O documento analisa o Centro de Apoio ao Educando "Professor Estevan" que oferece projetos culturais e socioeducativos para crianças e adolescentes. O projeto usa a música para engajar os alunos e promover seu desenvolvimento humano completo. A maioria dos alunos vem de famílias de baixa renda e são negros ou pardos, mostrando a importância desse tipo de projeto para grupos vulneráveis.
INVESTIGAÇÃO ACERCA DA IMPORTÂNCIA DE PROJETOS CULTURAIS E SOCIOEDUCATIVOS: UMA ANÁLISE DO CENTRO DE APOIO PROFESSOR ESTEVAN
1. ROMÁRIO MILHOMEM DA CRUZ
INVESTIGAÇÃO ACERCA DA IMPORTÂNCIA DE PROJETOS CULTURAIS E
SOCIOEDUCATIVOS: UMA ANÀLISE DO CENTRO DE APOIO PROFESSOR
ESTEVAN
PORTO FRANCO - MA
2017
2. INVESTIGAÇÃO ACERCA DA IMPORTÂNCIA DE PROJETOS CULTURAIS E
SOCIOEDUCATIVOS: UMA ANÀLISE DO CENTRO DE APOIO PROFESSOR
ESTEVAN
Artigo apresentado como avaliação final da
disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso
(TCC) do curso de pós – graduação lato sensu em
Educação Musical e Ensino das Artes.
PORTO FRANCO - MA
2017
3. INVESTIGAÇÃO ACERCA DA IMPORTÂNCIA DE PROJETOS CULTURAIS E
SOCIOEDUCATIVOS: UMA ANÀLISE DO CENTRO DE APOIO PROFESSOR
ESTEVAN
1ROMÁRIO MILHOMEM DA CRUZ
RESUMO
Os projetos culturais surgem durante um período em que foram criadas organizações não
governamentais, sob as diversas formas jurídicas, para realizar o trabalho de movimentos
sociais e entidades de assistência social. O projeto de intervenção socioeducativo, tem como
principal ação o ensino da música, um instrumento de grande atratividade motivacional para
que os jovens e as crianças ingressem e se mantenham assíduos. Compreendendo a
importância dessa fase de transição ocorrido entre a segunda infância e a adolescência, é que
o projeto definiu como público alvo os alunos com idade entre 11 a 18 anos. Os beneficiários
do projeto centro de apoio ao educando “Professor Estevan” estão agrupados em dois
conjuntos de faixa etária, quase dois terços são crianças de 11 a 14 anos, inseridos na rede de
ensino fundamental do município, os demais são adolescentes com idades de 15 a 18 anos,
alunos da rede de ensino médio estadual. O trabalho realizado com a educação musical
ultrapassará barreiras invisíveis, estabelecidas entre a escola, comunidade e as políticas
públicas, podendo até contribuir com a formação de pessoas mais críticas, humanas e sociais,
formadoras de opinião. O retorno positivo da sociedade tem sido o sinalizador favorável aos
resultados refletindo na região, o fomento da melhoria de índices como o rendimento escolar,
a convivência familiar e a transformação de sujeitos e de suas perspectivas, reafirma a
importância desse tipo de ação na vida de crianças e adolescentes.
Palavras-chave: Sociedade. Adolescentes. Música
1 Autor: Licenciado em Pedagogia - FAFIBE; Especialista em Economia Solidária – UFT; Mestrando
em Educação – UNINI; Acadêmico de Licenciatura em Filosofia – UEMA.
4. 1 INTRODUÇÃO
Os projetos culturais surgem durante um período em que foram criadas
organizações não governamentais, sob as diversas formas jurídicas, para realizar o
trabalho de movimentos sociais e entidades de assistência social. O processo de
“onguização”, exigida pelas agências de cooperação para evitar o repasse de verbas a
indivíduos, foi abrangente e hoje projetos só sobrevivem como ONGs, sob a liderança
de pessoas oriundas das classes populares ou não (SOVIK, 2014).
A Educação Social pressupõe participação. É na trama da participação que a
Educação Social se estabelece como socialização, inserção ou coesão. É importante
lembrar que participar, que vem do Latim, significa fazer saber, informar, anunciar,
comunicar; significa também ter ou tomar parte, associar-se pelo pensamento ou pelo
sentimento, ter traço(s) em comum, pontos de contato, analogia(s), segundo o
Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (FERREIRA, 1986, p. 1274). Esse significado
que inclui e estabelece vínculos entre o ato e quem o realiza exige voltar o olhar sobre a
intencionalidade subjetiva presente na relação entre Educação Social e participação e
torná–la explícita. Por depender de uma concepção de sociedade podem ser
contraditórias as abordagens de participação como direito e participação como política
social.
Como, a educação pautada em práticas educativas e no combate às
desigualdades socioculturais podem oferecer aos jovens e crianças da região tocantina
(Sul do estado do Maranhão e bico do Papagaio ligados pelos rios Tocantins) uma
transformação de vida? Essa é uma reflexão provocada por pelos agentes e projetos
socioeducativos, que aos poucos vem ensaiando uma intervenção conjuntural na
sociedade e na economia local.
A lei de diretrizes e bases da educação nacional – LDB, em seu art. 2º, aponta a
educação como um dever da família, do estado e da sociedade, inspirada nos princípios
de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tendo por fim o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho. Foi com esta perspectiva, que o Centro de Apoio ao
Educando “Professor Estevan”, vem desenvolvendo um trabalho socioeducativo e
cultural no município de São João do Paraíso, por meio da música e das artes, visando
atender a jovens com alguma dificuldade de aprendizagem ou vulnerabilidade social.
5. Raasch (s/d), disse que a escola não tem condições de suprir todas as carências
existentes na formação educacional e cultural dos seus alunos, e foi por compartilhar
desse pensamento que a rede de educação pública municipal implantou o projeto, que
tem como proposta, atender em torno de setenta (70) alunos por ano, entre crianças e
adolescentes, desenvolvendo estímulos para o desenvolvimento humano pleno,
despertando nos alunos o senso de responsabilidade social e a capacitação crítica e
formadora.
Hoje o centro de apoio ao educando “Professor Estevan”, está localizado na vila
“Tutu”, região periférica do município, foi idealizado pela professora Maria Alves,
secretária de educação, tendo como principal objetivo o suprimento das necessidades
educacionais e culturais básicas aos beneficiários, como um combate a precárias
situações sociais, provocadas por condições desfavoráveis ou por ambientes hostis.
O projeto de intervenção socioeducativo, tem como principal ação o ensino da
música, um instrumento de grande atratividade motivacional para que os jovens e as
crianças ingressem e se mantenham assíduos. Na observação de Chiarelli;
Barreto (apud GARCIA; SANTOS, 2012), fez a seguinte colocação sobre o trabalho
com a música;
Pelo seu caráter lúdico e de livre expressão, não apresentam pressões nem
cobranças de resultados, são uma forma de aliviar e relaxar a criança,
auxiliando na desinibição, contribuindo para o envolvimento social,
despertando noções de respeito e consideração pelo outro, e abrindo espaço
para outras aprendizagens.
Assim, observa-se que a música serve como meio de desenvolver ações
socioeducativas e culturais, uma vez que fomenta o desenvolvimento do potencial
individual dos alunos, pois a sua expressão contempla a diversas essências contidas em
cada sujeito. Além do mais, a música é um caminho facilitador para os jovens e crianças
se relacionar com o meio e ampliar sua visão de mundo.
2 - INTERVENÇÃO SOCIOEDUCATIVA E CULTURAL
6. Segundo Sebastião et al, (2013) a eficácia da intervenção e das medidas depende
sobretudo dos alunos envolvidos, ou seja, para uns a intencionalidade da medida a
aplicar prende-se com a dissuasão, para outros prende-se com sobretudo com a
reincidência dos comportamentos.
Oliveira e Cruz (2016), analisando as mudanças ocorridas na educação dos anos
noventa aos dias de hoje, observaram que o surgimento de um novo cenário na
conjuntura nacional, patrocinou uma transformação no perfil da juventude, que está
mais ativa em todos os ambientes da sociedade. Esse novo perfil está relacionado com o
papel da família, da sociedade e do estado durante o processo formativo de jovens e
crianças.
Compreendendo a importância dessa fase de transição ocorrido entre a segunda
infância e a adolescência, é que o projeto definiu como público alvo os alunos com
idade entre 11 a 18 anos. Os beneficiários do projeto centro de apoio ao educando
“Professor Estevan” estão agrupados em dois conjuntos de faixa etária, quase dois
terços são crianças de 11 a 14 anos, inseridos na rede de ensino fundamental do
município, os demais são adolescentes com idades de 15 a 18 anos, alunos da rede de
ensino médio estadual.
Gráfico 01: Grupos por faixa etária ingressos no projeto (2016)
Ao estabelecer os critérios para os alunos participarem do projeto, um dos
pontos considerado mais importantes pela a coordenação, trata-se da exigência da qual
os alunos devem estar inseridos na rede de educação fundamental ou média. Esse
critério se justifica com a afirmação de Raasch (s/d), ao dizer que a escola pode
representar na vida de um aprendiz um meio para se ter um futuro melhor, ser alguém
na vida, uma instituição de aprendizado, cidadania, consciência política.
67%
33%
De 11 a 14 anos
De 15 a 18 anos
7. Analisando o público atendido pelo centro de apoio ao educando “Professor
Estevan”, verificou-se a maioria dos alunos estão inseridos nas séries do ensino
fundamental maior (5º a 9º ano), conforme o gráfico abaixo:
Gráfico 02: Escolaridade dos beneficiários do centro de apoio ao educando “Professor Estevan” (2016)
Uma ótica do aluno em toda a sua conjuntura sociocultural e econômica, atua
como uma ponte a qual a educação atravessa para trabalhar na formação de sujeitos
plenos, e na obtenção de seus direitos, deveres e a sua emancipação humana. Nesta
perspectiva, Raasch (s/d), coloca como fundamental a necessidade de uma compreensão
da estrutura pessoal da criança, a dinâmica familiar, seu ambiente afetivo, a condição
socioeconômica e cultural, e como a criança se constrói inserida nessas relações de
poderes e saberes, pois, somente assim a educação poderá trabalhar visualizando a
emancipação dos sujeitos.
Segundo Pizani e Rego (2016, p. 19);
Um erro comum é o de identificar a pobreza com baixo nível de renda ou de
riqueza. Embora uma renda baixa ou nula represente, certamente, um
elemento essencial para definir a pobreza, não é o único aspecto que deveria
ser levado em consideração, pois existem facetas da pobreza que não se
deixam compreender facilmente, se nos limitarmos a avaliar questões de
renda.
Pode-se verificar essa afirmação, quando se constatou que metade das famílias
dos alunos estão em grupo social com renda média per capita entorno de R$ 400,00, e o
demais que estão em situações acima dessa média apresenta algumas facetas da
pobreza, e de alguma maneira são excluídos pelas classes sociais favorecidas
77%
5%
18%
do 5º ao 9º ano do fundamental
Ensino médio completo
Ensino médio incompleto
8. economicamente. Por causa da presença dessas facetas, de modo geral, os pobres não
são ouvidos e muito menos respeitados (PINZANI E REGO, 2016, p. 13).
Gráfico 03: Renda per capita familiar
Além da renda familiar, outros critérios poderão ser identificados como fatores
responsáveis para o estabelecimento de desigualdades sociais e da pobreza. Segundo
Pinzani e Rego (2016, p.21);
Critérios que deveriam ser levados em conta para entender a pobreza no
Brasil são a etnia ou a cor da pele – índios (as) e negros (as) são, geralmente,
mais vulneráveis nesse sentido por razões históricas -, o gênero –
particularmente no caso de mães solteira ou viúvas -, a idade – crianças e
idosos (as) são mais vulneráveis -, a composição e a estrutura da família.
Essa realidade pode ser facilmente identificada em relação a etnia dos
beneficiários do projeto, onde a presença o sujeito de pele parda e negra é equivalente a
quase dois terços dos alunos do projeto socioeducativo, que se comparada a renda
familiar são em quase sua totalidade aqueles que detêm as menores condições
financeiras.
Gráfico 04: Cor, raça/etnia.
50%
20%
20%
5%
5%
até R$ 400,00
de R$ 400,00 a R$ 800,00
de R$ 800,00 a 1000,00
de R$ 1.000,00 a R$ 2.000,00
Acima de R$ 2.000,00
20%
10%
65%
5%
Branco
Negro
Pardo
Amarela
9. Raasch (s/d) faz uma importante colocação ao afirmar que; o papel da família
também é imprescindível no processo ensino-aprendizagem. Aqui surge um aspecto
auxiliador na construção de estratégias de trabalho com o público do projeto, entender a
estrutura familiar ajuda a compreender o perfil do sujeito, e a que nível de relação social
o mesmo está apto a ser inserido. Assim, o trabalho realizado com a educação musical
ultrapassará barreiras invisíveis, estabelecidas entre a escola, comunidade e as políticas
públicas, podendo até contribuir com a formação de pessoas mais críticas, humanas e
sociais, formadoras de opinião (CRUZ, 2016).
2.1 - FAMÍLIA, SOCIEDADE E EMANCIPAÇÃO DE SUJEITOS
Para Bittar (2007) a tarefa de formar, e não meramente informar, é isto, ou seja,
um desafio que se completa por uma relação dialética com os diversos trânsitos da vida
social. A capacidade crítica se adquire com permanente olhar dedicado aos
deslocamentos da vida social, cuja consciência histórica deve ser trazida à visão do
aluno, não importando se o curso seja de matemática, biologia, física ou geografia, se de
sociologia ou de psicologia. Desta forma, as ciências naturais e ciências humanas estão
envolvidas num mesmo grande ambiente de produção de condições de possibilidade da
vida humana: a sociedade.
Outra proposta colocada pelo projeto trata-se de uma compreensão da estrutura
familiar como fator primordial no desenvolvimento da aprendizagem desses alunos.
Percebe-se que quando a familiar apresenta alguma forma de desestabilidade, muitos
(alunos) trazem de casa o reflexo do mau relacionamento dos pais, falta de condições
dignas de vida, reflexos da crise econômica e obviamente a falta de amor (RAASCH,
s/d).
10. Gráfico 05: Composição/tipo familiar
Após verificado o perfil familiar dos alunos do centro de apoio ao educando
“Professor Estevan”, constatou-se uma maior presença do modelo familiar tradicional
devido a cultura vivenciada em cidades de pequeno porte, também há ocorrências de
família com a ausência de alguns dos gêneros, a qual é mais comum os casos de mãe
solteiras ou de netos morando com seus avós. Observou-se também que a maioria
dessas famílias tem composição média de três a quatro membros por casa.
Gráfico 06: Membros familiares por residência
Outro ponto crucial dentro deste contexto educacional relacionada à família é
de que a escolarização dos pais não impede que haja um incentivo por parte deles em
relação à prática de leitura de seus filhos. No entanto, pudemos notar que o estímulo
oferecido pela família, geralmente, está ligado à leitura escolar, ou seja, há um impulso
para que os filhos leiam, a fim de que consigam realizar as atividades escolares com
perfeição e sejam bons alunos, estimulando uma possível melhoria nas oportunidades de
emprego, condição social, etc.
52%
12%
5%
10%
2%
8%
3%
5%
3%
Tipo 01: Tradicional (Pai, Mãe, Irmãos e Avós)
Tipo 02: Mãe, Irmãos
Tipo 03: Avós, Irmãos
Tipo 04: Avós e Neto
Tipo 05: Pai e Filho
Tipo 06: Mãe e Filho
Tipo 07: Agregados + Tradicional
Tipo 08: Padastro/Madastra + Família
Tipo 09: Outros
12%
28%
40%
5%
10%
5%
Dois
Três
Quatro
Cinco
Seis
Sete ou mais
11. A presença do projeto na cidade trouxe consigo diversos resultados sociais e
econômicos, parte desses resultados encontra-se na presença e no feedback positivo,
cada vez mais assíduo, por parte dos pais e familiares. É impossível buscar a
transformação da sociedade ilustrada por drogas e violência sem responsabilidade,
compromisso e amor de pais e professores (educadores). (RAASCH, s/d). O projeto
socioeducativo do centro de apoio ao educando “Professor Estevan”, através da
educação musical, já resgatou jovens da violência urbana, da ociosidade, da depressão,
da marginalização e do crime, o que justifica a sua enorme aceitação por parte da
população.
Cruz (2016), evidenciou a importância de projetos com políticas de combate à
pobreza e a desigualdade social, e como esses;
Tem apresentado uma série de resultados positivos na transformação de
sujeitos, que de algum modo se encontram em vulnerabilidade social;
apresenta uma análise de pontos fortes desse trabalho de resgate, reeducação
e reinserção do indivíduo na sociedade.
Partindo deste princípio, pode-se também justificar a importância de projetos
sociais como programa Bolsa Família. Pinzani e Rego (2016, p. 78), expõem;
A existência de inúmeros exemplos de famílias que garantiram, em diversos
lugares do País, sua independência econômica por intermédio do recebimento
de uma renda monetárias regular. Essa independência depende não apenas do
esforço individual, mas também de instituições e programas que forneçam
subsídios (materiais e intelectuais) que darão suporte às ações dessas pessoas.
Ao analisar como os programas governamentais atuam no município, encontrou-
se a presença de quase dois terços de alunos que são beneficiados pelo programa bolsa
família, e a importância desse programa para as famílias, onde o benefício auxilia na
aquisição de alimentos e roupas, garantia de estudo e da manutenção do lar, e outros
casos serve até de capital para pequenos empreendimentos locais.
12. Gráfico 07: Alunos beneficiários de programas governamentais
Assim, o projeto socioeducativo e cultural do centro de apoio ao educando
“Professor Estevan”, que atua principalmente com educação musical, atende a
afirmação de Ribeiro, Oliveira e Cruz (2016) no qual diz que: ações visando princípios
equitativos é o reflexo das diversas dimensões do homem, e sua necessidade de garantir
necessidades do bem comum, o mesmo é capaz de ampliá-las para edificar esse
processo social.
CONCLUSÃO
A ação sociocultural, em sua proposta de democratizar a cultura, privilegiou os
centros culturais ou desportivos como locais de ação socioeducativa. Diante disso, a
proposta de ação sociocultural procura abranger o maior número possível de
possibilidades, em sua perspectiva democrática de cultura.
A presença de projetos com características socioeducativas e culturais, tem sido
um grande instrumento de intervenção e combate à pobreza e a desigualdade social,
presentes historicamente no seio da população brasileira. O Centro de Apoio ao
Educando “Professor Estevan”, tem apresentado resultados sociais, econômicos e
culturais positivos, mérito dado em parte ao trabalho consociado com a música e as
artes, a qual facilita o acesso a emancipação dos sujeitos.
O projeto se aproxima dos alunos através de estratégias facilitadoras, elaboradas
dentro de uma perspectiva real do meio e da cultura dos alunos, onde pontos como a
faixa etária, escolaridade, raça/etnia, renda familiar, composição familiar e o acesso a
64%
10%
26%
Bolsa Família
PETI
NENHUM
13. outros programas governamentais, apontam o caminho para a compreensão desses
sujeitos e os meios para se alcançar os objetivos propostos.
Evidencia-se a necessidade de contribuir para que cada cidadão aumente sua
condição de análise e crítica, em relação a si mesmo, aos outros e a situação nacional. O
que depende de condições de comunicação e expressão local e nacional (redes); além da
difusão dos “bens e produtos culturais” e da constituição de espaços de debates.
O retorno positivo da sociedade tem sido o sinalizador favorável aos resultados
refletindo na região, o fomento da melhoria de índices como o rendimento escolar, a
convivência familiar e a transformação de sujeitos e de suas perspectivas, reafirma a
importância desse tipo de ação na vida de crianças e adolescentes.
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