SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 25
Orientador: Prof. Dr. Maurício Claudio Horta
Orientada: Naylla Mayana dos Santos
Universidade Federal do Vale do São Francisco
Colegiado de Medicina Veterinária
2(CORRÊA, 2008; DRUMMOND, 2012)
 Doença da Arranhadura do Gato:
 Reemergente;
Notificação não-obrigatória;
 Caracterizada por linfadenite regional;
 Tem evolução limitada.
 Gato:
 Principal fonte de infecção para o humano;
3(GUPTILL, 2010; KAISER, 2011)
 Bartonella:
 Bactéria Gram-negativa;
 Existem cerca de 30 espécies;
 Pouco conhecida, mas há relatos desde tempos pré-incas.
 Reconhecida em 1889 por Parinaud;
4
 Descrita formalmente em 1950 por Robert Debré;
 Em 1993, Dolan identificou o agente etiológico;
 Nos anos 90 – Gênero Rochalimae e Grahamella;
 Ordem Rickttesiales;
 Filogeneticamente prox. a Brucella e Afipia.
(BRENNER, 1993; VELHO, 2001; GUPTILL, 2010)
 Henrique da Rocha Lima: caracterização – B. bacilliformis;
 Pouco estudada no Brasil;
 Foram feitas algumas pesquisas:
 Prevalência em gatos (ZANUTTO et al., 2001);
 Em humanos (LAMAS et al., 2007);
 Ectoparasitos e mamíferos (FONTALVO et al.,2017)
5
 Doença da Arranhadura do Gato (DAG):
 Zoonose – Crianças e jovens;
 Gato - Lesões, arranhões, lambida;
Comum – Linfonodomegalia unilateral benigna;
 Forma típica e atípica.
6(VELHO, 2001; ZEAITER et al., 2002)
 Bartonella:
 Pequenas bactérias;
 Levemente curvada, aeróbicas e oportunistas;
Pleomórfica;
 Flagelada/Fímbria;
 Cultivo difícil – exigências;
 Negativas para catalase, urease, oxidase;
 Intracelular facultativo – células sanguíneas, dendríticas e macrófagos;
Altamente adaptada ao hospedeiro.
7( DEHIO, 2001; VELHO et al., 2003; ANVISA, 2004; DRUMMOND, 2012; FONTALVO, 2016)
8(VELHO et al., 2003; MOGOLLON-PASAPERA et al., 2009; GREENE, 2012; FONTALVO, 2016)
Espécie Vetor (es) Reservatórios Manifestações clínicas e/ou
doenças
B. baciliformis Lutzomya verrucarum
(flebotomíneo)
Humanos DC, Anemia hemolítica, febre
B. quintana Pediculus humanus humanus
(Piolho) C. felis (Pulga)
Humanos FT, DAG, AB, B, PH, AC, S,
E, Inflamação piogênica
B. henselae C. felis (Pulga), Ixodes ricinus,
I. pacificus (carrapatos)
Gatos DAG, AB,PH, S, E, AC
B. elizabethae Xenopsylla cheopis (Pulga) Ratos urbano E, B
B. vinsonii subs.
berkhoffii
Rhipicephalus sanguineus
(Carrapatos)
Canídeos AC, E, Febre, Linfadenopatia
B. clarridgeiae C. felis Gatos DAG, S, E, B
B. koehlerae C. felis (Pulga) Gatos S, E
Tabela 1 –Espécies de Bartonella e seus agravos:
Legendas: DC-Doença de Carrión; FT –Febre das trincheiras; AB –Angiomatose bacilar, B –Bacteremia; PH –Peliose
hepática; AC – Adenoopatia crônica; S – Septicemia; E – Endocardite.
 Bartonella henselae:
 Inicialmente Rochalimaea henselae;
 B. clarridgeiae, B. koehlerae, B. quintana;
 Catalase variável, não reduz nitrato, não produz indol nem hemólise.
 Mecanismos de Virulência:
 Fímbrias (aderência);
 Adentra nos eritrócitos lentamente;
 Estrutura lipopolissacarídeo alterada – Secreção tipo IV NF-kB;
 Cepas: Houston 1 e Marselha.
9(VELHO, 2001; BRUNT et al.,2006; DRUMMOND, 2012; GREENE, 2012)
 Auxiliam:
 Invasão das células;
 Dificuldade das respostas imunes;
 Dificuldade dos fármacos agirem.
 Reservatório primário da B. henselae, B. clarridgeaie e B. koehlerae;
 A pulga Ctenocephalides felis transmite a Bartonella entre gatos;
 Gatos infectados raramente apresentam sintomas relevantes;
 Co-infecções.
10(ABBOTT et al., 1997; CHANG et al.., 2000; ZANUTTO et al., 2001; GREENE, 2012)
Gatos velhos:
alta prevalência
Gatos jovens:
alta bacteremia
 Ctenocephalides felis (C. felis):
 Família Pulicidae;
 Transmitem diversos patógenos e doenças;
 Cães e gatos;
 Em 50 dias deposita 1.800 ovos;
Ciclo se completa entre 25-30 dias.
11(BOUCHÉ, 1835; LINARDI & GUIMARÃES, 2000; HORTA et al., 2014)
 Ctenocephalides felis (C. felis):
 Ingere a bactéria ao se alimentar;
 As bactérias replicam-se na pulga e são excretadas nas fezes.
12(LINARDI & GUIMARÃES, 2000; ZENTKO & RICHMAN, 2011; DOBLER & PFEFFER, 2011)
 No gato:
 Vetores (pulga/ carrapatos);
 Brigas;
 Inoculação intradérmica de fezes.
13(CHOMEL et al., 1996; FINKELSTEIN et al., 2002; COTTÉ et al., 2008)
 No homem:
 Lesões provocadas pelos felinos (arranhões, mordidas);
 Excremento de pulgas em contato com feridas;
 Inoculação intradérmica de fezes;
 Outras: Transplante de órgãos, transfusão sanguínea, fômites e transmissão vertical.
14(CHOMEL et al., 1996 e 2004;; SCOLFARO et al., 2008; MOSBACHER et al., 2011; GUPTILL, 2010; BREITSCHWERDT et al., 2010)
15
 No gato:
 Raramente apresentam sinais;
 Todavia podem relatar: febre, letargia, gengivite, uveíte, endocardite, etc.
(BORDIN, 2007; GREENE, 2012)
16
 No homem:
 Doença na forma típica: Benigna e autolimitada;
Linfadenomegalia unilateral flexível, pápulas eritematosas, febre baixa, mal-estar e mialgia
são alguns dos sintomas.
(VELHO et al., 2001; 2003)
17
 No homem:
 Doença na forma atípica: Pessoas imunodeprimidas/imunocomprometidas
Síndrome Oculoglandular de Parinaud e sinais neurológicos (paralisia de Bell, convulsões, letargia,
demência, nistagmo), febre alta, dor abdominal, esplenomegalia, diminuição ou perda da visão.
 Manifestações cutâneas: nódulos angiomatosos Sarcoma de Kaposi; eritemas e etc
(GUPTILL et al., 1997; KORKICK et al.,1999; VELHO, 2001)
18
 No gato:
 Teste em gatos saudáveis cujo dono tem imunidade deficiente.
 No homem:
 Suspeita quando – Excluiu todas os outros agravos e tem gato na residência.
(SLHESSARENKO, 1988; GUPTILL, 2010; DRUMMOND, 2012)
19
 Indireto:
 Testes Sorológicos – RIFI/ELISA: triagem inicial, pouco confiável.
 Ac mesmo sem estar infectado; várias estirpes; reação cruzada.
 Achados Histológicos: colorações como Hematoxilina e eonina ou Warthin-Starry.
 Diretos:
 Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)
 Pesquisa de gênero, cepa;
Rapidez no diagnóstico.
(GILADI et al., 2001; VELHO, 2001; ANVISA 2004; GUPTILL, 2010; DRUMMOND, 2012)
 Cultura: Sensível e eficaz.
20
 No gato:
 Bacteremia recidivante – Enrofloxacina, pode causar degeneração da retina.
 No homem:
 Forma típica: o uso de antibióticos é questionável;
 Forma atípica: Cefalosporina, eritromicina, cloranfenicol, tetraciclina,
azitromicina...entre outros.
 Drogas beta-lactâmicos não são eficientes.
(VELHO, 2001; ROLAIN, 2004; GREENE, 2012)
 Não há vacinas;
 Combate a ectoparasitas;
 Testes para detectar Bartonella antes de transfusões.
21(GUPTILL, 2010; DRUMMOND, 2012; PITASSI, 2013)
 A DAG não acarreta muitos malefícios aos gatos;
 Por causa dos fatores de virulência a B. henselae pode levar o homem a sérias
consequências, a depender do sistema imunológico do mesmo;
 Mais estudos precisam ser feitos, pois muitos elementos dessa doença continuam
desconhecidos;
 O Brasil tem clima propício ao vetor, e alta prevalência de Bartonella em seus gatos.
22
“Estamos na infância das pesquisas sobre essas espécies” Gregory Dash
23
24
Orientador: Prof. Dr. Maurício Claudio Horta
Orientada: Naylla Mayana dos Santos

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

RAIVA ANIMAL
RAIVA  ANIMALRAIVA  ANIMAL
RAIVA ANIMAL
 
Enterocolites Infecciosa
Enterocolites InfecciosaEnterocolites Infecciosa
Enterocolites Infecciosa
 
Medicina veterinária
Medicina veterináriaMedicina veterinária
Medicina veterinária
 
Aula de microbiologia ppt
Aula de microbiologia   pptAula de microbiologia   ppt
Aula de microbiologia ppt
 
Aula de Microbiologia Clínica sobre Meios de cultura bacteriana
Aula de Microbiologia Clínica sobre Meios de cultura bacterianaAula de Microbiologia Clínica sobre Meios de cultura bacteriana
Aula de Microbiologia Clínica sobre Meios de cultura bacteriana
 
Parasitas
ParasitasParasitas
Parasitas
 
Interpretacao leucograma
Interpretacao leucogramaInterpretacao leucograma
Interpretacao leucograma
 
Intoxicação por chumbo
Intoxicação por chumboIntoxicação por chumbo
Intoxicação por chumbo
 
tipo de Hernias
tipo de Hernias tipo de Hernias
tipo de Hernias
 
Doença de chagas
Doença de chagasDoença de chagas
Doença de chagas
 
Medicina de mamíferos selvagens
Medicina de mamíferos selvagensMedicina de mamíferos selvagens
Medicina de mamíferos selvagens
 
Brucelose 01
Brucelose 01Brucelose 01
Brucelose 01
 
Clostridium botulinum
Clostridium botulinumClostridium botulinum
Clostridium botulinum
 
Botulismo
BotulismoBotulismo
Botulismo
 
Introdução a Parasitologia
Introdução a ParasitologiaIntrodução a Parasitologia
Introdução a Parasitologia
 
Palestra brucelose humana congresso 2015 jakobi
Palestra brucelose humana congresso 2015 jakobiPalestra brucelose humana congresso 2015 jakobi
Palestra brucelose humana congresso 2015 jakobi
 
Cocos Gram positivos
Cocos Gram positivosCocos Gram positivos
Cocos Gram positivos
 
Polioencefalomalacia clinica de ruminantes
Polioencefalomalacia   clinica de ruminantesPolioencefalomalacia   clinica de ruminantes
Polioencefalomalacia clinica de ruminantes
 
Princípios do diagnóstico microbiológico
Princípios do diagnóstico microbiológicoPrincípios do diagnóstico microbiológico
Princípios do diagnóstico microbiológico
 
Mastite bovina fisio ii
Mastite bovina fisio iiMastite bovina fisio ii
Mastite bovina fisio ii
 

Semelhante a Doença da Arranhadura do Gato e Bartonella: revisão da literatura

Diversidade genética de toxoplasma gondii
Diversidade genética de toxoplasma gondiiDiversidade genética de toxoplasma gondii
Diversidade genética de toxoplasma gondiiRural Pecuária
 
Pesquisa de Infecção por Bartonella em mamíferos domésticos, silvestres e em ...
Pesquisa de Infecção por Bartonella em mamíferos domésticos, silvestres e em ...Pesquisa de Infecção por Bartonella em mamíferos domésticos, silvestres e em ...
Pesquisa de Infecção por Bartonella em mamíferos domésticos, silvestres e em ...Naylla Marcula
 
Colecao atualizacao em parasitologia- v1 n4-2011
Colecao   atualizacao em parasitologia- v1 n4-2011Colecao   atualizacao em parasitologia- v1 n4-2011
Colecao atualizacao em parasitologia- v1 n4-2011König Brasil
 
Modelos animais como modelos pré-clínicos - ênfase em Virologia.
Modelos animais como modelos pré-clínicos - ênfase em Virologia. Modelos animais como modelos pré-clínicos - ênfase em Virologia.
Modelos animais como modelos pré-clínicos - ênfase em Virologia. Wilia Diederichsen
 
Endoparasitoses caes monte negro 2006
Endoparasitoses caes monte negro 2006Endoparasitoses caes monte negro 2006
Endoparasitoses caes monte negro 2006davibeber
 
Aula sobre arboviroses curso de nutrição 2018
Aula sobre arboviroses curso de nutrição 2018Aula sobre arboviroses curso de nutrição 2018
Aula sobre arboviroses curso de nutrição 2018AdrielyFonteles
 
toxoplasmose
toxoplasmosetoxoplasmose
toxoplasmosejoaoars
 
Protozoarios apresentação cleiton revisão
Protozoarios apresentação cleiton revisãoProtozoarios apresentação cleiton revisão
Protozoarios apresentação cleiton revisãojordaninha
 
Revisão para a globalizada
Revisão para a globalizadaRevisão para a globalizada
Revisão para a globalizadajordaninha
 
Protozoarios apresentação cleiton revisão
Protozoarios apresentação cleiton revisãoProtozoarios apresentação cleiton revisão
Protozoarios apresentação cleiton revisãojordaninha
 
Protozoarios apresentação cleiton revisão
Protozoarios apresentação cleiton revisãoProtozoarios apresentação cleiton revisão
Protozoarios apresentação cleiton revisãojordaninha
 
Ordem Siphonaptera
Ordem SiphonapteraOrdem Siphonaptera
Ordem SiphonapteraMarina Sousa
 
Neosporose Em Rebanhos Bovinos Leiteiros
Neosporose Em Rebanhos Bovinos LeiteirosNeosporose Em Rebanhos Bovinos Leiteiros
Neosporose Em Rebanhos Bovinos LeiteirosRural Pecuária
 
Apres. dengue zica, chikungunya
Apres. dengue zica, chikungunyaApres. dengue zica, chikungunya
Apres. dengue zica, chikungunyaMaria Tereza Neves
 
manifestações clinicas aula-arbovirus.pdf
manifestações clinicas aula-arbovirus.pdfmanifestações clinicas aula-arbovirus.pdf
manifestações clinicas aula-arbovirus.pdfMARCELODONIZETTICHAV
 

Semelhante a Doença da Arranhadura do Gato e Bartonella: revisão da literatura (20)

Febre amarela
Febre amarelaFebre amarela
Febre amarela
 
Diversidade genética de toxoplasma gondii
Diversidade genética de toxoplasma gondiiDiversidade genética de toxoplasma gondii
Diversidade genética de toxoplasma gondii
 
Pesquisa de Infecção por Bartonella em mamíferos domésticos, silvestres e em ...
Pesquisa de Infecção por Bartonella em mamíferos domésticos, silvestres e em ...Pesquisa de Infecção por Bartonella em mamíferos domésticos, silvestres e em ...
Pesquisa de Infecção por Bartonella em mamíferos domésticos, silvestres e em ...
 
[Aguiar,2007]773 3024-2-pb
[Aguiar,2007]773 3024-2-pb[Aguiar,2007]773 3024-2-pb
[Aguiar,2007]773 3024-2-pb
 
Colecao atualizacao em parasitologia- v1 n4-2011
Colecao   atualizacao em parasitologia- v1 n4-2011Colecao   atualizacao em parasitologia- v1 n4-2011
Colecao atualizacao em parasitologia- v1 n4-2011
 
Modelos animais como modelos pré-clínicos - ênfase em Virologia.
Modelos animais como modelos pré-clínicos - ênfase em Virologia. Modelos animais como modelos pré-clínicos - ênfase em Virologia.
Modelos animais como modelos pré-clínicos - ênfase em Virologia.
 
Endoparasitoses caes monte negro 2006
Endoparasitoses caes monte negro 2006Endoparasitoses caes monte negro 2006
Endoparasitoses caes monte negro 2006
 
Ancylostomidae2
Ancylostomidae2Ancylostomidae2
Ancylostomidae2
 
Aula sobre arboviroses curso de nutrição 2018
Aula sobre arboviroses curso de nutrição 2018Aula sobre arboviroses curso de nutrição 2018
Aula sobre arboviroses curso de nutrição 2018
 
toxoplasmose
toxoplasmosetoxoplasmose
toxoplasmose
 
Parasito aula 1.pptx
Parasito aula 1.pptxParasito aula 1.pptx
Parasito aula 1.pptx
 
Protozoarios apresentação cleiton revisão
Protozoarios apresentação cleiton revisãoProtozoarios apresentação cleiton revisão
Protozoarios apresentação cleiton revisão
 
Revisão para a globalizada
Revisão para a globalizadaRevisão para a globalizada
Revisão para a globalizada
 
Protozoarios apresentação cleiton revisão
Protozoarios apresentação cleiton revisãoProtozoarios apresentação cleiton revisão
Protozoarios apresentação cleiton revisão
 
Protozoarios apresentação cleiton revisão
Protozoarios apresentação cleiton revisãoProtozoarios apresentação cleiton revisão
Protozoarios apresentação cleiton revisão
 
Ordem Siphonaptera
Ordem SiphonapteraOrdem Siphonaptera
Ordem Siphonaptera
 
Artrópodes.pdf
Artrópodes.pdfArtrópodes.pdf
Artrópodes.pdf
 
Neosporose Em Rebanhos Bovinos Leiteiros
Neosporose Em Rebanhos Bovinos LeiteirosNeosporose Em Rebanhos Bovinos Leiteiros
Neosporose Em Rebanhos Bovinos Leiteiros
 
Apres. dengue zica, chikungunya
Apres. dengue zica, chikungunyaApres. dengue zica, chikungunya
Apres. dengue zica, chikungunya
 
manifestações clinicas aula-arbovirus.pdf
manifestações clinicas aula-arbovirus.pdfmanifestações clinicas aula-arbovirus.pdf
manifestações clinicas aula-arbovirus.pdf
 

Último

cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 

Último (8)

cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 

Doença da Arranhadura do Gato e Bartonella: revisão da literatura

  • 1. Orientador: Prof. Dr. Maurício Claudio Horta Orientada: Naylla Mayana dos Santos Universidade Federal do Vale do São Francisco Colegiado de Medicina Veterinária
  • 2. 2(CORRÊA, 2008; DRUMMOND, 2012)  Doença da Arranhadura do Gato:  Reemergente; Notificação não-obrigatória;  Caracterizada por linfadenite regional;  Tem evolução limitada.  Gato:  Principal fonte de infecção para o humano;
  • 3. 3(GUPTILL, 2010; KAISER, 2011)  Bartonella:  Bactéria Gram-negativa;  Existem cerca de 30 espécies;  Pouco conhecida, mas há relatos desde tempos pré-incas.
  • 4.  Reconhecida em 1889 por Parinaud; 4  Descrita formalmente em 1950 por Robert Debré;  Em 1993, Dolan identificou o agente etiológico;  Nos anos 90 – Gênero Rochalimae e Grahamella;  Ordem Rickttesiales;  Filogeneticamente prox. a Brucella e Afipia. (BRENNER, 1993; VELHO, 2001; GUPTILL, 2010)
  • 5.  Henrique da Rocha Lima: caracterização – B. bacilliformis;  Pouco estudada no Brasil;  Foram feitas algumas pesquisas:  Prevalência em gatos (ZANUTTO et al., 2001);  Em humanos (LAMAS et al., 2007);  Ectoparasitos e mamíferos (FONTALVO et al.,2017) 5
  • 6.  Doença da Arranhadura do Gato (DAG):  Zoonose – Crianças e jovens;  Gato - Lesões, arranhões, lambida; Comum – Linfonodomegalia unilateral benigna;  Forma típica e atípica. 6(VELHO, 2001; ZEAITER et al., 2002)
  • 7.  Bartonella:  Pequenas bactérias;  Levemente curvada, aeróbicas e oportunistas; Pleomórfica;  Flagelada/Fímbria;  Cultivo difícil – exigências;  Negativas para catalase, urease, oxidase;  Intracelular facultativo – células sanguíneas, dendríticas e macrófagos; Altamente adaptada ao hospedeiro. 7( DEHIO, 2001; VELHO et al., 2003; ANVISA, 2004; DRUMMOND, 2012; FONTALVO, 2016)
  • 8. 8(VELHO et al., 2003; MOGOLLON-PASAPERA et al., 2009; GREENE, 2012; FONTALVO, 2016) Espécie Vetor (es) Reservatórios Manifestações clínicas e/ou doenças B. baciliformis Lutzomya verrucarum (flebotomíneo) Humanos DC, Anemia hemolítica, febre B. quintana Pediculus humanus humanus (Piolho) C. felis (Pulga) Humanos FT, DAG, AB, B, PH, AC, S, E, Inflamação piogênica B. henselae C. felis (Pulga), Ixodes ricinus, I. pacificus (carrapatos) Gatos DAG, AB,PH, S, E, AC B. elizabethae Xenopsylla cheopis (Pulga) Ratos urbano E, B B. vinsonii subs. berkhoffii Rhipicephalus sanguineus (Carrapatos) Canídeos AC, E, Febre, Linfadenopatia B. clarridgeiae C. felis Gatos DAG, S, E, B B. koehlerae C. felis (Pulga) Gatos S, E Tabela 1 –Espécies de Bartonella e seus agravos: Legendas: DC-Doença de Carrión; FT –Febre das trincheiras; AB –Angiomatose bacilar, B –Bacteremia; PH –Peliose hepática; AC – Adenoopatia crônica; S – Septicemia; E – Endocardite.
  • 9.  Bartonella henselae:  Inicialmente Rochalimaea henselae;  B. clarridgeiae, B. koehlerae, B. quintana;  Catalase variável, não reduz nitrato, não produz indol nem hemólise.  Mecanismos de Virulência:  Fímbrias (aderência);  Adentra nos eritrócitos lentamente;  Estrutura lipopolissacarídeo alterada – Secreção tipo IV NF-kB;  Cepas: Houston 1 e Marselha. 9(VELHO, 2001; BRUNT et al.,2006; DRUMMOND, 2012; GREENE, 2012)  Auxiliam:  Invasão das células;  Dificuldade das respostas imunes;  Dificuldade dos fármacos agirem.
  • 10.  Reservatório primário da B. henselae, B. clarridgeaie e B. koehlerae;  A pulga Ctenocephalides felis transmite a Bartonella entre gatos;  Gatos infectados raramente apresentam sintomas relevantes;  Co-infecções. 10(ABBOTT et al., 1997; CHANG et al.., 2000; ZANUTTO et al., 2001; GREENE, 2012) Gatos velhos: alta prevalência Gatos jovens: alta bacteremia
  • 11.  Ctenocephalides felis (C. felis):  Família Pulicidae;  Transmitem diversos patógenos e doenças;  Cães e gatos;  Em 50 dias deposita 1.800 ovos; Ciclo se completa entre 25-30 dias. 11(BOUCHÉ, 1835; LINARDI & GUIMARÃES, 2000; HORTA et al., 2014)
  • 12.  Ctenocephalides felis (C. felis):  Ingere a bactéria ao se alimentar;  As bactérias replicam-se na pulga e são excretadas nas fezes. 12(LINARDI & GUIMARÃES, 2000; ZENTKO & RICHMAN, 2011; DOBLER & PFEFFER, 2011)
  • 13.  No gato:  Vetores (pulga/ carrapatos);  Brigas;  Inoculação intradérmica de fezes. 13(CHOMEL et al., 1996; FINKELSTEIN et al., 2002; COTTÉ et al., 2008)
  • 14.  No homem:  Lesões provocadas pelos felinos (arranhões, mordidas);  Excremento de pulgas em contato com feridas;  Inoculação intradérmica de fezes;  Outras: Transplante de órgãos, transfusão sanguínea, fômites e transmissão vertical. 14(CHOMEL et al., 1996 e 2004;; SCOLFARO et al., 2008; MOSBACHER et al., 2011; GUPTILL, 2010; BREITSCHWERDT et al., 2010)
  • 15. 15  No gato:  Raramente apresentam sinais;  Todavia podem relatar: febre, letargia, gengivite, uveíte, endocardite, etc. (BORDIN, 2007; GREENE, 2012)
  • 16. 16  No homem:  Doença na forma típica: Benigna e autolimitada; Linfadenomegalia unilateral flexível, pápulas eritematosas, febre baixa, mal-estar e mialgia são alguns dos sintomas. (VELHO et al., 2001; 2003)
  • 17. 17  No homem:  Doença na forma atípica: Pessoas imunodeprimidas/imunocomprometidas Síndrome Oculoglandular de Parinaud e sinais neurológicos (paralisia de Bell, convulsões, letargia, demência, nistagmo), febre alta, dor abdominal, esplenomegalia, diminuição ou perda da visão.  Manifestações cutâneas: nódulos angiomatosos Sarcoma de Kaposi; eritemas e etc (GUPTILL et al., 1997; KORKICK et al.,1999; VELHO, 2001)
  • 18. 18  No gato:  Teste em gatos saudáveis cujo dono tem imunidade deficiente.  No homem:  Suspeita quando – Excluiu todas os outros agravos e tem gato na residência. (SLHESSARENKO, 1988; GUPTILL, 2010; DRUMMOND, 2012)
  • 19. 19  Indireto:  Testes Sorológicos – RIFI/ELISA: triagem inicial, pouco confiável.  Ac mesmo sem estar infectado; várias estirpes; reação cruzada.  Achados Histológicos: colorações como Hematoxilina e eonina ou Warthin-Starry.  Diretos:  Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)  Pesquisa de gênero, cepa; Rapidez no diagnóstico. (GILADI et al., 2001; VELHO, 2001; ANVISA 2004; GUPTILL, 2010; DRUMMOND, 2012)  Cultura: Sensível e eficaz.
  • 20. 20  No gato:  Bacteremia recidivante – Enrofloxacina, pode causar degeneração da retina.  No homem:  Forma típica: o uso de antibióticos é questionável;  Forma atípica: Cefalosporina, eritromicina, cloranfenicol, tetraciclina, azitromicina...entre outros.  Drogas beta-lactâmicos não são eficientes. (VELHO, 2001; ROLAIN, 2004; GREENE, 2012)
  • 21.  Não há vacinas;  Combate a ectoparasitas;  Testes para detectar Bartonella antes de transfusões. 21(GUPTILL, 2010; DRUMMOND, 2012; PITASSI, 2013)
  • 22.  A DAG não acarreta muitos malefícios aos gatos;  Por causa dos fatores de virulência a B. henselae pode levar o homem a sérias consequências, a depender do sistema imunológico do mesmo;  Mais estudos precisam ser feitos, pois muitos elementos dessa doença continuam desconhecidos;  O Brasil tem clima propício ao vetor, e alta prevalência de Bartonella em seus gatos. 22 “Estamos na infância das pesquisas sobre essas espécies” Gregory Dash
  • 23. 23
  • 24. 24
  • 25. Orientador: Prof. Dr. Maurício Claudio Horta Orientada: Naylla Mayana dos Santos