Gestão de transportes: serviços, demanda, sistemas e características

SOUZA,SandroE.
GESTÃO DE TRANSPORTESGESTÃO DE TRANSPORTES
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GESTÃO DE TRANSPORTESGESTÃO DE TRANSPORTES

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1. SERVIÇOS DE TRANSPORTE
O transporte de produtos geralmente representa o mais importante
elemento de custo na Logística. Em geral somente o movimento de fretes
absorve entre um terço a dois terços dos custos logísticos.
Basta examinarmos o contraste entre as economias dos países
desenvolvidos com os países subdesenvolvidos para percebermos como o
sistema de transportes é um elemento vital na criação de um alto nível de
atividade econômica. Neste contexto verificamos que um sistema de
transporte eficiente e de baixo custo contribui decisivamente para uma
competitividade superior no mercado, maiores economias de escala
(reduções nos custos por unidade produzida devido ao uso de maiores
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(reduções nos custos por unidade produzida devido ao uso de maiores
fábricas na produção de um volume maior de produtos e serviços) na
produção e redução nos preços dos bens. Num contexto mais amplo, o
exame das características das alternativas de transportes disponíveis
levam a otimização da perfomance da organização no mercado. Deste
modo, é a performance que o cliente na verdade adquire quando utiliza o
serviço de transporte.
Não existe uma demanda primária por transporte no mercado. O
transporte é um dos recursos produtivos componente dos elementos
intangíveis (elemento ou bem intangível, inclui os benefícios que são
secundários mas diferenciam e complementam o produto ou bem tangível
que o cliente está adquirindo) do produto ou serviço produzido.

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2. A DEMANDA PELOS SERVIÇOS DE TRANSPORTES
2.1- Noções Sobre a Lei da Oferta e da Demanda na Economia
Na economia, a Lei da Demanda afirma que existe uma relação inversa
entre preço de um produto e a quantidade do mesmo que os compradores
estão dispostos a adquirir.
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Por outro lado, como determinar a quantidade de cada produto que deve
ser produzido e oferecido ao mercado para atender a demanda?
Para responder a esta questão temos primeiramente que analisar os
conceitos de custo de oportunidade e lucro.

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A produção envolve a conversão de recursos (matéria-prima, por
exemplo) em produtos e serviços. A soma de todos os custos que devem
ser pagos pelo fabricante para cada recurso produtivo incluindo os custos
de produção, coordenação e gerenciamento é igual ao custo de
oportunidade do produto.
Todos os participantes em um negócio têm um forte incentivo em
participar de atividade que proporcione lucro, que é o excesso obtido pela
diferença entre valor da venda do produto no mercado e o seu custo de
oportunidade. Deste modo, o lucro surge quando o valor de venda do bem
produzido for maior que a soma do custos individuais de cada recurso
utilizado na sua produção. Assim, podemos introduzir a Lei da Oferta, que
afirma que há uma relação direta entre o preço de um produto e a
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afirma que há uma relação direta entre o preço de um produto e a
quantidade do mesmo oferecida para venda. Quanto maior o preço do
produto mais unidades deste produto são oferecidas no mercado pelos
fabricantes.

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2.2- Interação das Curvas de Oferta e Demanda no Mercado
Consumidores-compradores e produtores-vendedores fazem suas
decisões independentemente um do outro, mas o mercado (um conceito
abstrato que engloba o relacionamento de compradores e vendedores
regido pelas forças da oferta e demanda) coordena as escolhas de cada
parte e influencia suas ações até que se atinja o equilíbrio, que é o estado
onde a oferta e a demanda estão balanceadas.
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Como vemos, quando o preço do vídeo é estabelecido pelo produtor a um
valor que excede R$500 (área de excesso de oferta), há uma pressão do
mercado para que o preço seja reduzido. Por outro lado, se o preço for
fixado em um valor menor que $500 (área de excesso de demanda), o
mercado exerce uma pressão para a elevação do preço até o ponto onde
a oferta e demanda estejam em equilíbrio.

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Num mercado mais amplo, os preços de um mesmo produto podem diferir
de uma cidade para outra ou mesmo de um país para outro. Se os preços
diferem, surge então a oportunidade de lucro para um empreendedor que
move os bens de um local onde os custos de oportunidade são
menores para um local onde pode-se vender por mais.
A movimentação de bens entre mercados mostra que o lucro pode ser
adquirido pelo transporte de bens para onde os produtos valem mais. No
entanto, o princípio da equalização de preços faz com que o diferencial de
preços entre mercados sejam reduzidos gradativamente para até o valor
do custo de transporte entre estes mercados.
2.3- A Demanda pelos Serviços de Transporte
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2.3- A Demanda pelos Serviços de Transporte
Baseado nas leis de oferta e demanda do produto no mercado, podemos
concluir que a demanda pelos serviços de transporte na economia é uma
demanda derivada, ou seja, a demanda pelo transporte existe por que há
uma demanda pelos itens transportados. Considerando o transporte um
recurso produtivo, a demanda pelo mesmo pode variar por três razões:
Uma mudança na demanda pelo produto transportado causará
variações similares na demanda pelo transporte. Deste modo os
operadores de transporte devem se preocupar com as condições de
mercado do produto final.
Mudanças na produtividade do transporte alterará a demanda pelo
mesmo. Quanto maior a produtividade do transporte maior a
demanda pelo mesmo.
Uma variação no preço do transporte afetará a demanda pelo produto
transportado.

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3. O SISTEMA DE TRANSPORTES
3.1- A Interface Transporte/Logística/Marketing
O transporte movimenta os produtos de uma empresa para mercados
geralmente separados. Ao realizar esta função, ele aumenta o nível de
satisfação do cliente que é um componente importante do marketing.
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3.2- Decisões Estratégicas de Transporte
Como parte integrante de um sistema logístico de distribuição, o
transporte cria a utilidade de lugar, componente importante da
logística. Além do mais, o transporte afeta as decisões estratégicas da
organização, como:
Decisões de Produto: para as organizações que comercializam
produtos tangíveis, um fator de decisão importante é a
"transportabilidade" do produto em termos de dimensionamento
físico, custo e disponibilidade do transporte para estes produtos.
Decisões de Compra: independente da área de atuação da
organização, seja ela um fabricante, distribuidor ou varejista, a
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organização, seja ela um fabricante, distribuidor ou varejista, a
decisão sobre onde comprar peças, matéria-prima ou bens acabados
depende da disponibilidade, custo e características do transporte que
tem um peso considerável nesta decisão.
Decisões de Localização: como visto no Módulo 5: Logística de
Distribuição, o fator transporte têm um forte impacto nas decisões de
localização da fábrica, centros de distribuição e instalações comerciais
de revenda ou varejo.
Decisões de Preço: o custo nas operações de transporte podem ter
um peso considerável nas decisões de preço principalmente em
organizações onde a política é voltada para a estratégia de redução
de custos. Além do mais, os custos de transporte quando
repassados para o nível de preço final do produto podem alterar o
equilíbrio entre oferta e demanda do produto no mercado.

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3.3- Características dos Serviços de Transporte
O usuário do serviço de transportes têm uma gama variada de serviços a
sua disposição, todos girando em torno de cinco modais básicos:
Marítimo
Ferroviário
Rodoviário
Aéreo
Os serviços de transportes podem ser classificados em termos das
características que são básicas para todos os tipos de serviços:
Preço: o preço (ou custo) do serviço de transporte para um
transportador ou embarcador é formado por uma tarifa básica ou
frete pelo transporte do produto, mais as taxas acessórias por
serviços adicionais prestados. No caso do transporte contratado
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serviços adicionais prestados. No caso do transporte contratado
externamente à organização, o custo total do serviço inclui a tarifa
cobrada pelo movimento dos bens entre dois pontos determinados e
algumas vezes taxas adicionais relativas à:
Carregamento na origem
Entrega no destino final
Seguros
Preparação dos bens para o transporte, entre outros.
Quando o serviço de transporte é de propriedade da própria organização,
o custo deste serviço é uma alocação de custos relevantes para o
transporte do produto em questão. Os custos relevantes incluem itens
como: combustível, pessoal, manutenção, depreciação do equipamento e
custos administrativos.

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Tempo de Trânsito e Variabilidade: pesquisas mostram que o tempo
de entrega médio e a variabilidade do tempo de entrega são as
características da performance do transporte mais importantes. O
tempo de entrega geralmente se refere ao tempo médio que leva
para que o produto se mova do ponto de origem para o ponto de
destino. Os diversos modais de transporte variam de acordo com a
distância e na existência ou não de uma conexão direta entre a
origem e o destino do produto a ser transportado. Adicionalmente, a
variabilidade do tempo de trânsito é uma medida de incerteza na
performance do transportador, principalmente no rodoviário.
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Os resultados desta pesquisa mostram que para distâncias mais longas o
transporte ferroviário e aéreo tendem a apresentar um tempo de trânsito
constante, ao passo que o transporte rodoviário baseado em caminhões
com carga fracionada (LTL) ou total (TL) tendem a manter o aumento no
tempo de trânsito mesmo para longas distâncias. Verificamos também
que o transporte aéreo é o modal mais rápido para distâncias acima de
500 milhas (804.67 Km). Para distâncias menores que 500 milhas, o
transporte rodoviário TL (carga total) é o que apresenta o menor tempo
de trânsito médio.
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Nível de Perdas e Danos: Devido aos transportadores em geral
apresentarem diferentes desempenhos na habilidade de mover fretes
sem perdas ou danos aos bens transportados, o nível de perdas e
danos é também um fator importante na seleção do transportador.
Potencialmente a perda mais séria que uma organização pode sofrer
é aquela relacionada com o Serviço ao Cliente. O transporte de bens
com o propósito de ressuprir o inventário de um cliente ou para uso
imediato (JIT), que são entregues com atraso ou sem condições de
uso, significam inconveniência para ambas as partes e a ativação de
processos de reclamações contratuais contra o transportador e a
organização fornecedora.
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Pergunta-se:
1- O tempo de entrega, que corresponde ao tempo médio decorrido para
que o produto se mova do ponto de origem para o ponto de destino é
chamado de ?
a. Tempo de Ressuprimento
b. Tempo de Trânsito
c. Variabilidade de Entrega

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4. MODAIS DE TRANSPORTES
Cada um dos modos básicos de transportes (rodoviário, ferroviário,
marítimo, aéreo e dutoviário) podem oferecer serviços diretamente aos
embarcadores. Por outro lado, temos o intermediário (agentes de carga,
despachantes, etc) que vendem serviços de transporte sem possuir uma
estrutura de transportes. Entre os modais básicos de transporte
disponíveis podemos citar:
4.1- Transporte Ferroviário
O transporte ferroviário é composto basicamente de um longo
transportador (vagões) de baixa velocidade utilizado no transporte de
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transportador (vagões) de baixa velocidade utilizado no transporte de
matéria-prima (carvão, madeira, produtos químicos, etc.) e produtos
manufaturados de baixo valor (alimentos, papel, derivados da madeira,
etc). As ferrovias oferecem uma diversidade de serviços especiais para o
embarcador, variando do movimento de matéria-prima até produtos
refrigerados e automóveis.
O serviço ferroviário é disponível em quase todos os maiores centros
metropolitanos do mundo. O transporte ferroviário geralmente apresenta
um custo menor que o transporte aéreo ou rodoviário.
Por outro lado o índice de perdas e danos para este modal é relativamente
alto. Outra desvantagem do transporte ferroviário está no maior tempo de
trânsito e na menor freqüência de serviço oferecido.

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4.2- Transporte Rodoviário
Em contraste com o modal ferroviário, o transporte rodoviário de bens
semi-acabados ou acabados, move fretes com uma média de carga
menor. As vantagens inerentes do transporte rodoviário estão no serviço
porta-a porta; sua freqüência e disponibilidade; e entrega rápida para o
mercado de pequenas cargas.
Este modal é de vital importância para a rede de distribuição logística da
grande maioria das organizações devido a sua versatilidade e flexibilidade
no atendimento das necessidades dos clientes quando comparado com
outros modais. Uma outra vantagem da operação com o modal rodoviário
é a capacidade de operar com carga fracionada (LTL), o que pode
proporcionar um transporte rápido e flexível capaz de atender
necessidades emergenciais dos embarcadores em geral.
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necessidades emergenciais dos embarcadores em geral.
4.3- Transporte Hidroviário
O transporte hidroviário, composto por equipamentos de transporte
marítimo (navios ,embarcações em geral, balsas, etc), podem de uma
forma geral serem classificados em: comercial, pesquisa, recreio e militar.
As embarcações utilizadas na navegação comercial estão divididas da
seguinte maneira:
Mercantes: utilizadas para o transporte de carga e passageiros;
Industriais: utilizadas para a realização de operações marítimas
especializadas como pesca, colocação de oleodutos;
Serviço: utilizadas para a prestação de serviços especializados
incluindo rebocadores, plataformas marítimas, entre outras.

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Os serviços de transportes hidroviários estão disponíveis em quase todos
os tipos de formas legais. Adicionalmente, os custos por perdas
resultantes no transporte hidroviário podem ser considerados como
insignificantes, devido aos produtos de baixo custo unitário (minérios,
cereais, cargas em granel, etc) transportados em grandes lotes neste
modal.
Atualmente, principalmente no que se refere a exportação e importação
marítima, os mais variados tipos de produtos como eletrônicos, veículos,
equipamentos, máquinas, etc, são transportados. Dados fatores como
intempéries e deslocamento de carga, os contêineres e embalagens são
especialmente desenvolvidos para a redução ou eliminação de perdas.
4.4- Transporte Aéreo
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4.4- Transporte Aéreo
O Transporte aéreo é considerado por um número cada vez maior de
embarcadores pela sua regularidade no serviço prestado, apesar do frete
aéreo ser em média 2 vezes maior que o rodoviário e 16 vezes maior que
o ferroviário. O principal atrativo por este modal é o menor tempo de
trânsito principalmente para longas distâncias. Outros atrativos para a
utilização do transporte aéreo estão apresentados:
Embalagens mais baratas, principalmente quando comparado com o
transporte marítimo;
Menores despesas com seguro devido a brevidade da viagem e
menores riscos por perdas e danos;
Devido ao grande grau de confiabilidade deste modal, há uma
redução nos estoques do embarcador e conseqüentemente uma
redução nos custos de manutenção de inventário.

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4.5- Dutoviário
O transporte por dutos representa uma parte significativa do sistema de
transporte no EUA, sendo superior a 50% de toda a movimentação em
toneladas-quilômetro de petróleo e óleo bruto. Além do petróleo, o gás
natural é outro importante produto transportado pelas dutovias.
Infelizmente no Brasil, na realidade apresenta-se significativo somente no
gasoduto Brasil-Bolívia. Normalmente este modal é privado e controlado
pelas próprias empresas, além das distribuidoras de gás que atuam como
transportadoras contratadas.
Os dutos também são utilizados para transporte de produtos químicos
manufaturados, de materiais secos e pulverizados a granel, como o
cimento e farinha em suspensão aquosa, além do esgoto e água em
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cimento e farinha em suspensão aquosa, além do esgoto e água em
cidades e municípios.
A natureza de uma dutovia é singular se comparada aos demais modais.
Operam 24 horas por dia, sete dias por semana, com restrições durante
as mudanças de produto transportado e manutenção. Os dutos
apresentam o maior custo fixo (resultantes da construção, direito de
acesso e do controle das estações de bombeamento) e o menor custo
variável entre todos os tipos de transporte.
A grande desvantagem está na limitação quanto aos produtos que podem
ser transportados, nas formas gasosa, líquida ou de mistura semifluida.

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4.5- Comparação dos Modais de Transporte
Para sumarizar a qualidade dos serviços oferecidos pelos modais básicos
de transporte, a Tabela mostra o ranking dos vários modais usando as
características de custo e performance.SOUZA,SandroE.
Vale ressaltar que condições específicas tais como: tipo do produto,
distância do transporte, gerência do transportador, relacionamento
cliente-transportador, condições atmosféricas podem alterar o ranking dos
modais apresentados na Tabela.
Além do mais o serviço de um determinado modal pode não estar
disponível ou o produto a ser transportado não é recomendável para
determinados modais.

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Análise das Características de Performance no Transporte
A empresa Burdines, uma rede nacional de lojas esportivas, apresentou no último
ano $500 milhões em volume de vendas com uma margem de lucro bruta de 15%.
Os custos em materiais foi de aproximadamente 60% da receita total em vendas.
Baseado na Tabela e na Figura, construa uma tabela de características de
performance para os quatro modais básicos de transporte para distâncias de 100,
200, 500 e 1000 milhas para os seguintes produtos:
1. Equipamentos eletrônicos como DVDs e vídeos-cassetes.
2. Carvão e minério de ferro.
3. Alimentos perecíveis tais como: laranja, bananas e verduras.
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5. HIDROVIAS: UM MODAL EM DESCOBRIMENTO
O Brasil tem um alto potencial a ser explorado com o transporte fluvial de cargas
- O governo do Estado de São Paulo investiu em infra-estrutura e melhoria da hidrovia Tiête-
Paraná com valores que alcançaram cerca de R$ 562 milhões na última década. Com o aumento,
em 2005, de cerca de 9,12% no volume de cargas transportadas, a expectativa para 2006 é que
esse volume seja superado. Foi assinado um protocolo com a Transpetro e a BR Distribuidora pelo
qual espera-se converter em negócios para o transporte de álcool e derivados de petróleo.
- O projeto de transporte fluvial da hidrovia Paraguai-Paraná (HPP) apresentado no Paraguai sobre
rentabilidade econômica aponta um potencial de duplicação da capacidade de exportações das
regiões atendidas pela hidrovia. O estudo identifica 10 projetos prioritários a serem adotados
consensualmente pelos países interessados – Brasil, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina. O
sistema de transporte fluvial, com 3.400 quilômetros de extensão, unirá os portos Cáceres (Brasil)
e Nova Palmira (Uruguai) e faz parte dos dez eixos de integração da América do Sul definidos
através da iniciativa para a Integração da Infra-estrutura Regional Sul-Americana (IIRSA).
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através da iniciativa para a Integração da Infra-estrutura Regional Sul-Americana (IIRSA).
- O Grupo Rio Tinto investirá quase U$ 35 milhões na aquisição de novas barcaças para transporte
fluvial de minério de ferro produzido pela MCR – Mineração Corumbaense, e transportada pela TBN
– Transbarge Navegación, ambas pertencentes ao grupo. O aproveitamento da hidrovia Paraguai`-
Paraná faz parte dos planos do grupo para aumentar a produção em Corumbá (MS). O
investimento também permitiu melhorar a capacidade de manobra, tornando a navegação mais
segura e com baixo risco ambiental.
- O Ministério dos Transportes promoveu uma reunião com transportadores e embarcadores de
transporte hidroviário de todo o País, com a intenção de formular uma Agenda Hidroviária para
complementar o planejamento de infra-estrutura do governo. O último mapeamento das via
navegáveis foi em 1990. Uma reformulação é vista como indispensável atualmente para o
transporte de matérias primas e produtos agrícolas – o Brasil conta com 42 mil quilômetros de
rios, dos quais 28 mil oferecem condições naturais de navegação (incluindo-se trechos de eclusas)
e apenas 10 mil são utilizados.
- Em 2004 foi inaugurada a primeira eclusa do rio Tiête em perímetro urbano, localizada na altura
do Cebolão. A obra possibilitará a navegação pelo rio entre o município de Santana de Parnaíba e o
bairro da Penha, na Capital. Quando todos os trabalhos da calha do Tiête estiverem finalizados, a
cidade de São Paulo terá 45 Km de vias navegáveis.
Fonte:RevistaLogística–Setembro2005

SOUZA,SandroE.5. CASE: TNT LIMITED
A TNT Limited é um dos mais conhecidos grupos de transporte internacional, dedicado
principalmente ao transporte de pacotes e pequenas cargas. Fornece serviços regionais na
Europa, Américas do Norte e do Sul e Oceania e também serviços globais de transporte de
cargas para quase todos os destinos. O grupo emprega mais de 53.000 pessoas em todo o
mundo. Os principais negócios da TNT são cargas em geral, carga expressa rodoviária e
aérea e serviços especializados, incluindo cargas a granel, manuseio de materiais,
transporte de autos, transporte refrigerado, transporte de rejeitos industriais, distribuição
de produtos e apoio logístico integrado. O grupo também está envolvido em operações de
transporte de passageiros e de carga aérea, leasing de aviões, turismo e administração de
hotéis de lazer (resorts).
A face internacional mais familiar do grupo é a TNT Express, conjunto de serviços que
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A face internacional mais familiar do grupo é a TNT Express, conjunto de serviços que
transporta e entrega pacotes, cargas e objetos em cerca de 190 países. O Serviço Express
Courier usa uma rede de computadores on-line, ligando todas as partes de suas operações
para a comunicação de dados em tempo real e para acesso às informações vitais de
embarque. O sistema de informações da TNT também atende ao consumidor, a partir do
ponto de coleta da carga, movimentação de encomendas e rota, até o rastreamento para
aprovar a entrega. O Express Post Service é preparado para competir com os serviços
urgentes dos correios.
O propósito do grupo a longo prazo é fornecer um conjunto abrangente de serviços de
transporte em todo o mundo, ajustado a uma ampla variedade de necessidades de
consumidores, nas mais variadas regiões do mundo. Individualmente, os variados serviços
do grupo competem de formas diferentes. Nos Serviços Courier (Door-to-Door), o preço é
menos importante do que fatores como variedade de opções de serviço (no dia seguinte, à
noite, em dois dias, etc) e confiança de entrega. O Express Post Service compete em
rapidez de entrega e preço. O transporte mais pesado do grupo é altamente competitivo
em preço, mas os usuários dessa modalidade estão mais dispostos a assinar contratos a
longo prazo.

SOUZA,SandroE.5. CASE: FEDERAL EXPRESS CO.
A Federal Express começou suas atividades em 1973 com uma frota de oito pequenas aeronaves.
Atualmente, ela emprega mais de 100.000 funcionários ao redor do mundo em mais de 1.600
unidades que processam mais de 2 milhões de entregas diariamente com uma frota de mais de
500 aeronaves. Desde de 1987, o índice de satisfação do cliente com os serviços da FedEx
apresenta uma média de 94%. Há várias razões para o sucesso da empresa. Em primeiro lugar,
um sistema de avaliação de gerenciamento de pessoal envolve todo corpo de funcionários nos
planos de melhorias no Serviço ao Cliente. Em segundo lugar, os funcionários recebem treinamento
intensivo para a melhoria na qualidade do serviço prestado. Os funcionários são encorajados à
serem inovadores e tomarem suas próprias decisões quando no desempenho de suas funções.
Finalmente a empresa substituiu suas antigas medidas de performance de Serviço ao Cliente,
como a porcentagem de entregas on-time (um dos componente do ISC). Atualmente, a empresa
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como a porcentagem de entregas on-time (um dos componente do ISC). Atualmente, a empresa
utiliza um novo índice mais completo com 12 componentes que descrevem como a performance do
serviço oferecido é visto pelos clientes. Foram incluídas medidas de performance como:
Número de erros no pedido
Pacotes perdidos ou danificados
Coleta de pedidos fora do prazo, etc.
Os gerentes regionais de logística da empresa mantém equipes permanentes para detectar
tendências de queda no nível de serviço oferecido. O objetivo destas equipes é localizar as causas
dos problemas na coleta e entrega de pedidos na sua rede de distribuição mundial da FedEx. O
sistema de distribuição da empresa é baseado em um "código de barras" único e mundial para a
identificação do pacote por todo o tempo de processamento. Este código de barras é escaneado no
ponto de entrada do sistema, no processo de coleta e seleção do pacote, durante o transporte e na
destinação final. Instalado nos caminhões de entrega estão pequenos computadores ligados a um
avançado sistema de rádio comunicação via satélite. Este sistema permite que os caminhões sejam
redirecionados para coleta e entrega. Em adição, o sistema de rádio comunicação é o ponto de
entrada de informações acerca da entrega dos pacotes e são transmitidas em tempo real para o
banco de dados da empresa.

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6. CUSTOS NOS SISTEMAS DE TRANSPORTE
6.1- Características dos Custos no Transporte
O modelo analítico usado para estudar as tarifas de fretes de transporte
assumem que o embarcador, ou o cliente, deseja minimizar os seus
custos de transporte que geralmente é definido com as tarifas e taxas
cobradas pelo transportador.
O pensamento mais moderno sobre a Distribuição Física e a Logística
Integrada são focados no conceito de Custo Total, significando que os
custos de transportes devem ser considerados juntamente com os custos
de manutenção de inventário, armazenagem, processamento de pedidos e
de lotes. Baseado neste conceito, uma firma pode por exemplo, reduzir o
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de lotes. Baseado neste conceito, uma firma pode por exemplo, reduzir o
custo total de distribuição pela utilização de um centro de distribuição em
vez de 10 armazéns regionais e fazendo a entrega de seus produtos por
via aérea.
O conceito de Custo Total tem um impacto considerável sobre as decisões
estratégicas de transporte. Por exemplo, danos e perdas no transporte de
produtos é sempre uma preocupação constante devido aos custos de
reposição dos itens danificados. Além do mais, temos o problema da
indisponibilidade imediata do item danificado para venda ou uso na linha
de produção.
6.2- Custos Fixos e Variáveis
Os recursos financeiros que uma organização despende em transportes
estão intimamente ligados as características de custo de cada tipo de
serviço.

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Devido cada serviço ter uma característica de custeio diferente, haverá
sempre uma tarifa mais vantajosa proporcionada por um determinado
modal sob determinada circunstância. Os serviços de transporte englobam
um número determinado de custos, tais como: mão-de-obra,
combustível, manutenção, administrativo, entre outros. Este mix de
custos podem ser dividido em duas categorias principais como mostrada:
Custos Variáveis: que variam com a quantidade de serviços ou
volume de transportes. Os custos variáveis normalmente incluem:
combustível, mão-de-obra, manutenção, entre outros;
Custos Fixos: que não variam com o volume transportado.
Especificamente, os custos fixos são aqueles referentes a aquisição
de instalações, equipamentos de transporte, administração geral, etc.
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de instalações, equipamentos de transporte, administração geral, etc.
Não existe uma alocação precisa entre custos fixos e variáveis, pois
existem diferenças significantes na estrutura de custeio entre os diversos
modais de transporte dependendo da dimensão a ser examinada.
6.3- Dimensões dos Custos de Transporte
As tarifas dos serviços de transporte são normalmente baseadas em duas
dimensões importantes:
Distância
Volume de Carga
Dependendo da dimensão utilizada, o que é considerado um custo fixo e
um custo variável apresenta uma pequena diferença conceitual conforme
ilustrado na Figura:

SOUZA,SandroE.SOUZA,SandroE.
Na Figura a, o custo total do transporte varia com a distância entre a
origem e o destino da carga. Este comportamento da curva de custo já é
esperado pois o fator combustível consumido e a quantidade de mão de
obra utilizada (itens do custo variável) dependem da distância percorrida.

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O valor do custo fixo independe da distância e seu valor vai depender
muito do modal de transporte utilizado. Por exemplo, os custos fixos são
um componente substancial para as ferrovias devido ao fato que as
organizações provedoras de transporte ferroviário são proprietárias de
toda estrutura da linha férrea, terminais, locomotivas e vagões utilizados
na operação deste modal.
Em contraste, a Figura b mostra o custo de transporte baseado no volume
transportado para uma determinada distância. Neste caso, o custo de
mão-de-obra não é variável, mas os custos de carregamento e
manuseio (um dos custos envolvidos no transporte são aqueles
referentes ao carregamento e descarga de veículos. Normalmente para
carga total – TL, o embarcador é responsável por carregar o veículo, no
entanto se for especificado em contrato, o transportador pode executar
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entanto se for especificado em contrato, o transportador pode executar
esta tarefa sob cobrança de taxas adicionais. Outro custo envolvido nas
operações de carregamento e manuseio são os custos de manter o veículo
de transporte aguardando carregamento e descarga. Este custo de espera
têm um peso considerável no transporte ferroviário e marítimo) são
tratados como variáveis.
Reduções significantes de custos ocorrem quando passamos de um
volume LTL (carga fracionada) para TL (carga total) e deste para múltiplos
trailers. As tarifas de fretes podem ser substancialmente menores para
grandes volumes de carga, principalmente no transporte marítimo e
ferroviário.

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7. PERFIL DAS TARIFAS DE TRANSPORTE
As tarifas de transporte são os preços que um transportador cobra por
seus serviços. Para o embarcador ou organização contratante, esta tarifa
é o valor do custo de transporte logístico, componente integrante dos
custos de distribuição logística. Do mesmo modo que na estrutura de
alocação de custos de transporte, as tarifas de frete são baseadas em
volume, distância ou demanda.
7.1- Tarifas Baseadas no Volume
A economia da indústria de transportes mostra que os custos do serviço
está intimamente ligada ao tamanho ou volume da carga transportada.
Em geral, as tarifas para grandes volumes de carga são menores que as
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Em geral, as tarifas para grandes volumes de carga são menores que as
tarifas para volumes pequenos. Se a carga é transportada em pequenas
quantidades ou é de baixo volume, ela tende a gerar pouca lucratividade
para o transportador. Neste caso, o valor cobrado para o transporte de
pequenas cargas são baseados numa tarifa mínima ou única
independentemente da quantidade transportada.
Por outro lado, cargas que excedem o volume do veículo de transporte
são cotadas como sendo equivalente a de uma tarifa para carga total
(Figura b).

SOUZA,SandroE.SOUZA,SandroE.
As estruturas das tarifas baseadas no volume são muito mais complexas
que esta discussão indica. Um estudo mais aprofundado sobre este tema
é abordado em cursos sobre transportes mais avançados.

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7.2- Tarifas Baseadas na Distância
As tarifas de frete em função da distância, variam desde aquelas que são
constantes até aquelas que variam proporcionalmente com a distância
transportada. Entre os tipos de tarifas baseadas na distância, podemos
citar:
Tarifas Uniformes: Um exemplo da tarifa uniforme pode ser dado pelo
serviço de entrega dos correios ou serviços de entrega de pequenos
pacotes de empresas como FedEx, UPS e DHL. A tarifa uniforme é
justificada pois grande parte dos custos é devido ao manuseio de
cartas e pacotes. Os custos de manuseio são dependentes do volume,
não da distância (Figura):
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Tarifas Proporcionais: para os modais com muitos custos variáveis
(rodoviário e aéreo), há uma preferência pela utilização de uma
estrutura mais simples de tarifas conforme mostrado na Figura. Em
se conhecendo duas tarifas básicas, as outras são definidas por
extrapolação. Algumas das vantagens desta estrutura de tarifas
proporcionais são a simplicidade do modelo e a padronização de
serviço para transportadores de grande e pequeno porte. As tarifas
para carga completa (TL) adaptam-se bem a esta estrutura pois os
custos de manuseio são mínimos.
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Tarifas de Cobertura: devido a necessidade de cobrir as tarifas de
competidores no mercado e simplificar as publicações de tarifas, os
transportadores estabelecem estruturas baseadas em tarifas de
cobertura. Tarifas de cobertura são simplesmente tarifas únicas que
cobrem uma determinada área entre a origem e o destino da carga
transportada. Esta estrutura pode ser melhor visualizada na Figura.

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As tarifas de cobertura são muito comuns para produtos que são
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As tarifas de cobertura são muito comuns para produtos que são
transportados a longas distâncias ou quando os produtores e os mercados
consumidores estão localizados em certas áreas. As tarifas de cobertura
são uma forma de discriminação, no entanto, os benefícios das mesmas
supera as desvantagens tanto para o transportador como para o
embarcador.
7.3- Tarifas Baseadas na Demanda
A demanda pelos serviços de transporte também influencia no nível de
tarifas praticadas no mercado. Duas dimensões sugerem o valor de um
serviço de transporte:
As circunstâncias econômicas do embarcador ou organização
contratante;
A disponibilidade das alternativas de serviços de transporte.

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Avaliação de Tarifas de Transporte Baseadas na Demanda
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Os custos do produtor A chegam a R0,85 por unidade e os custos de B são $0,75.
Devido a esta vantagem na produção, B pode vender o produto no mercado por
$1,00 e auferir um lucro de $0,05. Deste modo B estabelece o preço de mercado
forçando que A possa despender até no máximo $0,14 em transportes, caso
contrário não haverá lucro para este produtor.
Caso o tarifa de transporte deste produto mantenha-se ajustada para o valor de
$0,20/unidade, o produto não pode ser movido do produtor A para o mercado.

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8. ESTRATÉGIAS DE TRANSPORTE:
8.1- A Importância das Decisões Estratégicas de Transporte
O transporte é uma área de decisão importante dentro do mix de
atividades logísticas. Exceto pelo custo de materiais, o custo de
transportes absorve na média a mais alta percentagem entre os custos
logísticos.
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Entre as principais decisões de transporte sob a responsabilidade do
profissional de logística podemos citar:
Seleção do Serviço de Transporte
Roteirização de Veículos
Gerenciamento de Riscos

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8.2- Seleção do Serviço de Transporte
A seleção do modal de transporte ou do serviço oferecido dentro de um
modal de transporte específico depende de várias características primárias
que variam desde a velocidade até a assistência na resolução de
problemas. De acordo com pesquisas sobre as características do serviço
de transporte ("A Performance Evaluation of Freight Transport Modes",
2000), concluiu-se que as características mais importantes na seleção de
um serviço de transporte sob o ponto de vista do embarcador são:
Custo do Serviço: quando o serviço de transporte não é usado como
instrumento de vantagem competitiva no mercado, a seleção é feita
usando-se uma Análise de Custo-Benefício, que compara um serviço
de transporte específico e os custos de manutenção de inventário
associados com a performance do modal de transporte selecionado.
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associados com a performance do modal de transporte selecionado.
Tempo de trânsito médio (velocidade): em ambientes onde existe
grande competitividade, a seleção do serviço de transporte baseada
no menor tempo de trânsito significa menores níveis de inventário
além de um nível de Serviço ao Cliente superior.
Variabilidade do tempo em trânsito: se o objetivo da organização
embarcadora é oferecer um serviço de transporte de alta qualidade
aos clientes para enfrentar a concorrência, a seleção de um serviço
de transportes mais confiável, ou seja, um serviço com menor
variabilidade pode ser o principal fator de decisão. Neste caso os
custos extras com transporte mais sofisticado podem ser
compensados com um aumento no preço dos produtos, desde que
não afetem a demanda do produto no mercado.

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8.3- Roteirização de Veículos de Transporte
Devido aos custos de transporte variarem entre um terço a dois terços
dos custos de logística, melhorar a eficiência do sistema de transportes
através da maximização da utilização dos equipamentos e pessoal é vital
para a distribuição dos produtos no mercado. Além do mais, uma das
principais preocupações do gerente de transportes de uma companhia que
opera frota própria ou provedora de serviços de transportes é a
maximização do nível de utilização dos recursos humanos e materiais
envolvidos no sistema de transportes. Para a redução dos custos de
transporte e melhoria no Serviço ao Cliente, encontrar as melhores rotas
que um veículo deve seguir através de uma rede complexa de rodovias,
ferrovias, etc., capaz de minimizar o tempo e a distância percorrida é um
problema freqüente de decisão de transportes sobre roteirização.
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8.4- Gerenciamento de Riscos
Um dos tópicos de maior crescimento na atualidade é o gerenciamento de
riscos. Tecnologias das mais variadas (GPS, Travas Eletrônicas, etc) e
operações e empresas especializadas foram criadas para dar suporte a
esta atividade. Dentre os serviços mais importantes podemos citar:
Escolta Armada: serviço de apoio para transporte rodoviário de
cargas de alto valor agregado, munidos de sistemas de comunicação
de sinistros em tempo real;
Rastreamento: sistema de rastreamento da frota via satélite,
permitindo cercas eletrônicas e bloqueio de dispositivos;
Seguro: normalmente empresas avaliam a existência dos serviços
anteriores para definição do nível de cobertura de sinistros. Portanto,
não apenas o valor da carga define o custo do seguro.

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EXEMPLO: ROTEIRIZAÇÃOEXEMPLO: ROTEIRIZAÇÃO
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EXEMPLO: ROTEIRIZAÇÃOEXEMPLO: ROTEIRIZAÇÃO

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9. ANÁLISE DE FROTAS
9.1- Custo do Ciclo de Vida da Frota de Transporte Própria
A Análise do Custo do Ciclo-de Vida é uma técnica que auxilia a
organização na determinação dos custos reais da operação de um sistema
de transportes, bem como a identificação do momento de trocar o
equipamento. A maior parte dos gerentes de logística atuando na área de
tráfego e transportes de uma empresa poderiam usar a metodologia de
Análise do Custo do Ciclo-de-Vida como disciplina em decisões de
renovação da frota ou compra de um novo equipamento.
No entanto, existem alguns problemas na utilização da metodologia do
custo do ciclo-de vida conforme apresentado:
Considerando um aumento progressivo dos custos de operação e
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Considerando um aumento progressivo dos custos de operação e
manutenção da frota, como podemos determinar a taxa de
depreciação dos equipamentos?
Como o pessoal da manutenção sabe, os custos de manutenção não
seguem um padrão previsível.
Em geral, parte dos custos associados com a operação de um grupo
de veículos específicos não são considerados. Por exemplo, veículos
mais velhos necessitam mais mecânicos, ferramental, peças de
reposição, etc., e ficam normalmente mais tempo fora do serviço que
os veículo mais novos da frota.
De acordo com diversos estudos em organizações com uma frota própria
de transportes, os gerentes de transportes tendem a usar o critério para
substituição de veículos e equipamentos baseado nos fatores: idade dos
mesmos e quilometragem rodada.

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9.2- Terceirização do Serviço de Transporte
Para entendermos melhor o crescimento da terceirização nos serviços de
transportes, é necessário primeiramente examinarmos algumas
tendências em transportes nos últimos anos. Um estudo realizado, mostra
que 43% das empresas americanas estão terceirizando duas ou mais
funções logísticas e 31% das empresas esperam terceirizar alguma função
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funções logísticas e 31% das empresas esperam terceirizar alguma função
logística nos próximos anos. Os principais fatores que estão levando para
esta tendência de terceirização das funções de logística são:

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O transporte é uma das funções logísticas mais integradas com as áreas
de marketing, compras e produção. Além do mais, sistemas de
informação mais sofisticados estão viabilizando a centralização das
operações de transporte. Todas estas tendências aliadas a forças
competitivas e econômicas podem ser traduzidas numa realidade atual
baseado na(o):
Substituição de Transportes por Inventário
Foco no Giro do Inventário
Terceirização Internacional
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10. OPERAÇÕES INTERMODAIS:
Já demonstramos casos expressivos de operadores intermodais de classe
mundial como FedEx e TNT para ilustrar diferentes atividades da logística
integrada.
Os operadores intermodais utilizam vários modais de transporte, próprios,
de terceiros ou de parceiros, para se beneficiarem das economias
inerentes a cada um deles e fornecer, assim, um serviço integrado, ao
menor custo total. Têm sido feitos vários esforços no decorrer dos anos
para integrar os diversos modais de transporte com ¨parada única¨, na
perspectiva do embarcador. As primeiras tentativas para coordenação dos
modais forma feitas a partir da década de 20, mas sofreu restrições com
a finalidade de limitar práticas monopolistas. As ofertas de transportes
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a finalidade de limitar práticas monopolistas. As ofertas de transportes
intermodais tornaram-se comuns na década de 50, com o advento do
transporte rodoviário e ferroviário integrados. A popularidade de tais
serviços aumentou significativamente a forma de fornecer um transporte
mais eficiente e eficaz.
Tecnicamente, o transporte coordenado ou intermodal poderia estender-
se a todos os modais básicos. Tornarem-se jargões no setor termos como
piggyback (rodoviário-ferroviário de carretas sobre vagões), trainship
(¨navio-trem¨ de ferroviário-hidroviário ), airtruck (¨caminhão aéreo¨ de
rodoviário-aéreo), containership (expedição de contêineres por via fluvial
ou marítima) e outros. O objetivo de cada combinação intermodal é
integrar as características mais vantajosas de cada modal, aliando
flexibilidade, versatilidade e custos.

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10.1- Piggyback/TOFC:
O sistema internacional mais conhecido e amplamente utilizado é o de
carreta ou contêiner sobre vagão-plataforma (Trailer on Flat Car).
Contêineres são ¨caixas¨ utilizadas para o transporte intermodal de
produtos, isto é, movimentação entre os transportes rodoviário,
ferroviário e hidroviário-marítimo. Como o nome indica, uma carreta ou
um contêiner são colocados sobre um vagão-plataforma durante uma
parte do trajeto e são rebocados por um cavalo mecânico ou por
caminhão o restante dele. Atualmente, há uma variedade de esquemas
deste serviço. Cada esquema define a parte responsável(ou seja, a
transportadora ferroviária ou rodoviária) para cada segmento da
movimentação, bem como os acordos de pagamento e faturamento.
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movimentação, bem como os acordos de pagamento e faturamento.
No Brasil, alguns grandes operadores logísticos se utilizam desta operação
intermodal (ALL Delara, Brasil Ferrovias, RMS Logística, CVRD, etc),
realizando operações para clientes como Bunge, Cargill, CBA entre outros.
Contêiner

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10.2- Containerships:
É o exemplo da forma mais antiga de transporte intermodal. Utilizam vias
navegáveis, que são um dos modais mais baratos de transporte de linha
regular. Caracteriza-se pela movimentação de um contêiner por uma
barcaça ou um navio em linha regular. É o mais utilizado dentre os modais
para importação/exportação de produtos, matéria prima e commodities
nos agronegócios internacionais, sendo a espinha dorsal de mais de 70%
da exportação nacional, gerando inclusive o desenvolvimento alternativo
de novos portos embarcadores (São Sebastião por exemplo).
10.3- Airtrucks:
O transporte aéreo e rodoviário coordenados é outra forma de transporte
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O transporte aéreo e rodoviário coordenados é outra forma de transporte
intermodal. O transporte local (rodoviário) é parte vital de qualquer
transporte aéreo, pois a carga aérea deve no final, ser transportada do
aeroporto até o destino (cliente). As condições de transporte aéreo-
rodoviário normalmente fornecem serviço e flexibilidade comparáveis aos
oferecidos pelo transporte rodoviário direto.
É uma operação comum nos serviços expressos de entregas de pacotes e
cargas leves oferecidos por empresas como UPS, DHL, TNT e FedEx, entre
outras, tendo criado derivações para empresas como Gol Log e Tam
Express no Brasil.
Assim, não apenas no Brasil como no mundo, várias transportadoras
aéreas ampliaram a abrangência do transporte rodoviário com o objetivo
de servir um mercado mais amplo e crescente em demanda.

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11. OPERAÇÃO MILK RUN
Vários critérios de decisão e análise foram observados do ponto de vista
global da Cadeia de Suprimentos. Face a crescente utilização de algumas
operações ou modalidades de gestão de abastecimento e distribuição, faz-
se necessária a abordagem de uma técnica que complementa ou se
integra a conceitos como JIT e Logística Enxuta.
11.1- Milk Run – Operação JIT
É um sistema de coleta programada de peças, que visa, num tempo
previamente determinado, coletar as peças nos fornecedores, cumprindo-
se determinadas rotas, visando minimizar o custo de transporte da
operação e reduzir o estoque na cadeia de suprimentos. Pode ser
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operação e reduzir o estoque na cadeia de suprimentos. Pode ser
realizado pela própria empresa: a montadora gerencia a melhor rota para
seu veículo de coleta, determinando a quantidade de peças necessárias
para coletar em cada fornecedor, dentro de uma determinada rota,
visando aproveitar melhor a capacidade de seu veículo de transporte.
Outra forma de trabalho, é a montadora executar o trabalho de encontrar
a melhor roteirização e determinar a quantidade de peças necessárias que
devem ser coletadas de cada fornecedor em cada viagem, e a coleta,
propriamente dita, ser realizada por terceiro (transportadora). Uma
terceira forma de trabalho é a montadora determinar a quantidade de
peças a serem coletadas, quando estas peças serão necessárias em suas
plantas e um operador logístico executar a tarefa de determinar a melhor
roteirização para a coleta das peças.

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O desafio do sistema de coleta programada de peças, Milk Run, é:
agregar valor na cadeia de suprimentos, reduzindo estoques e perdas.
Com a produção de lotes menores, conseqüentemente, há redução do
ciclo de produção e programa-se o que realmente foi planejado para ser
executado. Dentro deste aspecto de trabalho pode-se produzir conforme a
demanda real. Desta forma, permite-se, mais rapidamente, responder às
flutuações da demanda e facilitar o planejamento e programação da
produção da empresa.
O Milk Run se torna uma forma para o método de chamada de peça
(gestão do estoque), como o Kanban, utilizado na filosofia de trabalho
Just In Time. A coleta programada de materiais nos fornecedores visa:
Minimizar o custo de frete utilizando a total capacidade do veículo de
transporte (volume ou peso), com a melhor roteirização possível para
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transporte (volume ou peso), com a melhor roteirização possível para
coleta das peças nos fornecedores;
Potencializar o giro de estoque e disciplinar o fornecedor. Aumentar a
freqüência de abastecimento, alimentar apenas com as peças
necessárias, nas quantidades necessárias, na hora solicitada e dentro
das embalagens padronizadas;
Nivelar o fluxo diário de recebimento de materiais;
Melhorar os serviços prestados, a embalagem padronizada, o
aproveitamento de carga/palete e conseguir maior rapidez na carga e
descarga dos veículos de coleta programada de peças;
Ferramenta para o sistema Just-in-Time. O Milk Run figura como um
processo para a implantação de um sistema Just-in-Time entre
fornecedor e cliente, principalmente montadoras.

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Seleção do Modal de Transporte
Determine o custo total logístico para cada alternativa de transporte abaixo:SOUZA,SandroE.

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