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PRÁTICAS DISCURSIVAS NA CONTEMPORANEIDADE:  O DISCURSO COMO AGENTE DE MUDANÇAS  O que o YouTube, blogs e a produção de vídeos caseiros podem acrescentar ao livro didático no ensino de Inglês como língua estrangeira no Brasil?  Raquel Rodrigues 17ºInPLA  2009 1
Introdução Nesse trabalho procuro apresentar uma abordagem didática que utiliza blogs, o YouTube e vídeos digitais caseiros produzidos e editados pelos alunos para complementar o livro didático no ensino de inglês como língua estrangeira no Brasil. 2
Essas tecnologias recentes tem um potencial para transcender o livro texto e o material impresso, dando voz ao aluno e proporcionando uma percepção e produção de discurso, de natureza socioconstitutiva e dialógica que permeia a vida contemporânea e pode promover mudanças, com interações sociais que se constroem e são construídas a partir do discurso (BAKHTIN, 1929; FAIRCLOUGH, 1992; VYGOTSKY, 1978).  3
“Yes, technology is just a tool, but, like all tools, it mediates and transforms human activity.” 	(Warschauer, 2005) “Sim, a tecnologia é só uma ferramenta, mas, como todas as ferramentas, media e transforma a atividade humana.” 4
Princípios Nessa proposta o discurso é entendido dentro de uma perspectiva social, e não apenas lingüística, sendo a linguagem produto da interação do texto, seus interlocutores e do meio social em que estão inseridos (HALLIDAY, 1985). Esse trabalho pretende mostrar a produção de discursos multimodais e sua inserção em seus contextos específicos de modo que possam contribuir para o empoderamento e agenciamentodos alunos (FAIRCLOUGH, 1992). 5
Um breve histórico de call* *Computer-Assisted Language Learning (Aprendizagem assistida por computador) 6
Os três estágios de CALL 7
“O crescimento da comunicação mediada por computadore a internet, acima de qualquer coisa, que reformularam os usos de computadores para o aprendizado de língua. (...) com a rede (www), alunos de várias línguas tem acesso a uma quantidade de informação na língua-alvo sem precedentes, assim como possibilidades de publicar e distribuir sua própria produção de informação multimodal para uma audiência internacional.”   (Warschauer & Healey, 1998) 8
Hoje em dia o mais novo e mais fértil solo para possibilidades no aprendizado de língua em Tecnologia da Informação e Comunicaçãoparece ser a talWeb 2.0, termo cunhado por O’Reilly (2005) que é usado no meio para se referir a serviços como o blogs e YouTube, entre outros oferecidos na internet que ganharam destaque nos últimos anos. O ‘2.0’ designa uma segunda geração de interações na rede, aplicativos e comunidades virtuais. 9
No início a internethospedava websites, programas e aplicativos que tem sido chamados de ‘read-only’,ou ‘somente leitura’, um trocadilho com uma especificação dada a um tipo de documento que não pode ser alterado. Isso mudou e o que vemos são formas colaborativas e interativas de produzir e compartilhar conhecimento na mesma medida que se recebe. 10
“A Web está evoluindo para tornar-se mais uma área para trabalhar em uma rede social e de idéias. Alunos negociam significados e conexões dentro dos espaços sociais e redes de idéias dentro da Web 2.0, trocam e criam conteúdo, e colaboram de novas formas.” (Duffy, 2007).  Outra afirmação é que “saindo da réplica da mídia impressa (e das metáforas do livro), a rede começa a desenvolver sua própria identidade, menos focada no produto (como a impressão era) e mais voltada para o processo (como a vida é).” (Alm, 2006) 11
O que é um blog? Pra que blog? Oportunidade de tornar tarefas como ‘redação’ mais significativas, comunicativas, autênticas e sociointerativas.   Os alunos podem se expressar de modo mais espontâneo por um lado, devido à mídia e seu gênero, e por outro lado ter uma preocupação maior com a forma por estar tornando  sua produção escrita pública, na internet.  12
 Os alunos podem se beneficiar ao ler a produção do colega não só como insumo, mas como uma forma de interação social, compartilhando suas idéias com os colegas e o mundo.  O professor dá mais voz ao aluno, dando-lhe uma audiência internacional irrestrita e assim promovendo oportunidade para agenciamento e empoderamento. 13
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O que é o YouTube? Pra que isso?  O YouTube pode ser uma fonte democrática de insumo com discursos autênticos diversos passiveis de observação, formulação de hipóteses e análise crítica em torno da forma, do conteúdo/ sentido e do uso da língua.   Pode ser usado para introduzir o tema de uma lição contextualizando o aprendizado e engajando os alunos,ou substituir um lead-in do livro já datado.  18
Pra que vídeos caseiros? Oportunidade para experimentação, estímulo à criatividade, construção de conhecimento através de interação social e exercício de agenciamento.  Oportunidade para andaimento e lingualização durante o processo criativo.  Compartilhado no YouTube o vídeo pode ser acessado por qualquer pessoa no mundo.   A mídia é outra, com apelo visual e desenvolvendo outras habilidades também relevantes no século 21.  19
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“Incorporando o objetivo de agenciamento em CALL possibilitamos que o computador seja para os alunos um meio de deixar sua marca no mundo. Como exemplo devemos considerar a diferença entre ser o autor de um texto (i.e. escrever um texto para o professor) e ser autor de um documento multimídia que será disponibilizado na Internet. 21
No segundo caso, os alunos estão envolvidos em unir diversas mídias de forma criativa para compartilhar com uma vasta audiência internacional – e talvez até ajudando a ser o autor das regras pelas quais multimídia é criada, dada a atual explosão criativa de novas formas de expressão online. Auxiliando seus alunos a desempenhar proposta de tal autoria - realizando uma atividade significativa para uma audiência verdadeira – o professor está ajudando o aluno a exercer seu agenciamento.  22
A razão para estudar inglês então torna-se não apenas adquiri-lo como um sistema interno, mas para ser capaz de usar o inglês para ter um impacto real no mundo.” 	 (Warschauer, 2004) 23

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O que o YouTube, blogs e a produção de vídeos caseiros podem acrescentar ao livro didático no ensino de Inglês?

  • 1. PRÁTICAS DISCURSIVAS NA CONTEMPORANEIDADE: O DISCURSO COMO AGENTE DE MUDANÇAS O que o YouTube, blogs e a produção de vídeos caseiros podem acrescentar ao livro didático no ensino de Inglês como língua estrangeira no Brasil? Raquel Rodrigues 17ºInPLA 2009 1
  • 2. Introdução Nesse trabalho procuro apresentar uma abordagem didática que utiliza blogs, o YouTube e vídeos digitais caseiros produzidos e editados pelos alunos para complementar o livro didático no ensino de inglês como língua estrangeira no Brasil. 2
  • 3. Essas tecnologias recentes tem um potencial para transcender o livro texto e o material impresso, dando voz ao aluno e proporcionando uma percepção e produção de discurso, de natureza socioconstitutiva e dialógica que permeia a vida contemporânea e pode promover mudanças, com interações sociais que se constroem e são construídas a partir do discurso (BAKHTIN, 1929; FAIRCLOUGH, 1992; VYGOTSKY, 1978). 3
  • 4. “Yes, technology is just a tool, but, like all tools, it mediates and transforms human activity.” (Warschauer, 2005) “Sim, a tecnologia é só uma ferramenta, mas, como todas as ferramentas, media e transforma a atividade humana.” 4
  • 5. Princípios Nessa proposta o discurso é entendido dentro de uma perspectiva social, e não apenas lingüística, sendo a linguagem produto da interação do texto, seus interlocutores e do meio social em que estão inseridos (HALLIDAY, 1985). Esse trabalho pretende mostrar a produção de discursos multimodais e sua inserção em seus contextos específicos de modo que possam contribuir para o empoderamento e agenciamentodos alunos (FAIRCLOUGH, 1992). 5
  • 6. Um breve histórico de call* *Computer-Assisted Language Learning (Aprendizagem assistida por computador) 6
  • 7. Os três estágios de CALL 7
  • 8. “O crescimento da comunicação mediada por computadore a internet, acima de qualquer coisa, que reformularam os usos de computadores para o aprendizado de língua. (...) com a rede (www), alunos de várias línguas tem acesso a uma quantidade de informação na língua-alvo sem precedentes, assim como possibilidades de publicar e distribuir sua própria produção de informação multimodal para uma audiência internacional.” (Warschauer & Healey, 1998) 8
  • 9. Hoje em dia o mais novo e mais fértil solo para possibilidades no aprendizado de língua em Tecnologia da Informação e Comunicaçãoparece ser a talWeb 2.0, termo cunhado por O’Reilly (2005) que é usado no meio para se referir a serviços como o blogs e YouTube, entre outros oferecidos na internet que ganharam destaque nos últimos anos. O ‘2.0’ designa uma segunda geração de interações na rede, aplicativos e comunidades virtuais. 9
  • 10. No início a internethospedava websites, programas e aplicativos que tem sido chamados de ‘read-only’,ou ‘somente leitura’, um trocadilho com uma especificação dada a um tipo de documento que não pode ser alterado. Isso mudou e o que vemos são formas colaborativas e interativas de produzir e compartilhar conhecimento na mesma medida que se recebe. 10
  • 11. “A Web está evoluindo para tornar-se mais uma área para trabalhar em uma rede social e de idéias. Alunos negociam significados e conexões dentro dos espaços sociais e redes de idéias dentro da Web 2.0, trocam e criam conteúdo, e colaboram de novas formas.” (Duffy, 2007). Outra afirmação é que “saindo da réplica da mídia impressa (e das metáforas do livro), a rede começa a desenvolver sua própria identidade, menos focada no produto (como a impressão era) e mais voltada para o processo (como a vida é).” (Alm, 2006) 11
  • 12. O que é um blog? Pra que blog? Oportunidade de tornar tarefas como ‘redação’ mais significativas, comunicativas, autênticas e sociointerativas. Os alunos podem se expressar de modo mais espontâneo por um lado, devido à mídia e seu gênero, e por outro lado ter uma preocupação maior com a forma por estar tornando sua produção escrita pública, na internet. 12
  • 13. Os alunos podem se beneficiar ao ler a produção do colega não só como insumo, mas como uma forma de interação social, compartilhando suas idéias com os colegas e o mundo. O professor dá mais voz ao aluno, dando-lhe uma audiência internacional irrestrita e assim promovendo oportunidade para agenciamento e empoderamento. 13
  • 14. 14
  • 15. 15
  • 16. 16
  • 17. 17
  • 18. O que é o YouTube? Pra que isso? O YouTube pode ser uma fonte democrática de insumo com discursos autênticos diversos passiveis de observação, formulação de hipóteses e análise crítica em torno da forma, do conteúdo/ sentido e do uso da língua. Pode ser usado para introduzir o tema de uma lição contextualizando o aprendizado e engajando os alunos,ou substituir um lead-in do livro já datado. 18
  • 19. Pra que vídeos caseiros? Oportunidade para experimentação, estímulo à criatividade, construção de conhecimento através de interação social e exercício de agenciamento. Oportunidade para andaimento e lingualização durante o processo criativo. Compartilhado no YouTube o vídeo pode ser acessado por qualquer pessoa no mundo. A mídia é outra, com apelo visual e desenvolvendo outras habilidades também relevantes no século 21. 19
  • 20. 20
  • 21. “Incorporando o objetivo de agenciamento em CALL possibilitamos que o computador seja para os alunos um meio de deixar sua marca no mundo. Como exemplo devemos considerar a diferença entre ser o autor de um texto (i.e. escrever um texto para o professor) e ser autor de um documento multimídia que será disponibilizado na Internet. 21
  • 22. No segundo caso, os alunos estão envolvidos em unir diversas mídias de forma criativa para compartilhar com uma vasta audiência internacional – e talvez até ajudando a ser o autor das regras pelas quais multimídia é criada, dada a atual explosão criativa de novas formas de expressão online. Auxiliando seus alunos a desempenhar proposta de tal autoria - realizando uma atividade significativa para uma audiência verdadeira – o professor está ajudando o aluno a exercer seu agenciamento. 22
  • 23. A razão para estudar inglês então torna-se não apenas adquiri-lo como um sistema interno, mas para ser capaz de usar o inglês para ter um impacto real no mundo.” (Warschauer, 2004) 23