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 Cinqüenta anos depois da publicação do
Manifesto comunista, por Marx e Engels,
num momento em que o capitalismo
estava mais desenvolvido e
burocratizado, Weber escreveu sobre as
questões do poder de da política.
Questionava: como será possível o
individuo manter sua independência
diante dessa total burocratização na
vida? Esse foi o tema central da
Sociologia política weberiana.
 Se Durkheim tinha como foca a
sociedade francesa, Weber
manifestava uma preocupação
especifica com a estrutura política
alemã, mas levava em conta também
o sistema político dos Estados
Unidos e da Inglaterra. Além disso,
estava atento ao que acontecia na
Rússia, principalmente após a
revolução de 1905.
 Para ele, na Alemanha unificada por Otto
Von Bismarck, o Estado era
fundamentado nos seguintes setores da
sociedade: o Exército, os junkers (grandes
proprietários de terrar), os grandes
industriais e a elite do serviço publico
(alta burocracia). Em 1917, escrevendo
sobre o Bismarck, dizia que este havia
deixado uma nação sem educação e sem
vontade politica, acostumada a aceitar
que o grande líder decidisse por ela.
 Ao analisar o Estado alemão, Weber
afirma que o verdadeiro poder estatal
está nas mãos da burocracia militar e
civil. Portanto, para ele, o “Estado é uma
relação de homens dominando homens”
mediante, a violência considerada
legitima, e uma “associação compulsória
que organiza a dominação”.
 Para que essa relação
exista, é necessário
que os dominados
obedeçam à
autoridade dos que
detêm o poder.
 Mas o que legitima
esse domínio? Para
Weber há três formas
de dominação
legitima: a tradicional,
a carismática e a legal.
 A dominação tradicional é legitima pelos
costumes, normas e valores tradicionais e
pela “orientação habitual para o
conformismo”. É exercida pelo patriarca
ou pelos príncipes patrimoniais.
 A dominação carismática esta fundada
na autoridade do carisma pessoas (o
“dom da graça”), da confiança na
revelação, do heroísmo ou de qualquer
qualidade de liderança individual. É
exercida pelos profetas das religiões,
lideres militares, heróis revolucionários e
lideres de um partido.
 A dominação legal é legitimada pela
legalidade que decorre de um estatuto,
da competência funcional e de regras
racionalmente criadas. Está presente no
comportamento dos “servidores do
Estado”.
 Para Max Weber, portanto, o Estado é
uma organização sem conteúdo inerente;
apenas mais uma das muitas
organizações burocratas da sociedade.
 O que é um estado? Sociologicamente, o
estado não pode ser definido em termos
de seus fins. Dificilmente haverá
qualquer tarefa que uma associação
política não tenha tomado em suas mãos,
e não há tarefa que não se possa dizer
que tenha sido sempre, exclusivamente e
peculiarmente, das associações
designadas como políticas.
 Hoje o estado, ou, historicamente, as
associações que foram predecessores do
estado moderno. Em última análise, só
podemos definir o estado moderno
sociologicamente em termos dos meios
específicos peculiares a ele, como
peculiares a toda associação política, ou
seja, o uso da força física.
 ‘Todo Estado se funda na força’, disse
Trotski em Brest-Litovsk. Isso é
realmente certo. Se não existissem
instituições sociais que conhecessem o
uso da violência, então o conceito de
‘Estado’ seria eliminado, e surgiria uma
situação que poderíamos designar como
‘anarquia’, no sentido específico da
palavra.
 É claro que a força não é meio normal, nem o
único do estado – ninguém o afirma – mais um
meio especifico ao estado. Hoje, as relações
entre o estado e a violência são especialmente
intimas. [...] porem, temos de dizer que o
estado é uma comunidade humana que
pretende, com este êxito, o monopólio do uso
legitimo da força física dentro de um
determinado território. [...] Especialmente, no
momento presente, direito de usar força física é
atribuído a outras instituições ou pessoas
apenas na medida em que o estado o permite.
 O estado é considerado como a única
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  • 2.  Cinqüenta anos depois da publicação do Manifesto comunista, por Marx e Engels, num momento em que o capitalismo estava mais desenvolvido e burocratizado, Weber escreveu sobre as questões do poder de da política. Questionava: como será possível o individuo manter sua independência diante dessa total burocratização na vida? Esse foi o tema central da Sociologia política weberiana.
  • 3.  Se Durkheim tinha como foca a sociedade francesa, Weber manifestava uma preocupação especifica com a estrutura política alemã, mas levava em conta também o sistema político dos Estados Unidos e da Inglaterra. Além disso, estava atento ao que acontecia na Rússia, principalmente após a revolução de 1905.
  • 4.  Para ele, na Alemanha unificada por Otto Von Bismarck, o Estado era fundamentado nos seguintes setores da sociedade: o Exército, os junkers (grandes proprietários de terrar), os grandes industriais e a elite do serviço publico (alta burocracia). Em 1917, escrevendo sobre o Bismarck, dizia que este havia deixado uma nação sem educação e sem vontade politica, acostumada a aceitar que o grande líder decidisse por ela.
  • 5.  Ao analisar o Estado alemão, Weber afirma que o verdadeiro poder estatal está nas mãos da burocracia militar e civil. Portanto, para ele, o “Estado é uma relação de homens dominando homens” mediante, a violência considerada legitima, e uma “associação compulsória que organiza a dominação”.
  • 6.  Para que essa relação exista, é necessário que os dominados obedeçam à autoridade dos que detêm o poder.  Mas o que legitima esse domínio? Para Weber há três formas de dominação legitima: a tradicional, a carismática e a legal.
  • 7.  A dominação tradicional é legitima pelos costumes, normas e valores tradicionais e pela “orientação habitual para o conformismo”. É exercida pelo patriarca ou pelos príncipes patrimoniais.
  • 8.  A dominação carismática esta fundada na autoridade do carisma pessoas (o “dom da graça”), da confiança na revelação, do heroísmo ou de qualquer qualidade de liderança individual. É exercida pelos profetas das religiões, lideres militares, heróis revolucionários e lideres de um partido.
  • 9.  A dominação legal é legitimada pela legalidade que decorre de um estatuto, da competência funcional e de regras racionalmente criadas. Está presente no comportamento dos “servidores do Estado”.  Para Max Weber, portanto, o Estado é uma organização sem conteúdo inerente; apenas mais uma das muitas organizações burocratas da sociedade.
  • 10.  O que é um estado? Sociologicamente, o estado não pode ser definido em termos de seus fins. Dificilmente haverá qualquer tarefa que uma associação política não tenha tomado em suas mãos, e não há tarefa que não se possa dizer que tenha sido sempre, exclusivamente e peculiarmente, das associações designadas como políticas.
  • 11.  Hoje o estado, ou, historicamente, as associações que foram predecessores do estado moderno. Em última análise, só podemos definir o estado moderno sociologicamente em termos dos meios específicos peculiares a ele, como peculiares a toda associação política, ou seja, o uso da força física.
  • 12.  ‘Todo Estado se funda na força’, disse Trotski em Brest-Litovsk. Isso é realmente certo. Se não existissem instituições sociais que conhecessem o uso da violência, então o conceito de ‘Estado’ seria eliminado, e surgiria uma situação que poderíamos designar como ‘anarquia’, no sentido específico da palavra.
  • 13.  É claro que a força não é meio normal, nem o único do estado – ninguém o afirma – mais um meio especifico ao estado. Hoje, as relações entre o estado e a violência são especialmente intimas. [...] porem, temos de dizer que o estado é uma comunidade humana que pretende, com este êxito, o monopólio do uso legitimo da força física dentro de um determinado território. [...] Especialmente, no momento presente, direito de usar força física é atribuído a outras instituições ou pessoas apenas na medida em que o estado o permite.
  • 14.  O estado é considerado como a única fonte de “direito” de usar a violência. Daí “policia”, para nós, significa a participação do poder ou a luta para influir na distribuição de poder, seja entre estados ou entre grupos dentro de um estado.