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6 de setembro de 2002

Notas de Aula de Física
03. MOVIMENTO RETILÍNEO ............................................................................................ 2
POSIÇÃO E DESLOCAMENTO ................................................................................................ 2
VELOCIDADE MÉDIA E VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA ............................................................... 3
VELOCIDADE INSTANTÂNEA E VELOCIDADE ESCALAR .............................................................. 3
ACELERAÇÃO ..................................................................................................................... 4
ACELERAÇÃO CONSTANTE - UM CASO ESPECIAL .................................................................... 4
Exemplo: ....................................................................................................................... 6
ACELERAÇÃO DE QUEDA LIVRE ............................................................................................. 7
SOLUÇÃO DE ALGUNS PROBLEMAS ....................................................................................... 8
15 .................................................................................................................................. 8
19 ................................................................................................................................ 10
34 ................................................................................................................................ 11
38 ................................................................................................................................ 11
41 ................................................................................................................................ 11
43 ................................................................................................................................ 12
45 ................................................................................................................................ 12
54 ................................................................................................................................ 13
57 ................................................................................................................................ 14
61 ................................................................................................................................ 14
69 ................................................................................................................................ 15
78 ................................................................................................................................ 15
79 ................................................................................................................................ 16
82 ................................................................................................................................ 17
Prof. Romero Tavares da Silva

03. Movimento retilíneo
Vivemos num mundo que tem com uma das principais característica o movimento.
Mesmo corpos que aparentemente estão em repouso, só estão neste estado em relação
a um certo referencial. Quando estamos deitados em nossa cama, tudo à nossa volta parece estar em repouso. E de fato, tudo está em repouso em relação ao nosso corpo. Mas
não está em repouso em relação à Lua, ou ao Sol. Se estivéssemos deitado em uma
cama de um vagão de um trem dormitório, todos os objetos do quarto ainda nos pareceriam parados, apesar desse conjunto se mover em relação aos trilhos. Daí concluirmos que
movimento (ou repouso) é uma característica de um corpo em relação a um certo referencial específico
Quando um objeto real está em movimento, além de sua translação ele também
pode tanto girar quanto oscilar. Se fôssemos sempre considerar essas características, o
movimento de um corpo seria sempre um fenômeno bastante complicado de se estudar.
Acontece, que em diversas situações o fenômeno mais importante é a translação. Desse
modo, sem incorrer em grande erro, podemos isolar este tipo movimento e estudá-lo
como o único existente.
Devemos ainda considerar que corpos que apresentam apenas o movimento de
translação podem ser estudados como partículas, porque todas as partes do corpo com
esse movimento descreverão a mesma trajetória.
Num estágio inicial, o estudo ainda pode ser mais simplificado porque matematicamente, uma partícula é tratada como um ponto, um objeto sem dimensões, de tal maneira que rotações e vibrações não estarão envolvidas em seu movimento.
Em resumo: vamos tratar como pontos materiais (ou partículas) os corpos que tenham apenas movimento de translação, e o caso mais simples será quando ele apresentar um movimento retilíneo.
Posição e deslocamento
A localização de uma partícula é fundamental
P
para a análise do seu movimento. O seu movimento
xi
é completamente conhecido se a sua posição no
espaço é conhecida em todos os instantes.
Vamos considerar que esse movimento x
componha-se de uma trajetória retilínea que tem
como posição inicial o ponto P com coordenada xi xf
no instante ti e posição final com coordenada xf
no instante tf .
O deslocamento ∆x é uma medida da diferença entre as posições inicial xi que a partícula
xi
P
ocupou e a sua posição final xf
∆x = xi - xf
e o intervalo de tempo é expresso como:
ti
∆t = tf - ti
Cap 03

romero@fisica.ufpb.br

Q
xf
Q

α
tf

t
2
Prof. Romero Tavares da Silva
À medida que o intervalo de tempo ∆t diminui o ponto Q se aproxima do ponto P,
na figura anterior. No limite quando ∆t → 0 , quando o ponto Q tende ao ponto P , a reta
que os une passa a coincidir com a própria tangente à curva no ponto Q , ou seja
v = tanα . Assim, a velocidade instantânea em um dado ponto do gráfico espaço versus
tempo é a tangente à curva neste ponto específico.
Velocidade média e velocidade escalar média
A velocidade de uma partícula é a razão segundo a qual a sua posição varia com o
tempo. Podemos analisar um movimento de diversas maneiras, dependendo da sofisticação dos nossos instrumentos de medida.
A velocidade escalar média é definida como a razão entre a distância percorrida e
o tempo gasto no percurso:
v =

distância percorrida
∆t

Se uma viagem entre duas cidades distantes de 120km durou 1,5h nós dizemos
que o percurso foi vencido com uma velocidade escalar média de 80km/h . Na vida cotidiana essa informação é suficiente para descrever uma viagem.
Já a velocidade média é definida como a razão entre o deslocamento e o tempo
necessário para esse evento.
∆x
v =
∆t
Para calcularmos a velocidade média da viagem entre as duas cidades, deveríamos saber a distância em linha reta entre elas. Essa distância seria o deslocamento,
que foi definido anteriormente.
No movimento unidimensional percurso e deslocamento são conceitos praticamente idênticos, de modo que só existirá uma diferença marcante entre as velocidades
média e escalar média nos movimentos bidimensional ou tridimensional. Percurso é a
distância percorrida por uma partícula num certo intervalo de tempo; enquanto que deslocamento é a diferença entre as posições inicial e final da partícula no intervalo de tempo
considerado.
Velocidade instantânea e velocidade escalar
A velocidade instantânea v nos dá informações sobre o que está acontecendo
num dado momento.
Ela é definida como:
v = Lim
∆t → 0

Cap 03

∆x dx
=
dt
∆t

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3
Prof. Romero Tavares da Silva
Como foi mencionado, a velocidade média representa o que aconteceu entre o início e o fim de uma viagem. Já a velocidade instantânea em um dado momento representa
o que aconteceu naquele momento. Colecionando as velocidades instantâneas de cada
um dos momentos temos uma informação completa de como variou a velocidade ao longo
de toda viagem.
A velocidade escalar é o módulo da velocidade é a velocidade sem qualquer indicação de direção e sentido.
No movimento retilíneo e uniforme a partícula se move com velocidade constante. A sua
característica é que a velocidade em qualquer instante é igual à velocidade média. Portanto a equação que define este tipo de movimento é:
X=vt
Aceleração
A aceleração de uma partícula é a razão segundo a qual a sua velocidade varia
com o tempo. Ela nos dá informações de como a velocidade está aumentando ou diminuindo à medida que o corpo se movimenta.
Para analisar a variação da velocidade durante um certo intervalo de tempo ∆t nós
definimos a aceleração média deste intervalo como:
a =

vf − vi
∆v
=
tf − ti
∆t

Quando queremos saber o valor da aceleração em cada instante do intervalo considerado, deveremos calcular a aceleração instantânea:
a = Lim
t 0
∆ →

∆v dv
=
dt
∆t

Quando um corpo em movimento está aumentando a sua velocidade temos que a
sua aceleração será positiva pois:
∆v
Vf > vi ⇒ ∆v = vf - vi > 0 ⇒ a =
〉0
∆t
Se o corpo estiver diminuindo a sua velocidade a sua aceleração será negativa.
Aceleração constante - um caso especial
O exemplo anterior do movimento de um automóvel que varia a sua velocidade é
uma situação típica de translação com aceleração constante em alguns trechos e nula em
outros.
Vamos considerar o movimento com velocidade constante de uma partícula, entre
um instante inicial t0 e um instante posterior t . No instante inicial t0 a partícula se
Cap 03

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4
Prof. Romero Tavares da Silva
encontrava na posição inicial x0 com velocidade inicial v0 e no instante t ela se encontrava na posição x com velocidade v .
A velocidade média da partícula neste intervalo entre t0 e t é dada por:
v =

x − x0 v + v 0
=
t − t0
2

onde a última igualdade é válida apenas para movimentos com aceleração constante,
como esse caso específico.
Podemos colocar as equações anteriores com a seguinte forma que define x :
v + v0 
x = x 0 + v (t − t 0 ) = x 0 + 
(t − t 0 )
 2 
Como a aceleração é constante, podemos usar a definição de aceleração média
que é a própria aceleração constante neste caso presente:
a=a =
ou seja:

v − v0
t − t0

v = v 0 + a(t − t 0 )

ou ainda

(t − t ) =
0

v −v0
a

Usando este valor de v na equação que define x , encontraremos:
 t − t0 
 t − t0 
x = x0 + v 0 
 + [v 0 + a(t − t 0 )]

 2 
 2 
e rearrumando os vários termos teremos:
x = x 0 + v 0 (t − t 0 ) +

1
2
a(t − t 0 )
2

Usando o valor de ( t - t0 ) na equação que define x encontraremos:
 v + v 0  v − v 0 
x = x0 + 


 2  a 
ou seja:
2
v 2 −v0
x − x0 = 
 2a


e finalmente:
Cap 03






2
v 2 = v 0 + 2a(x − x 0 )

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Se estivéssemos considerando um movimento tridimensional, com aceleração
constante nas três direções, poderíamos estender facilmente os resultados anteriores
para as seguintes equações vetoriais:
1! 2
 ! ! !
 r = r 0 + v 0 t + 2 at
!
! !

v = v 0 + at

! ! !
v 2 = v 2 + 2a ⋅ (r − r )
0
0


onde fizemos o instante inicial t0 = 0 . A última equação é conhecida como equação de
Torricelli.
Exemplo:
Um motorista viaja ao longo de uma estrada reta desenvolvendo uma velocidade
de 15m/s quando resolve aumentá-la para 35m/s usando uma aceleração constante de
4m/s2 . Permanece 10s com essa velocidade, quando resolve diminui-la para 5m/s
usando uma aceleração constante de 10m/s2 .
Trace os gráficos de x versus t , v versus t e a versus t para o todo o movimento
mencionado.
700

40

600

35

500

30
25

v

x

400

20

300
15

200
10

100

5

0

0

0

5

10

15

20

25

30

35

0

t

5

10

15

20

25

30

35

t

6
4
2
0
0

5

10

15

20

25

30

35

a

-2
-4
-6
-8
-10
-12

t
Cap 03

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Tabela associada ao exemplo:
Intervalo
0 → 5s
5s → 10s

Aceleração
Nula
Positiva

Velocidade
Constante
Reta ascendente

10s → 20s
20s → 23s

Nula
Negativa

Constante
Reta descendente

> 23s

Nula

Espaço
Reta ascendente
Parábola com concavidade
voltada para cima
Reta ascendente
Parábola com concavidade
voltada para baixo
Reta ascendente

Constante

Aceleração de queda livre
Podemos particularizar o conjunto de equações vetoriais anteriormente deduzidas,
para a situação do movimento de queda livre.
Para todos os efeitos práticos, um corpo que cai próximo à Terra, se comporta
como se a superfície fosse plana e a aceleração da gravidade g fosse constante. Iremos
usar valor de g =9,8m/s2 , e considerar o eixo z apontando para cima da superifície da
Terra.
Para a aceleração, temos que:
z

! !
ˆ
a = g = −kg

!
g

Para o espaço percorrido, temos que:

(

)

1 ˆ
ˆ
ˆ
ˆ
kz = kz 0 + kv 0 t + − kg t 2
2
z = z0 + v 0 t −

gt 2
2

Para a velocidade desenvolvida pela partícula, temos que:

(

)

ˆ
ˆ
ˆ
kv = kv 0 + − kg t
ou seja:
v = v0 - gt
e também:

(

)(

2
ˆ
ˆ
ˆ
v 2 = v 0 + 2 − kg ⋅ kz − kz 0

)

2
v 2 = v 0 − 2g (z − z 0 )

Esta última equação é conhecida como equação de Torricelli.
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Solução de alguns problemas
Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
15 Dois trens trafegam, no mesmo trilho, um em direção ao outro, cada um com uma
velocidade escalar de 30km/h . Quando estão a 60km de distância um do outro, um
pássaro, que voa a 60km/h , parte da frente de um trem para o outro. Alcançando o
outro trem ele volta para o primeiro, e assim por diante. (Não temos idéia da razão do
comportamento deste pássaro.)
Vamos considerar d = 60km e d1 a distância que o trem da direita viaja
enquanto o pássaro decola dele e atinge o tem da esquerda e t1 o tempo gasto
nesta primeira viagem.. A velocidade de cada trem é v = 30km/h e a velocidade
do pássaro é vp = 60km/h .
Para a primeira viagem do pássaro, temos:
d

d1

D1
d = D1 + d1 = vpt1 + vt1 = ( vp + v )t1 ⇒

t1 =

d
v +vp

Para a segunda viagem, temos:

d2

D2

d = 2d1 + ( d2 + D2 ) = 2vt1 + ( vpt2 + vt2 )
t 2 (v + v p ) = d − 2vt 1 = d − 2v

t2 =

d
v +vp


1 − 2v
 v +v
p








d
2v
= d 1 −
 v +v
v +vp
p



2v
∴ t 2 = t 1 1 −
 v +v
p












Para a terceira viagem, temos

D3

d3

d = 2d1 + 2d2 + ( d3 + D3 )

Cap 03

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Prof. Romero Tavares da Silva
d3 + D3 = d - 2d1 - 2d2 ∴ vt3 + vpt3 = d - 2vt1 - 2vt2
t3 =

d
v
v
v
v
− 2t 1
− 2t 2
= t 1 − 2t 1
− 2t 2
v +vp
v +vp
v +vp
v +vp
v +vp

ou ainda

2v
t 3 = t 1 1 −
 v +v
p



v
 − 2t 2 v
= t 2 − 2t 2

v +vp
v +vp


ou seja:

2v
t 3 = t 2 1 −
 v +v
p

Por outro lado, já mostramos que:

2v
t 2 = t 1 1 −
 v +v
p

t1 =










60
2
d
=
= h = 40 min
v + v p 30 + 60 3

Podemos inferir então que:

2v 

t N = t N −1 1 −
 v +v 
p 

ou seja:

2v 

t N = t 1 1 −
 v +v 
p 


N −1

Concluímos que tN é o ene-ésimo termo de uma progressão geométrica cujo
2v
2.30
2 1
primeiro termo a1 = t1 = 40min e razão q = 1 −
= 1−
= 1− = .
v +vp
30 + 60
3 3
a) Quantas viagens o pássaro faz de um trem para o outro, até a colisão?
As viagens do pássaro ficarão cada vez com um percurso menor até tornarem-se
infinitesimais, por isso serão necessárias um número infinito de viagens de um
trem para o outro.
b) Qual a distância total percorrida pelo pássaro?
O tempo necessário para o percurso será a soma dos termos da progressão:
a1 (1 − q N )
1− q
e quando |q| < 1 e N tende a infinito:
S=

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9
Prof. Romero Tavares da Silva

S=

a1
=
1− q

v + vp
t1
= t1 
 2v
2v

v +vp

  d
=
 v + v
p
 

 v + v p

 2v


 d
=
 2v


ou seja
t=

d
60
=
= 1h
2 v 2.30

Dp = vpt = 60km/h . 1h = 60km
Uma forma direta de resolver este problema, mas que no entanto perde-se todo o
detalhamento dos acontecimentos, é calcular o tempo necessário para a colisão
dos dois trens:
d
60
d = ( v + v ) t = 2vt ⇒ t =
=
= 1h
2 v 2.30
Esse tempo t é aquele que o pássaro tem para as suas viagens, logo a distância
percorrida será:
Dp = vp t = 60km
Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
10
8

v(m/s)

19 Qual a posição final de um corredor,
cujo gráfico velocidade x tempo é
dado pela figura ao lado, 16 segundos após ter começado a correr?

6
4
2

A distância percorrida por uma partícula é a área abaixo da curva num
gráfico v versus t . Podemos demonstrar a afirmação anterior de
vários modos, por exemplo:

0
0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

t(s)

Método 1:
xf

tf

xi

ti

Área = d = ∫ dx = ∫ v dt
d = Área = A1 + A2 + A3 + A4
onde A1 é a área do triângulo que tem como base (0-2), A2 é a área do retângulo
que tem com base (2-10) , A3 é a área do paralelogramo que tem como base (1012) e A4 é a área do retângulo que tem como base (11-16).
d=

1
(2x 8) + (8 x8 ) +  1 (2 x 4) + (2x 4) + (4 x 4)
2

2


d = 100m

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Método 2: Usar as equações da cinemática diretamente para cada percurso, e calcular as distâncias correspondentes.
Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
A cabeça de uma cascavel pode acelerar 50m/s2 no instante do ataque. Se um car34 ro, partindo do repouso, também pudesse imprimir essa aceleração, em quanto tempo atingiria a velocidade de 100km/h ?
10 3 m
v = 100km/h = 10
≅ 27m/s
3600s
27 m / s
v
v = v0 + at ; t = =
a 50 m / s 2
2

t = 0,54s
Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
38 Um jumbo precisa atingir uma velocidade de 360km/h para decolar. Supondo que a
aceleração da aeronave seja constante e que a pista seja de 1,8km , qual o valor
mínimo desta aceleração?
v = 360km/h
2
2
2
d = 1,8km
v = (v0) + 2ad ∴ a = v /2d
v0 = 0
2
2
a = 36000 km/h = 2,7 m/s
se g = 9,8m/s2 teremos a = 0,27 g
Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
41 Um carro a 97km/h é freiado e pára em 43m .
a) Qual o módulo da aceleração (na verdade, da desaceleração) em unidades SI e
em unidades g ? Suponha que a aceleração é constante.
v2 = (v0)2 - 2ad ∴ a = (v0)2/2d = 8,28m/s2
Se g = 9,8m/s2 temos que a = 0,84 g

v0 = 96km/h = 26,7 m/s
d = 43m
v=0

b) Qual é o tempo de frenagem? Se o seu tempo de reação treação , para freiar é de
400ms , a quantos "tempos de reação" corresponde o tempo de frenagem?
v = v0 - at ∴ t = v0/a ou seja: t = 3,22s
treação = 400ms = 400 . 10-3s = 0,4s
T = t + treação
T= 3,62s

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11
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Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
43 Em uma estrada seca, um carro com pneus em bom estado é capaz de freiar com
uma desaceleração de 4,92m/s2 (suponha constante).
a) Viajando inicialmente a 24,6ms , em quanto tempo esse carro conseguirá parar?
v = v0 - at ∴ t = v0/a = 24,6/4,92

a = 4,92m/s2
v0 = 24,6 m/s
v=0

t = 5s
b) Que distância percorre nesse tempo?

v2 = (v0)2 - 2ad ∴ d = (v0)2/2a = (24,6)2/(2.4,92)
d = 61,5m
c) Faça os gráficos x versus t e v versus t para a desaceleração.
x(t) = 24,6t - 2,46t2 em metros

v(t) = 24,6 - 4,92t em m/s
30

70

25

60

20

v(t)

x(t)

50
40
30

15
10

20
5

10

0

0
0

1

2

3

4

5

6

t

0

1

2

3

4

5

6

t

Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
45 Os freios de um carro são capazes de produzir uma desaceleração de 5,2m/s2.
a) Se você está dirigindo a 140km/h e avista, de repente, um posto policial, qual o
tempo mínimo necessário para reduzir a velocidade até o limite permitido de
80km/h ?
v = v0 - at
v0 = 140km/h = 39,2m/s
v = 80km/h = 22,4m/s
t = (v0 - v)/a = 16,8/5,2
a = 5,2m/s2
t=3,2s

Cap 03

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12
Prof. Romero Tavares da Silva

O gráfico x versus t é uma
reta para 0 < t < 5s ,

v(t)

b) Trace o gráfico x versus t e v versus t para esta desaceleração.
Consideramos que até o instante t = 5s o carro vinha desenvolvendo a velocidade de 39,2m/s , quando começou a freiar até 3,2s mais tarde, quando passou
a desenvolver a velocidade de 22,4m/s .

é uma parábola com concavidade para baixo para
5s < t < 8,2s

45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10 11 12 13 14

8

9

10 11 12 13 14

t

Nestes intervalos temos respectivamente:
movimento
uniforme, movimento uniformemente acelerado e novamente movimento uniforme.

x(t)

e volta a ser uma reta para
t > 8,2s .

450
400
350
300
250
200
150
100
50
0
0

1

2

3

4

5

6

7

t

Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
54 Quando a luz verde de um sinal de trânsito acende, um carro parte com aceleração
constante a = 2,2m/s2 . No mesmo instante, um caminhão, com velocidade constante
de 9,5m/s , ultrapassa o automóvel.
a) A que distância, após o sinal, o automóvel ultrapassará o caminhão?
Automóvel

Caminhão

x = at2/2

X=Vt

120
100
80

No instante t = tE o automóvel vai 60
alcançar o caminhão, logo:
40

xE = X E

20

2
at E
2V 2.9,5
= Vt E ⇒ t E =
=
a
2
2,2
tE = 8,6s

0
0

XE = V tE = 9,5.8,6 = 81,7m.

Cap 03

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1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

t
Curva azul = X = Caminhão
Curva vermelha = x = Automóvel

13
Prof. Romero Tavares da Silva
b) Qual a velocidade do carro nesse instante?
Velocidade

vE = v0 + a tE = 2,2 + 8,6

25
20

vE = 18,9m/s

15
10
5
0
0

1

2

3

4

5

t

6

7

8

9

10

Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
57 Dois trens, em movimento retilíneo, viajam na mesma direção e em sentidos opostos,
um a 72km/h e o outro a 144km/h . Quando estão a 950m um do outro, os maquinistas se avistam e aplicam os freios. Determine se haverá colisão, sabendo-se que a
desaceleração em cada um dos trens é de 1,0m/s2 .
Vamos chamar x e X as distâncias que cada trem per- v0 = 72km/h = 20m/s
correrá antes de parar. Neste instante teremos v = V =0. V0 = 144km/h = 40m/s
d = 950m
2
2
2
a = 1m/s2
v = (v0) - 2ax ∴ x = (v0) /2a
V2 = (V0)2 - 2aX ∴ X = (V0)2/2a
A distância D necessária para os dois trens pararem é D = x + X
D=

2
v 0 + V02
= 1000m
2a

Como essa distância D é maior que a distância d disponível, acontecerá a colisão
entre os dois trens.
Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
61 Considere que a chuva cai de uma nuvem, 1700m acima da superfície da Terra. Se
desconsiderarmos a resistência do ar, com que velocidade as gotas de chuva atingiriam o solo? Seria seguro caminhar ao ar livre num temporal?
v2 = (v0)2 + 2ah = 2gh
v = 2gh = 2.9,8.1700 =182,5m/s

v0 = 0
a = g = 9,8m/s2
h = 1700m

v = 657km/h

Cap 03

romero@fisica.ufpb.br

14
Prof. Romero Tavares da Silva

Decididamente não seria seguro caminhar ao ar livre num temporal com gotas alcançando a superfície da terra com esta velocidade.
Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
69 Um objeto é largado de uma ponte 45m acima da água. O objeto cai dentro de um
barco que se desloca com velocidade constante e estava a 12m do ponto de impacto no instante em que o objeto foi solto.
Qual a velocidade do barco?
h = 45m
v0 = 0
d = 12m
h

d
d = vt 
gt2 

h=
2 

V =d

⇒

t=

d
V

∴ h=

gd 2
2V 2

g
9,8
= 12
= 3,9m / s
2h
2.45
V = 14,1km/h

Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
78 Do cano de um chuveiro, a água pinga no chão, 200cm abaixo. As gotas caem em
intervalos regulares, e a primeira gota bate no chão, no instante em que a quarta gota
começa a cair. Determine as posições da segunda e terceira gotas, no instante em
que a primeira gota bate no chão.
4
Seja ti o tempo de vôo da i-ésima gota:
3
2
gt
h = h1 = 1
2
2
h
2
gt 2
h2 =
2
gt 32
h3 =
2

Cap 03

romero@fisica.ufpb.br

1

15
Prof. Romero Tavares da Silva
Como existe um intervalo ∆t entre cada gota, temos que t1 = 3∆t ; t2 = 2∆t e t3 = ∆t .
Logo
2
h2 t 2 (2∆t )
4
= 2 =
=
2
h1 t 1
(3∆t ) 9
2

∴ h2 =

4
8
h1 = m
9
9

h3 t 32
(∆t ) = 1 ∴ h = 1 h = 2 m
= 2 =
3
1
h1 t 1
9
9
(3∆t )2 9
2

Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
79 Uma bola de chumbo é deixada cair de um trampolim localizado a 5,2m acima da
superfície de um lago. A bola bate na água com uma certa velocidade e afunda com
a mesma velocidade constante. Ele chegará ao fundo 4,8s após ter sido largada.
a) Qual a profundidade do lago?
h1 = 5,2m

v0
h1

t = t1 + t2 = 4,8s
v1
2
1

gt
2h1
∴ t1 =
2
g
t1 = 1,03s e t2 = 3,77s

h1 =

2
v 12 = v 0 + 2gh1

h2
v2

∴ v 1 = 2gh1 = 10,09m / s

h2 = v1 t2 = 38,06m
b) Qual a velocidade média da bola?
∆x espaço h1 + h2 5,2 + 38,06
v =
=
=
=
= 9,01m / s
tempo
t1 + t 2
4,8
∆t
c) Suponha que toda água do lago seja drenada. A bola é atirada do trampolim, e
novamente chega ao fundo do lago 4,8s depois. Qual a velocidade inicial da
bola?
Vamos considerar V0 a nova velocidade inicial:
gt 2
h = V0 t +
2

∴ V0 =

h gt
−
= 7,92 − 23,52 = −15,60m / s
t
2

Na equação acima o sinal de g é positivo significando que o referencial
positivo foi tomado como apontando para baixo. Desse modo, como V0 calculado é negativo, a bola foi lançada para cima.

Cap 03

romero@fisica.ufpb.br

16
Prof. Romero Tavares da Silva

O movimento da bola de
chumbo é de queda livre,
portanto a curva no gráfico
y versus t será uma parábola e a curva no gráfico v
versus t será uma reta inclinada em relação à horizontal.

y

0 < t < 1,03s

50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
0

t > 1,03s

1

2

t

3

4

5

0

1

2

t

3

4

5

12
10
8

v

O movimento da bola de
chumbo é de retilíneo e
uniforme, portanto a curva
no gráfico y versus t será
uma reta inclinada em relação à horizontal e a curva
no gráfico v versus t será
uma reta paralela à horizontal.

6
4
2
0

Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
82 Uma pedra é largada de uma ponte a 43m acima da superfície da água. Outra pedra é atirada para baixo 1s após a primeira pedra cair. Ambas chegam na água ao
mesmo tempo.
a) Qual era a velocidade inicial da segunda pedra?
2

1

v0

h = 44m
∆t = 1s
t2 = t1 - ∆t

h

gt 12
2h
∴ t1 =
= 2,99s ≅ 3s
2
g
O tempo gasto pela segunda pedra será:
h=

t2 = t1 - ∆t = 2s
Logo:
2
gt 2
h gt
h = v 0t2 +
∴ v0 = − 2
2
t2
2
v0 = 12,2m/s

Cap 03

romero@fisica.ufpb.br

17
Prof. Romero Tavares da Silva
b) Faça o gráfico da velocidade versus tempo para cada pedra, considerando t = 0
o instante em que a primeira pedra foi largada.
Curvas das velocidade:
Vermelho = primeira pedra
Marrom = segunda pedra

40
35
30
25
20
15
10
5
0
0

Curvas das distâncias:

0,5

1

1,5

t

2

2,5

3

3,5

80
70

Vermelho = primeira pedra

60
50

Marrom = segunda pedra

40
30
20
10
0
0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

t

Cap 03

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03. movimento retilíneo

  • 1. Versão preliminar 6 de setembro de 2002 Notas de Aula de Física 03. MOVIMENTO RETILÍNEO ............................................................................................ 2 POSIÇÃO E DESLOCAMENTO ................................................................................................ 2 VELOCIDADE MÉDIA E VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA ............................................................... 3 VELOCIDADE INSTANTÂNEA E VELOCIDADE ESCALAR .............................................................. 3 ACELERAÇÃO ..................................................................................................................... 4 ACELERAÇÃO CONSTANTE - UM CASO ESPECIAL .................................................................... 4 Exemplo: ....................................................................................................................... 6 ACELERAÇÃO DE QUEDA LIVRE ............................................................................................. 7 SOLUÇÃO DE ALGUNS PROBLEMAS ....................................................................................... 8 15 .................................................................................................................................. 8 19 ................................................................................................................................ 10 34 ................................................................................................................................ 11 38 ................................................................................................................................ 11 41 ................................................................................................................................ 11 43 ................................................................................................................................ 12 45 ................................................................................................................................ 12 54 ................................................................................................................................ 13 57 ................................................................................................................................ 14 61 ................................................................................................................................ 14 69 ................................................................................................................................ 15 78 ................................................................................................................................ 15 79 ................................................................................................................................ 16 82 ................................................................................................................................ 17
  • 2. Prof. Romero Tavares da Silva 03. Movimento retilíneo Vivemos num mundo que tem com uma das principais característica o movimento. Mesmo corpos que aparentemente estão em repouso, só estão neste estado em relação a um certo referencial. Quando estamos deitados em nossa cama, tudo à nossa volta parece estar em repouso. E de fato, tudo está em repouso em relação ao nosso corpo. Mas não está em repouso em relação à Lua, ou ao Sol. Se estivéssemos deitado em uma cama de um vagão de um trem dormitório, todos os objetos do quarto ainda nos pareceriam parados, apesar desse conjunto se mover em relação aos trilhos. Daí concluirmos que movimento (ou repouso) é uma característica de um corpo em relação a um certo referencial específico Quando um objeto real está em movimento, além de sua translação ele também pode tanto girar quanto oscilar. Se fôssemos sempre considerar essas características, o movimento de um corpo seria sempre um fenômeno bastante complicado de se estudar. Acontece, que em diversas situações o fenômeno mais importante é a translação. Desse modo, sem incorrer em grande erro, podemos isolar este tipo movimento e estudá-lo como o único existente. Devemos ainda considerar que corpos que apresentam apenas o movimento de translação podem ser estudados como partículas, porque todas as partes do corpo com esse movimento descreverão a mesma trajetória. Num estágio inicial, o estudo ainda pode ser mais simplificado porque matematicamente, uma partícula é tratada como um ponto, um objeto sem dimensões, de tal maneira que rotações e vibrações não estarão envolvidas em seu movimento. Em resumo: vamos tratar como pontos materiais (ou partículas) os corpos que tenham apenas movimento de translação, e o caso mais simples será quando ele apresentar um movimento retilíneo. Posição e deslocamento A localização de uma partícula é fundamental P para a análise do seu movimento. O seu movimento xi é completamente conhecido se a sua posição no espaço é conhecida em todos os instantes. Vamos considerar que esse movimento x componha-se de uma trajetória retilínea que tem como posição inicial o ponto P com coordenada xi xf no instante ti e posição final com coordenada xf no instante tf . O deslocamento ∆x é uma medida da diferença entre as posições inicial xi que a partícula xi P ocupou e a sua posição final xf ∆x = xi - xf e o intervalo de tempo é expresso como: ti ∆t = tf - ti Cap 03 romero@fisica.ufpb.br Q xf Q α tf t 2
  • 3. Prof. Romero Tavares da Silva À medida que o intervalo de tempo ∆t diminui o ponto Q se aproxima do ponto P, na figura anterior. No limite quando ∆t → 0 , quando o ponto Q tende ao ponto P , a reta que os une passa a coincidir com a própria tangente à curva no ponto Q , ou seja v = tanα . Assim, a velocidade instantânea em um dado ponto do gráfico espaço versus tempo é a tangente à curva neste ponto específico. Velocidade média e velocidade escalar média A velocidade de uma partícula é a razão segundo a qual a sua posição varia com o tempo. Podemos analisar um movimento de diversas maneiras, dependendo da sofisticação dos nossos instrumentos de medida. A velocidade escalar média é definida como a razão entre a distância percorrida e o tempo gasto no percurso: v = distância percorrida ∆t Se uma viagem entre duas cidades distantes de 120km durou 1,5h nós dizemos que o percurso foi vencido com uma velocidade escalar média de 80km/h . Na vida cotidiana essa informação é suficiente para descrever uma viagem. Já a velocidade média é definida como a razão entre o deslocamento e o tempo necessário para esse evento. ∆x v = ∆t Para calcularmos a velocidade média da viagem entre as duas cidades, deveríamos saber a distância em linha reta entre elas. Essa distância seria o deslocamento, que foi definido anteriormente. No movimento unidimensional percurso e deslocamento são conceitos praticamente idênticos, de modo que só existirá uma diferença marcante entre as velocidades média e escalar média nos movimentos bidimensional ou tridimensional. Percurso é a distância percorrida por uma partícula num certo intervalo de tempo; enquanto que deslocamento é a diferença entre as posições inicial e final da partícula no intervalo de tempo considerado. Velocidade instantânea e velocidade escalar A velocidade instantânea v nos dá informações sobre o que está acontecendo num dado momento. Ela é definida como: v = Lim ∆t → 0 Cap 03 ∆x dx = dt ∆t romero@fisica.ufpb.br 3
  • 4. Prof. Romero Tavares da Silva Como foi mencionado, a velocidade média representa o que aconteceu entre o início e o fim de uma viagem. Já a velocidade instantânea em um dado momento representa o que aconteceu naquele momento. Colecionando as velocidades instantâneas de cada um dos momentos temos uma informação completa de como variou a velocidade ao longo de toda viagem. A velocidade escalar é o módulo da velocidade é a velocidade sem qualquer indicação de direção e sentido. No movimento retilíneo e uniforme a partícula se move com velocidade constante. A sua característica é que a velocidade em qualquer instante é igual à velocidade média. Portanto a equação que define este tipo de movimento é: X=vt Aceleração A aceleração de uma partícula é a razão segundo a qual a sua velocidade varia com o tempo. Ela nos dá informações de como a velocidade está aumentando ou diminuindo à medida que o corpo se movimenta. Para analisar a variação da velocidade durante um certo intervalo de tempo ∆t nós definimos a aceleração média deste intervalo como: a = vf − vi ∆v = tf − ti ∆t Quando queremos saber o valor da aceleração em cada instante do intervalo considerado, deveremos calcular a aceleração instantânea: a = Lim t 0 ∆ → ∆v dv = dt ∆t Quando um corpo em movimento está aumentando a sua velocidade temos que a sua aceleração será positiva pois: ∆v Vf > vi ⇒ ∆v = vf - vi > 0 ⇒ a = 〉0 ∆t Se o corpo estiver diminuindo a sua velocidade a sua aceleração será negativa. Aceleração constante - um caso especial O exemplo anterior do movimento de um automóvel que varia a sua velocidade é uma situação típica de translação com aceleração constante em alguns trechos e nula em outros. Vamos considerar o movimento com velocidade constante de uma partícula, entre um instante inicial t0 e um instante posterior t . No instante inicial t0 a partícula se Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 4
  • 5. Prof. Romero Tavares da Silva encontrava na posição inicial x0 com velocidade inicial v0 e no instante t ela se encontrava na posição x com velocidade v . A velocidade média da partícula neste intervalo entre t0 e t é dada por: v = x − x0 v + v 0 = t − t0 2 onde a última igualdade é válida apenas para movimentos com aceleração constante, como esse caso específico. Podemos colocar as equações anteriores com a seguinte forma que define x : v + v0  x = x 0 + v (t − t 0 ) = x 0 +  (t − t 0 )  2  Como a aceleração é constante, podemos usar a definição de aceleração média que é a própria aceleração constante neste caso presente: a=a = ou seja: v − v0 t − t0 v = v 0 + a(t − t 0 ) ou ainda (t − t ) = 0 v −v0 a Usando este valor de v na equação que define x , encontraremos:  t − t0   t − t0  x = x0 + v 0   + [v 0 + a(t − t 0 )]   2   2  e rearrumando os vários termos teremos: x = x 0 + v 0 (t − t 0 ) + 1 2 a(t − t 0 ) 2 Usando o valor de ( t - t0 ) na equação que define x encontraremos:  v + v 0  v − v 0  x = x0 +     2  a  ou seja: 2 v 2 −v0 x − x0 =   2a  e finalmente: Cap 03     2 v 2 = v 0 + 2a(x − x 0 ) romero@fisica.ufpb.br 5
  • 6. Prof. Romero Tavares da Silva Se estivéssemos considerando um movimento tridimensional, com aceleração constante nas três direções, poderíamos estender facilmente os resultados anteriores para as seguintes equações vetoriais: 1! 2  ! ! !  r = r 0 + v 0 t + 2 at ! ! !  v = v 0 + at  ! ! ! v 2 = v 2 + 2a ⋅ (r − r ) 0 0   onde fizemos o instante inicial t0 = 0 . A última equação é conhecida como equação de Torricelli. Exemplo: Um motorista viaja ao longo de uma estrada reta desenvolvendo uma velocidade de 15m/s quando resolve aumentá-la para 35m/s usando uma aceleração constante de 4m/s2 . Permanece 10s com essa velocidade, quando resolve diminui-la para 5m/s usando uma aceleração constante de 10m/s2 . Trace os gráficos de x versus t , v versus t e a versus t para o todo o movimento mencionado. 700 40 600 35 500 30 25 v x 400 20 300 15 200 10 100 5 0 0 0 5 10 15 20 25 30 35 0 t 5 10 15 20 25 30 35 t 6 4 2 0 0 5 10 15 20 25 30 35 a -2 -4 -6 -8 -10 -12 t Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 6
  • 7. Prof. Romero Tavares da Silva Tabela associada ao exemplo: Intervalo 0 → 5s 5s → 10s Aceleração Nula Positiva Velocidade Constante Reta ascendente 10s → 20s 20s → 23s Nula Negativa Constante Reta descendente > 23s Nula Espaço Reta ascendente Parábola com concavidade voltada para cima Reta ascendente Parábola com concavidade voltada para baixo Reta ascendente Constante Aceleração de queda livre Podemos particularizar o conjunto de equações vetoriais anteriormente deduzidas, para a situação do movimento de queda livre. Para todos os efeitos práticos, um corpo que cai próximo à Terra, se comporta como se a superfície fosse plana e a aceleração da gravidade g fosse constante. Iremos usar valor de g =9,8m/s2 , e considerar o eixo z apontando para cima da superifície da Terra. Para a aceleração, temos que: z ! ! ˆ a = g = −kg ! g Para o espaço percorrido, temos que: ( ) 1 ˆ ˆ ˆ ˆ kz = kz 0 + kv 0 t + − kg t 2 2 z = z0 + v 0 t − gt 2 2 Para a velocidade desenvolvida pela partícula, temos que: ( ) ˆ ˆ ˆ kv = kv 0 + − kg t ou seja: v = v0 - gt e também: ( )( 2 ˆ ˆ ˆ v 2 = v 0 + 2 − kg ⋅ kz − kz 0 ) 2 v 2 = v 0 − 2g (z − z 0 ) Esta última equação é conhecida como equação de Torricelli. Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 7
  • 8. Prof. Romero Tavares da Silva Solução de alguns problemas Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 15 Dois trens trafegam, no mesmo trilho, um em direção ao outro, cada um com uma velocidade escalar de 30km/h . Quando estão a 60km de distância um do outro, um pássaro, que voa a 60km/h , parte da frente de um trem para o outro. Alcançando o outro trem ele volta para o primeiro, e assim por diante. (Não temos idéia da razão do comportamento deste pássaro.) Vamos considerar d = 60km e d1 a distância que o trem da direita viaja enquanto o pássaro decola dele e atinge o tem da esquerda e t1 o tempo gasto nesta primeira viagem.. A velocidade de cada trem é v = 30km/h e a velocidade do pássaro é vp = 60km/h . Para a primeira viagem do pássaro, temos: d d1 D1 d = D1 + d1 = vpt1 + vt1 = ( vp + v )t1 ⇒ t1 = d v +vp Para a segunda viagem, temos: d2 D2 d = 2d1 + ( d2 + D2 ) = 2vt1 + ( vpt2 + vt2 ) t 2 (v + v p ) = d − 2vt 1 = d − 2v t2 = d v +vp  1 − 2v  v +v p       d 2v = d 1 −  v +v v +vp p   2v ∴ t 2 = t 1 1 −  v +v p          Para a terceira viagem, temos D3 d3 d = 2d1 + 2d2 + ( d3 + D3 ) Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 8
  • 9. Prof. Romero Tavares da Silva d3 + D3 = d - 2d1 - 2d2 ∴ vt3 + vpt3 = d - 2vt1 - 2vt2 t3 = d v v v v − 2t 1 − 2t 2 = t 1 − 2t 1 − 2t 2 v +vp v +vp v +vp v +vp v +vp ou ainda  2v t 3 = t 1 1 −  v +v p   v  − 2t 2 v = t 2 − 2t 2  v +vp v +vp  ou seja:  2v t 3 = t 2 1 −  v +v p  Por outro lado, já mostramos que:  2v t 2 = t 1 1 −  v +v p  t1 =         60 2 d = = h = 40 min v + v p 30 + 60 3 Podemos inferir então que:  2v   t N = t N −1 1 −  v +v  p   ou seja:  2v   t N = t 1 1 −  v +v  p   N −1 Concluímos que tN é o ene-ésimo termo de uma progressão geométrica cujo 2v 2.30 2 1 primeiro termo a1 = t1 = 40min e razão q = 1 − = 1− = 1− = . v +vp 30 + 60 3 3 a) Quantas viagens o pássaro faz de um trem para o outro, até a colisão? As viagens do pássaro ficarão cada vez com um percurso menor até tornarem-se infinitesimais, por isso serão necessárias um número infinito de viagens de um trem para o outro. b) Qual a distância total percorrida pelo pássaro? O tempo necessário para o percurso será a soma dos termos da progressão: a1 (1 − q N ) 1− q e quando |q| < 1 e N tende a infinito: S= Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 9
  • 10. Prof. Romero Tavares da Silva S= a1 = 1− q v + vp t1 = t1   2v 2v  v +vp   d =  v + v p    v + v p   2v   d =  2v  ou seja t= d 60 = = 1h 2 v 2.30 Dp = vpt = 60km/h . 1h = 60km Uma forma direta de resolver este problema, mas que no entanto perde-se todo o detalhamento dos acontecimentos, é calcular o tempo necessário para a colisão dos dois trens: d 60 d = ( v + v ) t = 2vt ⇒ t = = = 1h 2 v 2.30 Esse tempo t é aquele que o pássaro tem para as suas viagens, logo a distância percorrida será: Dp = vp t = 60km Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 10 8 v(m/s) 19 Qual a posição final de um corredor, cujo gráfico velocidade x tempo é dado pela figura ao lado, 16 segundos após ter começado a correr? 6 4 2 A distância percorrida por uma partícula é a área abaixo da curva num gráfico v versus t . Podemos demonstrar a afirmação anterior de vários modos, por exemplo: 0 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 t(s) Método 1: xf tf xi ti Área = d = ∫ dx = ∫ v dt d = Área = A1 + A2 + A3 + A4 onde A1 é a área do triângulo que tem como base (0-2), A2 é a área do retângulo que tem com base (2-10) , A3 é a área do paralelogramo que tem como base (1012) e A4 é a área do retângulo que tem como base (11-16). d= 1 (2x 8) + (8 x8 ) +  1 (2 x 4) + (2x 4) + (4 x 4) 2  2   d = 100m Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 10
  • 11. Prof. Romero Tavares da Silva Método 2: Usar as equações da cinemática diretamente para cada percurso, e calcular as distâncias correspondentes. Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição A cabeça de uma cascavel pode acelerar 50m/s2 no instante do ataque. Se um car34 ro, partindo do repouso, também pudesse imprimir essa aceleração, em quanto tempo atingiria a velocidade de 100km/h ? 10 3 m v = 100km/h = 10 ≅ 27m/s 3600s 27 m / s v v = v0 + at ; t = = a 50 m / s 2 2 t = 0,54s Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 38 Um jumbo precisa atingir uma velocidade de 360km/h para decolar. Supondo que a aceleração da aeronave seja constante e que a pista seja de 1,8km , qual o valor mínimo desta aceleração? v = 360km/h 2 2 2 d = 1,8km v = (v0) + 2ad ∴ a = v /2d v0 = 0 2 2 a = 36000 km/h = 2,7 m/s se g = 9,8m/s2 teremos a = 0,27 g Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 41 Um carro a 97km/h é freiado e pára em 43m . a) Qual o módulo da aceleração (na verdade, da desaceleração) em unidades SI e em unidades g ? Suponha que a aceleração é constante. v2 = (v0)2 - 2ad ∴ a = (v0)2/2d = 8,28m/s2 Se g = 9,8m/s2 temos que a = 0,84 g v0 = 96km/h = 26,7 m/s d = 43m v=0 b) Qual é o tempo de frenagem? Se o seu tempo de reação treação , para freiar é de 400ms , a quantos "tempos de reação" corresponde o tempo de frenagem? v = v0 - at ∴ t = v0/a ou seja: t = 3,22s treação = 400ms = 400 . 10-3s = 0,4s T = t + treação T= 3,62s Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 11
  • 12. Prof. Romero Tavares da Silva Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 43 Em uma estrada seca, um carro com pneus em bom estado é capaz de freiar com uma desaceleração de 4,92m/s2 (suponha constante). a) Viajando inicialmente a 24,6ms , em quanto tempo esse carro conseguirá parar? v = v0 - at ∴ t = v0/a = 24,6/4,92 a = 4,92m/s2 v0 = 24,6 m/s v=0 t = 5s b) Que distância percorre nesse tempo? v2 = (v0)2 - 2ad ∴ d = (v0)2/2a = (24,6)2/(2.4,92) d = 61,5m c) Faça os gráficos x versus t e v versus t para a desaceleração. x(t) = 24,6t - 2,46t2 em metros v(t) = 24,6 - 4,92t em m/s 30 70 25 60 20 v(t) x(t) 50 40 30 15 10 20 5 10 0 0 0 1 2 3 4 5 6 t 0 1 2 3 4 5 6 t Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 45 Os freios de um carro são capazes de produzir uma desaceleração de 5,2m/s2. a) Se você está dirigindo a 140km/h e avista, de repente, um posto policial, qual o tempo mínimo necessário para reduzir a velocidade até o limite permitido de 80km/h ? v = v0 - at v0 = 140km/h = 39,2m/s v = 80km/h = 22,4m/s t = (v0 - v)/a = 16,8/5,2 a = 5,2m/s2 t=3,2s Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 12
  • 13. Prof. Romero Tavares da Silva O gráfico x versus t é uma reta para 0 < t < 5s , v(t) b) Trace o gráfico x versus t e v versus t para esta desaceleração. Consideramos que até o instante t = 5s o carro vinha desenvolvendo a velocidade de 39,2m/s , quando começou a freiar até 3,2s mais tarde, quando passou a desenvolver a velocidade de 22,4m/s . é uma parábola com concavidade para baixo para 5s < t < 8,2s 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 8 9 10 11 12 13 14 t Nestes intervalos temos respectivamente: movimento uniforme, movimento uniformemente acelerado e novamente movimento uniforme. x(t) e volta a ser uma reta para t > 8,2s . 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 0 1 2 3 4 5 6 7 t Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 54 Quando a luz verde de um sinal de trânsito acende, um carro parte com aceleração constante a = 2,2m/s2 . No mesmo instante, um caminhão, com velocidade constante de 9,5m/s , ultrapassa o automóvel. a) A que distância, após o sinal, o automóvel ultrapassará o caminhão? Automóvel Caminhão x = at2/2 X=Vt 120 100 80 No instante t = tE o automóvel vai 60 alcançar o caminhão, logo: 40 xE = X E 20 2 at E 2V 2.9,5 = Vt E ⇒ t E = = a 2 2,2 tE = 8,6s 0 0 XE = V tE = 9,5.8,6 = 81,7m. Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 t Curva azul = X = Caminhão Curva vermelha = x = Automóvel 13
  • 14. Prof. Romero Tavares da Silva b) Qual a velocidade do carro nesse instante? Velocidade vE = v0 + a tE = 2,2 + 8,6 25 20 vE = 18,9m/s 15 10 5 0 0 1 2 3 4 5 t 6 7 8 9 10 Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 57 Dois trens, em movimento retilíneo, viajam na mesma direção e em sentidos opostos, um a 72km/h e o outro a 144km/h . Quando estão a 950m um do outro, os maquinistas se avistam e aplicam os freios. Determine se haverá colisão, sabendo-se que a desaceleração em cada um dos trens é de 1,0m/s2 . Vamos chamar x e X as distâncias que cada trem per- v0 = 72km/h = 20m/s correrá antes de parar. Neste instante teremos v = V =0. V0 = 144km/h = 40m/s d = 950m 2 2 2 a = 1m/s2 v = (v0) - 2ax ∴ x = (v0) /2a V2 = (V0)2 - 2aX ∴ X = (V0)2/2a A distância D necessária para os dois trens pararem é D = x + X D= 2 v 0 + V02 = 1000m 2a Como essa distância D é maior que a distância d disponível, acontecerá a colisão entre os dois trens. Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 61 Considere que a chuva cai de uma nuvem, 1700m acima da superfície da Terra. Se desconsiderarmos a resistência do ar, com que velocidade as gotas de chuva atingiriam o solo? Seria seguro caminhar ao ar livre num temporal? v2 = (v0)2 + 2ah = 2gh v = 2gh = 2.9,8.1700 =182,5m/s v0 = 0 a = g = 9,8m/s2 h = 1700m v = 657km/h Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 14
  • 15. Prof. Romero Tavares da Silva Decididamente não seria seguro caminhar ao ar livre num temporal com gotas alcançando a superfície da terra com esta velocidade. Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 69 Um objeto é largado de uma ponte 45m acima da água. O objeto cai dentro de um barco que se desloca com velocidade constante e estava a 12m do ponto de impacto no instante em que o objeto foi solto. Qual a velocidade do barco? h = 45m v0 = 0 d = 12m h d d = vt  gt2   h= 2   V =d ⇒ t= d V ∴ h= gd 2 2V 2 g 9,8 = 12 = 3,9m / s 2h 2.45 V = 14,1km/h Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 78 Do cano de um chuveiro, a água pinga no chão, 200cm abaixo. As gotas caem em intervalos regulares, e a primeira gota bate no chão, no instante em que a quarta gota começa a cair. Determine as posições da segunda e terceira gotas, no instante em que a primeira gota bate no chão. 4 Seja ti o tempo de vôo da i-ésima gota: 3 2 gt h = h1 = 1 2 2 h 2 gt 2 h2 = 2 gt 32 h3 = 2 Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 1 15
  • 16. Prof. Romero Tavares da Silva Como existe um intervalo ∆t entre cada gota, temos que t1 = 3∆t ; t2 = 2∆t e t3 = ∆t . Logo 2 h2 t 2 (2∆t ) 4 = 2 = = 2 h1 t 1 (3∆t ) 9 2 ∴ h2 = 4 8 h1 = m 9 9 h3 t 32 (∆t ) = 1 ∴ h = 1 h = 2 m = 2 = 3 1 h1 t 1 9 9 (3∆t )2 9 2 Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 79 Uma bola de chumbo é deixada cair de um trampolim localizado a 5,2m acima da superfície de um lago. A bola bate na água com uma certa velocidade e afunda com a mesma velocidade constante. Ele chegará ao fundo 4,8s após ter sido largada. a) Qual a profundidade do lago? h1 = 5,2m v0 h1 t = t1 + t2 = 4,8s v1 2 1 gt 2h1 ∴ t1 = 2 g t1 = 1,03s e t2 = 3,77s h1 = 2 v 12 = v 0 + 2gh1 h2 v2 ∴ v 1 = 2gh1 = 10,09m / s h2 = v1 t2 = 38,06m b) Qual a velocidade média da bola? ∆x espaço h1 + h2 5,2 + 38,06 v = = = = = 9,01m / s tempo t1 + t 2 4,8 ∆t c) Suponha que toda água do lago seja drenada. A bola é atirada do trampolim, e novamente chega ao fundo do lago 4,8s depois. Qual a velocidade inicial da bola? Vamos considerar V0 a nova velocidade inicial: gt 2 h = V0 t + 2 ∴ V0 = h gt − = 7,92 − 23,52 = −15,60m / s t 2 Na equação acima o sinal de g é positivo significando que o referencial positivo foi tomado como apontando para baixo. Desse modo, como V0 calculado é negativo, a bola foi lançada para cima. Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 16
  • 17. Prof. Romero Tavares da Silva O movimento da bola de chumbo é de queda livre, portanto a curva no gráfico y versus t será uma parábola e a curva no gráfico v versus t será uma reta inclinada em relação à horizontal. y 0 < t < 1,03s 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 0 t > 1,03s 1 2 t 3 4 5 0 1 2 t 3 4 5 12 10 8 v O movimento da bola de chumbo é de retilíneo e uniforme, portanto a curva no gráfico y versus t será uma reta inclinada em relação à horizontal e a curva no gráfico v versus t será uma reta paralela à horizontal. 6 4 2 0 Capítulo 2 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 82 Uma pedra é largada de uma ponte a 43m acima da superfície da água. Outra pedra é atirada para baixo 1s após a primeira pedra cair. Ambas chegam na água ao mesmo tempo. a) Qual era a velocidade inicial da segunda pedra? 2 1 v0 h = 44m ∆t = 1s t2 = t1 - ∆t h gt 12 2h ∴ t1 = = 2,99s ≅ 3s 2 g O tempo gasto pela segunda pedra será: h= t2 = t1 - ∆t = 2s Logo: 2 gt 2 h gt h = v 0t2 + ∴ v0 = − 2 2 t2 2 v0 = 12,2m/s Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 17
  • 18. Prof. Romero Tavares da Silva b) Faça o gráfico da velocidade versus tempo para cada pedra, considerando t = 0 o instante em que a primeira pedra foi largada. Curvas das velocidade: Vermelho = primeira pedra Marrom = segunda pedra 40 35 30 25 20 15 10 5 0 0 Curvas das distâncias: 0,5 1 1,5 t 2 2,5 3 3,5 80 70 Vermelho = primeira pedra 60 50 Marrom = segunda pedra 40 30 20 10 0 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 t Cap 03 romero@fisica.ufpb.br 18