Portugal aderiu à Comunidade Econômica Europeia em 1986 para modernizar sua economia, combater desemprego e inflação, e se aproximar dos países da comunidade. Sua adesão trouxe consequências econômicas como crescimento acima da média europeia, aumento das exportações e investimentos, e consequências socioculturais como maior mobilidade social, envelhecimento da população, e mudanças nos hábitos culturais e de consumo.

1. PORTUGAL
A INTEGRAÇÃO EUROPEIA
E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS

2. PORTUGAL | A INTEGRAÇÃO EUROPEIA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS
A adesão à CEE
• Modernizar as estruturas e aumentar a
competitividade da economia.
• Combater o desemprego e a inflação.
• Fazer face à dívida pública elevada, à redução das
reservas financeiras e à falta de investimento.
• Diminuir o desfasamento da economia portuguesa
relativamente aos países da Comunidade.
• Garantir o papel de Portugal no sudeste europeu,
especialmente na Península Ibérica.
• Corresponder aos anseios dos emigrantes
portugueses que beneficiariam da abertura de
fronteiras e da liberdade de circulação.
• Reforçar internacionalmente a cultura e a língua
portuguesa.
Motivos da opção europeia
• 12 de junho de 1985
assinatura do Tratado de Adesão.
• 1 de janeiro de 1986
Portugal torna-se membro da CEE.

3. PORTUGAL | A INTEGRAÇÃO EUROPEIA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS
A adesão à CEE
A adesão de Portugal
Passou a integrar os órgãos europeus, através da eleição
de deputados e nomeação de comissários.
Ocorreu num clima de estabilidade política.
Portugal assume a rotatividade da presidência.
Consolidação das instituições democráticas.
A situação periférica de Portugal foi atenuada com a integração
no projeto europeu, aproximando o país dos centros de decisão.

4. PORTUGAL | A INTEGRAÇÃO EUROPEIA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS
A adesão à CEE | Consequências económicas
Com a integração na Comunidade Europeia, Portugal beneficiou de
condições económicas favoráveis
• Queda do preço do petróleo
• Evolução favorável do dólar
• Descida das taxas de juro internacionais
• Reequilíbrio financeiro
O primeiro ano de adesão foi marcado
por uma conjuntura externa favorável
Países de destino das exportações
Países de origem das remessas
dos emigrantes
Afluxo de capitais

5. PORTUGAL | A INTEGRAÇÃO EUROPEIA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS
A adesão à CEE | Consequências económicas
Consequências para Portugal
Maior abertura ao
mercado internacional
Aumento das exportações
e das importações
• Agricultura
• Pescas
• Indústria
Modernização dos setores:
Facilitação de circulação
de pessoas, bens,
serviços e capitais
Portugal torna-se atrativo
para o investimento
estrangeiro
Baixos
salários
Início do processo de
privatizações
Situação geográfica
privilegiada
Mercado bolsista português
em expansão

6. PORTUGAL | A INTEGRAÇÃO EUROPEIA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS
A adesão à CEE | Consequências económicas
• Economia portuguesa cresceu acima
da média europeia.
• Portugal ultrapassou as principais etapas
com sucesso e convergiu com a Europa.
Desenvolvimento da economia portuguesa
entre 1986-1991
• Qualificação da mão de obra.
• Melhoria da produtividade e
qualidade dos serviços.
• Construção de infraestruturas.
• Incremento do setor do turismo.
• Reformas do Estado e administração.
• Medidas de combate à inflação.
• Diminuição do desemprego.
Fundos Europeus permitiram:
• Melhoria das regalias sociais
• Aumento de salários
• Aumento do consumo privado
• Melhoria do nível de vida
• Diminuição da dívida pública
• Diminuição da inflação

7. PORTUGAL | A INTEGRAÇÃO EUROPEIA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS
Portugal na UE: Os problemas da década de 90
O início da década
de 90 é marcado por
dificuldades
Economia europeia dá
sinais de abrandamento
A crise faz-se sentir em
Portugal a partir de 1992
PIB desacelera na
ordem dos 2,3%
Exportações declinam
Consumo privado
interno decai
Investimento
estrangeiro declina
As remessas dos
emigrantes diminuem
As remessas do
turismo diminuem
Os problemas nos
setores-chave da
economia persistem
As reformas estruturais na
agricultura, pescas e indústria
não se realizam eficazmente
O país acaba por não se tornar
competitivo no quadro da
economia europeia

8. PORTUGAL | A INTEGRAÇÃO EUROPEIA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS
A adesão à CEE/UE | Consequências económicas
Desequilíbrio da balança comercial
Privatizações permitem a recuperação das
contas públicas
A partir de 1994 houve uma recuperação
económica
Redução da inflação
Queda das taxas de juro
Aumento dos salários
Aumento das exportações
Aumento do PIB
Assiste-se a uma corrida ao crédito barato

9. PORTUGAL | A INTEGRAÇÃO EUROPEIA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS
A adesão à CEE/UE | Moeda única
1999 - adoção
da moeda única
2002 - o Euro entra
em circulação
A partir de 1997, Portugal
preenche os critérios de
convergência para a adoção
da moeda única

10. PORTUGAL | A INTEGRAÇÃO EUROPEIA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS
• A economia deixa de crescer.
• Aumento do desemprego.
• Queda do investimento.
• Quebra do consumo privado.
• Descida dos salários reais.
A adesão à CEE/UE | Consequências económicas
A partir de 2000, inicia-se uma divergência económica face à UE e, entre 2003 e 2009,
Portugal entra numa situação de dificuldade económica.
Este crescimento é suportado pelo aumento da despesa pública.
1995-2000 - a economia portuguesa entra num novo período de crescimento.
• Défice elevado e endividamento do país.
• Aumento do consumo público e privado.
• Investimento público em setores não produtivos.
• O crescimento passa a depender do mercado interno.
• Fraco crescimento da produtividade.
• Perda de competitividade.

11. PORTUGAL | A INTEGRAÇÃO EUROPEIA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS
A adesão à CEE/UE | Consequências socioculturais
Adesão à Comunidade Europeia
Portugal torna-se um país de imigração
nas décadas de 80-90
Grande Lisboa
Grande Porto
Setúbal
Algarve
Melhoria do índice de desenvolvimento
Melhores condições de vida
•Brasil
•Europa de Leste
•China
Origem dos imigrantes
Principais zonas de destino

12. PORTUGAL | A INTEGRAÇÃO EUROPEIA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS
A adesão à CEE/UE | Consequências socioculturais
Despovoamento do interior rural
Envelhecimento populacional
Decréscimo da taxa de fecundidade
Diminuição da taxa de natalidade
Diminuição da população jovem
Declínio da taxa de mortalidade
Aumento da esperança média de vida
Terciarização da sociedade e aumento das profissões ligadas aos setores científico e técnico
As mulheres integram, de forma mais ativa, o mercado de trabalho
Aumento dos níveis de escolarização
Maior mobilidade social
Aumento do nível cultural e mudança de hábitos culturais

13. PORTUGAL | A INTEGRAÇÃO EUROPEIA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS
A adesão à CEE/UE | Alteração das mentalidades
O consumo e as atividades de lazer tornam-se práticas do quotidiano
Aumento do número de divórcios
A sexualidade deixou de ser encarada como tabu
Partilha de tarefas entre o casal
Aumento do número de crianças nascidas fora do casamento
Uniões de facto
Planeamento familiar
Interrupção voluntária da gravidez
Casamento entre pessoas do mesmo sexo
Maior cuidado com a imagem, com o corpo e a alimentação

14. PORTUGAL
A INTEGRAÇÃO EUROPEIA
E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS