1. AM OPO MAE E
03
Ouro Preto,MG - Bra$il - junho de 2015
edição núm::
se você quiser eu
danço com você ...
Dentro da roupa,
do lado de dentro da roupa,
a pele apela.
...Tinha uma calma
que não revelava
o que dentro da roupa pelava.
Pelada em pelo e lava
não quis dizer nada;
Havia um morango entre nós,
nas costas,
nas postas,
nas teias nas veias,
nas notas da música que dançou
em camadas de carne transparente translúcida e
indecente.
E o que parecia calma,
foi se mostrando urgente:
Antes morangueira,
depois morangueiro de(s)generado
até findar tão serpente.
Parecia um recorte brusco da lua, parecia um
recorte brusco de sol, Aranha que arranha
displicente
o meu recorte de noite
como se revelasse o funcionamento precário e
imprevisível
de uma estrela cadente.
Transfiguração noturna,
beleza sem nome.
E chegaria um dia,
que a solidão,
seria dor,
desalento,
o insuportável do viver vendo tudo ao se esvair.
O coadunar dos sentimentos,
o descontentamento todo ao interpolar
presente e passado,
ao passo dado do que ficou pra trás,
mas que ressurge e urge como leão.
Leão faminto que traz estômago ao invés de coração.
Gotejo o pouco que me resta de poesia,
pra suportar esta triste condição,
num canto de triste negro escondido,
sentindo o bafo do Leão.
Douglas Aparecido
Thaiz Cantasini
Faminto
Descasquei
a Banana
Mordi-a
Provei-a
Era tão doce
Que lembrei de você.
Àlvaro Dos Palmares Romão
E A FELICIDADE,AINDA QUE TARDIA,
DEVE SER CONQUISTADA.
E QUE
NINGUÉM MAIS
ACEITE AS MIGALHAS
DO COTIDIANO
POETA SÉRGIO VAZ
OU RO PRETOT
2. Minha calma se fez
plena de vésperas
num porto de áspera espera.
há muito, me perdi
nessas horas no cais
que te vi partir.
Contei velas e velas ao vento
das naus incrustadas no mar,
Dancei meus olhos num
baé de nuvens frias
assombradas com tanto tédio.
Logo eu tão moço, aqui
ancorado nesse porto
cuspindo ao fundo
meu sal, meu desgosto.
(((Brasil Barreto - RJ)))
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meu bem, nosso amor horizontal
Tiago Dias
Hoje
acordaremos deste
estranho lugar
sonho
Hoje sem medo do
além seguiremos
avante
Como leões a espreita de sua fugidia caça.
Hoje não comeremos o almoço, nem o jantar
Pois nossa ânsia é de outra fome
Pois nossa morte vem de outras fábricas
...
Fabrica meu bem, algo que me faça eterno
Seu eterno sonho partindo e
vindo neste cais de suas pernas
Neste oceano de seus olhos...
Hoje acordaremos cuspindo maribondos
Nos muros pichados desta cidade de luzes apagadas.
Seremos o sol esturricando as frutas frescas ao meio
dia, seremos um sonho surreal, com pitadas de
cerveja e lutas e pedradas dadas gratuitamente aos
passantes
Seremos só o nó da garganta amarelada de tabaco e
café.
O nada.
O fim
O começo
de tudo que morre algum dia nestas avenidas da vida
que as duras tentamos levar pra sepultura
Quando terminar a sua leitura, passe adiante
AMEOPO MA
E
AMEOPO MA
E
AMEOPO MA
E
Edição e Coordenação: Selo Editorial Outras Dimensões
Nesta edição: Douglas Aparecido, Gino Ribas,
Tiago Dias, Thaiz Cantasini, Lupin, Eduardo Waack
Exemplares na pRAÇA: Vários, faça mais cópias.
Mendicância: Financie novas edições e outros trabalhos
depositando qualquer valor em: Banco do Brasil
(Rômulo Ferreira) Agência 0473-1 conta poup. 16197-7
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iniciado no meretrício das palavras
cedi as prostituições acadêmicas
com mortos conceitos disseminados
exercitei a necrofilia dos sistemas
dormi com os séculos e os clássicos
vendi meu corpo ao mundo das ideias
mergulhei nos bordéis literários
na sarjeta dos tempos modernos
diante da orgia de egos inflados
me despi das crenças e dos credos
na cabeça dos donos de títulos
vomitei as razões dos meus versos
testemunhei os contos do vigário
entre camisas de força estéticas
condenado pela analise do discurso
defendi prosas etílicas e lisérgicas
perante todas citações bibliográficas
retornei ao universo da conversa
(((Gino Ribas Meneghitti)))
htpp://latentesviagens.blogspot.com
EDITORIANDO
Rômulo Ferreira