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O tema trata do nosso objetivo de Vida.
Todos queremos ser felizes! – Ocorre que, às
vezes, nos equivocamos nos caminhos que a
ela conduzem, por não compreendermos o seu
real significado.
3. O QUE É A FELICIDADE?
3
Podemos descrevê-la como sensação de muita
satisfação, bem-estar, alegria intensa.
Podemos deduzir também que, se somos filhos
de Deus, e se Ele é onipotente, onisciente,
infinitamente justo e bom, poderemos ser muito
felizes,
bastando para isso querermos.
4. 4
O conceito de felicidade varia de pessoa
para pessoa, e em cada momento da
nossa vida.
Quando estamos enfermos,
a recuperação da saúde seria
a nossa felicidade.
E envidamos todos os
esforços para conquistá-la.
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Se estamos desempregados, um
emprego se constituiria em felicidade,
por algum tempo.
Se somos solteiros e desejamos unir-
nos a alguém, nossa felicidade seria
encontrar a pessoa certa, para
compartilhar do nosso afeto.
Os que padecem fome e frio,
encontrariam a felicidade num
agasalho e na alimentação que refaz.
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“(...) a felicidade é um estado de bem-estar que se
irradia, alcançando outros indivíduos ao invés de
recolher-se em detrimento do próximo.
Qual uma luz, expande-se em todas as
direções, sem perder a plenitude do centro
de onde se agiganta.”
(JOANNA DE ÂNGELIS: O Homem Integral, Cap.12)
7. A PROCURA PELA
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A ausência do mal e fruição do bem é a
aspiração de todo ser humano.
Esta procura contstante é o pólo oculto que
magnetiza o dinamismo humano. Mesmo os
gestos mais simples são atravessados por esse
magnetismo.
Se este cessasse, o homem perderia o sentido
de viver e seria prostrado pelo tédio.
Assim, todo homem tem na vida momentos de
felicidade e gostaria que esses momentos nunca
mais acabassem.
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OS CAMINHOS
PROCURADOS
Todos buscam a felicidade,
porém por caminhos
diferentes...
Posse de riquezas, prazeres
sexuais, diversões,
glutonaria, fama, prestígio,
poder...
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Muitos aceitam imensos sacrifícios e correm riscos
para chegar ao topo.
Mas quem conseguiu atingir estas metas, em geral,
constatou que a felicidade não se encontra lá.
A conquista de bens materiais oferece-nos bem-estar,
conforto... A felicidade é uma conquista muito mais
ampla, porque envolve a realização do ser
espiritual.
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Kardec indaga aos
Espíritos se "Pode o
homem gozar de
completa felicidade na
Terra.” Os Benfeitores
respondem: “Não, por isso
que a vida lhe foi dada
como prova ou expiação...”
E, estando inseridos num
mundo de expiações e
provas, onde ainda há
tanto sofrimento, pergunta-
se: será que podemos ser
plenamente felizes?
FELICIDADE NO PLANETA
TERRA
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Como as nossas encarnações na Terra destinam-
se a vencer provas e resgatar o passado por
meio de expiações às vezes dolorosas, resta-
nos a resignação e a conformação diante do
sofrimento.
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Não é feliz o homem em possuir ou deixar de
possuir, mas pela forma como possui ou
como encara a falta de posse.
A felicidade esteve sempre dentro de nós, o
problema é que sempre procurámos fora. Daí a
dificuldade em encontrá-la.
Com o espiritismo, a felicidade deixa de ser uma
conquista a posteriori e passa a ser – mesmo
dentro da relatividade da vida na Terra – uma
proposta de vida para este momento.
A felicidade está vinculada à arte de amar. E
amar é aquela condição em que a felicidade de
outra pessoa é essencial à nossa própria
felicidade.
NOVA VISÃO DA FELICIDADE
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Se construída nas bases da renúncia e da
abnegação a felicidade não é imediata, fugaz,
arrebatadora e transitória.
Emmanuel nos diz que a felicidade existe sim,
porém, para usufruí-la no Outro Mundo,
precisamos aqui na Terra admitir “que ninguém
pode ser realmente feliz sem fazer a felicidade
alheia no caminho que avança”.
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Situando no “amar ao próximo como a si mesmo”
a pedra fundamental da felicidade, Cristo
condiciona a existência humana ao supremo
esforço do labor do bem dirigido a tudo e todos,
e elucida que cada um possui o que doa.
A felicidade é o bem que
alguém proporciona ao
seu próximo.
A alegria de fazer feliz é a
felicidade em forma de
alegria.
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A nossa felicidade será do tamanho da felicidade
que proporcionarmos ao próximo.
A felicidade deixa de ser uma utopia e passa a
ser uma opção, pois o homem é o ser co-criador
do seu próprio futuro, através das escolhas que
realiza no seu dia-a-dia.
16. FELICIDADE POSSÍVEL
por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco
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Acreditavas que a felicidade seria semelhante a
uma ilha fantástica de prazer constante e paz
permanente. Um lugar onde não houvesse
preocupação, nem se apresentasse a dor; no
qual os sorrisos brilhassem nos lábios, e a beleza
engrinaldasse de festa as criaturas.
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Uma felicidade feita de fantasias parecia ser a tua
busca.
Planeastes a vida, objetivando encontrar esse
reino encantado, onde, por fim, descansasses da
fadiga, da aflição e fruísses a harmonia.
Passam-se anos, e somas
frustações, anotando
desencantos e amarguras,
sem anelada conquista.
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Lentamente, entregas-te ao desânimo, e sentes
que estás discriminado no mundo, quando vês as
propagandas apresentadas pela mídia, nas quais
desfilam os jovens, belos e jubilosos,
desperdiçando saúde, usando cigarros e bebidas
famosas, brincando em iates de luxo, invejáveis,
triunfantes...
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Não sabes quanto custa, em sacrifício e dor,
alcançar o topo da fama e permanecer lá.
Sob quase todos aqueles sorrisos, que são
estudados, estão a face da amargura e as marcas
do arrependimento.
Felicidade, porém, é conquista íntima.
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Todos os que se encontram na Terra, nascidos em
berços de ouro ou de palha, homenageados ou
desprezados, belos ou feios, são feitos do
mesmo barro frágil de carne, e experimentam, de
uma ou de outra forma, vicissitudes, decepções,
doenças e desconforto.
Ninguém, no mundo terreno, vive em regime
especial. O que parece, não excede a imagem, a
ilusão.
Se desejas ser feliz, vive, cada momento, de forma
integral, reunindo as quotas de alegria, de
esperança, de sonho, de bênção, num painel
plenificador.
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As ocorrências de dor são experiências para as de
saúde e de paz.
A felicidade não
são coisas: é um
estado interno,
uma emoção.
Abençoa os acidentes de percurso, que denominas
como desdita, segue na direção das metas, e verás
quantas concessões de felicidade pela frente,
aguardando por ti.
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“Assim, pois, meus queridos filhos, que cada um
de vós se despoje do homem velho. Deveis
todos consagrar-vos à propagação desse
Espiritismo que já deu começo à vossa própria
regeneração. Que nesta reunião solene todos os
vossos corações aspirem a esse grandioso
objetivo de preparar para as gerações
porvindouras um mundo onde já não seja
vã a palavra felicidade.”
François-Nicolas-
Madeleine, cardeal
Morlot. (Paris, 1863.)
KARDEC, Allan. O
Evangelho Segundo o
Espiritismo. FEB.
Capítulo 5
23. SEJAMOS FELIZES!
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O homem só é infeliz devido à importância que
liga às coisas deste mundo. Fazem-lhe a
infelicidade a vaidade, a ambição e a
cobiça desiludidas. Se se colocar fora do círculo
acanhado da vida material, se elevar seus
pensamentos para o infinito, que é seu destino,
mesquinhas e pueris lhe parecerão as
vicissitudes da Humanidade, como o
são as tristezas da criança que se
aflige pela perda de um brinquedo,
que resumia a sua felicidade suprema.
Livro dos Espíritos – Q.933