência Médica (Corpo de Bombeiros Militar
ou o SAMU) está a caminho pode ajudar a tranqüilizá-lo.
É essencial ao Emergencista ter discernimento quanto aos limites do que pode ser
comunicado ao paciente. Avisar que a criança do paciente está morta ou um ente
querido está seriamente ferido não ajudará em nada. Quando a assistência de
emergência é prestada, o Emergencista deve ter maior sensibilidade sobre o que dizer
ao paciente. Nessas situações, como uma tentativa de acalmar o paciente, o
Emergencista pode avisar que outras pessoas estão cuidando de seus entes queridos.
É importante lembrar que um paciente vivendo o stress da doença ou de um trauma
pode não tolerar uma pressão adicional.
Atuar como Emergencista exige que você controle os seus próprios sentimentos no
local da emergência. Você aprenderá a envolver-se com a assistência aos pacientes
enquanto, ao mesmo tempo, controla as suas próprias reações emocionais ao
enfrentar uma situação de doença ou ferimentos graves. Os pacientes não necessitam
unicamente de simpatia ou lágrimas, mas exigem um atendimento profissional.
Prestar assistência como Emergencista requer que você admita que o local do
acidente ou os tipos de emergência podem afetá-lo. Você deve conversar com outros
trabalhadores do serviço de emergência ou especialistas do Serviço de Emergência
Médica, para lidar com os seus problemas emocionais e o stress ocasionados pelas
situações de emergência.
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No local da emergência, você deve ser um profissional altamente disciplinado.
Observe a sua linguagem diante dos pacientes e do público. Não faça comentários
sobre os pacientes ou sobre a gravidade do acidente. Concentre-se em auxiliar o
paciente e evite distrações desnecessárias. Coisas simples como fumar um cigarro no
local da emergência, mostra que você não é disciplinado e não pode ser um
Emergencista.
Você não precisa mudar o seu estilo de vida para ser um Emergencista. Entretanto, no
momento em que você é requisitado para prestar assistência a uma pessoa, alguns
aspectos relacionados à mudança de seu comportamento devem ser considerados.
Sua atuação e aparência podem facilitar a obtenção da confiança do paciente. Tomar
uma dose a menos de bebida alcoólica em uma festa, pode parecer pouco importante,
porém, o significado desta pequena ação é muito importante, para que o
Emergencista preste uma assistência adequada nas situações de emergência.
Para ser um Emergencista, você deve manter-se em boas condições de saúde. Se você
tem limitações físicas, como dificuldade em agachar ou de respirar, o seu treinamento
terá pouca utilidade.
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Atributos do Emergencista
Os principais atributos inerentes à função do Emergencista, são:
• Ter conhecimento técnico e capacidade para oferecer o atendimento
necessário;
• Aprender a controlar suas emoções, ser paciente com as ações anormais ou
exageradas daqueles que estão sob situação de stress;
• Ter capacidade de liderança para dar segurança e conforto ao paciente.
-
Responsabilidades do Emergencista
As responsabilidades do Emergencista no local da ocorrência incluem o cumprimento
das seguintes atividades:
• Utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI´s);
• Controlar o local do acidente de modo a proteger a si mesmo, sua equipe, o
paciente, e prevenir outros acidentes;
• Obter acesso seguro ao paciente e utilizar os equipamentos necessários para a
situação;
• Identificar os problemas utilizando-se das informações obtidas no local e pela
avaliação do paciente;
• Fazer o melhor possível para proporcionar uma assistência de acordo com seu
treinamento;
• Decidir quando a situação exige a mobilização ou mudança da posição ou local
do paciente. O procedimento deve ser realizado com técnicas que evitem ou
minimizem os riscos de lesões adicionais;
• Solicitar, se necessário, auxílio de terceiros presentes no local da emergência e
coordenar as atividades.
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A responsabilidade profissional é uma obrigação atribuída a toda pessoa que exerce
uma arte ou profissão, ou seja, a responder perante à justiça pelos atos prejudiciais
resultantes de suas atividades inadequadas, portanto, o Emergencista poderá ser
processado e responsabilizado se cometer os seguintes atos:
IMPERÍCIA Ignorância, inabilidade, inexperiência
Entende-se, no sentido jurídico, a falta de prática ou ausência de conhecimentos, que
se mostram necessários para o exercício de uma profissão ou de uma arte qualquer.
A imperícia, assim se revela na ignorância, como na inexperiência ou na inabilidade
acerca de matéria, que deveria ser conhecida, para que se leve a bom termo ou se
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execute com eficiência o encargo ou serviço, que foi confiado a alguém.
Evidencia-se, assim, no erro ou engano de execução de trabalho ou serviço, de cuja
inabilidade se manifestou. Ou daquele que se diz apto para um serviço e não o faz
com a habilidade necessária, porque lhe falecem os conhecimentos necessários.
A imperícia conduz o agente à culpa, responsabilizando-o, civil e criminalmente, pelos
danos que sejam calculados por seu erro ou falta.
Exemplo: é imperito, o Emergencista que utilizar o reanimador manual, sem executar
corretamente, por ausência de prática, as técnicas de abertura das vias aéreas, durante
a reanimação.
IMPRUDÊNCIA Falta de atenção, imprevidência, descuido
Resulta da imprevisão do agente ou da pessoa, em relação às conseqüências de seu
ato ou ação, quando devia e podia prevê-las.
Mostra-se falta involuntária, ocorrida na prática de ação, o que a distingue da
negligência (omissão faltosa), que se evidencia, precisamente, na imprevisão ou
imprevidência relativa à precaução que deverá ter na prática da mesma ação.
Funda-se, pois, na desatenção culpável, em virtude da qual ocorreu um mal, que podia
e deveria ser atendido ou previsto pelo imprudente.
Em matéria penal, argüido também de culpado, é o imprudente responsabilizado pelo
dano ocasionado à vítima, pesando sobre ele a imputação de um crime culposo.
Exemplo: É imprudente o motorista que dirige um veículo de emergência excedendo
o limite de velocidade permitido na via.
NEGLIGÊNCIA Desprezar, desatender, não cuidar
Exprime a desatenção, a falta de cuidado ou de precaução com que se executam
certos atos, em virtude dos quais se manifestam resultados maus ou prejudicados, que
não adviriam se mais atenciosamente ou com a devida precaução, aliás, ordenada pela
prudência, fosse executada. A negligência, assim, evidencia-se pela falta decorrente de
não se acompanhar o ato com a atenção que se deveria.
Nesta razão, a negligência implica na omissão ou inobservância de dever que
competia ao agente, objetivado nas precauções que lhe eram ordenadas ou
aconselhadas pela prudência, e vistas como necessárias, para evitar males não
queridos ou evitáveis.
Exemplo: É negligente o Emergencista que deixa de utilizar Equipamento de Proteção
Individual (EPI), em um atendimento no qual seu uso seja necessário.
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Em suas atividades, o Emergencista deve identificar:
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Reconhecimento do local da ocorrência
O reconhecimento da situação é realizado pelo Emergencista no momento em que
chega ao local da emergência. O reconhecimento é necessário para que o mesmo
possa avaliar a situação inicial, decidir o que fazer e como fazer.
Para o correto reconhecimento do local da ocorrência, devem ser observados:
Avaliação do local
O Emergencista deverá avaliar o local da ocorrência, observando principalmente os
seguintes aspectos:
• A situação;
• Potencial de risco;
• As medidas a serem adotadas.
Informes do Emergencista
Após avaliar o local, o Emergencista deverá informar ao Corpo de Bombeiros Militar ou
ao SAMU:
• Local exato da ocorrência;
• Tipo de ocorrência;
• Riscos potenciais;
• Número de vítimas e idade;
• Gravidade das vítimas;
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• Necessidades de recursos adicionais;
• Nome e telefone do solicitante do socorro adicional.
A ordem dos dados a serem informados é dinâmica, podendo ser alterada conforme a
situação.
O importante é reportá-los sempre e o mais breve possível, pois só assim o
Emergencista terá o apoio necessário.
Segurança do local
Consiste na adoção dos cuidados por parte do Emergencista para a manutenção da
segurança no local de uma ocorrência, priorizando:
• Estacionamento adequado da viatura de emergência;
• Sinalização e isolamento do local;
• Gerenciamento dos riscos.
Estacionamento
Sinalização
A colocação dos cones de sinalização deverá obedecer a seguinte proporção:
1 metro para cada km/h da velocidade máxima permitida na via
Exemplo: Se a velocidade máxima permitida na via for 40 Km/h, o primeiro cone de
O Emergencista/motorista deverá
estacionar a viatura de
socorro/carro particular 15
metros antes do local do
acidente, utilizando-a como
anteparo, a fim de proporcionar
maior segurança à guarnição de
serviço e às vítimas envolvidas,
deixando assim, uma área
denominada “zona de trabalho”.
Nas situações em que já houver
uma viatura fazendo tal proteção,
a viatura de socorro deverá ser
colocada 15 metros à frente do
acidente, mantendo o espaço da
zona de trabalho.
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sinalização deverá ser posicionado 40 metros antes do local do acidente e os demais
cones deverão ser distribuídos em direção ao local do acidente.
Após a sinalização, o Emergencista
deverá se certificar que a sua visualização é ideal. Nos locais onde a visibilidade estiver
dificultada em virtude de neblina ou em uma curva, esta distância poderá ser
aumentada conforme a necessidade.
-
Equipamentos básicos utilizados no socorro pré-hospitalar
No socorro pré-hospitalar, diversos
equipamentos podem ser utilizados, de
acordo com sua função:
Equipamentos para avaliação do
paciente
• Lanterna pupilar;
• Esfigmomanômetro;
• Estetoscópio.
Equipamentos de proteção individual
• Luvas descartáveis;
• Máscaras faciais;
• Óculos de proteção;
• Avental.
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Equipamentos para reanimação cárdio-
pulmonar
• Máscara de RCP de bolso;
• Reanimadores manuais;
• Cânulas orofaríngeas;
• Aspiradores portáteis.
Equipamentos para curativos
• Ataduras de crepon;
• Compressas de gaze;
• Esparadrapo;
• Bandagens triangular;
• Solução fisiológica.
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Equipamentos para imobilização
• Colar cervical;
• Talas de imobilização (rígidas, infláveis, de papelão etc);
• Macas rígidas longas;
• KED (Colete de imobilização dorsal)
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Equipamentos para extração veicular
• Ferramenta para quebrar vidros;
• Luvas de raspa de couro.
Equipamentos diversos
• Tesoura de ponta romba;
• Kit obstétrico;
• Carvão ativado;
• Cobertor ou manta;
• Bolsa de primeiros socorros.
-
Aula 2 - Noções básicas de anatomia e fisiologia humana
Os objetivos desta aula são:
• Identificar as partes do corpo de acordo com a terminologia topográfica;
• Apresentar os aspectos importantes das camadas do tecido epitelial;
• Descrever as características e funções do sistema esquelético;
• Listar os principais órgãos que formam o sistema respiratório e suas funções;
• Enumerar os componentes do sistema cardiovascular e suas funções; e
• Listar os componentes do sistema nervoso e suas funções.
-
Anatomia e fisiologia humana
Anatomia
Ciência que estuda a estrutura e a forma dos seres organizados e a relação entre seus
órgãos, bem como a disposição destes.
Fisiologia
Ciência que estuda as funções orgânicas e os processos vitais dos seres vivos.
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Posição Anatômica
Posição Anatômica é a posição padronizada de
descrição do organismo, empregando-se os termos
de posição e direção.
O corpo humano deverá estar em:
• em posição ortostática;
• com a face voltada para frente;
• com o olhar dirigido para o horizonte;
• com os membros superiores estendidos ao
longo do tronco;
• com as palmas voltadas para frente;
• com os membros inferiores unidos.
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Mecanismo da respiração – inspiração
O corpo humano é dividido em:
• Cabeça;
• Pescoço;
• Tronco; e
• Membros.
o Nos membros empregam-se termos
especiais de posição:
o Proximal: situado mais próximo à raiz do
membro;
o Médio: situado entre proximal e distal; e
o Distal: situado mais distante da raiz do
membro.
Além desta divisão, para identificar as partes do
corpo humano, são definidos:
Planos Anatômicos
Plano mediano
direito e esquerdo
Plano transversal
superior e inferior
Plano frontal
anterior (ventral) e posterior (dorsal)
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Quadrantes Abdominais (órgãos)
QID
Apêndice
Parte do intestino
delgado
Parte do intestino grosso
Parte do ovário (mulher)
QSD
Maior parte do fígado
Vesícula biliar
Parte do intestino
delgado
Parte do intestino grosso
Parte do pâncreas
Parte do estômago
QSE
Baço
Maior parte do estômago
Parte do intestino grosso
Parte do intestino
delgado
Parte do pâncreas
Parte do fígado
QIE
Parte do intestino grosso
Parte do intestino
delgado
Parte do ovário (mulher)
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localização aproximada de lesões
Lesão A = Região posterior do tórax em nível de escápula esquerda.
Lesão B = Membro inferior esquerdo, terço médio da coxa, região anterior.
Lesão C = Membro superior esquerdo, terço distal do braço, região anterior.
Lesão D = Membro superior esquerdo, terço médio do antebraço, região anterior.
Lesão E = Membro superior esquerdo, terço médio da palma da mão.
Lesão F = Membro superior esquerdo, terço médio do dedo indicador, região anterior.
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O corpo humano e seus sistemas
O funcionamento do corpo humano pode ser melhor entendido quando são
estudados os seguintes sistemas:
Sistema Tegumentar
Sistema Esquelético
Sistema Respiratório
Sistema Cardiovascular
Sistema Nervoso
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Sistema Tegumentar
Sistema que inclui a pele e seus anexos, proporcionando ao corpo um revestimento
protetor que contém terminações nervosas sensitivas e participa da temperatura
corporal, além de cumprir outras funções.
Pele
Maior órgão do corpo humano. No adulto sua área total atinge aproximadamente
2m2, apresentando espessura variável (1 a 4 mm) conforme a região.
A distensibilidade é outra característica da pele que também varia de região para
região.
-
A pele
A pele tem como funções:
• Proteção;
• Regulação da temperatura;
• Excreção; e
• Produção de vitamina D.
A pele é dividida em camadas:
• Epiderme: camada mais superficial da pele;
• Derme: camada subjacente à epiderme, tendo sob ela a tela subcutânea.
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A pele
Glândulas da pele
A pele contém numerosas glândulas sudoríparas e sebáceas. As primeiras localizam-se
na derme ou tela subcutânea, com importante função na regulação da temperatura
corporal, porque sua excreção, o suor, absorve calor por evaporação da água. As
glândulas sudoríparas são especialmente abundantes na palma das mãos e planta dos
pés. Em certas regiões, como a axila e a dos órgãos genitais externos, existem
glândulas muito semelhantes às sudoríparas, cuja secreção, entretanto, produz odor
característico.
Coloração da pele
A cor da pele depende da quantidade de pigmentos, da vascularização e da espessura
dos estratos mais superficiais da epiderme. Entre os pigmentos, a melanina é o mais
importante e sua quantidade na pele varia com a raça.
-
Sistema Esquelético
É um conjunto de ossos e cartilagens que se unem através de articulações, para formar
o arcabouço do corpo e desempenhar várias funções, sendo composto de 206 ossos.
As funções do sistema esquelético são:
• Proteção dos órgãos e tecidos;
• Sustentação e conformação do corpo;
• Armazenamento de minerais essenciais;
• Inserção de músculos;
• Permitir a realização de movimentos;
• Conferir rigidez e resistência ao corpo; e
• Produção de certas células sangüíneas.
-
Ossos Tecido conjuntivo mineralizado vivo, altamente vascularizado, e em constante
transformação.
Classificação quanto à forma
Ossos Longos: o comprimento predomina sobre a largura e a espessura.
fêmur, rádio, ulna, tíbia, falanges
Ossos Curtos: as três dimensões equivalem-se.
tarso e carpo
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Ossos Laminares: o comprimento e largura equivalem-se, predominando sobre a
espessura.
escápula, ossos do crânio e ossos do quadril
Ossos Irregulares: apresentam uma morfologia complexa, onde não há
correspondência nas formas geométricas.
temporal, vértebras
Ossos pneumáticos: apresentam uma ou mais cavidades de volume variado,
revestido de mucosa e contendo ar.
frontal, temporal, maxilar
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Divisão anatômica do esqueleto
O esqueleto subdivide-se em duas partes:
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A união dos esqueletos axial e apendicular ocorre através das cinturas.
-
Divisão anatômica do esqueleto
Crânio
O crânio possui duas divisões principais:
Caixa encefálica (crânio propriamente dito): composto por 08 ossos largos e
irregulares que se fundem formando a cobertura que protege o encéfalo.
Face: composta por 14 ossos que se fundem para dar sua forma.
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Coluna vertebral
Estrutura óssea central, composta de 33
vértebras, dividida em cinco regiões:
Coluna cervical (pescoço): composta de 07
vértebras;
Coluna torácica (parte superior do dorso):
composta de 12 vértebras;
Coluna lombar (parte inferior do dorso):
composta de 05 vértebras;
Coluna sacral (parte da pelve): composta
de 05 vértebras;
Coluna coccígea (cóccix ou cauda):
composta de 04 vértebras.
Articulações
Conexão entre dois ou mais ossos
adjacentes, que de acordo com a
conformação e o aspecto estrutural são
agrupadas em três tipos principais:
Articulações fibrosas: São aquelas em que
o tecido que interpõe as peças ósseas é
fibroso, impossibilitando o seu movimento;
Articulações cartilaginosas: São aquelas em
que o tecido que interpõe as peças ósseas
é formado por fibrocartilagem ou cartilagem hialina, possibilitando movimentos
limitados;
Articulações sinoviais: São aquelas em que o elemento que interpõe as peças ósseas é
o líquido sinovial, possibilitando movimentos amplos.
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-
Sistema Respiratório
É o conjunto de órgãos que permite a captação de oxigênio e a eliminação de dióxido
de carbono produzido na respiração interna.
O Sistema Respiratório tem como função conduzir o ar do meio ambiente para os
pulmões, e vice-versa, promovendo a troca gasosa, como também filtrar, pré-aquecer
e umedecer o ar inspirado.
Respiração
Conjunto dos fenômenos que permitem a absorção do oxigênio e a expulsão do gás
carbônico pelos seres vivos.
-
Órgãos componentes do Sistema
Respiratório
O Sistema Respiratório é composto
pelos seguintes órgãos:
Nariz
No interior do nariz (narinas) existem pêlos, denominados vibrissas ou cílios, que
recolhem a maior parte das partículas e pó existentes no ar, realizando assim, uma
filtragem grosseira dessas impurezas. Eles e estão em constante movimento a fim de
eliminar estes resíduos através das narinas. É guarnecido de uma camada de líquido
(muco), que retém outras partículas de pó em sua porção superior. Ainda existem as
conchas nasais, superior, média e inferior, que servem para aumentar a superfície
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mucosa da cavidade nasal, pois é esta superfície mucosa que umedece e aquece o ar
inspirado, “condicionando-o” para que seja melhor aproveitado na hematose que se
dá ao nível dos pulmões.
Faringe
É um tubo muscular membranoso associado a dois sistemas: respiratório e digestório,
situando-se posteriormente à cavidade nasal, bucal e à laringe.
Laringe
É um órgão tubular, situado no plano mediano e anterior do pescoço que, além de via
aerífera é órgão da fonação, ou seja, da produção do som. Coloca-se anteriormente à
faringe, comunicando-se com a mesma através da glote, junto à glote está a epiglote,
que tem a função de fechar a glote durante a passagem do bolo alimentar.
Esqueleto da Laringe
A laringe é continuada diretamente pela traquéia e apresenta um esqueleto
cartilaginoso. A maior cartilagem é a tireóide, constituída de duas lâminas que se
unem anteriormente em V; a cartilagem cricóide é ímpar, situando-se inferiormente à
cartilagem tireóide. Entre as duas cartilagens, situa-se a membrana ou ligamento
cricotireóideo.
Traquéia
É um canal situado entre a laringe e a origem dos brônquios. Tem de 12 a 15 cm de
comprimento e é constituída por 16 a 20 anéis cartilaginosos incompletos, em forma
de C, sobrepostos e ligados entre si.
Brônquios
São os canais resultantes da bifurcação da traquéia. Os brônquios vão se ramificando
em direção aos lobos pulmonares em diâmetros cada vez menores.
Pulmões
Principais órgãos da respiração, sendo um direito e outro esquerdo, são órgãos moles,
esponjosos e dilatáveis. Estão contidos na cavidade torácica e, entre eles, há uma
região denominada mediastino.
Os pulmões se subdividem em lobos, sendo três para o direito e dois para o esquerdo.
As vias aéreas finalmente terminam nos alvéolos, cada um dos quais está em contato
com os capilares sangüíneos onde se dá a função essencial dos pulmões, a hematose
(oxigenação do sangue venoso).
Pleura
Cada uma das membranas serosas que cobrem as paredes internas da cavidade
torácica (pleura parietal) e a superfície externa dos pulmões (pleura visceral).
Músculos da respiração
Os principais músculos da respiração são o diafragma que separa a cavidade torácica
da abdominal e os músculos intercostais, que estão situados entre as costelas.
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Mecanismo da respiração – inspiração
Durante a inspiração (inalação):
• o diafragma e os músculos intercostais se contraem;
• quando o diafragma se contrai, move-se para baixo, aumentando a cavidade
torácica longitudinalmente;
• quando os músculos intercostais se
contraem, elevam as costelas;
estas ações se combinam para
aumentar a cavidade torácica (fole)
em todas as dimensões, os pulmões
são puxados com ela, que se expande
pela sucção exercida através das
superfícies pleurais unidas.
A pressão aérea interna, menor que a
externa, permite a entrada de ar pela
traquéia enchendo os pulmões. O ar se
moverá de uma área de maior pressão para
uma de menor pressão, até tornarem-se
equivalentes.
-
Mecanismo da respiração – expiração
Durante a expiração:
o diafragma e os músculos intercostais se relaxam;
a medida que estes músculos se relaxam, a cavidade torácica diminui de tamanho em
todas as dimensões;
a medida que a cavidade torácica diminui, o ar nos pulmões é pressionado em um
espaço menor, a pressão interna aumenta e o ar é empurrado através da traquéia.
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Sistema Cardiovascular
É um sistema fechado, composto pelo coração e por uma rede de tubos denominado
artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias.
As principais funções do Sistema Cardiovascular são:
• Fornecer Oxigênio, substâncias nutritivas e hormônios aos tecidos;
• Transportar produtos finais do metabolismo, como CO2 e uréia até os órgãos
responsáveis por sua eliminação; e
• Termoregulação do organismo.
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Sangue
O sangue é um líquido vermelho, viscoso, composto por plasma (parte líquida),
glóbulos vermelhos (hemácias), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas.
Composição do sangue
Plasma: Transporta os glóbulos e nutrientes para todos os tecidos. Também leva os
produtos de degradação para os órgãos excretores.
Glóbulos vermelhos: Fornecem a cor ao sangue e carreiam oxigênio.
Glóbulos brancos: Atuam na defesa do organismo contra as infecções.
Plaquetas: São essenciais para a formação de coágulos sangüíneos, necessários para
estancar o sangramento.
-
Coração
É um órgão muscular, oco, ímpar e mediano, que funciona como uma bomba contrátil
e propulsora do sangue.
Camadas musculares do coração
As paredes do coração são formadas por três camadas:
• Miocárdio: camada média determina a sístole e a diástole cardíaca;
• Endocárdio: camada de revestimento interno;
• Epicárdio: camada de revestimento externo.
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Coração
As cavidades cardíacas são quatro:
2 átrios (cavidades superiores) e 2 ventrículos (cavidades inferiores).
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Átrio esquerdo
Desembocam as veias
pulmonares direita e
esquerda. Comunica-se
com o ventrículo esquerdo
através da valva bicúspide
ou mitral (possui dois
cúspides).
Ventrículo esquerdo
Nele chega sangue
oxigenado proveniente do
átrio esquerdo, que
posteriormente é expulso
para todo o corpo através
da artéria aorta.
Átrio direito
Desembocam as veias
cavas superior e inferior.
Comunica-se com o
ventrículo direito através
da valva tricúspide (possui
três cúspides).
Ventrículo direito
Nele chega sangue rico em
CO2 proveniente do átrio
direito, que posteriormente
é expulso para a artéria
pulmonar.
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Coração
Movimentos cardíacos
Para o coração realizar sua função de bombeamento de
sangue, efetua movimentos de contração e relaxamento da
musculatura das suas cavidades:
Sístole: período de contração dos ventrículos, para expulsar o
sangue proveniente dos átrios para as artérias pulmonares e
aorta;
Diástole: período de relaxamento dos ventrículos, simultâneos ao de contração dos
átrios, permitindo a passagem de sangue dos átrios, para os ventrículos.
-
Vasos sangüíneos
São tubos que formam a complexa rede do sistema cardiovascular, constituída por
artérias e veias que se ramificam em calibres cada vez menores, originando as
arteríolas, vênulas e capilares.
Artérias
Vasos sangüíneos que saem do coração levando sangue para o corpo.
Veias
Vasos sangüíneos que chegam ao coração trazendo sangue do corpo.
Circulação sangüínea
A circulação sangüínea tanto no homem, como nos mamíferos em geral, é dupla:
Circulação Pulmonar = Pequena Circulação
Percurso da circulação pulmonar:
Coração (ventrículo direito) > pulmões > coração (átrio esquerdo)
Circulação Sistêmica = Grande Circulação
Percurso da circulação sistêmica:
Coração (ventrículo esquerdo) > tecidos do corpo > coração (átrio direito), passando
pelos capilares dos diversos sistemas ou aparelhos do corpo
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Circulação sangüínea
-
O sangue arterial (rico em
O2) deixa o ventrículo
esquerdo através da artéria
aorta (circulação sistêmica).
As artérias tornam-se
gradualmente mais
finas (arteríolas), até
que o sangue circule
através de delgados
capilares.
Os capilares são vasos de calibre
diminuto, como fios de cabelo, onde
as hemácias podem entrar em íntimo-
contato com as células do organismo
(ocorrendo o metabolismo celular:
troca de nutrientes e O2 por produtos
O sangue (rico em CO2)
passa dos capilares para
pequenas veias (vênulas)
que se unem e tornam-se
maiores, à medida que se
aproximam do coração.
Elas levam o sangue
através da veia cava
(inferior e superior) para o
átrio direito,
impulsionando-o para o
ventrículo direito
De lá, o sangue é bombeado através da artéria
pulmonar para os pulmões (circulação pulmonar),
onde volta a passar através de um sistema capilar
(ocorrendo a hematose: troca de CO2 por O2).
Retorna então pela veia
pulmonar
desembocando no átrio
esquerdo, que por sua
vez é impulsionado para
o ventrículo esquerdo
(iniciando a circulação
sistêmica), completando
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Circulação sangüínea
O sistema é completamente fechado, com dois
conjuntos de capilares conectando arteríolas e
vênulas nos pulmões e nos tecidos do restante
do organismo.
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Sistema Nervoso
Sistema responsável pelo controle e
coordenação das funções de todos os sistemas
do organismo e, ainda, ao receber estímulos
aplicados à superfície do corpo (frio, calor, dor
etc) é capaz de interpretá-los e desencadear,
eventualmente, respostas adequadas a estes
estímulos.
Muitas funções do sistema nervoso dependem da vontade
caminhar é um ato voluntário
Muitas outras ocorrem involuntariamente, sem que tenhamos consciência
a secreção da saliva ocorre independente de nossa vontade
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Sistema Nervoso
As funções do Sistema Nervoso são:
• Colher informações do meio externo e interno e transformá-las em estímulos;
• Controlar e coordenar as funções de todos os sistemas do organismo.
O Sistema Nervoso pode ser dividido em:
Sistema Nervoso Central – SNC
O sistema nervoso central é uma porção de recepção de estímulos, de comando e
desencadeadora de respostas. A porção periférica está constituída pelas vias que
conduzem os estímulos ao sistema nervoso central ou que levam até aos órgãos, as
ordens emanadas da porção central. Pode-se dizer que o SNC está constituído por
estruturas que se localizam no esqueleto axial (coluna vertebral e crânio): a medula
espinhal e o encéfalo.
Sistema Nervoso Periférico – SNP
O sistema nervoso periférico compreende os nervos cranianos e espinhais, os gânglios
e as terminações nervosas.
Sistema Nervoso Visceral – SNV
O sistema nervoso visceral relaciona o indivíduo com o meio interno, compreendendo
fibras sensitivas (aferente) interoceptores e motoras (eferente) – músculo liso e
gânglios. A este último, está relacionado o sistema nervoso autônomo (SNA), ou
involuntário, constituído apenas da parte motora do SNV.
Sistema Nervoso Somático – SNS
O sistema nervoso somático relaciona o indivíduo com o meio externo,
compreendendo fibras sensitivas (aferente) exteroceptores e motoras (eferente)
músculo estriado esquelético.
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Sistema Nervoso Central
Meninges:
O encéfalo e a medula espinhal são envolvidos e protegidos por lâminas (ou
membranas) de tecido conjuntivo chamadas, em conjunto, de meninges.
Estas lâminas são, de fora para dentro:
• dura-máter;
• aracnóide; e
• pia-máter.
O Sistema Nervoso Central – SNC é dividido anatomicamente em:
Encéfalo
Porção do sistema nervoso central localizado na caixa craniana e que compreende o
cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico.
Medula espinhal
É a continuação direta do encéfalo, localizada dentro do canal vertebral. A medula
espinhal tem papel fundamental na recepção de estímulos sensitivos e retransmissão
de impulsos motores. Todos os centros importantes do encéfalo são conectados
através de longos feixes nervosos, diretamente aos órgãos ou músculos que
controlam. Estes feixes se unem formando a medula espinhal, transmitindo
mensagens entre o encéfalo e o sistema nervoso periférico. Estas mensagens são
passadas ao longo do nervo sob a forma de impulsos elétricos.
Da base do crânio, a medula se estende pelo tronco até o nível da primeira ou
segunda vértebra lombar. Na porção final da medula localizam-se nervos espinhais
que formam uma espécie de “cabeleira” nervosa, comparada à cauda eqüina.
Cérebro
Constitui a parte mais importante do encéfalo, localiza-se na caixa craniana, é centro
da consciência. As funções do cérebro normal incluem a percepção de nós mesmos e
do ambiente ao nosso redor, controla nossas reações em relação ao meio ambiente,
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respostas emocionais, raciocínio, julgamento e todas as nuances que formam a
consciência, as sensações e origem dos movimentos, compreendendo o telencéfalo e
o diencéfalo.
Cerebelo
Possui a função de determinar o equilíbrio do corpo e sua orientação no espaço, bem
como, a regulação do tônus muscular e a coordenação das atividades motoras do
organismo.
Tronco encefálico
Parte do encéfalo que une a medula espinhal aos hemisférios cerebrais e por onde
transitam todas as grandes vias sensitivas e motoras.
Telencéfalo
O telencéfalo é a porção mais anterior e mais desenvolvida do cérebro, ocupa a maior
parte da cavidade craniana e é envolvido pelas meninges, sendo o segmento mais
desenvolvido do encéfalo humano. Nele encontra-se o córtex cerebral que é uma
lâmina cinzenta, de espessura variável e que constitui a superfície do hemisfério
cerebral.
Diencéfalo
É um dos principais centros receptores de impulsos elétricos oriundos das vias
periféricas, possui volumosos núcleos cinzentos.
Mesencéfalo
Protuberância que constitui o ponto de junção do cérebro, do cerebelo e da medula
espinhal. Comunica-se com o cérebro através de fibras nervosas encarregadas de
conduzir estímulos oculares, visuais, acústicos e outros.
Ponte
Localizada na parte mediana do tronco encefálico, é formada por agrupamentos de
fibras e células nervosas. A Ponte possui três pares de nervos responsáveis pela
inervação dos músculos que movimentam os olhos para os lados, dos músculos
mímicos da face, das glândulas salivares e lacrimais, e conduz sensações de paladar
captadas na língua.
Bulbo
Porção inferior do tronco encefálico no sentido crânio-caudal, sendo que o grande
forame (forame magno), constitui o limite convencional com a medula espinhal.
Possui feixes de fibras motoras que comandam os movimentos dos músculos
voluntários.
Essas fibras dirigem-se, paralelamente, até o forame occipital, onde trocam de lado. No
resto do percurso, caminham do lado oposto àquele em que estavam originalmente.
Este cruzamento de fibras faz com que as ordens emitidas, a partir do hemisfério
cerebral direito, sejam transmitidas ao lado esquerdo do corpo e vice-versa. Por isso,
acidentes que lesem o lado esquerdo da cabeça provocam, em geral, paralisia do lado
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direito.
Além disso, no bulbo, localizam-se dois centros vitais, encarregados de controlar a
respiração e o funcionamento vasomotor. Um tiro que atinja o bulbo mata
instantaneamente. A pressão sangüínea cai de forma tão acentuada que não permite
mais a irrigação dos diversos órgãos. Com a lesão do bulbo, são cortados os impulsos
que controlam o funcionamento dos vasos sangüíneos e dos pulmões.
-
Sistema Nervoso Periférico
O Sistema Nervoso Periférico – SNP – é dividido anatomicamente em:
Nervos
São cordões esbranquiçados formados por fibras nervosas unidas por tecido
conjuntivo, tendo como função conduzir impulsos ao SNC e também conduzi-los do
SNC ao periférico. Distinguem-se dois grupos, os nervos cranianos e os espinhais.
Nervos cranianos
São 12 pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo. A maioria deles (10)
originam-se no tronco encefálico. Além do seu nome, os nervos cranianos são também
denominados por números em seqüência crânio-caudal. A relação abaixo apresenta o
nome e o número correspondente a cada um dos pares cranianos:
Olfatório é puramente sensitivo e ligado à olfação como o nome indica, iniciando-se
em terminações nervosas situadas na mucosa nasal.
Óptico, também sensitivo, origina-se na retina e está relacionado com a percepção
visual.
Oculomotor, troclear e abducente enervam músculos que movimentam o olho, sendo
que o III par é também responsável pela inervação de músculos chamados intrínsecos
do olho, como o músculo esfíncter da íris (que fecha a pupila) e o músculo ciliar (que
controla a forma da lente).
Trigêmeo é predominantemente sensitivo, sendo responsável pela sensibilidade
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somática de quase toda a cabeça. Um pequeno contingente de fibras é motor,
inervando a musculatura mastigadora, isto é, músculos que movimentam a
mandíbula.
Facial, glossofaríngeo e vago são altamente complexos no que se refere aos
componentes funcionais, estando relacionados às vísceras e à sensibilidade gustativa,
além de inervar glândulas, musculatura lisa e esquelética. O nervo vago é um dos
nervos cranianos mais importantes pois inerva todas as vísceras torácicas e a maioria
das abdominais.
Vestíbulo-coclear é puramente sensitivo, constituído de duas porções: A porção
coclear está relacionada com os fenômenos da audição e a porção vestibular com o
equilíbrio.
Acessório inerva músculos esqueléticos, porém, parte de suas fibras unem-se ao vago
e com ele é distribuída.
Hipoglosso inerva os músculos que movimentam a língua, sendo por isso,
considerado como o nervo motor da língua.
Nervos espinhais
Os 31 pares de nervos espinhais mantêm conexão com a medula e abandonam a
coluna vertebral através de forames intervertebrais. A coluna pode ser dividida em
porções cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea. Da mesma maneira,
reconhecemos nervos espinhais que são cervicais, torácicos, lombares, sacrais e
coccígeos.
-
Aula 3 - Avaliação geral de pacientes
Os objetivos desta aula são:
• Listar as 5 fases da avaliação geral de um paciente;
• Listar 3 fontes rápidas de informação no local da cena;
• Diferenciar a avaliação dirigida para trauma e a avaliação dirigida para
emergência clínica;
• Classificar corretamente o paciente de acordo com a escala CIPE;
• Enumerar os principais sinais e sintomas observados numa vítima; e
• Apresentar a seqüência correta dos passos da avaliação pré-hospitalar de
pacientes.
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Avaliação pré-hospitalar de pacientes
A avaliação pré-hospitalar de pacientes é um procedimento orientado, utilizado pelo
Emergencista para identificar e corrigir possíveis doenças ou traumas que ameaçam a
vida em curto prazo, devendo o Emergencista tomar decisões sobre os cuidados mais
adequados e o mais rápido possível.
O processo de avaliação geral do paciente divide-se em cinco fases distintas, a saber:
-
Avaliação da cena
Ao chegar no local da ocorrência, o Emergencista deve:
• Observar a cena procurando identificar riscos potenciais para si, para o
paciente ou outros envolvidos (terceiros);
• Observar os mecanismos do trauma ou a natureza da doença do paciente;
• Checar o número de vítimas; e
• Acionar, se necessário, recursos adicionais.
Durante o deslocamento para a cena, o Emergencista deve revisar as informações
contidas no despacho, bem como adotar medidas de proteção individual.
-
Avaliação da cena
Fontes rápidas de informação no local da cena:
• a cena por si só;
• o paciente (se estiver consciente e em condições de responder), familiares,
testemunhas ou curiosos;
• os mecanismos do trauma;
• a posição do paciente, qualquer deformidade maior ou lesão óbvia; e
qualquer sinal ou sintoma indicativo de emergência clínica.
A cena por si só
Após avaliar a cena, o Emergencista deve iniciar o gerenciamento dos riscos e o
controle da mesma, acionando se necessário, recursos adicionais para as medidas de
sinalização do local, isolamento da cena, estabilização de veículos (calçar e amarrar se
necessário), controle de tráfego, desligamento de motores automotivos, desativação
de cabos elétricos energizados, remoção de pacientes em situação de risco iminente,
dentre outros.
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Avaliação inicial
Podemos conceituá-la como sendo um processo ordenado para identificar e corrigir,
de imediato, problemas que ameacem a vida a curto prazo.
Durante a avaliação inicial, os problemas que ameaçam a vida, por ordem de
importância, são:
• Vias aéreas
Permeabilidade e se há comprometimento da coluna cervical.
• Respiração
Se respira e como se processa esta respiração.
• Circulação
Se tiver pulso, se há hemorragia e risco de estado de choque.
-
Avaliação inicial
Como Realizar a Avaliação Inicial
Observe visualmente a cena e forme uma impressão geral do paciente.
Avalie o nível de consciência do paciente (AVDI). Identifique-se como Emergencista e
solicite autorização para ajudar.
Avalie a permeabilidade das vias aéreas e estabilize manualmente a coluna cervical.
Avalie a respiração do paciente (use a técnica do ver, ouvir e sentir – VOS).
Verifique a circulação do paciente (avalie o pulso carotídeo em adultos e crianças, e o
braquial em lactentes) e verifique a presença de hemorragias e perfusão.
Decida a prioridade para o transporte, através da escala CIPE.
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Avaliação inicial
Escala CIPE
Ao término da avaliação inicial, o Emergencista deve classificar o paciente de acordo
com a gravidade de suas lesões ou doença. Essa classificação é baseada na escala CIPE.
Crítico
Parada respiratória ou cárdio-respiratória.
Instável
Paciente inconsciente, com choque descompensado, dificuldade respiratória severa,
com lesão grave de cabeça e/ou tórax.
Potencialmente Instável
Paciente com choque compensado portador de lesões isoladas importantes.
Estável
Paciente portador de lesões menores e sinais vitais normais.
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Avaliação inicial
Os pacientes críticos e instáveis devem ser tratados no máximo em 5 minutos, no local
da emergência e transportados de imediato. Nesses casos, a avaliação dirigida e a
avaliação física detalhada devem ser realizadas durante o transporte para o hospital,
simultaneamente com as medidas de suporte básico de vida.
Já no caso dos pacientes potencialmente instáveis e estáveis, o Emergencista deve
continuar a avaliação no local da emergência, no máximo em 12 minutos, e
transportá-lo após sua estabilização.
Colar Cervical e Oxigênio
Após decidir sobre a prioridade de transporte, a equipe de Emergencistas deve realizar
um rápido exame físico na região posterior, anterior e lateral do pescoço e, em
seguida, mensurar e aplicar o colar cervical de tamanho apropriado. Depois, os
Emergencistas devem avaliar a necessidade de ofertar oxigênio para o paciente. Para
isto, devem examinar o nariz, a boca e a mandíbula, através do emprego de uma
máscara facial com reservatório de oxigênio.
Para tratar os pacientes de emergência clínica, os Emergencistas podem utilizar os
mesmos parâmetros recomendados nos casos de trauma, no entanto, não necessitam
imobilizar a região cervical.
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Avaliação dirigida
Podemos conceituá-la como sendo um processo ordenado para obter informações,
descobrir lesões ou problemas clínicos que, se não tratados, poderão ameaçar a vida
do paciente.
É dividida em três etapas, são elas:
• Entrevista: Etapa da avaliação onde o Emergencista conversa com o paciente
buscando obter informações dele próprio, de familiares ou de testemunhas,
sobre o tipo de lesão ou enfermidade existente e outros dados relevantes;
• Sinais Vitais: Etapa da avaliação onde o Emergencista realiza a aferição da
respiração, pulso, pressão arterial e temperatura relativa da pele do paciente; e
• Exame rápido: O exame rápido é realizado conforme a queixa principal do
paciente ou em todo segmento corporal.
Fique atento durante todo o processo de avaliação, pois algumas vezes a natureza da
emergência pode não estar claramente definida.
-
Avaliação dirigida
Guia para realizar uma Entrevista
Se o paciente estiver consciente e em condições de respondê-lo, questione-o
utilizando as seguintes perguntas chaves:
1) Nome e idade (se é menor, procure contatar com seus pais ou um adulto
conhecido)
2) O que aconteceu? (para identificar a natureza da lesão ou doença)
3) Há quanto tempo isso aconteceu?
4) Isso já ocorreu antes? (emergência clínica)
5) Você tem algum problema de saúde?
6) Você tem tomado algum remédio?
7) Você é alérgico a alguma coisa?
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Avaliação dirigida
Sinais Diagnósticos
Sinal é tudo aquilo que o Emergencista pode observar ou sentir no paciente enquanto
o examina.
Pulso, palidez, sudorese etc.
Sintoma é tudo aquilo que o Emergencista não consegue identificar sozinho. O
paciente necessita contar sobre si mesmo.
Dor abdominal, tontura etc.
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Avaliação dirigida
Aferição de Sinais Vitais
Os sinais vitais a serem aferidos são:
Pulso
É o reflexo do batimento cardíaco palpável nos locais onde as artérias calibrosas
estão posicionadas próximas da pele e sobre um plano duro.
Valores normais:
• Adulto 60-100 batimentos por minuto (bpm).
• Criança 80-140 bpm.
• Lactentes 85-190 bpm.
Respiração
Absorção do oxigênio e exalação do gás carbônico.
Valores normais:
• Adulto 12-20 ventilações por minuto (vpm).
• Criança 20-40 vpm.
• Lactentes 40-60 vpm.
Temperatura
É a diferença entre o calor produzido e o calor perdido pelo corpo humano.
Valores normais:
36,5 a 37,0 ºC – Independente da faixa etária.
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Temperatura Relativa da Pele
Em atendimento pré-hospitalar, o Emergencista verifica a temperatura relativa da pele
colocando o dorso da sua mão sobre a pele do paciente (na testa, no tórax ou no
abdome). O Emergencista estima a temperatura relativa da pele pelo tato.
Convém recordar que a pele é a grande responsável pela regulação da temperatura e
pode apresentar-se normal, quente ou fria, úmida ou seca.
Durante a avaliação continuada, o Emergencista deve utilizar o termômetro clínico,
para real certificação da temperatura corporal.
Com relação à coloração, a pele pode estar:
• Pálida,
• Ruborizada ou
• Cianótica.
Nas pessoas negras, a cianose pode ser notada nos lábios, ao redor da fossas nasais e
nas unhas.
Pupilas
As pupilas quando normais são do mesmo diâmetro e possuem contornos regulares.
Pupilas contraídas podem ser encontradas nas vítimas que fizeram uso de drogas
(miose). As pupilas indicam estado de relaxamento ou inconsciência, geralmente tal
dilatação ocorre rapidamente após uma parada cardíaca (midríase), Nos casos de TCE
ou AVC, a irregularidade da reatividade pupilar, será observada no lado oposto em que
ocorreu a lesão (anisocoria).
Coloração da pele
A coloração da pele depende primariamente da presença de sangue circulante nos
vasos sangüíneos subcutâneos. Uma pele pálida, branca, indica circulação insuficiente
e é vista nas vítimas em choque ou com infarto do miocárdio. Uma cor azulada
(cianose) é observada na insuficiência cardíaca, na obstrução de vias aéreas, e
também em alguns casos de envenenamento. Poderá haver uma cor vermelha em
certos estágios do envenenamento por monóxido de carbono (CO) e na insolação.
Perfusão capilar é o termo usado para verificar a circulação da pele nas extremidades.
Pressão Arterial
É definida como a pressão exercida pelo sangue circulante contra as paredes internas
das artérias. A PA é verificada em dois níveis, a PA sistólica e a diastólica.
A sistólica é a pressão máxima à qual a artéria está sujeita durante a contração do
coração (sístole). A diastólica é a pressão remanescente no interior do sistema arterial
quando o coração fica relaxado (diástole). A pressão arterial é diretamente
influenciada pela força do batimento cardíaco, quanto mais força, mais elevada a PA e
o volume de sangue circulante.
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Dentro desses valores, consideramos a PA normal. Se exceder à máxima,
denominamos alta (hipertensão) e, ao contrário, se não atinge o nível mínimo,
denominamos baixa (hipotensão).
Em geral não se afere PA em crianças com menos de 3 anos de idade. Nos casos de
hemorragias ou choque, a PA mantêm-se constante dentro de valores normais para no
final desenvolver uma queda abrupta.
Valores normais:
Adulto:
• Sistólica máxima 150 mmHg e mínima 100 mmHg
• Diastólica máxima 90 mmHg e mínima 60 mmHg
IDADE
Nascimento (12h, <1000g)
Nascimento (12h, 3kg)
Recém-nascido (96h)
Lactente (6 meses)
Criança (2 anos)
Idade escolar (7 anos)
Adolescente (15 anos)
PRESSÃO SISTÓLICA
(Mm Hg)
39-59
50-70
60-90
87-105
95-105
97-112
112-128
PRESSÃO DIASTÓLICA
(Mm Hg)
16-36
25-45
20-60
53-66
53-66
57-71
66-80
Capacidade de movimentação
A incapacidade de uma pessoa consciente em se mover é conhecida como paralisia e
pode ser resultante de uma doença ou traumatismo.
A incapacidade de mover os membros superiores e inferiores, após um acidente, pode
ser o indicativo de uma lesão da medula espinhal, na altura do pescoço (coluna
cervical). A incapacidade de movimentar somente os membros inferiores pode indicar
uma lesão medular abaixo do pescoço. A paralisia de um lado do corpo, incluindo a
face, pode ocorrer como resultado de um rompimento de um vaso intracraniano
(Acidente Vascular Cerebral – AVC – DERRAME).
Reação a DOR
A perda do movimento voluntário das extremidades, após uma lesão, geralmente é
acompanhada também de perda da sensibilidade. Entretanto, ocasionalmente o
movimento é mantido e a vítima se queixa apenas de perda da sensibilidade ou
dormência nas extremidades. É extremamente importante que este fato seja
reconhecido como um sinal de provável lesão da medula espinhal, de forma que a
manipulação do acidentado não agrave o trauma inicial.
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Avaliação física detalhada
A avaliação física detalhada da cabeça aos pés deve ser realizada pelo Emergencista
em cerca de 2 a 3 minutos. O exame completo não precisa ser realizado em todos os
pacientes. Ele pode ser realizado de forma limitada em pacientes que sofreram
pequenos acidentes ou que possuem emergências médicas evidentes.
Ao realizar o exame padronizado da cabeça aos pés, o Emergencista deve:
1) Verificar a cabeça (couro cabeludo) e a testa;
2) Verificar a face do paciente. Inspecionar os olhos e as pálpebras, o nariz, a boca, a
mandíbula e os ouvidos;
3) Verificar a região posterior, anterior e lateral do pescoço (antes da aplicação do colar
cervical);
4) Inspecionar o ombro bilateralmente distal / proximal;
5) Inspecionar as regiões anterior e lateral do tórax;
6) Inspecionar o abdome em quatro quadrantes separadamente;
7) Inspecionar as regiões anterior e lateral da pelve e a região genital;
8) Inspecionar as extremidades inferiores (uma de cada vez). Pesquisar a presença de
pulso distal, a capacidade de movimentação (motricidade), a perfusão e a
sensibilidade;
9) Inspecionar as extremidades superiores (uma de cada vez). Pesquisar a presença de
pulso distal, a capacidade de movimentação (motricidade), a perfusão e a
sensibilidade;
10) Realizar o rolamento em monobloco e inspecionar a região dorsal.
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Avaliação física detalhada
Como Avaliar o Paciente de Trauma e de Emergência Clínica
Os procedimentos da avaliação dirigida são diferentes para pacientes de trauma e
pacientes de emergência clínica.
Os pacientes podem ser classificados nos seguintes tipos:
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Pacientes de trauma – consciente
• Observe o cenário e tente identificar os mecanismos do trauma;
• Inicie a entrevista com o paciente, enquanto verifica a respiração e a presença
de hemorragias;
• Estabilize a cabeça e o pescoço do paciente com um colar cervical e administre
oxigênio;
• Realize o exame físico dirigido segundo a queixa principal do paciente;
• Realize a aferição dos sinais vitais;
• Complete a entrevista para obter o histórico do paciente;
• Providencie os cuidados necessários; e
• Faça o exame físico detalhado, caso seja necessário.
Pacientes de trauma – inconsciente
• Observe o cenário e tente identificar os mecanismos do trauma;
• Entreviste testemunhas sobre o que aconteceu, enquanto verifica as vias
aéreas, a respiração e a presença de hemorragias;
• Estabilize a cabeça e o pescoço do paciente com um colar cervical e administre
oxigênio;
• Realize um rápido exame físico buscando identificar ferimentos mais graves;
• Realize a aferição dos sinais vitais;
• Realize o exame físico completo da cabeça aos pés; e
• Reavalie os sinais vitais.
Pacientes de emergência clínica – consciente
• Inicie a entrevista com o paciente;
• Administre oxigênio;
• Realize o exame físico dirigido em função da queixa principal informada pelo
paciente;
• Realize a aferição dos sinais vitais; e
• Providencie os cuidados necessários.
Pacientes de emergência clínica – inconsciente
• Inicie a entrevista com as testemunhas perguntando o que aconteceu e tente
determinar a natureza do problema;
• Assegure a permeabilidade das vias aéreas, a respiração e a circulação;
• Verifique a presença de hemorragias;
• Providencie o tratamento para qualquer alteração encontrada e administre
oxigênio;
• Realize um rápido exame físico tentando identificar a natureza da emergência.
• Realize a aferição dos sinais vitais; e
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• Providencie os cuidados necessários.
Fique atento durante todo o processo de avaliação, pois algumas vezes a natureza da
emergência pode não estar claramente definida.
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Avaliação física detalhada
Objetivo do exame rápido
O exame rápido permite que o Emergencista realize visualmente o exame físico
limitado à região que o paciente se refere como a de maior queixa, ou de todo o
segmento corporal, com o objetivo de encontrar alterações decorrentes de doenças
ou traumas.
Este exame é também chamado de coleta de dados objetivos.
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Avaliação continuada
A avaliação continuada é realizada durante o transporte do paciente, devendo o
Emergencista reavaliar constantemente os sinais vitais e o aspecto geral do paciente.
A reavaliação deve ser realizada conforme a escala CIPE:
CRÍTICO e INSTÁVEL Reavalie a cada 3 minutos.
POTENCIALMENTE INSTÁVEL e ESTÁVEL Reavalie a cada 15 minutos.
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Avaliação continuada
Fluxograma da avaliação pré-hospitalar de pacientes
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Aula 4 – Suporte básico de vida
Os objetivos desta aula são:
• Descrever os passos da reanimação cardiopulmonar em adultos, crianças e
lactentes;
• Citar as principais causas de obstrução das vias aéreas; e
• Descrever os passos da desobstrução das vias aéreas em adultos, crianças e
lactentes.
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A American Heart Association (Associação Americana do Coração) em conferência
realizada em novembro de 2005, anunciou as novas diretrizes para a Reanimação
Cardiopulmonar em Suporte Básico de Vida, após dois anos de debates e rigorosa
avaliação científica, conforme consenso mundial para reanimação.
O Suporte Básico de Vida - SBV é representado por uma seqüência de ações. Essas
ações, realizadas durante os primeiros minutos de uma emergência, são cruciais para a
sobrevivência.
A seqüência de ações de SBV é a seguinte:
• Reconhecimento rápido do infarto de miocárdio e do AVC e medidas para
evitar a parada respiratória e circulatória.
• Ação rápida diante de qualquer vítima que perde a consciência subitamente.
Respiração de resgate para vítimas de parada respiratória.
• Compressões torácicas e respiração de resgate para vítimas de parada
cardiorespitatória.
• Reconhecimento e tratamento de OVACE.
-
Parada respiratória
Parada respiratória é a supressão súbita dos movimentos respiratórios, que pode ou
não ser acompanhada de parada cardíaca.
O centro respiratório encefálico deve funcionar para haver respiração e para que a
freqüência e a profundidade respiratórias sejam adequadas, a fim de controlar os
níveis sangüíneos de dióxido de carbono.
O fluxo sangüíneo cerebral inadequado provocado por AVC (resultante da interrupção
da irrigação de uma região do cérebro), choque ou parada cardíaca pode afetar
gravemente o centro respiratório. Uma parada respiratória pode ser provocada
quando a oxigenação do sangue for muito reduzida, mesmo que a quantidade do
sangue que circula pelo encéfalo seja normal. Nestes casos, a vítima pode apresentar
uma parada respiratória completa ou realizar esforços respiratórios ineficazes -
respirações “agônicas”, geralmente associados com contração dos músculos dos
braços e das pernas.
Mesmo após a parada do coração, a respiração continua existindo por poucos
segundos.
Não confunda respirações agônicas com respirações efetivas ao determinar se é
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necessário efetuar respiração de resgate ou compressões torácicas.
Nas próximas páginas serão apresentadas técnicas para a reanimação cardiopulmonar.
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Técnicas de abertura das vias aéreas
Quando o tônus muscular é insuficiente, a língua e a epiglote podem obstruir a
faringe.
A língua é a causa mais freqüente de obstrução das vias aéreas na vítima inconsciente.
Se não houver evidência de trauma craniano nem cervical, o Emergencista deve
utilizar a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo para abrir as vias
aéreas.
As técnicas para abertura das vias aéreas são:
Manobra de inclinação da cabeça – elevação do queixo – casos clínicos
Esta manobra deve ser utilizada
apenas em casos clínicos.
1) Coloque o paciente em
decúbito dorsal e posicione-se
ao seu lado, na altura dos
ombros;
2) Coloque uma das mãos na
testa do paciente e estenda sua
cabeça para trás; e
3) Coloque a ponta dos dedos,
indicador e médio, da outra
mão, apoiados na mandíbula
para elevá-la até perceber uma
resistência ao movimento.
Use sempre EPI
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Manobra de empurre mandibular – casos de trauma
Esta manobra deve ser utilizada apenas em casos de trauma.
1) Coloque o paciente em decúbito dorsal e posicione-se de joelhos acima da parte
superior de sua cabeça;
2) Com os cotovelos na mesma
superfície que o paciente ou
apoiados nas coxas, segure os
ângulos da mandíbula do
paciente com os dedos,
indicador e médio; e
3) Com os dedos posicionados,
empurre a mandíbula para
cima, mantendo a cabeça
estabilizada com a palma das
mãos. Não eleve ou realize
rotação da cabeça do paciente,
pois a proposta desta manobra
é manter a via aérea aberta sem
mover a cabeça ou o pescoço.
Use sempre EPI
Utilize a manobra correta ao realizar uma abertura de vias aéreas - VA:
Em caso clínico manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo
Em caso de trauma manobra de empurre mandibular
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Técnicas para ventilação artificial
Ao avaliar a respiração do paciente, deve ser utilizado o método VOS - Ver, Ouvir e
Sentir.
Para se avaliar a presença ou ausência de respiração espontânea:
• Coloque o ouvido próximo à boca e ao nariz do paciente, enquanto mantém as
vias aéreas pérvias; e
• Enquanto observa o tórax do paciente, verifique se a respiração é normal ou
anormal.
Respiração normal
Veja os movimentos respiratórios. Observe a
simetria da expansão e contração do tórax e a
ausência de esforço para executar esses
movimentos;
Ouça o ar entrando e saindo do nariz e da boca.
Os sons devem ser como os que normalmente
ouvimos na respiração (sem roncos, não estar
ofegante ou apresentar outros sinais incomuns);
Sinta o ar entrando e saindo do nariz e da boca.
Ver, ouvir e sentir a respiração
Respiração anormal
A respiração anormal pode ser identificada quando:
• Há ausência de movimento torácico ou existem movimentos assimétricos.
• Não é possível sentir ou ouvir o ar movimentando-se através do nariz ou da
boca;
• A respiração é ruidosa ou ofegante;
• O ritmo da respiração é irregular, taquipnéica ou bradipnéica.
• A respiração é muito superficial, muito profunda e difícil ou, ainda, a respiração
é feita com grande esforço, especialmente em crianças e bebês;
• A pele do paciente fica cianótica, acinzentada ou pálida;
• O paciente está obviamente se esforçando para respirar, usando os músculos
da parte superior do tórax, ao redor dos ombros, e os músculos do pescoço;
• Há batimentos de asas do nariz, especialmente em crianças.
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Estes procedimentos de avaliação devem levar apenas de 3 a 5 segundos.
Em RCP considerar:
Lactente de 0 a 1 ano
Criança de 1 a 8 anos
Adulto acima de 8 anos
-
Técnicas para ventilação artificial
Caso seja identificada respiração anormal do paciente, deve ser realizada a reanimação
pulmonar.
Reanimação pulmonar
A reanimação pulmonar é todo esforço para reanimar ou para restabelecer
artificialmente a função normal dos pulmões.
O ar atmosférico possui 21% de oxigênio. Dos 21% inalados, uns 5% são utilizados
pelo organismo e os 16% restantes são exalados, quantidade suficiente para suprir as
necessidades da pessoa na vida diária.
Quando uma pessoa encontra-se com deficiência respiratória, se faz necessário a
oferta de uma concentração maior de oxigênio para suprir esta ineficiência.
Respirações de resgate
Para fornecer respirações de resgate, administre respirações lentas e permita a
expiração completa entre as respirações, a fim de diminuir a probabilidade de exceder
a pressão de abertura esofágica. Essa técnica diminui a distensão gástrica, a
regurgitação e a aspiração.
Nas páginas seguintes serão mostradas técnicas para ventilação artificial.
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Técnicas para ventilação artificial
As técnicas utilizadas para ventilação artificial são:
Técnica de respiração boca-a-boca
1) Abra as vias aéreas;
2) Feche as narinas do paciente com seus
dedos (indicador e polegar);
3) Inspire o ar e coloque sua boca com firmeza
sobre a boca do paciente, criando um selo
hermético, e ventile lentamente (1,5 a 2
segundos) seu ar para dentro dos pulmões do
paciente; e
4) Retire sua boca e deixe o ar sair livremente;
5) Repita a ventilação artificial a cada 5 - 6
segundos (10 - 12 por minuto) no socorro de
adultos e, a cada 3 - 5 segundos (12 - 20 por
minuto), no socorro de crianças.
Técnica de respiração boca-a-boca/nariz
Utilizada em lactentes (bebês). A técnica
segue os mesmos passos da ventilação de
boca-a-boca, incluindo no item 3, a
colocação da boca do Emergencista sobre a
boca e o nariz do paciente e, em seguida,
uma ventilação bem lenta (1 a 1,5 segundos
por ventilação), repetindo a ventilação
artificial a cada 3 segundos (20 por minuto).
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Técnica de respiração boca-máscara
1) Abra a VA empurrando a mandíbula do
paciente;
2) Posicione a máscara sobre a face do
paciente, com o ápice sobre a ponta do
nariz e a base entre os lábios e o queixo;
3) Use a mão mais próxima do alto da
cabeça do paciente para selar a máscara,
pressionando ao longo da borda superior
com o indicador e o polegar. Aperte a
borda inferior com o polegar da outra mão;
4) Ponha os dedos restantes da outra mão que está mais abaixo ao longo da borda
óssea da mandíbula e levante-a. Se não houver suspeita de lesão da coluna cervical,
faça inclinação da cabeça-elevação do queixo;
5) Comprima toda a borda externa da máscara firmemente, para criar um selo
hemético;
6) Forneça respirações de resgate lentas, observando se há expansão torácica.
7) Retire a boca e deixe o ar sair livremente. O tempo de cada ventilação é o mesmo
descrito na técnica de boca-a-boca (adulto e criança) e boca-aboca/nariz
(lactente).
-
Técnicas para ventilação artificial
Alguns acessórios são utilizados na reanimação pulmonar. A escolha de tais acessórios
deve ser adequada a cada caso e sua utilização deve ser correta.
Os acessórios que podem ser utilizados são:
Cânula orofaríngea
Dispositivo usualmente feito de plástico, que pode ser inserido na
boca e na faringe do paciente, a fim de sustentar a língua, evitando
o bloqueio das vias aéreas.
O tipo mais comum em APH é o que possui uma abertura no centro
“Guedel”, a fim de permitir a respiração ou acesso fácil para
aspiração bilateral, devendo ser usada em conjunto com o
reanimador manual e colocada apenas em pacientes inconscientes.
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Técnica para seu uso
1) Escolha o tamanho correto:
• Adulto: Lóbulo da orelha ao canto da boca;
• Criança e lactente: Ângulo da mandíbula ao
canto da boca;
2) Cruze os dedos, polegar e indicador, abrindo a boca
do paciente;
3) Introduza a cânula na posição correta:
• Adulto: Com a extremidade contra o palato, girando-a em 180º;
• Criança e lactente: Com a extremidade contra a língua, sem giro; e
4) Deslize a cânula até que a extremidade com rebordo se localize sobre os lábios ou
queixo, de forma que sua curvatura siga o contorno da língua.
Use sempre EPI
Reanimador manual
Equipamento utilizado para ventilar, artificialmente,
o paciente que não apresenta respiração
espontânea, podendo liberar altas concentrações
de oxigênio (90 a 100%) quando instalado a uma
fonte (cilindro de oxigênio).
Técnica de ventilação com bolsa-máscara
(reanimador manual)
1) Posicione o paciente corretamente (decúbito
dorsal);
2) Posicione-se próximo à cabeça do paciente
(técnica cefálica);
3) Abra a boca do paciente e coloque a
cânula orofaríngea, conforme técnica
descrita anteriormente;
4) Coloque a máscara do reanimador sobre
a face do paciente, com a base entre a
protuberância do queixo e o lábio inferior
e a ápice voltada para o nariz;
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5) Faça a vedação com o polegar mantido na porção superior da máscara e o indicador
na porção inferior, comprimindo-a de maneira firme para se obter boa vedação em
toda sua borda;
6) Coloque os demais dedos ao longo da borda óssea da mandíbula e levante-a ao
mesmo tempo em que a cabeça é inclinada para trás (adulto), a fim de manter as vias
aéreas pérvias. Em lactente e criança muito pequena, deve-se utilizar apenas o dedo
médio sobre a mandíbula, mantendo a cabeça em posição neutra, sem hiperextensão;
7) Comprima, com a outra mão, a bolsa principal do reanimador de forma ritmada,
uma vez a cada 5 segundos em adultos e, uma vez, a cada 3 segundos, em crianças e
lactentes;
8) Observe durante cada ventilação a expansão torácica, caso esteja ausente ou
insuficiente, reavalie todos os procedimentos adotados; e
9) Após 12 ventilações (adulto) ou 20 ventilações (criança e lactente), cerca de 1
minuto, reavalie o pulso. Caso o pulso esteja ausente, inicie a RCP.
Use sempre EPI
-
Parada cardíaca
Parada cardíaca é o cessar da atividade mecânica do coração. É um diagnóstico clínico
confirmado pela falta de resposta a estímulos, ausência de pulso detectável e apnéia
(ou respirações agônicas).
A detecção de pulso pode ser feita de 2 maneiras:
Detecção de pulso carotídeo
Para se detectar a presença ou ausência de
pulso carotídeo:
1) Localize a cartilagem da tireóide e coloque
a ponta dos dedos (indicador e médio) ao
lado deste ponto, mantendo a cabeça em
posição inclinada para trás (se não houver
suspeita de lesão na coluna cervical);
2) Deslize os dedos no sulco entre a traquéia e o músculo lateral do pescoço mais
próximo a você; e
3) Exerça pequena pressão neste ponto e sinta o pulso da artéria carótida (adulto e
criança). Se não há pulso, inicie as compressões torácicas.
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Use sempre EPI
Detecção de pulso braquial
Para se detectar a presença ou ausência
de pulso braquial:
1) Localize o terço médio da parte
interna do braço, entre o cotovelo e o
ombro do lactente;
2) Com o polegar na face externa do
braço, pressione com suavidade os
dedos, indicador e médio, contra o
úmero para sentir o pulso braquial; e
3) Se não conseguir detectar com certeza
um pulso, outros sinais de circulação ou,
caso a freqüência cardíaca seja menor que 60 bpm, em um lactente ou uma criança
com sinais de hipoperfusão, inicie as compressões torácicas.
Use sempre EPI
A verificação dos pulsos carotídeo e braquial não deve levar mais de 5 a 10 segundos.
-
Parada cardíaca
Ao detectar uma parada cardíaca, deve-se proceder compressões torácicas, de acordo
com seguinte procedimento:
Encontre o ponto de compressões da RCP
Adulto - Dois dedos acima do processo xifóide.
Criança - Da mesma maneira em que é feita com o adulto.
Lactente - Um dedo abaixo da linha imaginária, entre os mamilos.
Posicione corretamente suas mãos para as compressões
Adulto - Coloque a base de sua mão (que está próxima à cabeça do paciente) no
ponto de compressão da RCP. Sua outra mão deve ser sobreposta à primeira, de modo
que as bases das duas mãos fiquem alinhadas uma sobre a outra e seus dedos não
devem tocar o tórax do paciente. Seus dedos podem ficar estendidos ou entrelaçados.
Mantenha seus dedos afastados do tórax do paciente.
Criança - Faça as compressões com a base de uma das mãos, posicionada sobre o
ponto de compressões da RCP.
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Lactente - Faça as compressões com a ponta de dois dedos, posicionados sobre o
ponto de compressão da RCP.
Promova as compressões torácicas externas
Adulto - Deslocamento de 4 a 5cm e freqüência de aproximadamente 100 por minuto.
Criança - Deslocamento de 2,5 a 4cm e freqüência de no mínimo 100 por minuto.
Lactente - Deslocamento de 1,5 a 2,5cm e freqüência de no mínimo 100 por minuto.
Realize as ventilações
Inicie sempre com duas ventilações de resgate. Estas ventilações não contam no ritmo
dos ciclos que irão ser aplicados.
Este procedimento deve ser executado de maneira diferente quando o atendimento
for realizado por:
Atendimento com um Emergencista
Adulto 30 compressões por duas ventilações 5 ciclos de 30 x 2
Criança 30 compressões por duas ventilações 5 ciclos de 30 x 2
Lactente 30 compressões por duas ventilações 5 ciclos de 30 x 2
Atendimento com dois Emergencistas
Nos casos de RCP em criança ou lactente, quando houver dois Emergencistas, a
freqüência deve ser de 10 ciclos de 15x2 (15 compressões por 2 ventilações).
Após 2 minutos, reavalie.
Nos pacientes adultos, esta freqüência não é alterada, ou seja, tanto com 1 ou 2
Emergencistas, a freqüência será sempre 30x2 (30 compressões por 2 ventilações).
Os 2 Emergencistas devem inverter suas posições ao término dos cinco ciclos.
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Obstrução das vias aéreas por corpo estranho – OVACE
É a obstrução súbita das VA superiores causada por corpo estranho. A OVACE em
adulto, geralmente, ocorre durante a ingestão de alimentos e, em criança, durante a
alimentação ou recreação (sugando objetos pequenos).
• A obstrução de vias aéreas superiores pode ser causada:
• pela língua: Sua queda ou relaxamento pode bloquear a faringe;
• pela epiglote: Inspirações sucessivas e forçadas podem provocar uma pressão
negativa que forçará a epiglote para baixo, fechando as VA;
• por corpos estranhos: Qualquer objeto, líquidos ou vômito, que venha a se
depositar na faringe;
• por danos aos tecidos: Perfurações no pescoço, esmagamento da face,
inspiração de ar quente, venenos e outros danos severos na região; e
• por patologias: Infecções respiratórias, reações alérgicas e certas condições
crônicas (asma), podem provocar espasmos musculares que obstruem as VA.
-
Obstrução das vias aéreas por corpo estranho – OVACE
Sinais de obstrução grave ou completa das vias aéreas
Quando uma pessoa consciente que estiver se engasgando, os seguintes sinais
indicam uma obstrução grave ou completa das vias aéreas que exige ação imediata:
• Sinal universal de asfixia: a vítima segura o pescoço com o polegar e o dedo
indicador;
• Incapacidade para falar;
• Tosse fraca e ineficaz;
• Sons inspiratórios agudos ou ausentes;
• Dificuldade respiratória crescente; e
• Pele cianótica.
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Obstrução das vias aéreas por corpo estranho – OVACE
A desobstrução das vias aéreas deve seguir as manobras:
Manobras para desobstrução em Adulto
Compressão abdominal administrada em paciente consciente
Compressão torácica administrada em vítima gestante ou obesa
Varredura digital para limpeza da cavidade oral
Manobras para desobstrução em Lactente
Golpes dorsais
Compressões torácicas
Em lactentes e crianças deve-se visualizar o corpo estranho antes de tentar removê-lo
com uma pinça ou com o dedo.
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  • 1. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br
  • 2. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Bem-vindo(a) ao curso Emergencista Pré-hospitalar Créditos Conteudistas Luiz Cláudio Barbosa Castro - Tenente Coronel do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. Especialista em Atendimento Pré-Hospitalar e Gerência de Saúde, e possui vasta experiência em emergência médica. Osiel Rosa Eduardo - Major Combatente do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. Especialista em Administração Pública e possui vasta experiência em atendimento pré-hospitalar e gestão de riscos e desastres. Francisco das Chagas Pontes - Capitão do Quadro Administrativo do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. Comandante da companhia de treinamento e qualificação de recursos humanos do batalhão de emergência do CBMDF e Especialista em atendimento pré-hospitalar. - Apresentação O trauma e as emergências clínicas são responsáveis anualmente por várias mortes e seqüelas irreparáveis aos acidentados. O custo das internações é muito alto para o Estado ou para a família dos pacientes. Estes fatos não podem ser desconsiderados e, não só o Governo, mas todos os cidadãos devem contribuir para melhorar este quadro, tanto em relação à prevenção de acidentes e doenças quanto no socorro aos acidentados. O curso Emergencista Pré-hospitalar tem como finalidade a preparação de profissionais no primeiro atendimento a acidentados, fora do ambiente hospitalar. A nobre missão de salvar requer conhecimentos técnicos específicos de primeiros socorros, portanto, o Emergencista é a pessoa mais valiosa no primeiro atendimento
  • 3. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br fora do hospital, diminuindo as complicações que poderiam prolongar a recuperação ou resultar na incapacidade definitiva do paciente. Bom curso! - Módulo 1 - Aspectos fundamentais Este módulo tem como objetivo apresentar os principais aspectos relacionados ao Emergencista pré-hospitalar. Para isso, foram relacionadas 4 aulas: • Atribuições e responsabilidades do Emergencista • Noções básicas de anatomia e fisiologia humana • Avaliação geral do paciente • Suporte básico de vida - Aula 1 - Atribuições e responsabilidades do Emergencista Os objetivos desta aula são: • Descrever as principais atribuições do Emergencista no local de uma ocorrência; • Mostrar as prioridades para manter seguro o local de uma emergência (ocorrência); • Conceituar Negligência, Imperícia e Imprudência; • Definir omissão de socorro; e • Apresentar os principais materiais utilizados no Atendimento Pré-hospitalar. -
  • 4. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Antes de apresentar as principais atribuições do Emergencista, alguns conceitos importantes devem ser observados: Atendimento pré-hospitalar É considerado como nível pré-hospitalar móvel na área de urgência, o atendimento que procura chegar precocemente à vítima, após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza clínica, cirúrgica, traumática, inclusive as psiquiátricas), que possa levar ao sofrimento, a seqüelas ou mesmo à morte, sendo necessário, portanto, prestar-lhe atendimento e/ou transporte adequado a um serviço de saúde devidamente hierarquizado e integrado ao Sistema Único de Saúde. Podemos chamá-lo de atendimento pré-hospitalar móvel primário quando o pedido de socorro for oriundo de um cidadão ou de atendimento pré-hospitalar móvel secundário quando a solicitação partir de um serviço de saúde, no qual o paciente já tenha recebido o primeiro atendimento necessário à estabilização do quadro de urgência apresentado, mas necessite ser conduzido a outro serviço de maior complexidade para a continuidade do tratamento. Primeiros socorros São os procedimentos prestados, inicialmente, àqueles que sofreram acidente ou doença, com a finalidade de evitar o agravamento do estado da vítima, até a chegada de ajuda especializada. Emergencista É a pessoa tecnicamente capacitada para, com segurança, avaliar e identificar problemas que comprometam a vida. Cabe ao emergencista prestar o adequado socorro pré-hospitalar e o transporte do paciente sem agravar as lesões já existentes. Omissão de socorro Segundo o Artigo 135 do Código Penal, a omissão de socorro consiste em “Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, em desamparo ou em grave e iminente perigo; não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública”. Pena: detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa. Diz ainda aquele artigo, “A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e é triplicada, se resulta de morte”. Vale ressaltar que, o fato de chamar o socorro especializado, nos casos em que a pessoa não possui treinamento específico ou não se sente confiante para atuar, já descaracteriza a ocorrência de omissão de socorro. Ocorrência Evento causado pelo homem, de forma intencional ou acidental, por fenômenos naturais, ou patologias, que podem colocar em risco a integridade de pessoas ou bens e requer ação imediata de suporte básico de vida, a fim de proporcionar melhor
  • 5. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br qualidade de vida ou sobrevida aos pacientes, bem como evitar maiores danos à propriedade ou ao meio ambiente. - Atribuições e responsabilidades do Emergencista Para ser um Emergencista é preciso aprender a lidar com o público. Pessoas que estão doentes ou feridas não se encontram em condições normais. Você deve ser capaz de superar comportamentos grosseiros ou pedidos descabidos, supondo que estes pacientes estão agindo assim devido à doença ou ao ferimento presente. Lidar com as pessoas é uma das mais exigentes tarefas do Emergencista e, dependendo da situação, atuar de modo profissional pode ser muito difícil. O Emergencista deve ser honesto e autêntico. Quando estiver ajudando uma pessoa, você não deve dizer que ela está bem, se na verdade ela estiver doente ou ferida. Nem mesmo dizer que tudo está bem quando você percebeu que existe algo errado. Dizer para a pessoa não se preocupar é uma bobagem. Quando uma emergência acontece, certamente, existe algo com que se preocupar. No local da emergência, você deve ser um profissional altamente disciplinado. Observe a sua linguagem diante dos pacientes e do público. Não faça comentários sobre os pacientes ou sobre a gravidade do acidente. Concentre-se em auxiliar o paciente e evite distrações desnecessárias. Coisas simples como fumar um cigarro no local da emergência, mostra que você não é disciplinado e não pode ser um Emergencista. Saiba mais sobre a ação do emergencista A comunicação com o paciente pode ser benéfica e contribuir para o seu relaxamento, desde que você seja honesto. Dizer ao paciente que você está treinado em primeiros socorros e que irá ajudá-lo, pode diminuir o medo e estabelecer vínculos de confiança.
  • 6. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Avisar ao paciente que o Serviço de Emergência Médica (Corpo de Bombeiros Militar ou o SAMU) está a caminho pode ajudar a tranqüilizá-lo. É essencial ao Emergencista ter discernimento quanto aos limites do que pode ser comunicado ao paciente. Avisar que a criança do paciente está morta ou um ente querido está seriamente ferido não ajudará em nada. Quando a assistência de emergência é prestada, o Emergencista deve ter maior sensibilidade sobre o que dizer ao paciente. Nessas situações, como uma tentativa de acalmar o paciente, o Emergencista pode avisar que outras pessoas estão cuidando de seus entes queridos. É importante lembrar que um paciente vivendo o stress da doença ou de um trauma pode não tolerar uma pressão adicional. Atuar como Emergencista exige que você controle os seus próprios sentimentos no local da emergência. Você aprenderá a envolver-se com a assistência aos pacientes enquanto, ao mesmo tempo, controla as suas próprias reações emocionais ao enfrentar uma situação de doença ou ferimentos graves. Os pacientes não necessitam unicamente de simpatia ou lágrimas, mas exigem um atendimento profissional. Prestar assistência como Emergencista requer que você admita que o local do acidente ou os tipos de emergência podem afetá-lo. Você deve conversar com outros trabalhadores do serviço de emergência ou especialistas do Serviço de Emergência Médica, para lidar com os seus problemas emocionais e o stress ocasionados pelas situações de emergência. - No local da emergência, você deve ser um profissional altamente disciplinado. Observe a sua linguagem diante dos pacientes e do público. Não faça comentários sobre os pacientes ou sobre a gravidade do acidente. Concentre-se em auxiliar o paciente e evite distrações desnecessárias. Coisas simples como fumar um cigarro no local da emergência, mostra que você não é disciplinado e não pode ser um Emergencista. Você não precisa mudar o seu estilo de vida para ser um Emergencista. Entretanto, no momento em que você é requisitado para prestar assistência a uma pessoa, alguns aspectos relacionados à mudança de seu comportamento devem ser considerados. Sua atuação e aparência podem facilitar a obtenção da confiança do paciente. Tomar uma dose a menos de bebida alcoólica em uma festa, pode parecer pouco importante, porém, o significado desta pequena ação é muito importante, para que o Emergencista preste uma assistência adequada nas situações de emergência. Para ser um Emergencista, você deve manter-se em boas condições de saúde. Se você tem limitações físicas, como dificuldade em agachar ou de respirar, o seu treinamento terá pouca utilidade. -
  • 7. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Atributos do Emergencista Os principais atributos inerentes à função do Emergencista, são: • Ter conhecimento técnico e capacidade para oferecer o atendimento necessário; • Aprender a controlar suas emoções, ser paciente com as ações anormais ou exageradas daqueles que estão sob situação de stress; • Ter capacidade de liderança para dar segurança e conforto ao paciente. - Responsabilidades do Emergencista As responsabilidades do Emergencista no local da ocorrência incluem o cumprimento das seguintes atividades: • Utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI´s); • Controlar o local do acidente de modo a proteger a si mesmo, sua equipe, o paciente, e prevenir outros acidentes; • Obter acesso seguro ao paciente e utilizar os equipamentos necessários para a situação; • Identificar os problemas utilizando-se das informações obtidas no local e pela avaliação do paciente; • Fazer o melhor possível para proporcionar uma assistência de acordo com seu treinamento; • Decidir quando a situação exige a mobilização ou mudança da posição ou local do paciente. O procedimento deve ser realizado com técnicas que evitem ou minimizem os riscos de lesões adicionais; • Solicitar, se necessário, auxílio de terceiros presentes no local da emergência e coordenar as atividades. - A responsabilidade profissional é uma obrigação atribuída a toda pessoa que exerce uma arte ou profissão, ou seja, a responder perante à justiça pelos atos prejudiciais resultantes de suas atividades inadequadas, portanto, o Emergencista poderá ser processado e responsabilizado se cometer os seguintes atos: IMPERÍCIA Ignorância, inabilidade, inexperiência Entende-se, no sentido jurídico, a falta de prática ou ausência de conhecimentos, que se mostram necessários para o exercício de uma profissão ou de uma arte qualquer. A imperícia, assim se revela na ignorância, como na inexperiência ou na inabilidade acerca de matéria, que deveria ser conhecida, para que se leve a bom termo ou se
  • 8. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br execute com eficiência o encargo ou serviço, que foi confiado a alguém. Evidencia-se, assim, no erro ou engano de execução de trabalho ou serviço, de cuja inabilidade se manifestou. Ou daquele que se diz apto para um serviço e não o faz com a habilidade necessária, porque lhe falecem os conhecimentos necessários. A imperícia conduz o agente à culpa, responsabilizando-o, civil e criminalmente, pelos danos que sejam calculados por seu erro ou falta. Exemplo: é imperito, o Emergencista que utilizar o reanimador manual, sem executar corretamente, por ausência de prática, as técnicas de abertura das vias aéreas, durante a reanimação. IMPRUDÊNCIA Falta de atenção, imprevidência, descuido Resulta da imprevisão do agente ou da pessoa, em relação às conseqüências de seu ato ou ação, quando devia e podia prevê-las. Mostra-se falta involuntária, ocorrida na prática de ação, o que a distingue da negligência (omissão faltosa), que se evidencia, precisamente, na imprevisão ou imprevidência relativa à precaução que deverá ter na prática da mesma ação. Funda-se, pois, na desatenção culpável, em virtude da qual ocorreu um mal, que podia e deveria ser atendido ou previsto pelo imprudente. Em matéria penal, argüido também de culpado, é o imprudente responsabilizado pelo dano ocasionado à vítima, pesando sobre ele a imputação de um crime culposo. Exemplo: É imprudente o motorista que dirige um veículo de emergência excedendo o limite de velocidade permitido na via. NEGLIGÊNCIA Desprezar, desatender, não cuidar Exprime a desatenção, a falta de cuidado ou de precaução com que se executam certos atos, em virtude dos quais se manifestam resultados maus ou prejudicados, que não adviriam se mais atenciosamente ou com a devida precaução, aliás, ordenada pela prudência, fosse executada. A negligência, assim, evidencia-se pela falta decorrente de não se acompanhar o ato com a atenção que se deveria. Nesta razão, a negligência implica na omissão ou inobservância de dever que competia ao agente, objetivado nas precauções que lhe eram ordenadas ou aconselhadas pela prudência, e vistas como necessárias, para evitar males não queridos ou evitáveis. Exemplo: É negligente o Emergencista que deixa de utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI), em um atendimento no qual seu uso seja necessário.
  • 9. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br - Em suas atividades, o Emergencista deve identificar: - Reconhecimento do local da ocorrência O reconhecimento da situação é realizado pelo Emergencista no momento em que chega ao local da emergência. O reconhecimento é necessário para que o mesmo possa avaliar a situação inicial, decidir o que fazer e como fazer. Para o correto reconhecimento do local da ocorrência, devem ser observados: Avaliação do local O Emergencista deverá avaliar o local da ocorrência, observando principalmente os seguintes aspectos: • A situação; • Potencial de risco; • As medidas a serem adotadas. Informes do Emergencista Após avaliar o local, o Emergencista deverá informar ao Corpo de Bombeiros Militar ou ao SAMU: • Local exato da ocorrência; • Tipo de ocorrência; • Riscos potenciais; • Número de vítimas e idade; • Gravidade das vítimas;
  • 10. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br • Necessidades de recursos adicionais; • Nome e telefone do solicitante do socorro adicional. A ordem dos dados a serem informados é dinâmica, podendo ser alterada conforme a situação. O importante é reportá-los sempre e o mais breve possível, pois só assim o Emergencista terá o apoio necessário. Segurança do local Consiste na adoção dos cuidados por parte do Emergencista para a manutenção da segurança no local de uma ocorrência, priorizando: • Estacionamento adequado da viatura de emergência; • Sinalização e isolamento do local; • Gerenciamento dos riscos. Estacionamento Sinalização A colocação dos cones de sinalização deverá obedecer a seguinte proporção: 1 metro para cada km/h da velocidade máxima permitida na via Exemplo: Se a velocidade máxima permitida na via for 40 Km/h, o primeiro cone de O Emergencista/motorista deverá estacionar a viatura de socorro/carro particular 15 metros antes do local do acidente, utilizando-a como anteparo, a fim de proporcionar maior segurança à guarnição de serviço e às vítimas envolvidas, deixando assim, uma área denominada “zona de trabalho”. Nas situações em que já houver uma viatura fazendo tal proteção, a viatura de socorro deverá ser colocada 15 metros à frente do acidente, mantendo o espaço da zona de trabalho.
  • 11. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br sinalização deverá ser posicionado 40 metros antes do local do acidente e os demais cones deverão ser distribuídos em direção ao local do acidente. Após a sinalização, o Emergencista deverá se certificar que a sua visualização é ideal. Nos locais onde a visibilidade estiver dificultada em virtude de neblina ou em uma curva, esta distância poderá ser aumentada conforme a necessidade. - Equipamentos básicos utilizados no socorro pré-hospitalar No socorro pré-hospitalar, diversos equipamentos podem ser utilizados, de acordo com sua função: Equipamentos para avaliação do paciente • Lanterna pupilar; • Esfigmomanômetro; • Estetoscópio. Equipamentos de proteção individual • Luvas descartáveis; • Máscaras faciais; • Óculos de proteção; • Avental.
  • 12. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Equipamentos para reanimação cárdio- pulmonar • Máscara de RCP de bolso; • Reanimadores manuais; • Cânulas orofaríngeas; • Aspiradores portáteis. Equipamentos para curativos • Ataduras de crepon; • Compressas de gaze; • Esparadrapo; • Bandagens triangular; • Solução fisiológica.
  • 13. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Equipamentos para imobilização • Colar cervical; • Talas de imobilização (rígidas, infláveis, de papelão etc); • Macas rígidas longas; • KED (Colete de imobilização dorsal)
  • 14. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Equipamentos para extração veicular • Ferramenta para quebrar vidros; • Luvas de raspa de couro. Equipamentos diversos • Tesoura de ponta romba; • Kit obstétrico; • Carvão ativado; • Cobertor ou manta; • Bolsa de primeiros socorros. - Aula 2 - Noções básicas de anatomia e fisiologia humana Os objetivos desta aula são: • Identificar as partes do corpo de acordo com a terminologia topográfica; • Apresentar os aspectos importantes das camadas do tecido epitelial; • Descrever as características e funções do sistema esquelético; • Listar os principais órgãos que formam o sistema respiratório e suas funções; • Enumerar os componentes do sistema cardiovascular e suas funções; e • Listar os componentes do sistema nervoso e suas funções. - Anatomia e fisiologia humana Anatomia Ciência que estuda a estrutura e a forma dos seres organizados e a relação entre seus órgãos, bem como a disposição destes. Fisiologia Ciência que estuda as funções orgânicas e os processos vitais dos seres vivos. -
  • 15. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Posição Anatômica Posição Anatômica é a posição padronizada de descrição do organismo, empregando-se os termos de posição e direção. O corpo humano deverá estar em: • em posição ortostática; • com a face voltada para frente; • com o olhar dirigido para o horizonte; • com os membros superiores estendidos ao longo do tronco; • com as palmas voltadas para frente; • com os membros inferiores unidos. -
  • 16. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Mecanismo da respiração – inspiração O corpo humano é dividido em: • Cabeça; • Pescoço; • Tronco; e • Membros. o Nos membros empregam-se termos especiais de posição: o Proximal: situado mais próximo à raiz do membro; o Médio: situado entre proximal e distal; e o Distal: situado mais distante da raiz do membro. Além desta divisão, para identificar as partes do corpo humano, são definidos: Planos Anatômicos Plano mediano direito e esquerdo Plano transversal superior e inferior Plano frontal anterior (ventral) e posterior (dorsal)
  • 17. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Quadrantes Abdominais (órgãos) QID Apêndice Parte do intestino delgado Parte do intestino grosso Parte do ovário (mulher) QSD Maior parte do fígado Vesícula biliar Parte do intestino delgado Parte do intestino grosso Parte do pâncreas Parte do estômago QSE Baço Maior parte do estômago Parte do intestino grosso Parte do intestino delgado Parte do pâncreas Parte do fígado QIE Parte do intestino grosso Parte do intestino delgado Parte do ovário (mulher)
  • 18. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br localização aproximada de lesões Lesão A = Região posterior do tórax em nível de escápula esquerda. Lesão B = Membro inferior esquerdo, terço médio da coxa, região anterior. Lesão C = Membro superior esquerdo, terço distal do braço, região anterior. Lesão D = Membro superior esquerdo, terço médio do antebraço, região anterior. Lesão E = Membro superior esquerdo, terço médio da palma da mão. Lesão F = Membro superior esquerdo, terço médio do dedo indicador, região anterior. -
  • 19. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br O corpo humano e seus sistemas O funcionamento do corpo humano pode ser melhor entendido quando são estudados os seguintes sistemas: Sistema Tegumentar Sistema Esquelético Sistema Respiratório Sistema Cardiovascular Sistema Nervoso - Sistema Tegumentar Sistema que inclui a pele e seus anexos, proporcionando ao corpo um revestimento protetor que contém terminações nervosas sensitivas e participa da temperatura corporal, além de cumprir outras funções. Pele Maior órgão do corpo humano. No adulto sua área total atinge aproximadamente 2m2, apresentando espessura variável (1 a 4 mm) conforme a região. A distensibilidade é outra característica da pele que também varia de região para região. - A pele A pele tem como funções: • Proteção; • Regulação da temperatura; • Excreção; e • Produção de vitamina D. A pele é dividida em camadas: • Epiderme: camada mais superficial da pele; • Derme: camada subjacente à epiderme, tendo sob ela a tela subcutânea. -
  • 20. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br A pele Glândulas da pele A pele contém numerosas glândulas sudoríparas e sebáceas. As primeiras localizam-se na derme ou tela subcutânea, com importante função na regulação da temperatura corporal, porque sua excreção, o suor, absorve calor por evaporação da água. As glândulas sudoríparas são especialmente abundantes na palma das mãos e planta dos pés. Em certas regiões, como a axila e a dos órgãos genitais externos, existem glândulas muito semelhantes às sudoríparas, cuja secreção, entretanto, produz odor característico. Coloração da pele A cor da pele depende da quantidade de pigmentos, da vascularização e da espessura dos estratos mais superficiais da epiderme. Entre os pigmentos, a melanina é o mais importante e sua quantidade na pele varia com a raça. - Sistema Esquelético É um conjunto de ossos e cartilagens que se unem através de articulações, para formar o arcabouço do corpo e desempenhar várias funções, sendo composto de 206 ossos. As funções do sistema esquelético são: • Proteção dos órgãos e tecidos; • Sustentação e conformação do corpo; • Armazenamento de minerais essenciais; • Inserção de músculos; • Permitir a realização de movimentos; • Conferir rigidez e resistência ao corpo; e • Produção de certas células sangüíneas. - Ossos Tecido conjuntivo mineralizado vivo, altamente vascularizado, e em constante transformação. Classificação quanto à forma Ossos Longos: o comprimento predomina sobre a largura e a espessura. fêmur, rádio, ulna, tíbia, falanges Ossos Curtos: as três dimensões equivalem-se. tarso e carpo
  • 21. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Ossos Laminares: o comprimento e largura equivalem-se, predominando sobre a espessura. escápula, ossos do crânio e ossos do quadril Ossos Irregulares: apresentam uma morfologia complexa, onde não há correspondência nas formas geométricas. temporal, vértebras Ossos pneumáticos: apresentam uma ou mais cavidades de volume variado, revestido de mucosa e contendo ar. frontal, temporal, maxilar - Divisão anatômica do esqueleto O esqueleto subdivide-se em duas partes:
  • 22. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br A união dos esqueletos axial e apendicular ocorre através das cinturas. - Divisão anatômica do esqueleto Crânio O crânio possui duas divisões principais: Caixa encefálica (crânio propriamente dito): composto por 08 ossos largos e irregulares que se fundem formando a cobertura que protege o encéfalo. Face: composta por 14 ossos que se fundem para dar sua forma.
  • 23. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Coluna vertebral Estrutura óssea central, composta de 33 vértebras, dividida em cinco regiões: Coluna cervical (pescoço): composta de 07 vértebras; Coluna torácica (parte superior do dorso): composta de 12 vértebras; Coluna lombar (parte inferior do dorso): composta de 05 vértebras; Coluna sacral (parte da pelve): composta de 05 vértebras; Coluna coccígea (cóccix ou cauda): composta de 04 vértebras. Articulações Conexão entre dois ou mais ossos adjacentes, que de acordo com a conformação e o aspecto estrutural são agrupadas em três tipos principais: Articulações fibrosas: São aquelas em que o tecido que interpõe as peças ósseas é fibroso, impossibilitando o seu movimento; Articulações cartilaginosas: São aquelas em que o tecido que interpõe as peças ósseas é formado por fibrocartilagem ou cartilagem hialina, possibilitando movimentos limitados; Articulações sinoviais: São aquelas em que o elemento que interpõe as peças ósseas é o líquido sinovial, possibilitando movimentos amplos.
  • 24. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br - Sistema Respiratório É o conjunto de órgãos que permite a captação de oxigênio e a eliminação de dióxido de carbono produzido na respiração interna. O Sistema Respiratório tem como função conduzir o ar do meio ambiente para os pulmões, e vice-versa, promovendo a troca gasosa, como também filtrar, pré-aquecer e umedecer o ar inspirado. Respiração Conjunto dos fenômenos que permitem a absorção do oxigênio e a expulsão do gás carbônico pelos seres vivos. - Órgãos componentes do Sistema Respiratório O Sistema Respiratório é composto pelos seguintes órgãos: Nariz No interior do nariz (narinas) existem pêlos, denominados vibrissas ou cílios, que recolhem a maior parte das partículas e pó existentes no ar, realizando assim, uma filtragem grosseira dessas impurezas. Eles e estão em constante movimento a fim de eliminar estes resíduos através das narinas. É guarnecido de uma camada de líquido (muco), que retém outras partículas de pó em sua porção superior. Ainda existem as conchas nasais, superior, média e inferior, que servem para aumentar a superfície
  • 25. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br mucosa da cavidade nasal, pois é esta superfície mucosa que umedece e aquece o ar inspirado, “condicionando-o” para que seja melhor aproveitado na hematose que se dá ao nível dos pulmões. Faringe É um tubo muscular membranoso associado a dois sistemas: respiratório e digestório, situando-se posteriormente à cavidade nasal, bucal e à laringe. Laringe É um órgão tubular, situado no plano mediano e anterior do pescoço que, além de via aerífera é órgão da fonação, ou seja, da produção do som. Coloca-se anteriormente à faringe, comunicando-se com a mesma através da glote, junto à glote está a epiglote, que tem a função de fechar a glote durante a passagem do bolo alimentar. Esqueleto da Laringe A laringe é continuada diretamente pela traquéia e apresenta um esqueleto cartilaginoso. A maior cartilagem é a tireóide, constituída de duas lâminas que se unem anteriormente em V; a cartilagem cricóide é ímpar, situando-se inferiormente à cartilagem tireóide. Entre as duas cartilagens, situa-se a membrana ou ligamento cricotireóideo. Traquéia É um canal situado entre a laringe e a origem dos brônquios. Tem de 12 a 15 cm de comprimento e é constituída por 16 a 20 anéis cartilaginosos incompletos, em forma de C, sobrepostos e ligados entre si. Brônquios São os canais resultantes da bifurcação da traquéia. Os brônquios vão se ramificando em direção aos lobos pulmonares em diâmetros cada vez menores. Pulmões Principais órgãos da respiração, sendo um direito e outro esquerdo, são órgãos moles, esponjosos e dilatáveis. Estão contidos na cavidade torácica e, entre eles, há uma região denominada mediastino. Os pulmões se subdividem em lobos, sendo três para o direito e dois para o esquerdo. As vias aéreas finalmente terminam nos alvéolos, cada um dos quais está em contato com os capilares sangüíneos onde se dá a função essencial dos pulmões, a hematose (oxigenação do sangue venoso). Pleura Cada uma das membranas serosas que cobrem as paredes internas da cavidade torácica (pleura parietal) e a superfície externa dos pulmões (pleura visceral). Músculos da respiração Os principais músculos da respiração são o diafragma que separa a cavidade torácica da abdominal e os músculos intercostais, que estão situados entre as costelas.
  • 26. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br - Mecanismo da respiração – inspiração Durante a inspiração (inalação): • o diafragma e os músculos intercostais se contraem; • quando o diafragma se contrai, move-se para baixo, aumentando a cavidade torácica longitudinalmente; • quando os músculos intercostais se contraem, elevam as costelas; estas ações se combinam para aumentar a cavidade torácica (fole) em todas as dimensões, os pulmões são puxados com ela, que se expande pela sucção exercida através das superfícies pleurais unidas. A pressão aérea interna, menor que a externa, permite a entrada de ar pela traquéia enchendo os pulmões. O ar se moverá de uma área de maior pressão para uma de menor pressão, até tornarem-se equivalentes. - Mecanismo da respiração – expiração Durante a expiração: o diafragma e os músculos intercostais se relaxam; a medida que estes músculos se relaxam, a cavidade torácica diminui de tamanho em todas as dimensões; a medida que a cavidade torácica diminui, o ar nos pulmões é pressionado em um espaço menor, a pressão interna aumenta e o ar é empurrado através da traquéia. -
  • 27. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Sistema Cardiovascular É um sistema fechado, composto pelo coração e por uma rede de tubos denominado artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias. As principais funções do Sistema Cardiovascular são: • Fornecer Oxigênio, substâncias nutritivas e hormônios aos tecidos; • Transportar produtos finais do metabolismo, como CO2 e uréia até os órgãos responsáveis por sua eliminação; e • Termoregulação do organismo. - Sangue O sangue é um líquido vermelho, viscoso, composto por plasma (parte líquida), glóbulos vermelhos (hemácias), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas. Composição do sangue Plasma: Transporta os glóbulos e nutrientes para todos os tecidos. Também leva os produtos de degradação para os órgãos excretores. Glóbulos vermelhos: Fornecem a cor ao sangue e carreiam oxigênio. Glóbulos brancos: Atuam na defesa do organismo contra as infecções. Plaquetas: São essenciais para a formação de coágulos sangüíneos, necessários para estancar o sangramento. - Coração É um órgão muscular, oco, ímpar e mediano, que funciona como uma bomba contrátil e propulsora do sangue. Camadas musculares do coração As paredes do coração são formadas por três camadas: • Miocárdio: camada média determina a sístole e a diástole cardíaca; • Endocárdio: camada de revestimento interno; • Epicárdio: camada de revestimento externo.
  • 28. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br - Coração As cavidades cardíacas são quatro: 2 átrios (cavidades superiores) e 2 ventrículos (cavidades inferiores). - Átrio esquerdo Desembocam as veias pulmonares direita e esquerda. Comunica-se com o ventrículo esquerdo através da valva bicúspide ou mitral (possui dois cúspides). Ventrículo esquerdo Nele chega sangue oxigenado proveniente do átrio esquerdo, que posteriormente é expulso para todo o corpo através da artéria aorta. Átrio direito Desembocam as veias cavas superior e inferior. Comunica-se com o ventrículo direito através da valva tricúspide (possui três cúspides). Ventrículo direito Nele chega sangue rico em CO2 proveniente do átrio direito, que posteriormente é expulso para a artéria pulmonar.
  • 29. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Coração Movimentos cardíacos Para o coração realizar sua função de bombeamento de sangue, efetua movimentos de contração e relaxamento da musculatura das suas cavidades: Sístole: período de contração dos ventrículos, para expulsar o sangue proveniente dos átrios para as artérias pulmonares e aorta; Diástole: período de relaxamento dos ventrículos, simultâneos ao de contração dos átrios, permitindo a passagem de sangue dos átrios, para os ventrículos. - Vasos sangüíneos São tubos que formam a complexa rede do sistema cardiovascular, constituída por artérias e veias que se ramificam em calibres cada vez menores, originando as arteríolas, vênulas e capilares. Artérias Vasos sangüíneos que saem do coração levando sangue para o corpo. Veias Vasos sangüíneos que chegam ao coração trazendo sangue do corpo. Circulação sangüínea A circulação sangüínea tanto no homem, como nos mamíferos em geral, é dupla: Circulação Pulmonar = Pequena Circulação Percurso da circulação pulmonar: Coração (ventrículo direito) > pulmões > coração (átrio esquerdo) Circulação Sistêmica = Grande Circulação Percurso da circulação sistêmica: Coração (ventrículo esquerdo) > tecidos do corpo > coração (átrio direito), passando pelos capilares dos diversos sistemas ou aparelhos do corpo -
  • 30. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Circulação sangüínea - O sangue arterial (rico em O2) deixa o ventrículo esquerdo através da artéria aorta (circulação sistêmica). As artérias tornam-se gradualmente mais finas (arteríolas), até que o sangue circule através de delgados capilares. Os capilares são vasos de calibre diminuto, como fios de cabelo, onde as hemácias podem entrar em íntimo- contato com as células do organismo (ocorrendo o metabolismo celular: troca de nutrientes e O2 por produtos O sangue (rico em CO2) passa dos capilares para pequenas veias (vênulas) que se unem e tornam-se maiores, à medida que se aproximam do coração. Elas levam o sangue através da veia cava (inferior e superior) para o átrio direito, impulsionando-o para o ventrículo direito De lá, o sangue é bombeado através da artéria pulmonar para os pulmões (circulação pulmonar), onde volta a passar através de um sistema capilar (ocorrendo a hematose: troca de CO2 por O2). Retorna então pela veia pulmonar desembocando no átrio esquerdo, que por sua vez é impulsionado para o ventrículo esquerdo (iniciando a circulação sistêmica), completando
  • 31. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Circulação sangüínea O sistema é completamente fechado, com dois conjuntos de capilares conectando arteríolas e vênulas nos pulmões e nos tecidos do restante do organismo. - Sistema Nervoso Sistema responsável pelo controle e coordenação das funções de todos os sistemas do organismo e, ainda, ao receber estímulos aplicados à superfície do corpo (frio, calor, dor etc) é capaz de interpretá-los e desencadear, eventualmente, respostas adequadas a estes estímulos. Muitas funções do sistema nervoso dependem da vontade caminhar é um ato voluntário Muitas outras ocorrem involuntariamente, sem que tenhamos consciência a secreção da saliva ocorre independente de nossa vontade -
  • 32. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Sistema Nervoso As funções do Sistema Nervoso são: • Colher informações do meio externo e interno e transformá-las em estímulos; • Controlar e coordenar as funções de todos os sistemas do organismo. O Sistema Nervoso pode ser dividido em: Sistema Nervoso Central – SNC O sistema nervoso central é uma porção de recepção de estímulos, de comando e desencadeadora de respostas. A porção periférica está constituída pelas vias que conduzem os estímulos ao sistema nervoso central ou que levam até aos órgãos, as ordens emanadas da porção central. Pode-se dizer que o SNC está constituído por estruturas que se localizam no esqueleto axial (coluna vertebral e crânio): a medula espinhal e o encéfalo. Sistema Nervoso Periférico – SNP O sistema nervoso periférico compreende os nervos cranianos e espinhais, os gânglios e as terminações nervosas. Sistema Nervoso Visceral – SNV O sistema nervoso visceral relaciona o indivíduo com o meio interno, compreendendo fibras sensitivas (aferente) interoceptores e motoras (eferente) – músculo liso e gânglios. A este último, está relacionado o sistema nervoso autônomo (SNA), ou involuntário, constituído apenas da parte motora do SNV. Sistema Nervoso Somático – SNS O sistema nervoso somático relaciona o indivíduo com o meio externo, compreendendo fibras sensitivas (aferente) exteroceptores e motoras (eferente) músculo estriado esquelético. -
  • 33. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Sistema Nervoso Central Meninges: O encéfalo e a medula espinhal são envolvidos e protegidos por lâminas (ou membranas) de tecido conjuntivo chamadas, em conjunto, de meninges. Estas lâminas são, de fora para dentro: • dura-máter; • aracnóide; e • pia-máter. O Sistema Nervoso Central – SNC é dividido anatomicamente em: Encéfalo Porção do sistema nervoso central localizado na caixa craniana e que compreende o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico. Medula espinhal É a continuação direta do encéfalo, localizada dentro do canal vertebral. A medula espinhal tem papel fundamental na recepção de estímulos sensitivos e retransmissão de impulsos motores. Todos os centros importantes do encéfalo são conectados através de longos feixes nervosos, diretamente aos órgãos ou músculos que controlam. Estes feixes se unem formando a medula espinhal, transmitindo mensagens entre o encéfalo e o sistema nervoso periférico. Estas mensagens são passadas ao longo do nervo sob a forma de impulsos elétricos. Da base do crânio, a medula se estende pelo tronco até o nível da primeira ou segunda vértebra lombar. Na porção final da medula localizam-se nervos espinhais que formam uma espécie de “cabeleira” nervosa, comparada à cauda eqüina. Cérebro Constitui a parte mais importante do encéfalo, localiza-se na caixa craniana, é centro da consciência. As funções do cérebro normal incluem a percepção de nós mesmos e do ambiente ao nosso redor, controla nossas reações em relação ao meio ambiente,
  • 34. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br respostas emocionais, raciocínio, julgamento e todas as nuances que formam a consciência, as sensações e origem dos movimentos, compreendendo o telencéfalo e o diencéfalo. Cerebelo Possui a função de determinar o equilíbrio do corpo e sua orientação no espaço, bem como, a regulação do tônus muscular e a coordenação das atividades motoras do organismo. Tronco encefálico Parte do encéfalo que une a medula espinhal aos hemisférios cerebrais e por onde transitam todas as grandes vias sensitivas e motoras. Telencéfalo O telencéfalo é a porção mais anterior e mais desenvolvida do cérebro, ocupa a maior parte da cavidade craniana e é envolvido pelas meninges, sendo o segmento mais desenvolvido do encéfalo humano. Nele encontra-se o córtex cerebral que é uma lâmina cinzenta, de espessura variável e que constitui a superfície do hemisfério cerebral. Diencéfalo É um dos principais centros receptores de impulsos elétricos oriundos das vias periféricas, possui volumosos núcleos cinzentos. Mesencéfalo Protuberância que constitui o ponto de junção do cérebro, do cerebelo e da medula espinhal. Comunica-se com o cérebro através de fibras nervosas encarregadas de conduzir estímulos oculares, visuais, acústicos e outros. Ponte Localizada na parte mediana do tronco encefálico, é formada por agrupamentos de fibras e células nervosas. A Ponte possui três pares de nervos responsáveis pela inervação dos músculos que movimentam os olhos para os lados, dos músculos mímicos da face, das glândulas salivares e lacrimais, e conduz sensações de paladar captadas na língua. Bulbo Porção inferior do tronco encefálico no sentido crânio-caudal, sendo que o grande forame (forame magno), constitui o limite convencional com a medula espinhal. Possui feixes de fibras motoras que comandam os movimentos dos músculos voluntários. Essas fibras dirigem-se, paralelamente, até o forame occipital, onde trocam de lado. No resto do percurso, caminham do lado oposto àquele em que estavam originalmente. Este cruzamento de fibras faz com que as ordens emitidas, a partir do hemisfério cerebral direito, sejam transmitidas ao lado esquerdo do corpo e vice-versa. Por isso, acidentes que lesem o lado esquerdo da cabeça provocam, em geral, paralisia do lado
  • 35. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br direito. Além disso, no bulbo, localizam-se dois centros vitais, encarregados de controlar a respiração e o funcionamento vasomotor. Um tiro que atinja o bulbo mata instantaneamente. A pressão sangüínea cai de forma tão acentuada que não permite mais a irrigação dos diversos órgãos. Com a lesão do bulbo, são cortados os impulsos que controlam o funcionamento dos vasos sangüíneos e dos pulmões. - Sistema Nervoso Periférico O Sistema Nervoso Periférico – SNP – é dividido anatomicamente em: Nervos São cordões esbranquiçados formados por fibras nervosas unidas por tecido conjuntivo, tendo como função conduzir impulsos ao SNC e também conduzi-los do SNC ao periférico. Distinguem-se dois grupos, os nervos cranianos e os espinhais. Nervos cranianos São 12 pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo. A maioria deles (10) originam-se no tronco encefálico. Além do seu nome, os nervos cranianos são também denominados por números em seqüência crânio-caudal. A relação abaixo apresenta o nome e o número correspondente a cada um dos pares cranianos: Olfatório é puramente sensitivo e ligado à olfação como o nome indica, iniciando-se em terminações nervosas situadas na mucosa nasal. Óptico, também sensitivo, origina-se na retina e está relacionado com a percepção visual. Oculomotor, troclear e abducente enervam músculos que movimentam o olho, sendo que o III par é também responsável pela inervação de músculos chamados intrínsecos do olho, como o músculo esfíncter da íris (que fecha a pupila) e o músculo ciliar (que controla a forma da lente). Trigêmeo é predominantemente sensitivo, sendo responsável pela sensibilidade
  • 36. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br somática de quase toda a cabeça. Um pequeno contingente de fibras é motor, inervando a musculatura mastigadora, isto é, músculos que movimentam a mandíbula. Facial, glossofaríngeo e vago são altamente complexos no que se refere aos componentes funcionais, estando relacionados às vísceras e à sensibilidade gustativa, além de inervar glândulas, musculatura lisa e esquelética. O nervo vago é um dos nervos cranianos mais importantes pois inerva todas as vísceras torácicas e a maioria das abdominais. Vestíbulo-coclear é puramente sensitivo, constituído de duas porções: A porção coclear está relacionada com os fenômenos da audição e a porção vestibular com o equilíbrio. Acessório inerva músculos esqueléticos, porém, parte de suas fibras unem-se ao vago e com ele é distribuída. Hipoglosso inerva os músculos que movimentam a língua, sendo por isso, considerado como o nervo motor da língua. Nervos espinhais Os 31 pares de nervos espinhais mantêm conexão com a medula e abandonam a coluna vertebral através de forames intervertebrais. A coluna pode ser dividida em porções cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea. Da mesma maneira, reconhecemos nervos espinhais que são cervicais, torácicos, lombares, sacrais e coccígeos. - Aula 3 - Avaliação geral de pacientes Os objetivos desta aula são: • Listar as 5 fases da avaliação geral de um paciente; • Listar 3 fontes rápidas de informação no local da cena; • Diferenciar a avaliação dirigida para trauma e a avaliação dirigida para emergência clínica; • Classificar corretamente o paciente de acordo com a escala CIPE; • Enumerar os principais sinais e sintomas observados numa vítima; e • Apresentar a seqüência correta dos passos da avaliação pré-hospitalar de pacientes. -
  • 37. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Avaliação pré-hospitalar de pacientes A avaliação pré-hospitalar de pacientes é um procedimento orientado, utilizado pelo Emergencista para identificar e corrigir possíveis doenças ou traumas que ameaçam a vida em curto prazo, devendo o Emergencista tomar decisões sobre os cuidados mais adequados e o mais rápido possível. O processo de avaliação geral do paciente divide-se em cinco fases distintas, a saber: - Avaliação da cena Ao chegar no local da ocorrência, o Emergencista deve: • Observar a cena procurando identificar riscos potenciais para si, para o paciente ou outros envolvidos (terceiros); • Observar os mecanismos do trauma ou a natureza da doença do paciente; • Checar o número de vítimas; e • Acionar, se necessário, recursos adicionais. Durante o deslocamento para a cena, o Emergencista deve revisar as informações contidas no despacho, bem como adotar medidas de proteção individual. - Avaliação da cena Fontes rápidas de informação no local da cena: • a cena por si só; • o paciente (se estiver consciente e em condições de responder), familiares, testemunhas ou curiosos; • os mecanismos do trauma; • a posição do paciente, qualquer deformidade maior ou lesão óbvia; e qualquer sinal ou sintoma indicativo de emergência clínica. A cena por si só Após avaliar a cena, o Emergencista deve iniciar o gerenciamento dos riscos e o controle da mesma, acionando se necessário, recursos adicionais para as medidas de sinalização do local, isolamento da cena, estabilização de veículos (calçar e amarrar se necessário), controle de tráfego, desligamento de motores automotivos, desativação de cabos elétricos energizados, remoção de pacientes em situação de risco iminente, dentre outros. -
  • 38. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Avaliação inicial Podemos conceituá-la como sendo um processo ordenado para identificar e corrigir, de imediato, problemas que ameacem a vida a curto prazo. Durante a avaliação inicial, os problemas que ameaçam a vida, por ordem de importância, são: • Vias aéreas Permeabilidade e se há comprometimento da coluna cervical. • Respiração Se respira e como se processa esta respiração. • Circulação Se tiver pulso, se há hemorragia e risco de estado de choque. - Avaliação inicial Como Realizar a Avaliação Inicial Observe visualmente a cena e forme uma impressão geral do paciente. Avalie o nível de consciência do paciente (AVDI). Identifique-se como Emergencista e solicite autorização para ajudar. Avalie a permeabilidade das vias aéreas e estabilize manualmente a coluna cervical. Avalie a respiração do paciente (use a técnica do ver, ouvir e sentir – VOS). Verifique a circulação do paciente (avalie o pulso carotídeo em adultos e crianças, e o braquial em lactentes) e verifique a presença de hemorragias e perfusão. Decida a prioridade para o transporte, através da escala CIPE. -
  • 39. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Avaliação inicial Escala CIPE Ao término da avaliação inicial, o Emergencista deve classificar o paciente de acordo com a gravidade de suas lesões ou doença. Essa classificação é baseada na escala CIPE. Crítico Parada respiratória ou cárdio-respiratória. Instável Paciente inconsciente, com choque descompensado, dificuldade respiratória severa, com lesão grave de cabeça e/ou tórax. Potencialmente Instável Paciente com choque compensado portador de lesões isoladas importantes. Estável Paciente portador de lesões menores e sinais vitais normais. - Avaliação inicial Os pacientes críticos e instáveis devem ser tratados no máximo em 5 minutos, no local da emergência e transportados de imediato. Nesses casos, a avaliação dirigida e a avaliação física detalhada devem ser realizadas durante o transporte para o hospital, simultaneamente com as medidas de suporte básico de vida. Já no caso dos pacientes potencialmente instáveis e estáveis, o Emergencista deve continuar a avaliação no local da emergência, no máximo em 12 minutos, e transportá-lo após sua estabilização. Colar Cervical e Oxigênio Após decidir sobre a prioridade de transporte, a equipe de Emergencistas deve realizar um rápido exame físico na região posterior, anterior e lateral do pescoço e, em seguida, mensurar e aplicar o colar cervical de tamanho apropriado. Depois, os Emergencistas devem avaliar a necessidade de ofertar oxigênio para o paciente. Para isto, devem examinar o nariz, a boca e a mandíbula, através do emprego de uma máscara facial com reservatório de oxigênio. Para tratar os pacientes de emergência clínica, os Emergencistas podem utilizar os mesmos parâmetros recomendados nos casos de trauma, no entanto, não necessitam imobilizar a região cervical. -
  • 40. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Avaliação dirigida Podemos conceituá-la como sendo um processo ordenado para obter informações, descobrir lesões ou problemas clínicos que, se não tratados, poderão ameaçar a vida do paciente. É dividida em três etapas, são elas: • Entrevista: Etapa da avaliação onde o Emergencista conversa com o paciente buscando obter informações dele próprio, de familiares ou de testemunhas, sobre o tipo de lesão ou enfermidade existente e outros dados relevantes; • Sinais Vitais: Etapa da avaliação onde o Emergencista realiza a aferição da respiração, pulso, pressão arterial e temperatura relativa da pele do paciente; e • Exame rápido: O exame rápido é realizado conforme a queixa principal do paciente ou em todo segmento corporal. Fique atento durante todo o processo de avaliação, pois algumas vezes a natureza da emergência pode não estar claramente definida. - Avaliação dirigida Guia para realizar uma Entrevista Se o paciente estiver consciente e em condições de respondê-lo, questione-o utilizando as seguintes perguntas chaves: 1) Nome e idade (se é menor, procure contatar com seus pais ou um adulto conhecido) 2) O que aconteceu? (para identificar a natureza da lesão ou doença) 3) Há quanto tempo isso aconteceu? 4) Isso já ocorreu antes? (emergência clínica) 5) Você tem algum problema de saúde? 6) Você tem tomado algum remédio? 7) Você é alérgico a alguma coisa? -
  • 41. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Avaliação dirigida Sinais Diagnósticos Sinal é tudo aquilo que o Emergencista pode observar ou sentir no paciente enquanto o examina. Pulso, palidez, sudorese etc. Sintoma é tudo aquilo que o Emergencista não consegue identificar sozinho. O paciente necessita contar sobre si mesmo. Dor abdominal, tontura etc. - Avaliação dirigida Aferição de Sinais Vitais Os sinais vitais a serem aferidos são: Pulso É o reflexo do batimento cardíaco palpável nos locais onde as artérias calibrosas estão posicionadas próximas da pele e sobre um plano duro. Valores normais: • Adulto 60-100 batimentos por minuto (bpm). • Criança 80-140 bpm. • Lactentes 85-190 bpm. Respiração Absorção do oxigênio e exalação do gás carbônico. Valores normais: • Adulto 12-20 ventilações por minuto (vpm). • Criança 20-40 vpm. • Lactentes 40-60 vpm. Temperatura É a diferença entre o calor produzido e o calor perdido pelo corpo humano. Valores normais: 36,5 a 37,0 ºC – Independente da faixa etária.
  • 42. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Temperatura Relativa da Pele Em atendimento pré-hospitalar, o Emergencista verifica a temperatura relativa da pele colocando o dorso da sua mão sobre a pele do paciente (na testa, no tórax ou no abdome). O Emergencista estima a temperatura relativa da pele pelo tato. Convém recordar que a pele é a grande responsável pela regulação da temperatura e pode apresentar-se normal, quente ou fria, úmida ou seca. Durante a avaliação continuada, o Emergencista deve utilizar o termômetro clínico, para real certificação da temperatura corporal. Com relação à coloração, a pele pode estar: • Pálida, • Ruborizada ou • Cianótica. Nas pessoas negras, a cianose pode ser notada nos lábios, ao redor da fossas nasais e nas unhas. Pupilas As pupilas quando normais são do mesmo diâmetro e possuem contornos regulares. Pupilas contraídas podem ser encontradas nas vítimas que fizeram uso de drogas (miose). As pupilas indicam estado de relaxamento ou inconsciência, geralmente tal dilatação ocorre rapidamente após uma parada cardíaca (midríase), Nos casos de TCE ou AVC, a irregularidade da reatividade pupilar, será observada no lado oposto em que ocorreu a lesão (anisocoria). Coloração da pele A coloração da pele depende primariamente da presença de sangue circulante nos vasos sangüíneos subcutâneos. Uma pele pálida, branca, indica circulação insuficiente e é vista nas vítimas em choque ou com infarto do miocárdio. Uma cor azulada (cianose) é observada na insuficiência cardíaca, na obstrução de vias aéreas, e também em alguns casos de envenenamento. Poderá haver uma cor vermelha em certos estágios do envenenamento por monóxido de carbono (CO) e na insolação. Perfusão capilar é o termo usado para verificar a circulação da pele nas extremidades. Pressão Arterial É definida como a pressão exercida pelo sangue circulante contra as paredes internas das artérias. A PA é verificada em dois níveis, a PA sistólica e a diastólica. A sistólica é a pressão máxima à qual a artéria está sujeita durante a contração do coração (sístole). A diastólica é a pressão remanescente no interior do sistema arterial quando o coração fica relaxado (diástole). A pressão arterial é diretamente influenciada pela força do batimento cardíaco, quanto mais força, mais elevada a PA e o volume de sangue circulante.
  • 43. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Dentro desses valores, consideramos a PA normal. Se exceder à máxima, denominamos alta (hipertensão) e, ao contrário, se não atinge o nível mínimo, denominamos baixa (hipotensão). Em geral não se afere PA em crianças com menos de 3 anos de idade. Nos casos de hemorragias ou choque, a PA mantêm-se constante dentro de valores normais para no final desenvolver uma queda abrupta. Valores normais: Adulto: • Sistólica máxima 150 mmHg e mínima 100 mmHg • Diastólica máxima 90 mmHg e mínima 60 mmHg IDADE Nascimento (12h, <1000g) Nascimento (12h, 3kg) Recém-nascido (96h) Lactente (6 meses) Criança (2 anos) Idade escolar (7 anos) Adolescente (15 anos) PRESSÃO SISTÓLICA (Mm Hg) 39-59 50-70 60-90 87-105 95-105 97-112 112-128 PRESSÃO DIASTÓLICA (Mm Hg) 16-36 25-45 20-60 53-66 53-66 57-71 66-80 Capacidade de movimentação A incapacidade de uma pessoa consciente em se mover é conhecida como paralisia e pode ser resultante de uma doença ou traumatismo. A incapacidade de mover os membros superiores e inferiores, após um acidente, pode ser o indicativo de uma lesão da medula espinhal, na altura do pescoço (coluna cervical). A incapacidade de movimentar somente os membros inferiores pode indicar uma lesão medular abaixo do pescoço. A paralisia de um lado do corpo, incluindo a face, pode ocorrer como resultado de um rompimento de um vaso intracraniano (Acidente Vascular Cerebral – AVC – DERRAME). Reação a DOR A perda do movimento voluntário das extremidades, após uma lesão, geralmente é acompanhada também de perda da sensibilidade. Entretanto, ocasionalmente o movimento é mantido e a vítima se queixa apenas de perda da sensibilidade ou dormência nas extremidades. É extremamente importante que este fato seja reconhecido como um sinal de provável lesão da medula espinhal, de forma que a manipulação do acidentado não agrave o trauma inicial. -
  • 44. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Avaliação física detalhada A avaliação física detalhada da cabeça aos pés deve ser realizada pelo Emergencista em cerca de 2 a 3 minutos. O exame completo não precisa ser realizado em todos os pacientes. Ele pode ser realizado de forma limitada em pacientes que sofreram pequenos acidentes ou que possuem emergências médicas evidentes. Ao realizar o exame padronizado da cabeça aos pés, o Emergencista deve: 1) Verificar a cabeça (couro cabeludo) e a testa; 2) Verificar a face do paciente. Inspecionar os olhos e as pálpebras, o nariz, a boca, a mandíbula e os ouvidos; 3) Verificar a região posterior, anterior e lateral do pescoço (antes da aplicação do colar cervical); 4) Inspecionar o ombro bilateralmente distal / proximal; 5) Inspecionar as regiões anterior e lateral do tórax; 6) Inspecionar o abdome em quatro quadrantes separadamente; 7) Inspecionar as regiões anterior e lateral da pelve e a região genital; 8) Inspecionar as extremidades inferiores (uma de cada vez). Pesquisar a presença de pulso distal, a capacidade de movimentação (motricidade), a perfusão e a sensibilidade; 9) Inspecionar as extremidades superiores (uma de cada vez). Pesquisar a presença de pulso distal, a capacidade de movimentação (motricidade), a perfusão e a sensibilidade; 10) Realizar o rolamento em monobloco e inspecionar a região dorsal. - Avaliação física detalhada Como Avaliar o Paciente de Trauma e de Emergência Clínica Os procedimentos da avaliação dirigida são diferentes para pacientes de trauma e pacientes de emergência clínica. Os pacientes podem ser classificados nos seguintes tipos:
  • 45. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Pacientes de trauma – consciente • Observe o cenário e tente identificar os mecanismos do trauma; • Inicie a entrevista com o paciente, enquanto verifica a respiração e a presença de hemorragias; • Estabilize a cabeça e o pescoço do paciente com um colar cervical e administre oxigênio; • Realize o exame físico dirigido segundo a queixa principal do paciente; • Realize a aferição dos sinais vitais; • Complete a entrevista para obter o histórico do paciente; • Providencie os cuidados necessários; e • Faça o exame físico detalhado, caso seja necessário. Pacientes de trauma – inconsciente • Observe o cenário e tente identificar os mecanismos do trauma; • Entreviste testemunhas sobre o que aconteceu, enquanto verifica as vias aéreas, a respiração e a presença de hemorragias; • Estabilize a cabeça e o pescoço do paciente com um colar cervical e administre oxigênio; • Realize um rápido exame físico buscando identificar ferimentos mais graves; • Realize a aferição dos sinais vitais; • Realize o exame físico completo da cabeça aos pés; e • Reavalie os sinais vitais. Pacientes de emergência clínica – consciente • Inicie a entrevista com o paciente; • Administre oxigênio; • Realize o exame físico dirigido em função da queixa principal informada pelo paciente; • Realize a aferição dos sinais vitais; e • Providencie os cuidados necessários. Pacientes de emergência clínica – inconsciente • Inicie a entrevista com as testemunhas perguntando o que aconteceu e tente determinar a natureza do problema; • Assegure a permeabilidade das vias aéreas, a respiração e a circulação; • Verifique a presença de hemorragias; • Providencie o tratamento para qualquer alteração encontrada e administre oxigênio; • Realize um rápido exame físico tentando identificar a natureza da emergência. • Realize a aferição dos sinais vitais; e
  • 46. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br • Providencie os cuidados necessários. Fique atento durante todo o processo de avaliação, pois algumas vezes a natureza da emergência pode não estar claramente definida. - Avaliação física detalhada Objetivo do exame rápido O exame rápido permite que o Emergencista realize visualmente o exame físico limitado à região que o paciente se refere como a de maior queixa, ou de todo o segmento corporal, com o objetivo de encontrar alterações decorrentes de doenças ou traumas. Este exame é também chamado de coleta de dados objetivos. - Avaliação continuada A avaliação continuada é realizada durante o transporte do paciente, devendo o Emergencista reavaliar constantemente os sinais vitais e o aspecto geral do paciente. A reavaliação deve ser realizada conforme a escala CIPE: CRÍTICO e INSTÁVEL Reavalie a cada 3 minutos. POTENCIALMENTE INSTÁVEL e ESTÁVEL Reavalie a cada 15 minutos. -
  • 47. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Avaliação continuada Fluxograma da avaliação pré-hospitalar de pacientes - Aula 4 – Suporte básico de vida Os objetivos desta aula são: • Descrever os passos da reanimação cardiopulmonar em adultos, crianças e lactentes; • Citar as principais causas de obstrução das vias aéreas; e • Descrever os passos da desobstrução das vias aéreas em adultos, crianças e lactentes. -
  • 48. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br A American Heart Association (Associação Americana do Coração) em conferência realizada em novembro de 2005, anunciou as novas diretrizes para a Reanimação Cardiopulmonar em Suporte Básico de Vida, após dois anos de debates e rigorosa avaliação científica, conforme consenso mundial para reanimação. O Suporte Básico de Vida - SBV é representado por uma seqüência de ações. Essas ações, realizadas durante os primeiros minutos de uma emergência, são cruciais para a sobrevivência. A seqüência de ações de SBV é a seguinte: • Reconhecimento rápido do infarto de miocárdio e do AVC e medidas para evitar a parada respiratória e circulatória. • Ação rápida diante de qualquer vítima que perde a consciência subitamente. Respiração de resgate para vítimas de parada respiratória. • Compressões torácicas e respiração de resgate para vítimas de parada cardiorespitatória. • Reconhecimento e tratamento de OVACE. - Parada respiratória Parada respiratória é a supressão súbita dos movimentos respiratórios, que pode ou não ser acompanhada de parada cardíaca. O centro respiratório encefálico deve funcionar para haver respiração e para que a freqüência e a profundidade respiratórias sejam adequadas, a fim de controlar os níveis sangüíneos de dióxido de carbono. O fluxo sangüíneo cerebral inadequado provocado por AVC (resultante da interrupção da irrigação de uma região do cérebro), choque ou parada cardíaca pode afetar gravemente o centro respiratório. Uma parada respiratória pode ser provocada quando a oxigenação do sangue for muito reduzida, mesmo que a quantidade do sangue que circula pelo encéfalo seja normal. Nestes casos, a vítima pode apresentar uma parada respiratória completa ou realizar esforços respiratórios ineficazes - respirações “agônicas”, geralmente associados com contração dos músculos dos braços e das pernas. Mesmo após a parada do coração, a respiração continua existindo por poucos segundos. Não confunda respirações agônicas com respirações efetivas ao determinar se é
  • 49. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br necessário efetuar respiração de resgate ou compressões torácicas. Nas próximas páginas serão apresentadas técnicas para a reanimação cardiopulmonar. - Técnicas de abertura das vias aéreas Quando o tônus muscular é insuficiente, a língua e a epiglote podem obstruir a faringe. A língua é a causa mais freqüente de obstrução das vias aéreas na vítima inconsciente. Se não houver evidência de trauma craniano nem cervical, o Emergencista deve utilizar a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo para abrir as vias aéreas. As técnicas para abertura das vias aéreas são: Manobra de inclinação da cabeça – elevação do queixo – casos clínicos Esta manobra deve ser utilizada apenas em casos clínicos. 1) Coloque o paciente em decúbito dorsal e posicione-se ao seu lado, na altura dos ombros; 2) Coloque uma das mãos na testa do paciente e estenda sua cabeça para trás; e 3) Coloque a ponta dos dedos, indicador e médio, da outra mão, apoiados na mandíbula para elevá-la até perceber uma resistência ao movimento. Use sempre EPI
  • 50. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Manobra de empurre mandibular – casos de trauma Esta manobra deve ser utilizada apenas em casos de trauma. 1) Coloque o paciente em decúbito dorsal e posicione-se de joelhos acima da parte superior de sua cabeça; 2) Com os cotovelos na mesma superfície que o paciente ou apoiados nas coxas, segure os ângulos da mandíbula do paciente com os dedos, indicador e médio; e 3) Com os dedos posicionados, empurre a mandíbula para cima, mantendo a cabeça estabilizada com a palma das mãos. Não eleve ou realize rotação da cabeça do paciente, pois a proposta desta manobra é manter a via aérea aberta sem mover a cabeça ou o pescoço. Use sempre EPI Utilize a manobra correta ao realizar uma abertura de vias aéreas - VA: Em caso clínico manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo Em caso de trauma manobra de empurre mandibular -
  • 51. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Técnicas para ventilação artificial Ao avaliar a respiração do paciente, deve ser utilizado o método VOS - Ver, Ouvir e Sentir. Para se avaliar a presença ou ausência de respiração espontânea: • Coloque o ouvido próximo à boca e ao nariz do paciente, enquanto mantém as vias aéreas pérvias; e • Enquanto observa o tórax do paciente, verifique se a respiração é normal ou anormal. Respiração normal Veja os movimentos respiratórios. Observe a simetria da expansão e contração do tórax e a ausência de esforço para executar esses movimentos; Ouça o ar entrando e saindo do nariz e da boca. Os sons devem ser como os que normalmente ouvimos na respiração (sem roncos, não estar ofegante ou apresentar outros sinais incomuns); Sinta o ar entrando e saindo do nariz e da boca. Ver, ouvir e sentir a respiração Respiração anormal A respiração anormal pode ser identificada quando: • Há ausência de movimento torácico ou existem movimentos assimétricos. • Não é possível sentir ou ouvir o ar movimentando-se através do nariz ou da boca; • A respiração é ruidosa ou ofegante; • O ritmo da respiração é irregular, taquipnéica ou bradipnéica. • A respiração é muito superficial, muito profunda e difícil ou, ainda, a respiração é feita com grande esforço, especialmente em crianças e bebês; • A pele do paciente fica cianótica, acinzentada ou pálida; • O paciente está obviamente se esforçando para respirar, usando os músculos da parte superior do tórax, ao redor dos ombros, e os músculos do pescoço; • Há batimentos de asas do nariz, especialmente em crianças.
  • 52. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Estes procedimentos de avaliação devem levar apenas de 3 a 5 segundos. Em RCP considerar: Lactente de 0 a 1 ano Criança de 1 a 8 anos Adulto acima de 8 anos - Técnicas para ventilação artificial Caso seja identificada respiração anormal do paciente, deve ser realizada a reanimação pulmonar. Reanimação pulmonar A reanimação pulmonar é todo esforço para reanimar ou para restabelecer artificialmente a função normal dos pulmões. O ar atmosférico possui 21% de oxigênio. Dos 21% inalados, uns 5% são utilizados pelo organismo e os 16% restantes são exalados, quantidade suficiente para suprir as necessidades da pessoa na vida diária. Quando uma pessoa encontra-se com deficiência respiratória, se faz necessário a oferta de uma concentração maior de oxigênio para suprir esta ineficiência. Respirações de resgate Para fornecer respirações de resgate, administre respirações lentas e permita a expiração completa entre as respirações, a fim de diminuir a probabilidade de exceder a pressão de abertura esofágica. Essa técnica diminui a distensão gástrica, a regurgitação e a aspiração. Nas páginas seguintes serão mostradas técnicas para ventilação artificial. -
  • 53. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Técnicas para ventilação artificial As técnicas utilizadas para ventilação artificial são: Técnica de respiração boca-a-boca 1) Abra as vias aéreas; 2) Feche as narinas do paciente com seus dedos (indicador e polegar); 3) Inspire o ar e coloque sua boca com firmeza sobre a boca do paciente, criando um selo hermético, e ventile lentamente (1,5 a 2 segundos) seu ar para dentro dos pulmões do paciente; e 4) Retire sua boca e deixe o ar sair livremente; 5) Repita a ventilação artificial a cada 5 - 6 segundos (10 - 12 por minuto) no socorro de adultos e, a cada 3 - 5 segundos (12 - 20 por minuto), no socorro de crianças. Técnica de respiração boca-a-boca/nariz Utilizada em lactentes (bebês). A técnica segue os mesmos passos da ventilação de boca-a-boca, incluindo no item 3, a colocação da boca do Emergencista sobre a boca e o nariz do paciente e, em seguida, uma ventilação bem lenta (1 a 1,5 segundos por ventilação), repetindo a ventilação artificial a cada 3 segundos (20 por minuto).
  • 54. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Técnica de respiração boca-máscara 1) Abra a VA empurrando a mandíbula do paciente; 2) Posicione a máscara sobre a face do paciente, com o ápice sobre a ponta do nariz e a base entre os lábios e o queixo; 3) Use a mão mais próxima do alto da cabeça do paciente para selar a máscara, pressionando ao longo da borda superior com o indicador e o polegar. Aperte a borda inferior com o polegar da outra mão; 4) Ponha os dedos restantes da outra mão que está mais abaixo ao longo da borda óssea da mandíbula e levante-a. Se não houver suspeita de lesão da coluna cervical, faça inclinação da cabeça-elevação do queixo; 5) Comprima toda a borda externa da máscara firmemente, para criar um selo hemético; 6) Forneça respirações de resgate lentas, observando se há expansão torácica. 7) Retire a boca e deixe o ar sair livremente. O tempo de cada ventilação é o mesmo descrito na técnica de boca-a-boca (adulto e criança) e boca-aboca/nariz (lactente). - Técnicas para ventilação artificial Alguns acessórios são utilizados na reanimação pulmonar. A escolha de tais acessórios deve ser adequada a cada caso e sua utilização deve ser correta. Os acessórios que podem ser utilizados são: Cânula orofaríngea Dispositivo usualmente feito de plástico, que pode ser inserido na boca e na faringe do paciente, a fim de sustentar a língua, evitando o bloqueio das vias aéreas. O tipo mais comum em APH é o que possui uma abertura no centro “Guedel”, a fim de permitir a respiração ou acesso fácil para aspiração bilateral, devendo ser usada em conjunto com o reanimador manual e colocada apenas em pacientes inconscientes.
  • 55. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Técnica para seu uso 1) Escolha o tamanho correto: • Adulto: Lóbulo da orelha ao canto da boca; • Criança e lactente: Ângulo da mandíbula ao canto da boca; 2) Cruze os dedos, polegar e indicador, abrindo a boca do paciente; 3) Introduza a cânula na posição correta: • Adulto: Com a extremidade contra o palato, girando-a em 180º; • Criança e lactente: Com a extremidade contra a língua, sem giro; e 4) Deslize a cânula até que a extremidade com rebordo se localize sobre os lábios ou queixo, de forma que sua curvatura siga o contorno da língua. Use sempre EPI Reanimador manual Equipamento utilizado para ventilar, artificialmente, o paciente que não apresenta respiração espontânea, podendo liberar altas concentrações de oxigênio (90 a 100%) quando instalado a uma fonte (cilindro de oxigênio). Técnica de ventilação com bolsa-máscara (reanimador manual) 1) Posicione o paciente corretamente (decúbito dorsal); 2) Posicione-se próximo à cabeça do paciente (técnica cefálica); 3) Abra a boca do paciente e coloque a cânula orofaríngea, conforme técnica descrita anteriormente; 4) Coloque a máscara do reanimador sobre a face do paciente, com a base entre a protuberância do queixo e o lábio inferior e a ápice voltada para o nariz;
  • 56. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br 5) Faça a vedação com o polegar mantido na porção superior da máscara e o indicador na porção inferior, comprimindo-a de maneira firme para se obter boa vedação em toda sua borda; 6) Coloque os demais dedos ao longo da borda óssea da mandíbula e levante-a ao mesmo tempo em que a cabeça é inclinada para trás (adulto), a fim de manter as vias aéreas pérvias. Em lactente e criança muito pequena, deve-se utilizar apenas o dedo médio sobre a mandíbula, mantendo a cabeça em posição neutra, sem hiperextensão; 7) Comprima, com a outra mão, a bolsa principal do reanimador de forma ritmada, uma vez a cada 5 segundos em adultos e, uma vez, a cada 3 segundos, em crianças e lactentes; 8) Observe durante cada ventilação a expansão torácica, caso esteja ausente ou insuficiente, reavalie todos os procedimentos adotados; e 9) Após 12 ventilações (adulto) ou 20 ventilações (criança e lactente), cerca de 1 minuto, reavalie o pulso. Caso o pulso esteja ausente, inicie a RCP. Use sempre EPI - Parada cardíaca Parada cardíaca é o cessar da atividade mecânica do coração. É um diagnóstico clínico confirmado pela falta de resposta a estímulos, ausência de pulso detectável e apnéia (ou respirações agônicas). A detecção de pulso pode ser feita de 2 maneiras: Detecção de pulso carotídeo Para se detectar a presença ou ausência de pulso carotídeo: 1) Localize a cartilagem da tireóide e coloque a ponta dos dedos (indicador e médio) ao lado deste ponto, mantendo a cabeça em posição inclinada para trás (se não houver suspeita de lesão na coluna cervical); 2) Deslize os dedos no sulco entre a traquéia e o músculo lateral do pescoço mais próximo a você; e 3) Exerça pequena pressão neste ponto e sinta o pulso da artéria carótida (adulto e criança). Se não há pulso, inicie as compressões torácicas.
  • 57. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Use sempre EPI Detecção de pulso braquial Para se detectar a presença ou ausência de pulso braquial: 1) Localize o terço médio da parte interna do braço, entre o cotovelo e o ombro do lactente; 2) Com o polegar na face externa do braço, pressione com suavidade os dedos, indicador e médio, contra o úmero para sentir o pulso braquial; e 3) Se não conseguir detectar com certeza um pulso, outros sinais de circulação ou, caso a freqüência cardíaca seja menor que 60 bpm, em um lactente ou uma criança com sinais de hipoperfusão, inicie as compressões torácicas. Use sempre EPI A verificação dos pulsos carotídeo e braquial não deve levar mais de 5 a 10 segundos. - Parada cardíaca Ao detectar uma parada cardíaca, deve-se proceder compressões torácicas, de acordo com seguinte procedimento: Encontre o ponto de compressões da RCP Adulto - Dois dedos acima do processo xifóide. Criança - Da mesma maneira em que é feita com o adulto. Lactente - Um dedo abaixo da linha imaginária, entre os mamilos. Posicione corretamente suas mãos para as compressões Adulto - Coloque a base de sua mão (que está próxima à cabeça do paciente) no ponto de compressão da RCP. Sua outra mão deve ser sobreposta à primeira, de modo que as bases das duas mãos fiquem alinhadas uma sobre a outra e seus dedos não devem tocar o tórax do paciente. Seus dedos podem ficar estendidos ou entrelaçados. Mantenha seus dedos afastados do tórax do paciente. Criança - Faça as compressões com a base de uma das mãos, posicionada sobre o ponto de compressões da RCP.
  • 58. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Lactente - Faça as compressões com a ponta de dois dedos, posicionados sobre o ponto de compressão da RCP. Promova as compressões torácicas externas Adulto - Deslocamento de 4 a 5cm e freqüência de aproximadamente 100 por minuto. Criança - Deslocamento de 2,5 a 4cm e freqüência de no mínimo 100 por minuto. Lactente - Deslocamento de 1,5 a 2,5cm e freqüência de no mínimo 100 por minuto. Realize as ventilações Inicie sempre com duas ventilações de resgate. Estas ventilações não contam no ritmo dos ciclos que irão ser aplicados. Este procedimento deve ser executado de maneira diferente quando o atendimento for realizado por: Atendimento com um Emergencista Adulto 30 compressões por duas ventilações 5 ciclos de 30 x 2 Criança 30 compressões por duas ventilações 5 ciclos de 30 x 2 Lactente 30 compressões por duas ventilações 5 ciclos de 30 x 2 Atendimento com dois Emergencistas Nos casos de RCP em criança ou lactente, quando houver dois Emergencistas, a freqüência deve ser de 10 ciclos de 15x2 (15 compressões por 2 ventilações). Após 2 minutos, reavalie. Nos pacientes adultos, esta freqüência não é alterada, ou seja, tanto com 1 ou 2 Emergencistas, a freqüência será sempre 30x2 (30 compressões por 2 ventilações). Os 2 Emergencistas devem inverter suas posições ao término dos cinco ciclos. -
  • 59. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Obstrução das vias aéreas por corpo estranho – OVACE É a obstrução súbita das VA superiores causada por corpo estranho. A OVACE em adulto, geralmente, ocorre durante a ingestão de alimentos e, em criança, durante a alimentação ou recreação (sugando objetos pequenos). • A obstrução de vias aéreas superiores pode ser causada: • pela língua: Sua queda ou relaxamento pode bloquear a faringe; • pela epiglote: Inspirações sucessivas e forçadas podem provocar uma pressão negativa que forçará a epiglote para baixo, fechando as VA; • por corpos estranhos: Qualquer objeto, líquidos ou vômito, que venha a se depositar na faringe; • por danos aos tecidos: Perfurações no pescoço, esmagamento da face, inspiração de ar quente, venenos e outros danos severos na região; e • por patologias: Infecções respiratórias, reações alérgicas e certas condições crônicas (asma), podem provocar espasmos musculares que obstruem as VA. - Obstrução das vias aéreas por corpo estranho – OVACE Sinais de obstrução grave ou completa das vias aéreas Quando uma pessoa consciente que estiver se engasgando, os seguintes sinais indicam uma obstrução grave ou completa das vias aéreas que exige ação imediata: • Sinal universal de asfixia: a vítima segura o pescoço com o polegar e o dedo indicador; • Incapacidade para falar; • Tosse fraca e ineficaz; • Sons inspiratórios agudos ou ausentes; • Dificuldade respiratória crescente; e • Pele cianótica. -
  • 60. Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 www.fabricadecursos.com.br Obstrução das vias aéreas por corpo estranho – OVACE A desobstrução das vias aéreas deve seguir as manobras: Manobras para desobstrução em Adulto Compressão abdominal administrada em paciente consciente Compressão torácica administrada em vítima gestante ou obesa Varredura digital para limpeza da cavidade oral Manobras para desobstrução em Lactente Golpes dorsais Compressões torácicas Em lactentes e crianças deve-se visualizar o corpo estranho antes de tentar removê-lo com uma pinça ou com o dedo. -