Investimentos não financeiros: análise dos principais tipos
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................3
1.OBJECTIVOS..........................................................................................................................4
1.1.Objectivo geral ..................................................................................................................4
1.2.Objectivos específicos .......................................................................................................4
2.Metodologia.............................................................................................................................4
3.REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................................5
4.Investimento ............................................................................................................................5
4.1.Investimentos não financeiros ............................................................................................5
4.1.1.Obras de arte ...............................................................................................................6
4.1.2.Investimento em ouro..................................................................................................7
4.1.3.Terrenos e imóveis para futura utilização.....................................................................7
4.1.4.Títulos públicos...........................................................................................................7
4.1.5.Letras do Tesouro Nacional - LTN ..............................................................................8
5.Acções cotadas em bolsas de valores........................................................................................9
5.1.Características das acções ................................................................................................11
6.Derivativos.............................................................................................................................12
6.1.Tipos de derivativos.........................................................................................................13
6.1.2.Mercado a Termo..........................................................................................................13
6.1.3.Mercado Futuro.........................................................................................................13
6.1.4.Mercado de Opções...................................................................................................13
6.2.Finalidades dos Derivativos .............................................................................................14
6.2.1.Hedge (Protecção).....................................................................................................14
6.2.2.Arbitragem................................................................................................................14
6.2.3.Especulação...............................................................................................................14
Conclusão .................................................................................................................................15
Bibliografia...............................................................................................................................16
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como o tema „‟Investimentos não Financeiros‟‟. Na verdade, as
considerações registadas nesse tipo de abordagem não são relacionadas com aplicações
financeiras ou participações no capital social de outras entidades. Contudo, os investimentos não
financeiros poderiam ser exemplificados da seguinte forma: Apartamentos (para futura venda,
aluguel, etc.); Terrenos; Obras de arte; Pedras preciosas, Ouro; Poupança; acções cotas em bolsas
de valores, fundo de acções, títulos públicos e derivativos.
Logo a prior, este trabalho tem por objectivo principal mostrar o que é investimento e os
conceitos dos diversos tipos de investimentos, suas definições, garantias, liquidez, prazos e
rentabilidades. Existem dos mais variados investimentos para atender às diversas classes sociais
existentes, desde o investidor mais cauteloso até o mais agressivo.
Alguns investimentos já existem há anos, mas somente agora ganham importância, visto que
cada vez mais as pessoas estão se preocupando com o futuro e guardando dinheiro. Este trabalho
mostrará os tipos de investimentos mais usados, pois este assunto é muito amplo e existem dos
mais variados investimentos.
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1.OBJECTIVOS
Objectivo significa definir com precisão o que se visa com o trabalho. LAKATOS e MARCONI
(2003:247).
1.1.Objectivo geral
Analisar os investimentos não financeiros na sua totalidade.
1.2.Objectivos específicos
Destacar as contas que fazem parte nos investimentos não financeiros;
Analisar como as acções chegam nas bolsas de valores;
Identificar os tipos de fundo de acção usada no mercado de acções.
2.Metodologia
Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Também, foi usado o método
indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular
para uma questão mais ampla, mais geral.
Para Lakatos e Marconi (2007:86), Indução é um processo mental por intermédio do qual,
partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou
universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é
levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais nos
baseia-mos.
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3.REVISÃO DE LITERATURA
4.Investimento
Investimentos podem ser definidos como as aplicações de algum tipo de recurso com a
expectativa de receber um retorno superior ao aplicado, ou seja, é toda aplicação com expectativa
de lucro. Para Sullivan e Sheffrin (1998) “os investimentos são trade-offs que ocorrem ao longo
do tempo: firmas e indivíduos incorrem em custos hoje na esperança de obter ganhos no futuro”.
Os trade-offs representam um conflito de escolha, é uma decisão onde você precisa abrir mão de
uma coisa em função de outra, no caso dos investimentos um importante aspecto na hora da
decisão de investir é que o resultado só será conhecido no futuro, sendo assim o investidor corre
o risco de ter desperdiçado recursos no investimento. O próprio mercado criou diversas opções
de investimento, satisfazendo desde o investidor mais cauteloso até o mais agressivo. Algumas
dessas opções já existem há muitos anos, mas só agora ganham importância no cenário em que
cada vez mais gente se dispõe a guardar dinheiro e planear o futuro.
4.1.Investimentos não financeiros
Os valores registados nesse título representam investimentos não relacionados com aplicações
financeiras, monetárias ou participações no capital social de outras entidades. Os investimentos
não financeiros poderiam ser exemplificados da seguinte forma:
a) Apartamentos (para futura venda, aluguel, etc.);
b) Terrenos;
c) Obras de arte;
d) Pedras preciosas;
e) Ouro;
f) Derivativos
g) Acções cotas em bolsas de valores;
h) Títulos públicos
i) Fundo de acções.
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Esses investimentos são classificados no balanço patrimonial do seguinte modo:
a) No grupo de valores e bens do activo circulante, caso a intenção da entidade seja de aliená-los
até o término do exercício social seguinte;
b) No grupo de valores e bens do activo realizável a longo prazo, caso a intenção da entidade
seja vendê-los após o fim do exercício social seguinte;
c) No grupo de investimentos se a entidade não tiver intenção de aliená-los ou vendê-los.
No activo circulante ou realizável a longo prazo essas aplicações são avaliadas ao custo ou valor
de mercado, o que for menor, No grupo de investimentos essas aplicações são avaliadas ao custo
corrigido monetariamente, deduzido de provisão, para perdas prováveis na realização do seu
valor, quando a perda estiver comprovada como permanente e que não será modificada em razão
de recebimento sem custo para a companhia, de acções ou quotas bonificadas.
No grupo Investimentos são classificadas as participações, aplicações financeiras e outros
investimentos de carácter permanente, com o objectivo de gerar rendimentos para a empresa de
forma que esses bens e direitos não sejam destinados à manutenção das actividades normais da
companhia. Segundo as normas de auditoria, as contas do grupo Investimentos serão
classificadas da seguinte forma:
Assim, os investimentos não financeiros são os demais investimentos não relacionados com
aplicações e participações. Segue abaixo algumas contas que fazem parte deste grupo:
4.1.1.Obras de arte
As obras de arte existentes na empresa são um tipo de investimento, sendo elas desvinculadas da
actividade principal da empresa. Para que uma obra de arte seja classificada como investimento,
a empresa não deve ter a intenção de vendê-la. Ex: Compra de obras de arte por uma empresa
que fabrica parafusos (não faz parte de nada relativo à actividade da empresa).
Poderá haver na empresa outros tipos de investimentos, como por exemplo antiguidades
(quadros, cerâmicas, louças, estatuetas, antiguidades em ouro e prata, etc.). Todos estes
investimentos poderão, em um futuro ainda não previsto, gerar renda caso a empresa opte por
colocá-los a venda. Caso a empresa venha a ter intenção de vender algum bem ou direito não
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relacionado a actividade da empresa e saiba quando pretende colocá-lo a venda (no curto ou
longo prazo), deverá classificar o bem no Activo circulante (se for no curto prazo) ou
no Realizável a longo prazo (se for no longo prazo), não sendo mais classificado no
grupo Investimentos.
4.1.2.Investimento em ouro
Uma forma de investimento (aplicação) que tem por objectivo gerar lucro para a empresa. Na
verdade, é um investimento reconhecidamente como seguro e pode ser feito através dos bancos.
As barras de ouro compradas podem ficar com o comprador ou ele poderá contratar um serviço
de custódia ou guarda nos bancos. Diariamente são informados os valores do grama do ouro para
compra e venda
4.1.3.Terrenos e imóveis para futura utilização
São bens que a empresa tem mas não usa e também não coloca como geradores de renda. No
futuro, essas terras e imóveis poderão servir para expansão da empresa ou para abrigar parte das
suas actividades. Ex. Terrenos para expansão. Assim, quando for decidido que serão usados
para este devido fim, deverão ser classificados no Activo Imobilizado, pois serão de uso para as
actividades da empresa.
4.1.4.Títulos públicos
Os títulos públicos são activos de renda fixa que se constituem em boa opção de investimento
para a sociedade.
Anteriormente, sem muitos recursos, só se podia comprar títulos públicos indirectamente pela
aquisição de cotas de fundos de investimento. Neste tipo de investimento, as instituições
financeiras funcionam como intermediários ao adquirirem os títulos públicos, que compõem as
carteiras dos fundos, com os recursos oriundos de suas aplicações. Os governos federal, estadual
e municipal captam recursos no mercado por meio da emissão de títulos representativos da
divida pública. Essencialmente, os títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional estão
voltados para a execução da política fiscal, antecipando receitas ou financiando deficits fiscais.
De acordo com Samanez (2010, p. 61) “os títulos emitidos pelo Banco Central têm por objectivo
principal a implementação e a execução da política monetária do governo.” Essa nova alternativa
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de aplicação dos recursos permite investimentos a partir de R$ 100,00, com rentabilidade e
segurança. Uma vez comprados os títulos, o investidor poderá aguardar o vencimento do papel
(data predeterminada para resgate do título), quando os recursos são depositados em sua conta,
ou também poderá vendê-los antecipadamente ao Tesouro Nacional pelo preço vigente no
mercado. Podemos citar alguns títulos emitidos pelo Tesouro Nacional:
4.1.5.Letras do Tesouro Nacional - LTN
São títulos emitidos para a captação de recursos destinados ao atendimento das necessidades de
caixa do Tesouro Nacional. Segundo Samanez (2010, p. 61) “são usadas pelas instituições
financeiras para rastreamento das operações realizadas no mercado aberto, e para composição da
carteira dos fundos de investimento em renda fixa, fundos de renda variável, fundos
multimercado, etc.”
As LTNs têm rendimento prefixado implícito no título. O preço unitário (PU) tem um valor
nominal (de resgate) de 1.000 no vencimento. A rentabilidade e o preço unitário dos títulos são
calculados na base anual por meio dos juros compostos considerando 252 dias úteis.
4.1.6.Letras Financeiras do Tesouro - LFT
São títulos emitidos para a captação de recursos destinados ao Tesouro Nacional. “As LFTs têm
rendimento pós-fixado dado pela média ponderada do volume dos financiamentos diários nas
operações do Selic.” (SAMANEZ, 2010, p.61). O PU (preço unitário) tem um valor nominal de $
1.000 na emissão, o que caracteriza como papel de ágio. O preço unitário geralmente é expresso
na forma de cotação (% do valor nominal). As taxas são calculadas na base anual por meio dos
juros compostos considerando 252 dias úteis.
4.1.7.Bónus do Tesouro Nacional
Este título possui como objectivo prover recursos necessários à cobertura de deficits
orçamentários ou à realização de operações de crédito por antecipação de receita e efectuar troca
voluntária por Bónus da Dívida Externa. Participa da modalidade dos títulos escriturais e
nominativo-endossável; possui prazos de até 25 anos. Seu factor de remuneração é quando da
Criação, IPC ou variação da cotação de venda do dólar americano; actualmente, TR. Em relação
à taxa de juros atinge o máximo de 12% ao ano, com pagamento desses juros feito
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semestralmente. E considerado hoje como um título extinto, existindo alguns ainda em
circulação.
4.1.8.Fundos de acções
Os fundos de acções devem investir no mínimo 67% do seu património em acções que sejam
admitidas à negociação em mercado de bolsa ou balcão organizado ou em activos relacionados.
Seu principal factor de risco, portanto, é a variação do preço das acções que compõem a sua
carteira. O restante do património pode ser investido em outros activos financeiros. Outro factor
de risco importante a ser observado nessa classe de fundos é o limite de concentração por
emissor.
Na parcela do património investida em acções, ou nos activos relacionados, esses fundos não
precisam se sujeitar ao limite por emissor. No entanto, para que isso seja permitido, o
regulamento e o prospecto do fundo devem conter, com destaque, alerta de que o fundo pode
estar exposto a significativa concentração em activos financeiros de poucos emissores, com os
riscos daí decorrentes. Os fundos de acções são mais compatíveis com objectivos de
investimento de longo prazo, que suportem uma maior exposição a riscos em troca de uma
expectativa de rentabilidade mais elevada.
5.Acções cotadas em bolsas de valores
Acções são títulos que representam a menor parcela do capital social de uma empresa, seja ela
uma sociedade anónima, uma sociedade por acções ou uma companhia.
Por serem objecto de negociação diária, os preços das acções podem aumentar ou diminuir, de
acordo com o maior interesse dos investidores. Por isso, são chamadas de títulos de renda
variável, ou seja, não há garantia de um valor de face para o activo numa data futura, o que as
caracteriza como investimento de risco, podendo o seu valor de resgate assumir valores
superiores, iguais ou inferiores ao valor investido.
O detentor de uma acção, chamado de accionista, tem apenas uma obrigação: desde que tenha
subscrito acções de um aumento de capital, é obrigado a integralizar sua parte no capital, isto é,
pagar o valor das acções que subscreveu. Entretanto, no Brasil, a legislação lhe confere uma série
de direitos, que nem o estatuto social nem a assembleia-geral podem lhe tirar.
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Direito à participação nos lucros sociais – parte do lucro apurado pela empresa em um
exercício é destinada para o pagamento de dividendos, que é a parcela distribuída entre seus
proprietários, ou seja, seus accionistas.
Direito a voto – os accionistas detentores de acções ordinárias têm direito ao voto na
Assembleia Geral da Empresa. A Lei das S.A., estabelece que cada acção ordinária corresponde
a 1 (um) voto nas deliberações de assembleias-gerais. O estatuto de cada empresa pode
estabelecer limitação ao número de votos de cada accionista.
Direito a informações – a legislação assegura aos accionistas o acesso a todas as informações
que dizem respeito à empresa e que possam afectar os seus interesses como sócios. A empresa é
obrigada por lei a divulgar amplamente balanços, balancetes e diversos outros demonstrativos
contabilísticos, conforme periodicidade estabelecida pela CVM. A empresa deve informa,
também, todas as decisões tomadas nas assembleias e qualquer fato importante que possa afectar
o preço ou o futuro de suas acções no mercado (fatos relevantes).
Direito de preferência na subscrição de novas acções – os accionistas de uma companhia têm
preferência na compra de novas acções emitidas por ela. Esse direito consiste na prioridade
comum a todos os accionistas (ordinários e preferenciais) de adquirir, pelo preço de emissão,
uma parcela de novas acções proporcionais às já possuídas.
Direito de retirada – direito que o accionista possui de se retirar da sociedade, mediante o
reembolso do valor de suas acções, nos seguintes casos:
Criação de acções preferências ou aumento de classes existentes sem guardar proporções
com as demais;
Alterações nas preferências de uma ou mais classes de acções preferenciais;
Criação de nova classe de acções preferenciais mais favorecidas;
Alteração do dividendo obrigatório; mudança no objecto da companhia;
Incorporação, fusão ou cisão da companhia;
Dissolução da companhia;
Desapropriação de acções do controle da companhia e aquisição, pela sociedade aberta,
do controle de sociedade mercantil, se o preço pago superar determinados limites.
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5.1.Características das acções
Quanto ao Tipo, existem, basicamente, dois tipos de acções: as ordinárias e as preferenciais.
1. Acções Ordinárias (ON) – tipo de acção que concede ao seu detentor o direito do voto
nas assembleias-gerais de accionistas, sendo o peso do seu voto proporcional á
quantidade de acções que possuiu.
2. Acções Preferenciais (PN) – são assim chamadas porque dão preferência aos accionistas
no pagamento de dividendos e em caso de liquidação da empresa. Isto significa que, no
caso de falência ou outro evento que leve a empresa a ser liquidada, os possuidores de
acções preferenciais têm mais chances de recuperar parte de seus investimentos do que os
possuidores de acções ordinárias. Ao contrário da acção ordinária, a acção preferencial
não dá direito a voto, a menos que a empresa deixe de distribuir dividendos por três anos
consecutivos.
Se você analisar as acções listadas na Bolsa de valores encontrará não somente as classes ou
tipos ON (Ordinárias Normativas) e PN (Preferenciais Nominativas). Podem existir diversas
classes de acções preferenciais (classe A – PNA, classe B – PNB, classe C – PNC etc.)
dependendo das vantagens ou restrições que elas apresentam. As vantagens ou preferências, bem
como as restrições que essas acções possuem, devem constar claramente nos estatutos da
companhia.
PNA – Às acções preferenciais classe “A”, são assegurados:
Dividendos 10% superiores aos distribuídos às acções ordinárias;
Prioridade no reembolso do capital, sem prémio, em caso de liquidação da companhia em
relação ás acções ordinárias, respeitada a prioridade no reembolso das acções
preferenciais classe “B”.
PNB – Às acções preferenciais classe “B”, são assegurados:
Prioridade no pagamento do dividendo fixo e não cumulativo de 10% ao ano, calculado
sobre o valor resultante da divisão do capital social pelo número total de acções da
companhia;
Prioridade no reembolso do capital, sem prémio, em caso de liquidação da companhia,
em relação às acções ordinárias e às preferenciais classe “A”.
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Como observado nesse caso, a principal diferença entre as duas classes de acções preferenciais
emitidas pela empresa baseia-se na forma de distribuição de dividendos.
Quanto à forma de emissão, as acções dividem-se em:
Cautelas – os nomes da companhia, do proprietário, o tipo e forma de emissão e os
direitos já exercidos são impressos nos certificados de propriedade. Esta é uma
modalidade cada vez mais rara.
Escriturais – são emitidas sob a forma de registo electrónico, dispensando a emissão e
movimentação física de títulos. São representadas por extractos, de forma semelhante a
uma conta corrente e os valores são lançados a débito ou a crédito dos accionistas; são
administradas por uma instituição depositária de acções.
Registadas – semelhantes às escriturais, diferenciam-se por serem administradas pela
própria empresa.
6.Derivativos
Derivativo é um instrumento financeiro cujo preço resulta do valor de outro activo chamado de
activo. Estes activos podem ser commodities, como café ou soja, activos financeiros, como
acções, ou bolsas de valores e taxas de juros.
Para Ernst & Young (2010, p. 293): Derivativo é um instrumento financeiro no qual: (a) o valor
muda em resposta à mudança específica na taxa de juros, preço de títulos e valores mobiliários,
preço de commodities, taxa de câmbio, índice ou taxa de preços, índice de crédito, ou outra
variável similar (por vezes denominado underlying); (b) nenhum ou pouco investimento inicial é
requerido, em relação a outros tipos de contratos que tenham resposta similar às mudanças nas
condições do mercado; e (c) a liquidação se dará em data futura. As três condições aqui
mencionadas precisam ser cumulativamente atendidas para que um contrato ou operação seja
considerado como um derivativo.
Os derivativos não são uma novidade do mercado financeiro, porém a avaliação do seu preço só
começou a se desenvolver no final dos anos 60. Conforme Rech (2007), os derivativos oferecem
às empresas a chance de reduzir seus riscos financeiros, transferindo esses riscos a alguém
(normalmente um banco) disposto a assumi-los e gerenciá-los.
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6.1.Tipos de derivativos
São três os tipos de mercados de derivativos: a termo, futuro, de opções ou SWAP.
6.1.2.Mercado a Termo
São contratos de compra e venda de um determinado bem (mercadoria ou activo financeiro) que
determina um preço entre as partes para liquidação em data futura específica. A negociação
desses contratos pode acontecer em mercado de balcão ou em bolsa. As partes que estão
negociando ficam vinculadas uma a outra até a liquidação do contrato.
Tanto para comprador como para o vendedor no mercado a termo o prejuízo não será visto
propriamente como prejuízo e, sim, como alguma coisa que se deixou de ganhar, como um
prémio de seguro.
6.1.3.Mercado Futuro
São acordos entre duas empresas para a troca em data futura a um preço estabelecido entre as
partes. É possível a liquidação desses contratos antes do prazo de vencimento. Além disso, os
contratos futuros são negociados somente em bolsas. O mercado futuro é uma evolução do
mercado a termo. Existem três formas de liquidação dos contratos:
Conforme Kloeckner (2008) existe a liquidação por diferença financeira: os participantes do
mercado futuro verificam seus ganhos e perdas junta à Bolsa de Futuros e encerram suas
posições recebendo o que têm direito ou pagando o que é devido. Existe, também, a liquidação
por entrega da mercadoria: é o encerramento das posições pela entrega ou recebimento das
mercadorias objecto de contrato. Quanto mais desenvolvido é o mercado, menor a quantidade de
liquidação por entrega física, concentrando-se os participantes por diferença financeira
(KLOECKNER, 2008).
6.1.4.Mercado de Opções
Neste mercado é negociado o direito de comprar ou de vender um bem por um preço fixo numa
data futura, utilizando preços e prazos determinados. Quem adquirir o direito deve pagar um
prémio ao vendedor assim como num acordo de seguro. No mercado de opções, negociam-se
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contratos nas quais a entrega do activo objecto, se desejada, se dará numa data futura por preço
determinado no presente (LOZARDO 1998, p.132).
6.2.Finalidades dos Derivativos
6.2.1.Hedge (Protecção)
Tem como finalidade proteger a empresa do mercado físico de um bem ou activo para reduzir
algum tipo de risco, em outras palavras o intento é a administração do risco. Bessada (2000, p.
27) define os hedges como agentes económicos que desejam proteger-se dos riscos derivativos
das flutuações adversas nos preços de commodities, taxas de juros, moedas estrangeiras etc.
6.2.2.Arbitragem
O arbitrador lucra tirando vantagens na diferença de preços de um bem que é negociado em
mercados diferentes. Onde houver discrepância de preços do mesmo activo em dois ou mais
mercados, o arbitrador assume várias posições sem risco. A actuação do arbitrador surge quando
o preço de um activo no mercado de derivativos sai da sua trajectória normal, ou esperada.
Quando isso ocorre, o arbitrador actua, fazendo com que o preço do activo se ajuste a trajectória
do mercado (LOZARDO, 1998, p. 30).
Silva Neto (2002, p. 30) define o arbitrador como o participante que, assumindo muito pouco
risco, opera em mais de um mercado simultaneamente para se valer de distorções de preços
relativos. São responsáveis pelo estabelecimento de preços futuros e pela manutenção de uma
relação entre preços futuros e a vista.
6.2.3.Especulação
O objectivo básico é obter lucro. Actua basicamente na compra e venda de contratos futuros
apenas para ganhar o diferencial entre o preço de compra e de venda, não tendo nenhum
interesse pelo activo-objecto.
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Conclusão
O objectivo do trabalho foi apresentar um breve estudo sobre investimentos não financeiros.
Primeiro tirou-se a conclusão de que investimento é toda aplicação com expectativa de lucro. O
mercado proporciona ao investidor diversas opções de investimento, satisfazendo as
necessidades de cada um deles. Cada investimento possui tipos e níveis de riscos diferentes a
regra básica é quanto menor o risco do investimento, menor seu rendimento.
Observamos que o investimento da caderneta de poupança é considerado um investimento
conservador, e um dos preferidos da população que não quer correr riscos, sua adesão é muito
fácil e rápida. Investir em câmbio significa comprar moedas estrangeiras, como o Dólar, Euro ou
Libra, por exemplo. Na compra de uma moeda o investidor espera que esta tenha uma
valorização em relação à moeda corrente, o Real, e assim vendê-la por um valor acima do valor
de compra.
O Ouro é um tipo de investimento seguro, que pode ser feito através de bancos, depois de
comprado pode ficar com o comprador ou sob custódia em um banco. Fundos de Investimento
são denominados recursos financeiros, pois todo valor investido é utilizado para a compra de
bens, seja mobiliários ou títulos, que são todos passados ao investidor. O fundo de investimento é
uma poupança aplicada, em que qualquer pessoa física ou jurídica pode realizar, porém sempre
por intermédio do banco ou gestora de fundos de investimentos. Por fim as acções de uma
companhia negociadas em bolsa representam uma fatia do capital dessa empresa. Seu valor
oscila principalmente devido às expectativas dos investidores com relação ao resultado futuro da
empresa.
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Bibliografia
GITMAN, J. Lawrence. Princípios da Administração Financeira Essencial. Porto Alegre: Ed.
Bookman. 2°edição, 2001.
MEGLIORINI, Evandir. Administração financeira: uma abordagem brasileira. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2009.
SAMANEZ, Carlos Patricio. Matemática Financeira. 5.ed. – São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2010.
SULLIVAN, Arthur e SHEFFRIN, Steven. Princípios de Economia. Rio de Janeiro: Editora:
LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 2000.
AUTOR DO TRABALHO
Nome: Sérgio Alfredo Macore
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PEMBA – CABO DELGADO