4. O que é Carta de Controle?
A Carta de Controle é uma ferramenta gráfica que pode auxiliar
visualmente no acompanhamento dos processos e suas possíveis
variabilidades. A carta de controle, também conhecido como gráfico de
controle, é uma ótima opção para identificar estatisticamente os desvios
ou alterações não esperadas que podem ocorrer em determinada etapa
de um processo.
A principal forma de elaborar um gráfico de controle é utilizando como
base o desvio padrão de um determinado processo.
CARTA DE CONTROLE
5. Visualmente o gráfico de controle possui:
Linha superior de controle – é uma linha constante no gráfico que indica os limites
máximos de controle em determinado processo (limite superior de controle = 3 vezes
maior ao desvio padrão)
Linha inferior de controle – é uma linha constante no gráfico que indica os limites
inferiores de controle em determinado processo (limite inferior de controle = 3 vezes
menores ao desvio padrão)
Linha central – esta representa a variação ao longo de um período de tempo,
podendo ser localizada acima da linha superior, abaixo da linha inferior de controle ou
entre ambas. Quando localizado entre o limite superior e o inferior demonstra que
existe um desvio padrão menor do que as variações permitidas.
CARTA DE CONTROLE
6. Vale destacar que os limites superiores e inferiores são determinados em função do comportamento real
de um processo ao longo do tempo. Isto elimina a ideia de que o limite superior e inferior de controle é
uma escolha aleatória.
A carta de controle pode usar características variáveis ou atributos. As características variáveis são
representações numéricas como a temperatura, peso, espessura e etc. Já os atributos são determinados
por nomenclaturas, como “Conforme” e “Não Conforme”, “Defeituoso” e “Não defeituoso”.
CARTA DE CONTROLE
7. Cartas de controle- CEP
APLICAÇÃO: quando se necessitar verificar quanto de
variabilidade do processo é devido à variação e quanto é
devido a causas comuns/ ações individuais, a fim de se
determinar se o processo está sob controle estatístico.
8. Cartas de
controle- CEP
A CARTA
simplesmente
DE
um
CONTROLE é
gráfico de
acompanhamento com uma linha
superior (LSC) e uma linha inferior (LIC)
média do
em cada lado da linha
processo, todos estatisticamente
determinados.
9. Exemplo: processo sob controle estatístico
Carta para Indivíduos (%O2)
4
3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
22-Ago
23-Ago
25-Ago
26-Ago
27-Ago
29-Ago
29-Ago
30-Ago
1-Se
t
3-Se
t
4-Se
t
6-Se
t
7-Se
t
9-Se
t
%O2
média
LSC
LIC
10. Exemplo: um processo pode
ser consistentemente ruim
Carta para Indivíduos (%O2)
4
3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
22-Ago
23-Ago
25-Ago
26-Ago
27-Ago
29-Ago
29-Ago
30-Ago
1-Set
3-Set
4-Set
6-Set
7-Set
9-Set
%O2
média
LSC
LIC
LSE
LIE
11. Existem dois tipos de carta
de controle:
1. Por variáveis - grandezas
quantificáveis: m, massa, resistência à
compressão, mm, etc.
2. De atributo – peça aprovada ou
reprovada.
12. Cartas de controle
por variáveis:
➢ Passos:
➢ Cartas e R
➢ Determinação da média ( ) e da
amplitude (R)
Onde: n= número de
amostras (observações)
em cada subgrupo
R = X máx – X mín
13. Cartas de controle
por variáveis:
➢ Determinação da média do processo ( )
e a média da amplitude ( )
Onde:
K= número de
subgrupos
17. Porque se faz
“Carta de
Controle”?
1.) Monitorar
Observar a variabilidade de uma determinada característica do
processo;
2.) Identificar (caracterizar)
Detectar causas que geram instabilidade (causas especiais);
3.) Tomar ações
Prevenir as causas de instabilidade.
18. Variabili
dade
É o conjunto de diferenças nas medidas (cor, espessura,
peso, densidade, etc) presentes nos produtos ou serviços
resultantes de qualquer atividade.
19. Causas de Variação
no Processo
1.) Causas Comuns de Variação:
- Muitas causas que individualmente têm pouca influência;
- Pequena variação produzida;
- Processo suficientemente estável (previsível).
2.) Causas Especiais de Variação:
- Poucas causas que individualmente podem produzir
grandes variações
- Processo instável (imprevisível).
20. Processo sob
Controle
1.) Um processo está sob CONTROLE estatístico quando as
CAUSAS ASSINALÁVEIS DE VARIAÇÃO não
existem ou foram eliminadas e sua variabilidade é devida
exclusivamente às CAUSAS COMUNS;
2.) Estar sob CONTROLE é ser ESTÁVEL (ou PREVISÍVEL).
21. •Houver 2 pontos, em 3 sucessivos, de um mesmo lado da linha central, na zona
A ou acima desta;
•4 pontos, em 5 sucessivos, de um mesmo lado da linha central, na zona B ou
acima desta;
•9 pontos sucessivos de um mesmo lado da linha central;
•6 pontos consecutivos, ascendentes ou descendentes;
•14 pontos em uma série, alternando para cima e para baixo;
•15 pontos em uma série, dentro da zona C (acima ou abaixo da linha central).
O processo é dito “fora de controle” se:
1Um ou mais pontos caem fora dos
limites de controle;
2Quando se dividir a carta de controle
em zonas e:
Processo fora
de Controle
22. 6 pontos consistentemente crescendo ou
decrescendo
14 pontos em seqüência, alternando altos e
baixos
2 pontos (de 3) muito próximos ao limite
superior ou ao limite inferior
4 pontos (de 5) acima (ou abaixo) da metade
da faixa superior (ou inferior) de controle
8 pontos em seqüência, alternados acima e
abaixo da linha central e nenhum deles
próximo ao centro
Outras
condições que
podem indicar
presença de
causas
especiais
23. Em qualquer um desses casos, deve-se
observar e investigar o que mudou e,
possivelmente, fazer ajustes no
processo.
25. Cartas sob controle:
1.
2.
A maioria dos pontosflutuam
próximo da linha central;
Poucos pontos perto dolimite
de controle;
3.
4.
Nenhum ponto fora dos limites de
controle;
Não há seqüência de sete pontos em um
dos lados da linha média;
5.
pontos
Não há seqüência de sete (ou mais)
consecutivos crescente ou decrescente.
Carta para Indivíduos (%O2)
4
3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
22-Ago
23-Ago
25-Ago
26-Ago
27-Ago
29-Ago
29-Ago
30-Ago
1-Set
3-Set
4-Set
6-Set
7-Set
9-Set
%O2
média
LSC
LIC
Carta de Amplitude Móvel (%O2)
1,40
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
22-Ago
23-Ago
25-Ago
26-Ago
27-Ago
29-Ago
29-Ago
30-Ago
1-Se
t
3-Se
t
4-Se
t
6-Se
t
7-Se
t
9-Se
t
R
R-médio
LSCR
LICR
35. Existem dois tipos de carta
de controle:
1. Por variáveis
2. De atributo – peça aprovada ou
reprovada.
36. Cartas de controle
por atributo
Aplicado quando as amostras refletem características
qualitativas (ex.: aprovado/reprovado; defeituoso/não
defeituoso)
39. Exe
mplo
Uma indústria fabricante de produtos
cerâmicos decidiu construir um gráfico de
controle p para a linha de produção de um
dos tipos de peças que ela fabrica. Com este
objetivo, foram coletadas 20 amostras de
tamanho n=100. O número de peças
defeituosas em cada amostra é apresentada
na tabela. As amostras foram numeradas de
acordo com a seqüência de produção.
40. Tabela: número de peças
defeituosas em
amostras de 100 peças cerâmicas
número da número de
amostra defeituosos
1 21
2 25
3 16
4 30
5 15
6 17
7 23
8 28
9 26
10 25
11 22
12 30
13 10
14 20
15 16
16 15
17 25
18 18
19 11
20 12
45. Aplicação: quando se necessitar determinar se o processo, com
suas variações naturais, é capaz de atender às especificações
estabelecidas. Um processo “sob controle estatístico” pode
produzir peças rejeitáveis.
(“capabilidade”) do
processo
46. A verdadeira melhoria de um processo é obtida através do
equilíbrio entre a repetibilidade, consistência e capacidade de
atender às especificações do projeto, mais conhecida como
capabilidade do processo.
(“capabilidade”) do
processo
47. 1.) Um processo é CAPAZ quando ele atende às
ESPECIFICAÇÕES;
2.) Medir a capacidade do processo é compará-lo aos LIMITES
DE ESPECIFICAÇÃO;
3.) Um processo pode estar sob CONTROLE e não ser CAPAZ?
Resposta: SIM !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
52. Cp: Capacidade potencial do processo, ou seja mede
o potencial do processo atender às especificações.
Cp =
Faixa de Tolerância da Especificações
Faixa de Tolerância Natural do Processo
Processo confiável tem Cp maior ou igual a 1,33
Exemplos:
Se Cp = 2,0
Se Cp = 1,0
A faixa de especificação é duas vezes mais ampla
que a faixa de dispersão do processo
A faixa de especificação é a mesma que a faixa
de dispersão do processo
53. calcular os índices
de capabilidade do
processo
Cp= índice que relaciona a amplitude
permitida dos limites de especificação
para analisar a real variabilidade do pro-
cesso representado por , onde
é o desvio padrão do processo
Onde: = média das amplitudes nos subgrupos
= valor tabelado e baseado no tamanho da amostra
do subgrupo
54. Processo capaz e centrado:
Mais de 99.74% do produzidoé
conforme.
Processo não capaz e centrado:
Produz desconformidades acima
e abaixo das tolerâncias.
Processo capaz e não centrado:
Produz desconformidades acima
da tolerânciasuperior.
Processo não capaz e não centrado:
Produz desconformidades acima e
abaixo das tolerâncias.
Situações possíveis
do processo
55. Porém, o parâmetro Cp não indica se a
média do processo está centrada.
Logo, Cp indica somente o “potencial”
do processo.
Os índices de capabilidade do processo
Cpi e Cps (para limites unilaterais de
especificação) e Cpk (para limites
bilaterais da especificação) não só
medem a variação do processo como
também consideram a posição média do
processo.
56. Então, o Cpk é considerado como uma
medida da “capabilidade do processo” e
utiliza o menor dos índices Cpi e Cps.
58. Atacando
as falhas
Priorizar: atacar de primeiro as falhas com maiores
potenciais de impacto na Operação.
Buscar as causas-raízes das falhas: utilizar para isso
as ferramentas da qualidade.
Identificar ações de melhoramento.
Planejar, programar e executar as ações de
melhoramento: centrar as ações na prevenção.
Estabelecer indicadores e formalizar procedimentos.
Registrar e acompanhar os resultados.
Corrigir ações e procedimentos, se necessário.