2. 1 – Apresentação 2 – Princípio Vital, Vitalismo e uma Fisiologia Vitalista 3 – Vitalismo, Matéria e o Ser Vivo 4 – “Reflexões Vitalistas” 5 – Sugestões de Leitura 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 2
3. Maria Thereza do Amaral 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 3
13. Pensamento biológico e pensamento clínico Saúde - doença 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 13
14. Pensamento biológico Visão biológica Ver tudo do ponto de vista de um ser vivo Sistemas complexos, dinâmicos, abertos. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 14
35. Como se estuda o ser vivo01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 33
36. E que busca estudar fatores, situações, fatos, teorias, conceitos préHahnemann. Mas vistos por uma historiadora que tem formação em clínica e em Homeopatia. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 34
38. ‘Princípio vital’, ‘vitalismo’ e ‘fisiopatologia vitalista’ Um panorama particular da França entre os anos de 1770 e 1820, em estreita correlação com a faculdade de medicina de Montpellier e os meios científicos de Paris, em oposição a faculdade de Paris. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 36
39. ‘Princípio vital’‘vitalismo’ Criação de fisiólogos do período 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 37 ‘fisiopatologia vitalista’ Criação da autora
40. São componentes de um mesmo conjunto teórico construído ao longo do tempo por diversos campos do saber Necessitam ser analisados para que se entenda melhor a sua dinâmica, o seu contexto, o seu conteúdo e sua construção. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 38
41. Esses termos, e seus respectivos conceitos, se encaixam em uma categoria que podemos chamar de ‘vitalismo médico de Montpellier’ (uma designação dada a posteriori) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 39
42. Pressupomos que sem que um conceito seja estudado em seus próprios termos, em sua época e dentro de seu modelo de ciência específico e explicitado, para que depois seja montado um encadeamento com outros conceitos, não se constrói uma rede conceitual-histórica fidedigna. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 40
43. O processo de construção do trabalho 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 41
44. grupo de pesquisa do CESIMA e seu método geral de pesquisa em História da Ciência. Estudar os conceitos, os autores e suas obras dentro da dimensão em que foram concebidos e na qual foram expressas. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 42
45. Através de documentos as suas tramas e urdiduras e as de suas fontes, suas contextualizações e textualizações, e as condições que contornam nossas escolhas, delimitando nossa pesquisa e nossa atuação como pesquisadores. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 43
46. Através de documentos as suas tramas e urdiduras e as de suas fontes, suas contextualizações e textualizações, e as condições que contornam nossas escolhas, delimitando nossa pesquisa e nossa atuação como pesquisadores. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 44
47. Através de documentos as suas tramas e urdiduras e as de suas fontes, suas contextualizações e textualizações, e as condições que contornam nossas escolhas, delimitando nossa pesquisa e nossa atuação como pesquisadores. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 45
48. Através de documentos as suas tramas e urdiduras e as de suas fontes, suas contextualizações e textualizações, e as condições que contornam nossas escolhas, delimitando nossa pesquisa e nossa atuação como pesquisadores. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 46
49. Através de documentos as suas tramas e urdiduras e as de suas fontes, suas contextualizações e textualizações, e as condições que contornam nossas escolhas, delimitando nossa pesquisa e nossa atuação como pesquisadores. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 47
50. Analisamos o trabalho feito pelo pesquisador ao trabalhar seus objetos, analisamos o que foi estudado sobre ele e analisamos o que outros autores consideraram sobre o autor e sua época. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 48
53. (1) A análise do documento (2) A análise historiográfica (3) A análise do que o cerca 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 51
54. (1) O documento Estudamos o texto através de uma análise de argumentos, de sua coerência interna e vínculos com outros textos, onde fazemos uma análise do texto por ele mesmo, pelos dados que fornece. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 52
55. (2) A análise historiográfica Fazemos uma análise que implica na leitura bidirecional texto-contexto, na procura por indicações de continuidades e permanências de conceitos, teorias e métodos científicos no decorrer do tempo. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 53
56. (3) O que o cerca Todo autor está imerso num universo particular, marcado por direções e influências específicas que nos dão um sentido maior que somente a análise e a crítica do texto nos dariam. Devem ser levadas em conta as especificidades dos contextos e discursos que formam e marcam as concepções científicas de épocas diversas. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 54
57. Os termos e sua história 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 55
58. Os termos e sua história Barthez Paul-Joseph Barthez (1734-1806) médico e fisiologista francês, estudou e dirigiu a faculdade de medicina de Montpellier. Um fator determinante na literatura que se seguiu a partir do final do século XIX, entre dois períodos muito significativos da história da fisiologia médica. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 56
59. Os termos e sua história Barthez 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 57
60. Revolução Francesa Antes, durante e depois (reabilitado por Napoleão). Mudanças na profissão médica, na saúde pública (hospitais) e no ensino da medicina na França. Iluministas e enciclopedistas. Paris e Montpellier – rivalidade “eterna”. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 58
61. Barthez Sua principal obra, Nouveaux Éléments de la Science de l`Homme, foi publicada em 1778, e é onde ele propõe um método de estudo e de compreensão fisiopatológica para o ser vivo. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 59
62. Barthez Suas obras podem ser agrupadas em três fases: de 1772 a 1774, a sua fase mais geral, obras foram escritas em latim e ele expõe, em sua obra OrationAcademica de Principio HominisVitali (1772-1773), sua teoria do ‘princípio vital’, que ele detalhou na obra seguinte, Nova Doctrina de Functionibus [Fonctionibus] Naturae (1774); 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 60
63. Barthez a fase que vai de 1778 a 1801, ocorre a fundamentação de suas teorias obras escritas em francês, propõe, na obra NoveauÉléments de La Science de l’Homme de 1778, um novo modelo fisiológico, coerente com uma proposta de abordagem de um ‘Homem Inteiro’ (HommeEntiere). 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 61
64. Barthez a fase que vai de 1778 a 1801, ocorre a fundamentação de suas teorias obras escritas em francês, Que por sua vez estava inserida em uma proposta geral de conhecimento, a ‘Ciência do Homem’ (Science de l’Homme). 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 62
65. Barthez e fase a que vai de 1801 a 1806, ocorre a aplicação de suas teorias em suas práticas médicas, obras estas escritas em francês. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 63
66. Barthez Em todas estas fases o que se observa é a evolução do conceito de ‘princípio vital’. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 64
67. Barthez Quando se fala em Barthez é muito comum o uso da expressão ‘princípio vital’ para caracterizar o que seria seu ‘vitalismo’. O conceito de ‘princípio’,apesar de muito utilizado em sua obra, era um conceito aplicado a várias áreas e que fazia parte do contexto científico de sua época. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 65
68. Barthez O desenvolvimento de uma ‘fisiologia do homem’, nas palavras do próprio Barthez: “... são as forças do Princípio Vital do homem, suas comunicações ou simpatias, sua reunião em sistema, suas modificações distintas dentro dos temperamentos e da idade e sua extinção à morte” . P-J. Barthez, Nouveaux éléments de la science de l'homme, v.1, pp.35-6. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 66
69. Barthez Para ele o uso do termo ‘princípio vital’ teria duas finalidades: uma, seria a de usar uma expressão que possibilitasse “encurtar o cálculo analítico dos fenômenos” 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 67
70. Barthez A outra teria a função de indicar que o fenômeno da existência da vida em um ser vivo se dá através de algo, que tinha as características de poder vir de fora do corpo do ser ou não, que tinha a característica de não ser a alma e também de estar intimamente ligado à matéria a quem dava esta vida, mas não ser gerado por essa matéria. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 68
71. Barthez A esse algoBarthez deu o nome ‘princípio vital’. P-J. Barthez, Nouveaux éléments de la science de l’homme, v.1, p. 18-9, p. 2. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 69
72. Barthez Em NoveauÉléments de La Science de l’Homme, Barthez afirma que “...eu chamo de Princípio vitaldo homem a causa que produz todos os fenômenos da vida no corpo humano. O nome dessa causa é assaz indiferente e pode ser dado à vontade.” 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 70
73. Barthez O que caracterizaria a dinâmica fisiológica de Barthez pode ser colocado nos seguintes termos: Oque faz a vida ocorrer seria o ‘princípio vital’, mas ele não definiria que ela é. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 71
74. Barthez Esse ‘princípio vital’ agiria através de forças que produziriam todos os fenômenos da vida no corpo humano, desde seu início até seu fim. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 72
75. Os termos e sua história Dumas 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 73
76. Dumas O médico e fisiologista Charles-Louis Dumas (1765 – 1813), no prefácio de sua obra Principes de Physiologi, de 1800, cita três grandes direções nos estudos anatomo-fisiológicos que dariam origem a diferentes hipóteses: 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 74
77. Dumas A materialista A espiritualista A de outrosfisiológos. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 75
78. Dumas Aterceira, de outros fisiológos que consideram que todos fenômenos da vida não são devidos nem à matéria e tampouco à alma, mas a um princípio intermediário que possui faculdades tanto como de um, como de outro, e que regra, dispõe e ordena todos os atos de vitalidade, sem ser movido por estímulos físicos do corpo material, nem dirigido pelas afecções morais ou previsões intelectuais do próprio pensamento. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 76
79. Dumas Destas três ‘seitas’ derivariam todas as outras, que para Dumas estariam dividindo os fisiólogos: a primeira dos mecânicos e dos químicos, a segunda dos animistas e dos stahlinianos, a terceira dos vitalistas. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 77
80. Dumas A terceira orientação : Barthez, responde furiosamente a Dumas... (...mas a um princípio intermediário que possui faculdades tanto como de um, como de outro, e que regra, dispõe e ordena todos os atos de vitalidade...) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 78
81. Dumas E foi aqui que o termo ‘vitalista’ foi cunhado e definido, ou seja, em 1800. (‘princípio vital’ em 1772) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 79
82. Os termos e sua história Vitalismo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 80
83. O vitalismo Vitalismo é um termo usado para indicar qualquer doutrina filosófica, médica ou biológica que considere os fenômenos vitais como irredutíveis aos fenômenos físico-químicos. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 81
84. Essa irredutibilidade pode ser comum a todas correntes, mas a forma como elas definem, qualificam e quantificam esta irredutibilidade, e o que elas procuram com isso, varia enormemente. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 82
85. Embora este seja um núcleo de definição comum a todas correntes, doutrinas, e visões ditas ‘vitalistas’, a expressão ‘vitalismo’ na realidade é ambígua, e apesar de evidências superficiais não indicarem isto, ela nós remete a vários tipos de estudos e concepções, com objetivos diversos, e feitos em épocas diversas. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 83
86. Uma de nossas dificuldades em conceituar e contextualizar apropriadamente o termo ‘vitalismo’ é o fato de que ele foi discutido e aplicado, com conceitos diferentes, em áreas diversas, tais como filosofia, biologia, medicina, químicae fisiologia. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 84
87. Química, (usada na obra de Barthez) Tem, em geral, uma visão muito restrita quando entende por ‘vitalismo’ uma corrente que afirmava não ser possível sintetizar um composto orgânico fora do corpo. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 85
88. Química X Vitalismo ... 1828 quando Friedrich Wöhler publicou um trabalho sobre a síntese de uréia, provando que compostos orgânicos podiam ser criados artificialmente e derrubando o vitalismo como base teórica para a distinção entre a matéria animada e inanimada. (Wikipedia, História da Bioquímica) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 86
89. Química X Vitalismo ... porém tende-se a “esquecer” que Hans Krebs (1900-1981) publicou em 1932 que o ‘ciclo da uréia’ é somente observado em células vivas... (E. Kinne-Saffran, R. K. H Kinne, “ Vitalism and Synthesis of Urea”. American Journal of Nephrology, 19 (1999) : 290-294 ) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 87
90. [Mas, voltando...] Nunca se deverá esquecer que os termos ‘vitalista’ e ‘vitalismo’ foram invenções do século XIX, que foram se modificando ao longo do tempo. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 88
91. Os termos e sua história Uma fisiopatologia vitalista 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 89
92. Os termos e sua história Uma fisiopatologia vitalista Uma designação dada a posteriori 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 90
93. Uma fisiopatologia vitalista A fisiologia, no sentido moderno do termo, é o resultado de um longo processo de construção. Na pesquisa realizada durante o mestrado, abordamos a contribuição realizada nesse sentido por Barthez 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 91
94. Uma fisiopatologia vitalista Para Barthez a fisiologia “..são as forças do Princípio Vital do homem, suas comunicações ou simpatias , sua reunião em um sistema, suas modificações distintas dentro dos temperamentos e das idades e sua extinção à morte” 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 92
95. Uma fisiopatologia vitalista ‘Princípio vital’ era o nome da causa experimental da vida, apresentada a Barthez pela observação da saúde e das moléstias no homem, ou seja, chegou a essas conclusões por fatos observáveis e observados. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 93
98. como se dão os movimentos, tanto dos músculos quanto dos órgãos internos,
99. o que determina a estrutura e a coesão de todas suas partes,
100. o que o faz envelhecer e morrer.01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 94
101. Barthezpropôs sua fisiopatologia baseado em uma síntesede várias correntes filosóficas (“científicas”) e fisiológicas vindas de um vasto apanhado de tendências do século XVII e XVIII, e outras anteriores. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 95
102. O ponto central de qualquer estudo dito ‘vitalista’ é o ser vivo, e esse fato não deve jamais ser esquecido, pois os objetivos, os pressupostos e as conclusões de um estudo desse tipo jamais serão as mesmas que de outras correntes fisiológicas. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 96
103. Os termos e sua história Conclusão 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 97
104. ‘Princípio vital’, Barthez ‘Vitalismo’, Dumas Estes termos, e seus respectivos conceitos, se encaixam em um ‘vitalismo médico de Montpellier’ que será uma designação dada a posteriori, assim como o termo ‘fisiopatologia vitalista’ para designar a fisiopatologia de Barthez. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 98
105. O dito ‘vitalismo’ de Barthez, assim como de outros fisiologistas franceses do período, é muito útil como subsídio para se formar um outro olhar sobre o estudo do ser vivo em geral, sendo um tema atual perante as novas visões da química e da física, e suas interações com a biologia em geral, e a fisiologia em particular. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 99
106. Bartheznão se denominou um ‘vitalista’, não fez nenhum tipo de ‘vitalismo’, foi um estudioso médico, profundamente envolvido em um programa de pesquisa fisiopatológica na França, no século XVIII, na faculdade de medicina de Montpellier em conjunção com determinados círculos e sociedades de Paris. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 100
117. Gregos Filosofia Pré-socráticos Aristóteles Anatomia Harvey Fisiologia Médicos ANATOMIA fisiologia 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 111
118. Gregos Filosofia Pré-socráticos Aristóteles Anatomia Harvey(1578 – 1657, circulação) Fisiologia Médicos ANATOMIA Fisiologia Movimento 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 112
119. Gregos Filosofia Pré-socráticos Aristóteles Anatomia Harvey Fisiologia Médicos ANATOMIA FISIOLOGIA Movimento Anatomia animata 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 113
120. Médicos Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização Mestre de ofícios(mestre – aprendiz) Gradações:De Médico de academia a Barbeiro “Pesquisa” 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 114
121. Médicos Filosofia Natural / História Natural (antes do século XIX) Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 115
122. Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização Biologia Célula Átomo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 116
123. Especialização Disciplinaridades Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização (século XIX) Biologia Célula Átomo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 117
124. EspecializaçãoAprofundar o conhecimento DisciplinaridadesDividir o conhecimento Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização (século XIX) Biologia Célula Átomo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 118
125. A palavra, o termo, a disciplina... Só a partir do século XIX Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização Biologia (começo do século XIX) Célula Átomo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 119
126. Disciplinas / especialização Biologia Célula nome, Robert Hooke, 1660; primeira teoria celular, 1838 por Matthias Jakob Schleiden e por Theodor Schwann) Átomo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 120
127. Célula nome, Robert Hooke, 1660; primeira teoria celular, 1838 por Matthias Jakob Schleiden e por Theodor Schwann o modelo ao lado? Primeira metade do século XX... 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 121
128. Química Física Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização Biologia Célula Átomo (conceitos mais modernos, a partir de 1800) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 122
129. Química Física Filosofia Natural / História Natural Filósofos / cientistas (século XIX) Disciplinas / especialização Biologia Célula Átomo (conceitos mais modernos, a partir de 1800) 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 123
130. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 124 Como se vê o ser vivo Como se pensa que o ser vivo é Como se pensa que o ser vivo “funciona”
131. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 125 Como se pensa que o ser vivo é Como se vê o ser vivo Como se pensa que o ser vivo “funciona” Como se estuda o ser vivo
132. Como se estuda o ser vivo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 126
133. Como se estuda o ser vivo O vital Vida A matéria Definições de vida Definições de matéria Definições de ser vivo O vital da matéria A vida na matéria 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 127
134. Como se estuda o ser vivo O vital Vida Matéria Definições de vida Definições de matéria Definições de ser vivo O vital da matéria A vida na matéria Como a vida “funciona” na matéria Fisiologia 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 128
135. Como se estuda o ser vivo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 129
136. Como se estuda o ser vivo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 130
137. Como se estuda o ser vivo E o que vem acontecendo, dos gregos até aqui, não um “vitalismo”, mas diferentes modos de se estudar vida, matéria e o ser vivo. E que ocorreu inclusive com Barthez. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 131
138. Como se estuda o ser vivo 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 132
140. Biomimética A biomimética é uma área da ciência que tem por objetivo o estudo das estruturas biológicas e das suas funções, procurando aprender com a Natureza (e não sobre ela) e utilizar esse conhecimento em diferentes domínios da ciência. Provém da combinação das palavras gregas bíos, que significa vida e mímesis que significa imitação. http://pt.wikipedia.org/wiki/Biomim%C3%A9tica 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 134
141. Biomimética Dito de modo simples, a biomimética é a imitação da vida. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 135
142. Biomimética Trata-se de uma área multidisciplinar que pode envolver diversos ramos da ciência, tais como Biologia, Química, Física, Informática, Matemática e Electrónica. Na Natureza existem vários milhões de espécies das quais menos de dois milhões estão catalogadas até agora. Isto representa uma gigantesca base de dados de soluções inspiradas em sistemas biológicos para a resolução de problemas de engenharia e de outros campos da tecnologia. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 136
143. Biomimética Velcro Desenvolvido a partir de 1941 pelo engenheiro George de Mestral a partir da observação de sementes de grama dotadas de espinhos e ganchos que se prendiam nos pelos de seu cão. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 137
144. Biomimética Superfícies de baixo atrito Inspirada na forma como a pele dos peixes reage ao contato com a água. A mesma tecnologia tem sido aplicada também em cascos de navios, submarinos e mesmo aviões. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 138
145. Biomimética Telas "asa-de-borboleta“ São superfícies de visualização de baixíssimo consumo de energia, baseadas na forma como as asas de borboletas refletem a luz. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 139
146. Biomimética Turbina "WhalePower“ Inspirada na forma das nadadeiras da baleia jubarte, as lâminas nervuradas desse tipo de turbina eólica produzem 32% menos atrito e 8% de deslocamento de ar que as lâminas lisas convencionais. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 140
147. Biomimética Efeito lótus Baseado na forma como as folhas do lótus repele a água e a sujeira, diversas soluções estão sendo desenvolvidas pela indústria para aplicação em tecidos, metais, para-brisas de aviões e faróis de automóveis. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 141
156. Questões O que é um ser vivo ? Como define “vida”? Quais são as diferenças entre a ‘matéria animada’ ( o ser vivo) e a ‘matéria inanimada’ (objetos) ? Como explica que o paciente sofra de sintomas, mas os exames não evidenciem lesão orgânica alguma? 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 150
157. Questões Qual supõe que seja o mecanismo de ação dos medicamentos da terapêutica convencional? Qual supõe que seja o mecanismo de ação do medicamento homeopático? 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 151
158. Questões Quando você prescreve um medicamento convencional, o que espera que ele faça? Depois de prescrever um medicamento convencional, a que você atribui reações inesperadas no paciente? 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 152
159. Questões O que é um ser vivo ? Como define “vida”? O que entende pelo termo “Vitalismo”? Como você considera na atualidade seu paciente? Como você aplica a noção de “vida” em sua prática clínica cotidiana? 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 153
160. Questões O que entende pelo termo “Vitalismo”? Vitalismo = Fisiologia vitalista 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 154
162. Problemas 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 156 Máquinas? Maquinário? Mecanicismo? De que máquinas falamos...?
163. Problemas : 1) Como o corpo dos seres vivos superiores, levando em conta sua extrema complexidade, consegue funcionar sem entrar em colapso? 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 157
164. Problemas : 2) Um relojoeiro pode analisar o funcionamento geral de um relógio, desmonta-lo para analisar suas partes, remontar e analisar novamente seu relógio. Não podemos fazer isso com um ser vivo, nem para pesquisa e nem para a clínica. Sempre que ‘desmontamos’ um ser vivo, extrapolamos o resultado para outros, ‘montados’. Aqui o problema maior é quando se retira o sentido de ‘fazer analogia’ e se coloca o sentido de ‘igual’. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 158
165. Problemas : 3) Como medicar os seres vivos não só sabendo sua fisiologia, mas realmente levando em conta sua fisiologia – seus padrões de funcionamento, suas interações de órgãos, moleculares, celulares, bioquímicas ? Como medicar levando em conta o que veio antes, o agora e o depois da patologia ? 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 159
166. Problemas : 4) ‘Vida’ se deve à forças gerais, puramente físico-químicas, que atuam nos corpos pelas disposições ou combinações de matéria? Ou as propriedades dessa vida são inexplicáveis fora da hipótese de ‘algo’, distinto da matéria (ou não...), atuando no ser vivo? 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 160
167. Problemas : 5) O genótipo, mesmo apesar do quão profundamente o analisemos, não pode predizer o fenótipo atual, somente pode nos dar o conhecimento de um universo de possíveis fenótipos. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 161
169. E... Porque não usar o Vitalismo como uma das maneiras de se olhar o ser vivo? 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 163
170. O Vitalismo que se usa em Homeopatia é aquele integra um conjunto de sistemas usados, ao longo da história, para explicar as funções nos corpos dos seres vivos. E é importante lembrar o fato de que a fisiologia que se aprende na faculdade funciona como pressuposto, e ao mesmo tempo como padrão de pensamento, para a clínica. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 164
171. Para o Vitalismo, em um sentido amplo, os seres vivos têm um modo de ser qualitativamente diferente da matéria bruta/inerte/inanimada. Portanto, as leis que explicam um não são as mesmas que explicam o outro. Em um sentido mais estrito, além da definição acima se acrescente o fato de ser atribuído ao ser vivo um princípio constitutivo, operativo e conservativo. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 165
172. Pode-se talvez explicar setorialmente o funcionamento de partes do corpo por leis físico-químicas. Mas não se pode explicar a vida. Então as leis da física e da química são aplicáveis aos seres vivos? Sim, mas há algo nos seres vivos, na matéria viva, que faz com que as manifestações dessas leis possam ser diferentes das gerais, conforme sua necessidade fisiológica. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 166
173. Tanto se pode dizer que a física e a química geral ainda não chegaram ao grau de evolução (complexidade) observada nos seres vivos, como se pode dizer que são diferentes. Ou mesmo que são instrumentos de pesquisa para o estudo da matéria viva. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 167
174. O Vitalismo que usamos em Homeopatia tem alguns conceitos fundamentais: 1) Dinamismo (sempre dinâmico, sempre em movimento). 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 168
175. O Vitalismo que usamos em Homeopatia usa alguns conceitos fundamentais: 2) Complexidade (O homem, o ser vivo, é complexo, pois nele ocorrem uma série de eventos ao mesmo tempo, coordenados, interagindo entre si, ao mesmo tempo. E estas interações são imponderáveis. Tem por conseqüência a diversidade, a realidade, a imprevisibilidade absoluta. Ao mesmo tempo em que é um todo indissolúvel, é um ser semelhante, mas não igual aos demais). 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 169
176. O Vitalismo que usamos em Homeopatia usa alguns conceitos fundamentais: 3) princípio vital ou energia vital ou força vital, que é o torna um ser vivo. É constitutivo (que constitui), operativo(que opera) e conservativo(que conserva) da vida, e atua como um ‘maestro’ do funcionamento do ser vivo. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 170
177. O Vitalismo que usamos em Homeopatia usa alguns conceitos fundamentais: 4) considera o ser vivo como uma unidade autônoma, que é diferente da matéria bruta, que tem uma fisiologia e uma fisiopatologia que lhe é própria, com alterações tanto pontuais quanto ao longo do tempo em seu organismo. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 171
178. Um sistema autônomo, com características próprias e peculiares, que diferem dos objetos constituídos por matéria bruta, apesar de ser constituído por ela; que continuamente está interagindo com seu meio ambiente (sistema aberto). 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 172
179. É formado por características herdadas de seus pais e através deles, de seus antepassados; por características próprias; e por influência do meio ambiente, além de influências das interações de todos os anteriores. Esta sua interação com o meio ambiente é o que o faz viver: ter sensações, crescer, adoecer, se curar. É o que possibilita sua dinâmica de vida. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 173
180. Muitas vezes, muito mais do que deveríamos, nos acostumamos com o que nos cerca, e não indagamos mais. Nosso objeto de trabalho, o paciente, é uma destas coisas. Afinal, o que é vida? 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 174
181. Por que a Homeopatia age também na vida desse indivíduo e não só em sua matéria bruta, que em boa parte o compõe. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 175
182. A Homeopatia, quando se propõe a ser vitalista, olha do ser vivo não só a matéria que o compõe, mas também aquilo que o faz estar vivo. E trabalha terapêuticamenteessas duas coisas, porque o medicamento homeopático possibilita isso. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 176
183. Mas se o clínico não consegue, ou não quer, ver esses dois aspectos do ser vivo, ele continua tratando só a matéria bruta de seu paciente, apesar de usar uma terapêutica homeopática. Então ele será sempre um clínico que usa a Homeopatia, mas não um homeopata. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 177
185. Sugestões de Leitura WAISSE-PRIVEN, S. . Hahnemann: Um Médico de seu Tempo. São Paulo: EDUC/FAPESP, 2005. v. 1. 131 p. WAISSE PRIVEN, S.I. . d & D: duplo Dilema. du Bois-Reymond e Driesch, ou a vitalidade do Vitalismo. 1a. ed. São Paulo: Educ; Fapesp, 2009. v. 1. 340 p. CIMINO, Guido, DUSCHENEAU, François. Vitalisms: from Haller to the Cell Theory. Proceedings of the Zaragoza Symposium XIXth International Congress of History of Science 22-29 August 1993, Firenze, Olschki, 1997. 01/09/2011 Maria Thereza do Amaral 179
186. Maria Thereza do Amaral Email: mariathereza.amaral@gmail.com Twitter: @mariatheBR Blog: mariatherezaamaral.wordpress.com Blog Consultoria: http://mthconsultoria.wordpress.com Slideshare: http://www.slideshare.net/mariatherezaamaral