1. PINTURA
É a técnica de empregar pigmento a uma superfície, para colori-la, dando-
lhe matizes, tons e texturas. Mais especificamente é a arte de pintar uma
superfície, como papel, tela ou uma parede. Essa arte diferencia-se do de-
senho pelo uso dos pigmentos líquidos e do uso constante da cor, já que o
mesmo utiliza-se principalmente de materiais secos. Entretanto, existem
controvérsias quanto a essa definição de pintura. Com a variedade de ex-
periências entre diferentes meios e o uso da tecnologia digital, a ideia de
pintura não necessita se restringir à aplicação “do pigmento em forma
líquida”. A pintura é uma forma de manifestação artística existente há mui-
to tempo na História da humanidade, como revelam as pinturas rupestres,
feitas por homens pré-históricos em rochas ou cavernas. Existem vários
tipos de pintura, como os afrescos, pintura a óleo, por meio de pigmentos
diluídos em um solvente; pintura mural, feita ou aplicada sobre uma pare-
de; pintura a têmpera, pigmentos dissolvidos em um adstringente, como a
cola. Muitos consideram a pintura a óleo como um dos suportes artísticos
tradicionais mais importantes. Essa foi usada na criação de muitas obras de
arte, como a Mona Lisa. A pintura pode ser ligada à produção de imagens
decorativas ou imagens de representação, seja esta figurativa ou abstrata.
Uma pintura figurativa é essencialmente a representação pictórica de um
tema, ou seja, quando o artista reproduz em seu quadro uma realidade
que lhe é familiar. O tema pode ser uma paisagem, uma natureza morta,
uma cena mitológica ou cotidiana. Já a pintura abstrata não procura retra-
tar objetos ou paisagens, pois está inserida em uma realidade própria.
ESCULTURA
Considerada a terceira das artes clássicas, a escultura é a técnica de
representar objetos e seres através da reprodução de formas. Utili-
za-se de materiais como gesso, pedra, madeira, resinas sintéticas,
aço, ferro, mármore e das seguintes técnicas: cinzelação, fundição,
moldagem ou a aglomeração de partículas. Sua origem baseia-se na
imitação da natureza, com o intuito maior de representar o corpo
humano. A escolha do material envolve a técnica utilizada. Novas
técnicas como dobra e solda de chapas metálicas, moldagens com
resinas, plásticos, materiais tridimensionais tem sido empregadas. A
escultura na Pré-História foi associada à magia e à religião. No perío-
do paleolítico, o objetivo era moldar animais e figuras humanas,
geralmente femininas. A escultura, como é conhecida atualmente,
surgiu no Oriente Médio, foi uma das últimas artes a serem desen-
volvidas durante a Idade Média, talvez pelo apelo sensual. A Grécia
Clássica é o berço ocidental da arte de esculpir, desde os seus pri-
meiros artefatos em mármore ou bronze a partir do século 10 a.C.,
até o apogeu da era de Péricles, com as esculturas da Acrópole de
Atenas. Posteriormente, os romanos aderiram à cultura clássica e
continuaram a produzir esculturas até o fim do império, difundindo o
trabalho em mármore por todo o império. Foi no Renascimento que
a escultura se destacou, com a famosa estátua de Davi, de Michelan-
gelo. Donatello e Verocchio foram outros mestres importantes do
período. Entre os séculos XIX e XX, destacam-se os artistas Constan-
tin Brancuse e August Rodin, dois mestres da escultura que influen-
ciaram vários outros artistas.
2. MÚSICA
É a combinação artística dos sons. A música, como arte, é uma forma de
produzir ou transmitir o que é belo. É uma forma de expressão que utiliza
os sons como matéria prima, assim como a linguagem convencional utiliza
palavras. Definimos por SOM, ao resultado audível da vibração dos corpos.
Quando um corpo vibra, todo ar ao seu redor vibra na mesma velocidade
(frequência) e intensidade (amplitude). Essa vibração se propaga por todos
os lados perdendo força de acordo com a distância que percorre. Quando
uma vibração audível (entre 20 e 22.000 vibrações por segundo, aproxima-
damente) chega aos nossos ouvidos, faz vibrar nossos tímpanos, transmi-
tindo essa informação ao cérebro, que a entende como som.
CINEMA
O cinema, abreviação de cinematógrafo, é a técnica de projetar fotogramas
(quadros) de forma rápida e sucessiva para criar a impressão de movimento
("kino" em grego significa movimento e "grafos" escrever ou gravar), bem
como a arte de se produzir obras estéticas, narrativas ou não, com esta técni-
ca. Como registro de imagens e som em comunicação, o Cinema também é
uma mídia.
DANÇA
A dança, arte de movimentar o corpo em certo ritmo, é uma das três princi-
pais artes cênicas da Antiguidade, ao lado do teatro e da música. Caracteri-
za-se tanto pelos movimentos previamente estabelecidos (coreografia), ou
improvisados (dança livre). Pode existir como expressão artística ou como
forma de divertimento. Enquanto arte, a dança se expressa por meio dos
signos de movimento, com ou sem ligação musical, para um determinado
público. As danças em grupo foram praticadas desde as primeiras civiliza-
ções, em rituais religiosos. Aperfeiçoaram-se até possuir ritmo, passos e
roupas determinados. No Egito, por volta de 2000 a.C., dançava-se em ho-
menagem aos deuses. Na Grécia Clássica, a dança era relacionada aos jogos
olímpicos. Os tratados sobre dança surgiram a partir do século XVI. Cada
país europeu criou suas próprias danças. Primeiro eram coletivas, depois
foram adaptadas aos pares. No século XIX começaram a aparecer danças
mais sensuais, como o maxixe e o tango. Assim como vários outros aspectos
culturais, a dança foi se transformando na proporção em que os povos fo-
ram se misturando. A dança é uma arte. É um conjunto de regras para reali-
zar algo com perfeição. Exige habilidade e compromisso ao dedicar-se, toda-
via é uma forma de expressão artística coordenada, que carece de senti-
mentos e ideias através do movimento corporal. Na maior parte dos casos, a
dança, com passos cadenciados é acompanhada ao som e compasso de mú-
sica e envolve a expressão de sentimentos potenciados por ela.
3. TEATRO
Surgiu na Grécia Antiga, no séc. IX a.C. Consiste em representar uma situação e estimu-
lar sentimentos na audiência. A tríade: quem vê, o que se vê e o imaginado é o apoio do
drama, pois ele exige reflexão propiciada através do ator ou conjunto de atores inter-
pretando uma história. A palavra teatro pode significar tanto o prédio em que se exi-
bem as diferentes formas de arte como a delimitada arte. A arte de representar prospe-
rou em terrenos sagrados na Índia, Egito, Grécia, China e nas Igrejas da Idade Média. O
modo pelo qual o homem descobriu para revelar seus sentimentos de amor e ódio. As
primeiras sociedades primitivas acreditavam que a dança imitativa influenciava os fatos
necessários à sobrevivência através de poderes sobrenaturais, por isso alguns historia-
dores assinalam a origem do teatro a partir deste ritual. Os principais gêneros dramáti-
cos conhecidos são: a tragédia nascida na Grécia, a comédia que representa os ridículos
da humanidade, a tragicomédia que é a transição da comédia para o drama e o drama
(melodrama), ao ser representado é acompanhado por música. O Padre José de Anchi-
eta evidenciou a implantação do teatro no Brasil com o interesse de catequizar os índios
para o catolicismo e impedir os hábitos condenáveis dos colonizadores portugueses,
sendo assim uma ideia mais religiosa do que artística.
DESENHO
O desenho é a arte de representar, ou criar formas, utilizando materiais
como lápis, carvão, pincel. Diferencia-se da pintura e da gravura, por ser
considerado tanto como processo quanto como resultado artístico, uma
obra bidimensional composta por linhas, pontos e formas. Na pintura a
superfície é marcada por lápis, caneta, pincel, os movimentos dão origem
aos pontos, linhas e formas planas. Outro aspecto que diferencia o dese-
nho da pintura, é que no primeiro não há mistura de cores antes da aplica-
ção, essas são utilizadas puras, enquanto na pintura as cores são mistura-
das para dar origem a outras novas. Existem várias técnicas de desenho, e
a escolha dos materiais utilizados está relacionada com a mesma. O dese-
nho existe desde a Pré-História, como forma de manifestação estética e
linguagem expressiva, porém obteve status de arte durante a Idade Mé-
dia. O desenho possibilitou o estudo da figura humana. Desde o final do
século XIX, os desenhos eram bastante utilizados em publicidade. As pos-
sibilidades técnicas da arte do desenho foram ampliadas nas últimas déca-
das do século XX, com o computador que disponibiliza programas como o
Corel Draw, Adobe Illustrator, Photoshop e outros.
GRAFITE
Manifestação artística surgida em Nova York (EUA), na década de 1970.
Consiste em um movimento organizado nas artes plásticas, em que o artis-
ta cria uma linguagem intencional para interferir na cidade, aproveitando
os espaços públicos da mesma para a crítica social. No Brasil, o grafite che-
gou ao final dos anos de 1970, em São Paulo. Hoje o estilo desenvolvido
pelos brasileiros é reconhecido entre os melhores do mundo. O movimento
apareceu quando um grupo de jovens começou a fazer desenhos nas pare-
des da cidade, ao invés de apenas escrever. É considerado por muitos co-
mo um ato de vandalismo, por sujar as paredes. Nesse caso são chamados
de pichação, vistas apenas como diversão para provocar as pessoas. As
primeiras expressões apareceram nos muros de Paris em maio de 1968,
com a revolução contracultural. O grafite está ligado a movimentos como o
hip hop. A tinta mais usada pelos grafiteiros é o spray em lata. O látex é
aplicado sobre máscaras vazadas, para demarcar a região a ser pintada.
4. ARTESANATO
consiste no próprio trabalho manual ou criação de um artesão. Com
a mecanização da indústria, o artesão é visto como aquele que pro-
duz objetos que fazem parte da cultura popular. Geralmente os obje-
tos utilitários ou decorativos que são feitos, possuem em sua estéti-
ca características da cultura da comunidade ou da região onde são
criados. Por tradição, o artesanato é a produção de especificidade
familiar, onde o artesão é o proprietário dos meios de produção e
trabalha em conjunto com a família em sua própria casa. Os primei-
ros objetos feitos pelo homem eram artesanais. No período neolítico
(6.000 a.C.) o homem aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica
como utensílio para armazenar e cozer alimentos, e descobriu a téc-
nica de tecelagem das fibras animais e vegetais. Historicamente o
artesão é responsável pela seleção da matéria-prima a ser usada,
pelo projeto do produto a ser executado, transformação da matéria-
prima em produto acabado. As técnicas do artesanato brasileiro que
se sobressaem são a cerâmica, as rendas, a cestaria, a tecelagem e
os trabalhos em madeira, pedra e couro. A cerâmica utiliza dois in-
gredientes básicos: argila e água. A partir disso se fabrica vasos, lou-
ças, imagens de santos, bonecas e figuras de bichos. A cestaria é
feita com fibras vegetais, como o buriti, a carnaúba, a piaçava e o
babaçu. As técnicas do artesanato que receberam forte influência
indígena são comumente encontradas nos estados do Ceará, Piauí,
Maranhão, Bahia, Rio Grande do Norte, Tocantins, Roraima e Ama-
zonas. O trabalho com a madeira é muito empregado pelos santeiros
de Ibimirim (PE) e de várias cidades do Piauí que aplicaram um estilo
próprio para representar cenas religiosas.
ORIGAMI
A arte da dobradura de papel tem a palavra oriunda do japonês ori, que signi-
fica dobrar, e kami, que significa papel. A arte milenar consiste na criação de
objetos e formas a partir de um pedaço de papel quadrado, sem cortá-lo,
onde as faces podem ser de cores diferentes. Muito praticada no Japão, a
cultura do Origami japonês, que se desenvolveu desde o período Edo, dife-
rencia-se das outras por cortar o papel durante a criação do modelo ou iniciar
com outras formas de papel que não a quadrada, podendo ser retangular,
circular, etc. De acordo com a cultura japonesa a pessoa que fizer mil origamis
pode ter um pedido realizado. O origami popularizou-se na proporção em que
o papel tornou-se menos caro, com o desenvolvimento de métodos mais
simples para sua criação. O origami difundiu-se como atividade recreativa no
Japão com a publicação do livro Kan no mado, em 1845, que continha uma
coleção de aproximadamente 150 modelos de origami que estabeleceu o
modelo do sapo, muito conhecido atualmente. Os estudiosos acreditam que a
arte do origami tenha originado junto com o papel. Os primeiros registros do
surgimento do papel vêm da China, no ano de 105 d.C. Em 1950, ocorreu a
grande divisão entre a antiga e a nova dobragem do papel, período que o
trabalho de Akira Yoshizaka tornou-se conhecido. Yoshizaka foi responsável
pela criação da idéia da dobragem criativa e pela invenção de todo um con-
junto de métodos que permitia dobrar uma série de animais e pássaros que
em nada tinha haver com o origami do passado.
5. ARTE DIGITAL
Arte digital ou Arte de computador é aquela produzida em ambiente
gráfico computacional. Utiliza-se de processos digitais e virtuais. Inclui
experiências com net arte, web arte, vídeo-arte, etc. Tem o objetivo de
dar vida virtual as coisas e mostrar que a arte não é feita só a mão.
Existem diversas categorias de arte digital tais como pintura digital,
gravura digital, programas de modelação 3D, edição de fotografias e
imagens, animação, entre outros. Os resultados podem ser apreciados
em impressões em papéis especiais ou no próprio ambiente gráfico
computacional. Vários artistas usam estas técnicas. Ao contrário dos
meios tradicionais, o trabalho é produzido por meios digitais. A apreci-
ação da obra de arte pode ser feita nos ambientes digitais ou em mí-
dias tradicionais. Existem diversas comunidades virtuais voltadas à
divulgação da Arte Digital, entre elas, Deviantart e CGsociety.