O documento discute a importância da avaliação da aprendizagem para promover o desenvolvimento do aluno de forma holística. A avaliação deve ter como objetivo ajudar o aluno, não humilhá-lo, e o professor deve estar comprometido com a aprendizagem contínua. Uma boa avaliação investiga a qualidade do desempenho para melhorar os resultados.
Avaliação da aprendizagem como princípio no desenvolvimento da autoria
1. stes
a Andrade To
agógico: Neil
Mediador Ped
Andrade
ely Arg uelho de Brito
Cursista: Josi K
A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM COMO UM
PRINCÍPIO NO DESENVOLVIMENTO DA AUTORIA.
A prática da avalia- A avaliação da ra Hoffman para que o professor
ção da aprendizagem tem o intui- aprendizagem vem se constituin- ou qualquer pessoa que pretenda
to de garantir a qualidade do do um sério problema educacio- avaliar alguém, necessita ter no-
resultado que se procura constru- nal desde há muito tempo. Demo ção do quanto ele influencia pro-
ir, ou pelo menos deveria ser as- (2003, p. 32) afirma que “o profes- fessor podendo intervir, ajudar e
sim. Deve servir de base para a sor que avalia precisa criticar, pois orientar seu aluno. Trata-se de
tomada de decisões no sentido de é fundamental que o aluno com um comprometimento do profes-
construir conhecimentos, habili- desempenho impróprio saiba de sor com a aprendizagem do edu-
dades e hábitos que possibilitem sua condição, assimile de maneira cando e com sua própria aprendi-
o seu efetivo desenvolvimento. pedagógica e parta para a reação. zagem. Tornar-se um permanente
Segundo Hoffmann (2003) “Um Essa crítica precisa ser pedagógi- aprendiz é um compromisso do
professor que não avalia constan- ca, ou seja, destinada a erguer o educador.
temente a ação educativa, no aluno, não a humilhar, estigmati-
sentido indagativo, investigativo zar, isolar”.
do termo, instala sua docência em
Valores, sentimen-
verdades absolutas, pré-moldadas
tos, conhecimento, ética, reconhe-
e terminais”.
cimento, respeito. Segundo Jussa-
O APRENDER ENVOLVE O DESENVOLVIMENTO, O INTERESSE E A CURIOSIDADE DO ALUNO, A SUA
AUTORIA POR MEIO DA PESQUISA, DA ESCRITA, DA LEITURA. ENVOLVE O SEU DESENVOLVIMENTO PLENO. É PRECISO
PERCEBER A APRENDIZAGEM NESSAS MÚLTIPLAS DIMENSÕES. NÃO POSSO SOMAR ESSAS MÚLTIPLAS DIMENSÕES -
Na fala de Jussara promover o desenvolvimento possa lhe oferecer. E sem promo-
Hoffman percebemos a angústia moral e intelectual. Avaliar para ver a aprendizagem, isso não
quando ela diz “A minha grande promover a cidadania do alu- acontecerá. Portanto, as fórmu-
busca é desenvolver estudos no no, como um sujeito digno de las, as receitas e as inúmeras me-
sentido de avaliar para promo- respeito, ciente de seus direitos todologias e práticas vigentes
ver. Não uma promoção buro- e que tenha acesso a todas as precisam ser questionadas sobre
crática, mas uma avaliação para oportunidades que a vida social os princípios a que se destinam”.
2. Luckesi afirma ainda: “O ato de examinar tem como função a clas-
sificação do educando, minimamente, em “aprovado ou reprovado”; no máximo,
em uma escala mais ampla de graus, tais como as notas, que variam de 0 (zero) a
10 (dez) ou como é uma escala de conceitos, que pode conter cinco ou mais
graus. Ao ato de examinar não importa que todos os estudantes aprendam com
qualidade, mas somente a demonstração e classificação dos que aprenderam e
dos que não aprenderam. E isso basta.”
Uma avaliação deve prever a melhoria da aprendizagem. O que
queremos ensinar aos alunos na escola? Ainda segundo o autor, avaliar tem
como função investigar a qualidade do desempenho dos estudantes, tendo em
vista proceder a uma intervenção para a melhoria dos resultados, caso seja ne-
cessária.
O professor será autô- solidariedade, lutar por uma sociedade sores como mediadores em vários mo-
nomo quando a escola for autônoma, mais justa e solidária e, acima de tudo, mentos de sala de aula, estudos de
ou seja, quando tanto o professor acreditar sempre no poder transforma- recuperação, a elaboração de testes,
quanto a escola forem realmente os dor da educação. É consenso, hoje, os registros de avaliação e outras.
idealizadores das práticas educativas e que a escola precisa ensinar seus alu-
não apenas aplicadores de receitas nos a compreender e a pensar, de
mágicas prescritas fora dos muros da modo que possam ser bem-sucedidos
escola e sem o aval e a reflexão da nessa era de constante transformação
comunidade na qual está inserida. e desenvolvimento tecnológico.
Para mudar nossa histó- O que fazer então? Ho-
ria e lograr conquistas, precisamos ffman nos aponta o caminho em suas
ousar em cortar as cordas que impe- obras estabelecendo relações entre
dem o próprio crescimento, exercitar a uma concepção dialética de avaliação
cidadania plena, aprender a usar o e os caminhos de aprendizagem, a
poder da visão crítica, entender o con- autora desenvolve questões sempre
texto desse mundo, ser o ator da pró- polêmicas nas escolas: a análise de
pria história, cultivar o sentimento de tarefas avaliativas, o papel dos profes-
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Avaliação na aprendizagem na escola: investigação e intervenção de Cipriano Carlos Luckesi.
• Avaliação formativa ou avaliação mediadora de Jussara Hoffmann- Inserido as páginas 14,15,18e19.
• Avaliação do ensino e da aprendizagem numa perspectiva formativa reguladora de Janssen Felipe Silva.
• Nas dobras cotidianas, pistas da complexidade escolar - Maria Teresa Esteban
• Aprender ou não aprender? - Jussara Hoffmann
• Respeitar ou valorizar as diferenças – Jussara Hoffmann
• Quantidade ou qualidade em avaliação – Jussara Hoffmann
• Intencionalidades da Avaliação na Língua Portuguesa – Telma Ferraz Leal
• De que avaliação precisamos em arte e educação física – Suzana Maria Barros Luis