1. Escola Secundária de Benavente Disciplina de Filosofia SimoneWeil Trabalho realizado por: António Valente Cláudio Gonçalves João Paulo Oliveira Pavel Petrov Sérgio Fernando 11.ºA
3. Vida Simone Adolphine Weil nasceu em Paris, a 3 de Fevereiro de 1909, e morreu em Ashford, a 24 de Agosto de 1943, durante uma greve de fome num protesto contra as condições dos prisioneiros de guerra. Era, portanto, uma defensora dos direitos humanos. Foi uma escritora e filósofa francesa, tornou-se operária da Renault para escrever sobre o quotidiano dentro das fábricas. De família judia não-praticante, seu irmão chamava-se André Weil, com o qual cresceu ateia. Desde cedo que defende causas que considerava importantes, revelando também um intelecto fora do comum e uma propensão à aprendizagem de novas línguas. De facto, aos doze anos de idade já falava grego arcaico. Aos 15, obteve uma licenciatura em filosofia e nos três anos seguintes estudou para o exame da Ecole Normale Supérieure tendo como tutor filósofo Alain.
4. Em 1931, Simone Weil tornou-se professora numa escola secundária feminina na terra de Le Puy. Embora fosse professora, costumava trabalhar em fazendas e quintas, pois segundo Simone, o mundo é o local adequado para um intelectual estar. As suas ideias controversas fizeram com que fosse transferida de escola, e consequentemente de cidade.
5. Vida No Verão de 1932 viajou para a Alemanha e registou as suas opiniões controversas sobre a ascensão do partido nazista e inclusive comparou o capitalismo estatal russo com o nazismo. As suas opiniões foram publicadas em jornais franceses. Em 1934 Simone decidiu trabalhar com os operários. No entanto sofre de uma inflamação na pleura devido ao desgaste. Esta sua experiência fabril leva-a a escrever vários textos sobre a relação entre a máquina e o homem, os limites físicos do ser humano e a forma como a sociedade está organizada. Em 1936 juntou-se aos anarquistas na guerra civil espanhola, mas teve que retirar-se para Itália para recobro físico. Escreveu vários artigos desincentivando a guerra. Fortes dores de cabeça levaram Simone a deixar de leccionar.
6. Vida Com tempo livre, Simone tornou-se adepta da literatura, não só ficcional, como científica, matemática e religiosa. Em 1939 Simone refugia-se em Marselha com receio da ameaça Alemã, onde colabora com um jornal editado por escritores igualmente refugiados. Aí em Marselha começou a trabalhar no campo tomando uma vida modesta e dura, continuando a escrever tanto ou mais que antes. Começou a aplicar e combinar tópicos que aprendera na sua experiência literária de maneira impensável e convincente. Refugia-se nos Estados Unidos da América, e entra em contacto com o governo francês refugiado em Londres. Viaja para Londres com fim a planear a reorganização do seu país quando a guerra acabasse, mas decepcionada com os ideais dos britânicos, entrou em greve de fome o que lhe valeu um lugar no hospital.
7. Vida Recupera e escreve “O Enraizamento” onde clarifica como seria uma sociedade sem opressão. Em 1943 é-lhe diagnosticada tuberculose, e é enviada para um sanatório. Recusa-se a comer, afirmando que os refugiados em França aproveitariam melhor a comida que ela. Morre de paragem cardíaca.
8. Algumas obras 1953 - Cahiers, II, Coll. L'Épi, Paris, Plon, 1953 ; edição revista e aumentada, 1955 - Oppression et liberté, Coll. Espoir, Paris, Gallimard, 1955. 1955 - Venisesauvée, Gallimard. 1956 - Cahiers, III, Coll. L'Épi, Paris, Plon, 1956 ; edição revista e aumentada, 1974. 1957 - Écrits de Londres etdernièreslettres, Coll. Espoir, Paris, Gallimard. 1959 - Leçons de philosophie (Roanne 1933-1934), transcritas e apresentadas por AnneReynaud-Guérithault, Paris, Plon 1959 ; Coll. 10/18, Paris, UGD, 1970. 1960 - Écritshistoriqueset politiques (Coletânea de textos).CollectionEspoir. Paris: ÉditionsGallimard, 1960, 413 páginas. 1962 - Penséessansordreconcernantl'amour de Dieu, Paris, Gallimard. 1966 - Surlascience, Paris, Gallimard. 1988 - Œuvrescomplètes, Paris, Gallimard. Tomo 1 : Premiersécritsphilosophiques, Tomo 2 : Écritshistoriqueset politiques.
9. Citações Coisas fazem o papel de homens, o papel de coisas. Aí jaz a raiz do mal. Tema: Proletariado A alegria é a nossa evasão do tempo Tema: Alegria A beleza é a harmonia entre o acaso e o bem Tema: Beleza O bem é aquilo que dá maior realidade aos seres e às coisas; o mal é aquilo que disso os priva Tema: Bem Nós não possuímos nada no mundo - pois o acaso pode tirar-nos tudo - salvo a capacidade de dizer eu. Eis o que é preciso dar a Deus, quer dizer, destruir Tema: Propriedade A pureza é a capacidade de contemplar a mácula Tema: Pureza A palavra ''Revolução'' é uma palavra pela qual se mata, pela qual se morre, pela qual se mandam massas populares para a morte. Mas que não tem nenhum conteúdo Tema: Revolução Pensa-se hoje na revolução, não como maneira de se solucionarem problemas postos pela actualidade, mas como um milagre que nos dispensa de resolver problemas Tema: Revolução De entre os seres humanos, apenas conhecemos completamente a existência daqueles a quem amamos Tema: Ser Amado
10. Pensamentos A Fronteira entre a Inteligência e o Dogma A função própria da inteligência exige uma liberdade total, implicando o direito a tudo negar e nenhuma dominação. Sempre que ela usurpa um comando, há excesso de individualismo. Uma colectividade é guardiã do dogma; e o dogma é um objecto de contemplação para o amor, a fé e a inteligência, três faculdades estritamente individuais. A Oportunidade de nos Vencermos a nós Próprios Um povo de ociosos bem que se poderia divertir a construir obstáculos para si, exercitando-se nas ciências, nas artes, nos jogos; mas os esforços que procedem apenas da fantasia não constituem para o homem um meio de dominar as suas próprias fantasias. São os obstáculos com que deparamos e que é preciso superar que fornecem a oportunidade de nos vencermos a nós mesmos. Mesmo as actividades aparentemente mais livres, ciência, arte, desporto, só têm valor na medida em que imitam a exactidão, o rigor, o escrúpulo próprios dos trabalhos e até os exageram.