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REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 17 - Número 1 - 1º Semestre 2017
Estudo microscópico de amostras de açaí (Euterpe oleracea Mart.) “in
natura” coletadas no município de Laranjal do Jarí, Amapá, Brasil
Nathalye Dias Martins1
, Silvana do Couto Jacob2
RESUMO
O açaí é uma importante espécie amazônica rica em proteínas, fibras, lipídios, vitamina E e
minerais (manganês, cobre, ferro e cálcio). Possui diversas propriedades farmacológicas e
medicinais prevenindo enfermidades cardiovasculares e doenças neurológicas e constitui-se em
fonte de subsistência para a população amazônida. Por isso, analisou-se 168 amostras de fruto e
suco de açaí “in natura” quanta a presença de sujidade, parasitas e larvas, amido e elementos
histológicos dos 48 produtores do município de Laranjal do Jari, entre setembro e dezembro de
2006 e de junho a outubro de 2007. Os valores de ausência e alguma presença de sujidade foram
aproximados (40% e 57,65% e 39,76% e 60,24%, respectivamente); somente o fruto apresentou
abundância (2,35%). Apenas uma amostra de suco apresentou protozoários de vida livre.
74,12% das amostras de fruto tinham amido e 71,08% nas amostras de suco. Apenas os
elementos histológicos do próprio açaí foram observados. A partir destes resultados, notou-se
que a maioria destes produtores não toma as medidas necessárias de Boas Práticas para o
beneficiamento do produto, mostrando a necessidade de orientação para a fabricação de
produtos a base de açaí de modo a minimizar contaminações e possíveis fraudes dos produtos
deste fruto.
Palavras-chave: Euterpe oleraceae, produtos, controle de qualidade, Amazônia.
Microscopic study of samples of açaí (Euterpe oleracea Mart.) "in
natura" collected at the Laranjal of Jari, Amapá, Brazil
ABSTRACT
Açaí is an important Amazon fruit species, rich in protein, fiber, fat, vitamin E and minerals
(manganese, copper, iron and calcium). It has several pharmacological and medicinal properties
preventing cardiovascular and neurological diseases and constitutes a source of livelihood for
the Amazon population. Therefore, we analyzed 168 samples of fruit and acai juice " in natura "
how much the presence of dirt, parasites and worms , starch and histological elements of the 48
producers in the municipality of Laranjal do Jari, between september and december of 2006 and
june to october of 2007. The presence and absence of contamination were approximated (40%
and 57.65% and 39.76 % and 60.24 %, respectively), only the fruits showed abundant (2.35 %).
One sample of the juice showed free-living protozoa. 74.12 % of the fruit samples and 71.08 %
in the samples of juice had starch. We observed only the histological elements of the açaí. Thus,
we noted that most of these producers did not take the necessary measures of Good Practices for
the improvement of the product, showing the need for guidance for the manufacture of products
made from açaí to minimize contamination and possible cheats products of this fruit.
Keywords: Euterpe oleracea, products, control of quality, Amazon.
87
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, o mercado
consumidor nacional e internacional
tem se voltado para o consumo
crescente de produtos naturais,
considerando as suas características
organolépticas e valor nutritivo,
buscando fontes de substâncias
biologicamente ativas que ajudem a
manter a saúde e a sensação de bem-
estar (VAZ, 2003).
A atividade agroindustrial de
processamento de frutas comestíveis
tornou-se um fator importante, na
medida em que agrega valor econômico
à fruta, evitando, assim desperdícios, e
diminuindo consideravelmente
possíveis perdas que possam acontecer
durante a comercialização do produto in
natura. A polpa de fruta pode substituir
a fruta in natura no preparo de uma
diversidade de produtos como sucos,
néctares, doces, geleias, sorvetes, baby
foods, com a vantagem de ser
encontrada também no período de
entressafra dessas frutas (FEITOSA et
al., 1999).
Entre as espécies frutíferas
conhecidas e que vem ganhando
destaque na mídia devido aos seus
benefícios à saúde, destaca-se o
açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.). Esta
espécie vegetal é uma palmeira
tipicamente florestal com razoável porte
arbóreo, encontrada em áreas de várzea,
sendo que seu período de frutificação
ocorre durante o ano todo especialmente
entre os meses de julho e dezembro,
quando diminui a precipitação
pluviométrica e obtém-se o suco de
melhor qualidade (CAVALCANTE,
1996; MIRANDA et al., 2001, ROGEZ,
2000).
O seu fruto, o açaí, é liso não
escamoso, com coloração violácea
quando maduro, devido à presença do
pigmento hidrossolúvel “antocianina”
(IADEROZA et al., 1992; OZELA et
al., 1997; BOBBIO et al., 2000;
MENEZES, 2005). Constitui-se em uma
importante espécie do ponto de vista
socioeconômico. A partir dele, por
exemplo, utilizam-se os frutos para a
confecção de licores, doces e sucos; o
caroço pode ser utilizado como fonte de
adubação para plantação de hortaliças e
plantas ornamentais (MATOS, 1993);
da copa pode-se extrair palmito de
ótima qualidade juntamente com as
folhas que têm fibras que são
aproveitadas na indústria de papel como
produtoras de celulose (JARDIM,
1996); as raízes podem ser utilizadas
como vermífugo (COSTA, 1992 apud
VAZ, 2003); e as folhas podem ser
usadas para a cobertura de casas e na
confecção de chapéus (LORENZI,
1992).
No entanto, o principal produto
derivado do açaí é a polpa, também
conhecida como “vinho de açaí”,
extraída diretamente do fruto, rica em
proteínas, fibras, lipídios, vitamina E e
vários minerais como manganês, cobre,
boro e cromo, além de apreciáveis
quantidades de ferro, cálcio, fósforo e
potássio” (ROGEZ, 2000). Sua
comercialização em região extra-
Amazônia tem se concentrado
principalmente no Rio de Janeiro, São
Paulo, Brasília, Goiás e os estados da
região Nordeste do Brasil; a partir do
ano de 2000, iniciou-se sua exportação
para os Estados Unidos e Itália, o qual
tem se popularizado entre os
frequentadores das academias de
ginástica como alimento complementar
energético (ALBARICI et al., 2006).
A aquisição da matéria-prima do
fruto do açaizeiro constitui a primeira
etapa do beneficiamento do “vinho”, de
modo que apresente polpa farta e cor
avermelhada devendo mostrar certa
resistência ao comprimir seus frutos na
mão, cheiro característico, caso
contrário, pode ser açaí velho, com mais
de 24 horas de apanhado
(NASCIMENTO; McGRATH, 1996).
No despolpamento, a
higienização é crítica, eliminando
agentes causadores de doenças, através
da lavagem dos frutos com solução de
hipoclorito de sódio (30 a 50 mg/L de
cloro), antes do amolecimento para
retirada de materiais estranhos como
folhas, poeira, entre outros, que
descaracterizem a polpa, e em seguida,
água filtrada para remoção do cloro
(VAZ, 2003).
Após a higienização dos frutos, a
etapa seguinte consiste no
amolecimento, ou seja, quando a polpa
desprende-se do fruto. Neste momento,
os frutos maduros são imersos em água
morna durante 10 a 60 minutos em
temperatura controlada (45 ºC), a fim de
não comprometer a qualidade do
produto final (OLIVEIRA et al., 2000).
Por fim, a obtenção do produto
final pode ser realizada manualmente,
através de um processamento caseiro,
onde os frutos são amassados em um
crivo especial (CALVAZARA, 1972
apud VAZ, 2003); ou em máquina
manual, com forma cilíndrica e
composta por um eixo armado de
palhetas internas conectado a uma
manivela (ROGEZ, 2000); ou ainda por
extração mecânica por motor elétrico,
que se dá por atrito da polpa e casca nas
palhetas conectadas a um cilindro,
sendo a polpa filtrada por peneira com
crivos, processamento característico dos
centros urbanos produtores de polpas de
açaí (REBELLO, 1992).
Outra maneira encontrada para a
extração da polpa de açaí foi pelo
processo industrial, no qual a dinâmica
de produção possui maior controle de
qualidade e envolve a recepção dos
frutos, seleção, pré-lavagem,
amolecimento e lavagem. Neste
processo, ao chegarem às unidades de
processamento, os frutos são pesados e
conduzidos ao processo de seleção,
realizado manualmente, em geral sobre
mesas de aço inoxidável dotadas de
peneiras, cujas dimensões retenham
somente os frutos, deixando passar as
impurezas menores, como os restos de
sépalas, terra, frutos chochos etc. Nessa
etapa, os frutos verdes e em estado
fitossanitário precário, ou mesmo com
qualquer outro tipo de defeito, que os
torne inadequados ao processamento,
devem ser retirados do lote.
Após essas etapas, os frutos de
açaizeiro são transportados para um
sistema composto de quatro lavagens
em série, que se assemelham ao
processo feito artesanalmente. Na
primeira lavagem, os frutos são imersos
em água para a retirada das sujidades
aderidas aos frutos; na segunda, os
frutos também são imersos em água
para o amolecimento do epicarpo e do
mesocarpo, com a finalidade de facilitar
o processo de despolpamento, sendo
que a água deve estar à temperatura
ambiente ou na de 40 ºC a 60 ºC, não
devendo exceder a esta indicação e o
tempo de amolecimento varia de 10 a
60 minutos. Já a terceira lavagem, é
feita com água clorada (20 a 50 mg/L de
cloro ativo), por cerca de 20 a 40
minutos. A solução de cloro para a
lavagem não deve ser utilizada para
várias bateladas, pois o poder
desinfetante da solução diminui em
virtude da oxidação e da evaporação do
cloro. Na quarta e última lavagem, o
excesso de cloro é retirado por meio da
lavagem por aspersão com água potável.
Depois da lavagem e do
amolecimento do epicarpo e do
mesocarpo, os frutos são transferidos,
por meio de esteira, até a base do
transportador, do tipo rosca-sem-fim,
que os conduz ao despolpador. No
primeiro estágio do processamento, os
frutos, com o auxílio de injeção de
água, são despolpados, cuja operação
consiste da remoção da polpa do açaí.
O açaí obtido pelo
despolpamento pode ser imediatamente
embalado e congelado ou passar por
tratamento térmico. No tratamento
térmico (pasteurização), o produto é
bombeado para o trocador de calor, do
tipo tubular, sob a temperatura de 80 ºC
a 85 ºC, durante 10 segundos, e
imediatamente resfriado no próprio
trocador de calor. No final do
tratamento, o produto deve ser retirado
com a temperatura de 5 ºC.
A polpa de açaí é geralmente
comercializada à temperatura ambiente
quando é imediatamente consumida ou
após certo período de refrigeração.
Quando se destina aos comércios
distantes, a polpa é congelada (ROGEZ,
2000). Entretanto, tal procedimento
provoca danos irreversíveis alterando as
propriedades originais do alimento
como perdas vitamínicas, alterações
reológicas e de cor (MENEZES, 2005).
É altamente perecível, sendo que seu
tempo máximo de conservação é de 12
horas (SOUZA et al., 1999; ROGEZ,
2000; SOUTO, 2001; ALEXANDRE et
al., 2004). Os fatores responsáveis por
essas modificações são de natureza
microbiana, enzimática e química,
resultando em alterações de cor e
aparecimento do sabor azedo
(QUEIROZ et al., 1998).
A polpa desse fruto tem sido
objeto de vários estudos devido seu
valor nutritivo e sensorial (MENEZES,
2005), além de diversas propriedades
farmacológicas e medicinais, incluindo
anticarcinogênica, antiinflamatória e
antimicrobiana, prevenindo a oxidação
de proteínas de baixa densidade (LDL),
enfermidades cardiovasculares e
doenças neurológicas (KUSKOSKI et
al., 2002; ALASALVAR et al., 2005).
Outra propriedade a ser destacada é sua
utilização no controle biológico
ecologicamente correto do caramujo
Biomphalaria grablata, hospedeiro
intermediário na transmissão de
esquistossomose, interferindo em seu
ciclo de reprodução e,
consequentemente, exterminando este
molusco (SANTOS, 2001).
No território brasileiro, distribui-
se pelos estados do Pará, Amazonas,
Maranhão e Amapá (LORENZI et al.,
1996), além dos estados do Acre e
Rondônia. O Pará é responsável por
95% da produção de açaí (HOMMA;
FRAZÃO, 2002; OLIVEIRA et al.,
2002; MENDES, 2003) e com esse
mercado, gera mais de 25 mil empregos
diretos e indiretos (ROGEZ, 2000).
Em relação ao Amapá, o açaí
representa uma das principais fontes
alimentares diárias da população
amapaense, principalmente para os
ribeirinhos, sendo consumido “in
natura” com açúcar, farinha de
mandioca, camarão, peixe etc. Na
capital, Macapá, o consumo diário varia
entre 27.000 a 34.000 litros.
Tradicionalmente, as populações rurais
das ilhas colhem as frutas para a
alimentação, venda ou troca e, inserem-
se na economia regional através desta
atividade, visando melhorar a renda e
assegurar as condições de subsistência
no ecossistema (POULET, 1997).
Especificamente o município de
Laranjal do Jarí/AP, situado às margens
do Rio Jarí e fronteira com a cidade de
Monte Dourado, distrito do município
de Almerim, no Pará, muitas famílias
buscaram nas áreas adjacentes ao
Município do Laranjal do Jarí,
atividades extrativistas como alternativa
de subsistência. Até hoje, a economia é
baseada na exploração de recursos
naturais como mineração e extrativismo
vegetal de espécies oleaginosas, cultivo
de plantas medicinais e, principalmente,
na coleta de castanha do Pará e açaí
(http://www4.ap.gov.br/Portal_Gea/mu
nicipios).
Como resultado deste processo,
houve a consolidação do extrativismo
do açaí, justificado pelo preço e pela
abundância de oferta do fruto na região
do Vale do Jarí. Aos poucos, seu
consumo foi incorporado à alimentação
da população, como alimento
complementar ou base da cesta
alimentar, a exemplo de grande parte
dos municípios da região Norte, aonde o
seu consumo chega a compor 20% dos
valores nutricionais das famílias,
segundo dados da FAO/ONU
(PRONAGER, 2005).
Assim, diante do exposto acima,
é possível perceber que, de acordo com
os procedimentos adotados na produção
do açaí e seus derivados, podem ocorrer
alterações em sua qualidade, capazes de
gerar inclusive danos à saúde humana.
O presente estudo pretende verificar a
qualidade do açaí oferecido à população
por produtores do município de Laranjal
do Jari, no estado do Amapá, através da
avaliação da presença de componentes
microscópicos estranhos que modificam
as características aceitáveis por
legislação do produto próprio para
consumo humano.
MATERIAL E MÉTODOS
Os dados avaliados no presente
estudo foram extraídos do Sistema de
Gerenciamento de Amostras (SGA) da
Divisão de Bromatologia e Química do
Laboratório Central de Saúde Pública
“Professor Reinaldo Damasceno” do
Estado do Amapá (LACEN/AP),
provenientes da análise de amostras de
fruto e suco de açaí (E. oleracea Mart.)
“in natura” dos 48 produtores do
município de Laranjal do Jari/AP,
conforme atividades do projeto
denominado “Açaí da Amazônia –
Gerando energia e renda ao produtor do
Laranjal do Jari (PRONAGER)”.
Todos os produtores eram
membros da Associação dos
Trabalhadores Extrativistas de Açaí dos
Estados do Pará e Amapá – ATEAEPA.
Este projeto objetivou fornecer aos
participantes conhecimentos sobre as
tecnologias específicas para
armazenamento e conservação do fruto
e da polpa de açaí, além do
beneficiamento do caroço,
transformando-o em outros produtos
como ração animal, produção de mudas,
combustível, óleo comestível, entre
outros.
As coletas foram realizadas
antes do treinamento dos produtores
pelos idealizadores do projeto. Elas
começaram no ano de 2006, entre os
meses de setembro e dezembro,
resultando um total de 103 amostras. No
ano de 2007, nos meses de junho e
outubro, foram coletadas mais 65
amostras. Todas as amostras coletadas
foram analisadas quanto aos parâmetros
microbiológicos, físico-químicos e
microscópicos.
Em relação às análises
microscópicas, foram realizados os
seguintes ensaios: pesquisa de sujidade,
de parasitas e larvas, de amido e de
elementos histológicos. A metodologia
utilizada para a realização destes
ensaios foi baseada no livro “Métodos
de análise microscópica de alimentos”,
do Instituto Adolfo Lutz (1999), no
tópico V, nos subtópicos 17.2, para a
análise de frutas e seus produtos, e 29.1,
para a análise de flores e frutos.
Os resultados obtidos nas
pesquisas de sujidade e parasitas e
larvas foram utilizados para confecção
de gráficos feitos através de planilhas
eletrônicas. Para a pesquisa de amido,
foi avaliada apenas a presença ou
ausência deste elemento histológico.
Em relação a histologia do produto, fez-
se a identificação dos elementos
histológicos típicos e essenciais do açaí
(E. oleracea Mart.).
RESULTADOS
Os gráficos 1 e 2 apresentam a
análise dos dados encontrados para os
parâmetros sujidade e parasitas e larvas
nas amostras de 85 frutos e 83 sucos de
açaí “in natura” coletadas nos anos de
2006 e 2007, totalizando 168 amostras.
As análises foram feitas de forma
qualitativa, em que os parâmetros
adotados neste estudo foram definidos
subjetivamente.
Para a avaliação do total de
amostras de fruto e suco de açaí “in
natura” no parâmetro sujidade foi
considerada o conceito da Association
of Official Analytical Chemistry
(AOAC), na qual diz-se que matéria
estranha é “qualquer material estranho
ao produto, que se encontra associado a
condições ou práticas inadequadas de
produção, estocagem ou distribuição,
incluindo sujidades, material
decomposto e miscelâneas ou outras
substâncias, excluindo-se bactérias”,
que podem causar potenciais danos à
saúde humana como insetos em
qualquer fase de desenvolvimento,
vivos ou mortos, ou seus fragmentos,
ácaros, pêlos ou excrementos de
animais, entre outros.
Assim, como demonstrado no
gráfico 1, observou-se que de todas as
85 amostras de fruto “in natura”
analisadas aproximadamente 40%
apresentou a ausência, 57,65% alguma
presença e 2,35% abundância de
matérias estranhas. Em relação ao suco
do fruto “in natura”, notou-se que os
resultados em relação a ausência e
alguma presença de matérias estranhas
foram aproximados aos encontrados nas
amostras de fruto (39,76% e 60,24%,
respectivamente); e nenhuma
abundância dessas mesmas matérias.
Estes dados mostram que o processo de
preparo do suco a partir do fruto “in
natura” pode ser uma das causas da
maior quantidade de sujidade
encontrada no suco.
Gráfico 1. Resultados obtidos nas analises microscópicas de amostras de fruto e suco de açaí “in natura”
nos anos de 2006 e 2007 em relação ao parâmetro sujidade.
Quanto à pesquisa de parasitas e
larvas (gráfico 2), notou-se que as
amostras de fruto na sua totalidade não
apresentaram contaminação por
nenhuma espécie de parasita
protozoário ou helmíntico, enquanto
que nas amostras de suco foi encontrada
apenas uma amostra com contaminação
por protozoários de vida livre,
denotando um caso isolado, mas que
merece maior atenção em relação às
Boas Práticas de Fabricação (BPF).
Gráfico 2. Resultados obtidos nas analises microscópicas de amostras de fruto e suco de açaí “in natura”
nos anos de 2006 e 2007 em relação ao parâmetro parasitas e larvas.
Em relação à pesquisa de amido,
a grande maioria das amostras de fruto
“in natura” (74,12%) apresentou a
presença deste elemento histológico; o
oposto aconteceu com as amostras de
suco em que a ausência deste elemento
histológico foi preponderante (71,08%),
o que demonstra que, durante o
processamento do fruto, pode ocorrer a
perda de amido já que a extração da
polpa do suco é retirada do epicarpo e
mesocarpo, partes mais externas do
fruto.
Quanto à pesquisa de elementos
histológicos, os resultados
comprovaram a presença somente da
espécie E. oleracea, o açaí, em todas as
amostras analisadas.
Outro resultado importante
observado durante a análise das
amostras de açaí foi a presença de
fragmentos de insetos em duas de fruto
e uma amostra de suco, que não
puderam ser identificados. Isto sugere
que o processamento das amostras não
foi realizada de forma adequada e que
os produtores precisam estar mais
atentos a este tipo de situação,
principalmente depois das suspeitas de
contaminação de polpas de açaí pelo
protozoário flagelado Trypanossoma
cruzi, causador da Doença de Chagas
(SHIKANAI-YASUDA et al., 1990;
BRASIL, 2005; NÓBREGA et al.,
2009; BARBIERI, 2010; PEREIRA e
SCHMIDT, 2010; PINTO et al., 2011;
PASSOS et al., 2012).
DISCUSSÃO
Devido às suas propriedades
nutritivas, farmacológicas e medicinais,
o interesse pela ingestão do açaí na
dieta alimentar dos brasileiros e de
muitos estrangeiros veio aumentando
nos últimos anos. Várias pesquisas
foram e vêm sendo feitas para se
descobrir mais benefícios que essa
espécie amazônica possa vir a trazer a
homens e mulheres de várias faixas
etárias.
Até o momento, os estudos
feitos sobre o açaí têm se focado mais
sobre a produção de palmeiras
(QUEIROZ et al, 2001; QUEIROZ e
JÚNIOR, 2001; SILVA et al, 2007),
deficiência de nutrientes (CALBO e
MORAES, 2000; VIÉGAS et al., 2004),
nas questões de melhoramento genético
(COSTA et al, 2001; LEDO et al, 2001;
OLIVEIRA et. al, 2006; OLIVEIRA et.
al, 2007), valor nutricional (MENEZES
et. al, 2008), conservação
(ALEXANDRE et al., 2004),
diversidade e distribuição espacial
(LIMA et al., 2003; SALM et al., 2007)
e nos aspectos microbiológicos (VAZ,
2003; SOUZA et al., 2006) e físico-
químicos do açaí (YUYAMA et al.,
2002; GALLOTA e BOAVENTURA,
2005; GANTUSS, 2006;
NASCIMENTO et al, 2008).
Recentemente, pesquisou-se a
determinação de sujidades leves por
flutuação em polpas de açaí congeladas
comercializadas em vários
supermercados paulistas (PRADO et al.,
2009).
Em relação às análises
microscópicas, a grande maioria destas
é realizada através de adaptações feitas
em métodos já aplicados a outras
espécies vegetais que possuem uma
distribuição mais equitativa nas várias
regiões que compõem o território
brasileiro. Como o açaí é uma espécie
típica da região amazônica, a
metodologia específica para analisar
amostras “in natura” está sendo
elaborada e sua viabilidade e eficácia na
rotina de laboratório de análise de
alimentos verificada.
Para tanto, além das pesquisas
realizadas, a ANVISA notou a
necessidade de se elaborar normas
técnicas para garantir a qualidade de
todas as etapas de beneficiamento do
fruto, já que na maioria das vezes é feito
de forma artesanal, e na fabricação de
inúmeros produtos a base desta espécie
como polpas, sorvetes, cremes, xampus,
entre outros.
Entretanto, até o momento, a
legislação só tem se referido a polpas de
açaí industrializadas, em sua maioria
direcionada a mercados distantes da
região produtora, a região Norte, como
o Sudeste e Sul e também para o
exterior. A exemplo, tem-se a
Resolução RDC nº 12 de 10 de
setembro de 1999 da ANVISA, que
dispõe sobre os padrões de identidade e
qualidade para várias polpas de frutas
industrializadas incluindo a de açaí e
suas características físico-químicas,
organolépticas, microbiológicas e
microscópicas. Em relação a estas
características, a polpa não deverá
conter terra, sujidade, parasitas,
fragmentos de inseto e pedaços das
partes não comestíveis da fruta e da
planta.
Para a verificação dos padrões
de qualidade das amostras de fruto e
suco de açaí “in natura” nas análises
realizadas no Laboratório de
Microscopia de Produtos, do
LACEN/AP, consumida na maioria das
vezes, imediatamente após a extração
dos frutos, a legislação utilizada foi a de
RDC nº 218, de 29 de julho de 2005, na
qual dispõe o regulamento técnico de
procedimentos higiênicos-sanitários
para manipulação de alimentos e
bebidas preparados com vegetais.
A metodologia aplicada nas
análises realizadas nas amostras de fruto
e suco “in natura” de açaí nesta
pesquisa, baseada na metodologia
analítica do IAL modificada no nosso
laboratório, mostrou ser aplicável ao
cotidiano do laboratório, para o controle
microscópico destes produtos.
A presença significativa de
sujidades, tanto no fruto como no suco
“in natura” corroboram com os dados
encontrados por Ramos (2004) para
polpas industrializadas de acerola,
goiaba e manga, e Pereira et al. (2006),
para polpas industrializadas de caju,
goiaba e graviola, demonstrando que os
produtores precisam de constante
orientação em todas as etapas de
beneficiamento do açaí, atentando para
a lavagem correta dos frutos, utilização
de água de boa qualidade e uso de
equipamentos de proteção individual
(EPIs) na manipulação dessa matéria
prima, evitando, assim, a contaminação
do mesmo por fragmentos de insetos,
excrementos de insetos, fungos, ácaros,
dentre outros.
Em relação à pesquisa da
presença de amido de açaí, nas amostras
analisadas no presente estudo foram
encontrados o elemento histológico que
também caracteriza esta espécie vegetal,
diferentemente do encontrado por
Borges et al. (2009), em polpas de açaí
comercializadas no Estado do Pará.
CONCLUSÕES
A partir dos resultados
apresentados nas análises microscópicas
de amostras de fruto e suco “in natura”
de açaí, coletadas no município de
Laranjal do Jarí/AP, observou-se que a
maioria dos produtores não está
tomando as medidas necessárias para a
fabricação com qualidade de produtos a
base deste fruto.
Assim, é de suma importância
que a ANVISA/MS, órgão legislador
para certificação da qualidade de
produtos para o consumo humano,
juntamente com os Laboratórios
Centrais (LACENS) e Laboratórios
Nacionais do Ministério da Agricultura
(LANAGROS), presentes em várias
regiões do país, elaborem uma
metodologia específica oficial para a
análise microscópica de amostras “in
natura” dos mais variados produtos
feitos à base de açaí para se verificar a
qualidade que estes produtos estão
sendo fabricados e comercializados,
além de normas oficiais específicas de
Boas Práticas de Fabricação (PBFs)
para o controle da qualidade dos frutos
e seus produtos.
É evidente a importância de um
esquema organizado de orientação aos
produtores através de cursos
informativos para a fabricação de
produtos a base de açaí de modo a
minimizar contaminações e possíveis
fraudes de produtos a base deste fruto,
devido ao grande valor socioeconômico
do ponto de vista nacional e
internacional, gerando empregos e
impulsionando a economia local.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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storage and modified atmosphere
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ALBARICI, T.R.; PESSOA, J.D.C.;
FORIM, M.R. Efeitos das variações de
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Estudo microscópico de amostras de açaí

  • 1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 Volume 17 - Número 1 - 1º Semestre 2017 Estudo microscópico de amostras de açaí (Euterpe oleracea Mart.) “in natura” coletadas no município de Laranjal do Jarí, Amapá, Brasil Nathalye Dias Martins1 , Silvana do Couto Jacob2 RESUMO O açaí é uma importante espécie amazônica rica em proteínas, fibras, lipídios, vitamina E e minerais (manganês, cobre, ferro e cálcio). Possui diversas propriedades farmacológicas e medicinais prevenindo enfermidades cardiovasculares e doenças neurológicas e constitui-se em fonte de subsistência para a população amazônida. Por isso, analisou-se 168 amostras de fruto e suco de açaí “in natura” quanta a presença de sujidade, parasitas e larvas, amido e elementos histológicos dos 48 produtores do município de Laranjal do Jari, entre setembro e dezembro de 2006 e de junho a outubro de 2007. Os valores de ausência e alguma presença de sujidade foram aproximados (40% e 57,65% e 39,76% e 60,24%, respectivamente); somente o fruto apresentou abundância (2,35%). Apenas uma amostra de suco apresentou protozoários de vida livre. 74,12% das amostras de fruto tinham amido e 71,08% nas amostras de suco. Apenas os elementos histológicos do próprio açaí foram observados. A partir destes resultados, notou-se que a maioria destes produtores não toma as medidas necessárias de Boas Práticas para o beneficiamento do produto, mostrando a necessidade de orientação para a fabricação de produtos a base de açaí de modo a minimizar contaminações e possíveis fraudes dos produtos deste fruto. Palavras-chave: Euterpe oleraceae, produtos, controle de qualidade, Amazônia. Microscopic study of samples of açaí (Euterpe oleracea Mart.) "in natura" collected at the Laranjal of Jari, Amapá, Brazil ABSTRACT Açaí is an important Amazon fruit species, rich in protein, fiber, fat, vitamin E and minerals (manganese, copper, iron and calcium). It has several pharmacological and medicinal properties preventing cardiovascular and neurological diseases and constitutes a source of livelihood for the Amazon population. Therefore, we analyzed 168 samples of fruit and acai juice " in natura " how much the presence of dirt, parasites and worms , starch and histological elements of the 48 producers in the municipality of Laranjal do Jari, between september and december of 2006 and june to october of 2007. The presence and absence of contamination were approximated (40% and 57.65% and 39.76 % and 60.24 %, respectively), only the fruits showed abundant (2.35 %). One sample of the juice showed free-living protozoa. 74.12 % of the fruit samples and 71.08 % in the samples of juice had starch. We observed only the histological elements of the açaí. Thus, we noted that most of these producers did not take the necessary measures of Good Practices for the improvement of the product, showing the need for guidance for the manufacture of products made from açaí to minimize contamination and possible cheats products of this fruit. Keywords: Euterpe oleracea, products, control of quality, Amazon. 87
  • 2. INTRODUÇÃO Nos últimos anos, o mercado consumidor nacional e internacional tem se voltado para o consumo crescente de produtos naturais, considerando as suas características organolépticas e valor nutritivo, buscando fontes de substâncias biologicamente ativas que ajudem a manter a saúde e a sensação de bem- estar (VAZ, 2003). A atividade agroindustrial de processamento de frutas comestíveis tornou-se um fator importante, na medida em que agrega valor econômico à fruta, evitando, assim desperdícios, e diminuindo consideravelmente possíveis perdas que possam acontecer durante a comercialização do produto in natura. A polpa de fruta pode substituir a fruta in natura no preparo de uma diversidade de produtos como sucos, néctares, doces, geleias, sorvetes, baby foods, com a vantagem de ser encontrada também no período de entressafra dessas frutas (FEITOSA et al., 1999). Entre as espécies frutíferas conhecidas e que vem ganhando destaque na mídia devido aos seus benefícios à saúde, destaca-se o açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.). Esta espécie vegetal é uma palmeira tipicamente florestal com razoável porte arbóreo, encontrada em áreas de várzea, sendo que seu período de frutificação ocorre durante o ano todo especialmente entre os meses de julho e dezembro, quando diminui a precipitação pluviométrica e obtém-se o suco de melhor qualidade (CAVALCANTE, 1996; MIRANDA et al., 2001, ROGEZ, 2000). O seu fruto, o açaí, é liso não escamoso, com coloração violácea quando maduro, devido à presença do pigmento hidrossolúvel “antocianina” (IADEROZA et al., 1992; OZELA et al., 1997; BOBBIO et al., 2000; MENEZES, 2005). Constitui-se em uma importante espécie do ponto de vista socioeconômico. A partir dele, por exemplo, utilizam-se os frutos para a confecção de licores, doces e sucos; o caroço pode ser utilizado como fonte de adubação para plantação de hortaliças e plantas ornamentais (MATOS, 1993); da copa pode-se extrair palmito de ótima qualidade juntamente com as folhas que têm fibras que são aproveitadas na indústria de papel como produtoras de celulose (JARDIM, 1996); as raízes podem ser utilizadas como vermífugo (COSTA, 1992 apud VAZ, 2003); e as folhas podem ser usadas para a cobertura de casas e na confecção de chapéus (LORENZI, 1992). No entanto, o principal produto derivado do açaí é a polpa, também conhecida como “vinho de açaí”, extraída diretamente do fruto, rica em proteínas, fibras, lipídios, vitamina E e vários minerais como manganês, cobre, boro e cromo, além de apreciáveis quantidades de ferro, cálcio, fósforo e potássio” (ROGEZ, 2000). Sua comercialização em região extra- Amazônia tem se concentrado principalmente no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Goiás e os estados da região Nordeste do Brasil; a partir do ano de 2000, iniciou-se sua exportação para os Estados Unidos e Itália, o qual tem se popularizado entre os frequentadores das academias de ginástica como alimento complementar energético (ALBARICI et al., 2006). A aquisição da matéria-prima do fruto do açaizeiro constitui a primeira etapa do beneficiamento do “vinho”, de modo que apresente polpa farta e cor avermelhada devendo mostrar certa resistência ao comprimir seus frutos na mão, cheiro característico, caso
  • 3. contrário, pode ser açaí velho, com mais de 24 horas de apanhado (NASCIMENTO; McGRATH, 1996). No despolpamento, a higienização é crítica, eliminando agentes causadores de doenças, através da lavagem dos frutos com solução de hipoclorito de sódio (30 a 50 mg/L de cloro), antes do amolecimento para retirada de materiais estranhos como folhas, poeira, entre outros, que descaracterizem a polpa, e em seguida, água filtrada para remoção do cloro (VAZ, 2003). Após a higienização dos frutos, a etapa seguinte consiste no amolecimento, ou seja, quando a polpa desprende-se do fruto. Neste momento, os frutos maduros são imersos em água morna durante 10 a 60 minutos em temperatura controlada (45 ºC), a fim de não comprometer a qualidade do produto final (OLIVEIRA et al., 2000). Por fim, a obtenção do produto final pode ser realizada manualmente, através de um processamento caseiro, onde os frutos são amassados em um crivo especial (CALVAZARA, 1972 apud VAZ, 2003); ou em máquina manual, com forma cilíndrica e composta por um eixo armado de palhetas internas conectado a uma manivela (ROGEZ, 2000); ou ainda por extração mecânica por motor elétrico, que se dá por atrito da polpa e casca nas palhetas conectadas a um cilindro, sendo a polpa filtrada por peneira com crivos, processamento característico dos centros urbanos produtores de polpas de açaí (REBELLO, 1992). Outra maneira encontrada para a extração da polpa de açaí foi pelo processo industrial, no qual a dinâmica de produção possui maior controle de qualidade e envolve a recepção dos frutos, seleção, pré-lavagem, amolecimento e lavagem. Neste processo, ao chegarem às unidades de processamento, os frutos são pesados e conduzidos ao processo de seleção, realizado manualmente, em geral sobre mesas de aço inoxidável dotadas de peneiras, cujas dimensões retenham somente os frutos, deixando passar as impurezas menores, como os restos de sépalas, terra, frutos chochos etc. Nessa etapa, os frutos verdes e em estado fitossanitário precário, ou mesmo com qualquer outro tipo de defeito, que os torne inadequados ao processamento, devem ser retirados do lote. Após essas etapas, os frutos de açaizeiro são transportados para um sistema composto de quatro lavagens em série, que se assemelham ao processo feito artesanalmente. Na primeira lavagem, os frutos são imersos em água para a retirada das sujidades aderidas aos frutos; na segunda, os frutos também são imersos em água para o amolecimento do epicarpo e do mesocarpo, com a finalidade de facilitar o processo de despolpamento, sendo que a água deve estar à temperatura ambiente ou na de 40 ºC a 60 ºC, não devendo exceder a esta indicação e o tempo de amolecimento varia de 10 a 60 minutos. Já a terceira lavagem, é feita com água clorada (20 a 50 mg/L de cloro ativo), por cerca de 20 a 40 minutos. A solução de cloro para a lavagem não deve ser utilizada para várias bateladas, pois o poder desinfetante da solução diminui em virtude da oxidação e da evaporação do cloro. Na quarta e última lavagem, o excesso de cloro é retirado por meio da lavagem por aspersão com água potável. Depois da lavagem e do amolecimento do epicarpo e do mesocarpo, os frutos são transferidos, por meio de esteira, até a base do transportador, do tipo rosca-sem-fim, que os conduz ao despolpador. No primeiro estágio do processamento, os frutos, com o auxílio de injeção de
  • 4. água, são despolpados, cuja operação consiste da remoção da polpa do açaí. O açaí obtido pelo despolpamento pode ser imediatamente embalado e congelado ou passar por tratamento térmico. No tratamento térmico (pasteurização), o produto é bombeado para o trocador de calor, do tipo tubular, sob a temperatura de 80 ºC a 85 ºC, durante 10 segundos, e imediatamente resfriado no próprio trocador de calor. No final do tratamento, o produto deve ser retirado com a temperatura de 5 ºC. A polpa de açaí é geralmente comercializada à temperatura ambiente quando é imediatamente consumida ou após certo período de refrigeração. Quando se destina aos comércios distantes, a polpa é congelada (ROGEZ, 2000). Entretanto, tal procedimento provoca danos irreversíveis alterando as propriedades originais do alimento como perdas vitamínicas, alterações reológicas e de cor (MENEZES, 2005). É altamente perecível, sendo que seu tempo máximo de conservação é de 12 horas (SOUZA et al., 1999; ROGEZ, 2000; SOUTO, 2001; ALEXANDRE et al., 2004). Os fatores responsáveis por essas modificações são de natureza microbiana, enzimática e química, resultando em alterações de cor e aparecimento do sabor azedo (QUEIROZ et al., 1998). A polpa desse fruto tem sido objeto de vários estudos devido seu valor nutritivo e sensorial (MENEZES, 2005), além de diversas propriedades farmacológicas e medicinais, incluindo anticarcinogênica, antiinflamatória e antimicrobiana, prevenindo a oxidação de proteínas de baixa densidade (LDL), enfermidades cardiovasculares e doenças neurológicas (KUSKOSKI et al., 2002; ALASALVAR et al., 2005). Outra propriedade a ser destacada é sua utilização no controle biológico ecologicamente correto do caramujo Biomphalaria grablata, hospedeiro intermediário na transmissão de esquistossomose, interferindo em seu ciclo de reprodução e, consequentemente, exterminando este molusco (SANTOS, 2001). No território brasileiro, distribui- se pelos estados do Pará, Amazonas, Maranhão e Amapá (LORENZI et al., 1996), além dos estados do Acre e Rondônia. O Pará é responsável por 95% da produção de açaí (HOMMA; FRAZÃO, 2002; OLIVEIRA et al., 2002; MENDES, 2003) e com esse mercado, gera mais de 25 mil empregos diretos e indiretos (ROGEZ, 2000). Em relação ao Amapá, o açaí representa uma das principais fontes alimentares diárias da população amapaense, principalmente para os ribeirinhos, sendo consumido “in natura” com açúcar, farinha de mandioca, camarão, peixe etc. Na capital, Macapá, o consumo diário varia entre 27.000 a 34.000 litros. Tradicionalmente, as populações rurais das ilhas colhem as frutas para a alimentação, venda ou troca e, inserem- se na economia regional através desta atividade, visando melhorar a renda e assegurar as condições de subsistência no ecossistema (POULET, 1997). Especificamente o município de Laranjal do Jarí/AP, situado às margens do Rio Jarí e fronteira com a cidade de Monte Dourado, distrito do município de Almerim, no Pará, muitas famílias buscaram nas áreas adjacentes ao Município do Laranjal do Jarí, atividades extrativistas como alternativa de subsistência. Até hoje, a economia é baseada na exploração de recursos naturais como mineração e extrativismo vegetal de espécies oleaginosas, cultivo de plantas medicinais e, principalmente, na coleta de castanha do Pará e açaí
  • 5. (http://www4.ap.gov.br/Portal_Gea/mu nicipios). Como resultado deste processo, houve a consolidação do extrativismo do açaí, justificado pelo preço e pela abundância de oferta do fruto na região do Vale do Jarí. Aos poucos, seu consumo foi incorporado à alimentação da população, como alimento complementar ou base da cesta alimentar, a exemplo de grande parte dos municípios da região Norte, aonde o seu consumo chega a compor 20% dos valores nutricionais das famílias, segundo dados da FAO/ONU (PRONAGER, 2005). Assim, diante do exposto acima, é possível perceber que, de acordo com os procedimentos adotados na produção do açaí e seus derivados, podem ocorrer alterações em sua qualidade, capazes de gerar inclusive danos à saúde humana. O presente estudo pretende verificar a qualidade do açaí oferecido à população por produtores do município de Laranjal do Jari, no estado do Amapá, através da avaliação da presença de componentes microscópicos estranhos que modificam as características aceitáveis por legislação do produto próprio para consumo humano. MATERIAL E MÉTODOS Os dados avaliados no presente estudo foram extraídos do Sistema de Gerenciamento de Amostras (SGA) da Divisão de Bromatologia e Química do Laboratório Central de Saúde Pública “Professor Reinaldo Damasceno” do Estado do Amapá (LACEN/AP), provenientes da análise de amostras de fruto e suco de açaí (E. oleracea Mart.) “in natura” dos 48 produtores do município de Laranjal do Jari/AP, conforme atividades do projeto denominado “Açaí da Amazônia – Gerando energia e renda ao produtor do Laranjal do Jari (PRONAGER)”. Todos os produtores eram membros da Associação dos Trabalhadores Extrativistas de Açaí dos Estados do Pará e Amapá – ATEAEPA. Este projeto objetivou fornecer aos participantes conhecimentos sobre as tecnologias específicas para armazenamento e conservação do fruto e da polpa de açaí, além do beneficiamento do caroço, transformando-o em outros produtos como ração animal, produção de mudas, combustível, óleo comestível, entre outros. As coletas foram realizadas antes do treinamento dos produtores pelos idealizadores do projeto. Elas começaram no ano de 2006, entre os meses de setembro e dezembro, resultando um total de 103 amostras. No ano de 2007, nos meses de junho e outubro, foram coletadas mais 65 amostras. Todas as amostras coletadas foram analisadas quanto aos parâmetros microbiológicos, físico-químicos e microscópicos. Em relação às análises microscópicas, foram realizados os seguintes ensaios: pesquisa de sujidade, de parasitas e larvas, de amido e de elementos histológicos. A metodologia utilizada para a realização destes ensaios foi baseada no livro “Métodos de análise microscópica de alimentos”, do Instituto Adolfo Lutz (1999), no tópico V, nos subtópicos 17.2, para a análise de frutas e seus produtos, e 29.1, para a análise de flores e frutos. Os resultados obtidos nas pesquisas de sujidade e parasitas e larvas foram utilizados para confecção de gráficos feitos através de planilhas eletrônicas. Para a pesquisa de amido, foi avaliada apenas a presença ou ausência deste elemento histológico. Em relação a histologia do produto, fez-
  • 6. se a identificação dos elementos histológicos típicos e essenciais do açaí (E. oleracea Mart.). RESULTADOS Os gráficos 1 e 2 apresentam a análise dos dados encontrados para os parâmetros sujidade e parasitas e larvas nas amostras de 85 frutos e 83 sucos de açaí “in natura” coletadas nos anos de 2006 e 2007, totalizando 168 amostras. As análises foram feitas de forma qualitativa, em que os parâmetros adotados neste estudo foram definidos subjetivamente. Para a avaliação do total de amostras de fruto e suco de açaí “in natura” no parâmetro sujidade foi considerada o conceito da Association of Official Analytical Chemistry (AOAC), na qual diz-se que matéria estranha é “qualquer material estranho ao produto, que se encontra associado a condições ou práticas inadequadas de produção, estocagem ou distribuição, incluindo sujidades, material decomposto e miscelâneas ou outras substâncias, excluindo-se bactérias”, que podem causar potenciais danos à saúde humana como insetos em qualquer fase de desenvolvimento, vivos ou mortos, ou seus fragmentos, ácaros, pêlos ou excrementos de animais, entre outros. Assim, como demonstrado no gráfico 1, observou-se que de todas as 85 amostras de fruto “in natura” analisadas aproximadamente 40% apresentou a ausência, 57,65% alguma presença e 2,35% abundância de matérias estranhas. Em relação ao suco do fruto “in natura”, notou-se que os resultados em relação a ausência e alguma presença de matérias estranhas foram aproximados aos encontrados nas amostras de fruto (39,76% e 60,24%, respectivamente); e nenhuma abundância dessas mesmas matérias. Estes dados mostram que o processo de preparo do suco a partir do fruto “in natura” pode ser uma das causas da maior quantidade de sujidade encontrada no suco. Gráfico 1. Resultados obtidos nas analises microscópicas de amostras de fruto e suco de açaí “in natura” nos anos de 2006 e 2007 em relação ao parâmetro sujidade. Quanto à pesquisa de parasitas e larvas (gráfico 2), notou-se que as amostras de fruto na sua totalidade não apresentaram contaminação por nenhuma espécie de parasita protozoário ou helmíntico, enquanto que nas amostras de suco foi encontrada apenas uma amostra com contaminação por protozoários de vida livre, denotando um caso isolado, mas que merece maior atenção em relação às Boas Práticas de Fabricação (BPF).
  • 7. Gráfico 2. Resultados obtidos nas analises microscópicas de amostras de fruto e suco de açaí “in natura” nos anos de 2006 e 2007 em relação ao parâmetro parasitas e larvas. Em relação à pesquisa de amido, a grande maioria das amostras de fruto “in natura” (74,12%) apresentou a presença deste elemento histológico; o oposto aconteceu com as amostras de suco em que a ausência deste elemento histológico foi preponderante (71,08%), o que demonstra que, durante o processamento do fruto, pode ocorrer a perda de amido já que a extração da polpa do suco é retirada do epicarpo e mesocarpo, partes mais externas do fruto. Quanto à pesquisa de elementos histológicos, os resultados comprovaram a presença somente da espécie E. oleracea, o açaí, em todas as amostras analisadas. Outro resultado importante observado durante a análise das amostras de açaí foi a presença de fragmentos de insetos em duas de fruto e uma amostra de suco, que não puderam ser identificados. Isto sugere que o processamento das amostras não foi realizada de forma adequada e que os produtores precisam estar mais atentos a este tipo de situação, principalmente depois das suspeitas de contaminação de polpas de açaí pelo protozoário flagelado Trypanossoma cruzi, causador da Doença de Chagas (SHIKANAI-YASUDA et al., 1990; BRASIL, 2005; NÓBREGA et al., 2009; BARBIERI, 2010; PEREIRA e SCHMIDT, 2010; PINTO et al., 2011; PASSOS et al., 2012). DISCUSSÃO Devido às suas propriedades nutritivas, farmacológicas e medicinais, o interesse pela ingestão do açaí na dieta alimentar dos brasileiros e de muitos estrangeiros veio aumentando nos últimos anos. Várias pesquisas foram e vêm sendo feitas para se descobrir mais benefícios que essa espécie amazônica possa vir a trazer a homens e mulheres de várias faixas etárias. Até o momento, os estudos feitos sobre o açaí têm se focado mais sobre a produção de palmeiras (QUEIROZ et al, 2001; QUEIROZ e JÚNIOR, 2001; SILVA et al, 2007), deficiência de nutrientes (CALBO e MORAES, 2000; VIÉGAS et al., 2004), nas questões de melhoramento genético (COSTA et al, 2001; LEDO et al, 2001; OLIVEIRA et. al, 2006; OLIVEIRA et. al, 2007), valor nutricional (MENEZES
  • 8. et. al, 2008), conservação (ALEXANDRE et al., 2004), diversidade e distribuição espacial (LIMA et al., 2003; SALM et al., 2007) e nos aspectos microbiológicos (VAZ, 2003; SOUZA et al., 2006) e físico- químicos do açaí (YUYAMA et al., 2002; GALLOTA e BOAVENTURA, 2005; GANTUSS, 2006; NASCIMENTO et al, 2008). Recentemente, pesquisou-se a determinação de sujidades leves por flutuação em polpas de açaí congeladas comercializadas em vários supermercados paulistas (PRADO et al., 2009). Em relação às análises microscópicas, a grande maioria destas é realizada através de adaptações feitas em métodos já aplicados a outras espécies vegetais que possuem uma distribuição mais equitativa nas várias regiões que compõem o território brasileiro. Como o açaí é uma espécie típica da região amazônica, a metodologia específica para analisar amostras “in natura” está sendo elaborada e sua viabilidade e eficácia na rotina de laboratório de análise de alimentos verificada. Para tanto, além das pesquisas realizadas, a ANVISA notou a necessidade de se elaborar normas técnicas para garantir a qualidade de todas as etapas de beneficiamento do fruto, já que na maioria das vezes é feito de forma artesanal, e na fabricação de inúmeros produtos a base desta espécie como polpas, sorvetes, cremes, xampus, entre outros. Entretanto, até o momento, a legislação só tem se referido a polpas de açaí industrializadas, em sua maioria direcionada a mercados distantes da região produtora, a região Norte, como o Sudeste e Sul e também para o exterior. A exemplo, tem-se a Resolução RDC nº 12 de 10 de setembro de 1999 da ANVISA, que dispõe sobre os padrões de identidade e qualidade para várias polpas de frutas industrializadas incluindo a de açaí e suas características físico-químicas, organolépticas, microbiológicas e microscópicas. Em relação a estas características, a polpa não deverá conter terra, sujidade, parasitas, fragmentos de inseto e pedaços das partes não comestíveis da fruta e da planta. Para a verificação dos padrões de qualidade das amostras de fruto e suco de açaí “in natura” nas análises realizadas no Laboratório de Microscopia de Produtos, do LACEN/AP, consumida na maioria das vezes, imediatamente após a extração dos frutos, a legislação utilizada foi a de RDC nº 218, de 29 de julho de 2005, na qual dispõe o regulamento técnico de procedimentos higiênicos-sanitários para manipulação de alimentos e bebidas preparados com vegetais. A metodologia aplicada nas análises realizadas nas amostras de fruto e suco “in natura” de açaí nesta pesquisa, baseada na metodologia analítica do IAL modificada no nosso laboratório, mostrou ser aplicável ao cotidiano do laboratório, para o controle microscópico destes produtos. A presença significativa de sujidades, tanto no fruto como no suco “in natura” corroboram com os dados encontrados por Ramos (2004) para polpas industrializadas de acerola, goiaba e manga, e Pereira et al. (2006), para polpas industrializadas de caju, goiaba e graviola, demonstrando que os produtores precisam de constante orientação em todas as etapas de beneficiamento do açaí, atentando para a lavagem correta dos frutos, utilização de água de boa qualidade e uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) na manipulação dessa matéria
  • 9. prima, evitando, assim, a contaminação do mesmo por fragmentos de insetos, excrementos de insetos, fungos, ácaros, dentre outros. Em relação à pesquisa da presença de amido de açaí, nas amostras analisadas no presente estudo foram encontrados o elemento histológico que também caracteriza esta espécie vegetal, diferentemente do encontrado por Borges et al. (2009), em polpas de açaí comercializadas no Estado do Pará. CONCLUSÕES A partir dos resultados apresentados nas análises microscópicas de amostras de fruto e suco “in natura” de açaí, coletadas no município de Laranjal do Jarí/AP, observou-se que a maioria dos produtores não está tomando as medidas necessárias para a fabricação com qualidade de produtos a base deste fruto. Assim, é de suma importância que a ANVISA/MS, órgão legislador para certificação da qualidade de produtos para o consumo humano, juntamente com os Laboratórios Centrais (LACENS) e Laboratórios Nacionais do Ministério da Agricultura (LANAGROS), presentes em várias regiões do país, elaborem uma metodologia específica oficial para a análise microscópica de amostras “in natura” dos mais variados produtos feitos à base de açaí para se verificar a qualidade que estes produtos estão sendo fabricados e comercializados, além de normas oficiais específicas de Boas Práticas de Fabricação (PBFs) para o controle da qualidade dos frutos e seus produtos. É evidente a importância de um esquema organizado de orientação aos produtores através de cursos informativos para a fabricação de produtos a base de açaí de modo a minimizar contaminações e possíveis fraudes de produtos a base deste fruto, devido ao grande valor socioeconômico do ponto de vista nacional e internacional, gerando empregos e impulsionando a economia local. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALASALVAR, C. et al. Effect of chill storage and modified atmosphere packing (MAP) on antioxidant activity, anthocyanins, carotenoids, phenolics and sensory quality of ready-to-eat shredded orange and purple carrots. Food Chemistry, v. 89, p. 69-76, 2005. ALBARICI, T.R.; PESSOA, J.D.C.; FORIM, M.R. Efeitos das variações de pH e temperatura sobre as anotcianinas na polpa de açaí – estudos espectrofotométricos e cromatográficos. São Carlos, nov. 2006. Disponível em: < www.cnpdia.embrapa.br%2Fpublicacoe s%2Fdownload.php%3Ffile%3DCT78_ 2006.pdf&ei=9PmEUsfKEfHd4AON_4 D4BA&usg=AFQjCNF3FB3V- LNcRd93ZqASYRQCMcVFKA>. Acesso em: 23/10/2008. ALEXANDRE, D.; CUNHA, R. L.; HUBINGER, M. D. Conservação do açaí pela tecnologia de obstáculos. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 24, n. 1, p. 114-119, 2004. ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY. Extraneous materials. In: ____. Official methods of analysis. 14th ed. Washington, D.C., 1984. p. 1141 (Tec. 44.002). BARBIERI, J. Pesquisa associa polpa de açaí à transmissão da doença de Chagas. Jornal da Unicamp, Campinas, 10 a 16 de mai. 2010, p. Disponível em:
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