O documento fornece uma análise bíblica do capítulo 24 de Isaías, abordando três pontos principais: 1) O julgamento e a salvação no fim dos tempos, onde os justos serão salvos e os ímpios condenados; 2) Cristo é o centro da história humana, como seu início, meio e fim; 3) O fim da história trará a consumação do Reino de Deus com a Nova Jerusalém.
6. 4 A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se
murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra.
5 Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus
moradores, porquanto transgridem as leis, mudam os
estatutos e quebram a aliança eterna.
6 Por isso, a maldição consome a terra, e os que habitam
nela serão desolados; por isso, serão queimados os
moradores da terra, e poucos homens restarão.
8. INTRODUÇÃO
• A lição desta semana fala sobre as consequências das
falhas do ser humano, que se condenam a si mesmo pelo
que faz.
• Isaias 24-27 é reconhecido pelos biblistas como um texto
posterior e apocalíptico (trata do tempo do fim
apocalíptico).
• Julgamentos dos maus e salvação e promessas de
livramento para o povo de Deus.
• Texto original aplica-se a Israel, mas a releitura cristã no
NT aponta para a salvação por meio de Cristo, o Messias.
10. 1. Como será o julgamento
• A palavra julgamento no grego (krinein) quer dizer
separar (Mt 13.24-30): bem Vs mal.
• Outro livro considerado apocalíptico do Antigo
Testamento, Daniel, fala sobre o Juízo dos fim dos
tempos (Dn 12.1-3).
• Neste julgamento, os injustos são condenados e os justos
e oprimidos são resgatados por Deus.
11. 2. O destino dos maus
• Doutrina assembleiana: no Juízo Final acontecerá a
ressurreição dos maus de todos os tempos; os salvos já
terão ressuscitado e estarão com Cristo (Is 26.19; Ap
20.4).
• Ninguém escapará da desolação e julgamento que
sobrevirá: ricos, pobres, sacerdotes, leigos (Is 24.2) e reis
(Is 24.21).
• Deus destruirá todo o mal bem como todos os grandes
poderes e impérios mundiais, representados pelo leviatã,
pela serpente sinuosa e pelo dragão (Is 27.1).
• Aqueles que forem julgados como maus serão separados
definitivamente de Deus, a fonte da vida.
12. 3. O destino dos bons
• Os justificados por Cristo serão levados para o Reino
eterno (Mateus 25.34).
• O Reino de Deus será um eterno desfrutar de alegrias,
delícias e bem-estar, na presença de todos os salvos de
todos os tempos.
• A glória e majestade de Deus será presença constante
(Ap 21.23).
16. 1. O início da história humana
• A história da humanidade pode ser revelada na criação,
Queda, redenção em Cristo e final dos tempos com
Cristo.
• Biblicamente, Jesus permeia a história humana com sua
presença.
• Rejeição de Israel e o cumprimento da aliança no
remanescente (a semente, o tronco restante), que se
concentra em Cristo na sua morte, tornou-se precursor
de um grande povo único e salvo.
17. 2. A redenção da história humana
• Toda a história da salvação está contida num único
evento: a intervenção de Cristo na história por meio da
cruz.
• Entre a cruz de Cristo e a consumação final da história
dá-se a tensão e hostilidade entre a instalação de seu
Reino na terra "já agora" e no "ainda não" do Reino que
está por vir.
• A batalha decisiva e vitoriosa já foi travada na cruz do
Calvário.
18. 3. Ele é para todo sempre
• Ele é antes do início, foi crucificado ontem, reina agora
de forma invisível e voltará no fim dos séculos para
estabelecer seu Reino eterno, onde a justiça e a paz
reinarão perpetuamente.
• Enquanto o fim dos tempos é um tempo caótico e
terrível para os injustos, para os salvos será o
estabelecimento de um novo tempo de paz,
prosperidade e justiça permanente.
19. PENSE
Se Cristo é o centro da história, Ele precisa
ser o centro de nossas histórias pessoais.
20. PONTO IMPORTANTE
Para a fé cristã, Jesus Cristo é o verbo que
origina a história, se encarna na história para
redimir a história e no final Ele há de encerrar
a história. Cristo é o centro e o fim da
história.
22. 1. A consumação
• Quando se fala em consumação da história, fala-se do
seu fim.
• Os textos apocalípticos falam da esperança no novo céu e
nova terra, pois as injustiças atuais não representam o
mundo que Deus fez para o ser humano.
• O Reino de Deus se concretizará em plenitude somente
no fim dos tempos, quando se instaurará um novo reino
sob o domínio direto de Deus.
23. 2. A história humana terá fim, mas a de Deus não
• Deus está acima da história.
• Ele é a-histórico, pois é eterno.
• Seu Reino se estabelece na história humana, por isso tem
início, mas nunca terá fim.
24. 3. A Nova Jerusalém é o início da nova história
humana
• O Reino de Deus é sinônimo da Nova Jerusalém.
• Lugar que Deus preparou para os salvos em Cristo, para
passarem com Ele por toda a eternidade, na casa do Pai
(Jo 14.1-4), desfrutando eternamente de seu amor.
25. PENSE
A melhor coisa na restauração final da
história não será o Novo Céu e a Nova Terra,
mas sim a presença eterna e sublime de
Deus.
28. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta lição nos aprendemos que:
1. Isaias 24 a 27 é um texto apocalíptico.
2. O termo “fim dos tempos” designa um julgamento de
condenação para os ímpios e de salvação definitiva para
os justificados.
3. Após o fim dos tempos se estabelece um reino eterno
sob o reinado direto de Deus.
30. "Estudiosos bíblicos discutem se esses capítulos (24.1-27.13) contêm
profecias ou se eles apresentam um teor apocalíptico. Às vezes é difícil
distinguir entre os dois. A profecia geralmente prediz um futuro
definido. Informações apocalípticas dirigem a mente de forma mais
abstrata e simbólica em direção ao futuro, em contraste com o
presente. Como o material apocalíptico é geralmente repleto de
visões, figuras simbólicas e nomes, ele pode ser compreendido mais
corretamente como uma expressão de fé do autor e sua filosofia da
história. O estudante dos textos apocalípticos deve aprender a não
interpretar literalmente todo simbolismo que encontra.
[...] Alguns dos temas apocalípticos com os quais Isaías trabalha são: o
julgamento de Deus por causa do pecado e dos pecadores; tribulações
como guerra, fome e pestilência; convulsões geológicas; desordens
astronômicas; guerra moral no reino espiritual; o triunfo final do
programa divino; o banquete escatológico em honra à vitória divina; a
alienação da morte; a ressurreição dos justos; a dor aguda de uma
nova era" (Comentário Bíblico Beacon. Vol 4: Isaías e Daniel. 2ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 79-80)
31. "O Reino e a Vinda do Filho do Homem (Lc 17.20-30)
O Jesus inspirado pelo Espírito fala profeticamente sobre a vinda do Reino de Deus,
incluindo sua própria vinda e o julgamento final. Lucas registra dois dos maiores
discursos de Jesus sobre os acontecimentos do tempo do fim (Lc 17. 20-37). O Reino,
o governo de Deus, é uma realidade presente. A vida e ministério de Jesus declaram
de modo veemente e novo a presença do reinado régio de Deus. Mas a vinda desse
Reino também é um acontecimento futuro. Jesus se refere a ambos os lados do
reinado soberano de Deus aqui. Nos versículos 20 e 21, em resposta a uma pergunta
feita pelos fariseus, Ele explica a natureza futura do Reino. Depois, nos versículos 22
a 37, Ele explica aos discípulos a futura vinda do Reino.
Alguns fariseus perguntaram a Jesus quando Deus vai estabelecer o seu Reino na
terra. Não há que duvidar que eles ficaram impressionados com os dons proféticos
de Jesus, então agora eles desejam saber o momento quando Deus começará a
exercer seu governo sobre a humanidade. Eles querem um horário e presumem que
sinais visíveis precederão a vinda do Reino. Jesus explica que o Reino de Deus é
distinto dos reinos com os quais os fariseus estão familiarizados. Sua vinda não
corresponderá com sinais visíveis para que ninguém possa predizer o tempo exato
de sua chegada. As pessoas entendem mal o caráter do Reino de Deus, quando
dizem 'Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali!' Tais predições são arrogantes e mostram-se falsas e
decepcionantes a pessoas persuadidas por elas (cf. At 1.6,7)" (Comentário Bíblico
Pentecostal. 4.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2009,p. 432).
33. REFERÊNCIAS
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Fundamentos Bíblicos de um
Autêntico Avivamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
ARAUJO, Israel de. Dicionário do Movimento Pentecostal. 1ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2007.
Comentário Bíblico Beacon. Vol 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
CROATTO, J. S. Isaías. Vol I: 1-39. O profeta da justiça e da fidelidade.
Petrópolis: Vozes, 1989.
FEINBERG, Charles L. Os profetas menores. São Paulo: Vida, 1988.
LIÇÕES BÍBLICAS JOVENS. Isaias: eis-me aqui, envia-me a mim. 3º
Trim, Edição Professor, Rio de Janeiro, 2016.
34. REFERÊNCIAS
MERRILL, H. Eugene. História de Israel no Antigo Testamento: O reino
de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 12.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2013.
NAKANOSE, Shigeyuki; PEDRO, Enilda de Paula. Como ler o Primeiro
Isaías (Is 1-39). São Paulo: Paulus, 2002.
RENDTORFF, Rolf. Antigo Testamento: uma introdução. Santo André-
SP: Academia Cristã, 2009.
SCHOKEL, Alonso Luís; SICRE. José Luís. Os profetas. São Paulo: Paulus,
2004.
SICRE, José Luís. Profetismo em Israel. Petrópolis: Vozes, 1996.
SILVA, Airton José. A voz necessária: encontro com os profetas do
século VIII a.C. São Paulo: Paulus, 1998.
35. Pr. Natalino das Neves
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