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REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 23 - Número 1 - 1º Semestre 2023
INDICADORES DE QUALIDADE E OCORRÊNCIA DE SOLOS ANTROPOGÊNICOS NA
AMAZÔNIA CENTRAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Heitor Marcel da Silva Ribeiro1
*; Francisca Alcivania de Melo Silva2
; Rodrigo Batista Pinto1
; Newton Paulo de Souza
Falcão3
; Reginaldo Barboza da Silva2
RESUMO
Esse trabalho teve como objetivo verificar a efetividade das pesquisas que avaliaram a qualidade dos
solos antropogênicos, e analisar os avanços nas técnicas de prospecção sobre os indicadores de
qualidade do solo, em solos antropogênicos no Amazonas, Brasil. Os dados foram obtidos de
diferentes publicações (dois livros, duas teses, e 28 artigos científicos), totalizando 32 pesquisas
publicadas de acesso na web. As buscas foram realizadas em periódicos científicos indexados nas
seguintes bases de dados: Science Direct, Google Scholar e SciELO, usando palavras-chave (solos
antropogênicos, Terra Preta de Índio, qualidade do solo e avaliação da qualidade do solo). Portanto,
foi observado um incremento na quantidade de publicações nos últimos anos, em que o
desenvolvimento desses trabalhos se concentra na região sul do Amazonas, utilizando
principalmente, avaliações dos atributos químicos do solo, em solos antropogênicos situados no
estado do Amazonas, Brasil.
Palavras-chave: Horizonte A antrópico, Terra Mulata, Amazonas.
QUALITY INDICATORS AND OCCURRENCE OF ANTHROPOGENIC SOILS IN THE
CENTRAL AMAZON: A SYSTEMATIC REVIEW
ABSTRACT
This work aimed to verify the effectiveness of researches that evaluated the quality of anthropogenic
soils, and to analyze the advances in evaluation techniques on soil quality indicators, in anthropogenic
soils in Amazonas, Brazil. The data were obtained from different publications (two books, two theses,
and 28 scientific articles), totaling 32 published researches of web access. The searches were
performed in scientific journals indexed in the following databases: Science Direct, Google Scholar
and SciELO, using keywords (anthropogenic soils, Terra Preta de Índio, soil quality and soil quality
assessment). Therefore, it was observed an increase in the amount of publications in recent years, in
which the development of these works is concentrated in the southern region of Amazonas, using
mainly, evaluations of soil chemical attributes, in anthropogenic soils located in the state of
Amazonas, Brazil.
Keywords: Anthropic Horizon A, Terra Mulata, Amazonas.
89
INTRODUÇÃO
A avaliação da saúde dos solos
antropogênicos na Amazônia Central é
fundamental para entender o seu potencial
agrícola e o seu papel na conservação da
biodiversidade e na mitigação das mudanças
climáticas. Esses solos são altamente férteis e
foram desenvolvidos pela atividade humana,
especialmente pelos povos pré-colombianos. Os
solos antropogênicos no Amazonas, possuem
características únicas que incluem alta
capacidade de retenção de nutrientes, água e
carbono, o que torna o recurso valioso para a
agricultura sustentável. Além disso, a
preservação desses solos é essencial para a
compreensão da história e da ecologia da região
amazônica e para promover práticas agrícolas
sustentáveis. A avaliação da saúde dos solos
antropogênicos na Amazônia Central é crucial
para garantir a sua conservação e sua capacidade
de continuar contribuindo para o
desenvolvimento sustentável da região.
Os solos antropogênicos são tipos de
solos que apresentam horizonte A antrópico
formados a partir do processo de ocupação
humana na Amazônia (SMITH, 1980). Esses
horizontes são oriundos da antropogênese,
sobrepondo-se à pedogênese (NEVES JUNIOR,
2008), e estão situados em pontos distintos na
região amazônica, ocupando cerca de 0,1 – 0,3%
da Amazônia brasileira (SOMBROEK et al.,
2006).
Esses solos são denominados como Terra
Preta de Índio (TPI), Terras Pretas Arqueológicas
(TPA), Terra Preta (SOARES et al., 2018a), ou
Terra Mulata (Denavan, 2009), e apresentam
grande importância produtiva principalmente na
região da Amazônia Central brasileira, tendo
grande relevância econômica e social no estado
do Amazonas.
Acredita-se que a formação desses solos
escuros e férteis está relacionado à deposição de
resíduos orgânicos em combinação com
atividades de queima (GLASER; BIRK, 2012).
Em razão disso, esses solos foram enriquecidos
em nutrientes ao longo da ocupação por essas
populações pré-colombianas (TEIXEIRA et al.,
2009a), a pelo menos 6500 anos atrás (GLASER,
2007; GLASER & BIRK, 2012; MCMICHAEL
et al., 2014; CLEMENT et al., 2015; WATLING
et al., 2018). Em vista disso, observa-se nesses
solos antropogênicos, a ocorrência de horizonte
A espesso de cor escura, elevados teores de P, Ca
e alguns micronutrientes como Mn e o Zn
(SOMBROEK, 1966; KERN & KAMPF, 1989),
contendo também maiores teores de matéria
orgânica quando comparados a solos adjacentes
(MCCANN et al., 2001; LIMA et al., 2002;
SOARES et al., 2018a). De modo geral,
apresentam resiliência quanto à degradação
química é física ao longo do tempo (> 30 anos)
sob uso agrícola intensivo e preparo
convencional do solo (TEIXEIRA et al., 2009b).
Por essas razões, a população local têm utilizado
esses ambientes de forma intensiva para a
produção agrícola (TEIXEIRA & MARTINS,
2006), principalmente para o plantio de cultivos
alimentares como hortaliças, fruticultura e
cultivos anuais (TEIXEIRA et al., 2005; KIM et
al., 2007).
A mudança no uso e manejo em solos
antropogênicos ao longo do tempo, tem resultado
em degradação química e física (DA CUNHA et
al., 2018; BRITO et al., 2018; FROZZI et al.,
2020). Com isso, torna-se necessário buscar
ferramentas úteis para quantificar a qualidade
desses solos a partir dos constituintes químicos,
físicos e biológicos do solo, e sua resiliência
quanto às mudanças de uso da terra ao longo do
tempo. Ademais, esses indicadores podem ser
integrados em um índice abrangente de qualidade
do solo, que é uma estratégia de fácil utilização e
permite uma avaliação integrativa e quantitativa
dos efeitos dessas mudanças de uso da terra nas
funções do solo, e seus serviços ecossistêmicos
para as partes interessadas, como agricultores e
tomadores de decisão (CHERUBIN et al., 2016;
CAVALCANTI et al., 2020a).
Todavia, nota-se que mesmo em
trabalhos recentes muitos estudos em solos
antropogênicos ainda têm relatado
principalmente sobre sua origem (SILVA et al.,
2021b), ou apenas com fim de caracterização
(CAMPOS et al., 2011).
É importante enfatizar que a maioria dos
estudos sobre solos têm relacionado apenas com
análises de algumas propriedades físicas, como a
resistência do solo à penetração e a relação massa
e volume dos constituintes do solo (CAMPOS et
al., 2011; DOS SANTOS et al., 2013; BRITO et
al., 2018), além de estudos básicos relacionando
os índices de fertilidade com a produção agrícola
(FALCÃO & BORGES, 2006).
Dado esse cenário, é fundamental
entender quantitativamente quais são indicadores
de qualidade do solo comumente utilizados para
inferir a saúde dos solos antropogênicos, e onde
estão sendo desenvolvidas as pesquisas sobre
qualidade desses solos no território Amazonense.
Além disso, de forma complementar, deve-se
observar a ocorrência e frequência das
publicações na literatura brasileira e
internacional.
Diante do contexto, nosso estudo teve
como objetivo verificar e localizar a efetividade
das pesquisas que avaliaram a qualidade do solo,
bem como analisar os avanços nas técnicas e
avaliações sobre os indicadores de qualidade dos
solos antropogênicos no Amazonas, Brasil.
MATERIAL E MÉTODOS
No primeiro trimestre do ano de 2022,
nós examinamos os métodos utilizados para
avaliação da qualidade dos solos antropogênicos
no estado do Amazonas, Brasil, com ênfase nos
atributos físicos, químicos e biológicos do solo.
Os dados foram obtidos de diferentes
publicações (2 livros, 2 teses, e 28 artigos
científicos), totalizando 32 pesquisas publicadas
de acesso na web (Tabela. 1). As buscas foram
realizadas em periódicos científicos indexados
nas seguintes bases de dados: Science Direct,
Google Scholar e SciELO, usando palavras-
chave em português (solos antropogênicos, Terra
Preta de Índio, qualidade do solo e avaliação da
qualidade do solo) e em inglês (anthropogenic
soils, Archeological Dark Earths, Indian black
earth, soil quality and soil quality assessment).
Os critérios para a exclusão dos artigos foram os
seguintes: a) publicações que antecedem o ano
2002; b) estudos realizados fora do estado do
Amazonas, Brasil; c) estudos conduzidos em
casa de vegetação; d) estudos que avaliaram
exclusivamente a origem dos solos
antropogênicos; e) trabalhos de conclusão de
curso, resumos em congresso, e publicações
como comunicado técnico e ou boletins. Além
disso, foram usados dois critérios para adesão: a)
estudos que avaliaram ao menos um dos
indicadores que expressa qualidade do solo
(químico, físico ou biológico); b) trabalhos que
avaliaram os parâmetros do solo isoladamente ou
correlacionados às características agronômicas
das culturas. Em seguida, cada trabalho
selecionado foi avaliado através de suas bases de
dados e a partir disso foram classificados
seguindo as seguintes observações: a)
localização do estudo (município e região do
estado); b) ano de publicação; c) tipo de
indicador utilizado para avaliar a qualidade do
solo (qualidade química, física, ou biológica do
solo).
TABELA 1. Trabalhos selecionados a partir dos critérios de seleção, publicados de 2002 até 2022.
Autores Ano Título Periódico
Falcão & Borges 2006
Efeito da fertilidade de terra preta de
índio da Amazônia Central no estado
nutricional e na produtividade do mamão
hawaí (Carica papaya L.)
Acta Amazonica
Moreira 2007
Fertilidade, Matéria Orgânica E
Substâncias Húmicas Em Solos
Antropogênicos da Amazônia Ocidental
Bragantia
Neves Jr. 2008
Qualidade física de solos com horizonte
antrópico (Terra Preta de Índio) na
Amazônia Central
Escola Superior de
Agricultura Luiz de
Queiroz
Cunha et al. 2009
Soil organic matter and fertility of
anthropogenic dark earths (Terra Preta de
Índio) in the Brazilian Amazon basin
Revista Brasileira de
Ciência do Solo
Souza et al. 2009
Phosphorous forms in cultivated indian
black earth (anthrosols) of varying
texture in the brazilian Amazon
Revista Brasileira de
Ciência do Solo
Teixeira et al. 2009
As Terras Pretas de índio da Amazônia:
Sua Caracterização e Uso deste
Conhecimento na Criação de Novas áreas
Embrapa Amazônia
Ocidental
Woods et al. 2009
Amazonian Dark Earths: Wim
Sombroek’s Vision Springer Netherlands
Campos et al. 2011
Caracterização e classificação de terras
pretas arqueológicas na Região do Médio
Rio Madeira
Bragantia
Fraser et al. 2011
Anthropogenic soils in the Central
Amazon: from categories to a continuum
Area
Campos et al. 2012
Caracterização física e química de terras
pretas arqueológicas e de solos não
antropogênicos na região de Manicoré,
Amazonas
REVISTA
AGRO@MBIENTE
Junior et al. 2012
Terra preta de índio na região amazónica
Scientia Amazonia
Aquino et al. 2014
Variabilidade espacial de atributos físicos
de solos antropogênico e não
antropogênico na região de manicoré,
AM
Bioscience Journal
Oliveira et al. 2014
Spacil Variability and Sampling Density
of Chemical Attributes in Archaeological
Black Earth and Native Forest Soil in
Manicoré, AM
Floresta
Moline 2016
Formas de fósforo, substâncias húmicas e
nitrogênio inorgânico em áreas da
Amazônia Ocidental
Universidade Estadual
Paulista, Faculdade de
Ciências Agrárias e
Veterinárias
Chagas et al. 2017
Evaluation of the impact of citrus
cultivation on carbon and nitrogen stocks
of light organic matter fractions of
amazonian dark earth (ADE) and
surrounding soils (Oxisoil) from central
Amazonia
Revista Virtual de
Química
Cunha et al. 2017
Atributos físicos e estoque de carbono do
solo em áreas de Terra Preta
Arqueológica da Amazônia
Ambiente e Água
Gomes et al. 2017
Spatial variability of aggregates and
organic carbon under three different uses
of indian black earth in southern
Amazonas
Bioscience Journal
Oliveira et al. 2017
Multivariate technique for determination
of soil pedoenvironmental indicators in
Southern Amazonas
Acta Scientiarum
Brito et al. 2018
Spatial variability of soil physical
properties in Archeological Dark Earths
under different uses in southern Amazon
Soil and Tillage
Research
Soares et al. 2018
Variabilidade espacial do estoque de
carbono e atributos físicos do solo em
terra preta arqueológica sob pastagem
Ambiente e Água
Alho et al. 2019
Spatial variation of carbon and nutrients
stocks in Amazonian Dark Earth
Geoderma
Lima et al. 2019
Spatial variability and sampling density
of chemical attributes in archaeological
black earths under pasture in southern
Amazonas, Brazil
SOIL Discussions
Bastião et al. 2020
Resilience and microstructural resistance
of Archaeological Dark Earths with
different soil organic carbon contents in
Western Amazonia, Brazil
Geoderma
Brito et al. 2020
Dynamics and spatial aspects of
erodibility in Indian Black Earth in the
Amazon, Brazil
Catena
Frozzi et al. 2020
Physical attributes and organic carbon in
soils under natural and anthropogenic
environments in the South Amazon
region
Environmental Earth
Sciences
Mantovanelli et al. 2020
Pedoindicators attributes in the variation
of CO2 efflux in Indian black earth and
non-anthropic soils
Carbon Management
Souza et al. 2020
Aggregate stability and carbon stocks in
Forest conversion to different cropping
systems in Southern Amazonas, Brazil
Carbon Management
Demetrio et al. 2021
A “Dirty” Footprint: Macroinvertebrate
diversity in Amazonian Anthropic Soils Global Change Biology
Lima et al. 2021
Spatial Behavior of Soil Chemical
Attributes In An Area of Black Indian
Soil With Pasture Cultivation
Revista Brasileira de
Geografia Física
Silva et al. 2021
Impact of different crops on the spatial
variability of the chemical attributes of
Indian black earth in Southern Amazonas
Bragantia
Soares et al. 2021
Land-use change and its impact on
physical and mechanical properties of
Archaeological Black Earth in the
Amazon rainforest
Catena
Soares et al. 2022
Physical Quality and Porosity Aspects of
Amazon Anthropogenic Soils under
Different Management Systems
Applied and
Environmental Soil
Science
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Evolução das pesquisas sobre qualidade dos
solos antropogênicos no Amazonas
Dos 32 trabalhos selecionados, grande
parte deles foram desenvolvidos a partir do ano
de 2017 até 2022, com publicações que
corresponde 56,25% (n = 18). Isso significa que
os estudos que avaliaram a qualidade dos solos
antropogênicos a partir dos indicadores
químicos, físicos ou biológicos do solo, são
recentes, considerando as últimas duas décadas.
Por outro lado, já se sabe que os atributos
químicos têm sido bem elucidados ao longo
desses anos de pesquisa. Além disso, o ano com
maior produção científica foi em 2020, com um
total de 5 publicações, seguido dos demais em
ordem decrescente: 2020 (cinco publicações) >
2021 (quatro publicações) = 2017 (quatro
publicações) > 2018 (duas publicações) = 2019
(duas publicações) > 2022 (uma publicação).
No período de dez anos (2006 até 2016),
houve 43,75% (n = 14) da produção de trabalhos
que avaliaram a qualidade dos solos
antropogênicos. Nesse período, apenas em 2009
houve um pico na produção científica, com 4
artigos publicados, seguido dos anos de 2007,
2008, 2011, 2012, 2014 e 2016, com produção de
1, 1, 2, 2, 2, 1 publicações, respectivamente.
A distribuição dos artigos em função das
revistas científicas foi heterogênea, mas a
maioria das publicações foram encontradas em
jornais e/ou revistas científicas brasileiras. No
entanto, a maior parte dos artigos (62,5%, n =
20), foram publicados em língua estrangeira
(inglês). Para Simon et al. (2022), isso é atribuído
ao desenvolvimento da ciência brasileira nesse
campo, em número e qualidade, assim, trabalhos
publicados em inglês e em jornais internacionais
e nacionais, tem mais chances de serem lidos e
citados, bem como é uma estratégia para ampliar
a disseminação do conhecimento científico para
todas as partes do mundo.
Embora o total de 12 publicações
encontradas em português (25%, n = 3), essas
foram encontradas nos seguintes formatos: duas
teses e um livro. Ambas as teses foram
desenvolvidas por discentes de duas
universidades do estado de São Paulo, sudeste
brasileiro, e o livro foi publicado pela Embrapa
Amazônia Ocidental Manaus, Amazonas, região
norte do Brasil. Esses materiais foram publicados
nos anos de 2008, 2016 e 2009, respectivamente.
Por outro lado, pouco mais de 58% (n = 7)
tiveram publicação entre 2011 até 2017. E
somente ~17% (n = 2) dessas pesquisas tiveram
publicação em 2006 e 2007.
Localização das áreas de estudo
Foi identificado um total de 13
municípios no estado do Amazonas dos quais
tiveram os solos antropogênicos como objeto de
pesquisa e submetidos a pelo menos uma
avaliação quanto à qualidade do solo. As
prospecções ocorreram a partir de análises sobre
os indicadores químicos, físicos e biológicos do
solo. Dessa forma, foi constatado que as
publicações utilizaram diferentes estratégias
metodológicas referente a quantidade de áreas ou
localidades de estudo para amostragens, como
por exemplo: a) estudos que utilizaram apenas
áreas de um único município (68,77%, n = 22) ;
b) estudos que desenvolveram análises em dois
municípios para comparação (18,75%, n = 6); c)
estudos que desenvolveram análises em mais de
dois municípios para comparações (15,6%, n = 5)
(Fig. 1).
Figura 1. Número de publicações por localidades utilizadas para amostragem em solos antropogênicos.
O local com maior ocorrência de
amostragens de solo nas diversas publicações, foi
o município de Manicoré, região sul do
Amazonas (BRASIL, 1978). Nesse contexto, foi
identificado que o número de amostragens
(pesquisa de campo) nesse município
correspondeu a 30% (n = 15), seguido em ordem
decrescente dos demais municípios
identificados: Apuí (14%, n = 7); Iranduba
(12%, n = 6); Manacapuru (10%, n = 5); Novo
Aripuanã (8%, n = 4); Humaitá e Manaus, ambos
com 6 % (n = 3); Rio Preto da Eva e Novo Airão,
ambos com (4%, n = 2); Barreirinha, Canutama,
Parintins e Urucurituba, ambos com (2%, n = 1)
(Fig. 2).
Embora tenha-se observado que a
pesquisa sobre essa temática tem sido realizada
principalmente nessas treze cidades do estado do
Amazonas, nota-se também, que maior parte dos
trabalhos que utilizaram amostragens dos solos
antropogênicos foram realizados na região sul do
Amazonas (58%, n = 29), distribuídos
quantitativamente em ordem decrescente nas
cidades de Manicoré (n = 15), Apuí (n = 7), Novo
Aripuanã (n = 4) e Humaitá (n = 3), corroborando
com achados por (SILVA et al., 2021a).
Gomes et al., 2017a relataram que os
trabalhos recentes nessa região, estão sendo
realizados com o auxílio de técnicas de
interpolação de dados (geoestatística), dos quais
destaca-se alguns como: (CAMPOS et al.,
2011)(OLIVEIRA et al., 2014) (AQUINO et al.,
2016). Essa metodologia permite integrar dados
adquiridos por sensoriamento remoto para
obtenção de um modelo de elevação digital de
alta resolução com informações sobre a área de
interesse, além de índices digitais de terreno e
informações ambientais auxiliares (pedológicas,
geológicas, uso da terra e climáticas) (ÅGREN et
al., 2021). Por outro lado, nesse tipo de estudo,
deve-se atentar-se a escala e qual resolução será
obtida, por exemplo, satélites podem fornecer
informações temporais importantes, mas podem
não ter resolução suficiente para muitos fins
relacionados ao uso da terra em pequena escala
(EDWARDS et al., 2016), como é o caso de
alguns sítios contendo manchas de solos
antropogênicos.
Na região que compõe as cidades de
Manaus e municípios das proximidades,
distantes da capital Manaus a menos de 100 km
(Manacapuru ~99 km, Rio Preto da Eva ~81 km
e Iranduba ~36 km) apresentam segunda maior
ocorrência em áreas analisadas (28%, n = 14).
Dessa maneira, acredita-se que a
evolução das pesquisas sobre a qualidade e saúde
dos solos antropogênicos nessas regiões pode ser
atribuído a alta ocorrência desses tipos de solos,
bem como aos diferentes usos e manejos sobre os
solos antropogênicos já identificados, como por
exemplo, o uso destinado à agricultura e pecuária
extensiva. Adicionalmente, a presença de
laboratórios para análises de solo nas instituições
de pesquisas e universidades localizadas nas
proximidades, pode ser um fator determinante,
uma vez que isso pode impactar na viabilidade
para o transporte das amostras, e
consequentemente pode ser um fator que causa
maior interesse entre profissionais
(pesquisadores e professores) das instituições
dessas regiões.
Figura 2. Publicações em periódicos científicos que trataram da qualidade dos solos antropogênicos no período de 2006
até 2022, em relação aos municípios do estado do Amazonas, Brasil.
Indicadores de qualidade dos solos
antropogênicos
A partir da análise sobre as 32
publicações compiladas através dos filtros
estabelecidos nesse trabalho, foram observadas
as frequências quanto ao uso dos atributos
químicos, físicos e biológicos no levantamento
da saúde dos solos antropogênicos (Fig.3). Dessa
forma, foram atribuídos valores aos modelos e ou
quantificações, individualizando somente
avaliações dos atributos químicos ou somente
dos atributos físicos do solo, que correspondeu
em 46,9% (n = 15) e 37,5% (n = 12),
respectivamente.
Dessa maneira, observa-se com clareza a
diferença do uso de pesquisas que utilizaram
principalmente o levantamento dos atributos
químicos do solo em relação aos demais (físicos
e biológicos do solo). Isso se deve pela alta
fertilidade, e ao uso desses solos antropogênicos,
uma vez que esses solos com horizonte A
antrópico (classificação de acordo com a Sistema
Brasileiro de Classificação do Solo) são mais
requeridos pelos agricultores (TEIXEIRA et al.,
2005; KIM et al., 2007). Ademais, a alta
qualidade desse tipo de solo está relacionado
também a maiores conteúdos de matéria orgânica
comparado a solos adjacentes (MCCANN et al.,
2001; LIMA et al., 2002; SOARES et al., 2018a)
e ao elevado conteúdo de partículas de carvão
resultante da combustão incompleta
(DENAVAN, 2009), então, isso pode ter sido o
ponto chave nessa maior frequência nas
avaliações da qualidade química.
As constatações encontradas nessa
revisão corroboram com (SILVA et al., 2021a)
quando demonstraram que os estudos que
avaliaram as terras antropogênicas tomaram
como base principalmente os atributos químicos.
E nesse contexto, para essa revisão, as
frequências entre os indicadores de qualidade
foram quantificadas, e dessa maneira, são
observados em ordem decrescente as variáveis e
ou parâmetros que foram mais utilizados para
inferir qualidade química do solo, para solos
antropogênicos no estado do Amazonas: pH
(12,1%, n = 21) > P (11%, n = 19) = COT (11%,
n = 19) > Ca (8,7%, n = 15) > Mg (8,1%, n = 14)
> K (6,9%, n = 12) = H + Al (6,9%, n = 12), Al
(6,4%, n = 11) > CTC (5,2%, n = 9) = V%
(5,2%, n = 9) > SB (4%, n = 7) > N (2,9%, n = 5)
> m% (2,3%, n = 4) = Zn (2,3%, n = 4) = Mn
(2,3%, n = 4) = Fe (2,3%, n = 4) > t (1,2%, n =
2) > Cu (0,6%, n = 1) = Na (0,6%, n = 1) (Fig.
4).
Não menos importante, em diversas
publicações, vários pesquisadores confirmaram
que a utilização dos atributos físicos do solo vêm
sendo mais frequente ao longo do tempo,
principalmente em estudos que avaliaram a
estrutura dos solos antropogênicos através do
comportamento dos agregados do solo (GOMES
et al., 2017b; BRITO et al., 2018; FROZZI et al.,
2020; SOUZA et al., 2020; BATISTÃO et al.,
2020; SOARES et al., 2021). Isso porque os
agregados do solo, principalmente os
macroagregados, têm sido amplamente
utilizados em prospecções da qualidade do solo e
na resposta do solo ao manejo e às mudanças
ambientais (DREWRY et al., 2021). Nesse
sentido, esta revisão quantificou a periodicidade
referente aos estudos que utilizaram esses
atributos, considerando as 32 publicações
selecionadas, em ordem decrescente como
demostrado a seguir: Granulometria das
partículas do solo (19,6%, n = 18) > Ds (14,1%,
n = 13) > Estudo dos agregados do solo (10,9%,
n = 10) > Pt (8,7%, n = 8) = MaP (8,7%, n = 8)
= MiP (8,7%, n = 8) > RP (6,5%, n = 6) = Dp
(6,5%, n = 6) > Parâmetros de umidade do solo
(4,3%, n = 4) > Ksat (2,2%, n = 2) = Ucc (2,2%,
n = 2) > IHO (1,1%, n = 1) = CRA (1,1%, n = 1)
= Parâmetro S (1,1%, n = 1) = Resistência
Tênsil (1,1%, n = 1) = IF (1,1%, n = 1) = σp
(1,1%, n = 1) = CSC (1,1%, n = 1) (Fig. 4).
Figura 3. Frequência e tipo de análises dos atributos do solo antropogênicos no estado do Amazonas, Brasil. Atributos
químicos: H + Al – Acidez potencial; CTC – capacidade de troca catiônica; V% - Porcentagem de saturação por bases;
SB – Soma de bases; t – CTC efetiva; m% - Saturação por alumínio. Atributos físicos: Ucc – Umidade na capacidade de
campo; Ksat – Condutividade hidráulica saturada do solo; IHO – índice hídrico ótimo; CRA – Curva de retenção de
água; IF – Índice de floculação; σp – Pressão de pré-consolidação; CSC – Capacidade de suporte de carga.
Correlação dos atributos na avaliação da
qualidade dos solos antropogênicos
Entre os estudos que utilizaram somente
variáveis referentes a físicas do solo, 50% (n = 6)
aplicaram correlações dessas variáveis com o
carbono do solo. Além disso, notou-se também o
uso dos atributos correlacionados, como por
exemplo, atributos químicos com físicos (9,4%,
n = 3), e atributos químicos com biológicos
(6,3%, n = 2), para determinar ou caracterizar a
qualidade de solos antropogênicos (Terra Preta
de Índio e Terra Mulata) como definido por
SOMBROEK, 1966; DENAVAN, 2009 e
SOARES, 2018.
Isso acontece principalmente quando o
comportamento dos atributos relacionado à
qualidade dos solos antropogênicos é analisado
em função das diferentes práticas de manejo nos
solos, ou eventuais mudanças no uso da terra
quando esses solos são encontrados. Nesse caso,
a avaliação a partir da verificação dos atributos
físicos e carbono do solo, por exemplo, pode ser
uma ferramenta útil para identificar os efeitos dos
diferentes usos, práticas ou manejos sobre a
qualidade desses solos, como pode ser observado
em Gomes et al. (2017a); Soares et al. (2018b) e
Soares et al. (2021).
Embora seja comumente relatado que as
Terras Pretas antropogênicas hospedam
comunidades particulares de plantas e
microrganismos do solo (TAKETANI et al.,
2013; BROSSI et al., 2014), e apresentam maior
biodiversidade microbiana do que em solos
adjacentes, como os Latossolos Amarelos
(RUIVO et al., 2002), ainda há uma grande
lacuna sobre o conhecimento das comunidades
em diferentes classes relacionadas à fauna desses
solos (DEMETRIO et al., 2021).
Segundo Demetrio et al. (2021), apenas
três estudos têm sido alvo nessa temática, além
do mais, apresentam abrangência geográfica
limitada (todos locais próximos a Manaus), e
com foco em minhocas (CUNHA et al., 2016) e
artrópodes do solo (SALES et al., 2007;
SOARES et al., 2011).
Dessa forma, Ruivo et al., (2002)
mostraram que a biodiversidade microbiana é
maior nas Terras Pretas Arqueológicas. Então, o
estudo do conhecimento local do solo e do
manejo da terra em uma perspectiva ecológica na
região Amazônica é muito importante.
Entretanto, as relações microbiológicas do solo
são importantes para o manejo da fertilidade do
solo, e a análise do passado e do presente pode
ajudar a fazer recomendações sobre como os
estudos etnopedológicos, que podem contribuir
para melhorar o uso e manejo sustentável da terra
na Amazônia (LEHMANN & Jr., 2002; THIES
& SUZUKI, 2003; WINKLERPRINS &
BARRERA-BASSOLS, 2004; SILVA E
REBELLATO, 2004), e fornece com isso uma
visão da qualidade biológica desses tipos de
solos.
Todavia, entre as publicações compiladas
por essa revisão, apenas dois trabalhos versaram,
de modo geral, sobre os atributos biológicos do
solo (6,3%, n = 2), relatando avaliações da
comunidade de macrofauna, e população
microbiana de bactérias e fungos em solos
antropogênicos (RUIVO et al., 2006).
Métodos e modelagens para avaliação da
qualidade dos solos antropogênicos
Mesmo havendo trabalhos recentes que
destacaram a qualidade dos solos antropogênicos
expressada em alguns atributos físicos, químicos
e biológicos do solo, ainda é notável o não uso de
metodologias atuais, comumente utilizadas no
ramo da ciência do solo para avaliar a qualidade
dos diferentes solos por todo o mundo.
Nesse contexto, considerando que o
efeito da mudança de uso da terra no Amazonas
(conversão da vegetação nativa em cultivos
agrícolas e pastagens), e o uso contínuo sobre
áreas com solos antropogênicos que pode causar
degradação desses solos ao longo do tempo. Nós
acreditamos que o avanço nas tecnologias e ou
metodologias para a avaliação da qualidade
desses solos (Terra Preta e Terra Mulata), pode
ser uma ferramenta útil no planejamento do
manejo agrícola, bem como na tomada de
decisões que possam favorecer a sustentabilidade
produtiva, conservação, e longevidade desses
solos, mantendo ativos os serviços
ecossistêmicos nesses pedoambientes.
No caso dos solos agrícolas do
Amazonas, é comum o preparo convencional
mesmo em solos antropogênicos, principalmente
na região metropolitana de Manaus em que a
produção agrícola é facilmente escoada para a
capital Manaus. Sugere-se então, o uso de
modelagens para avaliar a compactação nessas
áreas agrícolas (DIAS JUNIOR et al., 2005;
SILVA et al., 2009) bem como conhecer a
capacidade de suporte de carga nos diferentes
tipos de solo (DIAS JUNIOR et al., 2005). Esse
método da pressão de pré-consolidação (σp) tem
sido utilizado em diferentes estudos como
indicador dos impactos na estrutura do solo pelos
sistemas, práticas e manejos do solo
(RÜCKNAGEL et al., 2017; AWE et al., 2020;
ESTEBAN et al., 2020). Sendo o σp um
indicador da capacidade de carga do solo que
reflete a pressão máxima que deve ser aplicada
ao solo para evitar a compactação (DIAS
JUNIOR & PIERCE, 1995; DEFOSSEZ &
RICHARD, 2002; SILVA et al., 2009). Dessa
forma, em pressões abaixo do σp a probabilidade
de ocorrência de compactação ou mudança na
estrutura é pequena quando comparada a
pressões maiores do que o σp. Assim, cargas
menores que a pressão de pré-consolidação
produzem deformações elásticas, ou
recuperáveis, refletindo o histórico de tensões no
solo, já pressões maiores geram deformações
plásticas ou não recuperáveis, e refletem sua
susceptibilidade à compactação (HORN et al.,
1995; HORN & FLEIGE, 2003; SILVA et al.,
2009). Esse tipo de análise associado à diferentes
níveis de umidade no solo, permite determinar as
condições ideais de trabalhabilidade sobre os
solos antropogênicos explorados ao longo do
tempo.
Recentemente os estudos têm se
preocupado em avaliar o solo de modo mais
completo, buscando associar indicadores físicos
que proporcionam um entendimento sobre a
estrutura do solo, mas, integrado a parâmetros
químicos (COS, elementos associados à
fertilidade e acidez do solo) e biológicos
(microrganismos, engenheiros do solo ou fauna
de invertebrados que habitam o solo) de modo a
entender como a implementação dos sistemas
agrícolas estão afetando as principais funções do
solo, por meio de índices de qualidade do solo
(RAMOS et al., 2010; VIANA et al., 2014;
CHERUBIN et al., 2016; DI PRIMA et al., 2018;
DA LUZ et al., 2019; CAVALCANTI et al.,
2020b; SANTOS et al., 2021). Assim, esses
indicadores podem ser integrados em um índice
abrangente de qualidade do solo, que é uma
estratégia de fácil utilização e permite uma
avaliação integrativa e quantitativa dos efeitos
dessas mudanças no uso da terra nas funções do
solo e seus serviços ecossistêmicos para as partes
interessadas, como agricultores e tomadores de
decisão (CHERUBIN et al., 2016;
CAVALCANTI et al., 2020b).
Esses índices como ferramentas de
avaliação tornam-se cada vez mais requeridos,
uma vez que a degradação física do solo pode
afetar a disponibilidade de água e nutrientes, a
dinâmica da matéria orgânica do solo (MOS), as
trocas gasosas (por exemplo, O2, CO2 e N2O) e a
atividade microbiana (RABOT et al., 2018), que
estão intrinsecamente relacionadas ao adequado
desenvolvimento e produtividade das culturas
(SANTOS et al., 2021), e à saúde dos solos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A regularidade em publicações científicas
acerca da qualidade dos solos antropogênicos foi
mais evidente nos últimos seis anos (2017 –
2022) quando comparado ao período de dez anos
iniciais (2006 – 2016). Além disso, maior parte
dos trabalhos estão sendo desenvolvidos com
amostragens desses solos localizados na região
sul do Amazonas, sendo que o município de
Manicoré tem atraído maior frequência no
desenvolvimento de artigos nesse campo de
pesquisa.
A maioria das publicações
desenvolveram estudos utilizando áreas em
apenas um município, das quais tiveram
expressiva ocorrência no município de Manicoré
quando comparado aos demais.
Por outro lado, a qualidade dos solos
antropogênicos tem sido avaliada principalmente
por indicadores químicos do solo, justificado
pela forte relação desses com a fertilidade e uso
agrícola dos solos antropogênicos no Amazonas.
Desse modo, os trabalhos tiveram mais foco nas
variáveis pH > macronutrientes > parâmetros
relacionados a acidez do solo > e
micronutrientes.
Nos últimos anos os atributos físicos do
solo têm sido mais utilizados, principalmente em
estudos que versaram sobre a qualidade física
desses solos antropogênicos no território
amazonense. Todavia, esses trabalhos tiveram
forte relação com os seguintes atributos Ds >
estudo dos agregados > porosidade, e entre
outros. Ademais, o tamanho das partículas dos
solos (granulometria) foi o atributo físico mais
utilizado tanto por estudos que exploraram a
qualidade física como da qualidade química.
Não menos importante, observa-se que há
poucas informações publicadas sobre a atividade
biológica nesse tipo de solo, principalmente
relacionando-as com as diferentes práticas e
manejos adotados nos solos antropogênicos. A
partir disso, acreditamos que a pesquisa nesse
ramo da ciência do solo pode contribuir com
mais dados científicos que relacione a atividade
biológica, de modo geral, com os impactos da
mudança de uso da terra em pedoambientes
antropogênicos.
Embora tenha havido um aumento nas
publicações que tratam da qualidade dos solos
antropogênicos, mesmo quando relacionados
com culturas agrícolas, nós defendemos que
ainda há uma lacuna de conhecimento sobre a
qualidade desse tipo de solo no estado do
Amazonas. Principalmente sendo relacionado à
mudança de uso da terra e ao tempo de manejo
em áreas que são exploradas por várias décadas.
Nós acreditamos que para os solos
antropogênicos manejados convencionalmente,
são necessárias avaliações da sua qualidade
aliada a fatores de compactação e capacidade de
suporte de carga do solo. E quando o objetivo for
a relação da saúde desses solos com mudança de
uso da terra, acreditamos que os índices
integrativos, ou índices de qualidade do solo
(IQS) podem fornecer resultados úteis para
quantificar o impacto dessas ações na qualidade
dos solos antropogênicos no estado do
Amazonas, Brasil.
AGRADECIMENTOS
Nós agradecemos a CAPES
(Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior) pela concessão da bolsa de
doutorado ao primeiro autor. Agradecemos
também aos Grupos de Pesquisas Qualisoil e
Terra Preta Nova da Amazônia Central.
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1 Universidade Estadual de São Paulo (Unesp),
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias,
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Agronomia (Ciência do Solo) , Jaboticabal, São
Paulo, Brasil
2 Universidade Estadual de São Paulo (Unesp),
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Ribeira, Câmpus de Registro, Departamento de
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Artigo_Bioterra_V23_N1_08

  • 1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 Volume 23 - Número 1 - 1º Semestre 2023 INDICADORES DE QUALIDADE E OCORRÊNCIA DE SOLOS ANTROPOGÊNICOS NA AMAZÔNIA CENTRAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA Heitor Marcel da Silva Ribeiro1 *; Francisca Alcivania de Melo Silva2 ; Rodrigo Batista Pinto1 ; Newton Paulo de Souza Falcão3 ; Reginaldo Barboza da Silva2 RESUMO Esse trabalho teve como objetivo verificar a efetividade das pesquisas que avaliaram a qualidade dos solos antropogênicos, e analisar os avanços nas técnicas de prospecção sobre os indicadores de qualidade do solo, em solos antropogênicos no Amazonas, Brasil. Os dados foram obtidos de diferentes publicações (dois livros, duas teses, e 28 artigos científicos), totalizando 32 pesquisas publicadas de acesso na web. As buscas foram realizadas em periódicos científicos indexados nas seguintes bases de dados: Science Direct, Google Scholar e SciELO, usando palavras-chave (solos antropogênicos, Terra Preta de Índio, qualidade do solo e avaliação da qualidade do solo). Portanto, foi observado um incremento na quantidade de publicações nos últimos anos, em que o desenvolvimento desses trabalhos se concentra na região sul do Amazonas, utilizando principalmente, avaliações dos atributos químicos do solo, em solos antropogênicos situados no estado do Amazonas, Brasil. Palavras-chave: Horizonte A antrópico, Terra Mulata, Amazonas. QUALITY INDICATORS AND OCCURRENCE OF ANTHROPOGENIC SOILS IN THE CENTRAL AMAZON: A SYSTEMATIC REVIEW ABSTRACT This work aimed to verify the effectiveness of researches that evaluated the quality of anthropogenic soils, and to analyze the advances in evaluation techniques on soil quality indicators, in anthropogenic soils in Amazonas, Brazil. The data were obtained from different publications (two books, two theses, and 28 scientific articles), totaling 32 published researches of web access. The searches were performed in scientific journals indexed in the following databases: Science Direct, Google Scholar and SciELO, using keywords (anthropogenic soils, Terra Preta de Índio, soil quality and soil quality assessment). Therefore, it was observed an increase in the amount of publications in recent years, in which the development of these works is concentrated in the southern region of Amazonas, using mainly, evaluations of soil chemical attributes, in anthropogenic soils located in the state of Amazonas, Brazil. Keywords: Anthropic Horizon A, Terra Mulata, Amazonas. 89
  • 2. INTRODUÇÃO A avaliação da saúde dos solos antropogênicos na Amazônia Central é fundamental para entender o seu potencial agrícola e o seu papel na conservação da biodiversidade e na mitigação das mudanças climáticas. Esses solos são altamente férteis e foram desenvolvidos pela atividade humana, especialmente pelos povos pré-colombianos. Os solos antropogênicos no Amazonas, possuem características únicas que incluem alta capacidade de retenção de nutrientes, água e carbono, o que torna o recurso valioso para a agricultura sustentável. Além disso, a preservação desses solos é essencial para a compreensão da história e da ecologia da região amazônica e para promover práticas agrícolas sustentáveis. A avaliação da saúde dos solos antropogênicos na Amazônia Central é crucial para garantir a sua conservação e sua capacidade de continuar contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região. Os solos antropogênicos são tipos de solos que apresentam horizonte A antrópico formados a partir do processo de ocupação humana na Amazônia (SMITH, 1980). Esses horizontes são oriundos da antropogênese, sobrepondo-se à pedogênese (NEVES JUNIOR, 2008), e estão situados em pontos distintos na região amazônica, ocupando cerca de 0,1 – 0,3% da Amazônia brasileira (SOMBROEK et al., 2006). Esses solos são denominados como Terra Preta de Índio (TPI), Terras Pretas Arqueológicas (TPA), Terra Preta (SOARES et al., 2018a), ou Terra Mulata (Denavan, 2009), e apresentam grande importância produtiva principalmente na região da Amazônia Central brasileira, tendo grande relevância econômica e social no estado do Amazonas. Acredita-se que a formação desses solos escuros e férteis está relacionado à deposição de resíduos orgânicos em combinação com atividades de queima (GLASER; BIRK, 2012). Em razão disso, esses solos foram enriquecidos em nutrientes ao longo da ocupação por essas populações pré-colombianas (TEIXEIRA et al., 2009a), a pelo menos 6500 anos atrás (GLASER, 2007; GLASER & BIRK, 2012; MCMICHAEL et al., 2014; CLEMENT et al., 2015; WATLING et al., 2018). Em vista disso, observa-se nesses solos antropogênicos, a ocorrência de horizonte A espesso de cor escura, elevados teores de P, Ca e alguns micronutrientes como Mn e o Zn (SOMBROEK, 1966; KERN & KAMPF, 1989), contendo também maiores teores de matéria orgânica quando comparados a solos adjacentes (MCCANN et al., 2001; LIMA et al., 2002; SOARES et al., 2018a). De modo geral, apresentam resiliência quanto à degradação química é física ao longo do tempo (> 30 anos) sob uso agrícola intensivo e preparo convencional do solo (TEIXEIRA et al., 2009b). Por essas razões, a população local têm utilizado esses ambientes de forma intensiva para a produção agrícola (TEIXEIRA & MARTINS, 2006), principalmente para o plantio de cultivos alimentares como hortaliças, fruticultura e cultivos anuais (TEIXEIRA et al., 2005; KIM et al., 2007). A mudança no uso e manejo em solos antropogênicos ao longo do tempo, tem resultado em degradação química e física (DA CUNHA et al., 2018; BRITO et al., 2018; FROZZI et al., 2020). Com isso, torna-se necessário buscar ferramentas úteis para quantificar a qualidade desses solos a partir dos constituintes químicos, físicos e biológicos do solo, e sua resiliência quanto às mudanças de uso da terra ao longo do tempo. Ademais, esses indicadores podem ser integrados em um índice abrangente de qualidade do solo, que é uma estratégia de fácil utilização e permite uma avaliação integrativa e quantitativa dos efeitos dessas mudanças de uso da terra nas funções do solo, e seus serviços ecossistêmicos para as partes interessadas, como agricultores e tomadores de decisão (CHERUBIN et al., 2016; CAVALCANTI et al., 2020a). Todavia, nota-se que mesmo em trabalhos recentes muitos estudos em solos antropogênicos ainda têm relatado principalmente sobre sua origem (SILVA et al., 2021b), ou apenas com fim de caracterização (CAMPOS et al., 2011). É importante enfatizar que a maioria dos estudos sobre solos têm relacionado apenas com análises de algumas propriedades físicas, como a resistência do solo à penetração e a relação massa e volume dos constituintes do solo (CAMPOS et al., 2011; DOS SANTOS et al., 2013; BRITO et al., 2018), além de estudos básicos relacionando os índices de fertilidade com a produção agrícola (FALCÃO & BORGES, 2006).
  • 3. Dado esse cenário, é fundamental entender quantitativamente quais são indicadores de qualidade do solo comumente utilizados para inferir a saúde dos solos antropogênicos, e onde estão sendo desenvolvidas as pesquisas sobre qualidade desses solos no território Amazonense. Além disso, de forma complementar, deve-se observar a ocorrência e frequência das publicações na literatura brasileira e internacional. Diante do contexto, nosso estudo teve como objetivo verificar e localizar a efetividade das pesquisas que avaliaram a qualidade do solo, bem como analisar os avanços nas técnicas e avaliações sobre os indicadores de qualidade dos solos antropogênicos no Amazonas, Brasil. MATERIAL E MÉTODOS No primeiro trimestre do ano de 2022, nós examinamos os métodos utilizados para avaliação da qualidade dos solos antropogênicos no estado do Amazonas, Brasil, com ênfase nos atributos físicos, químicos e biológicos do solo. Os dados foram obtidos de diferentes publicações (2 livros, 2 teses, e 28 artigos científicos), totalizando 32 pesquisas publicadas de acesso na web (Tabela. 1). As buscas foram realizadas em periódicos científicos indexados nas seguintes bases de dados: Science Direct, Google Scholar e SciELO, usando palavras- chave em português (solos antropogênicos, Terra Preta de Índio, qualidade do solo e avaliação da qualidade do solo) e em inglês (anthropogenic soils, Archeological Dark Earths, Indian black earth, soil quality and soil quality assessment). Os critérios para a exclusão dos artigos foram os seguintes: a) publicações que antecedem o ano 2002; b) estudos realizados fora do estado do Amazonas, Brasil; c) estudos conduzidos em casa de vegetação; d) estudos que avaliaram exclusivamente a origem dos solos antropogênicos; e) trabalhos de conclusão de curso, resumos em congresso, e publicações como comunicado técnico e ou boletins. Além disso, foram usados dois critérios para adesão: a) estudos que avaliaram ao menos um dos indicadores que expressa qualidade do solo (químico, físico ou biológico); b) trabalhos que avaliaram os parâmetros do solo isoladamente ou correlacionados às características agronômicas das culturas. Em seguida, cada trabalho selecionado foi avaliado através de suas bases de dados e a partir disso foram classificados seguindo as seguintes observações: a) localização do estudo (município e região do estado); b) ano de publicação; c) tipo de indicador utilizado para avaliar a qualidade do solo (qualidade química, física, ou biológica do solo). TABELA 1. Trabalhos selecionados a partir dos critérios de seleção, publicados de 2002 até 2022. Autores Ano Título Periódico Falcão & Borges 2006 Efeito da fertilidade de terra preta de índio da Amazônia Central no estado nutricional e na produtividade do mamão hawaí (Carica papaya L.) Acta Amazonica Moreira 2007 Fertilidade, Matéria Orgânica E Substâncias Húmicas Em Solos Antropogênicos da Amazônia Ocidental Bragantia Neves Jr. 2008 Qualidade física de solos com horizonte antrópico (Terra Preta de Índio) na Amazônia Central Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Cunha et al. 2009 Soil organic matter and fertility of anthropogenic dark earths (Terra Preta de Índio) in the Brazilian Amazon basin Revista Brasileira de Ciência do Solo Souza et al. 2009 Phosphorous forms in cultivated indian black earth (anthrosols) of varying texture in the brazilian Amazon Revista Brasileira de Ciência do Solo Teixeira et al. 2009 As Terras Pretas de índio da Amazônia: Sua Caracterização e Uso deste Conhecimento na Criação de Novas áreas Embrapa Amazônia Ocidental Woods et al. 2009 Amazonian Dark Earths: Wim Sombroek’s Vision Springer Netherlands
  • 4. Campos et al. 2011 Caracterização e classificação de terras pretas arqueológicas na Região do Médio Rio Madeira Bragantia Fraser et al. 2011 Anthropogenic soils in the Central Amazon: from categories to a continuum Area Campos et al. 2012 Caracterização física e química de terras pretas arqueológicas e de solos não antropogênicos na região de Manicoré, Amazonas REVISTA AGRO@MBIENTE Junior et al. 2012 Terra preta de índio na região amazónica Scientia Amazonia Aquino et al. 2014 Variabilidade espacial de atributos físicos de solos antropogênico e não antropogênico na região de manicoré, AM Bioscience Journal Oliveira et al. 2014 Spacil Variability and Sampling Density of Chemical Attributes in Archaeological Black Earth and Native Forest Soil in Manicoré, AM Floresta Moline 2016 Formas de fósforo, substâncias húmicas e nitrogênio inorgânico em áreas da Amazônia Ocidental Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias Chagas et al. 2017 Evaluation of the impact of citrus cultivation on carbon and nitrogen stocks of light organic matter fractions of amazonian dark earth (ADE) and surrounding soils (Oxisoil) from central Amazonia Revista Virtual de Química Cunha et al. 2017 Atributos físicos e estoque de carbono do solo em áreas de Terra Preta Arqueológica da Amazônia Ambiente e Água Gomes et al. 2017 Spatial variability of aggregates and organic carbon under three different uses of indian black earth in southern Amazonas Bioscience Journal Oliveira et al. 2017 Multivariate technique for determination of soil pedoenvironmental indicators in Southern Amazonas Acta Scientiarum Brito et al. 2018 Spatial variability of soil physical properties in Archeological Dark Earths under different uses in southern Amazon Soil and Tillage Research Soares et al. 2018 Variabilidade espacial do estoque de carbono e atributos físicos do solo em terra preta arqueológica sob pastagem Ambiente e Água Alho et al. 2019 Spatial variation of carbon and nutrients stocks in Amazonian Dark Earth Geoderma Lima et al. 2019 Spatial variability and sampling density of chemical attributes in archaeological black earths under pasture in southern Amazonas, Brazil SOIL Discussions Bastião et al. 2020 Resilience and microstructural resistance of Archaeological Dark Earths with different soil organic carbon contents in Western Amazonia, Brazil Geoderma Brito et al. 2020 Dynamics and spatial aspects of erodibility in Indian Black Earth in the Amazon, Brazil Catena
  • 5. Frozzi et al. 2020 Physical attributes and organic carbon in soils under natural and anthropogenic environments in the South Amazon region Environmental Earth Sciences Mantovanelli et al. 2020 Pedoindicators attributes in the variation of CO2 efflux in Indian black earth and non-anthropic soils Carbon Management Souza et al. 2020 Aggregate stability and carbon stocks in Forest conversion to different cropping systems in Southern Amazonas, Brazil Carbon Management Demetrio et al. 2021 A “Dirty” Footprint: Macroinvertebrate diversity in Amazonian Anthropic Soils Global Change Biology Lima et al. 2021 Spatial Behavior of Soil Chemical Attributes In An Area of Black Indian Soil With Pasture Cultivation Revista Brasileira de Geografia Física Silva et al. 2021 Impact of different crops on the spatial variability of the chemical attributes of Indian black earth in Southern Amazonas Bragantia Soares et al. 2021 Land-use change and its impact on physical and mechanical properties of Archaeological Black Earth in the Amazon rainforest Catena Soares et al. 2022 Physical Quality and Porosity Aspects of Amazon Anthropogenic Soils under Different Management Systems Applied and Environmental Soil Science RESULTADOS E DISCUSSÃO Evolução das pesquisas sobre qualidade dos solos antropogênicos no Amazonas Dos 32 trabalhos selecionados, grande parte deles foram desenvolvidos a partir do ano de 2017 até 2022, com publicações que corresponde 56,25% (n = 18). Isso significa que os estudos que avaliaram a qualidade dos solos antropogênicos a partir dos indicadores químicos, físicos ou biológicos do solo, são recentes, considerando as últimas duas décadas. Por outro lado, já se sabe que os atributos químicos têm sido bem elucidados ao longo desses anos de pesquisa. Além disso, o ano com maior produção científica foi em 2020, com um total de 5 publicações, seguido dos demais em ordem decrescente: 2020 (cinco publicações) > 2021 (quatro publicações) = 2017 (quatro publicações) > 2018 (duas publicações) = 2019 (duas publicações) > 2022 (uma publicação). No período de dez anos (2006 até 2016), houve 43,75% (n = 14) da produção de trabalhos que avaliaram a qualidade dos solos antropogênicos. Nesse período, apenas em 2009 houve um pico na produção científica, com 4 artigos publicados, seguido dos anos de 2007, 2008, 2011, 2012, 2014 e 2016, com produção de 1, 1, 2, 2, 2, 1 publicações, respectivamente. A distribuição dos artigos em função das revistas científicas foi heterogênea, mas a maioria das publicações foram encontradas em jornais e/ou revistas científicas brasileiras. No entanto, a maior parte dos artigos (62,5%, n = 20), foram publicados em língua estrangeira (inglês). Para Simon et al. (2022), isso é atribuído ao desenvolvimento da ciência brasileira nesse campo, em número e qualidade, assim, trabalhos publicados em inglês e em jornais internacionais e nacionais, tem mais chances de serem lidos e citados, bem como é uma estratégia para ampliar a disseminação do conhecimento científico para todas as partes do mundo. Embora o total de 12 publicações encontradas em português (25%, n = 3), essas foram encontradas nos seguintes formatos: duas teses e um livro. Ambas as teses foram desenvolvidas por discentes de duas universidades do estado de São Paulo, sudeste brasileiro, e o livro foi publicado pela Embrapa Amazônia Ocidental Manaus, Amazonas, região norte do Brasil. Esses materiais foram publicados nos anos de 2008, 2016 e 2009, respectivamente. Por outro lado, pouco mais de 58% (n = 7)
  • 6. tiveram publicação entre 2011 até 2017. E somente ~17% (n = 2) dessas pesquisas tiveram publicação em 2006 e 2007. Localização das áreas de estudo Foi identificado um total de 13 municípios no estado do Amazonas dos quais tiveram os solos antropogênicos como objeto de pesquisa e submetidos a pelo menos uma avaliação quanto à qualidade do solo. As prospecções ocorreram a partir de análises sobre os indicadores químicos, físicos e biológicos do solo. Dessa forma, foi constatado que as publicações utilizaram diferentes estratégias metodológicas referente a quantidade de áreas ou localidades de estudo para amostragens, como por exemplo: a) estudos que utilizaram apenas áreas de um único município (68,77%, n = 22) ; b) estudos que desenvolveram análises em dois municípios para comparação (18,75%, n = 6); c) estudos que desenvolveram análises em mais de dois municípios para comparações (15,6%, n = 5) (Fig. 1). Figura 1. Número de publicações por localidades utilizadas para amostragem em solos antropogênicos. O local com maior ocorrência de amostragens de solo nas diversas publicações, foi o município de Manicoré, região sul do Amazonas (BRASIL, 1978). Nesse contexto, foi identificado que o número de amostragens (pesquisa de campo) nesse município correspondeu a 30% (n = 15), seguido em ordem decrescente dos demais municípios identificados: Apuí (14%, n = 7); Iranduba (12%, n = 6); Manacapuru (10%, n = 5); Novo Aripuanã (8%, n = 4); Humaitá e Manaus, ambos com 6 % (n = 3); Rio Preto da Eva e Novo Airão, ambos com (4%, n = 2); Barreirinha, Canutama, Parintins e Urucurituba, ambos com (2%, n = 1) (Fig. 2). Embora tenha-se observado que a pesquisa sobre essa temática tem sido realizada principalmente nessas treze cidades do estado do Amazonas, nota-se também, que maior parte dos trabalhos que utilizaram amostragens dos solos antropogênicos foram realizados na região sul do Amazonas (58%, n = 29), distribuídos quantitativamente em ordem decrescente nas cidades de Manicoré (n = 15), Apuí (n = 7), Novo Aripuanã (n = 4) e Humaitá (n = 3), corroborando com achados por (SILVA et al., 2021a). Gomes et al., 2017a relataram que os trabalhos recentes nessa região, estão sendo realizados com o auxílio de técnicas de interpolação de dados (geoestatística), dos quais destaca-se alguns como: (CAMPOS et al., 2011)(OLIVEIRA et al., 2014) (AQUINO et al., 2016). Essa metodologia permite integrar dados adquiridos por sensoriamento remoto para obtenção de um modelo de elevação digital de alta resolução com informações sobre a área de interesse, além de índices digitais de terreno e informações ambientais auxiliares (pedológicas, geológicas, uso da terra e climáticas) (ÅGREN et al., 2021). Por outro lado, nesse tipo de estudo, deve-se atentar-se a escala e qual resolução será obtida, por exemplo, satélites podem fornecer
  • 7. informações temporais importantes, mas podem não ter resolução suficiente para muitos fins relacionados ao uso da terra em pequena escala (EDWARDS et al., 2016), como é o caso de alguns sítios contendo manchas de solos antropogênicos. Na região que compõe as cidades de Manaus e municípios das proximidades, distantes da capital Manaus a menos de 100 km (Manacapuru ~99 km, Rio Preto da Eva ~81 km e Iranduba ~36 km) apresentam segunda maior ocorrência em áreas analisadas (28%, n = 14). Dessa maneira, acredita-se que a evolução das pesquisas sobre a qualidade e saúde dos solos antropogênicos nessas regiões pode ser atribuído a alta ocorrência desses tipos de solos, bem como aos diferentes usos e manejos sobre os solos antropogênicos já identificados, como por exemplo, o uso destinado à agricultura e pecuária extensiva. Adicionalmente, a presença de laboratórios para análises de solo nas instituições de pesquisas e universidades localizadas nas proximidades, pode ser um fator determinante, uma vez que isso pode impactar na viabilidade para o transporte das amostras, e consequentemente pode ser um fator que causa maior interesse entre profissionais (pesquisadores e professores) das instituições dessas regiões. Figura 2. Publicações em periódicos científicos que trataram da qualidade dos solos antropogênicos no período de 2006 até 2022, em relação aos municípios do estado do Amazonas, Brasil. Indicadores de qualidade dos solos antropogênicos A partir da análise sobre as 32 publicações compiladas através dos filtros estabelecidos nesse trabalho, foram observadas as frequências quanto ao uso dos atributos químicos, físicos e biológicos no levantamento da saúde dos solos antropogênicos (Fig.3). Dessa forma, foram atribuídos valores aos modelos e ou quantificações, individualizando somente avaliações dos atributos químicos ou somente dos atributos físicos do solo, que correspondeu em 46,9% (n = 15) e 37,5% (n = 12), respectivamente. Dessa maneira, observa-se com clareza a diferença do uso de pesquisas que utilizaram principalmente o levantamento dos atributos químicos do solo em relação aos demais (físicos e biológicos do solo). Isso se deve pela alta fertilidade, e ao uso desses solos antropogênicos, uma vez que esses solos com horizonte A antrópico (classificação de acordo com a Sistema Brasileiro de Classificação do Solo) são mais requeridos pelos agricultores (TEIXEIRA et al., 2005; KIM et al., 2007). Ademais, a alta qualidade desse tipo de solo está relacionado também a maiores conteúdos de matéria orgânica comparado a solos adjacentes (MCCANN et al., 2001; LIMA et al., 2002; SOARES et al., 2018a) e ao elevado conteúdo de partículas de carvão resultante da combustão incompleta (DENAVAN, 2009), então, isso pode ter sido o ponto chave nessa maior frequência nas avaliações da qualidade química. As constatações encontradas nessa revisão corroboram com (SILVA et al., 2021a)
  • 8. quando demonstraram que os estudos que avaliaram as terras antropogênicas tomaram como base principalmente os atributos químicos. E nesse contexto, para essa revisão, as frequências entre os indicadores de qualidade foram quantificadas, e dessa maneira, são observados em ordem decrescente as variáveis e ou parâmetros que foram mais utilizados para inferir qualidade química do solo, para solos antropogênicos no estado do Amazonas: pH (12,1%, n = 21) > P (11%, n = 19) = COT (11%, n = 19) > Ca (8,7%, n = 15) > Mg (8,1%, n = 14) > K (6,9%, n = 12) = H + Al (6,9%, n = 12), Al (6,4%, n = 11) > CTC (5,2%, n = 9) = V% (5,2%, n = 9) > SB (4%, n = 7) > N (2,9%, n = 5) > m% (2,3%, n = 4) = Zn (2,3%, n = 4) = Mn (2,3%, n = 4) = Fe (2,3%, n = 4) > t (1,2%, n = 2) > Cu (0,6%, n = 1) = Na (0,6%, n = 1) (Fig. 4). Não menos importante, em diversas publicações, vários pesquisadores confirmaram que a utilização dos atributos físicos do solo vêm sendo mais frequente ao longo do tempo, principalmente em estudos que avaliaram a estrutura dos solos antropogênicos através do comportamento dos agregados do solo (GOMES et al., 2017b; BRITO et al., 2018; FROZZI et al., 2020; SOUZA et al., 2020; BATISTÃO et al., 2020; SOARES et al., 2021). Isso porque os agregados do solo, principalmente os macroagregados, têm sido amplamente utilizados em prospecções da qualidade do solo e na resposta do solo ao manejo e às mudanças ambientais (DREWRY et al., 2021). Nesse sentido, esta revisão quantificou a periodicidade referente aos estudos que utilizaram esses atributos, considerando as 32 publicações selecionadas, em ordem decrescente como demostrado a seguir: Granulometria das partículas do solo (19,6%, n = 18) > Ds (14,1%, n = 13) > Estudo dos agregados do solo (10,9%, n = 10) > Pt (8,7%, n = 8) = MaP (8,7%, n = 8) = MiP (8,7%, n = 8) > RP (6,5%, n = 6) = Dp (6,5%, n = 6) > Parâmetros de umidade do solo (4,3%, n = 4) > Ksat (2,2%, n = 2) = Ucc (2,2%, n = 2) > IHO (1,1%, n = 1) = CRA (1,1%, n = 1) = Parâmetro S (1,1%, n = 1) = Resistência Tênsil (1,1%, n = 1) = IF (1,1%, n = 1) = σp (1,1%, n = 1) = CSC (1,1%, n = 1) (Fig. 4).
  • 9. Figura 3. Frequência e tipo de análises dos atributos do solo antropogênicos no estado do Amazonas, Brasil. Atributos químicos: H + Al – Acidez potencial; CTC – capacidade de troca catiônica; V% - Porcentagem de saturação por bases; SB – Soma de bases; t – CTC efetiva; m% - Saturação por alumínio. Atributos físicos: Ucc – Umidade na capacidade de campo; Ksat – Condutividade hidráulica saturada do solo; IHO – índice hídrico ótimo; CRA – Curva de retenção de água; IF – Índice de floculação; σp – Pressão de pré-consolidação; CSC – Capacidade de suporte de carga. Correlação dos atributos na avaliação da qualidade dos solos antropogênicos Entre os estudos que utilizaram somente variáveis referentes a físicas do solo, 50% (n = 6) aplicaram correlações dessas variáveis com o carbono do solo. Além disso, notou-se também o uso dos atributos correlacionados, como por exemplo, atributos químicos com físicos (9,4%, n = 3), e atributos químicos com biológicos (6,3%, n = 2), para determinar ou caracterizar a qualidade de solos antropogênicos (Terra Preta de Índio e Terra Mulata) como definido por SOMBROEK, 1966; DENAVAN, 2009 e SOARES, 2018. Isso acontece principalmente quando o comportamento dos atributos relacionado à qualidade dos solos antropogênicos é analisado em função das diferentes práticas de manejo nos solos, ou eventuais mudanças no uso da terra quando esses solos são encontrados. Nesse caso, a avaliação a partir da verificação dos atributos físicos e carbono do solo, por exemplo, pode ser uma ferramenta útil para identificar os efeitos dos diferentes usos, práticas ou manejos sobre a qualidade desses solos, como pode ser observado em Gomes et al. (2017a); Soares et al. (2018b) e Soares et al. (2021). Embora seja comumente relatado que as Terras Pretas antropogênicas hospedam comunidades particulares de plantas e microrganismos do solo (TAKETANI et al., 2013; BROSSI et al., 2014), e apresentam maior biodiversidade microbiana do que em solos adjacentes, como os Latossolos Amarelos (RUIVO et al., 2002), ainda há uma grande lacuna sobre o conhecimento das comunidades em diferentes classes relacionadas à fauna desses solos (DEMETRIO et al., 2021). Segundo Demetrio et al. (2021), apenas três estudos têm sido alvo nessa temática, além do mais, apresentam abrangência geográfica limitada (todos locais próximos a Manaus), e com foco em minhocas (CUNHA et al., 2016) e artrópodes do solo (SALES et al., 2007; SOARES et al., 2011). Dessa forma, Ruivo et al., (2002) mostraram que a biodiversidade microbiana é maior nas Terras Pretas Arqueológicas. Então, o estudo do conhecimento local do solo e do manejo da terra em uma perspectiva ecológica na região Amazônica é muito importante. Entretanto, as relações microbiológicas do solo são importantes para o manejo da fertilidade do solo, e a análise do passado e do presente pode ajudar a fazer recomendações sobre como os estudos etnopedológicos, que podem contribuir para melhorar o uso e manejo sustentável da terra na Amazônia (LEHMANN & Jr., 2002; THIES & SUZUKI, 2003; WINKLERPRINS & BARRERA-BASSOLS, 2004; SILVA E REBELLATO, 2004), e fornece com isso uma visão da qualidade biológica desses tipos de solos. Todavia, entre as publicações compiladas por essa revisão, apenas dois trabalhos versaram, de modo geral, sobre os atributos biológicos do solo (6,3%, n = 2), relatando avaliações da comunidade de macrofauna, e população microbiana de bactérias e fungos em solos antropogênicos (RUIVO et al., 2006). Métodos e modelagens para avaliação da qualidade dos solos antropogênicos Mesmo havendo trabalhos recentes que destacaram a qualidade dos solos antropogênicos expressada em alguns atributos físicos, químicos e biológicos do solo, ainda é notável o não uso de metodologias atuais, comumente utilizadas no ramo da ciência do solo para avaliar a qualidade dos diferentes solos por todo o mundo. Nesse contexto, considerando que o efeito da mudança de uso da terra no Amazonas (conversão da vegetação nativa em cultivos agrícolas e pastagens), e o uso contínuo sobre áreas com solos antropogênicos que pode causar degradação desses solos ao longo do tempo. Nós acreditamos que o avanço nas tecnologias e ou metodologias para a avaliação da qualidade desses solos (Terra Preta e Terra Mulata), pode ser uma ferramenta útil no planejamento do manejo agrícola, bem como na tomada de
  • 10. decisões que possam favorecer a sustentabilidade produtiva, conservação, e longevidade desses solos, mantendo ativos os serviços ecossistêmicos nesses pedoambientes. No caso dos solos agrícolas do Amazonas, é comum o preparo convencional mesmo em solos antropogênicos, principalmente na região metropolitana de Manaus em que a produção agrícola é facilmente escoada para a capital Manaus. Sugere-se então, o uso de modelagens para avaliar a compactação nessas áreas agrícolas (DIAS JUNIOR et al., 2005; SILVA et al., 2009) bem como conhecer a capacidade de suporte de carga nos diferentes tipos de solo (DIAS JUNIOR et al., 2005). Esse método da pressão de pré-consolidação (σp) tem sido utilizado em diferentes estudos como indicador dos impactos na estrutura do solo pelos sistemas, práticas e manejos do solo (RÜCKNAGEL et al., 2017; AWE et al., 2020; ESTEBAN et al., 2020). Sendo o σp um indicador da capacidade de carga do solo que reflete a pressão máxima que deve ser aplicada ao solo para evitar a compactação (DIAS JUNIOR & PIERCE, 1995; DEFOSSEZ & RICHARD, 2002; SILVA et al., 2009). Dessa forma, em pressões abaixo do σp a probabilidade de ocorrência de compactação ou mudança na estrutura é pequena quando comparada a pressões maiores do que o σp. Assim, cargas menores que a pressão de pré-consolidação produzem deformações elásticas, ou recuperáveis, refletindo o histórico de tensões no solo, já pressões maiores geram deformações plásticas ou não recuperáveis, e refletem sua susceptibilidade à compactação (HORN et al., 1995; HORN & FLEIGE, 2003; SILVA et al., 2009). Esse tipo de análise associado à diferentes níveis de umidade no solo, permite determinar as condições ideais de trabalhabilidade sobre os solos antropogênicos explorados ao longo do tempo. Recentemente os estudos têm se preocupado em avaliar o solo de modo mais completo, buscando associar indicadores físicos que proporcionam um entendimento sobre a estrutura do solo, mas, integrado a parâmetros químicos (COS, elementos associados à fertilidade e acidez do solo) e biológicos (microrganismos, engenheiros do solo ou fauna de invertebrados que habitam o solo) de modo a entender como a implementação dos sistemas agrícolas estão afetando as principais funções do solo, por meio de índices de qualidade do solo (RAMOS et al., 2010; VIANA et al., 2014; CHERUBIN et al., 2016; DI PRIMA et al., 2018; DA LUZ et al., 2019; CAVALCANTI et al., 2020b; SANTOS et al., 2021). Assim, esses indicadores podem ser integrados em um índice abrangente de qualidade do solo, que é uma estratégia de fácil utilização e permite uma avaliação integrativa e quantitativa dos efeitos dessas mudanças no uso da terra nas funções do solo e seus serviços ecossistêmicos para as partes interessadas, como agricultores e tomadores de decisão (CHERUBIN et al., 2016; CAVALCANTI et al., 2020b). Esses índices como ferramentas de avaliação tornam-se cada vez mais requeridos, uma vez que a degradação física do solo pode afetar a disponibilidade de água e nutrientes, a dinâmica da matéria orgânica do solo (MOS), as trocas gasosas (por exemplo, O2, CO2 e N2O) e a atividade microbiana (RABOT et al., 2018), que estão intrinsecamente relacionadas ao adequado desenvolvimento e produtividade das culturas (SANTOS et al., 2021), e à saúde dos solos. CONSIDERAÇÕES FINAIS A regularidade em publicações científicas acerca da qualidade dos solos antropogênicos foi mais evidente nos últimos seis anos (2017 – 2022) quando comparado ao período de dez anos iniciais (2006 – 2016). Além disso, maior parte dos trabalhos estão sendo desenvolvidos com amostragens desses solos localizados na região sul do Amazonas, sendo que o município de Manicoré tem atraído maior frequência no desenvolvimento de artigos nesse campo de pesquisa. A maioria das publicações desenvolveram estudos utilizando áreas em apenas um município, das quais tiveram expressiva ocorrência no município de Manicoré quando comparado aos demais. Por outro lado, a qualidade dos solos antropogênicos tem sido avaliada principalmente por indicadores químicos do solo, justificado pela forte relação desses com a fertilidade e uso agrícola dos solos antropogênicos no Amazonas. Desse modo, os trabalhos tiveram mais foco nas variáveis pH > macronutrientes > parâmetros
  • 11. relacionados a acidez do solo > e micronutrientes. Nos últimos anos os atributos físicos do solo têm sido mais utilizados, principalmente em estudos que versaram sobre a qualidade física desses solos antropogênicos no território amazonense. Todavia, esses trabalhos tiveram forte relação com os seguintes atributos Ds > estudo dos agregados > porosidade, e entre outros. Ademais, o tamanho das partículas dos solos (granulometria) foi o atributo físico mais utilizado tanto por estudos que exploraram a qualidade física como da qualidade química. Não menos importante, observa-se que há poucas informações publicadas sobre a atividade biológica nesse tipo de solo, principalmente relacionando-as com as diferentes práticas e manejos adotados nos solos antropogênicos. A partir disso, acreditamos que a pesquisa nesse ramo da ciência do solo pode contribuir com mais dados científicos que relacione a atividade biológica, de modo geral, com os impactos da mudança de uso da terra em pedoambientes antropogênicos. Embora tenha havido um aumento nas publicações que tratam da qualidade dos solos antropogênicos, mesmo quando relacionados com culturas agrícolas, nós defendemos que ainda há uma lacuna de conhecimento sobre a qualidade desse tipo de solo no estado do Amazonas. Principalmente sendo relacionado à mudança de uso da terra e ao tempo de manejo em áreas que são exploradas por várias décadas. Nós acreditamos que para os solos antropogênicos manejados convencionalmente, são necessárias avaliações da sua qualidade aliada a fatores de compactação e capacidade de suporte de carga do solo. E quando o objetivo for a relação da saúde desses solos com mudança de uso da terra, acreditamos que os índices integrativos, ou índices de qualidade do solo (IQS) podem fornecer resultados úteis para quantificar o impacto dessas ações na qualidade dos solos antropogênicos no estado do Amazonas, Brasil. AGRADECIMENTOS Nós agradecemos a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pela concessão da bolsa de doutorado ao primeiro autor. Agradecemos também aos Grupos de Pesquisas Qualisoil e Terra Preta Nova da Amazônia Central. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÅGREN, A. M. et al. Use of multiple LIDAR- derived digital terrain indices and machine learning for high-resolution national-scale soil moisture mapping of the Swedish forest landscape. Geoderma, v. 404, n. June, p. 115280, dez. 2021. ALHO, C. F. B. V. et al. Spatial variation of carbon and nutrients stocks in Amazonian Dark Earth. Geoderma, v. 337, n. December 2017, p. 322–332, 2019. AQUINO, R. E. DE et al. Characteristics of color and iron oxides of clay fraction in Archeological Dark Earth in Apuí region, southern Amazonas. Geoderma, v. 262, p. 35–44, jan. 2016. AQUINO, R. E. et al. Variabilidade espacial de atributos físicos de solos antropogênico e não antropogênico na região de manicoré, AM. Bioscience Journal, v. 30, n. 4, p. 988–997, 2014. AWE, Gabriel O.; REICHERT, José Miguel; FONTANELA, E. Sugarcane production in the subtropics: Seasonal changes in soil properties and crop yield in no-tillage, inverting and minimum tillage. Soil and Tillage Research, v. 196, p. 104447, 2020. BATISTÃO, A. C. et al. Resilience and microstructural resistance of Archaeological Dark Earths with different soil organic carbon contents in Western Amazonia, Brazil. Geoderma, v. 363, n. July 2019, p. 114130, abr. 2020. BRASIL, Ministério das Minas e Energia. 1978. Projeto Radambrasil, folha SB. 20, Purus. Rio de Janeiro, 1978. 561 p. BRITO, W. B. M. et al. Spatial variability of soil physical properties in Archeological Dark Earths under different uses in southern Amazon. Soil and Tillage Research, v. 182, n. May, p. 103– 111, out. 2018.
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