2. Cultura
Em todos os tempos e lugares, a vida social tem suscitado
crenças, idealizado valores, criado normas, encontrado
soluções organizativas e institucionais, inventado instrumentos
de trabalho, desenvolvido capacidades, produzido obras
artísticas, técnicas, literárias, etc., que a caracterizam e lhe
conferem originalidade.
3. Cultura
Este conjunto de elementos (crenças, valores, normas, produções
artísticas, literárias, técnicas, etc.) que caracterizam a forma como
uma comunidade resolve os problemas do quotidiano, designa-se
por cultura.
4. Cultura
Deste modo, a vida em grupo é uma vida em estado de cultura.
Isto é, cada sociedade exprime-se e realiza-se através de
uma cultura.
5. Cultura
De modo simplificado, pode dizer-se que a cultura representa
a expressão de um grupo e concretiza tudo o que é
socialmente aprendido e partilhado pelos membros desse
grupo.
6. Cultura
É a cultura de um grupo que concede a cada um dos seus
membros características básicas que o distinguem dos membros
de outro grupo, necessariamente portadores de outra cultura.
7. Cultura e herança biológica
Cultura distingue-se de herança biológica. O choro à
nascença não é exclusivo de um grupo, é parte da natureza
biológica dos seres humanos; mas o choro ou o refrear do choro
em circunstâncias determinadas são já traços característicos de
uma certa forma de viver, são já um elemento cultural.
8. Cultura – seus significados
Significado popular, comum, do termo cultura:
Cultura representa um conjunto de manifestações em domínios
do saber e fazer considerados “nobres”, como música, literatura,
artes plásticas, filosofia, ….
Quando nos referimos a alguém que aprecia boas obras
literárias, que gosta de música erudita, que é um conhecedor de
arte e fala com correção, dizemos que é um indivíduo culto, em
sentido comum.
9. Cultura – seus significados
Significado sociológico do termo cultura:
Cultura é, em sentido sociológico, o conjunto de maneiras
próprias de pensar, sentir e agir de qualquer grupo. Todos
vivemos e trazemos a marca de uma cultura (a nossa cultura ).
10. Cultura – seus significados
Assim sendo, todos nos integramos numa cultura (de acordo com
o sentido sociológico da palavra), embora uns sejam mais cultos
do que outros (de acordo com o sentido comum da palavra).
11. Cultura e subculturas
Subculturas representam as “culturas” de grupos mais pequenos
que se inserem na sociedade.
Todas as sociedades são portadoras de múltiplas subculturas
que, no seu conjunto, coexistem com a cultura dominante.
O fado vadio é um dos traços
que tipificam a subcultura de
Lisboa.
12. Cultura e subculturas
As festas aos santos populares são um traço cultural português
embora cada região/cidade as festeje de forma específica.
Os festejos do Santo António em
Lisboa ou do São João no Porto
constituem traços das respetivas
subculturas.
13. Padrões de cultura
Representam conjuntos próprios de maneiras de pensar, sentir e
agir de uma sociedade específica.
Assim sendo, o padrão de cultura é uma referência sociológica
que permite identificar grupos sociais.
14. Padrões de cultura
Todas as sociedades têm padrões culturais específicos que as
individualizam.
Os elementos geométricos do padrão anexo identificam e
individualizam a cultura árabe.
15. Cultura – elementos materiais e imateriais
Todas as culturas integram traços ou elementos de duas ordens:
espiritual ou imaterial e material.
Os elementos espirituais e materiais não têm existência
separada, antes interagem dialeticamente, produzindo a cultura.
16. Cultura – elementos materiais
A fé – elemento imaterial da cultura – tem expressão nos locais
de culto – elementos materiais das respetivas culturas.
17. Cultura – elementos imateriais
Os elementos imateriais compreendem as ideias, crenças,
normas, valores, usos e costumes do grupo. Neste conjunto,
revestem-se de especial importância os valores, nomeadamente
os religiosos.
18. Valores como suporte de uma cultura
Valor é uma maneira de ser
ou de agir que uma pessoa
ou uma coletividade
reconhece como ideal e que
faz com que os seres ou as
condutas aos quais é
atribuído sejam desejáveis
ou estimáveis.
Guy Rocher (1924 – )
19. Valores como suporte de uma cultura
Sendo considerados como elementos espirituais desejáveis, os
valores orientarão os modelos e as condutas individuais.
Esses modelos, que os indivíduos vão interiorizando desde o
nascimento, funcionam como padrões de comportamento,
tornando psicologicamente difícil cometer atos proibidos, isto é,
impedindo ou dificultando o desenvolvimento de comportamentos
que se afastam da norma.
20. Diversidade cultural
Considerando a diversidade de padrões de cultura, que
representam formas que as comunidades encontraram para
resolverem os seus problemas quotidianos, é possível identificar
uma diversidade de padrões de cultura.
21. Diversidade cultural e etnocentrismo cultural
Quando um grupo entende que a sua cultura é superior a outra,
entra-se no domínio do etnocentrismo cultural.
O etnocentrismo é um obstáculo à compreensão de outras
culturas.
22. A pessoa como produto e produtora de cultura
A cultura é dinâmica – a pessoa recebe a cultura do seu grupo de
pertença – a pessoa é um produto cultural –, mas também a
transforma, aperfeiçoando-a, ajustando-a aos novos
condicionalismos sociais – a pessoa é produtora de cultura.
PRODUTO
PRODUTOR
CULTURA