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O COMÉRCIO À ESCALA MUNDIAL
O Comércio intercontinental  no Século XVI: rutura ou continuidade?
As rotas do comércio medieval Principais áreas de comércio
“ Na última década do século XV, a visão mediterrânico-continental foi substituída pela visão oceânica do Globo. (...) No primeiro quartel do séc. XVI, a produção e a circulação de bens multiplicam-se e a economia passa a desenvolver-se à escala do Mundo” Vitorino Magalhães Godinho,  Os descobrimentos e a Economia Mundial, Lisboa,  1983
QUE ROTAS SURGIRAM  NO SÉCULO XVI?
Ormuz Goa Lisboa Mina  Angola Moçambique Timor Malaca Macau Japão Cabo Verde
  ” Entre as especiarias, a pimenta desempenhou sempre um papel preponderante porque, ao invés das outras, dá lugar a um comércio de massas... a pimenta, só por si, excede em quantidade todas as outras especiarias consideradas conjuntamente.” Vitorino Magalhães Godinho,  Os descobrimentos e a Economia Mundial , Lisboa, 1983   ” Esperavam-se as notícias de Portugal sobre a chegada das suas caravelas, e aguardava-se uma tal notícia com medo e apreensão [...]. Na feira alemã de Veneza, há muito poucos negócios. E isto porque os Alemães não querem comprar a altos preços correntes [...] dado a pequena quantidade de especiarias que se encontram em Veneza. [...] E, na verdade, havia muito menos trocas do que se poderia ter previsto. E isto provinha do facto de os alemães não comprarem de imediato o que necessitavam; porque não sabiam que especiarias seriam trazidas pelas caravelas portuguesas .” Diário de um mercador veneziano, 1508, em  Les Mémoires de l´Europe , Paris, 1972   ” Uma dona da rainha D. Isabel tinha ataques e era então preciso ligarem-lhe os pés e mãos, porque a não podiam ter doutra guisa, e lançauomlhe pimenta muyda pelos narizes (...).” In Vitorino Magalhães Godinho,  Mito e Mercadoria, Utopia e Prática de Navegar, Séc. XIII-XVIII , Lisboa, 1990
Brasil Lisboa Mina
escravos Açúcar, tabaco, café, cacau, algodão, ouro Panos, armas, quinquilharias, álcool tabaco, aguardente Produtos manufaturados Escravos, Marfim, pimenta, ouro
 
Acapulco México Manila Vera Cruz Peru Sevilha Lisboa Exerc. 1, 2 e 3 da F.T.
Que produtos faziam parte do comércio mundial  no século XVI?
Ouro, Prata, Cobre, Chumbo Tecidos, cereais, quinquilharias Sevilha Lisboa Prod. manufaturados, cereais e vinho AMÉRICA Prata, Ouro, Açucar, Madeiras ÁFRICA Ouro, Escravos, Marfim, Malagueta ÁSIA Especiarias, Sedas,  Porcelanas, Tapetes, Perfumes, Madeira exóticas, Pedras Preciosas Europa
Os descobrimentos contribuíram para a troca de produtos entre continentes. ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],- Milho miúdo - Café A Europa levou para a América:  A América forneceu:  A Ásia deu a a conhecer: A África forneceu à Europa
Como estava organizado o comércio intercontinental no séc. XVI?
Para organizar o comércio colonial foram criados dois organismos : Casa da Índia  Casa de Contratación de Índias Lisboa Sevilha Doc. 6 Pág. 47
Lisboa “ O Português e o Espanhol, que não podem viver sem nos mendigar o pão, foram procurar o Peru, o Golfo Pérsico, a Índia, a América e outras terras, e aí cavaram as entranhas da terra para dela tirar o ouro e no-la trazer todos os anos, em belos lingotes, em portugueses, ducados e pistolas (moedas) e noutras espécies, para obter os nossos trigos, telas, panos, papel e outras mercadorias.” Discurso sobre as causas da carestia em França (1574) cit in M. Chalanges,  Pour une Histoire Vivante Exerc. 4 e 5 da F.T.
O COMÉRCIO À ESCALA MUNDIAL Expansão ibérica Mundialização da economia Novas rotas do comércio intercontinental América Rotas Atlânticas Importantes centros económicos Produtos Rota do Cabo Rota de Manila nomeadamente: através das quais circulavam África Ásia deram início à Lisboa Sevilha Antuérpia Política de transporte Redistribuição  dos produtos originando para como ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],A Rota do Extremo Oriente ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],praticavam uma onde era feita a abriu
De que modo a mundialização da economia alterou o quotidiano das populações?
Paralelamente à circulação de novos produtos, muitos hábitos e costumes europeus foram alterados com o convívio entre os povos.
Em Portugal tem-se como uma grande desonra exercer alguma profissão. Os escravos pululam por toda a parte. Todo o serviço é feito por negros e por mouros cativos. Portugal está a abarrotar com essa raça de gente [...] Estou em crer que em Lisboa os escravos e as escravas são mais do que os portugueses livres de condição. Nicolau Clenardo , Carta a Látomo   Os novos produtos importados provocaram  mudanças na vida das populações : a) Alimentação e   paisagens agrárias ;  d) Decoração b) Costumes ;   c) Vestuário; e) Mão-de-obra escrava
A expansão Ibérica possibilitou o intercâmbio de culturas e a miscigenação. O contato entre europeus, africanos, ameríndios e orientais permitiu uma troca de conhecimentos, hábitos, costumes, língua, religiões... Todos estes povos beneficiaram do processo de  aculturação.
Língua Arquitetura As influências linguísticas foram um dos resultados do encontro de culturas desencadeado pelos descobrimentos portugueses. Palavras japonesas Palavras portuguesas Bolo Botan Koppu Kirishitan Pan Shabon Tabako Beranda Bidro Karusan Ouro Preto, Brasil Goa Macau
Arte
Não me temo de Castela donde inda guerra não soa; mas temo-me de Lisboa, que, ao cheiro desta canela, o Reino nos despovoa .  Sá de Miranda Movimentos migratórios
Conclusão ,[object Object]
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Comércio à escala mundial

  • 1. O COMÉRCIO À ESCALA MUNDIAL
  • 2. O Comércio intercontinental no Século XVI: rutura ou continuidade?
  • 3. As rotas do comércio medieval Principais áreas de comércio
  • 4. “ Na última década do século XV, a visão mediterrânico-continental foi substituída pela visão oceânica do Globo. (...) No primeiro quartel do séc. XVI, a produção e a circulação de bens multiplicam-se e a economia passa a desenvolver-se à escala do Mundo” Vitorino Magalhães Godinho, Os descobrimentos e a Economia Mundial, Lisboa, 1983
  • 5. QUE ROTAS SURGIRAM NO SÉCULO XVI?
  • 6. Ormuz Goa Lisboa Mina Angola Moçambique Timor Malaca Macau Japão Cabo Verde
  • 7.   ” Entre as especiarias, a pimenta desempenhou sempre um papel preponderante porque, ao invés das outras, dá lugar a um comércio de massas... a pimenta, só por si, excede em quantidade todas as outras especiarias consideradas conjuntamente.” Vitorino Magalhães Godinho, Os descobrimentos e a Economia Mundial , Lisboa, 1983   ” Esperavam-se as notícias de Portugal sobre a chegada das suas caravelas, e aguardava-se uma tal notícia com medo e apreensão [...]. Na feira alemã de Veneza, há muito poucos negócios. E isto porque os Alemães não querem comprar a altos preços correntes [...] dado a pequena quantidade de especiarias que se encontram em Veneza. [...] E, na verdade, havia muito menos trocas do que se poderia ter previsto. E isto provinha do facto de os alemães não comprarem de imediato o que necessitavam; porque não sabiam que especiarias seriam trazidas pelas caravelas portuguesas .” Diário de um mercador veneziano, 1508, em Les Mémoires de l´Europe , Paris, 1972   ” Uma dona da rainha D. Isabel tinha ataques e era então preciso ligarem-lhe os pés e mãos, porque a não podiam ter doutra guisa, e lançauomlhe pimenta muyda pelos narizes (...).” In Vitorino Magalhães Godinho, Mito e Mercadoria, Utopia e Prática de Navegar, Séc. XIII-XVIII , Lisboa, 1990
  • 9. escravos Açúcar, tabaco, café, cacau, algodão, ouro Panos, armas, quinquilharias, álcool tabaco, aguardente Produtos manufaturados Escravos, Marfim, pimenta, ouro
  • 10.  
  • 11. Acapulco México Manila Vera Cruz Peru Sevilha Lisboa Exerc. 1, 2 e 3 da F.T.
  • 12. Que produtos faziam parte do comércio mundial no século XVI?
  • 13. Ouro, Prata, Cobre, Chumbo Tecidos, cereais, quinquilharias Sevilha Lisboa Prod. manufaturados, cereais e vinho AMÉRICA Prata, Ouro, Açucar, Madeiras ÁFRICA Ouro, Escravos, Marfim, Malagueta ÁSIA Especiarias, Sedas, Porcelanas, Tapetes, Perfumes, Madeira exóticas, Pedras Preciosas Europa
  • 14.
  • 15. Como estava organizado o comércio intercontinental no séc. XVI?
  • 16. Para organizar o comércio colonial foram criados dois organismos : Casa da Índia Casa de Contratación de Índias Lisboa Sevilha Doc. 6 Pág. 47
  • 17. Lisboa “ O Português e o Espanhol, que não podem viver sem nos mendigar o pão, foram procurar o Peru, o Golfo Pérsico, a Índia, a América e outras terras, e aí cavaram as entranhas da terra para dela tirar o ouro e no-la trazer todos os anos, em belos lingotes, em portugueses, ducados e pistolas (moedas) e noutras espécies, para obter os nossos trigos, telas, panos, papel e outras mercadorias.” Discurso sobre as causas da carestia em França (1574) cit in M. Chalanges, Pour une Histoire Vivante Exerc. 4 e 5 da F.T.
  • 18.
  • 19. De que modo a mundialização da economia alterou o quotidiano das populações?
  • 20. Paralelamente à circulação de novos produtos, muitos hábitos e costumes europeus foram alterados com o convívio entre os povos.
  • 21. Em Portugal tem-se como uma grande desonra exercer alguma profissão. Os escravos pululam por toda a parte. Todo o serviço é feito por negros e por mouros cativos. Portugal está a abarrotar com essa raça de gente [...] Estou em crer que em Lisboa os escravos e as escravas são mais do que os portugueses livres de condição. Nicolau Clenardo , Carta a Látomo Os novos produtos importados provocaram mudanças na vida das populações : a) Alimentação e paisagens agrárias ; d) Decoração b) Costumes ; c) Vestuário; e) Mão-de-obra escrava
  • 22. A expansão Ibérica possibilitou o intercâmbio de culturas e a miscigenação. O contato entre europeus, africanos, ameríndios e orientais permitiu uma troca de conhecimentos, hábitos, costumes, língua, religiões... Todos estes povos beneficiaram do processo de aculturação.
  • 23. Língua Arquitetura As influências linguísticas foram um dos resultados do encontro de culturas desencadeado pelos descobrimentos portugueses. Palavras japonesas Palavras portuguesas Bolo Botan Koppu Kirishitan Pan Shabon Tabako Beranda Bidro Karusan Ouro Preto, Brasil Goa Macau
  • 24. Arte
  • 25. Não me temo de Castela donde inda guerra não soa; mas temo-me de Lisboa, que, ao cheiro desta canela, o Reino nos despovoa . Sá de Miranda Movimentos migratórios
  • 26.
  • 27.