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Maurício Coelho
Manifestação oral;
 Contos populares.
Manifestação literária;
Tale x Short Story.
 “Unidade de efeito”.
 “Se você não estiver dormindo, maninha, conte-nos uma de suas belas
histórias para atravessarmos o serão desta noite”.
 Noutras passagens, surge deste modo:
“[...]Danyazad saiu debaixo da cama e disse: ‘Por Deus, minha irmãzinha, se
não estiver dormindo, termine a sua história para a gente’”.
Tradução de Mamede Mustafa Jarouche
 Graham’s Magazine
 Review of Twice-Told Tales (1842);
 “[...]Os interesses do mundo que intervêm durante as
pausas da leitura modificam, desviam, anulam, em maior ou
menos grau, as impressões do livro.”
 Extensão do conto;
 “[...]requer meia hora ou uma ou duas horas de leitura atenta”.
 “Exaltação da alma”.
POE, E. A. Ficção completa, poesia e ensaios. Tradução de Oscar Mendes. Rio de Janeiro: Aguilar, 2001.
 Uma mulher está sentada sozinha em sua casa. Sabe que não há mais
ninguém no mundo: todos os outros seres estão mortos. Batem à
porta.
• Várias interpretações;
• Última pessoa viva do mundo? Mas quem apertou a
campainha?
• Sentido metafórico? Não há ninguém por ela e
repentinamente aparece uma esperança?
• Ela também estaria morta?
• Zumbis?
Crise existencial!
The works of Thomas Bailey,1912
— Que estranho! — disse a garota, avançando com cautela. — Que porta mais pesada,
meu Deus! — E, ao falar, tocou-a e a porta acabou fechando-se de um golpe.
— Deus do céu! — disse o homem. — Não é que não tem maçaneta do lado de dentro?
Agora estamos os dois trancados!
— Os dois, não — disse a garota. — Só você.
E passou através da porta e desapareceu.
Visitations, 1919.
Tradução de Flávio Moreira da Costa
 “Antigas como o medo” (Adolfo
Bioy Casares);
 Avesta, Bíblia, Homero.
 Século XIX
 Língua inglesa.
François Rabelais
Século XVI
Francisco de Quevedo
Século XVII
Daniel Defoe
Século XVIII
Horace Walpole
Século XVIII
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Século XIX
 Classificação
1. O ambiente ou a atmosfera
 Os primeiros argumentos fantásticos eram simples
 Aparição de fantasmas
 Atmosfera propícia ao medo
 Uma persiana batendo, floresta amaldiçoada, cemitérios...
 Exclamações: “Horror!” “Espanto” “Qual não foi minha surpresa”
 Guy de Maupassant
 Poe
 Casarões/Castelos abandonados/amaldiçoados,
outonos melancólicos...
 “Durante todo um dia pesado, escuro e mudo de outono, em que nuvens baixas
amontoavam-se opressivamente no céu, eu percorri a cavalo um trecho de campo
singularmente triste, e finalmente me encontrei, quando as sombras da noite se
avizinhavam, à vista da melancólica Casa de Usher. Não sei como foi – mas, ao
primeiro olhar que lancei ao edifício, uma sensação de insuportável angústia invadiu
o meu espírito (...)”.
A Casa de Usher, 1839.
 “O castelo em que meu criado se aventurara a forçar entrada, em lugar de deixar-
me passar uma noite ao relento, gravemente ferido como eu estava, era um
daqueles edifícios mesclados de soturnidade e grandeza que por muito tempo se
ergueram carrancudos entre os Apeninos (...)”.
O Retrato Oval, 1842.
Mundo verossímil
 Vidas comuns e domésticas, como a do leitor
 Ocorrência inverossímil
 Aparição de um fantasma
Tendência realista na literatura fantástica
 H. G. Wells
 Classificação
2. A surpresa
 Contos que não há surpresa
 Exceção
 A pata de macaco de W. W. Jacobs (1902)
 Enoch Soames de Max Beerboh (1909)
 Também se classificam pela explicação:
1. Explicam-se pela ação de um ser ou de um fato sobrenatural.
2. Explicação fantástica, mas não sobrenatural.
 “Científica?”
3. Explicam-se pela intervenção de um ser ou de um fato sobrenatural
 Possibilidade de uma explicação natural.
 Admitem uma alucinação explicativa.
Aluísio de Azevedo
Demônios (1895)
Machado de Assis
O espelho (1892)
Carlos Drummond de Andrade
Flor, telefone, moça (1951)
Jorge Luis Borges (1889-1986) Júlio Cortázar (1914-1984) Gabriel García Marquez (1927-2014)
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  • 2. Manifestação oral;  Contos populares. Manifestação literária; Tale x Short Story.  “Unidade de efeito”.
  • 3.  “Se você não estiver dormindo, maninha, conte-nos uma de suas belas histórias para atravessarmos o serão desta noite”.  Noutras passagens, surge deste modo: “[...]Danyazad saiu debaixo da cama e disse: ‘Por Deus, minha irmãzinha, se não estiver dormindo, termine a sua história para a gente’”. Tradução de Mamede Mustafa Jarouche
  • 4.  Graham’s Magazine  Review of Twice-Told Tales (1842);  “[...]Os interesses do mundo que intervêm durante as pausas da leitura modificam, desviam, anulam, em maior ou menos grau, as impressões do livro.”  Extensão do conto;  “[...]requer meia hora ou uma ou duas horas de leitura atenta”.  “Exaltação da alma”. POE, E. A. Ficção completa, poesia e ensaios. Tradução de Oscar Mendes. Rio de Janeiro: Aguilar, 2001.
  • 5.  Uma mulher está sentada sozinha em sua casa. Sabe que não há mais ninguém no mundo: todos os outros seres estão mortos. Batem à porta. • Várias interpretações; • Última pessoa viva do mundo? Mas quem apertou a campainha? • Sentido metafórico? Não há ninguém por ela e repentinamente aparece uma esperança? • Ela também estaria morta? • Zumbis? Crise existencial! The works of Thomas Bailey,1912
  • 6. — Que estranho! — disse a garota, avançando com cautela. — Que porta mais pesada, meu Deus! — E, ao falar, tocou-a e a porta acabou fechando-se de um golpe. — Deus do céu! — disse o homem. — Não é que não tem maçaneta do lado de dentro? Agora estamos os dois trancados! — Os dois, não — disse a garota. — Só você. E passou através da porta e desapareceu. Visitations, 1919. Tradução de Flávio Moreira da Costa
  • 7.  “Antigas como o medo” (Adolfo Bioy Casares);  Avesta, Bíblia, Homero.  Século XIX  Língua inglesa.
  • 8. François Rabelais Século XVI Francisco de Quevedo Século XVII Daniel Defoe Século XVIII Horace Walpole Século XVIII E.T.A Hoffman Século XIX
  • 9.  Classificação 1. O ambiente ou a atmosfera  Os primeiros argumentos fantásticos eram simples  Aparição de fantasmas  Atmosfera propícia ao medo  Uma persiana batendo, floresta amaldiçoada, cemitérios...  Exclamações: “Horror!” “Espanto” “Qual não foi minha surpresa”  Guy de Maupassant  Poe  Casarões/Castelos abandonados/amaldiçoados, outonos melancólicos...
  • 10.  “Durante todo um dia pesado, escuro e mudo de outono, em que nuvens baixas amontoavam-se opressivamente no céu, eu percorri a cavalo um trecho de campo singularmente triste, e finalmente me encontrei, quando as sombras da noite se avizinhavam, à vista da melancólica Casa de Usher. Não sei como foi – mas, ao primeiro olhar que lancei ao edifício, uma sensação de insuportável angústia invadiu o meu espírito (...)”. A Casa de Usher, 1839.  “O castelo em que meu criado se aventurara a forçar entrada, em lugar de deixar- me passar uma noite ao relento, gravemente ferido como eu estava, era um daqueles edifícios mesclados de soturnidade e grandeza que por muito tempo se ergueram carrancudos entre os Apeninos (...)”. O Retrato Oval, 1842.
  • 11. Mundo verossímil  Vidas comuns e domésticas, como a do leitor  Ocorrência inverossímil  Aparição de um fantasma Tendência realista na literatura fantástica  H. G. Wells
  • 12.  Classificação 2. A surpresa  Contos que não há surpresa  Exceção  A pata de macaco de W. W. Jacobs (1902)  Enoch Soames de Max Beerboh (1909)
  • 13.  Também se classificam pela explicação: 1. Explicam-se pela ação de um ser ou de um fato sobrenatural. 2. Explicação fantástica, mas não sobrenatural.  “Científica?” 3. Explicam-se pela intervenção de um ser ou de um fato sobrenatural  Possibilidade de uma explicação natural.  Admitem uma alucinação explicativa.
  • 14. Aluísio de Azevedo Demônios (1895) Machado de Assis O espelho (1892) Carlos Drummond de Andrade Flor, telefone, moça (1951)
  • 15. Jorge Luis Borges (1889-1986) Júlio Cortázar (1914-1984) Gabriel García Marquez (1927-2014)