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Pensando o Vitalismo Maria Thereza do Amaral
1 – Apresentação 2 – Princípio Vital, Vitalismo e uma Fisiologia Vitalista 3 – Vitalismo, Matéria e o Ser Vivo 4 – “Reflexões Vitalistas” 5 – Sugestões de Leitura 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 2
Maria Thereza  do Amaral 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 3
Veterinária Unesp - Jaboticabal 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 4
Homeopatia Veterinária  clínica homeopata Faculdade Homeopatia médica – 1988-1989 Homeopatia veterinária – 1993 e 1996 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 5
Homeopatia Veterinária homeopata Ensino de Homeopatia Pesquisa em Homeopatia 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 6
História da Ciência  PUC/SP Mestre – 2002 Doutora – 2010 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 7
WEB e cia Desde 1994 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 8
Pressupostos 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 9
Pensamento biológico 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 10
Pensamento biológico Ver tudo do ponto de vista do ser vivo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 11
Pensamento biológico e  pensamento clínico 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 12
Pensamento biológico e  pensamento clínico Saúde - doença 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 13
Pensamento biológico Visão biológica Ver tudo do ponto de vista de um ser vivo Sistemas complexos, dinâmicos, abertos. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 14
Abordagem transdisciplinar 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 15
Abordagem transdisciplinar 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 16
Abordagem transdisciplinar 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 17
Abordagem  transdisciplinar Interfaces de  ciência – arte e cultura – educação 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 18
Redes 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 19
Redes 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 20
Redes 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 21
Redes Funcionar/ver / pensar  Em Redes Visão sistêmica 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 22
Redes Funcionar/ver / pensar  Em Redes Visão sistêmica 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 23
Pesquisadora 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 24
Pesquisadora História da Ciência Doutorado (2010) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 25
Pesquisadora História da Ciência Doutorado “Não sei quase nada, mas sei onde procurar...” 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 26
Questões 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 27 “Não sei quase nada, mas sei onde procurar...”
01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 28 Questões: Ser Vivo
01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 29 Questões: Ser Vivo
01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 30 Questões: Fisiologia
Questões: Fisiologia 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 31
Princípio vital, vitalismo e a proposta de uma fisiopatologia vitalista.
Uma abordagem teórica de um problema que afeta: ,[object Object]
O Estudo do ser vivo
Como se estuda o ser vivo01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 33
E que busca estudar fatores, situações, fatos, teorias, conceitos préHahnemann. Mas vistos por uma historiadora que tem formação em clínica e em Homeopatia. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 34
Introdução 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 35
‘Princípio vital’, ‘vitalismo’ e ‘fisiopatologia vitalista’  Um panorama particular da  França entre os anos de 1770 e 1820, em estreita correlação com a faculdade de medicina de Montpellier e os meios científicos de Paris, em oposição a faculdade de Paris.  01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 36
‘Princípio vital’‘vitalismo’  Criação de fisiólogos do período 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 37 ‘fisiopatologia vitalista’  Criação da autora
São componentes de um mesmo conjunto teórico construído ao longo do tempo por diversos campos do saber Necessitam ser analisados para que se entenda melhor a sua dinâmica, o seu contexto, o seu conteúdo e sua construção. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 38
Esses termos, e seus respectivos conceitos,  se encaixam em uma categoria que podemos chamar de  ‘vitalismo médico de Montpellier’  (uma designação dada a posteriori) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 39
Pressupomos que sem que um conceito seja estudado em seus próprios termos,  em sua época e dentro de seu modelo de ciência específico e explicitado,  para que depois seja montado um encadeamento com outros conceitos, não se constrói uma rede conceitual-histórica fidedigna. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 40
O processo de construção do trabalho 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 41
grupo de pesquisa do CESIMA e seu método geral de pesquisa em História da Ciência.  Estudar os conceitos, os autores e suas obras dentro da dimensão em que foram concebidos e na qual foram expressas. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 42
Através de  documentos as suas tramas e urdiduras e as de suas fontes, suas contextualizações e textualizações, e  as condições que contornam nossas escolhas, delimitando nossa pesquisa e nossa atuação como pesquisadores. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 43
Através de  documentos as suas tramas e urdiduras e as de suas fontes, suas contextualizações e textualizações, e  as condições que contornam nossas escolhas, delimitando nossa pesquisa e nossa atuação como pesquisadores. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 44
Através de  documentos as suas tramas e urdiduras e as de suas fontes, suas contextualizações e textualizações, e  as condições que contornam nossas escolhas, delimitando nossa pesquisa e nossa atuação como pesquisadores. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 45
Através de  documentos as suas tramas e urdiduras e as de suas fontes, suas contextualizações e textualizações, e  as condições que contornam nossas escolhas, delimitando nossa pesquisa e nossa atuação como pesquisadores. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 46
Através de  documentos as suas tramas e urdiduras e as de suas fontes, suas contextualizações e textualizações, e  as condições que contornam nossas escolhas, delimitando nossa pesquisa e nossa atuação como pesquisadores. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 47
Analisamos o trabalho feito pelo pesquisador ao trabalhar seus objetos,  analisamos o que foi estudado sobre ele e analisamos o que outros autores consideraram sobre o autor e sua época. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 48
O documento 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 49
Método 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 50
(1) A análise do documento (2) A análise historiográfica (3) A análise do que o cerca 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 51
(1) O documento Estudamos o texto  através de uma análise de argumentos, de sua coerência interna e vínculos com outros textos, onde fazemos uma análise do texto por ele mesmo, pelos dados que fornece.  01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 52
(2) A análise historiográfica Fazemos uma análise que implica na leitura bidirecional texto-contexto, na procura por indicações de continuidades e permanências de conceitos, teorias e métodos científicos no decorrer do tempo. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 53
(3) O que o cerca Todo autor está imerso num universo particular, marcado por direções e influências específicas que nos dão um sentido maior que somente a análise e a crítica do texto nos dariam.  Devem ser levadas em conta as especificidades dos contextos e discursos que formam e marcam as concepções científicas de épocas diversas.  01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 54
Os termos e sua história 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 55
Os termos e sua história Barthez Paul-Joseph Barthez (1734-1806) médico e fisiologista francês, estudou e dirigiu a faculdade de medicina de Montpellier. Um fator determinante na literatura que se seguiu a partir do final do século XIX, entre dois períodos muito significativos da história da fisiologia médica.  01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 56
Os termos e sua história Barthez 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 57
Revolução Francesa Antes, durante e depois (reabilitado por Napoleão). Mudanças na profissão médica, na saúde pública (hospitais) e no ensino da medicina na França. Iluministas e enciclopedistas. Paris e Montpellier – rivalidade “eterna”. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 58
Barthez Sua principal obra, Nouveaux Éléments de la Science de l`Homme, foi publicada em 1778, e é onde ele propõe um método de estudo e de compreensão  fisiopatológica para o ser vivo.  01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 59
Barthez Suas obras podem ser agrupadas em três fases:  de 1772 a 1774, a sua fase mais geral,  obras foram escritas em latim e  ele expõe, em sua obra OrationAcademica de Principio HominisVitali (1772-1773), sua teoria do ‘princípio vital’, que ele detalhou na obra seguinte, Nova Doctrina de Functionibus [Fonctionibus] Naturae (1774);  01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 60
Barthez a fase que vai de 1778 a 1801,  ocorre a fundamentação de suas teorias obras escritas em francês,  propõe, na obra NoveauÉléments de La Science de l’Homme de 1778, um novo modelo fisiológico, coerente com uma proposta de abordagem de um ‘Homem Inteiro’ (HommeEntiere).  01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 61
Barthez a fase que vai de 1778 a 1801,  ocorre a fundamentação de suas teorias obras escritas em francês,  Que por sua vez estava inserida em uma proposta geral de conhecimento, a ‘Ciência do Homem’ (Science de l’Homme).  01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 62
Barthez e fase a que vai de 1801 a 1806, ocorre a aplicação de suas teorias em suas práticas médicas,  obras estas escritas em francês. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 63
Barthez Em todas estas fases o que se observa é a evolução do conceito de ‘princípio vital’. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 64
Barthez Quando se fala em Barthez é muito comum o uso da expressão ‘princípio vital’ para caracterizar o que seria seu ‘vitalismo’. O conceito de ‘princípio’,apesar de muito utilizado em sua obra, era um conceito aplicado a várias áreas e que fazia parte do contexto científico de sua época.  01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 65
Barthez O desenvolvimento de uma ‘fisiologia do homem’, nas palavras do próprio Barthez: “... são as forças do Princípio Vital do homem, suas comunicações ou simpatias, sua reunião em sistema, suas modificações distintas dentro dos temperamentos e da idade e sua extinção à morte” .  P-J. Barthez, Nouveaux éléments de la science de l'homme, v.1, pp.35-6. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 66
Barthez Para ele o uso do termo ‘princípio vital’ teria duas finalidades:  uma, seria a de usar uma expressão que possibilitasse “encurtar o cálculo analítico dos fenômenos” 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 67
Barthez A outra teria a função de indicar que o fenômeno da existência da vida em um ser vivo se dá através de algo, que tinha as características de poder vir de fora do corpo do ser ou não, que tinha a característica de não ser a alma e também de estar intimamente ligado à matéria a quem dava esta vida, mas não ser gerado por essa matéria.  01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 68
Barthez A esse algoBarthez deu o nome ‘princípio vital’.    P-J. Barthez, Nouveaux éléments de la science de l’homme, v.1, p. 18-9, p. 2. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 69
Barthez Em NoveauÉléments de La Science de l’Homme, Barthez afirma que “...eu chamo de Princípio vitaldo homem a causa que produz todos os fenômenos da vida no corpo humano.  O nome dessa causa é assaz indiferente e pode ser dado à vontade.”  01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 70
Barthez O que caracterizaria a dinâmica fisiológica de Barthez pode ser colocado nos seguintes termos: Oque faz a vida ocorrer seria o ‘princípio vital’, mas ele não definiria que ela é.  01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 71
Barthez Esse ‘princípio vital’ agiria através de forças que produziriam todos os fenômenos da vida no corpo humano, desde seu início até seu fim.  01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 72
Os termos e sua história Dumas 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 73
Dumas O médico e fisiologista Charles-Louis Dumas (1765 – 1813), no prefácio de sua obra Principes de Physiologi, de 1800, cita três grandes direções nos estudos anatomo-fisiológicos que dariam origem a diferentes hipóteses:  01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 74
Dumas A materialista  A espiritualista A de outrosfisiológos. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 75
Dumas Aterceira, de outros fisiológos que  consideram que  todos fenômenos da vida não são devidos nem à matéria e tampouco à alma, mas a um princípio intermediário que possui faculdades tanto como de um, como de outro, e que regra, dispõe e ordena todos os atos de vitalidade, sem ser movido por estímulos físicos do corpo material, nem dirigido pelas afecções morais ou previsões intelectuais do próprio pensamento.  01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 76
Dumas Destas três ‘seitas’ derivariam todas as outras, que para Dumas estariam dividindo os fisiólogos:  a primeira dos mecânicos e dos químicos,  a segunda dos animistas e dos stahlinianos,  a terceira dos vitalistas.  01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 77
Dumas A terceira orientação :  Barthez, responde furiosamente a Dumas... (...mas a um princípio intermediário que possui faculdades tanto como de um, como de outro, e que regra, dispõe e ordena todos os atos de vitalidade...) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 78
Dumas E foi aqui que o termo ‘vitalista’ foi cunhado e definido, ou seja, em 1800. (‘princípio vital’ em 1772) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 79
Os termos e sua história Vitalismo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 80
O vitalismo  Vitalismo é um termo usado para indicar qualquer doutrina filosófica, médica ou biológica que considere os fenômenos vitais como irredutíveis aos fenômenos físico-químicos. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 81
Essa irredutibilidade pode ser comum a todas correntes, mas a forma como elas definem, qualificam e quantificam esta irredutibilidade, e o que elas procuram com isso, varia enormemente. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 82
Embora este seja um núcleo de definição comum a todas correntes, doutrinas, e visões ditas ‘vitalistas’, a expressão ‘vitalismo’ na realidade é ambígua, e apesar de evidências superficiais não indicarem isto, ela nós remete a vários tipos de estudos e concepções, com objetivos diversos, e feitos em épocas diversas. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 83
Uma de nossas dificuldades em conceituar e contextualizar apropriadamente o termo ‘vitalismo’ é o fato de que ele foi discutido e aplicado, com conceitos diferentes, em áreas diversas, tais como filosofia, biologia, medicina, químicae fisiologia. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 84
Química,   (usada na obra de Barthez)  Tem, em geral, uma visão muito restrita quando entende por ‘vitalismo’ uma corrente que afirmava não ser possível sintetizar um composto orgânico fora do corpo.  01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 85
Química X Vitalismo ... 1828 quando Friedrich Wöhler publicou um trabalho sobre a síntese de uréia, provando que compostos orgânicos podiam ser criados artificialmente e derrubando o vitalismo como base teórica para a distinção entre a matéria animada e inanimada. (Wikipedia, História da Bioquímica) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 86
Química X Vitalismo ... porém tende-se a “esquecer” que Hans Krebs (1900-1981) publicou em 1932 que o ‘ciclo da uréia’ é somente observado em células vivas... (E. Kinne-Saffran, R. K. H Kinne, “ Vitalism and Synthesis of Urea”. American Journal of Nephrology, 19  (1999) : 290-294 ) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 87
[Mas, voltando...] Nunca se deverá esquecer que os termos ‘vitalista’ e ‘vitalismo’ foram invenções do século XIX, que foram se modificando ao longo do tempo. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 88
Os termos e sua história Uma fisiopatologia vitalista 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 89
Os termos e sua história Uma fisiopatologia vitalista Uma designação dada a posteriori 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 90
Uma fisiopatologia vitalista A fisiologia, no sentido moderno do termo, é o resultado de um longo processo de construção.  Na pesquisa realizada durante o mestrado, abordamos a contribuição realizada nesse sentido por Barthez 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 91
Uma fisiopatologia vitalista Para Barthez a fisiologia  “..são as forças do Princípio Vital do homem, suas comunicações ou simpatias , sua reunião em um sistema, suas modificações distintas dentro dos temperamentos e das idades e sua extinção à morte” 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 92
Uma fisiopatologia vitalista ‘Princípio vital’ era o nome da causa experimental da vida, apresentada a Barthez pela observação da saúde e das moléstias no homem, ou seja, chegou a essas conclusões por fatos observáveis e observados.  01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 93
Barthez aborda em sua obra aspectos fisiopatológicos’ do homem : ,[object Object]
o que são moléstias,
como se dão os movimentos, tanto dos músculos quanto dos órgãos internos,
o que determina a estrutura e a coesão de todas suas partes,
o que o faz envelhecer e morrer.01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 94
Barthezpropôs sua fisiopatologia baseado em uma síntesede várias correntes filosóficas (“científicas”) e fisiológicas vindas de um vasto apanhado de tendências do século XVII e XVIII, e outras anteriores. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 95
O ponto central de qualquer estudo dito ‘vitalista’ é o ser vivo, e esse fato não deve jamais ser esquecido, pois os objetivos, os pressupostos e as conclusões de um estudo desse tipo jamais serão as mesmas que de outras correntes fisiológicas. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 96
Os termos e sua história Conclusão 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 97
‘Princípio vital’, Barthez ‘Vitalismo’, Dumas Estes termos, e seus respectivos conceitos, se encaixam em um ‘vitalismo médico de Montpellier’ que será uma designação dada a posteriori, assim como o termo ‘fisiopatologia vitalista’ para designar a fisiopatologia de Barthez. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 98
O dito ‘vitalismo’ de Barthez, assim como de outros fisiologistas franceses do período, é muito útil como subsídio para se formar um outro olhar sobre o estudo do ser vivo em geral, sendo um tema atual perante as novas visões da química e da física, e suas interações com a biologia em geral, e a fisiologia em particular. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 99
Bartheznão se denominou um ‘vitalista’,  não fez nenhum tipo de ‘vitalismo’,  foi um estudioso médico, profundamente envolvido em um programa de pesquisa fisiopatológica na França, no século XVIII, na faculdade de medicina de Montpellier em conjunção com determinados círculos e sociedades de Paris.  01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 100
Vitalismo, Matéria e o Ser Vivo
Matéria 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 102
Matéria Viva Morta ou bruta 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 103
Termos e definições Importantes para o estudo do ser vivo do ponto de vista da “matéria” 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 104
Gregos Filosofia Pré-socráticos Aristóteles Anatomia Harvey Fisiologia Médicos Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização Biologia Célula Átomo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 105
Gregos(ciência ocidental) Filosofia Pré-socráticos Aristóteles Anatomia Harvey Fisiologia Médicos 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 106
Gregos Filosofia(= teoria) Pré-socráticos Aristóteles Anatomia Harvey Fisiologia Médicos 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 107
Gregos Filosofia Pré-socráticos(matéria) Aristóteles Anatomia Harvey Fisiologia Médicos 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 108
Gregos Filosofia Pré-socráticos Aristóteles (ciência ocidental) Anatomia Harvey Fisiologia Médicos 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 109
Aristóteles (ciência ocidental) Não como “fundador”, mas como “referência”. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 110
Gregos Filosofia Pré-socráticos Aristóteles Anatomia Harvey Fisiologia Médicos ANATOMIA fisiologia 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 111
Gregos Filosofia Pré-socráticos Aristóteles Anatomia Harvey(1578 – 1657, circulação) Fisiologia Médicos ANATOMIA Fisiologia Movimento 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 112
Gregos Filosofia Pré-socráticos Aristóteles Anatomia Harvey Fisiologia Médicos ANATOMIA FISIOLOGIA Movimento Anatomia animata 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 113
Médicos Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização Mestre de ofícios(mestre – aprendiz) Gradações:De Médico de academia a Barbeiro “Pesquisa” 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 114
Médicos Filosofia Natural / História Natural (antes do século XIX) Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 115
Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização Biologia Célula Átomo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 116
Especialização Disciplinaridades Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização (século XIX) Biologia Célula Átomo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 117
EspecializaçãoAprofundar o conhecimento DisciplinaridadesDividir o conhecimento Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização (século XIX) Biologia Célula Átomo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 118
A palavra, o termo, a disciplina... Só a partir do século XIX Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização Biologia (começo do século XIX) Célula Átomo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 119
Disciplinas / especialização Biologia Célula nome, Robert Hooke, 1660;  primeira teoria celular, 1838 por Matthias Jakob Schleiden e por Theodor Schwann) Átomo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 120
Célula nome, Robert Hooke, 1660;  primeira teoria celular, 1838 por Matthias Jakob Schleiden e por Theodor Schwann o modelo ao lado? Primeira metade do século XX... 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 121
Química Física Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização Biologia Célula Átomo (conceitos mais modernos, a partir de 1800) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 122
Química Física Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização Biologia Célula Átomo (conceitos mais modernos, a partir de 1800) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 123
01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 124 Como se vê o ser vivo Como se pensa que o ser vivo é Como se pensa que o ser vivo “funciona”
01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 125 Como se pensa que o ser vivo é Como se vê o ser vivo Como se pensa que o ser vivo “funciona” Como se estuda o ser vivo
Como se estuda o ser vivo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 126
Como se estuda o ser vivo O vital Vida A matéria Definições de vida Definições de matéria Definições de ser vivo O vital da matéria A vida na matéria 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 127
Como se estuda o ser vivo O vital Vida Matéria Definições de vida Definições de matéria Definições de ser vivo O vital da matéria A vida na matéria Como a vida “funciona” na matéria Fisiologia 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 128
Como se estuda o ser vivo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 129
Como se estuda o ser vivo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 130
Como se estuda o ser vivo E o que vem acontecendo, dos gregos até aqui, não um “vitalismo”, mas diferentes modos de se estudar vida, matéria e o ser vivo. E que ocorreu inclusive com Barthez. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 131
Como se estuda o ser vivo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 132
Biomimética Biomimicry or biomimetics Bionics, bio-inspiration, and biognosis. http://en.wikipedia.org/wiki/Biomimicry 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 133
Biomimética A biomimética é uma área da ciência que tem por objetivo o estudo das estruturas biológicas e das suas funções, procurando aprender com a Natureza (e não sobre ela) e utilizar esse conhecimento em diferentes domínios da ciência.  Provém da combinação das palavras gregas bíos, que significa vida e mímesis que significa imitação.  http://pt.wikipedia.org/wiki/Biomim%C3%A9tica 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 134
Biomimética Dito de modo simples,  a biomimética é a imitação da vida. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 135
Biomimética Trata-se de uma área multidisciplinar que pode envolver diversos ramos da ciência, tais como Biologia, Química, Física, Informática, Matemática e Electrónica.  Na Natureza existem vários milhões de espécies das quais menos de dois milhões estão catalogadas até agora. Isto representa uma gigantesca base de dados de soluções inspiradas em sistemas biológicos para a resolução de problemas de engenharia e de outros campos da tecnologia. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 136
Biomimética Velcro Desenvolvido a partir de 1941 pelo engenheiro George de Mestral a partir da observação de sementes de grama dotadas de espinhos e ganchos que se prendiam nos pelos de seu cão. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 137
Biomimética Superfícies de baixo atrito Inspirada na forma como a pele dos  peixes reage ao contato com a água.  A mesma tecnologia tem sido  aplicada também em cascos de  navios, submarinos e mesmo aviões. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 138
Biomimética Telas "asa-de-borboleta“ São superfícies de visualização de baixíssimo consumo de energia, baseadas na forma como as asas de borboletas refletem a luz. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 139
Biomimética Turbina "WhalePower“ Inspirada na forma das nadadeiras da baleia jubarte, as lâminas nervuradas desse tipo de turbina eólica produzem 32% menos atrito e 8% de deslocamento de ar que as lâminas lisas convencionais. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 140
Biomimética Efeito lótus Baseado na forma como as folhas do lótus repele a água e a sujeira, diversas soluções estão sendo desenvolvidas pela indústria para aplicação em tecidos, metais, para-brisas de aviões e faróis de automóveis. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 141
Biomimética Design “mergulhando”  na Biologia 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 142
Biomimética Design  “mergulhando”  na Biologia Sustentabilidade 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 143
01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 144
Como se estuda o ser vivo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 145
01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 146 Fonte: revista veterinária Nosso Clínico
“Reflexões Vitalistas”
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Problemas :    2) Um relojoeiro pode analisar o funcionamento geral de um relógio, desmonta-lo para analisar suas partes, remontar e analisar novamente seu relógio.  Não podemos fazer isso com um ser vivo, nem para pesquisa e nem para a clínica.  Sempre que ‘desmontamos’ um ser vivo, extrapolamos o resultado para outros, ‘montados’. Aqui o problema maior é quando se retira o sentido de  ‘fazer analogia’ e se coloca o sentido de ‘igual’.   01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 158
Problemas :   3) Como medicar os seres vivos não só sabendo sua fisiologia, mas realmente levando em conta sua fisiologia – seus padrões de funcionamento, suas interações de órgãos, moleculares, celulares, bioquímicas ?  Como medicar levando em conta o que veio antes, o agora e o depois da patologia ?   01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 159
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Problemas :   5) O genótipo, mesmo apesar do quão profundamente o analisemos, não pode predizer o fenótipo atual, somente pode nos dar o conhecimento de um universo de possíveis fenótipos. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 161
01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 162
E... Porque não usar o Vitalismo como uma das maneiras de se olhar o ser vivo?  01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 163
O Vitalismo que se usa em Homeopatia é aquele integra um conjunto de sistemas usados, ao longo da história, para explicar as funções nos corpos dos seres vivos.  E é importante lembrar o fato de que a fisiologia que se aprende na faculdade funciona como pressuposto, e ao mesmo tempo como padrão de pensamento, para a clínica.   01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 164
Para o Vitalismo, em um sentido amplo, os seres vivos têm um modo de ser qualitativamente diferente da matéria bruta/inerte/inanimada.  Portanto, as leis que explicam um não são as mesmas que explicam o outro.  Em um sentido mais estrito, além da definição acima se acrescente o fato de ser atribuído ao ser vivo um princípio constitutivo, operativo e conservativo.    01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 165

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Pensando o vitalismo

  • 1. Pensando o Vitalismo Maria Thereza do Amaral
  • 2. 1 – Apresentação 2 – Princípio Vital, Vitalismo e uma Fisiologia Vitalista 3 – Vitalismo, Matéria e o Ser Vivo 4 – “Reflexões Vitalistas” 5 – Sugestões de Leitura 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 2
  • 3. Maria Thereza do Amaral 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 3
  • 4. Veterinária Unesp - Jaboticabal 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 4
  • 5. Homeopatia Veterinária clínica homeopata Faculdade Homeopatia médica – 1988-1989 Homeopatia veterinária – 1993 e 1996 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 5
  • 6. Homeopatia Veterinária homeopata Ensino de Homeopatia Pesquisa em Homeopatia 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 6
  • 7. História da Ciência PUC/SP Mestre – 2002 Doutora – 2010 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 7
  • 8. WEB e cia Desde 1994 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 8
  • 9. Pressupostos 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 9
  • 10. Pensamento biológico 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 10
  • 11. Pensamento biológico Ver tudo do ponto de vista do ser vivo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 11
  • 12. Pensamento biológico e pensamento clínico 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 12
  • 13. Pensamento biológico e pensamento clínico Saúde - doença 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 13
  • 14. Pensamento biológico Visão biológica Ver tudo do ponto de vista de um ser vivo Sistemas complexos, dinâmicos, abertos. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 14
  • 15. Abordagem transdisciplinar 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 15
  • 16. Abordagem transdisciplinar 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 16
  • 17. Abordagem transdisciplinar 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 17
  • 18. Abordagem transdisciplinar Interfaces de ciência – arte e cultura – educação 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 18
  • 19. Redes 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 19
  • 20. Redes 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 20
  • 21. Redes 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 21
  • 22. Redes Funcionar/ver / pensar Em Redes Visão sistêmica 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 22
  • 23. Redes Funcionar/ver / pensar Em Redes Visão sistêmica 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 23
  • 24. Pesquisadora 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 24
  • 25. Pesquisadora História da Ciência Doutorado (2010) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 25
  • 26. Pesquisadora História da Ciência Doutorado “Não sei quase nada, mas sei onde procurar...” 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 26
  • 27. Questões 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 27 “Não sei quase nada, mas sei onde procurar...”
  • 28. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 28 Questões: Ser Vivo
  • 29. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 29 Questões: Ser Vivo
  • 30. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 30 Questões: Fisiologia
  • 31. Questões: Fisiologia 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 31
  • 32. Princípio vital, vitalismo e a proposta de uma fisiopatologia vitalista.
  • 33.
  • 34. O Estudo do ser vivo
  • 35. Como se estuda o ser vivo01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 33
  • 36. E que busca estudar fatores, situações, fatos, teorias, conceitos préHahnemann. Mas vistos por uma historiadora que tem formação em clínica e em Homeopatia. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 34
  • 37. Introdução 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 35
  • 38. ‘Princípio vital’, ‘vitalismo’ e ‘fisiopatologia vitalista’ Um panorama particular da França entre os anos de 1770 e 1820, em estreita correlação com a faculdade de medicina de Montpellier e os meios científicos de Paris, em oposição a faculdade de Paris. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 36
  • 39. ‘Princípio vital’‘vitalismo’ Criação de fisiólogos do período 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 37 ‘fisiopatologia vitalista’ Criação da autora
  • 40. São componentes de um mesmo conjunto teórico construído ao longo do tempo por diversos campos do saber Necessitam ser analisados para que se entenda melhor a sua dinâmica, o seu contexto, o seu conteúdo e sua construção. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 38
  • 41. Esses termos, e seus respectivos conceitos, se encaixam em uma categoria que podemos chamar de ‘vitalismo médico de Montpellier’ (uma designação dada a posteriori) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 39
  • 42. Pressupomos que sem que um conceito seja estudado em seus próprios termos, em sua época e dentro de seu modelo de ciência específico e explicitado, para que depois seja montado um encadeamento com outros conceitos, não se constrói uma rede conceitual-histórica fidedigna. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 40
  • 43. O processo de construção do trabalho 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 41
  • 44. grupo de pesquisa do CESIMA e seu método geral de pesquisa em História da Ciência. Estudar os conceitos, os autores e suas obras dentro da dimensão em que foram concebidos e na qual foram expressas. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 42
  • 45. Através de documentos as suas tramas e urdiduras e as de suas fontes, suas contextualizações e textualizações, e as condições que contornam nossas escolhas, delimitando nossa pesquisa e nossa atuação como pesquisadores. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 43
  • 46. Através de documentos as suas tramas e urdiduras e as de suas fontes, suas contextualizações e textualizações, e as condições que contornam nossas escolhas, delimitando nossa pesquisa e nossa atuação como pesquisadores. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 44
  • 47. Através de documentos as suas tramas e urdiduras e as de suas fontes, suas contextualizações e textualizações, e as condições que contornam nossas escolhas, delimitando nossa pesquisa e nossa atuação como pesquisadores. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 45
  • 48. Através de documentos as suas tramas e urdiduras e as de suas fontes, suas contextualizações e textualizações, e as condições que contornam nossas escolhas, delimitando nossa pesquisa e nossa atuação como pesquisadores. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 46
  • 49. Através de documentos as suas tramas e urdiduras e as de suas fontes, suas contextualizações e textualizações, e as condições que contornam nossas escolhas, delimitando nossa pesquisa e nossa atuação como pesquisadores. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 47
  • 50. Analisamos o trabalho feito pelo pesquisador ao trabalhar seus objetos, analisamos o que foi estudado sobre ele e analisamos o que outros autores consideraram sobre o autor e sua época. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 48
  • 51. O documento 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 49
  • 52. Método 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 50
  • 53. (1) A análise do documento (2) A análise historiográfica (3) A análise do que o cerca 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 51
  • 54. (1) O documento Estudamos o texto através de uma análise de argumentos, de sua coerência interna e vínculos com outros textos, onde fazemos uma análise do texto por ele mesmo, pelos dados que fornece. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 52
  • 55. (2) A análise historiográfica Fazemos uma análise que implica na leitura bidirecional texto-contexto, na procura por indicações de continuidades e permanências de conceitos, teorias e métodos científicos no decorrer do tempo. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 53
  • 56. (3) O que o cerca Todo autor está imerso num universo particular, marcado por direções e influências específicas que nos dão um sentido maior que somente a análise e a crítica do texto nos dariam. Devem ser levadas em conta as especificidades dos contextos e discursos que formam e marcam as concepções científicas de épocas diversas. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 54
  • 57. Os termos e sua história 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 55
  • 58. Os termos e sua história Barthez Paul-Joseph Barthez (1734-1806) médico e fisiologista francês, estudou e dirigiu a faculdade de medicina de Montpellier. Um fator determinante na literatura que se seguiu a partir do final do século XIX, entre dois períodos muito significativos da história da fisiologia médica. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 56
  • 59. Os termos e sua história Barthez 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 57
  • 60. Revolução Francesa Antes, durante e depois (reabilitado por Napoleão). Mudanças na profissão médica, na saúde pública (hospitais) e no ensino da medicina na França. Iluministas e enciclopedistas. Paris e Montpellier – rivalidade “eterna”. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 58
  • 61. Barthez Sua principal obra, Nouveaux Éléments de la Science de l`Homme, foi publicada em 1778, e é onde ele propõe um método de estudo e de compreensão fisiopatológica para o ser vivo. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 59
  • 62. Barthez Suas obras podem ser agrupadas em três fases: de 1772 a 1774, a sua fase mais geral, obras foram escritas em latim e ele expõe, em sua obra OrationAcademica de Principio HominisVitali (1772-1773), sua teoria do ‘princípio vital’, que ele detalhou na obra seguinte, Nova Doctrina de Functionibus [Fonctionibus] Naturae (1774); 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 60
  • 63. Barthez a fase que vai de 1778 a 1801, ocorre a fundamentação de suas teorias obras escritas em francês, propõe, na obra NoveauÉléments de La Science de l’Homme de 1778, um novo modelo fisiológico, coerente com uma proposta de abordagem de um ‘Homem Inteiro’ (HommeEntiere). 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 61
  • 64. Barthez a fase que vai de 1778 a 1801, ocorre a fundamentação de suas teorias obras escritas em francês, Que por sua vez estava inserida em uma proposta geral de conhecimento, a ‘Ciência do Homem’ (Science de l’Homme). 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 62
  • 65. Barthez e fase a que vai de 1801 a 1806, ocorre a aplicação de suas teorias em suas práticas médicas, obras estas escritas em francês. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 63
  • 66. Barthez Em todas estas fases o que se observa é a evolução do conceito de ‘princípio vital’. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 64
  • 67. Barthez Quando se fala em Barthez é muito comum o uso da expressão ‘princípio vital’ para caracterizar o que seria seu ‘vitalismo’. O conceito de ‘princípio’,apesar de muito utilizado em sua obra, era um conceito aplicado a várias áreas e que fazia parte do contexto científico de sua época. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 65
  • 68. Barthez O desenvolvimento de uma ‘fisiologia do homem’, nas palavras do próprio Barthez: “... são as forças do Princípio Vital do homem, suas comunicações ou simpatias, sua reunião em sistema, suas modificações distintas dentro dos temperamentos e da idade e sua extinção à morte” . P-J. Barthez, Nouveaux éléments de la science de l'homme, v.1, pp.35-6. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 66
  • 69. Barthez Para ele o uso do termo ‘princípio vital’ teria duas finalidades: uma, seria a de usar uma expressão que possibilitasse “encurtar o cálculo analítico dos fenômenos” 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 67
  • 70. Barthez A outra teria a função de indicar que o fenômeno da existência da vida em um ser vivo se dá através de algo, que tinha as características de poder vir de fora do corpo do ser ou não, que tinha a característica de não ser a alma e também de estar intimamente ligado à matéria a quem dava esta vida, mas não ser gerado por essa matéria. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 68
  • 71. Barthez A esse algoBarthez deu o nome ‘princípio vital’. P-J. Barthez, Nouveaux éléments de la science de l’homme, v.1, p. 18-9, p. 2. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 69
  • 72. Barthez Em NoveauÉléments de La Science de l’Homme, Barthez afirma que “...eu chamo de Princípio vitaldo homem a causa que produz todos os fenômenos da vida no corpo humano. O nome dessa causa é assaz indiferente e pode ser dado à vontade.” 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 70
  • 73. Barthez O que caracterizaria a dinâmica fisiológica de Barthez pode ser colocado nos seguintes termos: Oque faz a vida ocorrer seria o ‘princípio vital’, mas ele não definiria que ela é. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 71
  • 74. Barthez Esse ‘princípio vital’ agiria através de forças que produziriam todos os fenômenos da vida no corpo humano, desde seu início até seu fim. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 72
  • 75. Os termos e sua história Dumas 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 73
  • 76. Dumas O médico e fisiologista Charles-Louis Dumas (1765 – 1813), no prefácio de sua obra Principes de Physiologi, de 1800, cita três grandes direções nos estudos anatomo-fisiológicos que dariam origem a diferentes hipóteses: 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 74
  • 77. Dumas A materialista A espiritualista A de outrosfisiológos. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 75
  • 78. Dumas Aterceira, de outros fisiológos que consideram que todos fenômenos da vida não são devidos nem à matéria e tampouco à alma, mas a um princípio intermediário que possui faculdades tanto como de um, como de outro, e que regra, dispõe e ordena todos os atos de vitalidade, sem ser movido por estímulos físicos do corpo material, nem dirigido pelas afecções morais ou previsões intelectuais do próprio pensamento. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 76
  • 79. Dumas Destas três ‘seitas’ derivariam todas as outras, que para Dumas estariam dividindo os fisiólogos: a primeira dos mecânicos e dos químicos, a segunda dos animistas e dos stahlinianos, a terceira dos vitalistas. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 77
  • 80. Dumas A terceira orientação : Barthez, responde furiosamente a Dumas... (...mas a um princípio intermediário que possui faculdades tanto como de um, como de outro, e que regra, dispõe e ordena todos os atos de vitalidade...) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 78
  • 81. Dumas E foi aqui que o termo ‘vitalista’ foi cunhado e definido, ou seja, em 1800. (‘princípio vital’ em 1772) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 79
  • 82. Os termos e sua história Vitalismo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 80
  • 83. O vitalismo Vitalismo é um termo usado para indicar qualquer doutrina filosófica, médica ou biológica que considere os fenômenos vitais como irredutíveis aos fenômenos físico-químicos. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 81
  • 84. Essa irredutibilidade pode ser comum a todas correntes, mas a forma como elas definem, qualificam e quantificam esta irredutibilidade, e o que elas procuram com isso, varia enormemente. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 82
  • 85. Embora este seja um núcleo de definição comum a todas correntes, doutrinas, e visões ditas ‘vitalistas’, a expressão ‘vitalismo’ na realidade é ambígua, e apesar de evidências superficiais não indicarem isto, ela nós remete a vários tipos de estudos e concepções, com objetivos diversos, e feitos em épocas diversas. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 83
  • 86. Uma de nossas dificuldades em conceituar e contextualizar apropriadamente o termo ‘vitalismo’ é o fato de que ele foi discutido e aplicado, com conceitos diferentes, em áreas diversas, tais como filosofia, biologia, medicina, químicae fisiologia. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 84
  • 87. Química, (usada na obra de Barthez) Tem, em geral, uma visão muito restrita quando entende por ‘vitalismo’ uma corrente que afirmava não ser possível sintetizar um composto orgânico fora do corpo. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 85
  • 88. Química X Vitalismo ... 1828 quando Friedrich Wöhler publicou um trabalho sobre a síntese de uréia, provando que compostos orgânicos podiam ser criados artificialmente e derrubando o vitalismo como base teórica para a distinção entre a matéria animada e inanimada. (Wikipedia, História da Bioquímica) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 86
  • 89. Química X Vitalismo ... porém tende-se a “esquecer” que Hans Krebs (1900-1981) publicou em 1932 que o ‘ciclo da uréia’ é somente observado em células vivas... (E. Kinne-Saffran, R. K. H Kinne, “ Vitalism and Synthesis of Urea”. American Journal of Nephrology, 19 (1999) : 290-294 ) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 87
  • 90. [Mas, voltando...] Nunca se deverá esquecer que os termos ‘vitalista’ e ‘vitalismo’ foram invenções do século XIX, que foram se modificando ao longo do tempo. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 88
  • 91. Os termos e sua história Uma fisiopatologia vitalista 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 89
  • 92. Os termos e sua história Uma fisiopatologia vitalista Uma designação dada a posteriori 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 90
  • 93. Uma fisiopatologia vitalista A fisiologia, no sentido moderno do termo, é o resultado de um longo processo de construção. Na pesquisa realizada durante o mestrado, abordamos a contribuição realizada nesse sentido por Barthez 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 91
  • 94. Uma fisiopatologia vitalista Para Barthez a fisiologia “..são as forças do Princípio Vital do homem, suas comunicações ou simpatias , sua reunião em um sistema, suas modificações distintas dentro dos temperamentos e das idades e sua extinção à morte” 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 92
  • 95. Uma fisiopatologia vitalista ‘Princípio vital’ era o nome da causa experimental da vida, apresentada a Barthez pela observação da saúde e das moléstias no homem, ou seja, chegou a essas conclusões por fatos observáveis e observados. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 93
  • 96.
  • 97. o que são moléstias,
  • 98. como se dão os movimentos, tanto dos músculos quanto dos órgãos internos,
  • 99. o que determina a estrutura e a coesão de todas suas partes,
  • 100. o que o faz envelhecer e morrer.01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 94
  • 101. Barthezpropôs sua fisiopatologia baseado em uma síntesede várias correntes filosóficas (“científicas”) e fisiológicas vindas de um vasto apanhado de tendências do século XVII e XVIII, e outras anteriores. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 95
  • 102. O ponto central de qualquer estudo dito ‘vitalista’ é o ser vivo, e esse fato não deve jamais ser esquecido, pois os objetivos, os pressupostos e as conclusões de um estudo desse tipo jamais serão as mesmas que de outras correntes fisiológicas. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 96
  • 103. Os termos e sua história Conclusão 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 97
  • 104. ‘Princípio vital’, Barthez ‘Vitalismo’, Dumas Estes termos, e seus respectivos conceitos, se encaixam em um ‘vitalismo médico de Montpellier’ que será uma designação dada a posteriori, assim como o termo ‘fisiopatologia vitalista’ para designar a fisiopatologia de Barthez. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 98
  • 105. O dito ‘vitalismo’ de Barthez, assim como de outros fisiologistas franceses do período, é muito útil como subsídio para se formar um outro olhar sobre o estudo do ser vivo em geral, sendo um tema atual perante as novas visões da química e da física, e suas interações com a biologia em geral, e a fisiologia em particular. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 99
  • 106. Bartheznão se denominou um ‘vitalista’, não fez nenhum tipo de ‘vitalismo’, foi um estudioso médico, profundamente envolvido em um programa de pesquisa fisiopatológica na França, no século XVIII, na faculdade de medicina de Montpellier em conjunção com determinados círculos e sociedades de Paris. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 100
  • 107. Vitalismo, Matéria e o Ser Vivo
  • 108. Matéria 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 102
  • 109. Matéria Viva Morta ou bruta 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 103
  • 110. Termos e definições Importantes para o estudo do ser vivo do ponto de vista da “matéria” 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 104
  • 111. Gregos Filosofia Pré-socráticos Aristóteles Anatomia Harvey Fisiologia Médicos Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização Biologia Célula Átomo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 105
  • 112. Gregos(ciência ocidental) Filosofia Pré-socráticos Aristóteles Anatomia Harvey Fisiologia Médicos 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 106
  • 113. Gregos Filosofia(= teoria) Pré-socráticos Aristóteles Anatomia Harvey Fisiologia Médicos 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 107
  • 114. Gregos Filosofia Pré-socráticos(matéria) Aristóteles Anatomia Harvey Fisiologia Médicos 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 108
  • 115. Gregos Filosofia Pré-socráticos Aristóteles (ciência ocidental) Anatomia Harvey Fisiologia Médicos 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 109
  • 116. Aristóteles (ciência ocidental) Não como “fundador”, mas como “referência”. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 110
  • 117. Gregos Filosofia Pré-socráticos Aristóteles Anatomia Harvey Fisiologia Médicos ANATOMIA fisiologia 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 111
  • 118. Gregos Filosofia Pré-socráticos Aristóteles Anatomia Harvey(1578 – 1657, circulação) Fisiologia Médicos ANATOMIA Fisiologia Movimento 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 112
  • 119. Gregos Filosofia Pré-socráticos Aristóteles Anatomia Harvey Fisiologia Médicos ANATOMIA FISIOLOGIA Movimento Anatomia animata 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 113
  • 120. Médicos Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização Mestre de ofícios(mestre – aprendiz) Gradações:De Médico de academia a Barbeiro “Pesquisa” 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 114
  • 121. Médicos Filosofia Natural / História Natural (antes do século XIX) Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 115
  • 122. Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização Biologia Célula Átomo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 116
  • 123. Especialização Disciplinaridades Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização (século XIX) Biologia Célula Átomo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 117
  • 124. EspecializaçãoAprofundar o conhecimento DisciplinaridadesDividir o conhecimento Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização (século XIX) Biologia Célula Átomo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 118
  • 125. A palavra, o termo, a disciplina... Só a partir do século XIX Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização Biologia (começo do século XIX) Célula Átomo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 119
  • 126. Disciplinas / especialização Biologia Célula nome, Robert Hooke, 1660; primeira teoria celular, 1838 por Matthias Jakob Schleiden e por Theodor Schwann) Átomo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 120
  • 127. Célula nome, Robert Hooke, 1660; primeira teoria celular, 1838 por Matthias Jakob Schleiden e por Theodor Schwann o modelo ao lado? Primeira metade do século XX... 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 121
  • 128. Química Física Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização Biologia Célula Átomo (conceitos mais modernos, a partir de 1800) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 122
  • 129. Química Física Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização Biologia Célula Átomo (conceitos mais modernos, a partir de 1800) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 123
  • 130. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 124 Como se vê o ser vivo Como se pensa que o ser vivo é Como se pensa que o ser vivo “funciona”
  • 131. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 125 Como se pensa que o ser vivo é Como se vê o ser vivo Como se pensa que o ser vivo “funciona” Como se estuda o ser vivo
  • 132. Como se estuda o ser vivo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 126
  • 133. Como se estuda o ser vivo O vital Vida A matéria Definições de vida Definições de matéria Definições de ser vivo O vital da matéria A vida na matéria 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 127
  • 134. Como se estuda o ser vivo O vital Vida Matéria Definições de vida Definições de matéria Definições de ser vivo O vital da matéria A vida na matéria Como a vida “funciona” na matéria Fisiologia 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 128
  • 135. Como se estuda o ser vivo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 129
  • 136. Como se estuda o ser vivo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 130
  • 137. Como se estuda o ser vivo E o que vem acontecendo, dos gregos até aqui, não um “vitalismo”, mas diferentes modos de se estudar vida, matéria e o ser vivo. E que ocorreu inclusive com Barthez. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 131
  • 138. Como se estuda o ser vivo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 132
  • 139. Biomimética Biomimicry or biomimetics Bionics, bio-inspiration, and biognosis. http://en.wikipedia.org/wiki/Biomimicry 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 133
  • 140. Biomimética A biomimética é uma área da ciência que tem por objetivo o estudo das estruturas biológicas e das suas funções, procurando aprender com a Natureza (e não sobre ela) e utilizar esse conhecimento em diferentes domínios da ciência. Provém da combinação das palavras gregas bíos, que significa vida e mímesis que significa imitação. http://pt.wikipedia.org/wiki/Biomim%C3%A9tica 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 134
  • 141. Biomimética Dito de modo simples, a biomimética é a imitação da vida. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 135
  • 142. Biomimética Trata-se de uma área multidisciplinar que pode envolver diversos ramos da ciência, tais como Biologia, Química, Física, Informática, Matemática e Electrónica. Na Natureza existem vários milhões de espécies das quais menos de dois milhões estão catalogadas até agora. Isto representa uma gigantesca base de dados de soluções inspiradas em sistemas biológicos para a resolução de problemas de engenharia e de outros campos da tecnologia. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 136
  • 143. Biomimética Velcro Desenvolvido a partir de 1941 pelo engenheiro George de Mestral a partir da observação de sementes de grama dotadas de espinhos e ganchos que se prendiam nos pelos de seu cão. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 137
  • 144. Biomimética Superfícies de baixo atrito Inspirada na forma como a pele dos peixes reage ao contato com a água. A mesma tecnologia tem sido aplicada também em cascos de navios, submarinos e mesmo aviões. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 138
  • 145. Biomimética Telas "asa-de-borboleta“ São superfícies de visualização de baixíssimo consumo de energia, baseadas na forma como as asas de borboletas refletem a luz. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 139
  • 146. Biomimética Turbina "WhalePower“ Inspirada na forma das nadadeiras da baleia jubarte, as lâminas nervuradas desse tipo de turbina eólica produzem 32% menos atrito e 8% de deslocamento de ar que as lâminas lisas convencionais. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 140
  • 147. Biomimética Efeito lótus Baseado na forma como as folhas do lótus repele a água e a sujeira, diversas soluções estão sendo desenvolvidas pela indústria para aplicação em tecidos, metais, para-brisas de aviões e faróis de automóveis. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 141
  • 148. Biomimética Design “mergulhando” na Biologia 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 142
  • 149. Biomimética Design “mergulhando” na Biologia Sustentabilidade 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 143
  • 150. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 144
  • 151. Como se estuda o ser vivo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 145
  • 152. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 146 Fonte: revista veterinária Nosso Clínico
  • 154. Questões 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 148
  • 155. QuestõesQuestõessão a base de qualquer reflexão... 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 149
  • 156. Questões O que é um ser vivo ? Como define “vida”? Quais são as diferenças entre a ‘matéria animada’ ( o ser vivo) e a ‘matéria inanimada’ (objetos) ? Como explica que o paciente sofra de sintomas, mas os exames não evidenciem lesão orgânica alguma? 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 150
  • 157. Questões Qual supõe que seja o mecanismo de ação dos medicamentos da terapêutica convencional? Qual supõe que seja o mecanismo de ação do medicamento homeopático? 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 151
  • 158. Questões Quando você prescreve um medicamento convencional, o que espera que ele faça? Depois de prescrever um medicamento convencional, a que você atribui reações inesperadas no paciente? 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 152
  • 159. Questões O que é um ser vivo ? Como define “vida”? O que entende pelo termo “Vitalismo”? Como você considera na atualidade seu paciente? Como você aplica a noção de “vida” em sua prática clínica cotidiana? 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 153
  • 160. Questões O que entende pelo termo “Vitalismo”? Vitalismo = Fisiologia vitalista 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 154
  • 161. Problemas 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 155
  • 162. Problemas 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 156 Máquinas? Maquinário? Mecanicismo? De que máquinas falamos...?
  • 163. Problemas :   1) Como o corpo dos seres vivos superiores, levando em conta sua extrema complexidade, consegue funcionar sem entrar em colapso?   01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 157
  • 164. Problemas :    2) Um relojoeiro pode analisar o funcionamento geral de um relógio, desmonta-lo para analisar suas partes, remontar e analisar novamente seu relógio. Não podemos fazer isso com um ser vivo, nem para pesquisa e nem para a clínica. Sempre que ‘desmontamos’ um ser vivo, extrapolamos o resultado para outros, ‘montados’. Aqui o problema maior é quando se retira o sentido de ‘fazer analogia’ e se coloca o sentido de ‘igual’.   01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 158
  • 165. Problemas :   3) Como medicar os seres vivos não só sabendo sua fisiologia, mas realmente levando em conta sua fisiologia – seus padrões de funcionamento, suas interações de órgãos, moleculares, celulares, bioquímicas ? Como medicar levando em conta o que veio antes, o agora e o depois da patologia ?   01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 159
  • 166. Problemas :    4) ‘Vida’ se deve à forças gerais, puramente físico-químicas, que atuam nos corpos pelas disposições ou combinações de matéria? Ou as propriedades dessa vida são inexplicáveis fora da hipótese de ‘algo’, distinto da matéria (ou não...), atuando no ser vivo?   01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 160
  • 167. Problemas :   5) O genótipo, mesmo apesar do quão profundamente o analisemos, não pode predizer o fenótipo atual, somente pode nos dar o conhecimento de um universo de possíveis fenótipos. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 161
  • 168. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 162
  • 169. E... Porque não usar o Vitalismo como uma das maneiras de se olhar o ser vivo? 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 163
  • 170. O Vitalismo que se usa em Homeopatia é aquele integra um conjunto de sistemas usados, ao longo da história, para explicar as funções nos corpos dos seres vivos. E é importante lembrar o fato de que a fisiologia que se aprende na faculdade funciona como pressuposto, e ao mesmo tempo como padrão de pensamento, para a clínica.   01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 164
  • 171. Para o Vitalismo, em um sentido amplo, os seres vivos têm um modo de ser qualitativamente diferente da matéria bruta/inerte/inanimada. Portanto, as leis que explicam um não são as mesmas que explicam o outro. Em um sentido mais estrito, além da definição acima se acrescente o fato de ser atribuído ao ser vivo um princípio constitutivo, operativo e conservativo.   01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 165
  • 172.   Pode-se talvez explicar setorialmente o funcionamento de partes do corpo por leis físico-químicas. Mas não se pode explicar a vida.   Então as leis da física e da química são aplicáveis aos seres vivos? Sim, mas há algo nos seres vivos, na matéria viva, que faz com que as manifestações dessas leis possam ser diferentes das gerais, conforme sua necessidade fisiológica. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 166
  • 173. Tanto se pode dizer que a física e a química geral ainda não chegaram ao grau de evolução (complexidade) observada nos seres vivos, como se pode dizer que são diferentes. Ou mesmo que são instrumentos de pesquisa para o estudo da matéria viva. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 167
  • 174. O Vitalismo que usamos em Homeopatia tem alguns conceitos fundamentais:   1) Dinamismo (sempre dinâmico, sempre em movimento). 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 168
  • 175. O Vitalismo que usamos em Homeopatia usa alguns conceitos fundamentais:    2) Complexidade (O homem, o ser vivo, é complexo, pois nele ocorrem uma série de eventos ao mesmo tempo, coordenados, interagindo entre si, ao mesmo tempo. E estas interações são imponderáveis. Tem por conseqüência a diversidade, a realidade, a imprevisibilidade absoluta. Ao mesmo tempo em que é um todo indissolúvel, é um ser semelhante, mas não igual aos demais). 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 169
  • 176. O Vitalismo que usamos em Homeopatia usa alguns conceitos fundamentais:    3) princípio vital ou energia vital ou força vital, que é o torna um ser vivo. É constitutivo (que constitui), operativo(que opera) e conservativo(que conserva) da vida, e atua como um ‘maestro’ do funcionamento do ser vivo. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 170
  • 177.  O Vitalismo que usamos em Homeopatia usa alguns conceitos fundamentais:     4) considera o ser vivo como uma unidade autônoma, que é diferente da matéria bruta, que tem uma fisiologia e uma fisiopatologia que lhe é própria, com alterações tanto pontuais quanto ao longo do tempo em seu organismo.     01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 171
  • 178.    Um sistema autônomo, com características próprias e peculiares, que diferem dos objetos constituídos por matéria bruta, apesar de ser constituído por ela; que continuamente está interagindo com seu meio ambiente (sistema aberto). 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 172
  • 179.  É formado por características herdadas de seus pais e através deles, de seus antepassados; por características próprias; e por influência do meio ambiente, além de influências das interações de todos os anteriores. Esta sua interação com o meio ambiente é o que o faz viver: ter sensações, crescer, adoecer, se curar. É o que possibilita sua dinâmica de vida. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 173
  • 180.   Muitas vezes, muito mais do que deveríamos, nos acostumamos com o que nos cerca, e não indagamos mais. Nosso objeto de trabalho, o paciente, é uma destas coisas. Afinal, o que é vida?   01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 174
  • 181. Por que a Homeopatia age também na vida desse indivíduo e não só em sua matéria bruta, que em boa parte o compõe. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 175
  • 182. A Homeopatia, quando se propõe a ser vitalista, olha do ser vivo não só a matéria que o compõe, mas também aquilo que o faz estar vivo. E trabalha terapêuticamenteessas duas coisas, porque o medicamento homeopático possibilita isso. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 176
  • 183. Mas se o clínico não consegue, ou não quer, ver esses dois aspectos do ser vivo, ele continua tratando só a matéria bruta de seu paciente, apesar de usar uma terapêutica homeopática. Então ele será sempre um clínico que usa a Homeopatia, mas não um homeopata. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 177
  • 185. Sugestões de Leitura WAISSE-PRIVEN, S. . Hahnemann: Um Médico de seu Tempo. São Paulo: EDUC/FAPESP, 2005. v. 1. 131 p. WAISSE PRIVEN, S.I. . d & D: duplo Dilema. du Bois-Reymond e Driesch, ou a vitalidade do Vitalismo. 1a. ed. São Paulo: Educ; Fapesp, 2009. v. 1. 340 p. CIMINO, Guido, DUSCHENEAU, François. Vitalisms: from Haller to the Cell Theory. Proceedings of the Zaragoza Symposium XIXth International Congress of History of Science 22-29 August 1993, Firenze, Olschki, 1997. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 179
  • 186. Maria Thereza do Amaral Email: mariathereza.amaral@gmail.com Twitter: @mariatheBR Blog: mariatherezaamaral.wordpress.com Blog Consultoria: http://mthconsultoria.wordpress.com Slideshare: http://www.slideshare.net/mariatherezaamaral