O documento fornece instruções sobre como avaliar a qualidade de uma radiografia de tórax, incluindo como identificar se a imagem está rodada, mal inspirada ou mal penetrada. Ele também descreve as estruturas anatômicas e esqueleto torácico visíveis em uma radiografia normal de tórax.
3. 4 Q’s
Que exame é esse? Raio-x de tórax em PA ou AP
Quem está fazendo esse
exame??
Paciente
Quando esse exame foi feito? Quando o raio-x foi tirado (data)
Qualidade
(como esse exame foi feito)
Rodado? Inspirado? Bem
Penetrado?
4. QUALIDADE
Como saber se um raio-x está “rodado?
OBSERVE:
Clavícula e os processos espinhosos
Preste atenção na distância entre as
bordas das clavículas e os processos
espinhosos.
A distância entre eles deve ser igual.
Qual é o problema do raio-x estar rodado?
Não iremos conseguir avaliar direito a área
cardíaca, o mediastino e pode nos atrapalhar a
ver qualquer outra coisa no raio-x, por
exemplo, as costelas e o parênquima
pulmonar.
Rotação
IMAGEM 1 IMAGEM 2
5. QUALIDADE
Como saber se o raio-x está mal inspirado?
OBSERVE:
Conte as costelas
Arcos Anteriores: não vemos ele
chegando na parte mais medial da imagem,
devido a cartilagem.
6 arcos acima do diafragma
Arcos Posteriores: são mais retificados,
vemos o ponto em que ele se encontra
com a parte medial da imagem.
10 arcos
Qual o problema?
Não conseguimos avaliar a área cardíaca (o coração vai parecer maior
do que ele é), não conseguiremos avaliar o mediastino, e não veremos
os vasos mediastinais.
Inspiração
IMAGEM 1 IMAGEM 2
6. QUALIDADE
Como saber se o raio-x está bem ou mal
penetrado?
OBSERVE:
Olhe para os processos espinhosos,
vértebras e o Arco aórtico.
Visualize os processos espinhosos e as
vértebras até o arco aórtico.
Qual o problema?
Os detalhes
Penetração
IMAGEM 1 IMAGEM 2 IMAGEM 3
7. “A” traqueia
Borda dos pulmões
Coração / centro
Diafragma
Esqueleto e “esquecidas”
• Olhe para a traqueia, siga a traqueia.
• Está centralizada ou com desvio
traqueal?
• Atente para a transparência pulmonar;
• Percorra as margens;
• Verifique se os pulmões são simétricos.
• Calcule o Índice Cardiotorácico
• Olhe o centro- vasos da base, Hilos,
mediastino, cavidades
• Olhe as cúpulas, os seios costofrênicos.
• Vá em busca de derrames e “d’Hérnias”
• Procure fraturas, calos ósseos
• Ar fora do lugar (pneumo’s, enfisema)
• Corpos estranhos;
• Zonas esquecidas
8. Exemplo:
4Q’s:
Está é uma radiografia de tórax em PA, da D. Ana,
feita no dia 10 de março de 2021. O Exame está bem
penetrado, não está rodado e há inspiração
adequada.
ABCDE:
A: a traqueia está centralizada.
B: os campos pulmonares estão expandidos
simetricamente e claros.
C: o tamanho do coração está normal. Os contornos
mediastinais e os hilos não apresentam alterações
ao método.
D: não há evidência de derrames ou hérnias.
E: não há evidencia de fratura, pneumoperitôneo,
enfisema ou corpos estranhos.
10. ESTRUTURAS ANATÔMICAS
1- TRAQUEIA
2- CARINA
3-4 – BRÔNQUIOS DIREITO E ESQUERDO
5-6 ESTURAS HILARES DIREITA E ESQUERDA
7- FISSURA HORIZONTAL DIREITA (separa o
lobo superior do lobo médio do pulmão)
8-9 - BORDA CARDÍACA DIREITA E
ESQUERDA
10- BOTÃO AÓRTICO E A AORTA TORÁCICA
DESCENDENTE
11 – ÁREA CARDÍACA
12- LINHA PARATRAQUEAL DIREITA
13-14 - HEMIDIAFRAGMAS DIREITO E
ESQUERDO
15-16 SEIOS COSTOFRÊNICOS DIREITO E
ESQUERDO
17-18 BOLHA DE AR GASTRICA E GÁS NO
COLO
11. ESQUELETO TORÁCICO
1-2- CLAVÍCULAS DIREITA E
ESQUERDA
3-4 – ARTICULAÇÃO
ESTERNOCLAVICULARES DIREITA E
ESQUERDA
5-6- ESCÁPULAS DIREITA E
ESQUERDA
7-8- CABEÇAS DOS ÚMEROS DIREITA
E ESQUERDA
9- PROCESSO ESPINHOSO DE “T-1”
10-11- OS PROCESSOS
TRANSVERSOS DIREITO E
ESQUERDO DE “T-1”
CA – COSTELAS ANTERIORES
CP – COSTELAS POSTERIORES
12. Raio-x: pulmão normal
• Os pulmões devem ser pretos
(radiotransparente).
• Parte óssea é geralmente branca.
• Os tecidos moles são representados
pela parte acinzentada.
seio costofrênico: é o ângulo
que se forma entre o diafragma
e as costelas inferiores.
Radiotransparente: numa radiografia o que aparece branco é onde os
raios-x não passaram ou passaram pouco (como ossos, metal, partes
mais densas do corpo). O que aparece escuro é porque muitos raios-x
passaram (como ar e gordura). Essas partes escuras são quase
transparentes aos raios-x, por isso o nome “radiotransparente”.
13. Derrame pleural à direita.
Pulmão esquerdo: observe o seio
costofrênico.
Pulmão direito: NÃO conseguimos
visualizar o seio costofrênico, pois o
líquido tende a se acumular nas
partes mais inferiores da cavidade
pleural.
• Compressão do tecido pulmonar do
parênquima gerando uma dispneia
(falta de ar).
SINAL DE
MENISCO
14. Derrame Pleural – bilateral
• Ambos os pulmões estão
colapsados.
• Observe a perda dos seios
costofrênicos bilaterais.
• O líquido tende a se
acumular nas partes mais
inferiores
15. Empiema Pleural
Empiema pleural é uma coleção de pus no
interior da cavidade pleural, entre os
pulmões e a parede do tórax.
Os empiemas pleurais habitualmente
passam por três fases evolutivas:
Um simples exsudato fluido, geralmente
estéril.
Segue-se a formação de uma secreção
purulenta, rica em fibrina.
Finalmente, ocorre a formação de uma
membrana envoltória espessa, contendo
pus, que restringe a expansão do pulmão.
Forma: lentiforme
“barriguinha”
Sinal de parábola
ou menisco
16. HEMOTÓRAX
1) Imagem
• Opacificação
• Não conseguimos visualizar o diafragma e a borda
cardíaca
• Observe a margem com o sinal de menisco.
• Derrame pleural no contexto agudo do trauma um
hemotórax.
2) Imagem
• Volumoso derrame pleural
• Opacificação completa do hemitórax esquerdo
• Desvio da traqueia, do coração e todas as
estruturas mediastinais para o outro lado
• Trata-se de um maciço hemotórax.
18. PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO
• Pneumotórax à direita
OBSERVE:
• Radiotransparência
• Não há vasos
• O pulmão está colapsado
• Desvio da traqueia, coração e de
todas as estruturas mediastinais
para o outro lado.