Este documento discute uma perspectiva emancipatória de avaliação educacional. A avaliação deve valorizar cada aluno como um indivíduo único, reconhecer que o desenvolvimento ocorre em estágios diferentes para cada um, e visar a autonomia, envolvimento e emancipação de todos os envolvidos no processo educativo.
Avaliação emancipatória: uma perspectiva que valoriza a diferença e a autonomia dos alunos
1. ESPAÇO ABERTO
Devemos lutar pela igualdade
A
sempre que a diferença nos
inferioriza, mas devemos lutar
pela diferença sempre que a
igualdade nos descaracteriza.
Uma Perspectiva Emancipatória Boaventura de Souza Santos
Jussara Margareth de Paula Loch
Neste artigo apresenta-se uma proposta de avaliação em uma perspectiva emancipatória. Nos tempos em que vivemos,
nos quais a avaliação vem assumindo uma perspectiva cada vez mais classificatória e hierarquizadora dos conhecimentos
e das pessoas, é fundamental estarmos atentos para outras perspectivas da avaliação. Sem esquecer que precisamos
reivindicar, em cada uma das escolas, condições de trabalho que garantam as possibilidades de realização de outras
formas de avaliar comprometidas com os processos de emancipação dos sujeitos sociais.
avaliação emancipatória, avaliação, exclusão
30
A
avaliação, em seu sentido am- Piaget, Freire e Vygotsky: devem alcançar. Trata-se da
plo, apresenta-se como ativi- • Cada pessoa é um ser único e ori- busca da superação da homoge-
dade essencialmente humana ginal, com experiências, histórias, neidade, do aluno ideal.
associada à experiência cotidiana de conhecimentos, possibilidades e • O desenvolvimento e sua formação
homens e mulheres. Ela faz parte do limitações diferentes, que a cons- se dão em estágios, em ciclos de
nosso dia-a-dia e muitas vezes deter- tituíram como é; a sala de aula é vida; cada estágio ou ciclo de vida
mina o nosso modo de ser ou de agir. o espaço da diferença, da hetero- tem características específicas,
Podemos dizer que somos hoje o geneidade. Assumir a diferença, atividades de dominância, que
que somos porque nos constituímos a a heterogeneidade como valor, precisam ser plenamente vividas
partir das ações que empreendemos, como riqueza, tem um novo para serem desenvolvidas e não
fruto de nossas reflexões, questiona- sentido ético, pois ela nos poten- são cronologicamente pré-estabe-
mentos e desafios sobre nós mesmos cializa para agir socialmente. A lecidas como iguais para todos. A
e das incorporações que fazemos a qualidade da avaliação passa a qualidade da avaliação está em
partir das interações que estabelecemos estar em sua capacidade de refletir, também, sobre a organi-
com os outros e com o mundo, em um diálogo ao inda- zação do tempo es-
processo permanente de avaliação. gar, investigar, Cada pessoa é um ser único e colar e suas implica-
Quanto mais dialógico for esse proces- refletir sobre os original, com experiências, ções na produção do
so, mais consciência temos dele, provo- percursos, pro- histórias, conhecimentos, conhecimento, provi-
cando, portanto, mudanças, transforma- cessos, procedi- possibilidades e limitações denciando o tempo
ções em nossas vidas, nos constituindo mentos na pro- diferentes, que a constituíram adequado para todos,
como sujeitos individual e social. dução de conhe- como é; a sala de aula é o não significando com
Como se dá esse processo? O que cimento, contri- espaço da diferença, da isso apenas dar mais
isso tem a ver com a nossa prática buindo na cria- heterogeneidade tempo aos mais fracos.
pedagógica? ção de meios O que sabemos hoje
É importante retomarmos esta dis- que auxiliem na superação de nos revela que aquilo que se consi-
cussão a partir da compreensão de limites encontrados nessa pro- derava como deficiência ou inca-
diferentes pressupostos trazidos por dução, e não como algo a ser pacidade para aprender podem
importantes teóricos tais como Wallon, medido na busca do que todos ser processos específicos de
desenvolvimento ainda desconhe-
A seção “Espaço aberto” tem por objetivo englobar artigos que expressem a diversidade temática da área de ensino de cidos.
química, bem como abordar questões educacionais mais amplas de interesse dos professores e das professoras de química. • As relações e interações entre as
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2. pessoas é que permitem a apro- ficando e selecionando os alunos. tórico. Possibilita também a apro-
priação do mundo e sua tecnolo- No nosso país já existem projetos priação e socialização do conhe-
gia; nós, seres humanos, diferen- político-pedagógicos que têm propos- cimento e a construção da me-
tes dos outros seres da natureza, tas, na prática, com o caráter ético da mória, como história desse pro-
não nascemos programados para avaliação. Porto Alegre é um exemplo cesso.
agir, precisamos de outros seres disso. Os educadores vêm demons-
humanos para sobreviver. Temos trando, por meio da sua prática cotidia- Para potencializarmos nossos regis-
um nascimento não só biológico na, que avaliar não é dar notas, fazer tros, fruto da reflexão conjunta, precisa-
e genético, mas também social e médias, reprovar ou aprovar os alunos. mos entender, primeiramente, que a
cultural. É no grupo que nasce- Avaliar, numa nova ética, é sim avaliar avaliação emancipatória não se restrin-
mos, que vivemos e convivemos, participativamente no ge à análise do proces-
que aprendemos a falar, que da- sentido da constru- Temos um nascimento não so de construção do
mos significado ao que falamos e ção, da conscientiza- só biológico e genético, conhecimento do aluno
fazemos. Ao nascer, começa um ção, busca da auto- mas também social e sob a responsabilidade
crítica, auto-conheci- cultural. É no grupo que dos educadores, mas
trabalho ativo de comunicação, de
mento de todos os nascemos, que vivemos e que, a partir dela, en-
participação, demonstrando que
envolvidos no ato convivemos, que
esse processo de participação é volve a totalidade da
educativo, investindo aprendemos a falar, que
constitutivo da espécie humana. escola e sua relação
na autonomia, envol- damos significado ao que
Portanto, ao entrar na escola, já com essa construção.
falamos e fazemos
temos conhecimento, e um conhe- vimento, compromis- Pensar, propor e fa-
cimento que nos constitui, entra- so e emancipação zer avaliação dentro
nhado em nós mesmos, muitas dos sujeitos. Para concretizar essa dessa perspectiva é retomar, des-
vezes desprezado ou desconhe- proposta de avaliação se exige um velando, todo o currículo. Desde como
cido pela escola. A qualidade da rigor metodológico muito maior do que planejamos, com quem, o quê - con-
avaliação está no diálogo que simplesmente dar notas, conceitos em teúdo/procedimentos. Isto é, a avaliação
uma visão de aprendizagem de resul- se dá no processo desde sua origem, 31
estabelecemos com esse conhe-
cimento prévio, cotidiano, e a partir tados, sentenciosa e classificatória, seu desenvolvimento, desde a avaliação
dele constituímos novos saberes. promovendo a exclusão dos alunos. escolar da aprendizagem, da constru-
Está em atuar sobre a zona de A investigação contínua sobre os ção do conhecimento pelo educando/
desenvolvimento proximal, sobre percursos e os processos vividos du- educador até o processo porque pas-
suas possibilidades, sobre seu rante a aprendizagem nos exige esse sam os diferentes coletivos da escola e
conhecimento potencial. Vygotsky rigor metodológico por intermédio da a própria escola. Nesse sentido, assim
sugere que a reserva das forças elaboração de registros significativos, como os sujeitos estão em permanente
compensatórias deverá ser encon- capazes de apontar todas as possibi- construção, a escola também se faz e
trada na vida social e coletiva da lidades de intervenção, de provocação refaz frente aos desafios que se impõem
criança. O coletivo torna-se fonte e de desafio intelectual necessários ao pelos sujeitos que fazem parte dela. Mas
de desenvolvimento das funções avanço e à construção do conheci- também pela relação que estabelece
psicológicas superiores. Seu de- mento. Temos que qualificar os meios, com a comunidade e na sua relação
senvolvimento está ligado às con- instrumentos, técnicas, metodologias com a cidade enquanto um espaço
dições de sua inserção cultural. A ou processos, recriando-os ou reinven- essencialmente educativo.
criança ou jovem, quando excluí- tando-os, pois a garantia de aprendi- Assim, a avaliação colabora ao pro-
do de um contexto de relações zagem requer a qualidade da avaliação por soluções que atingem o âmago da
sociais que propiciem a sua forma- e dos seus processos formais - regis- competência histórica da instituição
ção e desenvolvimento, tem seus tros - ainda mais precisos. escolar em termos de construção do co-
aspectos limitadores aumentados. Madalena Freire (1989) nos faz nhecimento e realização da cidadania.
Uma escola que pretenda o desen- refletir sobre a importância do ato de Nesse sentido gostaríamos de ana-
volvimento e a formação do sujeito, registrar, sobre historicizar: lisar o conselho de classe enquanto
atenta a esses pressupostos, vê-se Por que é importante registrar? uma instância do processo de gestão
constantemente na busca da supera- O ato de conhecer é permanen- democrática, como o espaço coletivo
ção da coisificação da avaliação histo- te? Então está implícito o conhe- privilegiado de discussão, de diálogo
ricamente implantada na nossa edu- cimento como ato social e que entre todos os envolvidos no ato edu-
cação, seja copiando modelos impor- esse educador faz história. Não cativo, de permanente construção dos
tados, principalmente dos Estados Uni- existe sujeito do conhecimento processos de conscientização, demo-
dos, ou praticando, burocratizada- sem apropriação de história. É o cratização e emancipação dos mes-
mente, notas ou médias, em períodos registro que historifica o processo mos. Para viabilizar essas intenções,
estanques e pré-determinados, classi- para a conquista do produto his- importantes e diferentes movimentos
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3. são necessários de serem realizados É “no que existe” que se encontram das produções dos mesmos, na esco-
e potencializados, tais como descritos os elementos da sua superação: essa lha conjunta, em diálogo, de exemplares
a seguir. situação que existe é acolhida para ser que demonstrem a construção dos
modificada, cabendo a ambos essa conceitos trabalhados para incluir no
Movimento 1 - A sala de aula como um
investigação para, conscientes dela, dossiê (pasta com amostra significativa
espaço coletivo, de permanente empreenderem ações para transformá- de produções, auto-avaliações, fichas,
conselho de classe la. A emancipação pressupõe o proces- relatórios...).
É neste espaço, de encontro, consti- so de conscientização e, como nos en- Esse dossiê, ao final de cada ano,
tuído pelos educandos e educadores, sina Paulo Freire, a tomada de consciên- fica com uma amostra dessas produ-
seres humanos densos, complexos, em cia de si mesmo e da sua tarefa histórica ções, de tal forma que ao final do curso
permanente diálogo na é infinitamente dra- os educandos/as possam levar consigo
criação de si mesmos Ninguém aprende pelo mática. Minha perso- a sua história, vivida nessa escola,
e do outro, que se avan- outro, ninguém dá do seu nalidade é, ao mesmo podendo em qualquer fase de sua vida
ça na construção de conhecimento a outro, tempo, minha história, retomar o caminho percorrido.
conhecimentos; por- aprende-se por intermédio isto é, a história das
tanto, é carregado de da ação, da atividade. O situações e o conjunto
Movimento 2 - Reuniões por segmento
questionamentos, de conhecimento é construído das vivências que tive que possibilitem o diálogo entre os
problematizações, de pelo sujeito e, portanto, a até hoje, numa lenta seus pares
investigações, de inter- sua avaliação também. Isto é, que haja espaço para que
ascensão para uma
venções e mediações, Ninguém melhor do que o
compreensão capaz os educadores, educandos, pais e fun-
caracterizando-se co- próprio aluno para dizer o
de me constituir no que cionários possam discutir, refletindo e
mo avaliação formativa. que está aprendendo ou
sou, em um esforço propondo ações desde o seu particu-
não
É preciso, às vezes, constante para unificar lar olhar, preparando elementos para
realizar rupturas im- o vivido, que se dá nas a discussão conjunta, pois como diz
portantes na progressão dos conheci- relações que eu mantive ou mantenho Ana Maria Saul (1995) o compromisso
32 mentos e para que isso ocorra é neces- com os outros e com o mundo: uma principal dessa avaliação é o de fazer
sário que se desestabilizem os conheci- pessoa que não era assim e agora é. com que as pessoas direta ou indireta-
mentos cotidianos prévios dos alunos. Entregue a si mesmo, o aluno corre o mente envolvidas em uma ação educa-
Os professores têm necessidade de risco de se abandonar a longos perío- cional escrevam a sua história e gerem
buscar meios para propor desafios ade- dos de inércia, em que as suas próprias as suas próprias alternativas de ação.
quados e pertinentes atuando na zona esperanças e ações são entrecortadas É importante destacar, nesse movi-
de desenvolvimento proximal (ZDP). São de passividade, de abatimento. mento, o papel dos sujeitos envolvidos:
muitas vezes os “erros” e as soluções O que falta a cada educando - edu- a) Aluno/a - é o sujeito responsável
diferentes que nos dão os elementos cador, nesses momentos - é o senti- pelo ato de aprender. A aprendizagem
para novas abordagens e intervenções mento contínuo, ininterrupto, do seu é de sua responsabilidade na sua
didáticas, possivelmente levando-os a valor; e é precisamente essa firmeza, relação com o professor, com seus
avançar na construção de novos conhe- essa persistência, essa fidelidade aos colegas e com o conhecimento, esse é
cimentos. Vygotsky conceitua a ZDP melhores momentos de si mesmo que o seu compromisso. Ninguém aprende
como um nível de desenvolvimento que poderão ser buscadas, encontradas na pelo outro, ninguém dá do seu conhe-
consiste de funções emergentes, que sala de aula, na sua relação com os cimento a outro, aprende-se por inter-
são criadas no plano interpessoal. Para outros. Esse lugar de encontros e tam- médio da ação, da ati-
salientar a gênese social, ele dizia que, bém de desencon- vidade. O conhecimen-
com a ajuda dos outros - adultos ou tros, de diálogo, é o São muitas vezes os “erros” to é construído pelo
seus pares -, as crianças podem realizar espaço cotidiano, rico e as soluções diferentes sujeito e, portanto, a sua
mais do que quando deixadas apenas de possibilidades de que nos dão os elementos avaliação também. Nin-
com suas capacidades consolidadas. ação-reflexão-ação, para novas abordagens e guém melhor do que o
Os alunos, mediatizados, desco- em constante intera- intervenções didáticas,
próprio aluno para dizer
brem uma coincidência entre o que possivelmente levando-os a
ção, que poderá ser o que está aprendendo
desejam, pressentem e tentam criar, e avançar na construção de
potencializado, per- ou não. A reunião desse
novos conhecimentos
o resultado que alcançam; por outro manentemente, na segmento permite a
lado, o professor introduz o que é novo, busca do auto-conhe- reflexão sobre sua ca-
fazendo com que os alunos se reco- cimento, em um contínuo processo de minhada, é o aluno deixando-se dizer,
nheçam nele, que graças a esse criação e recriação de si mesmo. falando sobre o percurso que está per-
conhecimento novo compreendem Podemos realizar esse processo de correndo, as possibilidades, os entra-
melhor e com mais lucidez a sua pró- observação continuada, feita por nós ves, o levantamento de alternativas que
pria prática. educadores e alunos, nas investigações o comprometa ou o levantamento de
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4. indicações e sugestões para os outros de alguns alunos nos permite replanejar, bléias gerais de cada segmento, de to-
segmentos no sentido de contribuir para reorientando para atividades mais dos os segmentos juntos, dos serviços
a sua formação e desenvolvimento individualizadas em outros espaços, da escola, de reuniões pedagógicas, do
(auto-avaliação individual, dos peque- tempos e atores. conselho escolar.
nos grupos e da turma). Nesse movimento são avaliados o Esses são alguns exemplos de mo-
b) Pais e mães - compromisso com desenvolvimento do planejamento, a vimentos ricos que poderão acontecer
o vir a ser de seus filhos. É o pai e a sua programação, as estratégias ou na escola. Outros poderão ser criados
mãe que escutam, vêem, sabem no que atividades previstas e a sua reorien- a fim de que possamos construir uma
o seu filho avança ou não, percebem e tação tanto para o coletivo, como para nova ética na avaliação. O importante a
acompanham a sua caminhada. É do cada sujeito-educador. salientar é a dinamicidade, a flexibilidade
diálogo entre eles que poderá se abrir a É o momento da reflexão sobre a que esse processo confere à escola,
possibilidade de se esclarecerem, de se nossa prática pedagógica coletiva; da não permitindo que nem ela nem o
comunicarem, para conhecendo melhor rearticulação dos tempos e espaços currículo se coisifiquem, trabalhando
a realidade educacional vivida pelos distribuídos entre nós no trabalho com para superação dos processos classi-
seus filhos, poderem efetivamente os alunos, seja na sala de aula, como ficatórios e excludentes.
participar se envolvendo, não se omitin- em outros espaços, ou com outros par-
do, buscando espaços na escola para ceiros. Jussara Loch, professora de didática do Curso de
Pedagogia da Pontifícia Universidade Católica do Rio
pensar junto aos professores, levantan- Grande do Sul, é assessora técnica da Coordenação
Movimento 3 - Assembléias de turmas
do alternativas que venham a contribuir Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação da
na formação e desenvolvimento dos
com a participação dos/as Prefeitura de Porto Alegre - RS.
seus filhos (o olhar da família sobre as educadores/as, dos/as alunos/as e
aprendizagens de seus filhos e sobre a pais/mães Rerefências bibliográficas
escola - fichas, questionários, depoi- Espaço de diálogo conjunto em que FREIRE, M. A paixão de conhecer o
mentos). se possa analisar de forma global os mundo. 7ª ed. Rio de Janeiro: Paz e
c) Funcionários/as - como educado- diferentes registros do dossiê do/a Terra, 1989. p. 5.
res, também são parceiros, ouvintes dos aluno/a sob diferentes olhares. É inte- SAUL, A.M. Avaliação emancipatória: 33
alunos na hora do recreio, nos corredo- ressante que pais/mães possam anali- desafio à teoria e a prática de avaliação
res, quando “cuidam” sá-lo e comentá-lo fa- e reformulação de currículo. São Paulo:
Cortez, 1995.
deles para que o edu- Diferentes movimentos zendo observações e
cador possa sair da poderão ser criados a fim perguntas sobre o pro- Para saber mais
aula por alguns mo- de se construir uma nova cesso de aprendiza-
ALBRECHT, R. A avaliação formativa.
mentos e portanto “os ética na avaliação. Tal gem, o percurso de- Rio Tinto/Portugal: Ed. Asa (Col. Práticas
conhecem” e têm mui- processo conferirá à escola senvolvido. Em que Pedagógicas), 1995.
to a dizer e contribuir dinamicidade e flexibili- cada dupla - pai/mãe e AZEVEDO, J.C. de. Escola cidadã:
nesse processo. Se dade, não permitindo que aluno/a - possa ques- construção coletiva e participação popu-
forem poucos, pode- nem ela nem o currículo se tionar os/as profes- lar. IN: SILVA, L.H. da. A escola cidadã
rão se reunir direta- coisifiquem, trabalhando sores/as sobre suas no contexto da globalização. Petrópolis:
para superação dos Vozes, 1998. p. 308-319.
mente com os profes- anotações, descrições
processos classificatórios e BAQUERO, R. Vygotsky e a aprendi-
sores e participar da ou relatórios, ou sobre zagem escolar. Porto Alegre: Artes Mé-
elaboração dos relató- excludentes a prática pedagógica dicas, 1998.
rios. dos/as educadores/as. ESTEBAN, M.T. (Org.). Avaliação: uma
d) Professores/as - É o espaço em Este é um espaço do coletivo de alu- prática em busca de novos sentidos. Rio
que os educadores, em conjunto, po- nos/as, pais/mães e educadores/as, de de Janeiro: DP&A, 1999.
dem refletir, analisando os avanços crescimento conjunto e, portanto, pró- FREIRE, P Educação e mudança. Rio
.
de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
conceituais ou ainda não conseguidos prio para a reflexão do desenvolvimento
FREIRE, P Pedagogia da autonomia:
.
pelos seus alunos, tendo eles próprios do planejado, da discussão sobre os saberes necessários à prática educativa.
como parâmetro de si mesmos. parâmetros previstos para o ciclo pelo Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
É importante essa análise individual, coletivo dos educadores/as e desen- FREIRE, P Pedagogia do oprimido. Rio
.
a discussão e a elaboração dos relató- cadeados por estes; das responsa- de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
rios individuais, a partir dos instrumentos bilidades de cada um nesta caminha- FREITAS, M.T.A. Vygotsky e Bakhtin -
de registros presentes no dossiê do da; de estabelecer novos contratos a Psicologia e educação: um intertexto.
São Paulo: Ática, 1996.
aluno que são testemunhos do desen- partir dos já conseguidos; de elabo-
LUCKESI, C. Avaliação da aprendiza-
volvimento do planejado, do trabalho ração de novas propostas de trabalho; gem escolar. São Paulo: Cortez, 1996.
realizado, bem como dos avanços per- de encaminhamentos de novas ações REGO, T.C. Vygotsky: uma perspectiva
seguidos e conseguidos pelos alunos. de competência de outras instâncias, histórico-cultural da educação. Petró-
A análise mais aprofundada do percurso tais como o conselho de ciclo, assem- polis: Vozes, 1995.
QUÍMICA NOVA NA ESCOLA Avaliação: uma perspectiva emancipatória N° 12, NOVEMBRO 2000