Este documento discute a perspectiva bíblica sobre dinheiro e riqueza. A primeira seção analisa o livro de Deuteronômio, que vincula a prosperidade financeira à obediência a Deus, embora não garantia tal prosperidade. A segunda seção examina o ensinamento de Jesus em Mateus, que enfatiza investir nos tesouros celestiais ao invés dos terrenos, servindo a Deus e não ao deus do dinheiro, "Mamom".
Nem Pobreza e nem Riqueza , mas o Necessário - 2019 LBJ 2 TRI Lição 2
1.
2.
3. “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará
também o vosso coração” (Mt 6.22).
T E X T O D O D I A
4. O dinheiro pode se tornar um Deus ou um
instrumento de bênção, tudo vai depender da forma
como a pessoa o utiliza.
S Í N T E S E
5. Deuteronômio 28.1-6
1 - E será que, se ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, tendo cuidado de
guardar todos os seus mandamentos que eu te ordeno hoje, o SENHOR,
teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra.
2 - E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a
voz do SENHOR, teu Deus:
3 - Bendito serás tu na cidade e bendito serás no campo.
4 - Bendito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto dos teus
animais, e a criação das tuas vacas, e os rebanhos das tuas ovelhas.
5 - Bendito o teu cesto e a tua amassadeira.
6 - Bendito serás ao entrares e bendito serás ao saíres.
Leitura bíblica
6. Mateus 6.19-24
19 - Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo
consomem, e onde os ladrões minam e roubam.
20 - Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem
consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam.
21 - Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso
coração.
22 - A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem
bons, todo o teu corpo terá luz.
23 - Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se,
portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!
24 - Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e
amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir
a Deus e a Mamom.
Leitura bíblica
7. • Esta lição abre uma série de quatro lições que
abordarão sobre o uso do dinheiro.
• Com a urbanização o uso do dinheiro e dos bens
materiais tomou conta dos desejos humanos,
promovendo o uso das pessoas e o amor às
coisas.
• Para analisarmos qual é a perspectiva cristã em
relação ao dinheiro será analisada a:
1. a perspectiva do povo hebreu com base em Dt 28.1-
6;
2. a releitura realizada por Jesus em Mateus 6.19-24 e
quais foram as recomendações aos seus discípulos.
INTRODUÇÃO
8. I – A PROSPERIDADE
FINANCEIRA NO
ANTIGO TESTAMENTO
(DT 28.1-6)
Pr. Natalino das Neves
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9. • Considerar o contexto cultural e teológico da
época da escrita (desvio do projeto de Deus).
• A prosperidade atrelada à obediência Vs
mercantilização da religião (legitimação em
nome de Deus).
• Os expoentes da teologia da prosperidade
defendem que:
• a doença, a pobreza, o sofrimento, entre outros males
são consequências do pecado;
• As bênçãos e prosperidade são recompensas pela
obediência à doutrina propagada por eles.
• Livro de Jó.
1. A prosperidade atrelada à obediência ( v. 1)
10. • Dt 28 faz parte de um contexto maior (Dt
26.16—27 e 29.9-20) - compromisso entre
Yahweh e o povo da aliança.
• Modelo de tratado de suserania e vassalagem
do antigo Oriente Próximo (direitos, obrigações e
sanções por descumprimento).
• o cumprimento da Lei está relacionado ao
amor a Deus “de todo o coração, e toda a alma, e
toda a força” (Dt 6.5; 13.3; 26.16; 30.2).
• Cumprir ritos e oferendas não garante as
bênçãos de Deus.
2. As bênçãos da prosperidade
são consequências naturais (v. 2-5)
11. • Dt 28.2-5 afirma que a benção é atraída pela
atitude das pessoas: “virão sobre ti ...”.
• Bênçãos como consequências naturais do
comportamento humano.
• Qual seria o resultado na vida de uma pessoa
honesta, dedicada à sua família e ao trabalho,
com um trato educado e fácil com as pessoas,
dentre outras virtudes possíveis?
• Conselho de Agur (Pv 30.8a): “não me dês nem
a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da
minha porção acostumada”.”
2. As bênçãos da prosperidade
são consequências naturais (v. 2-5)
12. • O que produz paz e uma vida de excelência
pelos padrões bíblicos é uma vida de
comunhão e segundo a vontade de Deus.
• Segundo Eclesiastes 7.8, o fim é melhor do que
o começo.
• Todavia, Dt 28.6 afirma que o ideal é desfrutar da
bem-aventurança na entrada e na saída.
• Ser fiel a Deus em todo o tempo
independentemente de prosperidade
financeira.
3. Bem-aventurado quem mantém
sua integridade o tempo todo (v. 6)
13. • No entanto, para quem não começou bem,
ainda resta uma esperança se entrar pelo
caminho.
• Para alguns, o fato de possuir muitos bens e
prestígio pode significar sucesso, mas...
• Existem muitas pessoas com grande
prosperidade financeira, porém infelizes e
depressivas.
• Por outro lado, há pessoas simples e de
baixíssimo poder aquisitivo felizes e que
desfrutam de boa paz.
3. Bem-aventurado quem mantém
sua integridade o tempo todo (v. 6)
14. • Não é a riqueza ou a pobreza que define o
sucesso, nem a felicidade ou a excelência de
vida.
• Obedecer à Palavra de Deus é fundamental na
vida do ser humano; isso, no entanto, não pode
ser usado como barganha para receber
benefícios de Deus.
3. Bem-aventurado quem mantém
sua integridade o tempo todo (v. 6)
15. Você já tentou se aproximar de Deus pensando
apenas em receber benefícios financeiros?
Obedecer a Palavra de Deus é sempre a atitude
correta, no entanto isso não pode ser usado
como barganha para receber benefícios de Deus!
APLICAÇÃO PRÁTICA
16. II – A PROSPERIDADE
FINANCEIRA E O
CRISTIANISMO
Pr. Natalino das Neves
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17. • Depois de analisar o conceito de prosperidade
para o povo hebreu na antiguidade, vamos
observar qual foi o tratamento dado ao tema por
Jesus.
• Mateus - O Sermão do Monte reserva uma
subunidade para abordar os ensinamentos de
Jesus de como lidar com as riquezas materiais.
Introdução ao tópico
18. • Depois dos discursos de Jesus sobre as bem-
aventuranças e a advertência sobre a
hipocrisia religiosa baseada em rituais, inicia
uma seção de ditados de sabedoria.
• O primeiro ditado está relacionado a uma
palavra proferida por Mateus: tesouros (Gr
“thesauros” 9X Vs 17X no NT).
• Jesus incentiva o investimento nas riquezas
celestiais.
• Ele não desmerece os bens materiais, mas,
sim, a sua supervalorização.
O maior tesouro é fazer a vontade de Deus
e viver em paz (Mt 6.19-21)
19. • Em uma sociedade consumista e centrada na
economia de mercado o dinheiro assume um
papel peculiar.
• Religioso - meio neopentecostal e pentecostal,
um ambiente propício para o mercantilismo.
• A pessoa deve buscar por uma vida estabilizada e
prospera, mas não pode se tornar a principal
meta a ser atingida.
• Nenhuma riqueza do mundo pode comprar a
paz que uma pessoa que faz a vontade de Deus
desfruta.
• Lei da semeadura (Gl 6.8).
O maior tesouro é fazer a vontade de Deus
e viver em paz (Mt 6.19-21)
20. • A metáfora do olho como lâmpada do corpo é
apresentada logo após a declaração de Jesus
sobre as diferenças entre os tesouros terrenos
e os celestiais.
• Haplous - refere-se à generosidade (Rm 12.8),
liberalidade (2 Co 8.2; 9.11; Tg 1.5) e
beneficência (2 Co 9.13).
• Época de profunda crise devido a obtenção do
lucro a qualquer custo por uma minoria que
não via isso como problema ético e moral.
• A metáfora do olho expõe as diferenças da
foram de lidar com dinheiro (Mt 6.22,23).
2. A metáfora do olho como
lâmpada do corpo (Mt 6.22-23)
21. • O olho guia o corpo e dirige seus movimentos,
sentimentos e ações.
• O olho bom enxerga segundo a vontade de
Deus; é um olhar livre da ansiedade obsessiva
pelas provisões materiais e que prioriza as
ações de caridade e solidariedade; por isso,
torna o corpo luminoso (luz).
• Por outro lado, o olho mau enxerga segundo o
interesse pela riqueza egoísta, buscando o
acúmulo de riquezas de forma corrupta; assim
sendo, torna o corpo escuro (trevas).
2. A metáfora do olho como
lâmpada do corpo (Mt 6.22-23)
22. • As escolhas humanas são moldadas pela visão
de mundo de cada pessoa.
• Desse modo, é o estado presente do “olho” que
determinará o futuro do corpo.
2. A metáfora do olho como
lâmpada do corpo (Mt 6.22-23)
23. • Em todo o capítulo 6 de Mateus, o tema
recorrente é o compromisso do coração.
• Quando Mateus refere-se ao Diabo e suas
tentações, ele concentra-se nos aspectos
econômicos da vida.
• O ser humano é tentado pelas ambições
pessoais, pelo desejo de ter mais do que é
necessário, mesmo que tenha de tirar dos
desfavorecidos.
• Mamom, o deus do egoísmo e contrário ao
amor, que precisa ser exorcizado.
3. A escolha entre servir a Deus ou
ao materialismo, o deus Mamom (Mt 6.24)
24. • Para livrar-se desse “demônio” e de suas
tentações, é preciso:
1. resistir ao amor que se tem ao dinheiro e suas
vantagens egoístas;
2. fazer um uso sábio e prudente do dinheiro.
• Ninguém pode servir a dois senhores, pois as
ordens de comando serão contraditórias ou
conflitantes a qualquer momento.
• Escolha servir a Deus, ainda que isso exija
sacrifícios e renúncias.
3. A escolha entre servir a Deus ou
ao materialismo, o deus Mamom (Mt 6.24)
25. Jovem, a quem você tem servido: a Deus ou ao
dinheiro (deus Mamom)?
Jesus contrasta tesouros terrenos e destrutíveis
com a incorruptibilidade das riquezas celestiais,
reservadas a quem prioriza a vontade de Deus.
APLICAÇÃO PRÁTICA
26. 1. No AT já existia a aproximação a Deus com base no
interesse em bens materiais (teologia da retribuição),
questionada no livro de Jó.
2. O amor ao dinheiro e a prática mercantilista da
religião permaneceu até os dias de Jesus, porém Ele
propaga a prática da solidariedade e valorização
das pessoas, valores do reino de Deus que
permanece para sempre.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
28. Pr. Natalino das Neves
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