SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 24
Baixar para ler offline
Presidente
Luiz Inácio Lula da Silva
Ministro da Educação
Tarso Genro
Secretário Executivo
Fernando Haddad
Secretária de Educação Especial
Claudia Pereira Dutra
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Secretaria de Educação Especial
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A FAMÍLIA
Brasília - 2004
Série: EDUCAÇÃO INCLUSIVA
1. A Fundamentação Filosófica
2. O Município
3 A Escola
4 A Família
FICHA TÉCNICA
Coordenação Geral
Secretaria de Educação Especial/Ministério da Educação
Organização
Maria Salete Fábio Aranha
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Centro de Informação e Biblioteca em Educação (CIBEC)
E24e Educação inclusiva : v. 4 : a família / coordenação geral SEESP/MEC ; organização
Maria Salete Fábio Aranha. – Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Edu-
cação Especial, 2004.
17 p.
1. Educação inclusiva. 2. Educação infantil. 3. Atitude da família. I. Brasil. Secre-
taria de Educação Especial. II. Aranha, Maria Salete F.. III. Título
CDU: 37.014.53
376.014
UM NOVO TEMPO
Assegurar a todos a igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, sem
qualquer tipo de discriminação, é um princípio que está em nossa Constituição desde 1988,
mas que ainda não se tornou realidade para milhares de crianças e jovens: meninas e adolescen-
tes que apresentam necessidades educacionais especiais, vinculadas ou não a deficiências.
A falta de um apoio pedagógico a essas necessidades especiais pode fazer com que essas
crianças e adolescentes não estejam na escola: muitas vezes as famílias não encontram esco-
las organizadas para receber a todos e, fazer um bom atendimento, o que é uma forma de
discriminar. A falta desse apoio pode também fazer com que essas crianças e adolescentes
deixem a escola depois de pouco tempo, ou permaneçam sem progredir para os níveis mais
elevados de ensino, o que é uma forma de desigualdade de condições de permanência.
Em 2003, o Brasil começa a construir um novo tempo para transformar essa realidade.
O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial, assume o compro-
misso de apoiar os estados e municípios na sua tarefa de fazer com que as escolas brasileiras
se tornem inclusivas, democráticas e de qualidade.
Este compromisso se concretiza com a implementação do Programa Educação Inclusiva:
Direito à Diversidade. Temos por objetivo compartilhar novos conceitos, informações e metodolo-
gias - no âmbito da gestão e também da relação pedagógica em todos os estados brasileiros.
Estes Referenciais que acompanham o programa se constituem em importantes subsídi-
os que abordam o planejamento da gestão da educação. Os textos apresentam a gestão sob
diferentes enfoques: o papel do município, o papel da escola e o papel da família, desenvolvi-
dos a partir de uma fundamentação filosófica que afirma uma concepção da educação especial
tendo como pressuposto os direitos humanos.
Queremos fazer com que todas as pessoas que integram as comunidades escolares
brasileiras estejam mobilizadas para a mudança. Queremos fazer com que todos os municípi-
os de nosso País tenham um Plano de Educação inclusivo, construído democraticamente.
Vamos juntos, fazer com que a escola brasileira se torne um marco desse Novo Tempo, e
ajude a fazer do Brasil um País de Todos!
Claudia Pereira Dutra
Secretária de Educação Especial
Í N D I C E
A FAMÍLIA ............................................................................................
INDICADORES .................................................................................................
Sistema organizado e ágil de atenção pré-natal a gestantes e seus familiares ....
Sistema eficiente de informações sobre os serviços de saúde disponíveis para as
gestantes e seus familiares ................................................................................
No sistema municipal, os profissionais de saúde encontram-se preparados para
informar e orientar aos pais sobre os procedimentos necessários para o atendi-
mento à criança com deficiência ........................................................................
Serviços sistemáticos de suporte para a mãe após o parto .................................
Atendimento Educacional especializado para bebês com necessidades educaci-
onais especiais ................................................................................................
Educação Infantil Inclusiva ..............................................................................
Serviços de avaliação e atendimento de crianças e adolescentes com necessida-
des educacionais especiais ...............................................................................
Serviço de atendimento às famílias que têm filhos com necessidades especiais ......
Promoção de relações interinstitucionais, para favorecer a não duplicação de
serviços e a diversificação de recursos disponíveis na comunidade .....................
QUADRO DE INDICADORES ...........................................................................
07
08
08
09
10
11
12
12
13
13
15
16
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A FAMÍLIA 7
A FAMÍLIA
A construção de uma sociedade inclusiva exige mudança de idéias e de
práticas construídas ao longo do tempo.
É importante se prover de cuidados e apoio à família e à comunidade, para
que as crianças e adolescentes tenham condições favoráveis para um desenvol-
vimento saudável.
Sabe-se, entretanto, que a família tem se encontrado, historicamente, numa
posição de dependência de profissionais em diferentes áreas do conhecimento,
no sentido de receberem orientações de como proceder em relação às necessi-
dades especiais de seus filhos.
É muito comum ver famílias se movimentando, em busca de atendimento ou
mesmo freqüentando serviços diferentes, sem ter noção do que é que estão fazen-
do. Constata-se que a relação entre a família e profissionais tem sido uma rela-
ção de poder do conhecimento nas decisões do que é melhor para seus filhos.
Faz-se necessário que a família construa conhecimentos sobre as necessi-
dades especiais de seus filhos, bem como desenvolva competências de
gerenciamento do conjunto dessas necessidades e potencialidades. É importan-
te que os profissionais desenvolvam relações interpessoais saudáveis e respei-
tosas, garantindo-se assim maior eficiência no alcance de seus objetivos.
A família precisa construir padrões cooperativos e coletivos de enfrenta-
mento dos sentimentos, de análise das necessidades de cada membro e do grupo
como um todo, de tomada de decisões, de busca dos recursos e serviços que
entende necessários para seu bem estar e uma vida de boa qualidade.
É essencial que se invista na orientação e no apoio à família, para que esta
possa melhor cumprir com seu papel educativo junto a seus filhos.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A FAMÍLIA8
Cabe ao poder público garantir um sistema de serviços que promova a
saúde física e mental das famílias, em geral, e das crianças e jovens e adultos,
em especial.
INDICADORES
Para saber se o seu município já alcançou esse objetivo ou em que momen-
to do processo de transformação ele se encontra, os indicadores abaixo, visam
favorecer a compreensão do significado de cada um, para a garantia do desen-
volvimento de um sistema de serviços voltados para a formação de famílias
autogestoras.
Sistema organizado e ágil de atenção pré-natal a gestantes e seus
familiares.
O atendimento pré-natal deve acompanhar a gravidez, o parto e o pós-
parto de toda mulher gestante e deve incluir consultas, realizadas a partir da
confirmação da gravidez.
Quanto antes for iniciado o acompanhamento, melhor, pois assim pode-se
evitar a ocorrência de fatores que possam afetar a saúde da mãe e o desenvolvi-
mento do bebê. Um acompanhamento pré-natal de qualidade envolve a realização
de exames para detectar a presença de doenças que podem afetar o desenvolvi-
mento do feto e quando detectadas a tempo, podem ser tratadas adequadamente.
Além de tais procedimentos, o acompanhamento pré-natal envolve a orien-
tação à gestante sobre o direito à licença-gestante, hábitos de vida saudável,
planejamento familiar, preparo para o parto, cuidado com o recém-nascido, e
encaminhamento para serviços especializados e atividades educativas individu-
ais ou coletivas.
O Sistema Único de Saúde encontra-se preparado para realizar o acompa-
nhamento pré-natal. Entretanto, o município deve garantir que este seja ofereci-
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A FAMÍLIA 9
do regularmente para toda a população, dando especial atenção às necessidades
peculiares dos diferentes segmentos populacionais nele atendidos.
Muitas famílias vivem em condições socioeconômicas bastante precárias.
A mãe e o bebê têm o direito de serem respeitados e protegidos. Para tanto,
devem receber serviços e procedimentos que favoreçam a melhoria de suas con-
dições de vida, em geral e da saúde física e mental, em particular.
Cada município, portanto, precisa investir na identificação das necessida-
des da população, para planejar os seus serviços e atendimentos.
Assim, tornam-se importantes questões tais como:
• Quais as características socioeconômicas das gestantes que estão sendo
atendidas pelo sistema de saúde?
• Que necessidades as gestantes e suas famílias apresentam, que preci-
sam ser atendidas pelo sistema público (informação, orientação, atendimento
psicológico, social, encaminhamento a outros serviços).
• O sistema de saúde municipal encontra-se organizado para atendimento
regular e sistemático a essas necessidades?
• O município conta com programas específicos para atendimento a essas
necessidades? (ex. grupo de hipertensas, violência familiar, alcoolismo, grávi-
das adolescentes, dentre outros)
Sistema eficiente de informações sobre os serviços de saúde disponí-
veis para as gestantes e seus familiares.
A provisão de serviços sistemáticos de atenção à saúde da gestante e do
bebê é essencial para a promoção da saúde no município; entretanto, não adi-
anta organizar um sistema, se este não for divulgado à população, de forma que
todos saibam que ele existe e quais são os passos a seguir, para que possam ser
utilizados.
Assim, é importante que o município, ao desenvolver a análise diagnóstica
de sua realidade, pergunte-se:
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A FAMÍLIA10
• O município conta com um sistema regular de informação para a popula-
ção sobre os serviços e recursos de saúde a ela oferecidos?
• Qual o índice de eficiência dessa divulgação?
Caberá à Secretaria de Educação, articular-se com as outras Secretarias e
as Unidades de Saúde, para disponibilizar as condições de acesso aos serviços
da saúde, para as famílias e comunidades escolares e também para desenvolver
cursos e campanhas de orientações sobre causas e conseqüências das deficiên-
cias.
No sistema municipal, os profissionais de saúde encontram-se prepa-
rados para informar e orientar aos pais sobre os procedimentos necessári-
os para o atendimento à criança com deficiência.
É muito comum que a presença da deficiência em um bebê não seja
comunicada aos pais. Muitas vezes, a família é encaminhada de um médico
para outro, sem que lhe seja dada uma explicação objetiva e orientação clara
sobre seu filho e sobre os procedimentos que precisam ser adotados.
Muitos dos casos de pessoas com surdez ou mesmo com deficiência men-
tal, por exemplo, só vêm a ser identificados após os 3 anos de idade. Há casos
de ainda maior gravidade, nos quais comprometimentos auditivos, visuais, neu-
rológicos, mentais, só vêm a ser revelados para a família quando a criança entra
na escola. Isso fere os direitos da criança à educação e à proteção. Tem, tam-
bém, sérias implicações para seu desenvolvimento geral e para as possibilida-
des de aquisições ao longo do tempo.
O tempo perdido é precioso para o desenvolvimento da criança, quando a
família não é orientada adequadamente, desde o nascimento, quanto aos proce-
dimentos e cuidados necessários.
O processo de educação deve ter início na gestação estendendo-se por
toda infância, como responsabilidade da família, com o apoio do poder público e
da comunidade.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A FAMÍLIA 11
Serviços sistemáticos de suporte para a mãe após o parto.
Quando sai do hospital e volta para casa, a mãe se vê à frente de um
conjunto de novas tarefas, peculiares ao trato e cuidado do bebê. Estas, vêm se
somar àquelas que rotineiramente já tinha, o que pode redundar numa sobre-
carga cotidiana de trabalho. A depressão pós-parto é uma doença que requer,
muita atenção médica e não pode ser ignorada ou tomada como algo irrelevante.
A presença de uma deficiência no bebê vem, além do conjunto de tarefas
próprias desse período, acrescentar grande peso emocional à mãe e aos famili-
ares. As pesquisas mostram que receber um filho com deficiência geralmente
provoca, na família (e em especial, nos pais) as mesmas fases emocionais carac-
terísticas de situações de perda: negação, rejeição, raiva e aceitação (não neces-
sariamente nesta ordem). A sensação de culpa é também freqüente na maioria
dos casos.
Tudo isso pode ser administrado e revertido em desenvolvimento familiar,
se a mãe contar com o suporte do companheiro, de familiares, de amigos e
vizinhos e de serviços de apoio. Esse suporte muitas vezes deixa de estar dispo-
nível por falta de informação ou por falta de ser solicitado.
O município deve contribuir com o favorecimento da construção de ambi-
entes seguros, protegidos e afetivos, para a família, em geral, e para a mãe e o
bebê, em particular, disponibilizando serviços de suporte psicológico para essa
população. Contar com interlocutores e com orientação prática para essas si-
tuações do cotidiano faz grande diferença na qualidade de vida familiar.
Se a família não conta com recursos para obter alimentação suficiente e de
qualidade, o município deve envidar esforços para prover apoio necessário junto
à comunidade.
Os Programas de Saúde da Família e de Agentes Comunitários são de
essencial importância para o acompanhamento das famílias, com especial aten-
ção àquelas que têm bebês recém-nascidos. Há, também, outros grupos na co-
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A FAMÍLIA12
munidade que podem colaborar com o acompanhamento e a provisão de suporte
para as famílias, na busca de seu fortalecimento e da construção de ambientes
sadios para o desenvolvimento das crianças e adolescentes: grupos de gestantes,
grupos de pais, grupos de igrejas, grupos de jovens, dentre outros.
É importante que o município conte com o cadastro desses recursos, para
facilitar o encaminhamento das necessidades das famílias e a atenção para
suas necessidades fundamentais.
Atendimento Educacional especializado para bebês com necessida-
des educacionais especiais.
Sabe-se que os primeiros meses da vida de um bebê são essenciais para
um desenvolvimento saudável. Nesta fase, o bebê necessita de um contato in-
tenso com a mãe. É importante que a mãe e o pai conversem com o bebê, to-
quem carinhosamente nele. A estimulação sensorial é essencial para seu desen-
volvimento e contribui para prevenção de parte dos comprometimentos, quando
ele tem, por exemplo, alguma necessidade especial.
Assim, é de fundamental importância que o sistema de saúde municipal
organize e disponibilize à população, atendimentos específicos na faixa de 0 a 3
anos, nos quais tanto a criança é atendida, como a mãe é orientada para dar
continuidade ao processo na vida cotidiana.
Educação Infantil Inclusiva
O atendimento em creches e pré-escolas inclusivas propõe novo fazer-pe-
dagógico: diferentes dinâmicas e estratégias, complementação, adequação e
suplementação curricular quando necessário. Estas medidas são importantes
para o crescimento de todas as crianças. Todos ganham em desenvolvimento e
consciência social, já que a convivência na diversidade alavanca o desenvolvi-
mento dos que apresentam algum atraso, bem como para as crianças que apre-
sentam talento significativo em alguma área, favorecendo assim a convivência
respeitosa entre os diferentes participantes de um coletivo social.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A FAMÍLIA 13
O fato de os pais trabalharem fora requer que as crianças sejam matricula-
das em creches e pré-escolas, cabendo a estas o papel fundamental de promover
a educação das crianças em consonância com a família.
A criança tem o direito à educação oferecida em creches e pré-escolas e
também ao atendimento educacional especializado, que pode ser realizado, pre-
ferencialmente, na própria escola.
Serviços de avaliação e atendimento de crianças e adolescentes com
necessidades educacionais especiais.
A família precisa contar com serviços de avaliação e de atendimento às
crianças e adolescentes, de forma que possam freqüentar os espaços comuns
da comunidade desde o início de suas vidas, juntamente com seus familiares.
Quando a família não conta com esses serviços, tende a se fechar e a man-
ter a criança em casa, iniciando um processo de segregação e de exclusão já no
contexto familiar.
Serviço de atendimento às famílias que têm filhos com necessidades
especiais
As famílias de crianças, jovens e adultos com necessidades especiais associ-
adas ou não a deficiência vivenciam uma situação bastante peculiar: a maioria se
percebe sozinha para administrar as dificuldades que se apresentam em tal situa-
ção. Os sentimentos de desamparo são muito freqüentes e não podem ser ignorados.
Trabalhos em grupo favorecem a troca de experiências e permitem reflexão
sobre atitudes de enfrentamento e gerenciamento das dificuldades cotidianas
com seu filho ou filha, no contexto familiar e mesmo na orientação para o enca-
minhamento nas áreas da saúde e educação, com vistas à inclusão.
Sabe-se, também, que a falta de informação sobre as necessidades especi-
ais da criança, sobre os recursos existentes na comunidade e sobre os procedi-
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A FAMÍLIA14
mentos de acesso a esses recursos tem, na maioria das vezes, levado os pais a
uma condição de dependência de um determinado serviço ou mesmo de profissi-
onais. Dificilmente são orientados a analisar o conjunto de suas necessidades, a
tomar decisões e exigir a qualidade de atendimento que desejam.
Também neste aspecto o município, enquanto poder público, tem a res-
ponsabilidade de oferecer o suporte necessário. Profissionais capacitados de-
vem ser disponibilizados, como suporte às famílias, para informar acerca dos
recursos disponíveis na comunidade.
Estudos também têm mostrado que a mãe tem sido, na família, a pessoa
que mais se envolve com o cuidado do filho com deficiência, além de manter, na
sua função, as demais tarefas implicadas no cotidiano familiar. Esta sobrecar-
ga tem várias conseqüências destrutivas para o grupo e o pai, muitas vezes se
afasta da convivência familiar. Os demais filhos sentem-se em situação de aban-
dono, sem ter a quem recorrer. Tudo isso pode ser transformado, se a família
contar com um suporte terapêutico, onde deve ser trabalhado os sentimentos
de cada segmento familiar e os padrões de relacionamento entre eles.
Lembrando que a família é um coletivo e que necessita, para seu pleno de-
senvolvimento, garantir a participação de todos no compartilhar sentimentos,
na análise dos problemas, no processo de tomada de decisões e responsabilida-
des. Há que se investir na abordagem dessas questões, como instrumento de
crescimento e desenvolvimento e favorecendo a qualidade de vida das famílias.
Outra situação que pode ocorrer é a família deixar os demais filhos para
se dedicar quase que exclusivamente a essa criança. Isto acontece, na maioria
das vezes, por conta dos compromissos que vão sendo assumidos para trata-
mento desse filho. Esta situação pode influenciar negativamente ao grupo fa-
miliar. Por esta razão é importante o município garantir apoio psicológico para
todos da família. Grupos de pais e de irmãos dessas pessoas têm se mostrado
eficiente no enfrentamento dessas questões, bem como no desenvolvimento de
relações afetivas mais saudáveis e na conquista de maior envolvimento
participativo de todo o grupo familiar.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A FAMÍLIA 15
Promoção de relações interinstitucionais, para favorecer a não du-
plicação de serviços e a diversificação de recursos disponíveis na comu-
nidade
Toda comunidade necessita contar com uma diversidade de recursos, de
forma a poder atender às necessidades das famílias que nela residem. Muitas
vezes, encontra-se, em um município, vários serviços duplicados em detrimento
de outros necessários.
Cabe ao município, ao realizar o diagnóstico da demanda em sua popula-
ção, orientar as instituições quanto às necessidades nelas presentes e estimu-
lar o desenvolvimento de outros serviços necessários como, por exemplo, pro-
mover ciclos de palestras, sessões de vídeos com profissionais especializados
para informar, orientar e esclarecer a comunidade escolar sobre a prevenção e
causas das deficiências. Para tanto, faz-se necessária a implementação de um
sistema de informações interinstitucionais que possibilite fornecer dados sobre
a rede de serviços sociais, facilitando o acesso da comunidade a estas informa-
ções, oferecendo-lhes maior autonomia.
Casoarespostasejanegativa,descreva:
1)Arealidadeatual
2)Asprovidênciasaseremadotadasparaoalcancedasmetas
INDICADORES*SIMNÃO
Omunicípiocontacomsistemaorganizadoe
ágildeatençãopré-natalàsgestantes?
Omunicípiocontacomumsistemaeficientede
informaçõessobreosserviçosdesaúdedisponí-
veisparaasgestanteseseusfamiliares?
Osprofissionaisdasaúde,nosistemamunicipal,
encontram-sepreparadosparainformareorien-
taraospaissobreosprocedimentosnecessários
paraoatendimentoàcriançacomdeficiência?
Omunicípiocontacomserviçossistemáticosde
suporteparaamãeapósoparto?
Omunicípiocontacomserviçosdeatendimento
especializadoparabebêscomdeficiência,ou
bebêsemcondiçõesderisco?
Omunicípioofereceeducaçãoinfantil
inclusiva?
Casoarespostasejanegativa,descreva:
1)Arealidadeatual
2)Asprovidênciasaseremadotadasparaoalcancedasmetas
INDICADORES*SIMNÃO
Omunicípiopromoverelaçõesinterinstitucionais,
parafavoreceranãoduplicaçãodeserviçosea
diversificaçãoderecursosdisponíveisnacomuni-
dade?
*Vocêpoderespondersim,quandoaafirmação(indicador)descreverumasituaçãojáexistente.Deverárespondernão,quandoaafirmaçãoainda
nãopuderseraplicadaparadescreverasituaçãoemseumunicípio.Nocasodarespostasernegativa,seráinteressantequevocêapresenteuma
afirmaçãoquedescrevaefetivamenteasituaçãorealdeseumunicípio.Esteprocedimentopoderáajudá-loaidentificaroqueaindadeveráserfeito
paraqueoseumunicípiosetorneinclusivo.
Omunicípioofereceserviçosdeavaliaçãoe
atendimentodecriançaseadolescentescom
necessidadeseducacionaisespeciais?
Omunicípioofereceserviçosdeatendimento
àsfamíliasquetêmfilhoscomnecessidades
especiais?
A familia   mec - educação especial
A familia   mec - educação especial
A familia   mec - educação especial
A familia   mec - educação especial
A familia   mec - educação especial

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Decreto- lei 281/2009
Decreto- lei 281/2009Decreto- lei 281/2009
Decreto- lei 281/2009scrum1977
 
PATERNIDADE e PRIMEIRA INFÂNCIA - Relatório Técnico do Seminário Nacional da ...
PATERNIDADE e PRIMEIRA INFÂNCIA - Relatório Técnico do Seminário Nacional da ...PATERNIDADE e PRIMEIRA INFÂNCIA - Relatório Técnico do Seminário Nacional da ...
PATERNIDADE e PRIMEIRA INFÂNCIA - Relatório Técnico do Seminário Nacional da ...Prof. Marcus Renato de Carvalho
 
Plano de curso promoção da saúde
Plano de curso promoção da saúdePlano de curso promoção da saúde
Plano de curso promoção da saúdeFabiana Santana
 
Semana do BEBÊ - todos juntos pela primeiríssima infância!
Semana do BEBÊ - todos juntos pela primeiríssima infância! Semana do BEBÊ - todos juntos pela primeiríssima infância!
Semana do BEBÊ - todos juntos pela primeiríssima infância! Prof. Marcus Renato de Carvalho
 
Dez passos para_familia
Dez passos para_familiaDez passos para_familia
Dez passos para_familiasaudefieb
 
Atenção básica saúde da criança
Atenção básica saúde da criançaAtenção básica saúde da criança
Atenção básica saúde da criançaRodrigo Abreu
 
AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De
AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA DeAçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De
AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA DePatricia Pereira
 
Apresentacao videoconferencia adesao_pse
Apresentacao videoconferencia adesao_pseApresentacao videoconferencia adesao_pse
Apresentacao videoconferencia adesao_pseRosemary Batista
 
Guia de sugestoes_de_atividades_sse_2013
Guia de sugestoes_de_atividades_sse_2013Guia de sugestoes_de_atividades_sse_2013
Guia de sugestoes_de_atividades_sse_2013Rosemary Batista
 
Manual PSE - Ministério da Saúde
Manual PSE - Ministério da SaúdeManual PSE - Ministério da Saúde
Manual PSE - Ministério da Saúdecarlospolicarpo
 

Mais procurados (18)

Decreto- lei 281/2009
Decreto- lei 281/2009Decreto- lei 281/2009
Decreto- lei 281/2009
 
PATERNIDADE e PRIMEIRA INFÂNCIA - Relatório Técnico do Seminário Nacional da ...
PATERNIDADE e PRIMEIRA INFÂNCIA - Relatório Técnico do Seminário Nacional da ...PATERNIDADE e PRIMEIRA INFÂNCIA - Relatório Técnico do Seminário Nacional da ...
PATERNIDADE e PRIMEIRA INFÂNCIA - Relatório Técnico do Seminário Nacional da ...
 
Plano de curso promoção da saúde
Plano de curso promoção da saúdePlano de curso promoção da saúde
Plano de curso promoção da saúde
 
Semana do BEBÊ - todos juntos pela primeiríssima infância!
Semana do BEBÊ - todos juntos pela primeiríssima infância! Semana do BEBÊ - todos juntos pela primeiríssima infância!
Semana do BEBÊ - todos juntos pela primeiríssima infância!
 
Dez passos para_familia
Dez passos para_familiaDez passos para_familia
Dez passos para_familia
 
Trabalho Creche.
Trabalho Creche.Trabalho Creche.
Trabalho Creche.
 
188264por
188264por188264por
188264por
 
PSE
PSEPSE
PSE
 
Atenção básica saúde da criança
Atenção básica saúde da criançaAtenção básica saúde da criança
Atenção básica saúde da criança
 
AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De
AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA DeAçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De
AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De
 
Semana do bebê como fazer
Semana do bebê   como fazerSemana do bebê   como fazer
Semana do bebê como fazer
 
Apresentacao videoconferencia adesao_pse
Apresentacao videoconferencia adesao_pseApresentacao videoconferencia adesao_pse
Apresentacao videoconferencia adesao_pse
 
Apresentação vc adesão pse
Apresentação vc adesão pseApresentação vc adesão pse
Apresentação vc adesão pse
 
UNIDADE de SAÚDE PARCEIRA do PAI - Guia
UNIDADE de SAÚDE PARCEIRA do PAI - Guia UNIDADE de SAÚDE PARCEIRA do PAI - Guia
UNIDADE de SAÚDE PARCEIRA do PAI - Guia
 
Pse 2013
Pse 2013Pse 2013
Pse 2013
 
Guia de sugestoes_de_atividades_sse_2013
Guia de sugestoes_de_atividades_sse_2013Guia de sugestoes_de_atividades_sse_2013
Guia de sugestoes_de_atividades_sse_2013
 
Pse 11 08-11
Pse 11 08-11Pse 11 08-11
Pse 11 08-11
 
Manual PSE - Ministério da Saúde
Manual PSE - Ministério da SaúdeManual PSE - Ministério da Saúde
Manual PSE - Ministério da Saúde
 

Semelhante a A familia mec - educação especial

Semelhante a A familia mec - educação especial (20)

A familia
A familiaA familia
A familia
 
A Hora Vez Da Familia
A Hora Vez Da FamiliaA Hora Vez Da Familia
A Hora Vez Da Familia
 
Mec Classes Hospitalares
Mec   Classes HospitalaresMec   Classes Hospitalares
Mec Classes Hospitalares
 
blog 2
blog 2blog 2
blog 2
 
Me000423
Me000423Me000423
Me000423
 
000423
000423000423
000423
 
AUTISMO - SABERES E PRÁTICAS DA INCLUSÃO
AUTISMO - SABERES E PRÁTICAS DA INCLUSÃOAUTISMO - SABERES E PRÁTICAS DA INCLUSÃO
AUTISMO - SABERES E PRÁTICAS DA INCLUSÃO
 
Alunos Super Dotados 1
Alunos Super Dotados 1Alunos Super Dotados 1
Alunos Super Dotados 1
 
Saberes e Praticas da Inclusão - Introdução
Saberes e Praticas da Inclusão - IntroduçãoSaberes e Praticas da Inclusão - Introdução
Saberes e Praticas da Inclusão - Introdução
 
IV Semana de Pedagogia - Minicurso: A atuação do pedagogo nos programas socia...
IV Semana de Pedagogia - Minicurso: A atuação do pedagogo nos programas socia...IV Semana de Pedagogia - Minicurso: A atuação do pedagogo nos programas socia...
IV Semana de Pedagogia - Minicurso: A atuação do pedagogo nos programas socia...
 
IX ENNOEPE - VALENÇA-BA
IX ENNOEPE - VALENÇA-BAIX ENNOEPE - VALENÇA-BA
IX ENNOEPE - VALENÇA-BA
 
Intervenção precoce na infância em portugal
Intervenção precoce na infância em portugal Intervenção precoce na infância em portugal
Intervenção precoce na infância em portugal
 
Promoção da saúde MEC
Promoção da saúde MECPromoção da saúde MEC
Promoção da saúde MEC
 
Projeto saúde na escola
Projeto saúde na escolaProjeto saúde na escola
Projeto saúde na escola
 
Projeto saúde na escola
Projeto saúde na escolaProjeto saúde na escola
Projeto saúde na escola
 
Neidi monica
Neidi monicaNeidi monica
Neidi monica
 
Mec autismo
Mec autismoMec autismo
Mec autismo
 
Pse
PsePse
Pse
 
Ativ final grupob
Ativ final grupobAtiv final grupob
Ativ final grupob
 
Mec autismo
Mec autismoMec autismo
Mec autismo
 

Mais de Onésimo Remígio

ESCOLA ANA FACÓ - LINHA DO TEMPO
ESCOLA ANA FACÓ - LINHA DO TEMPOESCOLA ANA FACÓ - LINHA DO TEMPO
ESCOLA ANA FACÓ - LINHA DO TEMPOOnésimo Remígio
 
ESCOLA ANA FACÓ - BEBERIBE - CE
ESCOLA ANA FACÓ - BEBERIBE - CEESCOLA ANA FACÓ - BEBERIBE - CE
ESCOLA ANA FACÓ - BEBERIBE - CEOnésimo Remígio
 
Historiando Prainha do Canto Verde
Historiando Prainha do Canto VerdeHistoriando Prainha do Canto Verde
Historiando Prainha do Canto VerdeOnésimo Remígio
 
O gato tião e a dinda raposa
O gato tião e a dinda raposaO gato tião e a dinda raposa
O gato tião e a dinda raposaOnésimo Remígio
 
Cartilha bola-na-rede 2013 (1)
Cartilha bola-na-rede 2013 (1)Cartilha bola-na-rede 2013 (1)
Cartilha bola-na-rede 2013 (1)Onésimo Remígio
 
Caderno suas volume_3_-_planos_de_assistencia_social_diretrizes_para_elaboracao
Caderno suas volume_3_-_planos_de_assistencia_social_diretrizes_para_elaboracaoCaderno suas volume_3_-_planos_de_assistencia_social_diretrizes_para_elaboracao
Caderno suas volume_3_-_planos_de_assistencia_social_diretrizes_para_elaboracaoOnésimo Remígio
 
Caderno suas volume_2_-_desafios_da_gestao_do_suas__nos_municipios_e_estados
Caderno suas volume_2_-_desafios_da_gestao_do_suas__nos_municipios_e_estadosCaderno suas volume_2_-_desafios_da_gestao_do_suas__nos_municipios_e_estados
Caderno suas volume_2_-_desafios_da_gestao_do_suas__nos_municipios_e_estadosOnésimo Remígio
 
Caderno suas volume_1_2013_configurando_os_eixos_da_mudanca
Caderno suas volume_1_2013_configurando_os_eixos_da_mudancaCaderno suas volume_1_2013_configurando_os_eixos_da_mudanca
Caderno suas volume_1_2013_configurando_os_eixos_da_mudancaOnésimo Remígio
 
Bibliografia -violncia_contra_crianas_e_adolescentes
Bibliografia  -violncia_contra_crianas_e_adolescentesBibliografia  -violncia_contra_crianas_e_adolescentes
Bibliografia -violncia_contra_crianas_e_adolescentesOnésimo Remígio
 

Mais de Onésimo Remígio (20)

ESCOLA ANA FACÓ - LINHA DO TEMPO
ESCOLA ANA FACÓ - LINHA DO TEMPOESCOLA ANA FACÓ - LINHA DO TEMPO
ESCOLA ANA FACÓ - LINHA DO TEMPO
 
ESCOLA ANA FACÓ - BEBERIBE - CE
ESCOLA ANA FACÓ - BEBERIBE - CEESCOLA ANA FACÓ - BEBERIBE - CE
ESCOLA ANA FACÓ - BEBERIBE - CE
 
Historiando Prainha do Canto Verde
Historiando Prainha do Canto VerdeHistoriando Prainha do Canto Verde
Historiando Prainha do Canto Verde
 
O peixinho e o gato
O peixinho e o gatoO peixinho e o gato
O peixinho e o gato
 
O leão praxedes
O leão praxedesO leão praxedes
O leão praxedes
 
O gato tião e a dinda raposa
O gato tião e a dinda raposaO gato tião e a dinda raposa
O gato tião e a dinda raposa
 
No reino das letras felizes
No reino das letras felizesNo reino das letras felizes
No reino das letras felizes
 
Conto ou nao conto
Conto ou nao contoConto ou nao conto
Conto ou nao conto
 
As abelhas e as formigas
As abelhas e as formigasAs abelhas e as formigas
As abelhas e as formigas
 
A bruxa e o caldeirão
A bruxa e o caldeirãoA bruxa e o caldeirão
A bruxa e o caldeirão
 
O ratinho roi roi
O ratinho roi roiO ratinho roi roi
O ratinho roi roi
 
Cartilha bola-na-rede 2013
Cartilha bola-na-rede 2013Cartilha bola-na-rede 2013
Cartilha bola-na-rede 2013
 
Cartilha bola-na-rede 2013 (1)
Cartilha bola-na-rede 2013 (1)Cartilha bola-na-rede 2013 (1)
Cartilha bola-na-rede 2013 (1)
 
Cartilha+mídia unicef
Cartilha+mídia unicefCartilha+mídia unicef
Cartilha+mídia unicef
 
Cartilha web -cnj-_bullyng
Cartilha web -cnj-_bullyngCartilha web -cnj-_bullyng
Cartilha web -cnj-_bullyng
 
Caderno suas volume_3_-_planos_de_assistencia_social_diretrizes_para_elaboracao
Caderno suas volume_3_-_planos_de_assistencia_social_diretrizes_para_elaboracaoCaderno suas volume_3_-_planos_de_assistencia_social_diretrizes_para_elaboracao
Caderno suas volume_3_-_planos_de_assistencia_social_diretrizes_para_elaboracao
 
Caderno suas volume_2_-_desafios_da_gestao_do_suas__nos_municipios_e_estados
Caderno suas volume_2_-_desafios_da_gestao_do_suas__nos_municipios_e_estadosCaderno suas volume_2_-_desafios_da_gestao_do_suas__nos_municipios_e_estados
Caderno suas volume_2_-_desafios_da_gestao_do_suas__nos_municipios_e_estados
 
Caderno suas volume_1_2013_configurando_os_eixos_da_mudanca
Caderno suas volume_1_2013_configurando_os_eixos_da_mudancaCaderno suas volume_1_2013_configurando_os_eixos_da_mudanca
Caderno suas volume_1_2013_configurando_os_eixos_da_mudanca
 
Caderno 21x29 7-assistencia
Caderno 21x29 7-assistenciaCaderno 21x29 7-assistencia
Caderno 21x29 7-assistencia
 
Bibliografia -violncia_contra_crianas_e_adolescentes
Bibliografia  -violncia_contra_crianas_e_adolescentesBibliografia  -violncia_contra_crianas_e_adolescentes
Bibliografia -violncia_contra_crianas_e_adolescentes
 

Último

“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfArthurRomanof1
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Susana Stoffel
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 

Último (20)

“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 

A familia mec - educação especial

  • 1.
  • 2. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva Ministro da Educação Tarso Genro Secretário Executivo Fernando Haddad Secretária de Educação Especial Claudia Pereira Dutra
  • 3. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Secretaria de Educação Especial EDUCAÇÃO INCLUSIVA A FAMÍLIA Brasília - 2004
  • 4. Série: EDUCAÇÃO INCLUSIVA 1. A Fundamentação Filosófica 2. O Município 3 A Escola 4 A Família FICHA TÉCNICA Coordenação Geral Secretaria de Educação Especial/Ministério da Educação Organização Maria Salete Fábio Aranha Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Centro de Informação e Biblioteca em Educação (CIBEC) E24e Educação inclusiva : v. 4 : a família / coordenação geral SEESP/MEC ; organização Maria Salete Fábio Aranha. – Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Edu- cação Especial, 2004. 17 p. 1. Educação inclusiva. 2. Educação infantil. 3. Atitude da família. I. Brasil. Secre- taria de Educação Especial. II. Aranha, Maria Salete F.. III. Título CDU: 37.014.53 376.014
  • 5. UM NOVO TEMPO Assegurar a todos a igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, sem qualquer tipo de discriminação, é um princípio que está em nossa Constituição desde 1988, mas que ainda não se tornou realidade para milhares de crianças e jovens: meninas e adolescen- tes que apresentam necessidades educacionais especiais, vinculadas ou não a deficiências. A falta de um apoio pedagógico a essas necessidades especiais pode fazer com que essas crianças e adolescentes não estejam na escola: muitas vezes as famílias não encontram esco- las organizadas para receber a todos e, fazer um bom atendimento, o que é uma forma de discriminar. A falta desse apoio pode também fazer com que essas crianças e adolescentes deixem a escola depois de pouco tempo, ou permaneçam sem progredir para os níveis mais elevados de ensino, o que é uma forma de desigualdade de condições de permanência. Em 2003, o Brasil começa a construir um novo tempo para transformar essa realidade. O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial, assume o compro- misso de apoiar os estados e municípios na sua tarefa de fazer com que as escolas brasileiras se tornem inclusivas, democráticas e de qualidade. Este compromisso se concretiza com a implementação do Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade. Temos por objetivo compartilhar novos conceitos, informações e metodolo- gias - no âmbito da gestão e também da relação pedagógica em todos os estados brasileiros. Estes Referenciais que acompanham o programa se constituem em importantes subsídi- os que abordam o planejamento da gestão da educação. Os textos apresentam a gestão sob diferentes enfoques: o papel do município, o papel da escola e o papel da família, desenvolvi- dos a partir de uma fundamentação filosófica que afirma uma concepção da educação especial tendo como pressuposto os direitos humanos. Queremos fazer com que todas as pessoas que integram as comunidades escolares brasileiras estejam mobilizadas para a mudança. Queremos fazer com que todos os municípi- os de nosso País tenham um Plano de Educação inclusivo, construído democraticamente. Vamos juntos, fazer com que a escola brasileira se torne um marco desse Novo Tempo, e ajude a fazer do Brasil um País de Todos! Claudia Pereira Dutra Secretária de Educação Especial
  • 6.
  • 7. Í N D I C E A FAMÍLIA ............................................................................................ INDICADORES ................................................................................................. Sistema organizado e ágil de atenção pré-natal a gestantes e seus familiares .... Sistema eficiente de informações sobre os serviços de saúde disponíveis para as gestantes e seus familiares ................................................................................ No sistema municipal, os profissionais de saúde encontram-se preparados para informar e orientar aos pais sobre os procedimentos necessários para o atendi- mento à criança com deficiência ........................................................................ Serviços sistemáticos de suporte para a mãe após o parto ................................. Atendimento Educacional especializado para bebês com necessidades educaci- onais especiais ................................................................................................ Educação Infantil Inclusiva .............................................................................. Serviços de avaliação e atendimento de crianças e adolescentes com necessida- des educacionais especiais ............................................................................... Serviço de atendimento às famílias que têm filhos com necessidades especiais ...... Promoção de relações interinstitucionais, para favorecer a não duplicação de serviços e a diversificação de recursos disponíveis na comunidade ..................... QUADRO DE INDICADORES ........................................................................... 07 08 08 09 10 11 12 12 13 13 15 16
  • 8.
  • 9. EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A FAMÍLIA 7 A FAMÍLIA A construção de uma sociedade inclusiva exige mudança de idéias e de práticas construídas ao longo do tempo. É importante se prover de cuidados e apoio à família e à comunidade, para que as crianças e adolescentes tenham condições favoráveis para um desenvol- vimento saudável. Sabe-se, entretanto, que a família tem se encontrado, historicamente, numa posição de dependência de profissionais em diferentes áreas do conhecimento, no sentido de receberem orientações de como proceder em relação às necessi- dades especiais de seus filhos. É muito comum ver famílias se movimentando, em busca de atendimento ou mesmo freqüentando serviços diferentes, sem ter noção do que é que estão fazen- do. Constata-se que a relação entre a família e profissionais tem sido uma rela- ção de poder do conhecimento nas decisões do que é melhor para seus filhos. Faz-se necessário que a família construa conhecimentos sobre as necessi- dades especiais de seus filhos, bem como desenvolva competências de gerenciamento do conjunto dessas necessidades e potencialidades. É importan- te que os profissionais desenvolvam relações interpessoais saudáveis e respei- tosas, garantindo-se assim maior eficiência no alcance de seus objetivos. A família precisa construir padrões cooperativos e coletivos de enfrenta- mento dos sentimentos, de análise das necessidades de cada membro e do grupo como um todo, de tomada de decisões, de busca dos recursos e serviços que entende necessários para seu bem estar e uma vida de boa qualidade. É essencial que se invista na orientação e no apoio à família, para que esta possa melhor cumprir com seu papel educativo junto a seus filhos.
  • 10. EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A FAMÍLIA8 Cabe ao poder público garantir um sistema de serviços que promova a saúde física e mental das famílias, em geral, e das crianças e jovens e adultos, em especial. INDICADORES Para saber se o seu município já alcançou esse objetivo ou em que momen- to do processo de transformação ele se encontra, os indicadores abaixo, visam favorecer a compreensão do significado de cada um, para a garantia do desen- volvimento de um sistema de serviços voltados para a formação de famílias autogestoras. Sistema organizado e ágil de atenção pré-natal a gestantes e seus familiares. O atendimento pré-natal deve acompanhar a gravidez, o parto e o pós- parto de toda mulher gestante e deve incluir consultas, realizadas a partir da confirmação da gravidez. Quanto antes for iniciado o acompanhamento, melhor, pois assim pode-se evitar a ocorrência de fatores que possam afetar a saúde da mãe e o desenvolvi- mento do bebê. Um acompanhamento pré-natal de qualidade envolve a realização de exames para detectar a presença de doenças que podem afetar o desenvolvi- mento do feto e quando detectadas a tempo, podem ser tratadas adequadamente. Além de tais procedimentos, o acompanhamento pré-natal envolve a orien- tação à gestante sobre o direito à licença-gestante, hábitos de vida saudável, planejamento familiar, preparo para o parto, cuidado com o recém-nascido, e encaminhamento para serviços especializados e atividades educativas individu- ais ou coletivas. O Sistema Único de Saúde encontra-se preparado para realizar o acompa- nhamento pré-natal. Entretanto, o município deve garantir que este seja ofereci-
  • 11. EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A FAMÍLIA 9 do regularmente para toda a população, dando especial atenção às necessidades peculiares dos diferentes segmentos populacionais nele atendidos. Muitas famílias vivem em condições socioeconômicas bastante precárias. A mãe e o bebê têm o direito de serem respeitados e protegidos. Para tanto, devem receber serviços e procedimentos que favoreçam a melhoria de suas con- dições de vida, em geral e da saúde física e mental, em particular. Cada município, portanto, precisa investir na identificação das necessida- des da população, para planejar os seus serviços e atendimentos. Assim, tornam-se importantes questões tais como: • Quais as características socioeconômicas das gestantes que estão sendo atendidas pelo sistema de saúde? • Que necessidades as gestantes e suas famílias apresentam, que preci- sam ser atendidas pelo sistema público (informação, orientação, atendimento psicológico, social, encaminhamento a outros serviços). • O sistema de saúde municipal encontra-se organizado para atendimento regular e sistemático a essas necessidades? • O município conta com programas específicos para atendimento a essas necessidades? (ex. grupo de hipertensas, violência familiar, alcoolismo, grávi- das adolescentes, dentre outros) Sistema eficiente de informações sobre os serviços de saúde disponí- veis para as gestantes e seus familiares. A provisão de serviços sistemáticos de atenção à saúde da gestante e do bebê é essencial para a promoção da saúde no município; entretanto, não adi- anta organizar um sistema, se este não for divulgado à população, de forma que todos saibam que ele existe e quais são os passos a seguir, para que possam ser utilizados. Assim, é importante que o município, ao desenvolver a análise diagnóstica de sua realidade, pergunte-se:
  • 12. EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A FAMÍLIA10 • O município conta com um sistema regular de informação para a popula- ção sobre os serviços e recursos de saúde a ela oferecidos? • Qual o índice de eficiência dessa divulgação? Caberá à Secretaria de Educação, articular-se com as outras Secretarias e as Unidades de Saúde, para disponibilizar as condições de acesso aos serviços da saúde, para as famílias e comunidades escolares e também para desenvolver cursos e campanhas de orientações sobre causas e conseqüências das deficiên- cias. No sistema municipal, os profissionais de saúde encontram-se prepa- rados para informar e orientar aos pais sobre os procedimentos necessári- os para o atendimento à criança com deficiência. É muito comum que a presença da deficiência em um bebê não seja comunicada aos pais. Muitas vezes, a família é encaminhada de um médico para outro, sem que lhe seja dada uma explicação objetiva e orientação clara sobre seu filho e sobre os procedimentos que precisam ser adotados. Muitos dos casos de pessoas com surdez ou mesmo com deficiência men- tal, por exemplo, só vêm a ser identificados após os 3 anos de idade. Há casos de ainda maior gravidade, nos quais comprometimentos auditivos, visuais, neu- rológicos, mentais, só vêm a ser revelados para a família quando a criança entra na escola. Isso fere os direitos da criança à educação e à proteção. Tem, tam- bém, sérias implicações para seu desenvolvimento geral e para as possibilida- des de aquisições ao longo do tempo. O tempo perdido é precioso para o desenvolvimento da criança, quando a família não é orientada adequadamente, desde o nascimento, quanto aos proce- dimentos e cuidados necessários. O processo de educação deve ter início na gestação estendendo-se por toda infância, como responsabilidade da família, com o apoio do poder público e da comunidade.
  • 13. EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A FAMÍLIA 11 Serviços sistemáticos de suporte para a mãe após o parto. Quando sai do hospital e volta para casa, a mãe se vê à frente de um conjunto de novas tarefas, peculiares ao trato e cuidado do bebê. Estas, vêm se somar àquelas que rotineiramente já tinha, o que pode redundar numa sobre- carga cotidiana de trabalho. A depressão pós-parto é uma doença que requer, muita atenção médica e não pode ser ignorada ou tomada como algo irrelevante. A presença de uma deficiência no bebê vem, além do conjunto de tarefas próprias desse período, acrescentar grande peso emocional à mãe e aos famili- ares. As pesquisas mostram que receber um filho com deficiência geralmente provoca, na família (e em especial, nos pais) as mesmas fases emocionais carac- terísticas de situações de perda: negação, rejeição, raiva e aceitação (não neces- sariamente nesta ordem). A sensação de culpa é também freqüente na maioria dos casos. Tudo isso pode ser administrado e revertido em desenvolvimento familiar, se a mãe contar com o suporte do companheiro, de familiares, de amigos e vizinhos e de serviços de apoio. Esse suporte muitas vezes deixa de estar dispo- nível por falta de informação ou por falta de ser solicitado. O município deve contribuir com o favorecimento da construção de ambi- entes seguros, protegidos e afetivos, para a família, em geral, e para a mãe e o bebê, em particular, disponibilizando serviços de suporte psicológico para essa população. Contar com interlocutores e com orientação prática para essas si- tuações do cotidiano faz grande diferença na qualidade de vida familiar. Se a família não conta com recursos para obter alimentação suficiente e de qualidade, o município deve envidar esforços para prover apoio necessário junto à comunidade. Os Programas de Saúde da Família e de Agentes Comunitários são de essencial importância para o acompanhamento das famílias, com especial aten- ção àquelas que têm bebês recém-nascidos. Há, também, outros grupos na co-
  • 14. EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A FAMÍLIA12 munidade que podem colaborar com o acompanhamento e a provisão de suporte para as famílias, na busca de seu fortalecimento e da construção de ambientes sadios para o desenvolvimento das crianças e adolescentes: grupos de gestantes, grupos de pais, grupos de igrejas, grupos de jovens, dentre outros. É importante que o município conte com o cadastro desses recursos, para facilitar o encaminhamento das necessidades das famílias e a atenção para suas necessidades fundamentais. Atendimento Educacional especializado para bebês com necessida- des educacionais especiais. Sabe-se que os primeiros meses da vida de um bebê são essenciais para um desenvolvimento saudável. Nesta fase, o bebê necessita de um contato in- tenso com a mãe. É importante que a mãe e o pai conversem com o bebê, to- quem carinhosamente nele. A estimulação sensorial é essencial para seu desen- volvimento e contribui para prevenção de parte dos comprometimentos, quando ele tem, por exemplo, alguma necessidade especial. Assim, é de fundamental importância que o sistema de saúde municipal organize e disponibilize à população, atendimentos específicos na faixa de 0 a 3 anos, nos quais tanto a criança é atendida, como a mãe é orientada para dar continuidade ao processo na vida cotidiana. Educação Infantil Inclusiva O atendimento em creches e pré-escolas inclusivas propõe novo fazer-pe- dagógico: diferentes dinâmicas e estratégias, complementação, adequação e suplementação curricular quando necessário. Estas medidas são importantes para o crescimento de todas as crianças. Todos ganham em desenvolvimento e consciência social, já que a convivência na diversidade alavanca o desenvolvi- mento dos que apresentam algum atraso, bem como para as crianças que apre- sentam talento significativo em alguma área, favorecendo assim a convivência respeitosa entre os diferentes participantes de um coletivo social.
  • 15. EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A FAMÍLIA 13 O fato de os pais trabalharem fora requer que as crianças sejam matricula- das em creches e pré-escolas, cabendo a estas o papel fundamental de promover a educação das crianças em consonância com a família. A criança tem o direito à educação oferecida em creches e pré-escolas e também ao atendimento educacional especializado, que pode ser realizado, pre- ferencialmente, na própria escola. Serviços de avaliação e atendimento de crianças e adolescentes com necessidades educacionais especiais. A família precisa contar com serviços de avaliação e de atendimento às crianças e adolescentes, de forma que possam freqüentar os espaços comuns da comunidade desde o início de suas vidas, juntamente com seus familiares. Quando a família não conta com esses serviços, tende a se fechar e a man- ter a criança em casa, iniciando um processo de segregação e de exclusão já no contexto familiar. Serviço de atendimento às famílias que têm filhos com necessidades especiais As famílias de crianças, jovens e adultos com necessidades especiais associ- adas ou não a deficiência vivenciam uma situação bastante peculiar: a maioria se percebe sozinha para administrar as dificuldades que se apresentam em tal situa- ção. Os sentimentos de desamparo são muito freqüentes e não podem ser ignorados. Trabalhos em grupo favorecem a troca de experiências e permitem reflexão sobre atitudes de enfrentamento e gerenciamento das dificuldades cotidianas com seu filho ou filha, no contexto familiar e mesmo na orientação para o enca- minhamento nas áreas da saúde e educação, com vistas à inclusão. Sabe-se, também, que a falta de informação sobre as necessidades especi- ais da criança, sobre os recursos existentes na comunidade e sobre os procedi-
  • 16. EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A FAMÍLIA14 mentos de acesso a esses recursos tem, na maioria das vezes, levado os pais a uma condição de dependência de um determinado serviço ou mesmo de profissi- onais. Dificilmente são orientados a analisar o conjunto de suas necessidades, a tomar decisões e exigir a qualidade de atendimento que desejam. Também neste aspecto o município, enquanto poder público, tem a res- ponsabilidade de oferecer o suporte necessário. Profissionais capacitados de- vem ser disponibilizados, como suporte às famílias, para informar acerca dos recursos disponíveis na comunidade. Estudos também têm mostrado que a mãe tem sido, na família, a pessoa que mais se envolve com o cuidado do filho com deficiência, além de manter, na sua função, as demais tarefas implicadas no cotidiano familiar. Esta sobrecar- ga tem várias conseqüências destrutivas para o grupo e o pai, muitas vezes se afasta da convivência familiar. Os demais filhos sentem-se em situação de aban- dono, sem ter a quem recorrer. Tudo isso pode ser transformado, se a família contar com um suporte terapêutico, onde deve ser trabalhado os sentimentos de cada segmento familiar e os padrões de relacionamento entre eles. Lembrando que a família é um coletivo e que necessita, para seu pleno de- senvolvimento, garantir a participação de todos no compartilhar sentimentos, na análise dos problemas, no processo de tomada de decisões e responsabilida- des. Há que se investir na abordagem dessas questões, como instrumento de crescimento e desenvolvimento e favorecendo a qualidade de vida das famílias. Outra situação que pode ocorrer é a família deixar os demais filhos para se dedicar quase que exclusivamente a essa criança. Isto acontece, na maioria das vezes, por conta dos compromissos que vão sendo assumidos para trata- mento desse filho. Esta situação pode influenciar negativamente ao grupo fa- miliar. Por esta razão é importante o município garantir apoio psicológico para todos da família. Grupos de pais e de irmãos dessas pessoas têm se mostrado eficiente no enfrentamento dessas questões, bem como no desenvolvimento de relações afetivas mais saudáveis e na conquista de maior envolvimento participativo de todo o grupo familiar.
  • 17. EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A FAMÍLIA 15 Promoção de relações interinstitucionais, para favorecer a não du- plicação de serviços e a diversificação de recursos disponíveis na comu- nidade Toda comunidade necessita contar com uma diversidade de recursos, de forma a poder atender às necessidades das famílias que nela residem. Muitas vezes, encontra-se, em um município, vários serviços duplicados em detrimento de outros necessários. Cabe ao município, ao realizar o diagnóstico da demanda em sua popula- ção, orientar as instituições quanto às necessidades nelas presentes e estimu- lar o desenvolvimento de outros serviços necessários como, por exemplo, pro- mover ciclos de palestras, sessões de vídeos com profissionais especializados para informar, orientar e esclarecer a comunidade escolar sobre a prevenção e causas das deficiências. Para tanto, faz-se necessária a implementação de um sistema de informações interinstitucionais que possibilite fornecer dados sobre a rede de serviços sociais, facilitando o acesso da comunidade a estas informa- ções, oferecendo-lhes maior autonomia.
  • 19. Casoarespostasejanegativa,descreva: 1)Arealidadeatual 2)Asprovidênciasaseremadotadasparaoalcancedasmetas INDICADORES*SIMNÃO Omunicípiopromoverelaçõesinterinstitucionais, parafavoreceranãoduplicaçãodeserviçosea diversificaçãoderecursosdisponíveisnacomuni- dade? *Vocêpoderespondersim,quandoaafirmação(indicador)descreverumasituaçãojáexistente.Deverárespondernão,quandoaafirmaçãoainda nãopuderseraplicadaparadescreverasituaçãoemseumunicípio.Nocasodarespostasernegativa,seráinteressantequevocêapresenteuma afirmaçãoquedescrevaefetivamenteasituaçãorealdeseumunicípio.Esteprocedimentopoderáajudá-loaidentificaroqueaindadeveráserfeito paraqueoseumunicípiosetorneinclusivo. Omunicípioofereceserviçosdeavaliaçãoe atendimentodecriançaseadolescentescom necessidadeseducacionaisespeciais? Omunicípioofereceserviçosdeatendimento àsfamíliasquetêmfilhoscomnecessidades especiais?