PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
O uso de emoticons na EaD
1. O Tutor na EaD
Seminário Virtual:
Analisando situações-problema
por Marisa Maia de Mello
2. O que vamos analisar?
Situação 4: “Dois bicudos não se beijam”
&
Situação 10: “Isso é conversa de criança”
3. Situação 4: “Dois bicudos não se beijam”
Em um curso de extensão para a formação continuada de tutores, os dois
cursistas mais participantes, em dado momento, começaram a se enfrentar
publicamente no fórum. Percebia-se que os questionamentos dirigidos um ao
outro (o restante da turma se silenciava) ganhavam contornos pessoais, sendo
várias as postagens todos os dias. Mensagens consistentes e interessantes, se
não tivessem a intenção de desmobilizar um ao outro. A turma começou a se
ausentar e enviar mensagens fora do fórum, reclamando a situação ao tutor.
Como recuperar a interação saudável e construtiva no fórum? Como lidar com os
dois referidos cursistas?
4. “Dois bicudos não se beijam” (?)
Expressão popular que que significa que duas pessoas de temperamentos fortes
normalmente não se entendem, não vivem em harmonia.
No caso apresentado, os “bicudos” entraram em conflito.
5. E já que estamos falando sobre conflito:
De acordo com o Manual do Curso de Capacitação de Lideranças Comunitárias
em Direitos Humanos e Mediação de Conflitos:
O conflito é parte da condição humana: não é
sempre bom ou sempre ruim. Mas todo conflito
traz consigo a possibilidade de mudança e
transformação, seja para duas pessoas, uma
comunidade ou vários países. Se as mudanças
serão para melhor ou para pior, isso dependerá
naturalmente da forma como serão encarados os
conflitos e, principalmente, de que modo serão
resolvidos. (BRASIL, 2009, p. 125)
6. Refletindo sobre o caso apresentado:
É preciso atentar às reações das pessoas ao presenciarem ou se envolverem em
uma situação de conflito (já que neste caso, atingiu toda a turma) Segundo o
Manual do Curso de Capacitação (BRASIL, 2009)
“as reações podem ser de evitação ou esquiva (seja por desesperança e
passividade ou por aguardar o momento oportuno para o diálogo), de competição
(por considerar que sempre deve haver um vencedor e um perdedor na situação),
de compromisso (ganhar coisas em troca do que se perdeu) e de colaboração
(sob uma lógica cooperativa). A reação ideal diante de um conflito seria a de
colaboração, pois, sob esta vertente, não há preocupação em identificar um
vencedor ou um perdedor. Reagindo cooperativamente a solução é encontrada
de maneira que cada um pode ter alcançado 'vitórias' em determinados
7. O que pode ser feito?
Pimentel (2013) defende esse viés cooperativo. O tutor pode participar na
interação com os cursistas verificando até que ponto a ideia de um cursista
colabora com a ideia do outro.
É importante também que o tutor
identifique o tipo de conflito e para
melhor solucioná-lo,mantenha-se
neutro, cordial e firme em sua
posição.
8. E ainda..
...sua presença deve ser efetiva e próxima. Deve haver uma prontidão do
feedback. Atuar diante do conflito iniciado, antes que tome maiores proporções.
Mensagens pontuais e privadas, direcionadas a cada dos envolvidos no
conflito, podem evitar que o ruído aumente no ambiente coletivo dos fóruns.
E dentro dos recursos possíveis num AVA, o uso de recursos verbais e não
verbais (emoticons, pequenas imagens), uso moderado da simpatia e o
pensar sempre antes de responder.
11. Situação 10: “Isso é conversa de criança”
Em uma instituição de nível superior que contratou um curso online para
formação de docente online, a mediadora (docente online – a terminologia
utilizada no referido curso) utilizava muitos emoticons em quase todas as
postagens ou e-mail. Como era um ambiente virtual em que não aparecia a foto
dos participantes, a docente online entendia que este era um recurso para
“humanizar” a presença e fragilizar a distância. Em um dado dia, ela descobriu,
no encontro presencial, que havia diversas leituras sobre o uso dos seus
emoticons. A maioria dos professores-cursistas apreciava, mas um professor-
cursista avaliou esse uso como “infantil”. O que o grupo acha? Com este
ambiente virtual mais frio, quais estratégias poderiam ser adotadas?
12. Não, não é conversa de criança!
É preciso esclarecer ao colega que longe de ser algo
“infantil”, atualmente os emoticons são objetos de estudo e
há muitos pesquisadores que já se debruçaram sobre o
assunto.
13. emotion (emoção) + icons (ícones)
Os emoticons são, portanto, ícones ou símbolos formados por sinais diacríticos e
de pontuação que:
Representam emoções, atitudes e ações;
Simulam características físicas, letras, palavras, frases ou sinais.
Onde não estão disponíveis o tom de
voz e os elementos cinésicos da
interação face a face, os emoticons
dão mais expressividade ao texto
virtual.
14. E estamos numa aldeia global...
… e a globalização rompeu fronteiras e conectou comunidades.
E, como vamos integrar os povos senão pela linguagem?
Para Martins (2007) “Sempre existirá a necessidade
de símbolos de integração mundial”, logo, os
emoticons são estes símbolos!
15. Os emoticons não são apenas ornamentos...
… são também portadores de sentido.
Seu uso pode conferir afetividade à escrita - um acréscimo relevante de
significação!
Não só acompanham a linguagem
escrita, mas a complementam e,
por vezes, substituem-na.
16. Portanto:
Enquanto docentes e discentes neste universo de EaD, devemos aprender a
utilizar bem os recursos e as linguagens.
Incluindo o uso do emoticons!
17. Para saber mais:
Referências:
http://www.revel.inf.br/files/artigos/revel_16_emoticons.pdf (acesso em 18, jun, 2017)
http://www.letramagna.com/emoticons.pdf (acesso em 18, jun, 2017)
CAIADO, Roberta Varginha Ramos. A ortografia no gênero weblog: entre a escrita digital e a escrita
escolar. In: ARAÚJO, Júlio César (Org.). Internet & ensino: novos gêneros, outros desafios. Rio de
Janeiro: Lucerna, 2007, 35-47.
CHARTIER, Roger. Os desafios da escrita. Tradução de Fulvia M. L. Moretto. São Paulo: UNESP, 2002.
FONTES, Maria do Carmo Martins. O uso de emoticons em chats: afetividade em ensino a distância.
ARAÚJO, Júlio César (Org.). Internet & ensino: novos gêneros, outros desafios. Rio de Janeiro: Lucerna,
2007, 64-77.