2. Trobar, do provençal, quer dizer criar,
inventar, achar.
Portanto trobador era o poeta que criava
suas composições.
3. Designa-se por Trovadorismo o período que
engloba a produção literária de Portugal durante
seus primeiros séculos de existência (séc. XII ao XV).
No âmbito da poesia, a tônica são as Cantigas
em suas modalidades; enquanto a prosa apresenta as
Novelas de Cavalaria.
4. Período: séculos XII a XV
Início: 1189 (ou 1198?) - Cantiga da
Ribeirinha, Paio Soares de Taveirós
Término: 1418 - Nomeação de Fernão Lopes
como guarda-mor da Torre do Tombo
5. Queda do Imp. Romano (séc V d.C.)
Idade média
Tomanda de Constantinopla (séc XV d. C.)
Trovadorismo - Baixa Idade Média (séc. XI a XV)
6. A Idade Média pode ser dividida em períodos menores:
Alta Idade Média – do século V ao X
Baixa Idade Média – do século XI ao XV
7. Por volta de 1100 d.C percebeu-se uma revolução
que combinou:
O renascimento urbano e comercial;
Ampliação de culturas e fronteiras agrícolas;
Crescimento econômico;
8. Desenvolvimento intelectual e grandes
evoluções tecnológicas;
Começaram a ser abertas novas escolas ao
longo de todo o continente europeu,
inclusive cidades e vilas menores.
9. Por volta de 1200 são fundadas as
primeiras universidades: Paris, Coimbra,
Bolonha e Oxford.
11. As relações sociais estão baseadas na submissão aos
senhores feudais. Estes eram os detentores da posse
da terra, habitavam castelos e exerciam o poder
absoluto sobre seus servos ou vassalos.
Há bastante distanciamento entre as classes sociais,
marcando bem a superioridade de uma sobre a outra.
18. Estas ordens equivaliam a 3
atividades distintas:
Os que rezam,
Os que combatem
Os que trabalham.
O padre, o cavaleiro e o camponês:
São 3 figuras que exprimem o
essencial da Idade Média em termos
de organização social.
25. Formado pelos sacerdotes, o clero era
a camada mais importante.
Por que o clero tinha esse status?
Porque acreditava-se que tinha o
poder de se comunicar com Deus
26. Formado pelos sacerdotes,
o clero era a camada mais
importante.
Por que o clero tinha esse
status?
Porque acreditava-se que
tinha o poder de se
comunicar com Deus
27.
28.
29.
30. Constituída por indivíduos que
possuíam detenção de terras e algum
tipo de influência ou poder político.
O título nobiliárquico para cada
indivíduo era outorgado por reis e
senhores feudais segundo uma
hierarquia, que se dividia,,
entre alta nobreza(príncipes, arquidu
ques, duques, marqueses e conde) e
baixa nobreza(viscondes, barões e ca
valeiros ).
34. Responsáveis pelo cultivo da
terra, os servos submetiam-se à
exploração de seu senhor em
troca de proteção em tempos
difíceis.
35.
36.
37. Eram os nobres, os
aristocratas, os proprietários
de terras que combatiam os
árabes.
Entre eles era comum a
vassalagem, que se repletiu
nas cantigas trovadorescas.
43. São comuns procissões,
romarias, construção de
templos religiosos, missas etc.
A arte reflete, então, esse
sentimento religioso em que
tudo gira em torno de Deus.
Por isso, essa época é
chamada de Teocêntrica.
44. As primeiras produções artísticas
ligadas à Literatura e vindas do
povo foram as cantigas.
A importância das cantigas
encontra-se em dois aspectos
Mudança da língua: utilização do
galego-português em vez do
latim.
Mudança doo assunto: da liturgia
católica para o cotidiano das
pessoas.
45. Principal característica:
Tradição oral e coletiva
Língua galego-português
Poesia cantada e acompanhada por
instrumentos musicais colecionada
em cancioneiros
Corpo de artistas:
Trovador - autor (nobre ou
profissional)
Segrel (profissional)
Jogral
Menestrel
46. A poesia desta época compõe-se
basicamente de cantigas, geralmente com
acompanhamento de instrumentos
(alaúde, flauta, viola, gaita etc.).
Os autores dessas cantigas eram chamados
de trovadores.
Esses poetas faziam parte da nobreza ou
do clero e, além da letra, criavam a música
das composições que eram executadas nas
cortes.
47. Trovadores – poetas cultos que
compunham a letra e a música das canções.
Menestréis – músicos-poetas sedentários,
pois viviam na casa de um fidalgo.
Jograis – cantores e tangedores
ambulantes, geralmente de origem plebeia.
Segréis – trovadores profissionais,
geralmente fidalgos desqualificados que
iam de corte em corto na companhia de um
jogral.
48. Poeta e bardo, isto é, pessoa encarregada
de transmitir as histórias, as lendas e os
poemas de forma oral, cantando a história
de seus povos em poemas recitados;
Era simultaneamente músico e poeta e,
mais tarde, designado trovador;
Usava o alaúde para acompanhar suas
histórias geralmente tristes;
Também designa o nome que os músicos
da corte passaram a ser chamados a partir
do século XIV, quando o nome jogral
passou a ser usado desagradavelmente
para chamar os bobos.
49. Sua função aproxima-se a do jogral, pois,
além de ser executante e cantor, sabia
compor cantigas, sendo retribuído pelos
seus serviços poético-musicais.
Era uma classe intermediária entre o
trovador e o jogral. Eram da pequena
nobreza.
50. Na lírica medieval, até o século X, era o
artista profissional de origem popular –
um vilão, ou seja, não pertencente à
nobreza – que atuava nas praças públicas
divertindo o público, assim como nos
palácios senhoriais, assumindo o papel de
bufão, com sátiras, mágicas, acrobacias,
mímica etc.;
Divulgavam a poesia trovadoresca,
acompanhados de alaúde, viela ou cistre
Também cantavam canções de gesta
(poemas épicos surgidos no raiar da
literatura francesa, no raiar do século XII).
51. As cantigas eram cantadas no
idioma galego-português e dividem-
se em dois tipos:
líricas (de amor e de amigo) e
satíricas (de escárnio e mal-dizer).
52. Do ponto de vista literário, as
cantigas líricas apresentam maior
potencial pois formam a base da
poesia lírica portuguesa e até
brasileira.
Já as cantigas satíricas, geralmente,
tratavam de personalidades da
época, numa linguagem popular e
muitas vezes obscena.
55. Essas cantigas tratavam de temas
AMOROSOS e de AVENTURAS
DE CAVALEIROS em busca da
honra e do amor de uma donzela
São divididas em:
- CANTIGAS DE AMOR
- CANTIGAS DE AMIGO
56. Eu-lírico masculino;
Origem provençal;
Direta (conversa com a amada)
Assunto: sofrimento por amor não
correspondido (coita);
Mulher idealizada;
Ambiente da corte;
Amor cortês
Linguagem: ousada,
conquistadora
Amor infeliz.
57. Gênero mais refinado do
trovadorismo provençal;
Submissão absoluta à dama;
Vassalagem humilde e paciente
a dama da alta linhagem.
Promessa de honrar e servir a
dama com fidelidade;
Prudência para não abalar a
reputação da dama;
A amada é vista como a mais
bela de todas as mulheres.
58. Quantos o amor faz padecer
penas que tenho padecido
querem morrer e não duvido
que alegremente queiram morrer.
Porém enquanto vos puder ver,
vivendo assim eu quero estar
e esperar, e esperar.
Sei que a sofrer estou condenado
e por vós cegam os olhos meus.
Não me acudis; nem vós, nem Deus
Mas, se sabendo-me abandonado,
ver-vos, senhora, me for dado.
vivendo assim eu quero estar
e esperar, e esperar.
Esses que veem tristemente
desamparada sua paixão
querendo morrer, loucos estão.
Minha fortuna não é diferente;
porém eu digo constantemente:
vivendo assim eu quero estar
e esperar e esperar.
Quantos an gran coita d’amor
eno mundo, qual og’ eu ei,
querrian morrer, eu o sei,
o averrian én sabor.
Mais mentr’ eu vos vir’, mia senhor,
sempre m’eu querria viver,
e atender e atender!
Pero já non posso guarir,
ca ja cegan os olhos meus
por vos, e non me val i Deus
nen vos; mais por vos non mentir,
enquant’ eu vos, mia senhor, vir’,
sempre m’eu querria viver,
e atender e atender!
E tenho que fazen ma-sen
quantos d’amor coitados son
de querer as morte, se non
ouveron nunca d’amor ben
com’eu faç’. E, senhor, por én
sempre m’eu querria viver,
e atender e atender!
59. Eu-lírico feminino;
Indireta (fala com um confidente)
Predomínio da musicalidade
Assunto: lamento da moça cujo
amado está longe (saudade,
dúvida);
Amor natura e espontâneo
Ambiente rural ou urbano;
Linguagem: discreta, recatada.
Presença de refrão, paralelismo e
de leixa-pren.
60.
61.
62.
63.
64. Cantigas com olhar crítico para a
conduta de nobres nas esferas
individuais e sociais.
Circulavam por lugares públicos
como feiras, colheitas, tabernas,
periferias, caracterizando uma
literatura marginal;
Importância históricas: registro
social – revelam detalhes da vida
íntima .
São divididas em:
- CANTIGAS DE ESCÁRNIO
- CANTIGAS DE MALDIZER
65. Temas: pessoas
Exemplo:
- A dona velha, fea e sandia (louca)
- O covarde; o desertor da guerra;
- Um rei boêmio;
- O burguês unha de fome;
- O velho que pinta o cabelo e que se
apaixona por uma cortesã;
- A mãe que ensina a filha a
saracotear e não a coser e a fiar;
- Um frade que se dizia impotente
mas que era arreytado;
- O namora de uma freira e um
tabelião.
66. Crítica Indireta;
Uso da ironia leve
Intenção de brincadeira.
Linguagem com trocadilhos e
ambiguidades;
Normalmente a pessoa satirizada
não é identificada.
67.
68. Crítica Direta;
Ofensivas.
Linguagem agressiva, obscena e
de zombaria;
Intenção difamatória.
A pessoa criticada é identificada.
69.
70.
71.
72.
73.
74. Paio Soares de Taveirós
Dom Dinis
Duarte da Gama
Martim Garcia de Guilhade
Martim Codax
João Zorro
Afonso Sanches (filho de D.
Dinis)
Rui Queimado
Bernardo Bonaval
75.
76. Novelas de cavalaria
cavaleiro – honra/lealdade
Herói
ideais cristãos
Ciclos de novelas
- Ciclo Clássico
- Ciclo arturiano ou bretão
- Ciclo carolíngeo
77. A prosa medieval retrata
com mais detalhes o
ambiente histórico-social
desta época.
A temática das novelas
medievais está ligada à vida
dos cavaleiros medievais e
também à religião.
90. 90
Te encontrei toda remelenta e estronchada
Num bar entregue às bebida
Te cortei os cabelos do sovaco e as unhas do pé
te chamei de querida
Te ensinei todos os auto-reverse da vida
e o movimento de translação que faz a terra
girar
Te falei que o importante é competir
mas te mato de pancada se você não ganhar
UMA ARLINDA MULHER
MAMONAS ASSASSINAS
91. 91
De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi namorada
O seu corpo é dos errantes
Dos cegos, dos retirantes
É de quem não tem mais nada
Dá-se assim desde menina
Na garagem, na cantina
Atrás do tanque, no mato
É a rainha dos detentos
Das loucas, dos lazarentos
GENI E O ZEPELIN
CHICO BUARQUE
Dos moleques do internato
E também vai amiúde
Com os velhinhos sem saúde
E as viúvas sem porvir
Ela é um poço de bondade
E é por isso que a cidade
Vive sempre a repetir
Joga pedra na Geni
Joga pedra na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni.
92. Era medieval Era clássica
Primeira época
(séculos XII a
XIV)
Segunda época
(séculos XV e início
século XVI)
Século XVI
Poesia Trovadorismo
Lírica
satírica
Poesia palaciana
Cancioneiro Geral, de
Garcia de Resende
Lírica: Luís de Camões
Épica: Os Lusíadas, de também de
Luís de Camões
Prosa Novelas de
cavalaria
Hagiografias
Cronicões
Nobiliários
Crônicas de Fernão
Lopes
Novela sentimental: Bernardim
Ribeiro, com Menina e Moça
Novelas de cavalaria: João de Barros
Crônica histórica: João de Barros
Crônica de viagem: Fernão Mendes
Pinto, com Peregrinação
Teatro Mistérios
Milagres
Moralidades
Autos
Soties
O teatro leigo de Gil
Vicente
Antônio Ferreira: A Castro (a
primeira poesia de influência clássica
no teatro português)