Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
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1. Ego transformado
Autor: Timothy Keller
Editora: Vida Nova
Texto base I Co 3:21 a 4:7
O ego segundo o senso comum: Até o século XX as culturas tradicionais acreditavam que uma
auto estima elevada demais era a causa dos males da sociedade: a pessoa faz o mal por se
achar acima dos outros. A crença predominante hoje na sociedade é de que fazem o mal por
falta de auto estima: uma compensação pela inferioridade, sentimento de revolta ou até
mesmo vingança.
O ego humano tem quatro características:
1 - é vazio: busca incessantemente por valor e nunca se satisfaz;
2 - é dolorido: vive chamando atenção para si e machuca-se com facilidade;
3 - é atarefado: vive se comparando com os outros em busca do prazer de ser, fazer ou ter
mais que os outros;
4 - é frágil: quando está superinflado (orgulhoso) corre o risco de estourar e murchar
(complexo de inferioridade).
Nossa identidade não pode depender da opinião dos outros, Paulo afirma que não se importa
com o que pensam dele, e a sociedade atual ensina que o que importa é o que pensamos de
nós mesmo. Mas nossa própria opinião também não deve definir nossa identidade, Paulo
também não se importava com o que pensava de si mesmo. A humildade não é pensar mais ou
menos de si mesmo, mas sim, pensar menos em si mesmo. Essa é a verdadeira humildade
cristã segundo C. S. Lewis.
A humildade do evangelho mata a necessidade de pensar em si mesmo porque deixa o ego
satisfeito. A pessoa não se orgulha com os elogios e não se abate com as críticas, pois sua
identidade não depende delas.
Paulo não busca mais um veredicto, seja dos outros ou dele mesmo, porque sabe que o único
veredicto que realmente importa já foi anunciado, e é o de Deus.
Esse veredicto é anunciado antes de desempenharmos nossas ações. Nenhuma boa obra nos
faz ser mais amados por Deus, como nenhum erro nos condena porque Cristo já cumpriu a
nossa pena.
Temos de reviver o evangelho a todo instante e tomar consciência de que o julgamento já
terminou para nos apropriarmos dessa liberdade.
Daniel Solano de Oliveira