Fanzine colaborativo com a participação de Poetas vivos e atuantes em Ouro Preto, MG. Edição: Editora AMEOPOEMA (@coletivoamoepoema) Coordenação: Editora AMEOPOEMA (@studiograficob2mr). Circulação (impressa e E-book): Ouro Preto, Mariana (MG) e RJ Conselho Editorial: Rômulo Ferreira | Flávia Alves Exemplares na pRAÇA: 1000 (distribuído gratuitamente). Publicação sem fins lucrativos, feita artesanalmente, com amor e vontade de circular ideias e estimular a produção literária em Ouro Preto e região. (Circulação: desde junho de 2010)
Participam desta edição:Xandu dos Ratos | Dione | Fabio Fernando | Avles Sevla Alves | Dy Eiterer | Flavia ASantos (capa) AMEOPOEMA + OUTRAS ARTES
Para impressões: imprimir frente e verso, preto e branco normal (fica mais certinho se cortado 0, 5 cm em cada lado antes de fazer as 2 dobras) Acesse: facebook.com/ameopoema | youtube.com/ameopoema | @coletivoameopoema | @ameopoemaeditora
1. AMEOPOEMA
#105 - fevereiro de 2024 - Ouro Preto, MG - Brasil
QUERPARTICIPARDASNOSSASAÇÕES?
ENTREEMCONTATO:
@coletivoameopoema//fb.com.ameopoema
publique-se:@ameopoemaeditora
PROJETODEEXTENSÃOAMEOPOEMA
Bendito o dia em que reconheceu a
[minha loucura.
Você, que é um homem do nosso tempo,
Que rompe, a todo tempo, os muros,
As cadeias e os grilhões
Que aprisionam nossas almas.
Bendito o dia em que se desfez de suas vestes
Impregnadas daquilo que o corroía por dentro
E correu em minha direção,
Rasgando-me a roupa e o juízo.
Bem sei de sua boca aberta,
Clamando pela chuva,
Clamando pelo fruto de meu ventre,
Como se tivesse em meu peito
O seu único destino,
O seu único alento.
Sou seu ninho, adentra-me.
Recolhimento
Dy Eiterer
@dyvagando / @dyeiterer
Você ainda lembra daquele futuro
que eu não previa
me dizia de tudo que seríamos
o passado mostra que já éramos
e por fim
o passado estava certo
Lillithu's
fb.com/dione.machado.56
VIR-A-SER… SONETO DA EQUINA.
No tempo do iniamigo tempo
Lento… A vida seguia na vida… Selvagem…
Como tinha ke ser.
Pergunte aos crocodilos do grande Okavango;
A morte fumava um ganzá… Na esquina naquele
momento;
Porra do cavalo assim seguia a vida… Sem
liberdade!
Liberdade apenas uma fronteira com cercas e
alienação.
Aqui e sem lugar… Vivendo é que se aprende…
Tá ligadis!
Esse soneto me veio agora
Aurora… Não é o vinho… Esse é boicote…
Masturbava-se no tumulo de deus.
Deus essa mentira criada e inventada por nós
humanxs.
Zeus… Outro ateu… Ria no velório…
Eu…
Tomava vinho vulgar no tumulo do diabo.
Filmando toda a cena
Para meu próximo filme:
Doze provas da inexistência de deus
Com meu amigo Sebastien Faure.
Deus é uma invenção minha.
Deus é uma invenção sua
Deus é uma invenção humana.
(Cu desconhecido – não deixe que o conforto
compre sua revolta!)
Avles Sevla Alves
fb.com/nanu.silva.7
2. Edição: Editora AMEOPOEMA (@ameopoemaeditora)
Coordenação: Editora AMEOPOEMA (@ameopoemaeditora).
Circulação (impressa e E-book): Ouro Preto, Mariana (MG) e BH
Conselho Editorial: Rômulo Ferreira | Flávia Alves
Exemplares na pRAÇA: 500 (distribuídos gratuitamente).
Nesta edição: Xandu dos Ratos | Dione | Fabio Fernando |
Avles Sevla Alves | Dy Eiterer | Flavia Asantos (capa)
AMEOPOEMA + OUTRAS ARTES
ameopoemaeditora@gmail.com || @ameopoemaeditora
ameopoemaeditora.com.br | @coletivoameopoema
$
BY ND
=
NC
cc _
EDITORIAL
clique abaixo para ir direto ao formulário
O projeto busca a ampliação do acesso cultural e literário
para a população residente em áreas pouco assistidas por
serviços públicos, artísticos e culturais.
Dentre as propostas apresentadas, estão atividades de
estímulo à leitura, escrita, criação artística e geração de renda,
além de reforço e acompanhamento escolar. PARTICIPE!
.
.
.
clique nos
ícones
PROJETO DE EXTENSÃO AMEOPO MA
E
Publicação sem fins lucrativos, feita artesanalmente, com amor
e vontade de circular ideias e estimular a produção literária em
Ouro Preto e região. (Circulação: desde junho de 2010)
capa: @luzesombras82
Xandu dos Ratos
fb.com/poetaxandu
INTERVENHA NESTE ESPAÇO
falo fluente a linguagem das borbulhas, das
espumas brancas e das carícias nos pés, ondas que
vão e vem e me levam a conversar com os peixes,
tenho peixes como amigos, sem precisar de iscas,
nem migalhas de pães, tenho a mesma temperatura
de corpo que me deu minha mãe, o mesmo colo
morno onde os peixes descansam, mar vasto mar,
feito de luz e mistérios, mar impossível mar, nem se
pode dizer onde termina, o que nem começa, e que
se faz vasto, trago no peito um marca-passo criado
por fluxos, ondas que vem e que passam, suave
alhures e oceanos sem fim, lâminas dágua quando
se elevam, magestade, mulher em vestido de baile,
se ergue poderosa, de imensidão em tecidos azuis e
pérolas de névoas, brumas de maresia, é de lá que
ela vem, dessas ondas infinitas que fazem do surfe
Havaí, dessas marolas que logo em vagalhões
fazem sombras sobre nós, dessa forma ligeira de
falar sobre o tempo, e seus medos, ontem sol
intenso, amanheceu já mormaço, mais um segundo
e vem céu fechado, e daí por diante o breu, água
escura, água viva, água de sete léguas ao sul, água
de mapas para escafandros, restos de navios,
criaturas outras, aquelas de funduras abissais onde
somente a conversa com peixes traz algum
conforto, estar solto, entregue no colo da vida,
desde os primórdios, o que não se diz forma, feia ou
bonita, apenas espelhos desta falta de ar que nos
diz: aqui não é teu lugar, volte à terra, mar à vista,
não insista nadar onde que não lhe dá pé, só retorne
para dizer que diabos vocês andam fazendo de suas
montanhas, a peixa lhe pede águas cristalinas,
como brotam nas pedras, acato aceito compro o
conselho como abrigo, eis que ademais - plástico -
será outra vez só movimento, é como se vê por
ondas do mar, uma dança.
O trabalho do poeta na internet
É o mesmo que vaqueiro em wall street.
Não se sabe ao que veio e ao que serve.
Ninguém ama, compartilha ou vai curtir.
E se for então soneto é para rir.
Da leitura já se sabe não gostar.
E gostando já começa-se a dormir
E se for rima não é de prosear.
Vai então o poeta um boi selar
E o vaqueiro engajamento nutrir.
Caindo aqui a escrever seu acolá.
E enquanto sua leitura diminuir,
Na poesia os dinheiros vão faltar
E da bolsa do vaqueiro vão sumir.
Fábio Fernando
facebook.com/fabio.f.caricaturas
SONETO DESONESTO