ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
Análise do Livro "A Última Grande Lição", de Mitch Albom
1. Análise da obra A última Grande Lição, de Mitch Albom
A trama do livro, que relata uma história real sucedida com o autor,
acontece durante 1995. O livro nos traz a história do jornalista esportivo Mitch,
que depois de 16 anos se reencontra com o seu antigo professor da faculdade,
Morrie, com quem havia iniciado seus estudos da Sociologia. Mitch é pego de
surpresa ao saber que o seu professor favorito estava agora em seu leito de
morte, com dias contados, diagnosticado de esclerose lateral amiotrófica (ELA),
a doença de Lou Gehrig1, até então incurável.
Mitch desde que havia saído da faculdade, como a maioria da
população, levava uma vida muito apressada. Tinha seus dias cheios e, no
entanto, vivia insatisfeito a maior parte do tempo. Sem ao menos perceber,
barganhava sonhos por cheques cada vez mais gordos. O que teria acontecido
com ele, e todas as aulas que havia tido com Morrie sobre o sentido da vida?
Ele havia adquirido a cultura da massa - a do trabalho.
Já o velho professor Morrie, que já não podia dançar ou, ao menos,
segurar uma colher, em uma crescente dependência, seguia sua decadência
lenta e implacável pela doença a que fora acometido. Ainda assim, tentava
ensina o quanto podia. Havia percebido que seu fim estava próximo e
aprendido a aceitar a morte; ele queria compartilhar suas filosofias sobre o
sentido da vida com o mundo. Morrie ia atravessar a ponte entre a vida e a
morte e narrar a travessia, queria que todos aprendessem com as sua morte.
Aliás, a parte mais extraordinária de sua vida estava por vir.
Mitch sabia, bem no íntimo, que não era mais o bom aluno que o
professor guardava na lembrança. Deste modo, Morrie aparece determinado
em fazer Mitch se reencontrar com o velho estudante que costumava ser na
faculdade, durante as suas aulas. Os terça-feirinos (como se autodeclaravam
por sempre se encontrarem nas terças-feiras) começam a se encontrar durante
os meses de vida que restam à Morrie para que, juntos, dessem vida a este
livro que denominam como a última Tese.
“Nunca pense que é tarde para se envolver” – Morrie (página 12)
É defendido, tanto por Morrie quanto por Mitch, no livro, que quando se
aprende a morrer aprende-se a viver. Quando aprendemos a viver uma vida
mais completa e sem arrependimentos, apreciando as menores e mais
genuínas coisas da vida. Geralmente, não experimentamos a vida em sua
plenitude. Não nos concentramos no que é essencial. E se hoje fosse o meu
último dia na Terra?
O amor é dado como supremamente importante. É parafraseada a
frase do poeta W. H. Auden, “Amem-se uns aos outros, ou pereçam”. É essa
uma das lições mais importantes. Morrie sente que o amor e a compaixão são
necessários para uma pessoa ser plena. Morrie diz que quando o amor é
abundante, não há sensação maior de realização que se pode experimentar. O
mais importante na vida é aprender a dar amor e a recebê-lo.
2. Durante os encontros, o professor fala sobre sua vida e sobre suas
crenças pessoais, ele ensina-o a rejeitar crenças da cultura popular e criar seus
próprios valores com base na compaixão e na solidariedade. Ele acredita que a
cultura que temos não contribui para que as pessoas estejam satisfeitas com
elas mesmas e se aprendêssemos a fazer isso, o mundo seria bem melhor do
que é.
Contrastando uma história escrita há quase vinte anos com o mundo
contemporâneo, percebemos várias semelhanças que indicam que ainda
grande parte da população ainda está enraizada na cultura destrutiva apontada
no livro. Presos a uma mentalidade decidida pela massa onde os valores são
colocados em coisas erradas.
Morrie diz em uma passagem que o maior problema dos seres
humanos é a "miopia intelectual". Não enxergar o que podemos ser. Devíamos
atentar para o nosso potencial e nos esforçarmos por alcançar tudo o que
podemos ser.
É defendido que devemos e precisamos trabalhar para criar a nossa
própria cultura. Aprender a perdoar, não só os outros, mas nós mesmos.
Compreender que, um dia, todos vamos morrer e que podemos viver melhor
por causa disso. Deixar que as emoções nos penetrem em plenitude. Ter em
mente que, na vida, todos precisamos de professores, e estarmos dispostos a
ouvir. E por fim, perceber que na vida não existe “tarde demais” que nos
impeça de entender e melhorar o curso da vida.
“O professor liga à eternidade; ele nunca sabe onde cessa a sua influência.”
Henry Adams (1838 – 1918)
Marcus Davy Viana Nogueira
06.2013