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LITERATURA DE CORDEL: A ORALIDADE DO CORDEL ENQUANTO VOZ
POPULAR
Este trabalho, surgido a partir de estudos realizados no subprojeto de “Arte e Literatura” do Programa
Institucional de Iniciação a Docência (PIBID) que se desenvolve no Instituto Federal de Educação
Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), investigou na literatura de cordel, surgida na Europa feudal do
século XII, as inúmeras formas pelas quais o povo resguarda sua identidade, expondo a relevância da
oralidade. É através da voz que a identidade do cordel pode assumir diversos significados, principalmente
os de caráter extratextual, que surgem a partir da “performance” do cordelista. Essa forma poética, que
se situa entre a oralidade e a escrita, insere-se no que Paul Zumthor denomina “oralidade mista”, isto é,
oralidade marcada pela coexistência com uma cultura escrita, que se reflete em seus estilhaços, numa
instância em que não mais se reconhecem os traços originais de cada um deles, fundidos e confundidos
no ponto de cruzamento das linguagens que sugerem, no âmbito da literatura, uma resistência inerente ao
cordel. Tais folhetos populares que são quase sempre transgressores; escapam do silêncio dos textos e
ganham as ruas, transformando o cordel em porta-voz das camadas marginalizadas refletindo em suas
rimas e versos o que por vezes é ignorado.
Palavras-chave: literatura de cordel; oralidade; escrita; voz
Amanda Maia
Sabrina Arrais

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LITERATURA DE CORDEL: A ORALIDADE DO CORDEL ENQUANTO VOZ POPULAR

  • 1. LITERATURA DE CORDEL: A ORALIDADE DO CORDEL ENQUANTO VOZ POPULAR Este trabalho, surgido a partir de estudos realizados no subprojeto de “Arte e Literatura” do Programa Institucional de Iniciação a Docência (PIBID) que se desenvolve no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), investigou na literatura de cordel, surgida na Europa feudal do século XII, as inúmeras formas pelas quais o povo resguarda sua identidade, expondo a relevância da oralidade. É através da voz que a identidade do cordel pode assumir diversos significados, principalmente os de caráter extratextual, que surgem a partir da “performance” do cordelista. Essa forma poética, que se situa entre a oralidade e a escrita, insere-se no que Paul Zumthor denomina “oralidade mista”, isto é, oralidade marcada pela coexistência com uma cultura escrita, que se reflete em seus estilhaços, numa instância em que não mais se reconhecem os traços originais de cada um deles, fundidos e confundidos no ponto de cruzamento das linguagens que sugerem, no âmbito da literatura, uma resistência inerente ao cordel. Tais folhetos populares que são quase sempre transgressores; escapam do silêncio dos textos e ganham as ruas, transformando o cordel em porta-voz das camadas marginalizadas refletindo em suas rimas e versos o que por vezes é ignorado. Palavras-chave: literatura de cordel; oralidade; escrita; voz Amanda Maia Sabrina Arrais