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FACULDADE DE FILOSOFIA CIÊNCIAS E LETRAS DE BOA ESPERANÇA –
FAFIBE
ROMÁRIO MILHOMEM DA CRUZ
A IMPORTÂNCIA DA INTERDISCIPLINARIDADE NA PROPOSTA PEDAGÓGICA
E INTERVENÇÃO DIDÁTICA DO PROCESSO FORMATIVO E LETRAMENTO NA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA UNIDADE INTEGRADA
PROFESSORA ERCÍLIA BENTO
Barra do Corda
2016
ROMÁRIO MILHOMEM DA CRUZ
A IMPORTÂNCIA DA INTERDISCIPLINARIDADE NA PROPOSTA PEDAGÓGICA
E INTERVENÇÃO DIDÁTICA DO PROCESSO FORMATIVO E LETRAMENTO NA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA UNIDADE INTEGRADA
PROFESSORA ERCÍLIA BENTO
Monografia apresentada ao Curso de
Licenciatura em pedagogia da Faculdade
de Filosofia Ciências e Letras de Boa
Esperança - FAFIBE como requisito para
obtenção do grau de Licenciatura em
Pedagogia.
Orientador: Leonardo Delgado
Barra do Corda
2016
ROMÁRIO MILHOMEM DA CRUZ
A IMPORTÂNCIA DA INTERDISCIPLINARIDADE NA PROPOSTA PEDAGÓGICA
E INTERVENÇÃO DIDÁTICA DO PROCESSO FORMATIVO E LETRAMENTO NA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA UNIDADE INTEGRADA
PROFESSORA ERCÍLIA BENTO
Monografia apresentada ao curso de
Pedagogia da Faculdade de Filosofia Ciências
e Letras de Boa Esperança – FAFIBE como
requisito para o grau de licenciatura em
pedagogia.
Orientador (a): Leonardo Delgado
Aprovado em _____/______/____
BANCA EXAMINADORA
Profº.________________________
Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Boa Esperança – FAFIBE
Nome e sobrenome
Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Boa Esperança – FAFIBE
Nome e sobrenome
Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Boa Esperança
CRUZ, Romário Milhomem
A importância da interdisciplinaridade na proposta pedagógica e intervenção
didática do processo formativo e letramento na educação de jovens e adultos na Unidade
Integrada Professora Ercília Bento.
f. 38.
Monografia (licenciatura em Pedagogia) - Curso de Pedagogia, Faculdade de Filosofia
Ciências e Letras de Boa Esperança - FAFIBE, 2016.
1. A importância da alfabetização e do letramento no mundo globalizado 2. A importância do professor
na sistematização da intervenção didática no EJA 3. Avanços metodológicos da pesquisa.
I Título
AGRADECIMENTOS
A Deus por todas as graças e oportunidades a mim concedidas, todos
os dias, em todos os momentos de minha vida e na vida de meus familiares.
Aos meus pais Antônio Ramos e Aldeniza Cruz, aos meus irmãos
Antônio Marcos e Marta Laura, ao grande amor da minha vida Maria Ivoneide Duarte,
a minha cunhada Maria Ivanice, aos meus amigos João Pedro e Leonardo pelo apoio
constante e colaboração em minha jornada acadêmica.
A todos os mestres e professores que com paciência, companheirismo
e compreensão incentivaram as minhas constantes vitórias acadêmicas.
A turma pela acolhida e amizade construídas em uma estrada de
parcerias e trabalho em equipe durante essa batalha coletiva.
E a todas as pessoas que tiveram a sua parcela de contribuição para a
construção deste trabalho.
“A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento
envolvido e não na vitória propriamente dita.”
(Mahatma Gandhi)
RESUMO
Este trabalho objetivou a abordagem dos aspectos importantes sobre as intervenções
didáticas promovendo a interdisciplinaridade promovida pelos professores da
Educação de Jovens e Adultos, bem como temas presentes nos debates e discursos
sobre o processo de ensino e letramento, apresentando as diversidades conceituais
dos mesmo com o avançar dos anos. Outro aspecto a ser discutido trata-se da
Educação de Jovens e Adultos, por vezes seriamente atacada pela sociedade, porém
não reduzindo a importância por oportunizar um espaço de formação de indivíduos a
qual não tiveram acesso ou se afastaram do ensino regular por diversos motivos,
tendo destaque os desejos e obstáculos dos mesmo no processo de aprendizagem
das habilidades de leitura e escrita. Este trabalho baseou-se em estudos bibliográficos
e em pesquisa de campo, com a metodologia de estudo de caso, com análise
qualitativa e acompanhamento das atividades dos professores da Unidade Integrada
Professora Ercília Bento.
Palavras-chave: Intervenção didática, Ensino Aprendizagem, Educação de Jovens e
Adultos.
ABSTRACT
This study aimed to important aspects approach to the educational interventions
promoting interdisciplinarity promoted by the teachers of the Youth and Adult
Education, as well as the themes in the debates and speeches on the process of
education and literacy, with the conceptual diversity of the same with advancing the
years. Another aspect to be discussed it is the Youth and Adult Education, sometimes
seriously attacked by society, but not reducing the importance of providing
opportunities for one individual training space which had no access to or departed from
the regular school for various reasons, having highlighted the desires and the same
obstacles in the learning process of reading and writing skills. This work was based on
bibliographic studies and field research, with the case study methodology with a
qualitative analysis and monitoring of the activities of the teachers of the Integrated
Unit Professor Ercília Bento.
Keywords: Didactic Intervention, Learning Education, Youth and Adult Education.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................6
2 A IMPORTÂNCIA DA ALFABETIZAÇÃO E DO LETRAMENTO NO MUNDO
GLOBALIZADO...........................................................................................................8
2.1 Alfabetização na concepção do letramento...................................................... 10
2.2 Pontos Importantes acerca da Educação de Jovens e Adultos..................... 13
2.3 Alfabetização e letramento para os alunos da Educação de Jovens e Adultos ...... 14
3 A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR NA SISTEMATIZAÇÃO DA INTERVENÇÃO
DIDÁTICA NO EJA....................................................................................................17
3.1 A Prática pedagógica de seleção e organização de conteúdos..................... 19
3.2 As contribuições dos Paramentos Curriculares Nacionais ............................. 22
4 AVANÇOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA ................................................24
4.1 Caracterização do ambiente de pesquisa ........................................................ 25
4.2 Teorizando a Prática........................................................................................... 25
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................... 30
REFERÊNCIAS.........................................................................................................32
APÊNDICES..............................................................................................................35
6
1 INTRODUÇÃO
A proposta do tema surgiu mediante a realização de um trabalho acadêmico de
diagnóstico e intervenção na rede pública de ensino direcionada a Educação de
Jovens e Adultos, o mesmo levantou a discussão de temas ligados à alfabetização e
letramento, proporcionando uma interdisciplinaridade aos beneficiários da modalidade
de ensino. Esse foi o ponto de partida que fomentou o interesse de adentrar-se ao
conteúdo e ao acesso de informações sobre o tema proposto, percebendo-se a
existência de questões sobre a aplicação prática na docência dos profissionais
inseridos nesta modalidade de ensino.
A importância desse estudo para a sociedade parte da percepção das
atividades docentes, sobre a maneira de alfabetizar e letrar, muitas vezes aplicadas
de modo errôneo, podando as possibilidades do fortalecimento das ações que tem
como objetivo principal o favorecimento do avanço intelectual dos alunos,
reconhecendo os conhecimentos preliminares que fomentam uma educação integral
e multidisciplinar. Com essa visão, este trabalho tem por objetivos uma análise acerca
das intervenções didáticas dos professores, compreendendo o método utilizado pelos
mesmos nas práticas de alfabetização, letramento e a construção da consciência
multidisciplinar em suas atividades.
O trabalho associa três capítulos. Iniciando com a contextualização da
concepção de alfabetização e letramento no meio do ensino da Educação de Jovens
e Adultos, evidenciando a relevância desses procedimentos de ensino na inclusão de
indivíduos na sociedade letrada. Também interpela-se características importantes da
Educação de Jovens e Adultos – EJA, apurando a composição dessa modalidade de
ensino expondo o valor da alfabetização e letramento no cenário atual de um mundo
globalizado.
Esta etapa do trabalho amparou o embasamento teórico no processo de
pesquisa, proporcionando uma visão mais aprofundada do entendimento dos
professores acerca do tema e sua perspectiva diante da aplicação dentro da escola.
7
No segundo capitulo abre uma discursão sobre questões inerentes ao papel do
educador na escola e no gerenciamento da intervenção didática, ressaltando a
relevância da escolha dos conteúdos no momento que se aplica a prática pedagógica
e o subsidio dos Paramentos Curriculares Nacionais para direcionar as ações dos
educadores.
Primeiramente, indaga-se que para se efetuar uma intervenção didática,
requeresse que os educadores de uma instituição coordenem o propósito da
docência, garantindo a eficiência e a eficácia das atividades. Sabe-se que as práticas
da docência só permanecem se ocorrer o planejamento das mesmas.
Por fim, na terceira parte deste trabalho, a observação dos dados coletados
através da pesquisa e os resultados encontrados. A atividade em campo realizou-se
na Unidade Integrada Professora Ercília Bento, da rede municipal de educação de
Porto Franco, estado do Maranhão, tendo como amostra os educadores que
trabalham com a Educação de Jovens e Adultos – EJA. A análise sucedeu-se por
meio da sistematização das informações obtidas e fundamentadas no referencial
teórico.
Os resultados do trabalho reafirmaram que os profissionais da educação
demandam uma reflexão urgente acerca do seu papel pedagógico, conforme os
dados, a carência de um envolvimento pleno quanto a sua própria área de formação,
atualizando-se acerca dos temas relevantes para somar a teoria e práticas de suas
atividades pedagógicas.
O estudo favoreceu um maior entendimento sobre o tema, fomentando outras
reflexões e pode ser utilizado como referência a outros estudos relacionados as
questões abordadas sobre a temática.
8
2 A IMPORTÂNCIA DA ALFABETIZAÇÃO E DO LETRAMENTO NO MUNDO
GLOBALIZADO
Comunicação é uma necessidade primordial para a vida em sociedade, sendo
essencial para a sobrevivência e inserção no meio. Todos os cenários da sociedade
localizam-se em agrupamentos culturais, e automaticamente as pessoas estão
cercadas de um universo letrado, incluindo aqueles que não dominam o código
escrito, mais são atingidos pela inevitável comunicação para sobreviver e socializar-
se.
Porém, por mais que a escrita e sua aplicação nos diversos cenários da
sociedade seja pré-requisito de inserção e interação constante, a circunstância onde
o indivíduo não a domina, e também a utilização correta da linguagem, se tonou motivo
de exclusão para os que não detém tais competências. Convoca-se então uma
reflexão acerca da relevância de saber ler e escrever, podendo-se atribuir a
capacidade de assimilar conteúdos interdisciplinares através da interpretação e
construção do conhecimento, tanto no âmbito social como educacional, sendo crédito
do estar alfabetizado e letrado.
A história mostra que inicialmente o domínio das competências da leitura e
escrita não eram estimados pelos indivíduos, onde se estabeleceu uma comunicação
fortemente oral, dispensando habilidade de ler e escrever na troca de pensamentos
ou opiniões, tão pouco um conhecimento interdisciplinar das ciências comuns.
Segundo Corti e Vóvio:
Durante um longo período da história brasileira, a palavra escrita não estava
tão presente no dia a dia da grande maioria das pessoas. Elas construíam
suas vidas, trabalhavam, participavam de partidos políticos, aprendiam,
ensinavam os filhos, se comunicavam e trocavam informações de outras
maneiras. Para muitas dessas pessoas, os conhecimentos e as informações,
assim como as competências ligadas ao trabalho, eram aprendidas através
da comunicação oral e do contato prático com as atividades produtivas, ou
9
seja, na sociedade brasileira do passado, a oralidade era central. (CORTI e
VÓVIO, 2007, p.17).
Atualmente as necessidades se modificaram, os registros de informações
passaram a fazer parte das relações sociais, documentar tonou-se algo presente em
todos os tipos de atividades. Porém, a leitura e a escrita não são suficientes para
definir o indivíduo como perfeitamente alfabetizado e dominador das competências
referentes ao código e assuntos interdisciplinares, utilizando todos os recursos da
linguagem oral e escrita, acumulando um conhecimento amplo sobre uma
compreensão de mundo.
Não dominar a leitura e a escrita tem se tornado atualmente uma realidade
presente na vida dos jovens e adultos, implicando diversas discursões que vão das
atividades comuns do dia a dia até habilidades mais complexas. Nesta conjuntura, a
entrada no universo da leitura e escrita atrelando-se aos seus domínios, surge um
instrumento de diferencial social entre os alfabetizados e letrados e os que ficam à
margem do conhecimento.
Em outro cenário social, encontram-se os indivíduos que sabem ler e escrever,
utilizando esses recursos no seu dia a dia, porém não de maneira adequada. Neste
contexto, Ribeiro (2001) diz que, analfabeto funcional atribuísse à condição das
pessoas que tem um nível rudimentar de conhecimento da linguagem escrita não
suficiente para enfrentar as exigências impostas por seu contexto de vivencia.
Caracterizando a relevância de ser alfabetizado e letrado, além de ser inserido
em um universo interdisciplinar no intuito de ampliar a visão de mundo e de corrigir as
necessidades provocadas pela falta de escolarização, proporcionando um caminho
que impediu estes de estudarem.
Destaca-se que algumas alternativas só serão possíveis atualmente quando os
indivíduos estiverem capacitados e qualificados, destacando a permanência no
emprego, melhores níveis de salários, autonomia, desenvolvimento de novas
habilidades e novas possibilidades de vida.
10
Assim, o papel social da alfabetização e letramento possibilita que o sujeito se
insira e se torne ativo na sociedade contemporânea, cooperando não somente com
sua formação mais com uma formação coletiva.
2.1 Alfabetização na concepção do letramento
A educação é constituída por vários níveis, e um dos níveis fundamental trata-
se da alfabetização, uma etapa a qual se presume que todos os indivíduos teriam que
vivenciar para adentrar-se no universo da leitura e escrita. Porém, visualiza-se uma
desorganização no momento de se conceituar a alfabetização e o letramento.
Diversas vezes esses objetos foram distorcidos, confundindo-se os seus significados.
Compreendendo melhor a concepção sobre essas duas questões,
alfabetização e letramento, se faz necessário determinar suas peculiaridades com o
objeto de entendimento destes dois procedimentos que ao mesmo tempo se
distinguem e se relacionam.
Usualmente, se espera que a alfabetização trate apenas de um processo
mecanizado de aprendizado de leitura e escrita. Obviamente isso não foge do fato que
o processo de alfabetização zele pela obtenção do código escrito e sua aplicação nas
atividades de leitura, escrita e compreensão de mundo. Nesta concepção, Soares
esclarece a alfabetização.
[...] como o processo de aquisição da “tecnologia da escrita”, isto é, do
conjunto de técnicas – procedimentos, habilidades – necessárias para a
prática da leitura e da escrita: as habilidades de codificação de fonemas em
grafemas e de decodificação de grafemas em fonemas, isto é, o domínio do
sistema de escrita (alfabético ortográfico); [...] Em síntese: alfabetização é o
processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades de
11
utilizá-lo para ler e escrever, ou seja, o domínio da tecnologia – do conjunto
de técnicas – para exercer a arte e ciência da escrita. (SOARES,2003, p.91)
O controle da escrita incluído na concepção de outrora, envolvendo habilidades
em produção escrita, é necessário para a compreensão da natureza da ação de
alfabetização, diferenciando-se da ótica minimalista que muitos educadores têm sobre
a educação. Acentua-se que se deve agir com certa cautela para não minimizar e nem
maximizar a definição de alfabetização, cometendo os mesmos equívocos que foram
abordados.
Para associar a relevância da alfabetização na concepção do letramento,
compete antecipadamente se conceituar o letramento:
[...] exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita denomina-se
letramento, que implica habilidades várias, tais como: capacidade de ler ou
escrever para atingir diferentes objetivos – para informar ou informar-se, para
interagir com outros, para imergir no imaginário, no estético, para ampliar
conhecimentos, para seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se,
para apoio à memória, para catarse...; Habilidades de interpretar e produzir
diferentes tipos e gêneros de textos; habilidades de orientar-se pelos
protocolos de leitura que marcam o texto ou de lançar mão desses protocolos,
ao escrever; atitudes de inserção efetiva no mundo da escrita, tendo interesse
e prazer em ler e escrever, sabendo utilizar a escrita para encontrar ou
fornecer informações e conhecimentos, escrevendo ou lendo de forma
diferenciada, segundo as circunstâncias, os objetivos, o interlocutor.
(SOARES, 2003, p. 91-92)
Na definição está atrelado o letramento como base principal a aplicação na
escrita eficiente, como instrumento vital em todas as atividades sociais. Observou-se
que para a autora, a pessoa letrada é dependente inercialmente da obtenção da
escrita, ou seja, alfabetizado. Analisando o letramento na concepção relacionada com
o dia a dia, Marcuschi reforça com o seguinte aporte:
12
O letramento, por sua vez, envolve as mais diversas práticas da escrita (nas
suas variadas formas) na sociedade e pode ir desde uma apropriação mínima
da escrita, tal como o indivíduo que é analfabeto, mas letrado na medida em
que identifica o valor do dinheiro, identifica o ônibus que deve tomar,
consegue fazer cálculos complexos, sabe distinguir as mercadorias pelas
marcas etc., mas não escreve cartas nem lê jornal regularmente, até uma
apropriação profunda, como no caso de indivíduos que desenvolve tratados
de Filosofia e Matemática ou escreve romances. Letrado é o indivíduo que
participa de forma significativa de eventos de letramento e não apenas aquele
que faz o uso formal da escrita. (MARCUSCHI,2008, p. 25).
O autor explica que o letramento num cenário amplo, compreendo-o como um
procedimento que acontece independente do sujeito está ou não alfabetizado. Anterior
a aquisição das habilidades linguística escrita, o sujeito pode ser atingido por um
contato com objetos escritos, criando uma primeira intimidade com o código
ortográfico. Após a diferenciação dos dois conceitos, aborda-se questões da
alfabetização na concepção do letramento. Conforme Soares:
Alfabetização e letramento são, pois, processos distintos, de natureza
essencialmente diferente; entretanto, são interdependentes e mesmo
indissociáveis. A alfabetização – a aquisição da tecnologia da escrita – não
precede nem é pré-requisito para o letramento, isto é, para a participação em
práticas sociais de escrita, tanto assim que analfabetos podem ter um certo
nível de letramento: não tendo adquirido a tecnologia da escrita, utilizam-se
de quem a tem para fazer uso da leitura e de escrita; além disso, na
concepção psicogenética de alfabetização que vigora atualmente, a
tecnologia da escrita é aprendida não como em concepções anteriores, com
textos construídos artificialmente para a aquisição das “técnicas” de leitura e
de escrita, mas através de atividades de letramento, isto é, de leitura e
produção de textos reais, de práticas sociais de leitura e de
escrita.(SOARES,2003, p.92)
Observou-se que trata-se de fenômenos distintos, mais se processam de
maneira simultânea, devido a características que ao se integrar, contribuem tanto na
obtenção do domínio da linguagem escrita como da habilidade que o sujeito tem para
ler o mundo com ferramentas interdisciplinares, por meio do avanço de habilidades
relacionadas a subjetividade e a capacidade de reflexão, criticidade e construção. A
13
dificuldade é que o letramento é desvirtuado ao passo que se confunde com o
procedimento de alfabetização. Conforme Viegas:
É importante destacar que letramento não é um método. A discussão do
letramento surge sempre envolvida no conceito de alfabetização, o que tem
levado a uma inadequada e imprópria síntese dos dois conceitos, com
prevalência do conceito de letramento sobre o de alfabetização. Não
podemos separar os dois processos, pois, a princípio, o estudo do aluno no
universo da escrita se dá ao mesmo tempo por meio desses dois processos:
a alfabetização, e pelo desenvolvimento de habilidades da leitura e da escrita,
o letramento. (VIEGAS,2007, p. 2)
A ausência de um senso ou compreensão entre o universo do letramento e da
alfabetização é um dos grandes obstáculos encontrados no caminho dos professores
e da escola, de maneira que a conscientização sobre o valor dessas duas etapas
carece de uma reflexão e reformulação nas suas interpelações.
2.2 Pontos Importantes acerca da Educação de Jovens e Adultos
Por vários anos, os ingressos na modalidade de Educação para Jovens e
Adultos – EJA, foram tidas como uma etapa escolar, sendo analisada com uma ótica
de alunos evadidos, reprovados, defasados, com problemas de frequência, de
aprendizagem, entre outros (SOARES, 2010). Essa ótica se deu devido a uma
conjuntura de padrões e de estereótipos construídos pela sociedade que dificultam a
compreensão sobre os jovens e adultos que estão ingressos nessa modalidade de
ensino, respeitando suas peculiaridades, que segundo Dayrell (2005), pode ocorrer
uma análise negativa.
Formam-se as turmas da modalidade ensino em Educação de Jovens e Adultos
com pessoas regressas a escola ou de chegada tardia, conforme a diretrizes oficiais
14
de ensino, carregando um sentimento de inferioridade por um histórico de insucesso
educacional socialmente almejado, expondo dificuldades iguais em se tratando da
obtenção de conhecimentos, transportando em si uma filosofia de incapacidade e
incompetência perante o processo de aprendizagem.
É comum a repetição de testemunhos de negação de direitos advindo dos
jovens e adultos, envolvendo aspectos como raça, gênero, classe social e outros.
Aspecto que leva a considerar necessário apropriar-se da Educação de Jovens e
Adultos como uma política assertiva, como um dever do estado e conjunto com a
sociedade e a pedagogia (ARROYO, 2006). Razões como essa traz a relevância em
identificar o perfil desse público, o que torna necessário o conhecimento da vida,
trajetória, obstáculos e motivos que os afastam do ensino regular, EJA e outras
modalidades de ensino.
Compreendendo que os alunos da Educação de jovens e adultos são
detentores de experiências diversas, se faz necessário que o educador tenha uma
formação especifica para a sua atuação pedagógica (SOARES, 2009), conhecendo
bem o perfil dos alunos com quem irá interagir. Assim, observa-se que o perfil do aluno
da Educação de Jovens e Adultos vem sendo um dos principais aspectos de debates,
já que para se conhecer a esse perfil é necessário compreender o ambiente no qual
o mesmo está inserido.
2.3 Alfabetização e letramento para os alunos da Educação de Jovens e
Adultos
Frequentemente o público da Educação de Jovens e Adultos – EJA, é
composta por trabalhadores que necessitam suprir necessidades básicas à
sobrevivência, de origem humilde e inseridos nas classes mais baixas da sociedade,
15
usufruindo de um mínimo ou nada de oportunidades de aprendizagem escolar, criando
barreiras a possibilidades de acessão social.
Assim, a educação para esse público deve ser planejada de uma maneira
diferente da tradicional, aproximando os conteúdos a propostas metodológicas que
favoreçam o processo de aprendizagem, já que esses alunos são cicatrizados por
experiências de conhecimentos ainda não sistematizados.
O aluno não alfabetizado é um sujeito letrado, que não detém instrução formal.
Isso só é possível graças a um convívio com a sociedade, que propõem a
compreensão dos objetos ao seu entorno. Porém isso não é suficiente para
transformá-lo em um indivíduo capacitado a vivenciar uma cultura interdisciplinar
plena, baseada na escrita e na interação com o mundo globalizado.
Um dos motivos que levam o retorno do aluno a escola é a aquisição de
conhecimento para se tornar competitivos no mercado de trabalho, valorizados
perante a sociedade, exercendo a sua cidadania e ampliando a sua vivencia social,
visando sempre a aquisição de novos conhecimentos (interdisciplinaridade) e uma
formação sólida, capaz de igualar os sujeitos em condições mais favoráveis.
Esses indivíduos passaram a observar o mundo, e visualizaram um
distanciamento das informações importantes do seu dia a dia. Além de que novos
conhecimentos fomentam o desenvolvimento de potenciais habilidades que motivam
uma trajetória escolar. Conforme Rego:
O desenvolvimento está intimamente relacionado ao contexto sócio cultural
em que a pessoa se insere e se processa de forma dinâmica (e dialética)
através de rupturas e desequilíbrios provocadores de contínuas
reorganizações por parte do indivíduo. (REGO,2000, p. 59)
Com isso, a escola deve ser um espaço que proporcione inquietudes e
reflexões positivas a um ciclo de ideias interligadas com os conhecimentos diversos,
promovendo uma leitura do mundo e ampliação da cultura, da intelectualidade e do
16
desenvolvimento pessoal do indivíduo. Com tudo, é de grande relevância a
contextualização da realidade do aluno provocando o aumento do rendimento escolar
e a redução da evasão que estão presentes na modalidade de Educação de Jovens
e Adultos.
Vários fatores auxiliam no fracasso e evasão identificada na Educação de
Jovens e Adultos, a quais Soares (2010) cita: cansaço devido a jornada de trabalho,
problemas familiares, questões de ordem financeiras e emocionais, desinteresse tanto
dos alunos quanto dos professores, aulas no horário em que muitas vezes seria para
o descanso e o lazer, entre outros. Relacionado aos educadores, que em muitos casos
não tem a formação necessária, são ausentes de flexibilidade em seus planejamentos,
não aproveitam o conhecimento prévio do educando, que se aproveitados daria um ar
mais rico ao ambiente de aprendizagem.
É de se pesar que a metodologia dessa modalidade muitas vezes é
negligenciada pelos formadores de professores, tratando as vezes como uma
adequação de conteúdos da educação básica, práticas que geram um sentimento de
exclusão, como se a escola não estivesse interessada neste público, por isso a
Educação de Jovens e Adultos requer um currículo próprio, que reconheça sujeitos
de conhecimento e aprendizagem.
Deve se estabelecer uma relação de parceria entre professor e aluno,
estabelecendo um espaço para o diálogo e fomentar uma nova visão do mundo e da
realidade a qual estar inserido. Segundo Freire (2006, p. 68), “[...] o trabalho de
alfabetização, na medida em que possibilita uma leitura crítica da realidade, se
constitui como importante instrumento de resgate da cidadania [...].” Inovação é uma
proposta, acrescentando as práticas tradicionais de aprendizagem o exercício do
pensar, conhecendo aspectos interdisciplinar presentes dentro e fora dos muros da
escola. Segundo Viegas (2007, p.4) “O ensino da leitura e da escrita deve ser
entendido como prática de um sujeito agindo sobre o mundo para transformá-lo e,
para, através da sua ação, afirmar a sua liberdade e fugir à alienação.”
17
3 A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR NA SISTEMATIZAÇÃO DA
INTERVENÇÃO DIDÁTICA NO EJA
O processo de planejamento de uma intervenção didática tem uma grande
relevância para sua implantação, o educador deve elaborar um plano de acordo com
o objetivo do trabalho. Segundo Soares (2010) é necessário a definição de três pontos;
o que quero ensinar, como cada aluno aprende e como será feito o acompanhamento
e avaliação dos alunos, principalmente quando se trata de uma turma tão heterogênea
como a de EJA. Surgindo aqui um dos grandes obstáculos da organização e do
planejamento dessa ação, o estabelecimento do cronograma com o tempo necessário
para a execução das atividades e dos temas específicos e interdisciplinares.
Deve se incluir em primeiro momento as habilidades e competências, conceitos
e noções, conteúdos e metas que darão base ao processo de construir o projeto de
intervenção. Posteriormente se pensa nas ações que surgem a partir da compreensão
de como os alunos aprendem.
Os conteúdos, os objetivos, os recursos didáticos, tudo tem que ser pensado
quando se organiza uma intervenção didática e aplicado para que o aluno se torne
agente ativo da construção do seu conhecimento. (ZABALA, 1998). O que o autor
propõe trata-se de uma reflexão que tem como atenção especial o indivíduo, onde a
aprendizagem seja democratizada e com acesso disponível a todos, com uma
formação integral.
O levantamento prévio dos conhecimentos dos educandos auxilia na
organização e no planejamento do projeto, garantindo intervenções que superem os
problemas e os desafios em atividades diversificadas e multidisciplinares como jogos,
diferentes linguagem e gêneros de textos, reflexão e analise. Paulatinamente
ampliando o grau de complexidade das ações e aprofundamento dos temas
propostos, construindo conhecimentos cada vez mais sólidos.
18
Segundo Libâneo;
Em síntese, podemos dizer que, talvez, uma das qualidades mais importantes
do professor seja a de saber lançar pontes (ligações) entre as tarefas
escolares e as condições prévias dos alunos para enfrentá-las, pois é daí que
surgem as forças impulsoras da aprendizagem. O envolvimento do aluno no
estudo ativo depende de que o ensino seja organizado de tal forma que as
“dificuldades” (na forma de perguntas, problemas, tarefas, etc.) tornem-se
problemas subjetivos na mente do aluno, provoquem nele uma “tensão” e
vontade de superá-las. (LIBÂNEO,1994, p. 95)
Se convém observar que a relevante relação de professor e aluno é capaz de
atribuir significado e despertar a curiosidade do aluno pela aquisição de
conhecimentos, atividades e conteúdo. Ao passo que o professor compreende e
aprofunda seu conhecimento nos objetivos do trabalho, terá a competência de galgar
uma escada enriquecedora de conhecimento.
O projeto que tem como meta a consideração do modo de aprendizagem do
aluno, supre a necessidade inserida na intervenção. Uma compreensão assertiva dos
processos de aprendizado considera os parâmetros psicopedagógicos do sujeito,
compreendendo o modo de como se origina o conhecimento, tornando-o algo possível
e acessível.
Na visão construtiva, a aprendizagem se constitui com a maximização da
integração entre os conhecimentos prévios e os conhecimentos interdisciplinares,
onde a união desses dá espaço a um pensamento cada vez mais complexo.
Becker diz que:
[...] a ideia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que,
especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como
algo terminado. Ele se constitui pela interação do Indivíduo com o meio físico
e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se
constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia.
(BECKER,1992, p. 88)
19
Presume-se que nosso sistema cognitivo é uma teia de conhecimentos
interligados que se constrói e se reconstrói a cada informação nova. Com esta visão
a aprendizagem é sinônimo de uma cadeia de processos que utilizam a nova
informação adaptando e modificando-a conforme a necessidade e seu conhecimento
anterior.
O construtivismo dá aos professores e aos alunos os papeis principais nesse
contexto, pois o aluno é o sujeito construtor do conhecimento, e do outro lado temos
o professor como intermediador de um ambiente favorável a esse processo, através
da seleção e exposição dos conteúdos e aplicando conforme o jeito próprio que o
aluno tem de aprender.
O professor é o personagem responsável pela motivação e estimulo do aluno,
mostrando que ele é capaz de mobilizar e agregar novos conhecimentos. Dentro
desse contexto, Zabala (1998, p. 38) afirma que “(...) a situação de ensino e
aprendizagem também pode ser considerada como um processo dirigido a superar
desafios, desafios que possam ser enfrentados e que façam avançar um pouco mais
além do ponto de partida.”
Com essa visão, o processo de intervenção didática irá auxiliar o processo de
construção do conhecimento amplo e multidisciplinar, pois é a visão do aluno em
relação a escola que orienta e influencia diretamente o seu processo de
aprendizagem.
3.1 A Prática pedagógica de seleção e organização de conteúdos
Esclarecer o que se deve aprender na escola não é algo fácil de se tratar,
cautela é algo preciso, tendo a percepção de que os conteúdos devem ser
interdisciplinares, envolvendo grande variabilidade de técnicas, competências,
20
atitudes e conceitos. Decisões essas que darão resposta as questões essenciais que
atravessam a educação. É imprescindível estabelecer aos alunos que conteúdos tem
relevância no aprendizado, e que tipo de conhecimento é necessário para se alcançar
o futuro almejado. Não quer dizer que se formará uma linha de montagem com alunos
padrões, mais facilitará a organização e planejamento do projeto, formando cidadãos
que atendam a demanda pessoal e social.
O fracionamento dos conteúdos conforme uma classificação de tipos,
proporciona a precisão as metas educativas de cada área, assim ficará mais facilitada
o entendimento sobre as semelhanças existentes em cada disciplina aprendida e
ensinada. Zabala (1998), alerta para o fato de que essa divisão é uma construção
intelectual, utilizada para facilitar a compreensão dos processos cognitivos, pois a
aprendizagem ocorre de forma integral e os conteúdos estão sempre interligados.
Segundo Soares (2010), os conceitos são um conjunto de fatos, objetos ou
símbolos agrupados por características comuns. Analisando os conceitos podemos
ver que seu princípio só será bem assimilado quando se há a capacidade de utiliza-lo
em qualquer situação, podendo os conceitos fazerem parte de uma aprendizagem que
não se finaliza, que tem a capacidade de estar agregando novos valores e significados
possibilitando a ampliação constante.
Conteúdos que requerem um saber fazer são conferidos na prática, a esse
chamamos de conteúdos procedimentais, um grupo de atividades que tem um objetivo
prático, como; calcular, traduzir, desenhar, ler, recortar, etc, conteúdos práticos com
ações diferentes caracterizando um ensino especifico em cada competência. A
consciência que o aluno tem de seu papel é de grande importância para sua atitude e
reflexão.
Os conteúdos atitudinais são classificados conforme os valores, atitudes e
normas, a qual se tem como exemplo a cooperação, solidariedade, trabalho em
equipe, respeito e ética (SOARES, 2010). É com esse tipo de conteúdo que as
relações afetivas e a convivência são reforçados, portanto, tem grande efeito na
Educação de Jovens e Adultos.
21
Ao se tratar da organização dos conteúdos, três métodos merecem destaque:
propostas disciplinares, os métodos globalizados e o enfoque globalizado. Quanto
mais integrados estiverem os conteúdos, mais fácil será o entendimento dos alunos,
garantindo uma aprendizagem mais valiosa aos mesmos.
Anteriormente a organização dos conteúdos se davam em uma perspectiva
tradicionalista, onde cada disciplina era isolada em seu universo, não ocorrendo a
inter-relação entre seus conteúdos, ainda comum nas redes públicas de ensino, o que
não gera um resultado sólido, mais sim um conhecimento baseado na
superficialidade.
Foram realizadas novas propostas de metodologias de aprendizado,
relacionando os conteúdos em sua organização promovendo uma compreensão
ampla das ciências, dando origem a relação das disciplinas em três níveis:
multidisciplinaridade, onde os conteúdos se dão independentes mais de maneira
simultânea somando-se uma a outra em sua organização; interdisciplinaridade, onde
se estabelece a comunicação entre as matérias sem que se presa suas
características; e transdisciplinariedade, é o topo da relações entre as matérias, uma
integração global e totalizador.
O desenvolvimento das metodologias de organização de conteúdos facilitou a
associação entre os conteúdos de maneira mais eficiente, potencializando o processo
de aprendizagem.
A metodologia globalizadora tem como objetivo a formação de cidadãos
pensantes e interativos com o meio, solidários a vida e capazes de “aprender a
aprender” atuando no seu ambiente. Esta metodologia de organização de conteúdos
está focalizada em uma perspectiva direcionada a integração dos conteúdos com a
realidade em que a Educação de Jovens e Adultos está inserida.
Esse novo enfoque trás o aluno como o protagonista da sua história, tendo a
aprendizagem três princípios como pontos de origem para que a ação do professor
seja mais edificante: situação próxima à realidade, conteúdo interessante para o aluno
22
e elaboração de situações que estimulem a busca por respostas. Trabalhando esse
novo enfoque o professor tem que ter a compreensão de que os conteúdos estão
interligados, sua divisão é realizada somente para a facilitação das estruturas
disciplinares.
3.2 As contribuições dos Paramentos Curriculares Nacionais
No ano de 1995 deu-se início ao procedimento de produção dos Parâmetros
Curriculares Nacionais – PCN’s, editado em 1997, com os objetivos de originar um
conteúdo referencial e auxiliar aos professores na produção de projetos educacionais,
planejamento de aula, analise de conteúdos para propostas de atividades
educacionais e utilização dos recursos didáticos.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais há a percepção da relevância das
ações pedagógicas dos educadores, evidenciando as urgências dos mesmos
mediarem a educação com qualidade, reconhecendo que essa educação está
atrelada a metodologia utilizada nas ações dos professores focadas na integral
formação do educando.
Os parâmetros curriculares nacionais são utilizados pelos professores para:
[...] auxiliá-lo na execução de seu trabalho, compartilhando seu esforço diário
de fazer com que as crianças dominem os conhecimentos de que necessitam
para crescerem como cidadãos plenamente reconhecidos e conscientes de
seu papel em nossa sociedade. (PCN,1997, p. 4)
Os PCN’s são um referencial que foi produzido como proposta de auxiliar o
trabalho dos professores, norteando e fomentando os debates e pesquisas ligados a
educação. Se tornando necessário até aos professores que estão inseridos em um
23
ambiente de difícil atualização, pois a meta principal é a educação de qualidade para
todos.
Ao tratar sobre as práticas educativas, o PCN propõe a reflexão por parte dos
professores sobre essas ações direcionando elas aos alunos e sua realidade,
orientando uma educação que abraça todos os aspectos de aprendizagem. Se
observa que não se argumenta apenas a organização dos conteúdos mais busca-se
uma proposta contribuinte a formação de indivíduos autônomos, formadores de
opiniões, compreendendo seus direitos e deveres, visando membros atuantes da
sociedade, participativos e promotores da transformação social.
O PCN não deve ser visto apenas como um manual mais sim como um
instrumento de suporte educacional na construção de planos e ações que construa
um conhecimento sólido a respeito de temas de relevância, e a reflexão permanente
sobre a práticas pedagógicas dos educadores, adaptando aos aspectos de ordem
política, econômica, ambiental e social.
24
4 AVANÇOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA
Visando alcançar os objetivos deste estudo, é que se definiu o desenvolvimento
de uma pesquisa de cunho qualitativo. Metodologia que propõe o contato do
pesquisador com o ambiente e a realidade a qual está sendo investigado por
intermédio do estudo em campo. A pesquisa qualitativa em educação, segundo
Bogdan e Biklem, (apud LUDKE E ANDRÉ, 1986), apresenta cinco características
básicas:
1. A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de
dados e o pesquisador como seu principal instrumento;
2. Os dados coletados são predominantemente descritivos;
3. A preocupação com o processo é maior que com o produto;
4. O “significado” que as pessoas dão às coisas e à sua vida são focos de
atenção especial do pesquisador;
5. A análise dos dados tende a seguir um processo indutivo.
O ambiente selecionado para a realização da pesquisa foi a Unidade Integrada
Professora Ercília Bento, da rede pública e municipal de ensino, situada na Vila Nova
na cidade de Porto Franco, estado do Maranhão. Os indivíduos da pesquisa foram os
professores inseridos na Educação de Jovens e Adultos. A pesquisa teve duração de
quarenta e cinco dias entre os meses de Outubro e Novembro do ano de 2015, através
de visitas periódicas.
Com os objetivos de coletar dados necessários ao estudo, utilizou-se a
observação e a entrevista, registro das informações levantadas por intermédio de um
diário de campo e os depoimentos dos professores. O procedimento de transcrição
de todos os dados obtidos foi classificado de acordo com as categorias estabelecidas
por conceitos.
Assim, a produção dessa pesquisa objetivou apresentar parte da experiência
adquirida pelo processo de observação e a relação com a teoria que aborda a temática
e as conclusões sobre a mesma.
25
4.1 Caracterização do ambiente de pesquisa
A escola recebeu esse nome em homenagem a professora ERCÍLIA BENTO
PEREIRA, nascida em 15 de julho de 1921, na localidade Nazaré, Município de Porto
Franco - MA. Filha de Luiz Bento Pereira de Maria Ferreira Lima. Casou-se civilmente
ainda muito jovem com o Sr. Argemiro de Farias Pimentel, em 08 de dezembro de
1942, com o qual não conviveu.
Mais tarde, teve como segundo esposo, o Sr. Euclides Franco e, com nenhum
dos dois maridos, conseguiu ter filhos. Cursou o primeiro grau menor na Escola Batista
Minilandro no período de 1934 a 1938. Muito cedo exerceu o cargo de professora da
rede municipal de ensino em algumas fazendas deste município, tais como:
Domingos, Grota Chata e Boa Esperança.
Foi incansável profissional no exercício de suas funções de magistério e
notabilizou-se pela sua austeridade e dedicação. Seu árduo trabalho foi grandemente
benéfico para a comunidade portofranquina, aonde chegou a lecionar no Grupo
Escolar “Clarindo Santiago”, na Escola Bento Neves e na Escola Artur Milhomem,
educando jovens e crianças, sendo por todos tratada com respeito e admiração. Era
uma eterna apaixonada pela profissão e ao construir a Escola da Vila Nova, o Prefeito
Deoclides Antônio Santos Neto deu a mesma, como forma de reconhecimento e
gratidão pelo muito que a grande educadora fez por sua terra natal, o nome de Escola
Professora Ercília Bento.
(Fonte: Pesquisa de campo realizada pela professora Eva Marinho Rodrigues, em 09/05/1995).
4.2 Teorizando a Prática
A observação dos dados se deu por meio da sistematização dos resultados
sustentado no referencial teórico, utilizando a entrevista como principal instrumento
de pesquisa. Inicialmente buscou-se a compreensão da perspectiva do professor
sobre o ato de educar, onde pode se observar a seguinte frequência de respostas:
26
a. Alfabetização trata-se de um sistema de ensino de escrita e leitura;
b. Educar os alunos através do alfabeto;
c. Proporcionar aos alunos um espaço favorável a humanização, e uma leitura
ampla do mundo através da inter-relação de conteúdos e práticas
educativas.
Observa-se que o padrão frequente de concepção sobre a alfabetização é o
conceito reducionista e mecânico da educação observada por Paulo Freire (1983),
visão essa que foge totalmente da proposta de desenvolvimento das habilidades do
sujeito com a escrita e leitura contextualizando com a sua realidade e utilizando
elementos familiares ao educando.
Quando a questão se refere ao ato de letrar o padrão de resposta apresenta
uma confusão da maioria dos professores que denotam um conceito tradicionalista de
codificação de decodificação de sinais.
a. Letrar significa amplificar a visão do mundo, através dos conhecimentos de
sua cultura.
b. Conscientizar indivíduos da estrutura do alfabeto e como utiliza-lo.
c. Decodificar os sinais, conhecendo-os e identificando-os conforme a
linguagem local.
Nesta concepção se fomenta ao educando previamente a domínio da escrita o
envolvimento de atividades sociais de leitura e escrita com recursos ligados ao
contexto em que o aluno está inserido, valorizando sua experiência e conhecimentos
adquiridos em sua vida.
O terceiro questionamento refere-se a distinção feita pelos professores entre o
ato de letrar e de alfabetizar, o que concluiu-se que os mesmos não realizam uma
distinção entre os dois conceitos.
27
a. A diferença entre alfabetizar e letrar trata-se da possibilidade do sujeito
aprender a ler sem a compreensão do que se está lendo e seu contexto
cultural.
b. Ensinar o alfabeto e como utiliza-lo
c. Trata-se do domínio por inteiro das etapas de alfabetização, com a
aquisição da habilidade de leitura, escrita, cálculos e interpretação.
É preocupante como se estabeleceu um pensamento distorcido relacionado ao
conceito de letramento, sendo algo amplo e favorável por oportunizar a aprendizagem
ao sujeito sobre o mundo e sua contextualização.
Por seguinte observa-se a compreensão que os professores têm de
alfabetização na percepção do letramento.
a. Alfabetizar letrando é oferecer ao aluno a oportunidade de adquirir
habilidades de leitura e escrita tem como base a cultura.
b. Letramento é sinônimo de apropriação do alfabeto
c. Compreender o ponto de partida de todas as etapas para visar novos
conhecimentos com conquista e produção.
Observou-se que os professores não aplicam em suas atividades ações
simultâneas de alfabetização e letramento, porém essa prática possibilita o sujeito de
vivenciar a leitura e a escrita nos mais variados cenários do seu dia a dia, deixando
de lado a prática mecânica e se tornando consciente do conhecimento adquirido.
Segundo Soares (2010) Alfabetização e letramento são processos
independentes e indissociáveis. Por isso alcançar a alfabetização dos alunos da
Educação de Jovens e Adultos seria uma garantia da ampliação da qualidade de
ensino aos beneficiários dessa modalidade de ensino.
O seguinte questionamento teve como objetivo analisar a compreensão dos
professores em relação ao trabalho de intervenção didática, identificando o que
significar para os mesmos.
28
a. Intervenção didática é uma proposta direcionada a fomento da
aprendizagem conforme a necessidade do sujeito.
b. Intervenção que possibilita a interação e a construção do conhecimento.
c. Proposta de apoio e suporte que facilita o processo de aprendizagem.
Na última análise da entrevista listou-se os desafios vivenciados pelos
professores que atuam na Educação de Jovens e Adultos, que detém certa
unanimidade no interesse de manter o aluno inserido na modalidade de ensino e a
frequência nas aulas.
a. O maior desafio que os professores se deparam atualmente na educação
de jovens e adultos é o velho hábito da camaradagem citado por Paulo
Freire onde tudo se aprende.
b. Manter os alunos frequentes e interessados.
c. Fazer com que o aluno permaneça na escola reduzindo a evasão e
despertar interesses aos mesmo, trabalhando com um planejamento que
contemple a realidade do aluno.
A evasão está associada a uma diversidade de aspectos que levam ao
desinteresse estudantil em frequentar a sala, que está repleta de aulas “chatas e
tediosas”, exigindo do professor que atua nesta modalidade de ensino propostas
significativas e atraentes, contemplando a realidade dos alunos, para que os mesmos
sejam estimulados.
A confusão gerada nos conceitos de alfabetização e letramento indicam que a
educação atualmente precisa abrir-se a uma reflexão sobre o ato de alfabetizar de
maneira que desenvolva questões referentes a importância da aquisição de
conhecimento e habilidade de escrita e interpretação dos diversos conteúdos que
auxiliam a formação integral do sujeito.
No que diz respeito ao trabalho de intervenção didática e os critérios utilizados
para selecionar e organizar os conteúdos percebe-se uma grande falha, não há
planejamento por parte de algumas professoras, chega ser uma imprudência. Como
29
atingir os objetivos sem planejar? Como garantir eficácia do ensino sem intenções?
Dificilmente o professor desenvolverá um bom trabalho sem planejamento, o que não
quer dizer que ele tenha que seguir um modelo pronto e acabado, ao contrário, o
professor deve refletir didaticamente sobre sua prática, pensar no cotidiano sobre o
saber fazer em sala de aula, para não escorregar na mesmice metodológica de
utilização dos mesmos recursos e das invariáveis técnicas de ensino. (LEAL,2006,
p.4-5, apud SOARES, 2010).
30
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação não é imparcial, por meio das atividades e metodologias observa-
se uma visão sobre a relevância atribuída a educação e aos diversos sujeito a qual
pretende-se formar. Assim surge de caráter indispensável a reflexão sobre a ação do
docente e a importância de sistematizar e organizar os conteúdos e propostas
pedagógicas.
Porém, visualiza-se com o estudo que o ambiente em que o professor se
encontra não dá a devida importância sobre o seu papel no processo de ensino e
aprendizagem. Algo negativo, pois a figura do educador é a básica na transformação
do ensino por intermédio das práticas inovadoras e coerentes com a realidade dos
alunos ao se tratar da Educação de Jovens e Adultos. A intervenção com atitude
empreendedora recebe destaque quando se alcança as metas de ensino, por isso que
o planejamento trata-se de uma das etapas primordiais nesse processo. Tavares diz
que:
A intervenção como prática pedagógica somente se constitui como processo
de ensino-aprendizagem quando está atrelada a um planejamento com
delimitação de objetivos e de práticas pedagógicas contínuas disponíveis à
avaliação e à reavaliação possibilitando uma sistematização das práticas de
ensino-aprendizagem. Se as ações de intervenção não são planejadas e
avaliadas, estas passam a ser ações interventivas fragmentadas e imediatas.
Ações que se tornariam processo se fizessem parte de um planejamento com
objetivos, conteúdos, métodos e avaliações definidas e inter-relacionadas.
Sem uma articulação entre as partes de um planejamento fica bem mais difícil
para os professores criarem estratégias que explorem e valorize suas ações
interventivas. (TAVARES,2008, p. 56)
De certo que esse processo demanda tempo, por isso se tem urgência em se
adotar uma atitude inovadora e prática, alternado as propostas, deixar para atrás a
concepção de transmissor de conhecimento, e amplificar o contexto desafiador na
formação de jovens e adultos multidisciplinares, modificares de um passado de
sentimento distorcidos.
31
Com os resultados da pesquisa, concluiu-se que é necessário a existência de
uma aproximação do campo educacional com os conceitos abordados de maneira
teórica e prática. Percebeu-se que os educadores não compreenderam a sutil
diferenciação entre a alfabetização e o letramento, ocorrendo um equívoco nas
respostas dadas, se a realidade fosse diferente os professores estariam adequando
suas estratégias com esses conceitos. Assim pode-se citar os conceitos de letramento
e alfabetização:
[...] distingue essas duas concepções enfatizando que alfabetização e
letramento são processos distintos, de natureza interdependente e
indissociável. A alfabetização não precede, nem é pré-requisito para o
letramento, pois pessoas analfabetas, por estarem inseridas no contexto
letrado, possuem um nível de letramento, o que pode ser visto como uma
consequência da imersão na cultura letrada. A alfabetização faz parte de um
contínuo linear, com limites claros. Passa-se de analfabeto a alfabetizado. Já
o letramento é um processo contínuo não-linear, multidimensional, ilimitado,
sempre em permanente construção. (SOARES,2003, p. 93)
Ao se diferenciar os dois conceitos, os professores da Educação de Jovens e
Adultos, estarão constantemente motivados a situações novas de aprendizagem,
fazendo uso do contexto social e do cotidiano dos alunos, se desprendendo do
universo onde se ocorria somente leitura e escrita.
Portanto é oportuno afirmar que este estudo acomodou diversas reflexões,
recebendo destaque o perfil pretendido. Expôs a diferenciação entre ser professor e
educado, de educar e de ensinar. Ser um educador é ter consciência de uma grande
responsabilidade com um bem maior, o bem comum, de doar sempre, e observar a
realidade atendendo as necessidades dos alunos, sendo flexível e ter amor pelo que
faz.
32
REFERÊNCIAS
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responsabilidade pública. In: SOARES, L; MEC/UNESCO, 2006.
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v. 21, n. 83, p. 7-15, abr./jun. 1992.
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Fundamental. Brasília: MEC/SEE, 1997.
CORTI, Ana Paula; VÓVIO, Cláudia Lemos. Jovens na alfabetização: além das
palavras, decifrar mundos. Brasília: Ministério da educação. Ação educativa, 2007.
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FERREIRO, Emilia; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Tradução:
Diana Myrian Lichtenstein, Liana Di Marco, Mário Corso. Porto Alegre: Artes Médicas,
1985.
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prática social da escrita. Campinas: Mercado das Letras, 1995.
33
LEAL, Regina Barros. Planejamento de ensino: peculiaridades significativas. Revista
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2007.
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Petrópolis: Vozes, 2000.
RIBEIRO, Vera Masagão. A promoção do alfabetismo em programas de
Educação de Jovens e Adultos: indicações para a pesquisa. 2001. Disponível em:
<http://forumeja.org.br/gt18/files/RIBEIRO.pdf_10.pdf>. Acesso em: 04 ago. 2010.
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Trabalho de alfabetização, leitura e escrita, 26ª reunião anual da ANPEd. 2003 Poços
de Caldas. Disponível em:
<htttp:www.anped.org.br/reunioes/26/outrostextos/semadasoares.doc>. Acesso em:
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SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 3. ed. Belo Horizonte:
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alfabetizado é ser letrado. Anais da IX Semana Nacional de Estudos Filológicos e
Lingüísticos. 2007. Disponível em: <www.filologia.org.br/ixsenefil/anais/17.htm>.
Acesso em: 20 jul. 2010.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
APÊNDICES
Apêndice 01 – Roteiro de Entrevista
1 - Para você o que significa alfabetizar?
2 - Para você o que significa “letrar”?
3 - Quais as diferenças entre alfabetizar e “letrar”?
4 - Como alfabetizar “letrando”?
5 - O que você entende por intervenção didática?
6 - Para você, qual o maior desafio do professor na educação de jovens e adultos?
Fonte: Soares (2010)
Apêndice 02 - Entrevista com a Direção e professores da Unidade Integrada
“Professora Ercília Bento”
Fonte: Romário Cruz
Apêndice 03 - Quadro memorial da Professora Ercília Bento
Fonte: Romário Cruz

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  • 1. FACULDADE DE FILOSOFIA CIÊNCIAS E LETRAS DE BOA ESPERANÇA – FAFIBE ROMÁRIO MILHOMEM DA CRUZ A IMPORTÂNCIA DA INTERDISCIPLINARIDADE NA PROPOSTA PEDAGÓGICA E INTERVENÇÃO DIDÁTICA DO PROCESSO FORMATIVO E LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA UNIDADE INTEGRADA PROFESSORA ERCÍLIA BENTO Barra do Corda 2016
  • 2. ROMÁRIO MILHOMEM DA CRUZ A IMPORTÂNCIA DA INTERDISCIPLINARIDADE NA PROPOSTA PEDAGÓGICA E INTERVENÇÃO DIDÁTICA DO PROCESSO FORMATIVO E LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA UNIDADE INTEGRADA PROFESSORA ERCÍLIA BENTO Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura em pedagogia da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Boa Esperança - FAFIBE como requisito para obtenção do grau de Licenciatura em Pedagogia. Orientador: Leonardo Delgado Barra do Corda 2016
  • 3. ROMÁRIO MILHOMEM DA CRUZ A IMPORTÂNCIA DA INTERDISCIPLINARIDADE NA PROPOSTA PEDAGÓGICA E INTERVENÇÃO DIDÁTICA DO PROCESSO FORMATIVO E LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA UNIDADE INTEGRADA PROFESSORA ERCÍLIA BENTO Monografia apresentada ao curso de Pedagogia da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Boa Esperança – FAFIBE como requisito para o grau de licenciatura em pedagogia. Orientador (a): Leonardo Delgado Aprovado em _____/______/____ BANCA EXAMINADORA Profº.________________________ Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Boa Esperança – FAFIBE Nome e sobrenome Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Boa Esperança – FAFIBE Nome e sobrenome Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Boa Esperança
  • 4. CRUZ, Romário Milhomem A importância da interdisciplinaridade na proposta pedagógica e intervenção didática do processo formativo e letramento na educação de jovens e adultos na Unidade Integrada Professora Ercília Bento. f. 38. Monografia (licenciatura em Pedagogia) - Curso de Pedagogia, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Boa Esperança - FAFIBE, 2016. 1. A importância da alfabetização e do letramento no mundo globalizado 2. A importância do professor na sistematização da intervenção didática no EJA 3. Avanços metodológicos da pesquisa. I Título
  • 5. AGRADECIMENTOS A Deus por todas as graças e oportunidades a mim concedidas, todos os dias, em todos os momentos de minha vida e na vida de meus familiares. Aos meus pais Antônio Ramos e Aldeniza Cruz, aos meus irmãos Antônio Marcos e Marta Laura, ao grande amor da minha vida Maria Ivoneide Duarte, a minha cunhada Maria Ivanice, aos meus amigos João Pedro e Leonardo pelo apoio constante e colaboração em minha jornada acadêmica. A todos os mestres e professores que com paciência, companheirismo e compreensão incentivaram as minhas constantes vitórias acadêmicas. A turma pela acolhida e amizade construídas em uma estrada de parcerias e trabalho em equipe durante essa batalha coletiva. E a todas as pessoas que tiveram a sua parcela de contribuição para a construção deste trabalho.
  • 6. “A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita.” (Mahatma Gandhi)
  • 7. RESUMO Este trabalho objetivou a abordagem dos aspectos importantes sobre as intervenções didáticas promovendo a interdisciplinaridade promovida pelos professores da Educação de Jovens e Adultos, bem como temas presentes nos debates e discursos sobre o processo de ensino e letramento, apresentando as diversidades conceituais dos mesmo com o avançar dos anos. Outro aspecto a ser discutido trata-se da Educação de Jovens e Adultos, por vezes seriamente atacada pela sociedade, porém não reduzindo a importância por oportunizar um espaço de formação de indivíduos a qual não tiveram acesso ou se afastaram do ensino regular por diversos motivos, tendo destaque os desejos e obstáculos dos mesmo no processo de aprendizagem das habilidades de leitura e escrita. Este trabalho baseou-se em estudos bibliográficos e em pesquisa de campo, com a metodologia de estudo de caso, com análise qualitativa e acompanhamento das atividades dos professores da Unidade Integrada Professora Ercília Bento. Palavras-chave: Intervenção didática, Ensino Aprendizagem, Educação de Jovens e Adultos.
  • 8. ABSTRACT This study aimed to important aspects approach to the educational interventions promoting interdisciplinarity promoted by the teachers of the Youth and Adult Education, as well as the themes in the debates and speeches on the process of education and literacy, with the conceptual diversity of the same with advancing the years. Another aspect to be discussed it is the Youth and Adult Education, sometimes seriously attacked by society, but not reducing the importance of providing opportunities for one individual training space which had no access to or departed from the regular school for various reasons, having highlighted the desires and the same obstacles in the learning process of reading and writing skills. This work was based on bibliographic studies and field research, with the case study methodology with a qualitative analysis and monitoring of the activities of the teachers of the Integrated Unit Professor Ercília Bento. Keywords: Didactic Intervention, Learning Education, Youth and Adult Education.
  • 9. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO......................................................................................................6 2 A IMPORTÂNCIA DA ALFABETIZAÇÃO E DO LETRAMENTO NO MUNDO GLOBALIZADO...........................................................................................................8 2.1 Alfabetização na concepção do letramento...................................................... 10 2.2 Pontos Importantes acerca da Educação de Jovens e Adultos..................... 13 2.3 Alfabetização e letramento para os alunos da Educação de Jovens e Adultos ...... 14 3 A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR NA SISTEMATIZAÇÃO DA INTERVENÇÃO DIDÁTICA NO EJA....................................................................................................17 3.1 A Prática pedagógica de seleção e organização de conteúdos..................... 19 3.2 As contribuições dos Paramentos Curriculares Nacionais ............................. 22 4 AVANÇOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA ................................................24 4.1 Caracterização do ambiente de pesquisa ........................................................ 25 4.2 Teorizando a Prática........................................................................................... 25 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................... 30 REFERÊNCIAS.........................................................................................................32 APÊNDICES..............................................................................................................35
  • 10. 6 1 INTRODUÇÃO A proposta do tema surgiu mediante a realização de um trabalho acadêmico de diagnóstico e intervenção na rede pública de ensino direcionada a Educação de Jovens e Adultos, o mesmo levantou a discussão de temas ligados à alfabetização e letramento, proporcionando uma interdisciplinaridade aos beneficiários da modalidade de ensino. Esse foi o ponto de partida que fomentou o interesse de adentrar-se ao conteúdo e ao acesso de informações sobre o tema proposto, percebendo-se a existência de questões sobre a aplicação prática na docência dos profissionais inseridos nesta modalidade de ensino. A importância desse estudo para a sociedade parte da percepção das atividades docentes, sobre a maneira de alfabetizar e letrar, muitas vezes aplicadas de modo errôneo, podando as possibilidades do fortalecimento das ações que tem como objetivo principal o favorecimento do avanço intelectual dos alunos, reconhecendo os conhecimentos preliminares que fomentam uma educação integral e multidisciplinar. Com essa visão, este trabalho tem por objetivos uma análise acerca das intervenções didáticas dos professores, compreendendo o método utilizado pelos mesmos nas práticas de alfabetização, letramento e a construção da consciência multidisciplinar em suas atividades. O trabalho associa três capítulos. Iniciando com a contextualização da concepção de alfabetização e letramento no meio do ensino da Educação de Jovens e Adultos, evidenciando a relevância desses procedimentos de ensino na inclusão de indivíduos na sociedade letrada. Também interpela-se características importantes da Educação de Jovens e Adultos – EJA, apurando a composição dessa modalidade de ensino expondo o valor da alfabetização e letramento no cenário atual de um mundo globalizado. Esta etapa do trabalho amparou o embasamento teórico no processo de pesquisa, proporcionando uma visão mais aprofundada do entendimento dos professores acerca do tema e sua perspectiva diante da aplicação dentro da escola.
  • 11. 7 No segundo capitulo abre uma discursão sobre questões inerentes ao papel do educador na escola e no gerenciamento da intervenção didática, ressaltando a relevância da escolha dos conteúdos no momento que se aplica a prática pedagógica e o subsidio dos Paramentos Curriculares Nacionais para direcionar as ações dos educadores. Primeiramente, indaga-se que para se efetuar uma intervenção didática, requeresse que os educadores de uma instituição coordenem o propósito da docência, garantindo a eficiência e a eficácia das atividades. Sabe-se que as práticas da docência só permanecem se ocorrer o planejamento das mesmas. Por fim, na terceira parte deste trabalho, a observação dos dados coletados através da pesquisa e os resultados encontrados. A atividade em campo realizou-se na Unidade Integrada Professora Ercília Bento, da rede municipal de educação de Porto Franco, estado do Maranhão, tendo como amostra os educadores que trabalham com a Educação de Jovens e Adultos – EJA. A análise sucedeu-se por meio da sistematização das informações obtidas e fundamentadas no referencial teórico. Os resultados do trabalho reafirmaram que os profissionais da educação demandam uma reflexão urgente acerca do seu papel pedagógico, conforme os dados, a carência de um envolvimento pleno quanto a sua própria área de formação, atualizando-se acerca dos temas relevantes para somar a teoria e práticas de suas atividades pedagógicas. O estudo favoreceu um maior entendimento sobre o tema, fomentando outras reflexões e pode ser utilizado como referência a outros estudos relacionados as questões abordadas sobre a temática.
  • 12. 8 2 A IMPORTÂNCIA DA ALFABETIZAÇÃO E DO LETRAMENTO NO MUNDO GLOBALIZADO Comunicação é uma necessidade primordial para a vida em sociedade, sendo essencial para a sobrevivência e inserção no meio. Todos os cenários da sociedade localizam-se em agrupamentos culturais, e automaticamente as pessoas estão cercadas de um universo letrado, incluindo aqueles que não dominam o código escrito, mais são atingidos pela inevitável comunicação para sobreviver e socializar- se. Porém, por mais que a escrita e sua aplicação nos diversos cenários da sociedade seja pré-requisito de inserção e interação constante, a circunstância onde o indivíduo não a domina, e também a utilização correta da linguagem, se tonou motivo de exclusão para os que não detém tais competências. Convoca-se então uma reflexão acerca da relevância de saber ler e escrever, podendo-se atribuir a capacidade de assimilar conteúdos interdisciplinares através da interpretação e construção do conhecimento, tanto no âmbito social como educacional, sendo crédito do estar alfabetizado e letrado. A história mostra que inicialmente o domínio das competências da leitura e escrita não eram estimados pelos indivíduos, onde se estabeleceu uma comunicação fortemente oral, dispensando habilidade de ler e escrever na troca de pensamentos ou opiniões, tão pouco um conhecimento interdisciplinar das ciências comuns. Segundo Corti e Vóvio: Durante um longo período da história brasileira, a palavra escrita não estava tão presente no dia a dia da grande maioria das pessoas. Elas construíam suas vidas, trabalhavam, participavam de partidos políticos, aprendiam, ensinavam os filhos, se comunicavam e trocavam informações de outras maneiras. Para muitas dessas pessoas, os conhecimentos e as informações, assim como as competências ligadas ao trabalho, eram aprendidas através da comunicação oral e do contato prático com as atividades produtivas, ou
  • 13. 9 seja, na sociedade brasileira do passado, a oralidade era central. (CORTI e VÓVIO, 2007, p.17). Atualmente as necessidades se modificaram, os registros de informações passaram a fazer parte das relações sociais, documentar tonou-se algo presente em todos os tipos de atividades. Porém, a leitura e a escrita não são suficientes para definir o indivíduo como perfeitamente alfabetizado e dominador das competências referentes ao código e assuntos interdisciplinares, utilizando todos os recursos da linguagem oral e escrita, acumulando um conhecimento amplo sobre uma compreensão de mundo. Não dominar a leitura e a escrita tem se tornado atualmente uma realidade presente na vida dos jovens e adultos, implicando diversas discursões que vão das atividades comuns do dia a dia até habilidades mais complexas. Nesta conjuntura, a entrada no universo da leitura e escrita atrelando-se aos seus domínios, surge um instrumento de diferencial social entre os alfabetizados e letrados e os que ficam à margem do conhecimento. Em outro cenário social, encontram-se os indivíduos que sabem ler e escrever, utilizando esses recursos no seu dia a dia, porém não de maneira adequada. Neste contexto, Ribeiro (2001) diz que, analfabeto funcional atribuísse à condição das pessoas que tem um nível rudimentar de conhecimento da linguagem escrita não suficiente para enfrentar as exigências impostas por seu contexto de vivencia. Caracterizando a relevância de ser alfabetizado e letrado, além de ser inserido em um universo interdisciplinar no intuito de ampliar a visão de mundo e de corrigir as necessidades provocadas pela falta de escolarização, proporcionando um caminho que impediu estes de estudarem. Destaca-se que algumas alternativas só serão possíveis atualmente quando os indivíduos estiverem capacitados e qualificados, destacando a permanência no emprego, melhores níveis de salários, autonomia, desenvolvimento de novas habilidades e novas possibilidades de vida.
  • 14. 10 Assim, o papel social da alfabetização e letramento possibilita que o sujeito se insira e se torne ativo na sociedade contemporânea, cooperando não somente com sua formação mais com uma formação coletiva. 2.1 Alfabetização na concepção do letramento A educação é constituída por vários níveis, e um dos níveis fundamental trata- se da alfabetização, uma etapa a qual se presume que todos os indivíduos teriam que vivenciar para adentrar-se no universo da leitura e escrita. Porém, visualiza-se uma desorganização no momento de se conceituar a alfabetização e o letramento. Diversas vezes esses objetos foram distorcidos, confundindo-se os seus significados. Compreendendo melhor a concepção sobre essas duas questões, alfabetização e letramento, se faz necessário determinar suas peculiaridades com o objeto de entendimento destes dois procedimentos que ao mesmo tempo se distinguem e se relacionam. Usualmente, se espera que a alfabetização trate apenas de um processo mecanizado de aprendizado de leitura e escrita. Obviamente isso não foge do fato que o processo de alfabetização zele pela obtenção do código escrito e sua aplicação nas atividades de leitura, escrita e compreensão de mundo. Nesta concepção, Soares esclarece a alfabetização. [...] como o processo de aquisição da “tecnologia da escrita”, isto é, do conjunto de técnicas – procedimentos, habilidades – necessárias para a prática da leitura e da escrita: as habilidades de codificação de fonemas em grafemas e de decodificação de grafemas em fonemas, isto é, o domínio do sistema de escrita (alfabético ortográfico); [...] Em síntese: alfabetização é o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades de
  • 15. 11 utilizá-lo para ler e escrever, ou seja, o domínio da tecnologia – do conjunto de técnicas – para exercer a arte e ciência da escrita. (SOARES,2003, p.91) O controle da escrita incluído na concepção de outrora, envolvendo habilidades em produção escrita, é necessário para a compreensão da natureza da ação de alfabetização, diferenciando-se da ótica minimalista que muitos educadores têm sobre a educação. Acentua-se que se deve agir com certa cautela para não minimizar e nem maximizar a definição de alfabetização, cometendo os mesmos equívocos que foram abordados. Para associar a relevância da alfabetização na concepção do letramento, compete antecipadamente se conceituar o letramento: [...] exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita denomina-se letramento, que implica habilidades várias, tais como: capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos – para informar ou informar-se, para interagir com outros, para imergir no imaginário, no estético, para ampliar conhecimentos, para seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se, para apoio à memória, para catarse...; Habilidades de interpretar e produzir diferentes tipos e gêneros de textos; habilidades de orientar-se pelos protocolos de leitura que marcam o texto ou de lançar mão desses protocolos, ao escrever; atitudes de inserção efetiva no mundo da escrita, tendo interesse e prazer em ler e escrever, sabendo utilizar a escrita para encontrar ou fornecer informações e conhecimentos, escrevendo ou lendo de forma diferenciada, segundo as circunstâncias, os objetivos, o interlocutor. (SOARES, 2003, p. 91-92) Na definição está atrelado o letramento como base principal a aplicação na escrita eficiente, como instrumento vital em todas as atividades sociais. Observou-se que para a autora, a pessoa letrada é dependente inercialmente da obtenção da escrita, ou seja, alfabetizado. Analisando o letramento na concepção relacionada com o dia a dia, Marcuschi reforça com o seguinte aporte:
  • 16. 12 O letramento, por sua vez, envolve as mais diversas práticas da escrita (nas suas variadas formas) na sociedade e pode ir desde uma apropriação mínima da escrita, tal como o indivíduo que é analfabeto, mas letrado na medida em que identifica o valor do dinheiro, identifica o ônibus que deve tomar, consegue fazer cálculos complexos, sabe distinguir as mercadorias pelas marcas etc., mas não escreve cartas nem lê jornal regularmente, até uma apropriação profunda, como no caso de indivíduos que desenvolve tratados de Filosofia e Matemática ou escreve romances. Letrado é o indivíduo que participa de forma significativa de eventos de letramento e não apenas aquele que faz o uso formal da escrita. (MARCUSCHI,2008, p. 25). O autor explica que o letramento num cenário amplo, compreendo-o como um procedimento que acontece independente do sujeito está ou não alfabetizado. Anterior a aquisição das habilidades linguística escrita, o sujeito pode ser atingido por um contato com objetos escritos, criando uma primeira intimidade com o código ortográfico. Após a diferenciação dos dois conceitos, aborda-se questões da alfabetização na concepção do letramento. Conforme Soares: Alfabetização e letramento são, pois, processos distintos, de natureza essencialmente diferente; entretanto, são interdependentes e mesmo indissociáveis. A alfabetização – a aquisição da tecnologia da escrita – não precede nem é pré-requisito para o letramento, isto é, para a participação em práticas sociais de escrita, tanto assim que analfabetos podem ter um certo nível de letramento: não tendo adquirido a tecnologia da escrita, utilizam-se de quem a tem para fazer uso da leitura e de escrita; além disso, na concepção psicogenética de alfabetização que vigora atualmente, a tecnologia da escrita é aprendida não como em concepções anteriores, com textos construídos artificialmente para a aquisição das “técnicas” de leitura e de escrita, mas através de atividades de letramento, isto é, de leitura e produção de textos reais, de práticas sociais de leitura e de escrita.(SOARES,2003, p.92) Observou-se que trata-se de fenômenos distintos, mais se processam de maneira simultânea, devido a características que ao se integrar, contribuem tanto na obtenção do domínio da linguagem escrita como da habilidade que o sujeito tem para ler o mundo com ferramentas interdisciplinares, por meio do avanço de habilidades relacionadas a subjetividade e a capacidade de reflexão, criticidade e construção. A
  • 17. 13 dificuldade é que o letramento é desvirtuado ao passo que se confunde com o procedimento de alfabetização. Conforme Viegas: É importante destacar que letramento não é um método. A discussão do letramento surge sempre envolvida no conceito de alfabetização, o que tem levado a uma inadequada e imprópria síntese dos dois conceitos, com prevalência do conceito de letramento sobre o de alfabetização. Não podemos separar os dois processos, pois, a princípio, o estudo do aluno no universo da escrita se dá ao mesmo tempo por meio desses dois processos: a alfabetização, e pelo desenvolvimento de habilidades da leitura e da escrita, o letramento. (VIEGAS,2007, p. 2) A ausência de um senso ou compreensão entre o universo do letramento e da alfabetização é um dos grandes obstáculos encontrados no caminho dos professores e da escola, de maneira que a conscientização sobre o valor dessas duas etapas carece de uma reflexão e reformulação nas suas interpelações. 2.2 Pontos Importantes acerca da Educação de Jovens e Adultos Por vários anos, os ingressos na modalidade de Educação para Jovens e Adultos – EJA, foram tidas como uma etapa escolar, sendo analisada com uma ótica de alunos evadidos, reprovados, defasados, com problemas de frequência, de aprendizagem, entre outros (SOARES, 2010). Essa ótica se deu devido a uma conjuntura de padrões e de estereótipos construídos pela sociedade que dificultam a compreensão sobre os jovens e adultos que estão ingressos nessa modalidade de ensino, respeitando suas peculiaridades, que segundo Dayrell (2005), pode ocorrer uma análise negativa. Formam-se as turmas da modalidade ensino em Educação de Jovens e Adultos com pessoas regressas a escola ou de chegada tardia, conforme a diretrizes oficiais
  • 18. 14 de ensino, carregando um sentimento de inferioridade por um histórico de insucesso educacional socialmente almejado, expondo dificuldades iguais em se tratando da obtenção de conhecimentos, transportando em si uma filosofia de incapacidade e incompetência perante o processo de aprendizagem. É comum a repetição de testemunhos de negação de direitos advindo dos jovens e adultos, envolvendo aspectos como raça, gênero, classe social e outros. Aspecto que leva a considerar necessário apropriar-se da Educação de Jovens e Adultos como uma política assertiva, como um dever do estado e conjunto com a sociedade e a pedagogia (ARROYO, 2006). Razões como essa traz a relevância em identificar o perfil desse público, o que torna necessário o conhecimento da vida, trajetória, obstáculos e motivos que os afastam do ensino regular, EJA e outras modalidades de ensino. Compreendendo que os alunos da Educação de jovens e adultos são detentores de experiências diversas, se faz necessário que o educador tenha uma formação especifica para a sua atuação pedagógica (SOARES, 2009), conhecendo bem o perfil dos alunos com quem irá interagir. Assim, observa-se que o perfil do aluno da Educação de Jovens e Adultos vem sendo um dos principais aspectos de debates, já que para se conhecer a esse perfil é necessário compreender o ambiente no qual o mesmo está inserido. 2.3 Alfabetização e letramento para os alunos da Educação de Jovens e Adultos Frequentemente o público da Educação de Jovens e Adultos – EJA, é composta por trabalhadores que necessitam suprir necessidades básicas à sobrevivência, de origem humilde e inseridos nas classes mais baixas da sociedade,
  • 19. 15 usufruindo de um mínimo ou nada de oportunidades de aprendizagem escolar, criando barreiras a possibilidades de acessão social. Assim, a educação para esse público deve ser planejada de uma maneira diferente da tradicional, aproximando os conteúdos a propostas metodológicas que favoreçam o processo de aprendizagem, já que esses alunos são cicatrizados por experiências de conhecimentos ainda não sistematizados. O aluno não alfabetizado é um sujeito letrado, que não detém instrução formal. Isso só é possível graças a um convívio com a sociedade, que propõem a compreensão dos objetos ao seu entorno. Porém isso não é suficiente para transformá-lo em um indivíduo capacitado a vivenciar uma cultura interdisciplinar plena, baseada na escrita e na interação com o mundo globalizado. Um dos motivos que levam o retorno do aluno a escola é a aquisição de conhecimento para se tornar competitivos no mercado de trabalho, valorizados perante a sociedade, exercendo a sua cidadania e ampliando a sua vivencia social, visando sempre a aquisição de novos conhecimentos (interdisciplinaridade) e uma formação sólida, capaz de igualar os sujeitos em condições mais favoráveis. Esses indivíduos passaram a observar o mundo, e visualizaram um distanciamento das informações importantes do seu dia a dia. Além de que novos conhecimentos fomentam o desenvolvimento de potenciais habilidades que motivam uma trajetória escolar. Conforme Rego: O desenvolvimento está intimamente relacionado ao contexto sócio cultural em que a pessoa se insere e se processa de forma dinâmica (e dialética) através de rupturas e desequilíbrios provocadores de contínuas reorganizações por parte do indivíduo. (REGO,2000, p. 59) Com isso, a escola deve ser um espaço que proporcione inquietudes e reflexões positivas a um ciclo de ideias interligadas com os conhecimentos diversos, promovendo uma leitura do mundo e ampliação da cultura, da intelectualidade e do
  • 20. 16 desenvolvimento pessoal do indivíduo. Com tudo, é de grande relevância a contextualização da realidade do aluno provocando o aumento do rendimento escolar e a redução da evasão que estão presentes na modalidade de Educação de Jovens e Adultos. Vários fatores auxiliam no fracasso e evasão identificada na Educação de Jovens e Adultos, a quais Soares (2010) cita: cansaço devido a jornada de trabalho, problemas familiares, questões de ordem financeiras e emocionais, desinteresse tanto dos alunos quanto dos professores, aulas no horário em que muitas vezes seria para o descanso e o lazer, entre outros. Relacionado aos educadores, que em muitos casos não tem a formação necessária, são ausentes de flexibilidade em seus planejamentos, não aproveitam o conhecimento prévio do educando, que se aproveitados daria um ar mais rico ao ambiente de aprendizagem. É de se pesar que a metodologia dessa modalidade muitas vezes é negligenciada pelos formadores de professores, tratando as vezes como uma adequação de conteúdos da educação básica, práticas que geram um sentimento de exclusão, como se a escola não estivesse interessada neste público, por isso a Educação de Jovens e Adultos requer um currículo próprio, que reconheça sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Deve se estabelecer uma relação de parceria entre professor e aluno, estabelecendo um espaço para o diálogo e fomentar uma nova visão do mundo e da realidade a qual estar inserido. Segundo Freire (2006, p. 68), “[...] o trabalho de alfabetização, na medida em que possibilita uma leitura crítica da realidade, se constitui como importante instrumento de resgate da cidadania [...].” Inovação é uma proposta, acrescentando as práticas tradicionais de aprendizagem o exercício do pensar, conhecendo aspectos interdisciplinar presentes dentro e fora dos muros da escola. Segundo Viegas (2007, p.4) “O ensino da leitura e da escrita deve ser entendido como prática de um sujeito agindo sobre o mundo para transformá-lo e, para, através da sua ação, afirmar a sua liberdade e fugir à alienação.”
  • 21. 17 3 A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR NA SISTEMATIZAÇÃO DA INTERVENÇÃO DIDÁTICA NO EJA O processo de planejamento de uma intervenção didática tem uma grande relevância para sua implantação, o educador deve elaborar um plano de acordo com o objetivo do trabalho. Segundo Soares (2010) é necessário a definição de três pontos; o que quero ensinar, como cada aluno aprende e como será feito o acompanhamento e avaliação dos alunos, principalmente quando se trata de uma turma tão heterogênea como a de EJA. Surgindo aqui um dos grandes obstáculos da organização e do planejamento dessa ação, o estabelecimento do cronograma com o tempo necessário para a execução das atividades e dos temas específicos e interdisciplinares. Deve se incluir em primeiro momento as habilidades e competências, conceitos e noções, conteúdos e metas que darão base ao processo de construir o projeto de intervenção. Posteriormente se pensa nas ações que surgem a partir da compreensão de como os alunos aprendem. Os conteúdos, os objetivos, os recursos didáticos, tudo tem que ser pensado quando se organiza uma intervenção didática e aplicado para que o aluno se torne agente ativo da construção do seu conhecimento. (ZABALA, 1998). O que o autor propõe trata-se de uma reflexão que tem como atenção especial o indivíduo, onde a aprendizagem seja democratizada e com acesso disponível a todos, com uma formação integral. O levantamento prévio dos conhecimentos dos educandos auxilia na organização e no planejamento do projeto, garantindo intervenções que superem os problemas e os desafios em atividades diversificadas e multidisciplinares como jogos, diferentes linguagem e gêneros de textos, reflexão e analise. Paulatinamente ampliando o grau de complexidade das ações e aprofundamento dos temas propostos, construindo conhecimentos cada vez mais sólidos.
  • 22. 18 Segundo Libâneo; Em síntese, podemos dizer que, talvez, uma das qualidades mais importantes do professor seja a de saber lançar pontes (ligações) entre as tarefas escolares e as condições prévias dos alunos para enfrentá-las, pois é daí que surgem as forças impulsoras da aprendizagem. O envolvimento do aluno no estudo ativo depende de que o ensino seja organizado de tal forma que as “dificuldades” (na forma de perguntas, problemas, tarefas, etc.) tornem-se problemas subjetivos na mente do aluno, provoquem nele uma “tensão” e vontade de superá-las. (LIBÂNEO,1994, p. 95) Se convém observar que a relevante relação de professor e aluno é capaz de atribuir significado e despertar a curiosidade do aluno pela aquisição de conhecimentos, atividades e conteúdo. Ao passo que o professor compreende e aprofunda seu conhecimento nos objetivos do trabalho, terá a competência de galgar uma escada enriquecedora de conhecimento. O projeto que tem como meta a consideração do modo de aprendizagem do aluno, supre a necessidade inserida na intervenção. Uma compreensão assertiva dos processos de aprendizado considera os parâmetros psicopedagógicos do sujeito, compreendendo o modo de como se origina o conhecimento, tornando-o algo possível e acessível. Na visão construtiva, a aprendizagem se constitui com a maximização da integração entre os conhecimentos prévios e os conhecimentos interdisciplinares, onde a união desses dá espaço a um pensamento cada vez mais complexo. Becker diz que: [...] a ideia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do Indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia. (BECKER,1992, p. 88)
  • 23. 19 Presume-se que nosso sistema cognitivo é uma teia de conhecimentos interligados que se constrói e se reconstrói a cada informação nova. Com esta visão a aprendizagem é sinônimo de uma cadeia de processos que utilizam a nova informação adaptando e modificando-a conforme a necessidade e seu conhecimento anterior. O construtivismo dá aos professores e aos alunos os papeis principais nesse contexto, pois o aluno é o sujeito construtor do conhecimento, e do outro lado temos o professor como intermediador de um ambiente favorável a esse processo, através da seleção e exposição dos conteúdos e aplicando conforme o jeito próprio que o aluno tem de aprender. O professor é o personagem responsável pela motivação e estimulo do aluno, mostrando que ele é capaz de mobilizar e agregar novos conhecimentos. Dentro desse contexto, Zabala (1998, p. 38) afirma que “(...) a situação de ensino e aprendizagem também pode ser considerada como um processo dirigido a superar desafios, desafios que possam ser enfrentados e que façam avançar um pouco mais além do ponto de partida.” Com essa visão, o processo de intervenção didática irá auxiliar o processo de construção do conhecimento amplo e multidisciplinar, pois é a visão do aluno em relação a escola que orienta e influencia diretamente o seu processo de aprendizagem. 3.1 A Prática pedagógica de seleção e organização de conteúdos Esclarecer o que se deve aprender na escola não é algo fácil de se tratar, cautela é algo preciso, tendo a percepção de que os conteúdos devem ser interdisciplinares, envolvendo grande variabilidade de técnicas, competências,
  • 24. 20 atitudes e conceitos. Decisões essas que darão resposta as questões essenciais que atravessam a educação. É imprescindível estabelecer aos alunos que conteúdos tem relevância no aprendizado, e que tipo de conhecimento é necessário para se alcançar o futuro almejado. Não quer dizer que se formará uma linha de montagem com alunos padrões, mais facilitará a organização e planejamento do projeto, formando cidadãos que atendam a demanda pessoal e social. O fracionamento dos conteúdos conforme uma classificação de tipos, proporciona a precisão as metas educativas de cada área, assim ficará mais facilitada o entendimento sobre as semelhanças existentes em cada disciplina aprendida e ensinada. Zabala (1998), alerta para o fato de que essa divisão é uma construção intelectual, utilizada para facilitar a compreensão dos processos cognitivos, pois a aprendizagem ocorre de forma integral e os conteúdos estão sempre interligados. Segundo Soares (2010), os conceitos são um conjunto de fatos, objetos ou símbolos agrupados por características comuns. Analisando os conceitos podemos ver que seu princípio só será bem assimilado quando se há a capacidade de utiliza-lo em qualquer situação, podendo os conceitos fazerem parte de uma aprendizagem que não se finaliza, que tem a capacidade de estar agregando novos valores e significados possibilitando a ampliação constante. Conteúdos que requerem um saber fazer são conferidos na prática, a esse chamamos de conteúdos procedimentais, um grupo de atividades que tem um objetivo prático, como; calcular, traduzir, desenhar, ler, recortar, etc, conteúdos práticos com ações diferentes caracterizando um ensino especifico em cada competência. A consciência que o aluno tem de seu papel é de grande importância para sua atitude e reflexão. Os conteúdos atitudinais são classificados conforme os valores, atitudes e normas, a qual se tem como exemplo a cooperação, solidariedade, trabalho em equipe, respeito e ética (SOARES, 2010). É com esse tipo de conteúdo que as relações afetivas e a convivência são reforçados, portanto, tem grande efeito na Educação de Jovens e Adultos.
  • 25. 21 Ao se tratar da organização dos conteúdos, três métodos merecem destaque: propostas disciplinares, os métodos globalizados e o enfoque globalizado. Quanto mais integrados estiverem os conteúdos, mais fácil será o entendimento dos alunos, garantindo uma aprendizagem mais valiosa aos mesmos. Anteriormente a organização dos conteúdos se davam em uma perspectiva tradicionalista, onde cada disciplina era isolada em seu universo, não ocorrendo a inter-relação entre seus conteúdos, ainda comum nas redes públicas de ensino, o que não gera um resultado sólido, mais sim um conhecimento baseado na superficialidade. Foram realizadas novas propostas de metodologias de aprendizado, relacionando os conteúdos em sua organização promovendo uma compreensão ampla das ciências, dando origem a relação das disciplinas em três níveis: multidisciplinaridade, onde os conteúdos se dão independentes mais de maneira simultânea somando-se uma a outra em sua organização; interdisciplinaridade, onde se estabelece a comunicação entre as matérias sem que se presa suas características; e transdisciplinariedade, é o topo da relações entre as matérias, uma integração global e totalizador. O desenvolvimento das metodologias de organização de conteúdos facilitou a associação entre os conteúdos de maneira mais eficiente, potencializando o processo de aprendizagem. A metodologia globalizadora tem como objetivo a formação de cidadãos pensantes e interativos com o meio, solidários a vida e capazes de “aprender a aprender” atuando no seu ambiente. Esta metodologia de organização de conteúdos está focalizada em uma perspectiva direcionada a integração dos conteúdos com a realidade em que a Educação de Jovens e Adultos está inserida. Esse novo enfoque trás o aluno como o protagonista da sua história, tendo a aprendizagem três princípios como pontos de origem para que a ação do professor seja mais edificante: situação próxima à realidade, conteúdo interessante para o aluno
  • 26. 22 e elaboração de situações que estimulem a busca por respostas. Trabalhando esse novo enfoque o professor tem que ter a compreensão de que os conteúdos estão interligados, sua divisão é realizada somente para a facilitação das estruturas disciplinares. 3.2 As contribuições dos Paramentos Curriculares Nacionais No ano de 1995 deu-se início ao procedimento de produção dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’s, editado em 1997, com os objetivos de originar um conteúdo referencial e auxiliar aos professores na produção de projetos educacionais, planejamento de aula, analise de conteúdos para propostas de atividades educacionais e utilização dos recursos didáticos. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais há a percepção da relevância das ações pedagógicas dos educadores, evidenciando as urgências dos mesmos mediarem a educação com qualidade, reconhecendo que essa educação está atrelada a metodologia utilizada nas ações dos professores focadas na integral formação do educando. Os parâmetros curriculares nacionais são utilizados pelos professores para: [...] auxiliá-lo na execução de seu trabalho, compartilhando seu esforço diário de fazer com que as crianças dominem os conhecimentos de que necessitam para crescerem como cidadãos plenamente reconhecidos e conscientes de seu papel em nossa sociedade. (PCN,1997, p. 4) Os PCN’s são um referencial que foi produzido como proposta de auxiliar o trabalho dos professores, norteando e fomentando os debates e pesquisas ligados a educação. Se tornando necessário até aos professores que estão inseridos em um
  • 27. 23 ambiente de difícil atualização, pois a meta principal é a educação de qualidade para todos. Ao tratar sobre as práticas educativas, o PCN propõe a reflexão por parte dos professores sobre essas ações direcionando elas aos alunos e sua realidade, orientando uma educação que abraça todos os aspectos de aprendizagem. Se observa que não se argumenta apenas a organização dos conteúdos mais busca-se uma proposta contribuinte a formação de indivíduos autônomos, formadores de opiniões, compreendendo seus direitos e deveres, visando membros atuantes da sociedade, participativos e promotores da transformação social. O PCN não deve ser visto apenas como um manual mais sim como um instrumento de suporte educacional na construção de planos e ações que construa um conhecimento sólido a respeito de temas de relevância, e a reflexão permanente sobre a práticas pedagógicas dos educadores, adaptando aos aspectos de ordem política, econômica, ambiental e social.
  • 28. 24 4 AVANÇOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA Visando alcançar os objetivos deste estudo, é que se definiu o desenvolvimento de uma pesquisa de cunho qualitativo. Metodologia que propõe o contato do pesquisador com o ambiente e a realidade a qual está sendo investigado por intermédio do estudo em campo. A pesquisa qualitativa em educação, segundo Bogdan e Biklem, (apud LUDKE E ANDRÉ, 1986), apresenta cinco características básicas: 1. A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal instrumento; 2. Os dados coletados são predominantemente descritivos; 3. A preocupação com o processo é maior que com o produto; 4. O “significado” que as pessoas dão às coisas e à sua vida são focos de atenção especial do pesquisador; 5. A análise dos dados tende a seguir um processo indutivo. O ambiente selecionado para a realização da pesquisa foi a Unidade Integrada Professora Ercília Bento, da rede pública e municipal de ensino, situada na Vila Nova na cidade de Porto Franco, estado do Maranhão. Os indivíduos da pesquisa foram os professores inseridos na Educação de Jovens e Adultos. A pesquisa teve duração de quarenta e cinco dias entre os meses de Outubro e Novembro do ano de 2015, através de visitas periódicas. Com os objetivos de coletar dados necessários ao estudo, utilizou-se a observação e a entrevista, registro das informações levantadas por intermédio de um diário de campo e os depoimentos dos professores. O procedimento de transcrição de todos os dados obtidos foi classificado de acordo com as categorias estabelecidas por conceitos. Assim, a produção dessa pesquisa objetivou apresentar parte da experiência adquirida pelo processo de observação e a relação com a teoria que aborda a temática e as conclusões sobre a mesma.
  • 29. 25 4.1 Caracterização do ambiente de pesquisa A escola recebeu esse nome em homenagem a professora ERCÍLIA BENTO PEREIRA, nascida em 15 de julho de 1921, na localidade Nazaré, Município de Porto Franco - MA. Filha de Luiz Bento Pereira de Maria Ferreira Lima. Casou-se civilmente ainda muito jovem com o Sr. Argemiro de Farias Pimentel, em 08 de dezembro de 1942, com o qual não conviveu. Mais tarde, teve como segundo esposo, o Sr. Euclides Franco e, com nenhum dos dois maridos, conseguiu ter filhos. Cursou o primeiro grau menor na Escola Batista Minilandro no período de 1934 a 1938. Muito cedo exerceu o cargo de professora da rede municipal de ensino em algumas fazendas deste município, tais como: Domingos, Grota Chata e Boa Esperança. Foi incansável profissional no exercício de suas funções de magistério e notabilizou-se pela sua austeridade e dedicação. Seu árduo trabalho foi grandemente benéfico para a comunidade portofranquina, aonde chegou a lecionar no Grupo Escolar “Clarindo Santiago”, na Escola Bento Neves e na Escola Artur Milhomem, educando jovens e crianças, sendo por todos tratada com respeito e admiração. Era uma eterna apaixonada pela profissão e ao construir a Escola da Vila Nova, o Prefeito Deoclides Antônio Santos Neto deu a mesma, como forma de reconhecimento e gratidão pelo muito que a grande educadora fez por sua terra natal, o nome de Escola Professora Ercília Bento. (Fonte: Pesquisa de campo realizada pela professora Eva Marinho Rodrigues, em 09/05/1995). 4.2 Teorizando a Prática A observação dos dados se deu por meio da sistematização dos resultados sustentado no referencial teórico, utilizando a entrevista como principal instrumento de pesquisa. Inicialmente buscou-se a compreensão da perspectiva do professor sobre o ato de educar, onde pode se observar a seguinte frequência de respostas:
  • 30. 26 a. Alfabetização trata-se de um sistema de ensino de escrita e leitura; b. Educar os alunos através do alfabeto; c. Proporcionar aos alunos um espaço favorável a humanização, e uma leitura ampla do mundo através da inter-relação de conteúdos e práticas educativas. Observa-se que o padrão frequente de concepção sobre a alfabetização é o conceito reducionista e mecânico da educação observada por Paulo Freire (1983), visão essa que foge totalmente da proposta de desenvolvimento das habilidades do sujeito com a escrita e leitura contextualizando com a sua realidade e utilizando elementos familiares ao educando. Quando a questão se refere ao ato de letrar o padrão de resposta apresenta uma confusão da maioria dos professores que denotam um conceito tradicionalista de codificação de decodificação de sinais. a. Letrar significa amplificar a visão do mundo, através dos conhecimentos de sua cultura. b. Conscientizar indivíduos da estrutura do alfabeto e como utiliza-lo. c. Decodificar os sinais, conhecendo-os e identificando-os conforme a linguagem local. Nesta concepção se fomenta ao educando previamente a domínio da escrita o envolvimento de atividades sociais de leitura e escrita com recursos ligados ao contexto em que o aluno está inserido, valorizando sua experiência e conhecimentos adquiridos em sua vida. O terceiro questionamento refere-se a distinção feita pelos professores entre o ato de letrar e de alfabetizar, o que concluiu-se que os mesmos não realizam uma distinção entre os dois conceitos.
  • 31. 27 a. A diferença entre alfabetizar e letrar trata-se da possibilidade do sujeito aprender a ler sem a compreensão do que se está lendo e seu contexto cultural. b. Ensinar o alfabeto e como utiliza-lo c. Trata-se do domínio por inteiro das etapas de alfabetização, com a aquisição da habilidade de leitura, escrita, cálculos e interpretação. É preocupante como se estabeleceu um pensamento distorcido relacionado ao conceito de letramento, sendo algo amplo e favorável por oportunizar a aprendizagem ao sujeito sobre o mundo e sua contextualização. Por seguinte observa-se a compreensão que os professores têm de alfabetização na percepção do letramento. a. Alfabetizar letrando é oferecer ao aluno a oportunidade de adquirir habilidades de leitura e escrita tem como base a cultura. b. Letramento é sinônimo de apropriação do alfabeto c. Compreender o ponto de partida de todas as etapas para visar novos conhecimentos com conquista e produção. Observou-se que os professores não aplicam em suas atividades ações simultâneas de alfabetização e letramento, porém essa prática possibilita o sujeito de vivenciar a leitura e a escrita nos mais variados cenários do seu dia a dia, deixando de lado a prática mecânica e se tornando consciente do conhecimento adquirido. Segundo Soares (2010) Alfabetização e letramento são processos independentes e indissociáveis. Por isso alcançar a alfabetização dos alunos da Educação de Jovens e Adultos seria uma garantia da ampliação da qualidade de ensino aos beneficiários dessa modalidade de ensino. O seguinte questionamento teve como objetivo analisar a compreensão dos professores em relação ao trabalho de intervenção didática, identificando o que significar para os mesmos.
  • 32. 28 a. Intervenção didática é uma proposta direcionada a fomento da aprendizagem conforme a necessidade do sujeito. b. Intervenção que possibilita a interação e a construção do conhecimento. c. Proposta de apoio e suporte que facilita o processo de aprendizagem. Na última análise da entrevista listou-se os desafios vivenciados pelos professores que atuam na Educação de Jovens e Adultos, que detém certa unanimidade no interesse de manter o aluno inserido na modalidade de ensino e a frequência nas aulas. a. O maior desafio que os professores se deparam atualmente na educação de jovens e adultos é o velho hábito da camaradagem citado por Paulo Freire onde tudo se aprende. b. Manter os alunos frequentes e interessados. c. Fazer com que o aluno permaneça na escola reduzindo a evasão e despertar interesses aos mesmo, trabalhando com um planejamento que contemple a realidade do aluno. A evasão está associada a uma diversidade de aspectos que levam ao desinteresse estudantil em frequentar a sala, que está repleta de aulas “chatas e tediosas”, exigindo do professor que atua nesta modalidade de ensino propostas significativas e atraentes, contemplando a realidade dos alunos, para que os mesmos sejam estimulados. A confusão gerada nos conceitos de alfabetização e letramento indicam que a educação atualmente precisa abrir-se a uma reflexão sobre o ato de alfabetizar de maneira que desenvolva questões referentes a importância da aquisição de conhecimento e habilidade de escrita e interpretação dos diversos conteúdos que auxiliam a formação integral do sujeito. No que diz respeito ao trabalho de intervenção didática e os critérios utilizados para selecionar e organizar os conteúdos percebe-se uma grande falha, não há planejamento por parte de algumas professoras, chega ser uma imprudência. Como
  • 33. 29 atingir os objetivos sem planejar? Como garantir eficácia do ensino sem intenções? Dificilmente o professor desenvolverá um bom trabalho sem planejamento, o que não quer dizer que ele tenha que seguir um modelo pronto e acabado, ao contrário, o professor deve refletir didaticamente sobre sua prática, pensar no cotidiano sobre o saber fazer em sala de aula, para não escorregar na mesmice metodológica de utilização dos mesmos recursos e das invariáveis técnicas de ensino. (LEAL,2006, p.4-5, apud SOARES, 2010).
  • 34. 30 CONSIDERAÇÕES FINAIS A educação não é imparcial, por meio das atividades e metodologias observa- se uma visão sobre a relevância atribuída a educação e aos diversos sujeito a qual pretende-se formar. Assim surge de caráter indispensável a reflexão sobre a ação do docente e a importância de sistematizar e organizar os conteúdos e propostas pedagógicas. Porém, visualiza-se com o estudo que o ambiente em que o professor se encontra não dá a devida importância sobre o seu papel no processo de ensino e aprendizagem. Algo negativo, pois a figura do educador é a básica na transformação do ensino por intermédio das práticas inovadoras e coerentes com a realidade dos alunos ao se tratar da Educação de Jovens e Adultos. A intervenção com atitude empreendedora recebe destaque quando se alcança as metas de ensino, por isso que o planejamento trata-se de uma das etapas primordiais nesse processo. Tavares diz que: A intervenção como prática pedagógica somente se constitui como processo de ensino-aprendizagem quando está atrelada a um planejamento com delimitação de objetivos e de práticas pedagógicas contínuas disponíveis à avaliação e à reavaliação possibilitando uma sistematização das práticas de ensino-aprendizagem. Se as ações de intervenção não são planejadas e avaliadas, estas passam a ser ações interventivas fragmentadas e imediatas. Ações que se tornariam processo se fizessem parte de um planejamento com objetivos, conteúdos, métodos e avaliações definidas e inter-relacionadas. Sem uma articulação entre as partes de um planejamento fica bem mais difícil para os professores criarem estratégias que explorem e valorize suas ações interventivas. (TAVARES,2008, p. 56) De certo que esse processo demanda tempo, por isso se tem urgência em se adotar uma atitude inovadora e prática, alternado as propostas, deixar para atrás a concepção de transmissor de conhecimento, e amplificar o contexto desafiador na formação de jovens e adultos multidisciplinares, modificares de um passado de sentimento distorcidos.
  • 35. 31 Com os resultados da pesquisa, concluiu-se que é necessário a existência de uma aproximação do campo educacional com os conceitos abordados de maneira teórica e prática. Percebeu-se que os educadores não compreenderam a sutil diferenciação entre a alfabetização e o letramento, ocorrendo um equívoco nas respostas dadas, se a realidade fosse diferente os professores estariam adequando suas estratégias com esses conceitos. Assim pode-se citar os conceitos de letramento e alfabetização: [...] distingue essas duas concepções enfatizando que alfabetização e letramento são processos distintos, de natureza interdependente e indissociável. A alfabetização não precede, nem é pré-requisito para o letramento, pois pessoas analfabetas, por estarem inseridas no contexto letrado, possuem um nível de letramento, o que pode ser visto como uma consequência da imersão na cultura letrada. A alfabetização faz parte de um contínuo linear, com limites claros. Passa-se de analfabeto a alfabetizado. Já o letramento é um processo contínuo não-linear, multidimensional, ilimitado, sempre em permanente construção. (SOARES,2003, p. 93) Ao se diferenciar os dois conceitos, os professores da Educação de Jovens e Adultos, estarão constantemente motivados a situações novas de aprendizagem, fazendo uso do contexto social e do cotidiano dos alunos, se desprendendo do universo onde se ocorria somente leitura e escrita. Portanto é oportuno afirmar que este estudo acomodou diversas reflexões, recebendo destaque o perfil pretendido. Expôs a diferenciação entre ser professor e educado, de educar e de ensinar. Ser um educador é ter consciência de uma grande responsabilidade com um bem maior, o bem comum, de doar sempre, e observar a realidade atendendo as necessidades dos alunos, sendo flexível e ter amor pelo que faz.
  • 36. 32 REFERÊNCIAS ARROYO, Miguel G. Educação de jovens e adultos: um campo de direitos e de responsabilidade pública. In: SOARES, L; MEC/UNESCO, 2006. BECKER, Fernando. O que é construtivismo? Revista de Educação AEC, Brasília, v. 21, n. 83, p. 7-15, abr./jun. 1992. BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEE, 1997. CORTI, Ana Paula; VÓVIO, Cláudia Lemos. Jovens na alfabetização: além das palavras, decifrar mundos. Brasília: Ministério da educação. Ação educativa, 2007. DAYRELL, Juarez. Múltiplos olhares sobre educação e cultura. Belo Horizonte: UFMG, 2005. FERREIRO, Emília. Com todas as letras. 4. ed. São Paulo: Editora Cortez, 1993. FERREIRO, Emilia; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Tradução: Diana Myrian Lichtenstein, Liana Di Marco, Mário Corso. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985. FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra,1983. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Editora Cortez, 2001. FREIRE, Paulo. A educação na sociedade. 7. ed. São Paulo: Editora Cortez, 2006. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA. Censo 2000. Disponível em <http://www.ibge.gov.br/censo/quetionarios.shtm>. Acesso em: 02 mar. 2010. KLEIMAN, Ângela B. Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado das Letras, 1995.
  • 37. 33 LEAL, Regina Barros. Planejamento de ensino: peculiaridades significativas. Revista Iberoamericana de Educación. Disponível em: http://www.rieoei.org/deloslectores/1106Barros.pdf. Acesso em: 14 Mai, 2010. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Editora Cortez, 1994. LÜDKE, Menga e ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 9. ed. São Paulo: Editora Cortez, 2008. MOLLICA, Maria Cecília. Fala, letramento e inclusão social. São Paulo: Contexto, 2007. REGO, Tereza C. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 2000. RIBEIRO, Vera Masagão. A promoção do alfabetismo em programas de Educação de Jovens e Adultos: indicações para a pesquisa. 2001. Disponível em: <http://forumeja.org.br/gt18/files/RIBEIRO.pdf_10.pdf>. Acesso em: 04 ago. 2010. SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. In: Grupo de Trabalho de alfabetização, leitura e escrita, 26ª reunião anual da ANPEd. 2003 Poços de Caldas. Disponível em: <htttp:www.anped.org.br/reunioes/26/outrostextos/semadasoares.doc>. Acesso em: 07 jul. 2010. SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009. SOARES, Magda. Alfabetização e Letramento. São Paulo: Contexto, 2003. TAVARES, Ana Verônica Lima. A intervenção didática em produções escritas de jovens e adultos. Maceio, 2008. THOMPSON, Paul. Entrevista. In: A voz do passado: História Oral. 2ed. São Paulo: Paz e Terra, 1998, p. 254-278.
  • 38. 34 VIEGAS, Ilana da Silva Rebello. O papel social da leitura e da escrita: ser alfabetizado é ser letrado. Anais da IX Semana Nacional de Estudos Filológicos e Lingüísticos. 2007. Disponível em: <www.filologia.org.br/ixsenefil/anais/17.htm>. Acesso em: 20 jul. 2010. ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
  • 40. Apêndice 01 – Roteiro de Entrevista 1 - Para você o que significa alfabetizar? 2 - Para você o que significa “letrar”? 3 - Quais as diferenças entre alfabetizar e “letrar”? 4 - Como alfabetizar “letrando”? 5 - O que você entende por intervenção didática? 6 - Para você, qual o maior desafio do professor na educação de jovens e adultos? Fonte: Soares (2010)
  • 41. Apêndice 02 - Entrevista com a Direção e professores da Unidade Integrada “Professora Ercília Bento” Fonte: Romário Cruz Apêndice 03 - Quadro memorial da Professora Ercília Bento Fonte: Romário Cruz