O documento discute conceitos básicos de segurança, higiene e saúde no trabalho, incluindo problemas ambientais causados pelo homem, boas práticas ambientais e conceitos de acidentes de trabalho.
2. PROBLEMAS CAUSADOS PELO HOMEM NA NATUREZA
1. Explosão demográfica (grande aumento da população)
2. Energia (escassez de recursos naturais)
3. Poluição do ar
4. Espécies em extinção
5. Alterações Climáticas
3. BOAS PRÁTICAS PARA O MEIO AMBIENTE
☺ Utilize lâmpadas de baixo
consumo
Evite utilizar mais do que
uma lâmpada
Duas lâmpadas de 50 W
produzem menos luz e
consomem mais 25% de
eletricidade do que uma de
100 W.
4. BOAS PRÁTICAS PARA O MEIO AMBIENTE
☺ Utilize papel reciclado, sempre
que possível
Cada tonelada deste papel evita o
corte de 15 a 20 árvores, poupa
400 m3 de água e 500 KWh de
eletricidade.
Evite desperdiçar papel
As suas fibras são esgotáveis,
podendo apenas ser recicladas
um número limitado de vezes
5. BOAS PRÁTICAS PARA O MEIO AMBIENTE
Quando manusear óleos utilize:
➢ Aparadeiras
➢ Mantas absorventes
Nunca:
➢ Deitar estes efluentes pelo esgoto
➢ Misturar com produtos químicos
6. BOAS PRÁTICAS PARA O MEIO AMBIENTE
☺ Verifique se os equipamentos e máquinas a utilizar não
ultrapassam os níveis de ruído permitidos por lei (marcação CE
por parte do fornecedor)
7. SEGURANÇA E HIGIENE
❑ Segurança
Visa a luta contra os acidentes de trabalho , quer
eliminando as condições inseguras de trabalho, quer
sensibilizando os trabalhadores à utilização de medidas
preventivas
❑ Higiene
Visa a luta contra as doenças profissionais, identificando
os fatores que podem afetar o ambiente de trabalho e os
trabalhadores, procurando eliminar ou reduzir os riscos
existentes
8. CONCEITOS
❖ A Segurança como sinónimo de Prevenção evoluiu de uma
forma crescente, englobando um número cada vez maior
de fatores e atividades.
❖ A Segurança dos locais de trabalho constitui a primeira
preocupação social que impulsionou a criação de
legislação laboral.
❖ A focagem da Prevenção do ponto de vista de proteção dos
trabalhadores, deve-se a atuação da OIT – Organização
Internacional do Trabalho.
9. CONCEITOS
Segundo artigo 4º do Lei 102/2009 de 10 de Setembro, define:
Trabalho - Exercício material ou intelectual para fazer ou conseguir
fazer alguma coisa. Aplicação das forças e faculdades do Homem à
produção.
Trabalhador - Pessoa Singular que, mediante retribuição se obriga a
prestar serviço a um empregador , incluindo a administração pública, os
institutos públicos e demais pessoas colectivas de direito público, e,…,
os que estejam na dependência económica do empregador em razão
dos meios de trabalho e do resultado da sua actividade
10. CONCEITOS
Empregador - Pessoa singular ou colectiva com um ou mais
trabalhadores ao seu serviço e responsável pela empresa ou pelo
estabelecimento ou, quando se trate de organismos sem fins lucrativos,
que detenha competência para contratação de trabalhadores.
Representante dos Trabalhadores - Pessoa eleita nos termos
definidos na lei para exercer funções de representação dos
trabalhadores nos domínios da segurança, higiene e saúde no trabalho
11. CONCEITOS
❑ Perigo – Fonte ou situação com potencial para o dano, em termos de lesões ou
ferimentos para o corpo humano ou de danos para a saúde, para o património,
para o ambiente do local de trabalho, ou uma combinação destes (NP 4397).
❑ Risco – Materialização do perigo
❑ Saúde – Estado de pessoa cujas funções estão no estado normal ou se não
acham perturbadas por doença alguma. A OMS define como bem-estar físico,
mental e social.
❑ Acidente – Acontecimento não planeado que resulta em lesão, afectação da
saúde, dano ou perda de propriedade, instalação, materiais ou perda do ambiente
ou perda da oportunidade de negócio.
12. CONCEITOS
Incidente – Acontecimento não planeado que possui o potencial para levar a um
acidente.
Acidente de Trabalho – Um acidente que se verifique no “local” e “tempo” de
trabalho e produza directa ou indirectamente lesão corporal, perturbação funcional
ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou a
morte (DL 100/97) (Revogado pela Lei 99/2003 de 27-08)
13. DESCARACTERIZAÇÃO DO ACIDENTE
Não dá reparação o acidente:
➢ Que for dolosamente provocado pelo sinistrado ou provier de seu
acto ou omissão
➢ Que provier exclusivamente de negligência grosseira do sinistrado
(ex: retirar os equipamentos de protecção individual)
➢ Que provier de caso de força maior, como por exemplo acidentes
naturais.
17. EFEITO DOMINÓ – OS 5 FATORES
Segundo Heinrich, no seu livro “Prevenção do Acidente
Industrial”, sugere que a lesão sofrida por um trabalhador,
no exercício de suas atividades profissionais, obedece a uma
sequência de cinco fatores:
18. EFEITO DOMINÓ – O ACIDENTE
Ambiente Social: características hereditárias
Causa Pessoal: conhecimentos do trabalhador (boa ou má
preparação), questões pessoais (depressões, má conduta)
Causa Mecânica: relacionado com o local trabalho (má
iluminação, falta de condições, falta equipamentos).
19. EFEITO DOMINÓ – OS 5 FATORES
Sem a causa mecânica o acidente não ocorre
20. CAUSAS DOS ACIDENTES
Materiais
Instalações e equipamentos
Utensílios e ferramentas
Produtos e substâncias
Ambientais
Agentes físicos, químicos e
biológicos
Organizacionais
Método e procedimento de
trabalho
Organização do trabalho
Humanas
Comportamento (atitude e
aptidão, fadiga, carga
mental, ambiente
psicossocial)
Acidentes
21. CAUSAS DOS ACIDENTES
Causas Humanas - ocorrem em 80% dos casos
Hábitos de trabalho
Falta de experiência
Falta ou deficiente formação profissional
Cansaço
Stress
22. CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO
❖ Custos Diretos - diretamente associados à ocorrência do
acidente, são tradicionalmente designados como custos
seguros. Encontram-se cobertos por uma apólice de um
seguro de acidentes de trabalho.
❖ Custos Indiretos - são custos não seguráveis, cobrem
uma multiplicidade de situações que em virtude da sua
natureza não podem ser objetivamente traduzidas em
valores económicos.
23. CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO
Exemplos de Custos Diretos
Dias de trabalho perdidos
Despesas com assistência médica
Indemnizações
Pensões por invalidez
Despesas com deslocações
Custos de reabilitação
Aumento do prémio de seguro
24. CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO
Exemplos de Custos Indiretos
Socorrer o acidentado
Tratar dos aspetos legais
Retomar o ritmo normal de trabalho
Preparar equipamentos avariados
Baixa de produtividade
Perdas de produtos
Reintegração do acidentado
Prejuízo para a imagem da empresa
Substituição do acidentado
Reparação do equipamento, máquinas
ou outros equipamentos
Formação do substituto
Mau clima social
Tempo de espera para substituição de
equipamentos
Não cumprimento de prazos
Prejuízos relacionados com afeções
físicas e psicológicas do acidentado
27. REGRAS DE SEGURANÇA GERAIS
Não fumar, comer, mascar pastilha elástica durante a jornada de trabalho
Utilizar sempre a farda ou bata
Deixar sempre arrumado o local de trabalho
Tornar o local de trabalho confortável
Saber os riscos e cuidados que deve ter na atividade que se desenvolve e quais as formas
de proteção
Participar sempre nas ações ou cursos de prevenção de acidentes que a empresa lhe
proporcionar
29. PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL
Equipamentos de proteção individual apenas minimizam as
consequências mas nunca eliminam o risco
A proteção coletiva é concebida e aplicada com o fim de evitar ou
reduzir a situação de risco, protegendo várias pessoas ao mesmo
tempo
31. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
São considerados equipamentos de proteção individual todos os
dispositivos de uso pessoal destinados a proteger a integridade física e
a saúde do trabalhador.
Os EPIs não evitam os acidentes, como acontece de forma eficaz
com a proteção coletiva. Apenas diminuem ou evitam lesões que
podem decorrer de acidentes.
32. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Têm de ser adotadas uma série de precauções para a utilização e a manutenção dos
Equipamentos de Proteção Individual:
❑ Devem ser limpos com regularidade
❑ Devem ser guardados num local limpo e seco após cada utilização
❑ Seguir as instruções do fabricante
34. ROTULAGEM
Informação que deve conter um rótulo
a. Nome da substância ou designação comercial
b. Nome do distribuidor/ importador/ fabricante
c. Símbolos e indicações de perigo
d. Frases-tipo de riscos (frases R…)
e. Frases-tipo de segurança/ conselhos (frases S…)
f. N. CE (quando atribuído)
36. ROTULAGEM – SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS
Tóxica (T) Nociva (Xn)
Muito Tóxica (T+)
Se a gravidade do efeito sobre a
saúde se manifestar com
quantidades muito pequenas, o
produto é assinalado pelo símbolo
tóxico.
Estes produtos penetram
no organismo por
inalação, por ingestão ou
através da pele.
37. ROTULAGEM – SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS
Facilmente Inflamável (F)
Extremamente Inflamável (F+)
(F) – Os produtos facilmente inflamáveis incendeiam-se
em presença de uma chama, de uma fonte de calor
(superfície quente) ou de uma faúlha.
(F+) – Os produtos extremamente inflamáveis
incendeiam-se sob a ação de uma fonte de energia
(chama, faúlha, etc.) mesmo abaixo de 0°C.
38. ROTULAGEM – SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS
Comburente (o)
Oxidante
A combustão tem necessidade de substância
combustível, de oxigénio e de uma fonte de inflamação
ou é consideravelmente acelerada em presença de um
produto comburente (substância rica em oxigénio)
originando uma reação fortemente exotérmica.
39. ROTULAGEM – SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS
Corrosiva (C)
As substâncias corrosivas danificam gravemente os
tecidos da pele e atacam igualmente outras matérias.
A reação pode ser devida à presença de água ou de
humidade.
40. ROTULAGEM – SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS
Irritante (Xi)
O contacto repetido com os produtos irritantes provocam
reações inflamatórias da pele e das mucosas.
41. ROTULAGEM – SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS
Explosiva (E)
A explosão é uma combustão extremamente rápida, depende
das características do produto, da temperatura (fonte de
calor), do contacto com os outros produtos (reações), dos
choques, das fricções, etc.
42. ROTULAGEM – SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS
Regras de utilização de Produtos Químicos
Não misturar produtos químicos
Armazenar os produtos químicos em local seco, arejado, identificado e
separado de produtos alimentares e fora do alcance das crianças
Os produtos antes e após a sua utilização devem permanecer fechados
Rotular ou identificar as embalagens sem identificação do seu conteúdo
Ser manuseado por pessoal com conhecimento suficiente para uma
utilização segura
44. POSTURAS INCORRETAS – SITUAÇÕES DE RISCO
Localização das patologias no organismo humano de acordo com as diferentes
posturas inadequadas adotadas
45. POSTURAS INCORRETAS
Prevenção
➢ Fortalecimento da musculatura abdominal e dorsal através do exercício físico
➢ Exercícios posturais
➢ Adequação do peso atendendo ao índice de massa corporal recomendado para os
diferentes indivíduos
➢ Formação e informação dos trabalhadores relativamente à movimentação manual de
cargas e tipos de movimentos adequados ao seu trabalho
➢ Se necessário utilizar acessórios, como por exemplo, uma cinta de proteção lombar
46. MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS
Qualquer operação de movimentação ou deslocamento voluntário de
cargas, compreendendo as operações fundamentais de elevação,
transporte e descarga.
47. MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS
Posição Correta de Trabalho
❑ Separar bem os pés e distribuir bem o peso do corpo.
❑ Fletir os joelhos.
❑ Aproximar o corpo do objeto.
❑ Manter as costas e o pescoço alinhados.
❑ As pernas vão-se fletindo lentamente.
❑ Apoiar as carga nas mãos e não nos dedos.
❑ O objeto deve permanecer sempre próximo do corpo.
❑ Deve ser substituído por meios mecânicos (sempre que possível).
❑ Deve ser realizado com auxilio das pernas e não das costas.
49. RISCOS ELÉTRICOS
Perceção
É definida como o valor mínimo de corrente que é sentida por um indivíduo quando
fica sujeito a uma passagem elétrica.
▪ Corrente alternada (0,5 miliamperes; 15 a 100 Hz) - sensação de formigueiro
▪ Corrente contínua (2 miliamperes) - sensação de calor
A sensibilidade à corrente elétrica é maior nas crianças e nas mulheres que nos
homens.
Voltagem: sensação de choque elétrico a partir de 50 volts
50. RISCOS ELÉTRICOS
Consequências de um Choque Elétrico
➢ Tetanização (pode levar à electrocução)
➢ Paragem Respiratória
➢ FIBRILAÇÃO VENTRICULAR (principal causa de Morte)
➢ Queimaduras
53. PRINCÍPIOS DA COMBUSTÃO
Combustível - qualquer substância na forma gasosa,
líquida ou sólida, que seja capaz de se “consumir” quando
submetida a aquecimento
Comburente - atmosfera ou corpo gasoso em cuja
presença o combustível pode arder. O melhor exemplo de
comburente, responsável pela grande maioria das
combustões é o oxigénio puro ou o contido no ar. Outro
gás, no seio do qual o combustível pode também arder, é,
por exemplo, o hidrogénio.
54. PRINCÍPIOS DA COMBUSTÃO
Energia de Ativação - entre outras condições, é
necessário a existência de uma energia para o início da
combustão, a qual se designa por energia de ativação e
se manifesta sobre a forma de calor.
Reação em cadeia - uma vez iniciada a combustão, pela
ação conjunta do combustível, comburente e energia de
ativação, desenvolvem-se radicais livres que levam ao
aparecimento da reação em cadeia, a qual sustenta a
continuidade da combustão.
56. MEIOS E RECURSOS
Equipamentos de intervenção em caso
de incêndio e respetiva sinalização
Extintores - deve encontrar-se em perfeito estado de funcionamento e
em locais acessíveis
Sinalização dos extintores - está associado a uma indicação da
direção a seguir para chegar ao extintor.
57. MEIOS E RECURSOS
Equipamentos de intervenção em caso
de incêndio e respetiva sinalização
Bocas de incêndio - podem ser de parede ou passeio, onde
normalmente estão incorporadas.
Sinalização de boca de incêndio - Indica a direção a seguir para
chegar a uma boca de incêndio ou a uma agulheta.
58. MEIOS E RECURSOS
Sistemas de Deteção
S.A.D.I. – Sistemas Automáticos de Deteção de Incêndios
Detetores automáticos - são aparelhos de deteção que registam
automaticamente a presença e variações dos fenómenos da combustão
(fumo, calor, chamas). Transmitem seguidamente estas informações a
uma central que as analisa.
59. MEIOS E RECURSOS
Sistemas de Deteção
Detetores manuais - permitem a intervenção humana para sinalização
de incêndio em antecipação ao sistema automático.
60. MEIOS E RECURSOS
Sistemas de Deteção
S.E.A. - Sistemas Fixos de Extinção Automática
O objetivo de um SEA é o de manter, face ao risco de incêndio, uma
vigilância permanente e, no caso da sua ocorrência, projetar
automaticamente um agente extintor, de modo a extingui-lo ou, em
última análise, evitar a sua propagação e desenvolvimento.
61. MEIOS E RECURSOS
Sistemas de Deteção
S.E.A. - Sistemas Fixos de Extinção Automática
Os sistemas designam-se em função do agente extintor que utilizam, podendo ser de:
▪ Água (sprinklers)
▪ Espuma
▪ Pó químico seco
▪ Gases limpos (CO2)
62. MEIOS E RECURSOS
Sistemas de Alerta
Telefones de Emergência
Telefones Internos de Emergência:
➢ do Diretor de Emergência
➢ do Responsável da Intervenção
➢ do Responsável da Evacuação
Telefones de Emergência Externos
➢ Bombeiros
➢ Proteção civil
64. MEIOS E RECURSOS
Sinais de abertura de portas, saídas de emergência e compartimentação
Aplicar nas portas de compartimentação, que delimitam os caminhos de evacuação,
juntamente com os sinais que se seguem
65. ORGANIZAÇÃO DA SEGURANÇA
Plantas de Evacuação
Devem existir distribuídas pela instalações, colocadas em locais estratégicos e
claramente visíveis.
66. ORGANIZAÇÃO DA SEGURANÇA
Formação
Os elementos das Equipas de Intervenção deverão ter formação e treino, no mínimo,
uma vez por ano.
A Equipa de Evacuação deverá ter formação em Primeiros Socorros.
O Diretor de Emergência e os Responsáveis das Equipas de Emergência deverão ter
formação nas duas áreas referidas.
67. ORGANIZAÇÃO DA SEGURANÇA
Simulacros
▪ Servem para programar exercícios de treino e aplica-los para testar
a eficácia do Plano, atualizando-o, se necessário.
Consultas Médicas
▪ Todos os elementos das Equipas de Emergência deverão ser
submetidos anualmente a exames médicos periódicos.