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1
JB NEWS
Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br
Informativo Nr. 1.017
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
( Florianópolis SC ) - domingo, 16 de junho de 2013
Índice:
Bloco 1 - Almanaque
Bloco 2 - Opinião - Rui Bandeira - " O Trabalho do Aprendiz"
Bloco 3 - IrJoão Ivo Girardi - Verbete da Semana - " Sem Sofisma, Equívocos ou Reserva Mental "
Bloco 4 - Ir Arnaldo Gonçalves (Macau) - "A Maçonaria na China "
Bloco 5 - Ir Rubens Ricardo Franz - " Maçonaria Latino-Americana e a formação do Maçon... "
Bloco 6 - Ir Pedro Juk - Perguntas e Respostas - "Telhamento ou Trolhamento? "
Bloco 7 - Destaques JB
Pesquisas e artigos:
Acervo JB News - Internet – Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org
- Imagens: próprias e www.google.com.br
Hoje, 16 de junho de 2013, 167º dia do calendário gregoriano. Faltam 198 para acabar o ano.
Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
2
Exegese Simbólica para o Aprendiz Maçom
I Tomo - Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalhos de
Emulação
Autor – Ir. Pedro Juk - Editora – A trolha, Londrina 2.012
– Segunda Edição. www.atrolha.com.br - Objetivo –
Introdução a interpretação simbólica maçônica. Conteúdo –
Resumo histórico das origens da Maçonaria – Operativa,
Especulativa e Moderna. Apreciação – Sistema Latino e
Inglês – Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalho de
Emulação.
Tema Central – Origens históricas do Painel da Loja de
Aprendiz e da Tábua de Delinear. Enfoque – Exegese do
conteúdo dos Painéis (Ritualística e Liturgia, História, Ética
e Filosofia). Extenso roteiro bibliográfico.
 1846 - O Cardeal Giovanni Maria Mastai Ferretti se torna o Papa Pio IX.
 1904 - Leopold Bloom vive sua Odisséia de um dia no romance Ulisses, de James Joyce. A data é
comemorada na Irlanda como o feriado Bloomsday.
 1950 - Inauguração do estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã.
 1957 - Instalada a Arquidiocese de Goiânia, pelo núncio apostólico, que empossou o seu primeiro
arcebispo, Dom Fernando Gomes dos Santos.
 1960
o Massacre de Mueda, em Moçambique.
o Lançamento de Psicose, de Alfred Hitchcock.
 1976 - Massacre de Soweto, na África do Sul.
 1980 - Entrada em circulação do Metical, a nova moeda de Moçambique.
 1999 - No Estádio Palestra Itália, o Palmeiras conquista a Taça Libertadores da América após bater
o Deportivo Cali por 2x1 no tempo normal e por 4x3 nos pênaltis.
livros e revistas
1 - Almanaque
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
Eventos Históricos
3
 Irlanda: O Bloomsday comemora a obra de James Joyce, especialmente o Ulisses.
 Brasil: Aniversário da cidade de Ouro Preto do Oeste - feriado local.
 Brasil: Aniversário da cidade de Salto (São Paulo) - feriado local.
 Portugal: Feriado Municipal de Olhão.
 Portugal: Feriado Municipal de Espinho.
 Santos do dia:
o Cecccardo (Francisco) de Luni, bispo italiano e mártir
(Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal)
1171 Falece Ir Louis de Bourbon, Duque de Clermont, Grão-Mestre da Grande Loja de
França.
1805 Ir.'.Eugene Beauharnais, enteado de Napoleão, presta juramento como Vice-Rei da
Itália. Dias depois é eleito Grão-Mestre do Grande Oriente da Itália.
1821 Fundação da Grande Loja do Alabama dos Maçons Livres e Aceitos
1922 Os pilotos Gago Coutinho (.∙.) e Sacadura Cabral chegam ao Rio de Janeiro após
realizar o primeiro vôo sobre o Atlântico Sul
1930 Fundação da Loja Obreiros de Irajá nr. 1068 (GOB/RJ) que trabalha no Palácio
Maçônico de Olaria, Rio de Janeiro.
1983 Fundação da Loja Winston Churchill nr. 2216, de Anápolis (GOEG) que trabalha
no Rito York
1990 Fundação da Loja Bolivar Duque, nr. 239 (GLMMG) que trabalha no REEAA, de Juiz
de Fora-MG
Chapecó nos espera!
feriados e eventos cíclicos
fatos maçônicos do dia
4
]
Ir Rui Bandeira - Lisboa
O Aprendiz, após a sua Iniciação, não tem apenas de se integrar na Loja. Essa
integração, se bem que necessária, é apenas instrumental da sua actividade maçónica.
O Aprendiz, logo na sua Iniciação e imediatamente após a mesma, é confrontado com
uma panóplia de símbolos variada, complexa e de grande quantidade. Uma das
vertentes importantes do método maçónico é o estudo e conhecimento dos símbolos, o
esforço da compreensão e apreensão do seu significado.
Aprender a lidar com a linguagem simbólica, a determinar os significados representados
pelos inúmeros símbolos com que a Maçonaria trabalha é, sem dúvida, uma vertente
importante dos esforços que são pedidos ao Aprendiz. É uma vertente tão mais
importante quanto ninguém deve "ensinar" o significado de qualquer símbolo ao
Aprendiz. Quando muito, cada um pode informá-lo do significado que ele dá a um
determinado símbolo. Mas nunca poderá legitimamente dizer ao Aprendiz que esse é o
significado correcto, que esse é o significado que o Aprendiz deve adoptar. O Aprendiz
pode adoptar o significado que o seu interlocutor lhe transmitiu ser a sua interpretação,
mas apenas se concordar com ele. Se atribuir acriticamente a um símbolo um significado
apenas porque alguém lhe disse entendê-lo assim, está a agir preguiçosamente, não
está a trilhar bem o seu caminho.
Não quer isto dizer que o Aprendiz não deva, não possa, atribuir a determinado símbolo
o mesmo específico significado que outro ou outros lhe atribuem. Aliás, diversos
símbolos são generalizadamente vistos da mesma maneira pela generalidade dos
maçons. Mas cada um deve meditar sobre o símbolo, procurar entender o que significa,
por ele próprio. Pode - não há mal nenhum nisso! - ouvir a opinião de outros, aperceber-
se que significado ou significados outros lhe dão. Ao fazê-lo, está a beneficiar do
trabalho anteriormente realizado por seus Irmãos e é também para isso que serve a
Maçonaria, é também essa a riqueza do método maçónico. Mas deve, é imperioso que o
faça, analisar, reflectir sobre o que lhe é dito, verificar se concorda ou discorda, em quê,
em que medida e porquê. e então extrair ele próprio a sua conclusão e adoptá-la como a
que entende correcta. Pode ser igual à dos seus Irmãos; pode ser semelhante, mas
levemente diferente; ou pode ser muito ou completamente diferente. Não importa!
Ninguém lhe dirá, ninguém lhe pode legitimamente dizer, que está errado. É a sua
interpretação, a que resultou do seu trabalho, da sua análise, é a interpretação correcta
para ele. E tanto basta! E se porventura mais tarde, com nova análise, com os mesmos
ou outros ou mais elementos, vier a modificar a sua interpretação, tudo bem também!
Isso corresponde a evolução do seu pensamento, que ninguém tem o direito ou
legitimidade para contestar!
Ainda que beneficiando da sinergia do grupo, da ajuda do grupo, das contribuições do
grupo, o trabalho do maçon é sempre individual e solitário! E também, inegavelmente,
difícil. É todo um novo alfabeto que, mais do que aprender, o Aprendiz maçon está a
criar e a aprender a criar!
2 - Opinião - " O Trabalho do Aprendiz "
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O autor, Ir. João Ivo Girardi ( joaogira@terra.com.br ) é da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39
(Blumenau). Acompanhe todos os domingos no JB News, um dos mais de 3.000 verbetes
de sua obra de 700 páginas intitulada “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite",
cujo artigo de hoje foi extraído.
... sem Sofisma, Equívocos ou Reserva Mental.
“Constantemente encontramos em nossos rituais, palavras e frases que simplesmente lemos e não
compreendemos o porquê estão ali. Acreditamos que são coadjuvantes, foram usadas apenas para
reforçar ou ilustrar uma idéia. Tenham certeza que muitas frases ultrapassam o contexto do dos
Templos”. (Jerônimo Borges).
EQUÍVOCO: [lat. aequivocu]
1. Que tem mais de um sentido ou se presta a mais de uma interpretação; ambíguo. Difícil de se
perceber pelos sentidos. Efeito de equivocar-se, engano. (Aurélio).
2. Log. Palavra, locução ou proposição que tem mais de um significado. Sofisma verbal que
consiste em dar sentidos diferentes a uma palavra dentro de um mesmo raciocínio.
3. Lista de equívocos de Cícero: O grande filósofo romano anotou seis equívocos dos homens de
2000 anos atrás. Ainda válidos para os nossos dias, são eles: 1) a ilusão de que o progresso
individual é feito pela destruição dos outros; 2) a tendência de se preocupar com coisas que não
podem ser mudadas ou corrigidas; 3) teimar que uma coisa é impossível porque não podemos
realizá-la; 4) recusar a desprezar preferências triviais (vulgares); 5) negar o desenvolvimento e
aperfeiçoamento da mente e não adquirindo o hábito de ler e estudar; e 6) tentar obrigar as outras
pessoas a acreditar e viver como nós.
4. Máximas: Não há equívoco maior do que confundir homens inteligentes com sábios. (Francis
Bacon). - É um equívoco achar que nossos talentos nos conduzem ao sucesso. Eles ajudam, mas
não é o que fazemos bem que nos leva à vitória a longo prazo. É o que fazemos de errado e como
corrigimos que assegura nosso êxito duradouro. (Bernie Marcus). - Abençoados sejam os
esquecidos, pois tiram maior proveito dos equívocos. (Nietzsche). - O equívoco é primo-irmão da
mentira. (Adágio Popular).
SOFISMA: [gr. sóphisma: sutileza de sofista] 1. Argumento aparentemente válido, mas na
realidade não conclusivo, e que supõe má fé por parte de quem o apresenta. Argumento que parte
de premissas verdadeiras, ou tidas como verdadeiras, e chega a uma conclusão inadmissível, que
não pode enganar ninguém. É um silogismo aparente, ou silogismo sofístico, mediante os quais
quer se defender algo falso e confundir o contrário.
2. Ensaios:
1) Um sofisma é um sofisma? Os erros são oportunidades para pensar, portanto condição de
qualquer acerto na redação, na educação ou na vida. Os erros que se repetem, no entanto, perdem
essa oportunidade e se esclerosam, formando o que muitas vezes chamamos de preconceitos. Se
pegamos pela palavra, vemos que pré-conceitos são justamente pré-argumentos, isto é,
3 - Verbete da Semana
" ...Sem sofismas, Equívocos ou Reserva Mental. "
6
argumentos preguiçosos que se satisfazem com conclusões e certezas rápidas demais. Os
preconceitos nascem de diversas maneiras de argumentar de maneira apressada e preguiçosa,
maneiras estas que os estudiosos da Lógica chamam de sofismas ou de falácias.
Mas o que são sofismas? Lá pelo século V, sofismas eram as teses defendidas pelos sofistas.
Naquela época, os sofistas atuavam como professores, ensinando aos filhos das famílias nobres, e
estavam preparados, como os advogados modernos, para mostrar de que maneira se argumenta
contra ou a favor de qualquer opinião. Os sofistas seguiam um argumento aonde quer que ele os
levasse, sem se preocuparem com considerações pessoais, morais, cívicas ou religiosas. Por
conta dessa prática de pensamento livre, talvez livre demais, com o tempo o termo sofisma foi
adquirindo uma conotação pejorativa, passando a significar um argumento usado para enganar e
não para esclarecer ou chegar à verdade. Alguns filósofos dizem que sofisma é um argumento com
dolo, isto é, construído com a intenção consciente de enganar o interlocutor, enquanto que falácia
seria um argumento sem dolo, isto é, construído sem a intenção de enganar, mas enganoso do
mesmo jeito. Na prática, a distinção é muito difícil: como saber se o sujeito argumenta errado de
propósito ou sem querer? Pode ser que o faça sem querer querendo, como aquele personagem
mexicano... Logo, podemos supor que sofisma e falácia são quase sinônimos. O termo sofisma,
que prefiro, vem do grego sóphisma, que traduzo agora como só-pensamento. O sofisma é uma
espécie de ideia pura, de ideia que se alimenta de si mesma e não dos fatos, das evidências, da
realidade, enfim. Como a realidade é extremamente dinâmica, alterando-se a cada instante, quem
argumenta de maneira sofismática tende a ter preguiça de observar cada fenômeno por todas as
perspectivas possíveis, preferindo se empolgar com as próprias palavras. Ao invés de confirmar o
que pensa pelo olhar contínuo sobre a realidade em movimento, prefere apoiar o que pensa com o
seu próprio pensamento. (Gustavo Bernardo, 2009).
2) Súmula contra o Sofisma Religioso: Que a bíblia é divinamente inspirada, e proveitosa para
ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, isto é claro para qualquer um que se
debruce para estudar, analisar e praticar os ensinamentos bíblicos. E também, não somente deste
modo, mas observando a postura de muitos dos grandes homens na história da humanidade, os
quais utilizaram este recurso como um arcabouço para sua conduta moral e espiritual, podemos
nitidamente notar o quanto ela pôde ser útil e extremamente eficaz. Contudo, temos nos deparado
nos dias de hoje, com muito daquilo que podemos denominar como um sofisma religioso. Ou
seja, alguns pseudos pregadores, o qual o texto bíblico chama de falsos profetas, que
introduzem encobertamente heresias de perdição. Estes, utilizando-se de algumas verdades
bíblicas descontextualizadas e um pouco de retórica, tem conseguido infiltrar no seio da igreja uma
numerosidade desacerbada de mentiras e falsos ensinamentos que muito se afasta de uma
proposta fielmente cristã. Devido a tal situação, o genuíno evangelho proposto por Jesus tem se
distanciado de sua origem, perdendo a sua identidade por discursos falaciosos que só trazem
proveitos aos seus líderes que cada vez tem se tornado mais ricos, – ou como alguns deles
mesmos gostam de dizer: prósperos. O que está em questão é a situação vergonhosa que se
tornou hoje para qualquer indivíduo ser chamado de evangélico. Não por ser rejeitados pelo mudo
por atributos como: loucos, fanáticos, ou até mesmo incoerentes com o sistema social – que por
observação, isto seria para a sua glorificação, pois o próprio Jesus já dizia que tais coisas iriam
acontecer para todos aqueles que o seguissem. Mas o que tem acontecido é que os evangélicos
estão sendo conhecidos, não como os marginalizados pela sociedade, mas sim como: ladrões,
usurpadores e mentirosos, que utiliza da boa-fé das pessoas para a satisfação própria. Já se perde
a conta de quantos modelos congregacionais e ramos teológicos têm surgido nestes últimos dias.
Condutas teológicas como a teologia da prosperidade e a teologia da vitória têm sido um destes
amalgamados de falsos ensinamentos que não obstante tem contraposto os primeiros
ensinamentos apostólicos. (Moises Welldon, 2012).
3. Exemplo de sofisma: Todo cavalo raro é caro. Um cavalo barato é raro. Logo; um cavalo caro é
barato! - Os índios estão desaparecendo. Os índios são homens. Logo; os homens estão
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desaparecendo. Sofismas engraçados: Por definição, o sofisma tem o objetivo de dissimular uma
ilusão de verdade, apresentado-a sob esquemas que aparentam seguir as regras da lógica (mas,
que nestes casos abaixo, não deixam de ser engraçados). Sofisma 1: Quando bebemos álcool em
excesso ficamos bêbados. ...quando estamos bêbados dormimos. ...enquanto dormimos não
cometemos pecados. ...se não cometemos pecados vamos para o céu. Conclusão: para ir para o
céu devemos estar bêbados. Sofisma 2: Hoje em dia os trabalhadores não têm tempo para nada.
No entanto sabemos que os vadios têm todo o tempo do mundo. Tempo é dinheiro. Portanto os
vadios têm mais dinheiro que os trabalhadores. Conclusão: para ser rico não precisa trabalhar.
Sofisma 3: Imagine uma fatia de queijo suíço todo cheio de buracos. ...quanto mais queijo mais
buracos. Cada buraco ocupa o lugar no qual deveria ter queijo... portanto quanto mais buracos
menos queijo. ...Quanto mais queijo, mais buracos e quanto mais buracos menos queijo.
Conclusão: quanto mais queijo menos queijo. Sofisma 4: Deus é amor. O amor é cego. Stevie
Wonder é cego. Conclusão: Stevie Wonder é Deus!
4. Maçonaria: (...) Mas, o que é ser verdadeiramente maçom? É simples, basta cumprir a palavra e
seguir rigorosamente a fórmula ditada pelo Orador para o Profano tomar ciência do tipo de
compromisso que ele vai assumir, Juro e prometo, de minha livre e espontânea vontade, e por
minha honra, em presença do Grande Arquiteto do Universo e dos membros desta Loja defender e
proteger meus Irmãos esparsos pelo mundo, em tudo em que puder e for necessário e
justo,…prometo também conservar–me sempre cidadão honesto e digno, submisso às leis
democráticas do País, amigo de minha família e maçom sincero, nunca atentando contra a honra
de alguém, (…) procurarei tornar-me sempre um elemento de Paz, de Concórdia e de Harmonia no
seio da Maçonaria (…) Essa fórmula de juramento abrange outras declarações importantes até
culminar com o seguinte desfecho: Tudo isto prometo cumprir, sem sofisma, equívoco ou reserva
mental e consinto, se faltar à minha palavra, em ser exxcluído de toda a sociedade dos homens de
bem que, então, deverão ver em mim um ente sem honra e sem dignidade. Isso, meus Irmãos tem
o objetivo de mexer com os brios do neófito. O candidato precisa compreender o exato sentido
destas palavras, para assumir na verdade, não um compromisso com a assembleia paramentada,
mas um compromisso de foro íntimo, um compromisso de coração. O objetivo é despertar um
sentimento daqueles, que se aflora vindo da alma. Quando por infelicidade algum de nós, sendo
consciente e verdadeiro, cometer um deslize qualquer, e sentir o rubor na face e o amargor no
coração, martirizado intimamente, sem ninguém saber, por ter cometido o deslize, aí sim, ficará
caracterizado o compromisso do coração. Para isso é preciso praticar com exatidão a receita
da fórmula do juramento, sem sofisma e sem reserva mental.
5. Complementos da GLSC: (...) Sofisma é um raciocínio errado, resultante de má-fé, que se
apresenta com as aparências da verdade no momento em que é extraída a sua conclusão. Quando
ela não é fruto de má-fé, isto é, não revestido pelo intuito de enganar, mas, mesmo assim, eivado
de expressões duvidosas ou imperfeitas, passa a se chamar paralogismo. O instrumento único de
que se vale o sofista é a retórica, mas empregada com segunda intenção, isto é, com a de levar o
interlocutor, trapaceiramente, a um convencimento falso, sem importar qual seja o seu
posicionamento a respeito do assunto... (Filosofia Normativa - CM). (...) Reveste-se de suma
importância para o Mestre Maçom, na constante investigação da Verdade, como também da
„Palavra Perdida‟, o mais amplo conhecimento possível em relação aos sofismas, particularmente
quando adentra a Filosofia Iniciática da Maçonaria. Por esta razão, o estudo dessa matéria, aqui
neste Fascículo, exibe-se com maior extensão, muito embora com desenvolvimento superficial e,
tanto quanto possível, despregado de tecnicismo Lógico-formal. (Complemento de Mestre: Filosofia
Metodológica/Lógica Material).
6. Rituais: (...) O Cinzel é a imagem frisante dos argumentos da palavra, com os quais se
destroem os sofismas e os erros. (RC).
8
RESERVA MENTAL:
1. O que é Reserva Mental: A origem do conceito reserva mental tem preocupado muito os juristas
de todo o mundo. Há quem afirme que a figura surgiu na doutrina dos canonistas (especialista em
direito canônico ou sistema de regras que rege a Igreja Católica), em meados da Idade Média. Por
outro lado, os romanistas já apontavam a existência da reserva mental no direito romano,
mencionando alguns trechos do Digesto (Compilação das decisões dos juriconsultos romanos,
convertidas em lei por Justiniano (483-565), imperador romano do Oriente, e que constitui uma das
quatro partes do Corpus Juris Civilis). Outros como Pontes de Miranda entendem que foram os
moralistas, baseados no problema da mentira, que elucidaram o conceito de reserva mental, dando
importância somente ao que houvesse sido declarado, porque a reserva secreta trazia dentro de si
uma mentira, abominada pelos moralistas. Em um sentido lato, a reserva mental é o produto da
divergência entre a vontade e a manifestação, o que implica em uma manifestação, mas não uma
vontade da manifestação ou de seu conteúdo. Köhler nega essa possibilidade, dizendo que não é
exato considerar-se vontade e declaração como dois elementos distintos, os quais se deixam
arbitrariamente separar, e que a declaração se subordina à vontade. O direito - continua ele - não
empresta relevância a este não natural divórcio entre a vontade e declaração, interno e externo,
espírito e matéria: a declaração de vontade é uma unidade para qual o homem, física e
psiquicamente, cooperou. A concepção voluntarista (é a tese que acreditamos porque queremos)
de Köhler não se coaduna com a melhor doutrina. É sabido que pode haver divergência entre o
que se quer e o que se declara, divergência essa que pode ser intencional ou não intencional. A
reserva mental se coloca como sendo hipótese de divergência intencional. A divergência que
ocorre entre aquilo que se quer e aquilo que se declara, dever ser, portanto, consciente. Daí a
razão pela qual uma parcela da doutrina, equivocadamente, entende que seria, em certa medida,
equiparada ao dolo, conduta do declarante, já que ele manifesta a sua vontade em total desacordo
com o que intimamente quer, fazendo-o de modo intencional. Mas, para a conceituação da reserva
sob o ponto de vista estritamente jurídico, não se pode levar em consideração divergências que
não possam trazer alguma consequência para o direito. Assim, à mentira pura e simples, que não
traduzam nenhum reflexo no âmbito do direito, não se pode dar importância para o fim de
conceituar a reserva mental. (Augusto Passaman).
2. Código Civil: Há a reserva mental quando um dos contratantes reserva-se, secretamente, a
intenção de não cumprir o contrato. A reserva mental é combatida no Código Civil no seu artigo
110, onde dispõe que a manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a
reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.
Alguns doutrinadores a chamam de Simulação Unilateral.
3. Máximas: Não há espelho que melhor reflita a imagem do homem do que de suas palavras.
(Juan Luís Vives). - Hipocrisia e simulação; eis duas pragas capazes de destruir a humanidade.
(Maomé). - Coloque a lealdade e a confiança acima de qualquer coisa; não te alies aos moralmente
inferiores; não receies corrigir teus erros. (Confúcio).
4. Maçonaria: Citações: Reserva mental é a mentira oculta; por fora, na frente de todos os Irmãos:
... Juro e prometo cumprir - por dentro,… eu não, me inclua fora dessa. Quem é que pode controlar
uma atitude dessas senão a própria consciência? Se o meu juramento não for do coração, você
não será verdadeiramente maçom. Se não for um compromisso pessoal, de dentro pra fora, não
será possível cumprir os preceitos enunciados do mesmo ritual: ... praticar a justiça, amar o
próximo, trabalhar pela felicidade do gênero humano. E o maçom não é nada disso, por opção
própria, por decisão pessoal, por convicção. A ordem não tem como penetrar no coração dos
maçons, para vasculhar seus mais recônditos sentimentos e decidir mantê-los ou excluí-los de
seus quadros. É possível que nem todos nós sejamos maçons de verdade, ou que não sejamos
totalmente maçons. Essa nossa condição de seres humanos, imperfeitos e injustos, nos fragiliza
tanto, que o ideal da Maçonaria, às vezes, parece se tornar uma utopia. É utopia sonhar com uma
Maçonaria na qual todos os obreiros tenham as virtudes preconizadas pelo nosso ritual? O mundo
9
carece de gente de bem. Precisamos urgentemente de maçons, de homens verdadeiramente
maçons. Precisamos de legiões de gente de bem para influenciar positivamente e dar bons
exemplos. Já temos bandidos em número suficiente, temos hipócritas, falsários, desonestos,
corruptos, infiéis, traidores, incrédulos e toda a sorte de gente negativa que prejudica e destrói.
Precisamos de gente do bem de verdade, é por isso que a Maçonaria precisa ampliar seus quadros
e ministrar suas lições e alcançar os corações. O mecanismo da Maçonaria, só funcionará se
alcançar seu coração e sua mente. (Isaac Bispo Ramos).
5. Juramentos na Maçonaria: Os juramentos feitos na Maçonaria na realidade são compromissos
e devem ser prestados com a máxima transparência. Na Idade Média é que surgiu a reserva
mental, quando os hereges eram obrigados a abjurar sua crença; faziam-no usando a reserva
mental, isto é, o ato de abjurar era um ato mecânico do sentido da fala; em sua mente era
desmentido de imediato. Quando um candidato, durante o cerimonial iniciático, presta os seus
juramentos, o Venerável Mestre solicita que eles devem ser prestados sem reserva mental, isto é
espontaneamente, livremente e com sinceridade. O juramento, todavia, é feito exclusivamente
durante o ato místico iniciático e não mais repetido. Os juramentos dizem respeito à fidelidade
grupal quanto aos sigilos recebidos que deve ser mantidos reservados com o fito de a Maçonaria
não se tornar vulgar. O maçom tem palavra; o seu sim será sim; e o seu não será não. Isto é uma
questão de caráter e de honra. O maçom é uma pessoa aberta, franca e pura. Rituais: (...) Tudo
isso prometo cumprir sem sofisma, equívocos ou reserva mental... e se violar essa promesa.... (RI).
10
A Maçonaria na China
Arnaldo Gonçalves
VM, RL Luz do Oriente n.o 80
Oriente de Macau
O surgimento da Maçonaria na China é efeito do processo de interpenetração dos interesses das
potências marítimas europeias que através das suas Companhias das Índias Orientais
demandaram o país do Meio e o Japão à procura de mercadorias raras na Europa como a seda,
o chá e a porcelana.
A primeira potência europeia a chegar à China foi Portugal em 1515 através de iniciativa do
navegador Jorge Álvares [http://en.wikipedia.org/wiki/Jorge_Álvares] que a partir de Malaca
realizou várias viagens ao Sul da China estabelecendo inúmeras feitorias na província de
Cantão. Jorge Álvares terá participado em inúmeras incursões contra o sultão de Bintão vindo a
estabelecer-se na ilha de Sanchoão junto a Tamang (Cantão), passando a ser considerado o
feitor português da cidade. Narra a história que durante a segunda metade do século XVI os
portugueses terão participado com quinhentos homens numa batalha marítima contra piratas
que assolavam a costa do Sul d a China, captando a confiança e agradecimento do mandarim
de Cantão.
Em 1557 surge o estabelecimento de Macau [http://en.wikipedia.org/wiki/History_of_Macau],
tornando-se o entreposto um porto florescente na rota comercial dominada pelos portugueses,
de Goa e Malaca até ao Japão e à China. Praticamente até a meio do século XVII os
portugueses detiveram o exclusivo do comércio com a China e o Japão, perdendo pouco a
pouco o seu papel dominante para outras potências europeias, como a Holanda e já no século
XIX (1842) para a Grã-Bretanha, por via das Guerras do Ópio
[http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerras_do_ópio].
O primeiro sinal de actividade maçónica na China surge na segunda metade do século XVIII
quando um barco da Companhia das Índias Orientais, o “Prince Carl”, aportou a Macau para
iniciar actividade mercantil entre os portos da China. Nele viajavam vários maçons que detinham
uma carta patente que os autorizava a realizar sessões maçónicas nos portos por onde
passassem. O facto da língua mercantil (da altura) nessa zona do mundo ser o português, a
localização estratégica do enclave e os direitos de exclusividade de Portugal nas rotas de
comércio da China, levou a que se estabelecessem laços de companheirismo entre esses
maçons, oficiais da guarnição portuguesa e membros destacados da comunidade europeia e
macaense.
4 - a maçonaria na china
11
Desse intercâmbio surgiu uma loja maçónica, com obreiros de várias nacionalidades e não
integrada em qualquer obediência que terá funcionado por alguns anos. Ao mesmo tempo, a
partir de Macau mas também de outros pontos da Ásia do Sul pastores protestantes
[http://www.olamacauguide.com/protestantcemetery.html] demandaram o território chinês
desenvolvendo significativa obra de evangelização junto dos gentios, com a aparente
permissividade das autoridades imperiais chinesas. Entre eles encontrar-se-iam maçons.
Segundo fontes sínicas, a partir de 1747 (dinastia Qing), levantaram colunas inúmeras lojas em
território chinês em zonas de concessão europeias instaladas em portos chineses, ficando essas
lojas na dependência das grandes lojas dos países de origem. São assinaladas lojas
americanas, italianas, alemãs, francesas e inglesas a funcionar na China durante parte
significativa dos séculos XVIII e XIX.
Vivendo com grande autonomia face à metrópole, os portugueses em Macau incentivaram o
cruzamento de culturas, modos de vida, práticas religiosas e casamentos interraciais, sendo
muito reduzido o número de senhoras portuguesas que vieram instalar-se em Macau. A
maçonaria acompanhou este fluxo e várias lojas emergiram associando portugueses, e
estrangeiros membros das profissões liberais, do clero, do exército, marinha e ainda
comerciantes. A distância da metrópole (a um mês de viajem por barco) implicou que essas lojas
funcionassem com grande autonomia e sem particular articulação com as obediências
portuguesas que na sequência da explosão do movimento liberal se expandiam ou retraiam
consoante o pendor absolutista ou mais liberal do monarca que reinava em Portugal.
Na parte final do século XIX (1872) uma loja de nome “Luís Camões” ergueu colunas
[http://aescadadejacob.blogspot.com/2010/05/subsidio-para-historia-da-maconaria-em.html, ao
que tudo indica, sob a tutela da Loja Lusitânea, criada em Londres por exilados liberais. Esta
última foi reconhecida pela Grande Loja de Inglaterra. A criação da Loja Camões terá sido
facilitada pelo reconhecimento do estatuto da presença portuguesa em Macau, por força do
Tratado de 1862, enquanto poder soberano, passando o enclave a ser uma colónia de Portugal
em termos idênticos a Goa, Damão, Diu ou Timor.
Contemporâneo deste eventos, Sun Yat-Sem [www.notablebiographies.com/St-Tr/Sun-Yat-
Sen.html , que seria mais tarde o primeiro Presidente da República Chinesa, desenvolveu uma
relação privilegiada com os maçons de Macau. Segundo se relata, Sun terá sido iniciado numa
loja americana, em Honolulu, vindo a residir em Hong Kong em 1887, onde se licenciou em
medicina. Exerceu clínica em Macau no Hospital Keng-Wu, abrindo uma farmácia sino-europeia
com a ajuda de amigos portugueses. Foi forçado a deixar Macau, indo para Cantão, onde
participou na criação do partido republicano, que mais tarde se transformou no Kuomintang
[http://en.wikipedia.org/wiki/Kuomintang]. Envolvido num motim de soldados chineses contra as
autoridades imperiais, no fim da guerra sino-japonesa, viu-se obrigado a fugir para Macau onde
foi acolhido por Francisco Fernandes, membro da Loja Camões. Dali fugiu para Londres, ficando
detido na embaixada chinesa e sendo posteriormente libertado a exigência do governo britânico.
Em Outubro de 1911 eclodiu o movimento revolucionário em Wuchang e a república foi
proclamada a 3 de Novembro [www.chinaknowledge.de/History/Rep/rep.html], tornando-se Sun
Yat-Sen, seu primeiro Presidente, em 10 de Janeiro de 1912. O apreço pelos maçons
portugueses encontram-se registado em cartas suas.
Uma segunda loja com a mesma designação “Luís de Camões” ergueu colunas em 1908 sob os
auspícios da Loja “Pró Veritate” de Coimbra subordinada ao Grande Oriente Lusitano, integrando
figuras proeminente do Conselho do Governo e do Leal Senado
http://www.macauheritage.net/en/HeritageInfo/HeritageContent.aspx?t=M&hid=36 ]como
Constâncio José da Silva, editor do jornal “A Verdade”, o capitão Rosa Duque, o poeta Camilo
Pessanha e provavelmente o governador Carlos da Maia. Seguindo a orientação prevalecente
na maçonaria portuguesa (de então), os maçons de Macau participarem na difusão dos ideais
republicanos e laicos junto da comunidade expatriada, combatendo a influência dominante da
Igreja Católica e as ordens religiosas no ensino, na cultura e nos círculos do poder. Na
sequência da revolução republicana de 5 de Outubro de 1910, exigiriam a proclamação da
república em Macau, a expulsão das ordens religiosas e a separação da Igreja e do Estado,
12
exigências parcialmente satisfeitas pelo Governador Álvaro de Melo Machado. Vários maçons
foram nos anos seguintes à proclamação da República eleitos como senadores e deputados em
Portugal, em representação de Macau, entre eles Francisco Valdez e Francisco Anacleto da
Silva.
Quase no fim da segunda metade do século XX foi fundada, em Xangai, em Março de 1949 a
Grande Loja da China [www.grandlodge-china.org/eng/index.asp?CType=1] sob os auspícios da
Grande Loja das Filipinas. Na sequência da proclamação da República Popular da China (1949)
e com a auto-suspensão das actividades maçónicas (1951), as lojas localizadas no continente
chinês dividiram-se. Parte delas transferiram-se para Hong Kong (associando-se no Zetland Hall
[www.zetlandhall.com], transformando-se em lojas distritais na dependência das três grandes
lojas britânicas; outras mudaram-se para Taiwan, em 1954. Durante algum tempo, as lojas
transferidas para Taiwan procuraram o reconhecimento da Grande Loja Unida de Inglaterra o
que lhes foi recusado, entendendo a UGLE que as lojas se deveriam subordinar aos Distritos
regionais de Hong Kong. Em sequência deste processo, as lojas localizadas em Taiwan foram
reactivadas sob a chancela de Grande Loja da China de que seria Grão-Mestre o filho do
Presidente de Taiwan, Chiang kai-Shek [http://en.wikipedia.org/wiki/Chiang_Kai-shek], o General
Chiang. A Grande Loja da China mantém actividade regular agregando cerca de onze lojas, com
maçons de diversas nacionalidades, praticando os ritos de emulação e escocês antigo e aceite
tanto em língua inglesa como em mandarim.
Em Hong Kong funcionam, neste momento, cerca de setenta lojas subordinadas à jurisdição das
três grandes lojas britânicas (Grande Loja Unida de Inglaterra, Grande Loja da Escócia e Grande
Loja da Irlanda) apenas em língua inglesa. Hong Kong é uma região administrativa especial da
China usufruindo por cinquenta anos do sistema legal, do modo de viver e do conjunto de
direitos, liberdades e garantias deixados pela administração colonial britânica.
Existem indicações de que a actividade maçónica foi reatada em Xangai em 2004 com maçons
oriundos da Grande Loja da China (Taiwan) formando uma Loja circunscrita a expatriados.
Existem informações que levantaram colunas na cidade de Pequim uma loja francesa e outra
norte-americana, cuja filiação é desconhecida.
Em Macau, levantou colunas na década de 70 uma loja subordinada ao Grande Oriente Lusitano
formada por membros da comunidade portuguesa expatriada e da comunidade macauense. Em
2007 levantou colunas um triângulo com o nome Luz do Oriente, subordinado à R:. Loja
Anderson nº 7 da Grande Loja Legal de Portugal (GLRP) [www.gllp.pt], formada por maçons
portugueses e de outras nacionalidades. Em Janeiro de 2011 esse Triângulo deu lugar à R:.L:.
Luz do Oriente nº 80 [http://luzoriente.blogspot.com] consagrada pelo R:.I:. José Moreno,
MRGM da Grande Loja Legal de Portugal, em Junho de 2011. Macau usufrui por cinquenta anos
como região administrativa da China do sistema de direitos fundamentais e liberdade de
associação deixada por Portugal em 1999.
13
MAÇONARIA LATINO-AMERICANA
E a FORMAÇÃO DO MAÇOM NESTE INICIO DO SECULO XXI
Uma necessidade do rompimento de paradigmas
Rubens Ricardo Franz. Membro da Academia Maçônica
de Ciências, Letras e Artes da COMAB; Conferencista;
Grão Mestre de Honra do Grande Oriente de Santa
Catarina – GOSC; Presidente de Honra e atual Secretário
Geral da Confederação Maçônica do Brasil – COMAB;
obreiro da ARBLS:. Justiça e Trabalho no. 10 – GOSC.
1. Introdução:
O assunto “Formação do Maçom” é estratégico para a Ordem1
, item obrigatório no
planejamento de todo o Grão-Mestrado e por consequência, para todas as
Administrações de Lojas e que até pouco tempo, vinham seguindo um paradigma2
que
não observava a própria evolução da Sociedade, por consequência do anseio dos
obreiros que estão sendo iniciados e sinceramente, nem da própria Ordem.
Durante décadas, levaram os obreiros a acreditar que todo o conhecimento
maçom se encerrava em um grupo básico de instruções inseridas nos rituais que eram
1
Constam dos postulados e das ações estratégicas da CMI – Confederação Maçônica Interamericana e da COMAB – Confederação Maçônica do
Brasil e também de Potencias como o GOSC – Grande Oriente de Santa Catarina, GLSC – Grande Loja de Santa Catarina, Grande Loja do Chile e
Grande Loja da Bolívia entre outras.
2
Paradigma: um modelo que era a representação de um padrão a ser seguido.
5 - " Maçonaria latino-americana e a formação do maçom
neste início do Século - uma necessidade do rompimento de
paradigmas "
14
lidas como um “jogral” e que ganhavam ênfase com a leitura de peças de arquitetura,
elaboradas pelos próprios obreiros, sendo que, muitas das quais, copias de livros e de
trabalhos anteriormente apresentados, que lidas ano a ano, causavam inclusive
sonolência em alguns, desânimo em outros e descrédito nos demais, em que pese o
tradicional “... excelente trabalho apresentado ...” dito em Loja. Resultado: evasão da
Ordem.
Além de não seguirem fiéis as transmissões do conhecimento e aos princípios
gerais da maçonaria aplicados ao momento e ao futuro próximo, não observavam algo
de básico, que na formação do maçom, precisamos estar atentos: o cumprimento da
Missão da Ordem3
e por consequência o conhecimento e avaliação do perfil do quadro
de obreiros desejado e existente e finalmente, a formação com a observância da
Andragogia4
, no que vale lembrar o que disse Carlos César Ribeiro Santos: “... o adulto
precisa saber o que está estudando, para que está estudando e se irá favorecer-lhe
futuramente”.
Contudo o tema “Formação do Maçom”, ainda causa insegurança para alguns,
desconforto para outros e inclusive irritação a pouquíssimos “Mestres”, cujo
comportamento se assemelha aqueles que adotam uma postura contrária à evolução,
refratários inclusive ao direito individual e coletivo ao progresso e a própria evolução,
mas com o direito de usarem aventais bem vistosos, ornamentados e com direito à
palavra no Oriente.
Felizmente o tema em questão evoluiu e têm merecido o devido respeito e
investimentos diante do trabalho intenso de muitos outros Mestres que voluntariamente
não tem medido esforços para recuperar o tempo, adequando-se as necessidades do
Século e resgatando o conhecimento (subutilizado por muitos anos) disponibilizado pela
Ordem através dos tempos, para que os Maçons atuais e os que chegam, estejam
devidamente formados, por exemplo: na compreensão da nossa história, no conhecer a
Instituição, no cumprimento dos Landmark´s e da Constituição de Anderson, na
aplicação dos Princípios Gerais tendo em mente a Missão da Ordem, do Simbolismo, da
Ritualística com os seus significados e da Filosofia da Maçonaria entre outros, visto o
lastro da responsabilidade histórica que está sobre nós e dos desafios que se
apresentam e que haverão de se tornar mais intensos com o avançar deste Século.
2. O desafio da Formação do Maçom correlacionado a caso real:
O fato de ser a Formação o item primordial para tornar o INICIADO um MESTRE5
,
e este como um verdadeiro Arquiteto, projetando e supervisionando a Obra de
transformação de Seres e da própria Sociedade, não alcançou a devida atenção de
dirigentes das Potencias Maçônicas ao longo do Século XX, que se descuidaram (a
exceção de algumas), sendo que em alguns casos inclusive, desprestigiaram este
processo e somente neste inicio do Século XXI, voltaram a preocupar-se e investir
intensamente neste importante e estratégico tema.
Como exemplo apresentado aos obreiros de diversas Potências, poderíamos aqui
reportar o respeitável trabalho da Grande Loja do Chile com seus 150 anos de história,
da Grande Loja da Bolívia e da Grande Loja de Santa Catarina entre outras, mas iremos
neste caso em particular, utilizar de algumas informações do GOSC – Grande Oriente de
Santa Catarina, com seus 62 anos de história, começando pela informação de que, no
âmbito da sua administração, vínhamos detectando e observamos com clareza
3
Missão da Ordem: na Europa – filosófica, nos EUA – filantrópica e na América-Latina – social.
4
Andragogia: conceito de educação voltada para o adulto.
5
A formação do iniciado não se encerra com a exaltação e sim após o repasse do conhecimento inserido no Grau de Mestre Maçom.
15
estatística este problema, quando em 2007, por iniciativa do Irmão Carlos Rogério Poli,
então integrante da Secretaria de Planejamento do GOSC, realizou uma pesquisa para
estudar as causas da evasão da Potência, que apontou, dentre outras informações, que
em vários casos havia a presença da desmotivação a partir da elevação (segundo grau),
pois diante do seu nível de formação dos obreiros e ante aos anseios e expectativas
individuais com relação à Ordem, os itens: transferência de conhecimento e resultado
medido através de ações concretas no ceio da sociedade, eram os que mais
influenciaram a decisão pedir o Quit Placet.
Diante deste fato, vale registrar, o que bem sintetiza Santo Zacarias6
:
“Entrevistando pessoalmente vários Irmãos que deixaram a Maçonaria, sobre as razões
que motivaram tal gesto, obtivemos algumas respostas até constrangedoras. Uns
disseram que “a Maçonaria não tinha mais nada a lhes ensinar”; outros disseram que
haviam se cansado de tanto “ouvir bater martelinhos” sem nenhuma produtividade e
outros ainda, alegaram que haviam perdido a crença nos fundamentos da Maçonaria”.
Continuando Santo Zacarias diz: “Se a Maçonaria se intitula como “Escola de Perfeição
Moral”, deveria ter alunos (e os têm), mas também professores (os Mestres?). O número
de verdadeiros maçonólogos no Brasil dá para contar com os dedos de uma mão,
justificando Sansão (2008), quando afirma categoricamente que a Maçonaria brasileira
desintelectualizou-se”.
Diante do problema que se apresentava o GOSC, em 2008, realizou uma
pesquisa situacional (interna) com os seus obreiros7
, para levantar estatisticamente
informações de orientação estratégica junto ao quadro regular, e que em síntese
apresentou resultados, como os a seguir apresentados e diretamente relacionados ao
tema:
a) Perfil dos obreiros: 82% do quadro de obreiros apresentava uma faixa etária
acima dos 35 anos.
b) Formação dos obreiros: 77% dos obreiros possuíam curso superior completo
ou pós-graduação e que apenas 3% não completaram o ensino médio.
c) Atividade profissional dos obreiros: 56% eram empresários ou profissionais
liberais.
d) Principais recomendações dos obreiros visando melhorias: no campo do
conhecimento: educação – formação do Maçom e na ritualística –
aperfeiçoamento e compreensão dos significados: 35,94%. Representação
Externa – resultados sociais: 9,38%
Com o cenário conhecido pode ser construído projetos que estão sendo
executados e que resultaram até o presente momento entre outros, na:
1. Implantação da Concepção de Ensino do GOSC para os Graus Simbólicos;
2. Implantação das Câmaras de Estudos realizadas a parte das Sessões
ritualísticas;
6
Santo Zacarias Gomes, MI:. da ARBLS Acácia da Ilha no. 31 - GOSC
7
Amostragem de 1.428 obreiros, que há época correspondia a aproximadamente 51% do quadro de obreiros ativos.
16
3. Aprovação pelo Colegiado8
do ajuste no interstício (1º. e 2º. Grau)9
e na
implantação de período formal dedicado a formação dos Mestres recém-
exaltados10
;
4. Implantação da e-biblioteca com a inserção de trabalhos produzidos por
obreiros do quadro e que aprovados, são disponibilizados a todos
eletronicamente;
5. Impressão das coletâneas de artigos de O PRUMO (03 volumes)11
como
fonte de pesquisa;
6. Implantação de Concurso de Literatura Maçônica para o estimulo a escrita
e produção do conhecimento maçom;
7. Aprovação pelo Colegiado12
na elevação do nível de frequência mínima
exigida para maçons em formação entre outros (75% de frequência).
A implantação da concepção de ensino no GOSC leva em consideração
principalmente, que para ensinar e formar Líderes Maçons, a Ordem necessita de um
tempo adequado e de um conteúdo mínimo que abrange no mínimo as seguintes
áreas de estudo: administração maçônica; direito e legislação, esoterismo13
,
exoterismo14
, ética e moral maçônica, filosofia, história, organização social e política,
ritualística e liturgia e o simbolismo. Bem como, de material, de método e de Mestres
que estejam preparados para o ensino e a formação, para que:
1. O Aprendiz saiba que ingressou em uma Instituição que detém
Conhecimento. E que seu objetivo é fazer com que o Espírito domine a Matéria.
Aprender a conhecer-se e construir (transformar) o ser Templo interior, vencendo os
seus vícios e as suas paixões. No que a concepção de ensino para o Grau define: “O
Aprendiz Maçom terá direito à ascensão aos demais graus desde que demonstre
perfeito conhecimento, verificados mediante apresentação de trabalhos escritos e
exames práticos e orais, sobre Liturgia, Ritualística, Simbologia e Legislação
Maçônica”15
.
2. O Companheiro que por sua vez saiba que é o obreiro da inteligência
superior e construtiva. Seu trabalho perfeito, no grau de Aprendiz, o faz companheiro do
Mestre Interno, o qual lhe “dá o pão do saber e a água que satisfaz toda a ânsia da
vida”. Pode começar a ousar, variar e propor. No que a concepção de ensino para o
Grau define: “Para o Grau de Companheiro Maçom, o objetivo básico a ser alcançado é
o desenvolvimento do sentimento de fraternidade. Assim, são competências exigidas do
Companheiro Maçom: o aprofundar dos conceitos, ensinamentos e doutrinas aprendidas
no Grau de Aprendiz que se constituem na base do edifício maçônico; desenvolver-se e
conhecer-se, para que possa compreender a essência da fraternidade; ter capacidade
8
Processo de votação realizado com opções diferente e em dois turnos.
9
O interstício que era de 10 passou para 18 meses.
10
Período de 18 meses após a exaltação.
11
Coletânea de Artigos de O PRUMO: principais artigos publicados nos 40 anos da sua história e correlacionados a concepção de ensino do GOSC.
12
Processo de votação realizado com opções diferente e em dois turnos.
13
Esoterismo é o nome genérico que designa um conjunto de tradições e interpretações filosóficas das doutrinas e religiões.
14
Exotérico se refere ao ensinamento que nas escolas da Antiguidade grega era transmitido ao público sem restrições, por se tratar
de ensinamento dialético, provável e verossímil.
15
Fascículo do 1º. Grau da Concepção de Ensino do GOSC.
17
para dominar conhecimentos gerais e vivê-los e transformá-los em atividade produtiva e
construtiva. Compreender a quintessência e buscar constantemente a compreensão do
que é a Vida”16
.
3. O Mestre Maçom saiba, que transcorrido um período mínimo de
formação, é um Ser capaz de ser um agente de disseminação da filosofia da Ordem, um
indutor, ou mesmo, um construtor e/ou transformador de seres e da sociedade. E para
que isto ocorra, precisamos ensinar que o Mestre, além de outras, deve empregar a
consciência, que mora dentro de Si, para o bem da Humanidade. E agregado a isto, que
o Mestre esteja preparado para a ação no edifício social17
. No que a concepção de
ensino para o Grau define: “No R:.E:.A:.A:. a leitura do Livro da Lei no Grau de Mestre é
feita no Livro de Eclesiastes. Uma lição interessante que se pode retirar deste aspecto é
a própria interpretação do que seja “Eclesiastes”: Convocar, Reunir e Pregar! O
Mestre Maçom é convocado a reunir em si o conhecimento para pregar a
transformação do homem e, consequentemente, da sociedade! Para onde eu vou?
Compreender a si próprio e aos outros; Realizar obras: no sentido individual e no sentido
coletivo e difundir as Ideias, a Ética e a Moral da Maçonaria”18
.
Em síntese o maçom (da iniciação ao mestre formado), através de um trabalho
intelectual intenso deve se preparar e articular para disseminar aquilo que assimilou e
aquilo que reuniu.
Interpretar
Trabalho Material
Desbastar a Pedra Bruta
Articular
Trabalho Intelectual
Realização da Pedra Polida
Disseminar
Trabalho Espiritual
Difundir a Luz e juntar o
que está disperso
Figura 1 Níveis de Trabalho em Loja19
.
16
Fascículo do 2º. Grau da Concepção de Ensino do GOSC.
1717
A maçonaria europeia opera no campo da filosofia, a americana no campo da beneficência e a da américa-latina no campo social.
18
Fascículo do 3º. Grau da Concepção de Ensino do GOSC.
19
Extraído dos Fascículos de Concepção de Ensino do GOSC.
18
Figura 2 Processo de Educação e o ciclo na Sociedade20
.
Este projeto, que tem sido um verdadeiro desafio no âmbito do GOSC, teve o seu
inicio de implantação já no mês de julho de 2008, mas efetivamente iniciado em Lojas no
primeiro semestre de 2009 (quando da posse das novas administrações de Lojas), já
apresenta resultados concretos deste processo e que pode ser mensurado quando da
realização da pesquisa situacional no primeiro semestre de 201121
, que apresentou
sinteticamente os seguintes resultados relacionados ao tema em questão:
a) Faixa etária dos obreiros:
b) Formação: 80% dos obreiros possuíam curso superior completo ou pós-
graduação e que apenas 1% não completou o ensino médio.
c) Atividade profissional: 60% eram empresários ou profissionais liberais.
d) Principais Fatores de Motivação para os obreiros:
 Integração e fraternidade do grupo dos obreiros: 68%
20
Extraído dos Fascículos de Concepção de Ensino do GOSC.
21
Amostragem de 1.364 obreiros, que há época correspondia a aproximadamente 43% do quadro de obreiros ativos.
19
 Formação maçônica: 57%
 Oportunidade de crescimento pessoal: 38%
e) Principais diferenciais (positivos) da Instituição (GOSC):
 Qualidade da formação e ensino: 43%
 Transparência da Instituição: 39%
 Projeto estratégico do GOSC: 35%
E mais, considerando o período de 01/07/2008 à 30/05/2011, a Instituição obteve
ganhos substanciais, entre os quais:
1. Incremento de 21,78% nas atividades instrucionais registradas em Lojas
(estas ocorridas em sessões e/ou câmaras de estudos).
2. Incremento na frequência média do quadro de obreiros do GOSC,
resultando em 71,64% em maio de 2011.
3. O volume de Lojas que apresentavam uma frequência média, no quadro de
obreiros, igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento), apresentou
uma elevação de 141,17% no período.
3. Conclusão:
As Potências Maçônicas necessitam avançar a passos largos para vencer a
inércia e a nostalgia de uma realidade histórica de progressão nos graus de forma
apressada (uma verdadeira corrida), atabalhoada, sem o devido respeito para com a
Ordem e para com o Iniciado. Sem a devida e merecida atenção para com a
transferência de conhecimento maçom, quer sejam de ordem: simbólica, filosófica,
esotérica, exotérica, ritualística, etc.
A Formação Maçônica é sim, um item obrigatório. Visto estar relacionada à
aquisição de conhecimentos, capacidades, atitudes e formas de comportamento que
serão exigidos do Mestre Maçom para o exercício da vida maçônica em prol de
resultados institucionais concretos.
Ante a isto, o iniciado deve absorver o conhecimento da Ordem, para poder atuar
como um verdadeiro Mestre no seio da Sociedade, para a transformação de Seres e do
próprio tecido social. Visto que a maçonaria é o resultado de um complexo processo
histórico em que, normalmente se combinam aspectos nitidamente espirituais com
outros que pertencem ao campo social e político. Agindo de forma coordenada e
integrada.
Assim o Mestre:
a) Deve possuir a qualidade de conquistar pelo próprio esforço a suprema
autoridade, que varreu a ignorância, o egoísmo e o medo, o qual mantém o
homem num estado de inferioridade e escravidão.
20
b) Deve atuar na Câmara do Meio22
para multiplicar os Talentos (maçons líderes
ou líderes potenciais). Assim é necessário possuir os Talentos observando a
capilaridade no tecido social observando os reais objetivos da maçonaria.
c) Deve, no mínimo, conhecer e compreender a dinâmica socioeconômica em seu
nível local de residência e também, conhecer o que se apresenta ao mundo
globalizado.
d) Deve atuar na Câmara do Meio em meio aos projetos de transformação de
seres iniciados e da sociedade no qual se encontra inseridos. Daí inclusive a
necessidade da Ordem planejar e estar atenta a sua expansão qualitativa,
mediante o ingresso de lideres potencias e que representem a amostra seletiva
do tecido social.
Mestres: “não vedes que já é tempo de despertar?”.
Os maçons há muito deixaram de construir templos em pedra para começar a
construção e/ou transformação para uma nova ordem social, a partir da Educação do
povo, substituindo a ação de levantar templos reais pela de construir templos virtuais no
coração e na mente do Homem. E estes agindo para a transformação da humanidade,
tornando-a mais feliz – desenvolvimento com sustentabilidade.
As Potências Maçônicas que vem adotando um projeto digno, coerente e
moderno de formação, transferindo conhecimento conectado com o cumprimento da
missão da Ordem nos tempos, observando a dinâmica da evolução social e dos Seres
em especial, tem sentido a feliz realidade da retenção, expansão e motivação do quadro
de obreiros.
Contato com o autor: rrf@terra.com.br e facebook.com/rubens.ricardo.franz
Referências bibliográficas:
1. Artigo “Andragogia: Aprendendo a ensinar adultos”, Carlos César Ribeiro Santos.
2. Artigo “EVASÃO DE MAÇONS DE LOJAS JURISDICIONADAS AO GOSC”, 2008,
Santo Zacarias Gomes, MI:. da ARBLS Acácia da Ilha no. 31.
3. Fascículos da Concepção de Ensino do GOSC – Grande Oriente de Santa Catarina (1º.,2º.
e 3º. Graus).
4. Constituição, Regulamento Geral e Legislação acessória do GOSC – Grande Oriente de
Santa Catarina.
22
Câmara do Meio: deve reunir-se, no mínimo, 02 vezes ao mês e com um planejamento específico observado as metas fixadas.
21
O presente bloco
é produzido pelo Ir. Pedro Juk.
Loja Estrela de Morretes, 3159
Morretes - PR
livro da lei
O Respeitável Irmão Pasolini, Secretário Estadual de Orientação Ritualística do GOB-ES,
Oriente de Vitória, Estado do Espírito Santo, apresenta a seguinte questão:
pasolini.vix@terra.com.br
Irmão Pedro, boa noite.
Hoje, dia 04/04/2013, recebi uma ligação de um Irmão me questionando o seguinte:
O Livro da Lei depois de aberto pelo Irmão Orador pode ser manuseado?
Um Aprendiz da sua Loja apresentou um trabalho, e continha uma referência a uma
passagem da Bíblia Sagrada. Dentro da Loja não existia uma reserva. O que fazer?
Qual o seu posicionamento? O Livro da Lei que abriu os trabalhos poderia ser
consultado?
CONSIDERAÇÕES
Como o Livro da Lei é parte integrante das Três Grandes Luzes Emblemáticas, o conjunto
além de representar um código de moral e ética na Oficina (Livro da Lei, Esquadro e
Compasso) indica que a Loja está aberta e o seu grau de trabalho conforme a posição do
Esquadro e do Compasso sobre o Livro, dado o entendimento que o Esquadro e o
Compasso somente se apresentam unidos em Loja.
6 - Perguntas & Respostas
22
Assim, as situações previstas para o conjunto ternário no tocante ao seu manuseio em
Loja aberta seriam as seguintes: a) para a abertura dos Trabalhos; b) para transformação
dos Trabalhos em outro Grau; c) para o retorno dos Trabalhos para o Grau de abertura; d)
para o encerramento dos Trabalhos.
Outras situações não existem. No caso em que o Irmão cita na questão é procedimento
altamente equivocado. Essa situação implica no contraditório, pois a Loja está aberta e
um dos seus indicadores é que o Livro da Lei esteja aberto sobre o Altar dos Juramentos.
Retirá-lo para consulta implicaria em desfazer a Loja.
Para a boa geometria dos Trabalhos, uma Loja deveria ter outro exemplar do Livro, para
eventuais consultas como fora o caso citado. Se a Loja não possuir outro volume, o
Venerável deve marcar outra ocasião para a discussão que envolva o exemplar, porém
nunca “desmanchar” a Loja.
Finalizando. Após terem sidos os Trabalhos abertos, o Livro da Lei deve permanecer
aberto na página em tiver sido feita a leitura de costume. Esse exemplar como integrante
das Três Grandes Luzes, em Loja aberta, não deve receber na oportunidade manuseio
para eventuais consultas.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
ABRIL/2013.
Na dúvida pergunte ao JB News ( jbnews@floripa.com.br )
que o Ir Pedro Juk responde ( jukirm@hotmail.com )
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
23
Este Templo abrigou a cerimônia de instalação e
posse dos novos Veneráveis da Grande Florianópolis
Templo da Grande Loja de Santa Catarina local da Sessão Especial
de instalação e posse dos novos Veneráveis.
Ontem, sábado, A Grande Loja de Santa Catarina deu posse a 39 novos Veneráveis Mestres das
Lojas jurisdicionadas da Grande Florianópolis, e Orientes de Içara, Tubarão e Concórdia,
instalados ou não, em sessão Especial presidida pelo Sereníssimo Grão-Mestre, Irmão João
Eduardo Noal Berbigier.
Ao após, houve o “Jantar das Luzes” no salão de festas da GLSC, constituído de uma
interessante cerimônia protocolar com referência à “Passagem da Luz”, pelos Veneráveis que
deixaram seus cargos, para os Veneráveis recem empossados.
Estes versos do Ir. Adilson Zotovici, de São Paulo,
são especialíssimos. Ele os fez, dedicando aos novos Veneráveis
que acabaram de tomar posse
e que dirigirão suas Lojas, durante o período administrativo 2013/2014:
7 - destaques jb
24
Um singular panorama !
Que diante de ti aflora
Feito alvorada campestre
Que ao teu coração clama
Pra que te lances agora !
Nessa passagem terrestre
Chama teu povo, conclama!
Guia-o, ao mundo afora
Por senda plana ou alpestre !
Tolerante...a quem reclama
E com ele, então, labora !
Cada dia..., ou semestre !
Feliz, é quem faz...e ama !
Edifica, sem demora ,
Seja no chão ou rupestre
A força “D’ELE”, te inflama
É chegada enfim a hora !
És... o “ Venerável Mestre” !
Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169
São Bernardo do Campo SP.
25
Rádio Sintonia 33 & JB News
Música e Cultura o ano inteiro.
Em breve com novo site para melhor informar
Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
www.radiosintonia33.com.br
JB News:
seis contas para
melhor escolher!
jbf@floripa.com.br
jbnews@floripa.com.br
jbnews33@floripa.com.br
jbnews-33@floripa.com.br
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TemploMaçônicode LourençoMarques,em1920.
26
1 - DE ONDE VEIO ISSO? VIOLÃO MÚLTIPLO!
Cada vez que abro a internet, vejo coisas inacreditáveis.
Que "engenhoca" é essa?
Abs.
Tamanha criatividade para um belo compasso
www.youtube.com/embed/XlyCLbt3Thk?rel=0
2 - É GENIAL..
Diverte e tira dúvidas.... Muito bom este teste.
Cem erros de Português
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27
O Ir Sinval Santos da Silveira,
Grande Orador da GLSC
escreve aos domingos neste espaço
Conto Poético:
UM MENDIGO POETA
Esta noite, senti uma vontade imensa de apreciar
a minha Cidade, lá do alto da montanha.
E fui até lá.
Acomodei-me no mirante.
fechando a cortina
28
Observei a noite de luar. Que maravilha !
Identifiquei o lugar em que nasci, a rua onde moro...
tudo é muito bonito.
Parece uma árvore de natal, com os seus enfeites, e
encantos.
Estava absorto em meus pensamentos, e quase nem
pressenti um homem aproximar-se daquele lugar.
Pelo seu comportamento, logo deduzi tratar-se de um
morador de rua, um mendigo, quem sabe ?
Educado, cumprimentou-me, e perguntou se não me
aborrecia com a sua presença. Imagina !
Estava barbeado, não cheirava a álcool, usava
sapatos, e as roupas não estavam rasgadas.
Sob o piso do mirante, guardava os seus pertences,
e passava as suas noites.
Bom de conversa, prendeu a minha atenção.
Ajudou-me identificar os diversos pontos da Cidade.
Disse-me, mais:
" Estou neste lugar, desde 2006. Não o troco por outro.
Subo e desço, esta montanha, diariamente.
Não tenho vizinhos, ninguém me incomoda, e os
animais silvestres já se acostumaram comigo.
Dou-lhes as sobras dos alimentos, que a Cidade me
oferta.
Não me sinto só, pois escuto tudo o que as pessoas
conversam, lá em baixo... pelo menos, imagino.
Sei o que estão fazendo, comendo, bebendo, se
divertindo. E isto me faz bem. Basta-me, pois já vivi
esta vida, e não me adaptei.
Amei e, creio, tenha sido amado, também.
Não pretendo fazer ninguém infeliz, com este meu jeito
de viver, ou ser chamado de egoísta social...
Tenho consciência, não é para qualquer pessoa.
É para quem ama a liberdade, a verdade sem hipocrisia,
ou desfaçatez.
Sou, apenas, um homem feliz que, hoje, conversa com
o céu, mesmo que não mereça a atenção de Deus.
Falo com as estrelas, com o vento, com a lua, com a chuva,
e, quando ele aparece, com o sol.
Toda a natureza me acolhe.
29
Quem não me conhece, diz que sou louco.
Mas há os que me chamam, e não sei porque, de poeta...."
Fiquei mudo.
Como já era tarde, prometi voltar outro dia, para a conversa
reiniciar...
Meu Deus, conversei com um mendigo poeta !
Postado porSinval Santos da Silveiraàs14:13 - 22 comentários:
Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com/
* Sinval Santos da Silveira - Obreiro da ARLS.·.
Alferes Tiradentes nr. 20 e Grande Orador da GLSC

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  • 1. 1 JB NEWS Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 – jbnews@floripa.com.br Informativo Nr. 1.017 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC ( Florianópolis SC ) - domingo, 16 de junho de 2013 Índice: Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 - Opinião - Rui Bandeira - " O Trabalho do Aprendiz" Bloco 3 - IrJoão Ivo Girardi - Verbete da Semana - " Sem Sofisma, Equívocos ou Reserva Mental " Bloco 4 - Ir Arnaldo Gonçalves (Macau) - "A Maçonaria na China " Bloco 5 - Ir Rubens Ricardo Franz - " Maçonaria Latino-Americana e a formação do Maçon... " Bloco 6 - Ir Pedro Juk - Perguntas e Respostas - "Telhamento ou Trolhamento? " Bloco 7 - Destaques JB Pesquisas e artigos: Acervo JB News - Internet – Colaboradores – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br Hoje, 16 de junho de 2013, 167º dia do calendário gregoriano. Faltam 198 para acabar o ano. Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
  • 2. 2 Exegese Simbólica para o Aprendiz Maçom I Tomo - Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalhos de Emulação Autor – Ir. Pedro Juk - Editora – A trolha, Londrina 2.012 – Segunda Edição. www.atrolha.com.br - Objetivo – Introdução a interpretação simbólica maçônica. Conteúdo – Resumo histórico das origens da Maçonaria – Operativa, Especulativa e Moderna. Apreciação – Sistema Latino e Inglês – Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalho de Emulação. Tema Central – Origens históricas do Painel da Loja de Aprendiz e da Tábua de Delinear. Enfoque – Exegese do conteúdo dos Painéis (Ritualística e Liturgia, História, Ética e Filosofia). Extenso roteiro bibliográfico.  1846 - O Cardeal Giovanni Maria Mastai Ferretti se torna o Papa Pio IX.  1904 - Leopold Bloom vive sua Odisséia de um dia no romance Ulisses, de James Joyce. A data é comemorada na Irlanda como o feriado Bloomsday.  1950 - Inauguração do estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã.  1957 - Instalada a Arquidiocese de Goiânia, pelo núncio apostólico, que empossou o seu primeiro arcebispo, Dom Fernando Gomes dos Santos.  1960 o Massacre de Mueda, em Moçambique. o Lançamento de Psicose, de Alfred Hitchcock.  1976 - Massacre de Soweto, na África do Sul.  1980 - Entrada em circulação do Metical, a nova moeda de Moçambique.  1999 - No Estádio Palestra Itália, o Palmeiras conquista a Taça Libertadores da América após bater o Deportivo Cali por 2x1 no tempo normal e por 4x3 nos pênaltis. livros e revistas 1 - Almanaque Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas. Eventos Históricos
  • 3. 3  Irlanda: O Bloomsday comemora a obra de James Joyce, especialmente o Ulisses.  Brasil: Aniversário da cidade de Ouro Preto do Oeste - feriado local.  Brasil: Aniversário da cidade de Salto (São Paulo) - feriado local.  Portugal: Feriado Municipal de Olhão.  Portugal: Feriado Municipal de Espinho.  Santos do dia: o Cecccardo (Francisco) de Luni, bispo italiano e mártir (Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal) 1171 Falece Ir Louis de Bourbon, Duque de Clermont, Grão-Mestre da Grande Loja de França. 1805 Ir.'.Eugene Beauharnais, enteado de Napoleão, presta juramento como Vice-Rei da Itália. Dias depois é eleito Grão-Mestre do Grande Oriente da Itália. 1821 Fundação da Grande Loja do Alabama dos Maçons Livres e Aceitos 1922 Os pilotos Gago Coutinho (.∙.) e Sacadura Cabral chegam ao Rio de Janeiro após realizar o primeiro vôo sobre o Atlântico Sul 1930 Fundação da Loja Obreiros de Irajá nr. 1068 (GOB/RJ) que trabalha no Palácio Maçônico de Olaria, Rio de Janeiro. 1983 Fundação da Loja Winston Churchill nr. 2216, de Anápolis (GOEG) que trabalha no Rito York 1990 Fundação da Loja Bolivar Duque, nr. 239 (GLMMG) que trabalha no REEAA, de Juiz de Fora-MG Chapecó nos espera! feriados e eventos cíclicos fatos maçônicos do dia
  • 4. 4 ] Ir Rui Bandeira - Lisboa O Aprendiz, após a sua Iniciação, não tem apenas de se integrar na Loja. Essa integração, se bem que necessária, é apenas instrumental da sua actividade maçónica. O Aprendiz, logo na sua Iniciação e imediatamente após a mesma, é confrontado com uma panóplia de símbolos variada, complexa e de grande quantidade. Uma das vertentes importantes do método maçónico é o estudo e conhecimento dos símbolos, o esforço da compreensão e apreensão do seu significado. Aprender a lidar com a linguagem simbólica, a determinar os significados representados pelos inúmeros símbolos com que a Maçonaria trabalha é, sem dúvida, uma vertente importante dos esforços que são pedidos ao Aprendiz. É uma vertente tão mais importante quanto ninguém deve "ensinar" o significado de qualquer símbolo ao Aprendiz. Quando muito, cada um pode informá-lo do significado que ele dá a um determinado símbolo. Mas nunca poderá legitimamente dizer ao Aprendiz que esse é o significado correcto, que esse é o significado que o Aprendiz deve adoptar. O Aprendiz pode adoptar o significado que o seu interlocutor lhe transmitiu ser a sua interpretação, mas apenas se concordar com ele. Se atribuir acriticamente a um símbolo um significado apenas porque alguém lhe disse entendê-lo assim, está a agir preguiçosamente, não está a trilhar bem o seu caminho. Não quer isto dizer que o Aprendiz não deva, não possa, atribuir a determinado símbolo o mesmo específico significado que outro ou outros lhe atribuem. Aliás, diversos símbolos são generalizadamente vistos da mesma maneira pela generalidade dos maçons. Mas cada um deve meditar sobre o símbolo, procurar entender o que significa, por ele próprio. Pode - não há mal nenhum nisso! - ouvir a opinião de outros, aperceber- se que significado ou significados outros lhe dão. Ao fazê-lo, está a beneficiar do trabalho anteriormente realizado por seus Irmãos e é também para isso que serve a Maçonaria, é também essa a riqueza do método maçónico. Mas deve, é imperioso que o faça, analisar, reflectir sobre o que lhe é dito, verificar se concorda ou discorda, em quê, em que medida e porquê. e então extrair ele próprio a sua conclusão e adoptá-la como a que entende correcta. Pode ser igual à dos seus Irmãos; pode ser semelhante, mas levemente diferente; ou pode ser muito ou completamente diferente. Não importa! Ninguém lhe dirá, ninguém lhe pode legitimamente dizer, que está errado. É a sua interpretação, a que resultou do seu trabalho, da sua análise, é a interpretação correcta para ele. E tanto basta! E se porventura mais tarde, com nova análise, com os mesmos ou outros ou mais elementos, vier a modificar a sua interpretação, tudo bem também! Isso corresponde a evolução do seu pensamento, que ninguém tem o direito ou legitimidade para contestar! Ainda que beneficiando da sinergia do grupo, da ajuda do grupo, das contribuições do grupo, o trabalho do maçon é sempre individual e solitário! E também, inegavelmente, difícil. É todo um novo alfabeto que, mais do que aprender, o Aprendiz maçon está a criar e a aprender a criar! 2 - Opinião - " O Trabalho do Aprendiz "
  • 5. 5 O autor, Ir. João Ivo Girardi ( joaogira@terra.com.br ) é da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 (Blumenau). Acompanhe todos os domingos no JB News, um dos mais de 3.000 verbetes de sua obra de 700 páginas intitulada “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite", cujo artigo de hoje foi extraído. ... sem Sofisma, Equívocos ou Reserva Mental. “Constantemente encontramos em nossos rituais, palavras e frases que simplesmente lemos e não compreendemos o porquê estão ali. Acreditamos que são coadjuvantes, foram usadas apenas para reforçar ou ilustrar uma idéia. Tenham certeza que muitas frases ultrapassam o contexto do dos Templos”. (Jerônimo Borges). EQUÍVOCO: [lat. aequivocu] 1. Que tem mais de um sentido ou se presta a mais de uma interpretação; ambíguo. Difícil de se perceber pelos sentidos. Efeito de equivocar-se, engano. (Aurélio). 2. Log. Palavra, locução ou proposição que tem mais de um significado. Sofisma verbal que consiste em dar sentidos diferentes a uma palavra dentro de um mesmo raciocínio. 3. Lista de equívocos de Cícero: O grande filósofo romano anotou seis equívocos dos homens de 2000 anos atrás. Ainda válidos para os nossos dias, são eles: 1) a ilusão de que o progresso individual é feito pela destruição dos outros; 2) a tendência de se preocupar com coisas que não podem ser mudadas ou corrigidas; 3) teimar que uma coisa é impossível porque não podemos realizá-la; 4) recusar a desprezar preferências triviais (vulgares); 5) negar o desenvolvimento e aperfeiçoamento da mente e não adquirindo o hábito de ler e estudar; e 6) tentar obrigar as outras pessoas a acreditar e viver como nós. 4. Máximas: Não há equívoco maior do que confundir homens inteligentes com sábios. (Francis Bacon). - É um equívoco achar que nossos talentos nos conduzem ao sucesso. Eles ajudam, mas não é o que fazemos bem que nos leva à vitória a longo prazo. É o que fazemos de errado e como corrigimos que assegura nosso êxito duradouro. (Bernie Marcus). - Abençoados sejam os esquecidos, pois tiram maior proveito dos equívocos. (Nietzsche). - O equívoco é primo-irmão da mentira. (Adágio Popular). SOFISMA: [gr. sóphisma: sutileza de sofista] 1. Argumento aparentemente válido, mas na realidade não conclusivo, e que supõe má fé por parte de quem o apresenta. Argumento que parte de premissas verdadeiras, ou tidas como verdadeiras, e chega a uma conclusão inadmissível, que não pode enganar ninguém. É um silogismo aparente, ou silogismo sofístico, mediante os quais quer se defender algo falso e confundir o contrário. 2. Ensaios: 1) Um sofisma é um sofisma? Os erros são oportunidades para pensar, portanto condição de qualquer acerto na redação, na educação ou na vida. Os erros que se repetem, no entanto, perdem essa oportunidade e se esclerosam, formando o que muitas vezes chamamos de preconceitos. Se pegamos pela palavra, vemos que pré-conceitos são justamente pré-argumentos, isto é, 3 - Verbete da Semana " ...Sem sofismas, Equívocos ou Reserva Mental. "
  • 6. 6 argumentos preguiçosos que se satisfazem com conclusões e certezas rápidas demais. Os preconceitos nascem de diversas maneiras de argumentar de maneira apressada e preguiçosa, maneiras estas que os estudiosos da Lógica chamam de sofismas ou de falácias. Mas o que são sofismas? Lá pelo século V, sofismas eram as teses defendidas pelos sofistas. Naquela época, os sofistas atuavam como professores, ensinando aos filhos das famílias nobres, e estavam preparados, como os advogados modernos, para mostrar de que maneira se argumenta contra ou a favor de qualquer opinião. Os sofistas seguiam um argumento aonde quer que ele os levasse, sem se preocuparem com considerações pessoais, morais, cívicas ou religiosas. Por conta dessa prática de pensamento livre, talvez livre demais, com o tempo o termo sofisma foi adquirindo uma conotação pejorativa, passando a significar um argumento usado para enganar e não para esclarecer ou chegar à verdade. Alguns filósofos dizem que sofisma é um argumento com dolo, isto é, construído com a intenção consciente de enganar o interlocutor, enquanto que falácia seria um argumento sem dolo, isto é, construído sem a intenção de enganar, mas enganoso do mesmo jeito. Na prática, a distinção é muito difícil: como saber se o sujeito argumenta errado de propósito ou sem querer? Pode ser que o faça sem querer querendo, como aquele personagem mexicano... Logo, podemos supor que sofisma e falácia são quase sinônimos. O termo sofisma, que prefiro, vem do grego sóphisma, que traduzo agora como só-pensamento. O sofisma é uma espécie de ideia pura, de ideia que se alimenta de si mesma e não dos fatos, das evidências, da realidade, enfim. Como a realidade é extremamente dinâmica, alterando-se a cada instante, quem argumenta de maneira sofismática tende a ter preguiça de observar cada fenômeno por todas as perspectivas possíveis, preferindo se empolgar com as próprias palavras. Ao invés de confirmar o que pensa pelo olhar contínuo sobre a realidade em movimento, prefere apoiar o que pensa com o seu próprio pensamento. (Gustavo Bernardo, 2009). 2) Súmula contra o Sofisma Religioso: Que a bíblia é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, isto é claro para qualquer um que se debruce para estudar, analisar e praticar os ensinamentos bíblicos. E também, não somente deste modo, mas observando a postura de muitos dos grandes homens na história da humanidade, os quais utilizaram este recurso como um arcabouço para sua conduta moral e espiritual, podemos nitidamente notar o quanto ela pôde ser útil e extremamente eficaz. Contudo, temos nos deparado nos dias de hoje, com muito daquilo que podemos denominar como um sofisma religioso. Ou seja, alguns pseudos pregadores, o qual o texto bíblico chama de falsos profetas, que introduzem encobertamente heresias de perdição. Estes, utilizando-se de algumas verdades bíblicas descontextualizadas e um pouco de retórica, tem conseguido infiltrar no seio da igreja uma numerosidade desacerbada de mentiras e falsos ensinamentos que muito se afasta de uma proposta fielmente cristã. Devido a tal situação, o genuíno evangelho proposto por Jesus tem se distanciado de sua origem, perdendo a sua identidade por discursos falaciosos que só trazem proveitos aos seus líderes que cada vez tem se tornado mais ricos, – ou como alguns deles mesmos gostam de dizer: prósperos. O que está em questão é a situação vergonhosa que se tornou hoje para qualquer indivíduo ser chamado de evangélico. Não por ser rejeitados pelo mudo por atributos como: loucos, fanáticos, ou até mesmo incoerentes com o sistema social – que por observação, isto seria para a sua glorificação, pois o próprio Jesus já dizia que tais coisas iriam acontecer para todos aqueles que o seguissem. Mas o que tem acontecido é que os evangélicos estão sendo conhecidos, não como os marginalizados pela sociedade, mas sim como: ladrões, usurpadores e mentirosos, que utiliza da boa-fé das pessoas para a satisfação própria. Já se perde a conta de quantos modelos congregacionais e ramos teológicos têm surgido nestes últimos dias. Condutas teológicas como a teologia da prosperidade e a teologia da vitória têm sido um destes amalgamados de falsos ensinamentos que não obstante tem contraposto os primeiros ensinamentos apostólicos. (Moises Welldon, 2012). 3. Exemplo de sofisma: Todo cavalo raro é caro. Um cavalo barato é raro. Logo; um cavalo caro é barato! - Os índios estão desaparecendo. Os índios são homens. Logo; os homens estão
  • 7. 7 desaparecendo. Sofismas engraçados: Por definição, o sofisma tem o objetivo de dissimular uma ilusão de verdade, apresentado-a sob esquemas que aparentam seguir as regras da lógica (mas, que nestes casos abaixo, não deixam de ser engraçados). Sofisma 1: Quando bebemos álcool em excesso ficamos bêbados. ...quando estamos bêbados dormimos. ...enquanto dormimos não cometemos pecados. ...se não cometemos pecados vamos para o céu. Conclusão: para ir para o céu devemos estar bêbados. Sofisma 2: Hoje em dia os trabalhadores não têm tempo para nada. No entanto sabemos que os vadios têm todo o tempo do mundo. Tempo é dinheiro. Portanto os vadios têm mais dinheiro que os trabalhadores. Conclusão: para ser rico não precisa trabalhar. Sofisma 3: Imagine uma fatia de queijo suíço todo cheio de buracos. ...quanto mais queijo mais buracos. Cada buraco ocupa o lugar no qual deveria ter queijo... portanto quanto mais buracos menos queijo. ...Quanto mais queijo, mais buracos e quanto mais buracos menos queijo. Conclusão: quanto mais queijo menos queijo. Sofisma 4: Deus é amor. O amor é cego. Stevie Wonder é cego. Conclusão: Stevie Wonder é Deus! 4. Maçonaria: (...) Mas, o que é ser verdadeiramente maçom? É simples, basta cumprir a palavra e seguir rigorosamente a fórmula ditada pelo Orador para o Profano tomar ciência do tipo de compromisso que ele vai assumir, Juro e prometo, de minha livre e espontânea vontade, e por minha honra, em presença do Grande Arquiteto do Universo e dos membros desta Loja defender e proteger meus Irmãos esparsos pelo mundo, em tudo em que puder e for necessário e justo,…prometo também conservar–me sempre cidadão honesto e digno, submisso às leis democráticas do País, amigo de minha família e maçom sincero, nunca atentando contra a honra de alguém, (…) procurarei tornar-me sempre um elemento de Paz, de Concórdia e de Harmonia no seio da Maçonaria (…) Essa fórmula de juramento abrange outras declarações importantes até culminar com o seguinte desfecho: Tudo isto prometo cumprir, sem sofisma, equívoco ou reserva mental e consinto, se faltar à minha palavra, em ser exxcluído de toda a sociedade dos homens de bem que, então, deverão ver em mim um ente sem honra e sem dignidade. Isso, meus Irmãos tem o objetivo de mexer com os brios do neófito. O candidato precisa compreender o exato sentido destas palavras, para assumir na verdade, não um compromisso com a assembleia paramentada, mas um compromisso de foro íntimo, um compromisso de coração. O objetivo é despertar um sentimento daqueles, que se aflora vindo da alma. Quando por infelicidade algum de nós, sendo consciente e verdadeiro, cometer um deslize qualquer, e sentir o rubor na face e o amargor no coração, martirizado intimamente, sem ninguém saber, por ter cometido o deslize, aí sim, ficará caracterizado o compromisso do coração. Para isso é preciso praticar com exatidão a receita da fórmula do juramento, sem sofisma e sem reserva mental. 5. Complementos da GLSC: (...) Sofisma é um raciocínio errado, resultante de má-fé, que se apresenta com as aparências da verdade no momento em que é extraída a sua conclusão. Quando ela não é fruto de má-fé, isto é, não revestido pelo intuito de enganar, mas, mesmo assim, eivado de expressões duvidosas ou imperfeitas, passa a se chamar paralogismo. O instrumento único de que se vale o sofista é a retórica, mas empregada com segunda intenção, isto é, com a de levar o interlocutor, trapaceiramente, a um convencimento falso, sem importar qual seja o seu posicionamento a respeito do assunto... (Filosofia Normativa - CM). (...) Reveste-se de suma importância para o Mestre Maçom, na constante investigação da Verdade, como também da „Palavra Perdida‟, o mais amplo conhecimento possível em relação aos sofismas, particularmente quando adentra a Filosofia Iniciática da Maçonaria. Por esta razão, o estudo dessa matéria, aqui neste Fascículo, exibe-se com maior extensão, muito embora com desenvolvimento superficial e, tanto quanto possível, despregado de tecnicismo Lógico-formal. (Complemento de Mestre: Filosofia Metodológica/Lógica Material). 6. Rituais: (...) O Cinzel é a imagem frisante dos argumentos da palavra, com os quais se destroem os sofismas e os erros. (RC).
  • 8. 8 RESERVA MENTAL: 1. O que é Reserva Mental: A origem do conceito reserva mental tem preocupado muito os juristas de todo o mundo. Há quem afirme que a figura surgiu na doutrina dos canonistas (especialista em direito canônico ou sistema de regras que rege a Igreja Católica), em meados da Idade Média. Por outro lado, os romanistas já apontavam a existência da reserva mental no direito romano, mencionando alguns trechos do Digesto (Compilação das decisões dos juriconsultos romanos, convertidas em lei por Justiniano (483-565), imperador romano do Oriente, e que constitui uma das quatro partes do Corpus Juris Civilis). Outros como Pontes de Miranda entendem que foram os moralistas, baseados no problema da mentira, que elucidaram o conceito de reserva mental, dando importância somente ao que houvesse sido declarado, porque a reserva secreta trazia dentro de si uma mentira, abominada pelos moralistas. Em um sentido lato, a reserva mental é o produto da divergência entre a vontade e a manifestação, o que implica em uma manifestação, mas não uma vontade da manifestação ou de seu conteúdo. Köhler nega essa possibilidade, dizendo que não é exato considerar-se vontade e declaração como dois elementos distintos, os quais se deixam arbitrariamente separar, e que a declaração se subordina à vontade. O direito - continua ele - não empresta relevância a este não natural divórcio entre a vontade e declaração, interno e externo, espírito e matéria: a declaração de vontade é uma unidade para qual o homem, física e psiquicamente, cooperou. A concepção voluntarista (é a tese que acreditamos porque queremos) de Köhler não se coaduna com a melhor doutrina. É sabido que pode haver divergência entre o que se quer e o que se declara, divergência essa que pode ser intencional ou não intencional. A reserva mental se coloca como sendo hipótese de divergência intencional. A divergência que ocorre entre aquilo que se quer e aquilo que se declara, dever ser, portanto, consciente. Daí a razão pela qual uma parcela da doutrina, equivocadamente, entende que seria, em certa medida, equiparada ao dolo, conduta do declarante, já que ele manifesta a sua vontade em total desacordo com o que intimamente quer, fazendo-o de modo intencional. Mas, para a conceituação da reserva sob o ponto de vista estritamente jurídico, não se pode levar em consideração divergências que não possam trazer alguma consequência para o direito. Assim, à mentira pura e simples, que não traduzam nenhum reflexo no âmbito do direito, não se pode dar importância para o fim de conceituar a reserva mental. (Augusto Passaman). 2. Código Civil: Há a reserva mental quando um dos contratantes reserva-se, secretamente, a intenção de não cumprir o contrato. A reserva mental é combatida no Código Civil no seu artigo 110, onde dispõe que a manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento. Alguns doutrinadores a chamam de Simulação Unilateral. 3. Máximas: Não há espelho que melhor reflita a imagem do homem do que de suas palavras. (Juan Luís Vives). - Hipocrisia e simulação; eis duas pragas capazes de destruir a humanidade. (Maomé). - Coloque a lealdade e a confiança acima de qualquer coisa; não te alies aos moralmente inferiores; não receies corrigir teus erros. (Confúcio). 4. Maçonaria: Citações: Reserva mental é a mentira oculta; por fora, na frente de todos os Irmãos: ... Juro e prometo cumprir - por dentro,… eu não, me inclua fora dessa. Quem é que pode controlar uma atitude dessas senão a própria consciência? Se o meu juramento não for do coração, você não será verdadeiramente maçom. Se não for um compromisso pessoal, de dentro pra fora, não será possível cumprir os preceitos enunciados do mesmo ritual: ... praticar a justiça, amar o próximo, trabalhar pela felicidade do gênero humano. E o maçom não é nada disso, por opção própria, por decisão pessoal, por convicção. A ordem não tem como penetrar no coração dos maçons, para vasculhar seus mais recônditos sentimentos e decidir mantê-los ou excluí-los de seus quadros. É possível que nem todos nós sejamos maçons de verdade, ou que não sejamos totalmente maçons. Essa nossa condição de seres humanos, imperfeitos e injustos, nos fragiliza tanto, que o ideal da Maçonaria, às vezes, parece se tornar uma utopia. É utopia sonhar com uma Maçonaria na qual todos os obreiros tenham as virtudes preconizadas pelo nosso ritual? O mundo
  • 9. 9 carece de gente de bem. Precisamos urgentemente de maçons, de homens verdadeiramente maçons. Precisamos de legiões de gente de bem para influenciar positivamente e dar bons exemplos. Já temos bandidos em número suficiente, temos hipócritas, falsários, desonestos, corruptos, infiéis, traidores, incrédulos e toda a sorte de gente negativa que prejudica e destrói. Precisamos de gente do bem de verdade, é por isso que a Maçonaria precisa ampliar seus quadros e ministrar suas lições e alcançar os corações. O mecanismo da Maçonaria, só funcionará se alcançar seu coração e sua mente. (Isaac Bispo Ramos). 5. Juramentos na Maçonaria: Os juramentos feitos na Maçonaria na realidade são compromissos e devem ser prestados com a máxima transparência. Na Idade Média é que surgiu a reserva mental, quando os hereges eram obrigados a abjurar sua crença; faziam-no usando a reserva mental, isto é, o ato de abjurar era um ato mecânico do sentido da fala; em sua mente era desmentido de imediato. Quando um candidato, durante o cerimonial iniciático, presta os seus juramentos, o Venerável Mestre solicita que eles devem ser prestados sem reserva mental, isto é espontaneamente, livremente e com sinceridade. O juramento, todavia, é feito exclusivamente durante o ato místico iniciático e não mais repetido. Os juramentos dizem respeito à fidelidade grupal quanto aos sigilos recebidos que deve ser mantidos reservados com o fito de a Maçonaria não se tornar vulgar. O maçom tem palavra; o seu sim será sim; e o seu não será não. Isto é uma questão de caráter e de honra. O maçom é uma pessoa aberta, franca e pura. Rituais: (...) Tudo isso prometo cumprir sem sofisma, equívocos ou reserva mental... e se violar essa promesa.... (RI).
  • 10. 10 A Maçonaria na China Arnaldo Gonçalves VM, RL Luz do Oriente n.o 80 Oriente de Macau O surgimento da Maçonaria na China é efeito do processo de interpenetração dos interesses das potências marítimas europeias que através das suas Companhias das Índias Orientais demandaram o país do Meio e o Japão à procura de mercadorias raras na Europa como a seda, o chá e a porcelana. A primeira potência europeia a chegar à China foi Portugal em 1515 através de iniciativa do navegador Jorge Álvares [http://en.wikipedia.org/wiki/Jorge_Álvares] que a partir de Malaca realizou várias viagens ao Sul da China estabelecendo inúmeras feitorias na província de Cantão. Jorge Álvares terá participado em inúmeras incursões contra o sultão de Bintão vindo a estabelecer-se na ilha de Sanchoão junto a Tamang (Cantão), passando a ser considerado o feitor português da cidade. Narra a história que durante a segunda metade do século XVI os portugueses terão participado com quinhentos homens numa batalha marítima contra piratas que assolavam a costa do Sul d a China, captando a confiança e agradecimento do mandarim de Cantão. Em 1557 surge o estabelecimento de Macau [http://en.wikipedia.org/wiki/History_of_Macau], tornando-se o entreposto um porto florescente na rota comercial dominada pelos portugueses, de Goa e Malaca até ao Japão e à China. Praticamente até a meio do século XVII os portugueses detiveram o exclusivo do comércio com a China e o Japão, perdendo pouco a pouco o seu papel dominante para outras potências europeias, como a Holanda e já no século XIX (1842) para a Grã-Bretanha, por via das Guerras do Ópio [http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerras_do_ópio]. O primeiro sinal de actividade maçónica na China surge na segunda metade do século XVIII quando um barco da Companhia das Índias Orientais, o “Prince Carl”, aportou a Macau para iniciar actividade mercantil entre os portos da China. Nele viajavam vários maçons que detinham uma carta patente que os autorizava a realizar sessões maçónicas nos portos por onde passassem. O facto da língua mercantil (da altura) nessa zona do mundo ser o português, a localização estratégica do enclave e os direitos de exclusividade de Portugal nas rotas de comércio da China, levou a que se estabelecessem laços de companheirismo entre esses maçons, oficiais da guarnição portuguesa e membros destacados da comunidade europeia e macaense. 4 - a maçonaria na china
  • 11. 11 Desse intercâmbio surgiu uma loja maçónica, com obreiros de várias nacionalidades e não integrada em qualquer obediência que terá funcionado por alguns anos. Ao mesmo tempo, a partir de Macau mas também de outros pontos da Ásia do Sul pastores protestantes [http://www.olamacauguide.com/protestantcemetery.html] demandaram o território chinês desenvolvendo significativa obra de evangelização junto dos gentios, com a aparente permissividade das autoridades imperiais chinesas. Entre eles encontrar-se-iam maçons. Segundo fontes sínicas, a partir de 1747 (dinastia Qing), levantaram colunas inúmeras lojas em território chinês em zonas de concessão europeias instaladas em portos chineses, ficando essas lojas na dependência das grandes lojas dos países de origem. São assinaladas lojas americanas, italianas, alemãs, francesas e inglesas a funcionar na China durante parte significativa dos séculos XVIII e XIX. Vivendo com grande autonomia face à metrópole, os portugueses em Macau incentivaram o cruzamento de culturas, modos de vida, práticas religiosas e casamentos interraciais, sendo muito reduzido o número de senhoras portuguesas que vieram instalar-se em Macau. A maçonaria acompanhou este fluxo e várias lojas emergiram associando portugueses, e estrangeiros membros das profissões liberais, do clero, do exército, marinha e ainda comerciantes. A distância da metrópole (a um mês de viajem por barco) implicou que essas lojas funcionassem com grande autonomia e sem particular articulação com as obediências portuguesas que na sequência da explosão do movimento liberal se expandiam ou retraiam consoante o pendor absolutista ou mais liberal do monarca que reinava em Portugal. Na parte final do século XIX (1872) uma loja de nome “Luís Camões” ergueu colunas [http://aescadadejacob.blogspot.com/2010/05/subsidio-para-historia-da-maconaria-em.html, ao que tudo indica, sob a tutela da Loja Lusitânea, criada em Londres por exilados liberais. Esta última foi reconhecida pela Grande Loja de Inglaterra. A criação da Loja Camões terá sido facilitada pelo reconhecimento do estatuto da presença portuguesa em Macau, por força do Tratado de 1862, enquanto poder soberano, passando o enclave a ser uma colónia de Portugal em termos idênticos a Goa, Damão, Diu ou Timor. Contemporâneo deste eventos, Sun Yat-Sem [www.notablebiographies.com/St-Tr/Sun-Yat- Sen.html , que seria mais tarde o primeiro Presidente da República Chinesa, desenvolveu uma relação privilegiada com os maçons de Macau. Segundo se relata, Sun terá sido iniciado numa loja americana, em Honolulu, vindo a residir em Hong Kong em 1887, onde se licenciou em medicina. Exerceu clínica em Macau no Hospital Keng-Wu, abrindo uma farmácia sino-europeia com a ajuda de amigos portugueses. Foi forçado a deixar Macau, indo para Cantão, onde participou na criação do partido republicano, que mais tarde se transformou no Kuomintang [http://en.wikipedia.org/wiki/Kuomintang]. Envolvido num motim de soldados chineses contra as autoridades imperiais, no fim da guerra sino-japonesa, viu-se obrigado a fugir para Macau onde foi acolhido por Francisco Fernandes, membro da Loja Camões. Dali fugiu para Londres, ficando detido na embaixada chinesa e sendo posteriormente libertado a exigência do governo britânico. Em Outubro de 1911 eclodiu o movimento revolucionário em Wuchang e a república foi proclamada a 3 de Novembro [www.chinaknowledge.de/History/Rep/rep.html], tornando-se Sun Yat-Sen, seu primeiro Presidente, em 10 de Janeiro de 1912. O apreço pelos maçons portugueses encontram-se registado em cartas suas. Uma segunda loja com a mesma designação “Luís de Camões” ergueu colunas em 1908 sob os auspícios da Loja “Pró Veritate” de Coimbra subordinada ao Grande Oriente Lusitano, integrando figuras proeminente do Conselho do Governo e do Leal Senado http://www.macauheritage.net/en/HeritageInfo/HeritageContent.aspx?t=M&hid=36 ]como Constâncio José da Silva, editor do jornal “A Verdade”, o capitão Rosa Duque, o poeta Camilo Pessanha e provavelmente o governador Carlos da Maia. Seguindo a orientação prevalecente na maçonaria portuguesa (de então), os maçons de Macau participarem na difusão dos ideais republicanos e laicos junto da comunidade expatriada, combatendo a influência dominante da Igreja Católica e as ordens religiosas no ensino, na cultura e nos círculos do poder. Na sequência da revolução republicana de 5 de Outubro de 1910, exigiriam a proclamação da república em Macau, a expulsão das ordens religiosas e a separação da Igreja e do Estado,
  • 12. 12 exigências parcialmente satisfeitas pelo Governador Álvaro de Melo Machado. Vários maçons foram nos anos seguintes à proclamação da República eleitos como senadores e deputados em Portugal, em representação de Macau, entre eles Francisco Valdez e Francisco Anacleto da Silva. Quase no fim da segunda metade do século XX foi fundada, em Xangai, em Março de 1949 a Grande Loja da China [www.grandlodge-china.org/eng/index.asp?CType=1] sob os auspícios da Grande Loja das Filipinas. Na sequência da proclamação da República Popular da China (1949) e com a auto-suspensão das actividades maçónicas (1951), as lojas localizadas no continente chinês dividiram-se. Parte delas transferiram-se para Hong Kong (associando-se no Zetland Hall [www.zetlandhall.com], transformando-se em lojas distritais na dependência das três grandes lojas britânicas; outras mudaram-se para Taiwan, em 1954. Durante algum tempo, as lojas transferidas para Taiwan procuraram o reconhecimento da Grande Loja Unida de Inglaterra o que lhes foi recusado, entendendo a UGLE que as lojas se deveriam subordinar aos Distritos regionais de Hong Kong. Em sequência deste processo, as lojas localizadas em Taiwan foram reactivadas sob a chancela de Grande Loja da China de que seria Grão-Mestre o filho do Presidente de Taiwan, Chiang kai-Shek [http://en.wikipedia.org/wiki/Chiang_Kai-shek], o General Chiang. A Grande Loja da China mantém actividade regular agregando cerca de onze lojas, com maçons de diversas nacionalidades, praticando os ritos de emulação e escocês antigo e aceite tanto em língua inglesa como em mandarim. Em Hong Kong funcionam, neste momento, cerca de setenta lojas subordinadas à jurisdição das três grandes lojas britânicas (Grande Loja Unida de Inglaterra, Grande Loja da Escócia e Grande Loja da Irlanda) apenas em língua inglesa. Hong Kong é uma região administrativa especial da China usufruindo por cinquenta anos do sistema legal, do modo de viver e do conjunto de direitos, liberdades e garantias deixados pela administração colonial britânica. Existem indicações de que a actividade maçónica foi reatada em Xangai em 2004 com maçons oriundos da Grande Loja da China (Taiwan) formando uma Loja circunscrita a expatriados. Existem informações que levantaram colunas na cidade de Pequim uma loja francesa e outra norte-americana, cuja filiação é desconhecida. Em Macau, levantou colunas na década de 70 uma loja subordinada ao Grande Oriente Lusitano formada por membros da comunidade portuguesa expatriada e da comunidade macauense. Em 2007 levantou colunas um triângulo com o nome Luz do Oriente, subordinado à R:. Loja Anderson nº 7 da Grande Loja Legal de Portugal (GLRP) [www.gllp.pt], formada por maçons portugueses e de outras nacionalidades. Em Janeiro de 2011 esse Triângulo deu lugar à R:.L:. Luz do Oriente nº 80 [http://luzoriente.blogspot.com] consagrada pelo R:.I:. José Moreno, MRGM da Grande Loja Legal de Portugal, em Junho de 2011. Macau usufrui por cinquenta anos como região administrativa da China do sistema de direitos fundamentais e liberdade de associação deixada por Portugal em 1999.
  • 13. 13 MAÇONARIA LATINO-AMERICANA E a FORMAÇÃO DO MAÇOM NESTE INICIO DO SECULO XXI Uma necessidade do rompimento de paradigmas Rubens Ricardo Franz. Membro da Academia Maçônica de Ciências, Letras e Artes da COMAB; Conferencista; Grão Mestre de Honra do Grande Oriente de Santa Catarina – GOSC; Presidente de Honra e atual Secretário Geral da Confederação Maçônica do Brasil – COMAB; obreiro da ARBLS:. Justiça e Trabalho no. 10 – GOSC. 1. Introdução: O assunto “Formação do Maçom” é estratégico para a Ordem1 , item obrigatório no planejamento de todo o Grão-Mestrado e por consequência, para todas as Administrações de Lojas e que até pouco tempo, vinham seguindo um paradigma2 que não observava a própria evolução da Sociedade, por consequência do anseio dos obreiros que estão sendo iniciados e sinceramente, nem da própria Ordem. Durante décadas, levaram os obreiros a acreditar que todo o conhecimento maçom se encerrava em um grupo básico de instruções inseridas nos rituais que eram 1 Constam dos postulados e das ações estratégicas da CMI – Confederação Maçônica Interamericana e da COMAB – Confederação Maçônica do Brasil e também de Potencias como o GOSC – Grande Oriente de Santa Catarina, GLSC – Grande Loja de Santa Catarina, Grande Loja do Chile e Grande Loja da Bolívia entre outras. 2 Paradigma: um modelo que era a representação de um padrão a ser seguido. 5 - " Maçonaria latino-americana e a formação do maçom neste início do Século - uma necessidade do rompimento de paradigmas "
  • 14. 14 lidas como um “jogral” e que ganhavam ênfase com a leitura de peças de arquitetura, elaboradas pelos próprios obreiros, sendo que, muitas das quais, copias de livros e de trabalhos anteriormente apresentados, que lidas ano a ano, causavam inclusive sonolência em alguns, desânimo em outros e descrédito nos demais, em que pese o tradicional “... excelente trabalho apresentado ...” dito em Loja. Resultado: evasão da Ordem. Além de não seguirem fiéis as transmissões do conhecimento e aos princípios gerais da maçonaria aplicados ao momento e ao futuro próximo, não observavam algo de básico, que na formação do maçom, precisamos estar atentos: o cumprimento da Missão da Ordem3 e por consequência o conhecimento e avaliação do perfil do quadro de obreiros desejado e existente e finalmente, a formação com a observância da Andragogia4 , no que vale lembrar o que disse Carlos César Ribeiro Santos: “... o adulto precisa saber o que está estudando, para que está estudando e se irá favorecer-lhe futuramente”. Contudo o tema “Formação do Maçom”, ainda causa insegurança para alguns, desconforto para outros e inclusive irritação a pouquíssimos “Mestres”, cujo comportamento se assemelha aqueles que adotam uma postura contrária à evolução, refratários inclusive ao direito individual e coletivo ao progresso e a própria evolução, mas com o direito de usarem aventais bem vistosos, ornamentados e com direito à palavra no Oriente. Felizmente o tema em questão evoluiu e têm merecido o devido respeito e investimentos diante do trabalho intenso de muitos outros Mestres que voluntariamente não tem medido esforços para recuperar o tempo, adequando-se as necessidades do Século e resgatando o conhecimento (subutilizado por muitos anos) disponibilizado pela Ordem através dos tempos, para que os Maçons atuais e os que chegam, estejam devidamente formados, por exemplo: na compreensão da nossa história, no conhecer a Instituição, no cumprimento dos Landmark´s e da Constituição de Anderson, na aplicação dos Princípios Gerais tendo em mente a Missão da Ordem, do Simbolismo, da Ritualística com os seus significados e da Filosofia da Maçonaria entre outros, visto o lastro da responsabilidade histórica que está sobre nós e dos desafios que se apresentam e que haverão de se tornar mais intensos com o avançar deste Século. 2. O desafio da Formação do Maçom correlacionado a caso real: O fato de ser a Formação o item primordial para tornar o INICIADO um MESTRE5 , e este como um verdadeiro Arquiteto, projetando e supervisionando a Obra de transformação de Seres e da própria Sociedade, não alcançou a devida atenção de dirigentes das Potencias Maçônicas ao longo do Século XX, que se descuidaram (a exceção de algumas), sendo que em alguns casos inclusive, desprestigiaram este processo e somente neste inicio do Século XXI, voltaram a preocupar-se e investir intensamente neste importante e estratégico tema. Como exemplo apresentado aos obreiros de diversas Potências, poderíamos aqui reportar o respeitável trabalho da Grande Loja do Chile com seus 150 anos de história, da Grande Loja da Bolívia e da Grande Loja de Santa Catarina entre outras, mas iremos neste caso em particular, utilizar de algumas informações do GOSC – Grande Oriente de Santa Catarina, com seus 62 anos de história, começando pela informação de que, no âmbito da sua administração, vínhamos detectando e observamos com clareza 3 Missão da Ordem: na Europa – filosófica, nos EUA – filantrópica e na América-Latina – social. 4 Andragogia: conceito de educação voltada para o adulto. 5 A formação do iniciado não se encerra com a exaltação e sim após o repasse do conhecimento inserido no Grau de Mestre Maçom.
  • 15. 15 estatística este problema, quando em 2007, por iniciativa do Irmão Carlos Rogério Poli, então integrante da Secretaria de Planejamento do GOSC, realizou uma pesquisa para estudar as causas da evasão da Potência, que apontou, dentre outras informações, que em vários casos havia a presença da desmotivação a partir da elevação (segundo grau), pois diante do seu nível de formação dos obreiros e ante aos anseios e expectativas individuais com relação à Ordem, os itens: transferência de conhecimento e resultado medido através de ações concretas no ceio da sociedade, eram os que mais influenciaram a decisão pedir o Quit Placet. Diante deste fato, vale registrar, o que bem sintetiza Santo Zacarias6 : “Entrevistando pessoalmente vários Irmãos que deixaram a Maçonaria, sobre as razões que motivaram tal gesto, obtivemos algumas respostas até constrangedoras. Uns disseram que “a Maçonaria não tinha mais nada a lhes ensinar”; outros disseram que haviam se cansado de tanto “ouvir bater martelinhos” sem nenhuma produtividade e outros ainda, alegaram que haviam perdido a crença nos fundamentos da Maçonaria”. Continuando Santo Zacarias diz: “Se a Maçonaria se intitula como “Escola de Perfeição Moral”, deveria ter alunos (e os têm), mas também professores (os Mestres?). O número de verdadeiros maçonólogos no Brasil dá para contar com os dedos de uma mão, justificando Sansão (2008), quando afirma categoricamente que a Maçonaria brasileira desintelectualizou-se”. Diante do problema que se apresentava o GOSC, em 2008, realizou uma pesquisa situacional (interna) com os seus obreiros7 , para levantar estatisticamente informações de orientação estratégica junto ao quadro regular, e que em síntese apresentou resultados, como os a seguir apresentados e diretamente relacionados ao tema: a) Perfil dos obreiros: 82% do quadro de obreiros apresentava uma faixa etária acima dos 35 anos. b) Formação dos obreiros: 77% dos obreiros possuíam curso superior completo ou pós-graduação e que apenas 3% não completaram o ensino médio. c) Atividade profissional dos obreiros: 56% eram empresários ou profissionais liberais. d) Principais recomendações dos obreiros visando melhorias: no campo do conhecimento: educação – formação do Maçom e na ritualística – aperfeiçoamento e compreensão dos significados: 35,94%. Representação Externa – resultados sociais: 9,38% Com o cenário conhecido pode ser construído projetos que estão sendo executados e que resultaram até o presente momento entre outros, na: 1. Implantação da Concepção de Ensino do GOSC para os Graus Simbólicos; 2. Implantação das Câmaras de Estudos realizadas a parte das Sessões ritualísticas; 6 Santo Zacarias Gomes, MI:. da ARBLS Acácia da Ilha no. 31 - GOSC 7 Amostragem de 1.428 obreiros, que há época correspondia a aproximadamente 51% do quadro de obreiros ativos.
  • 16. 16 3. Aprovação pelo Colegiado8 do ajuste no interstício (1º. e 2º. Grau)9 e na implantação de período formal dedicado a formação dos Mestres recém- exaltados10 ; 4. Implantação da e-biblioteca com a inserção de trabalhos produzidos por obreiros do quadro e que aprovados, são disponibilizados a todos eletronicamente; 5. Impressão das coletâneas de artigos de O PRUMO (03 volumes)11 como fonte de pesquisa; 6. Implantação de Concurso de Literatura Maçônica para o estimulo a escrita e produção do conhecimento maçom; 7. Aprovação pelo Colegiado12 na elevação do nível de frequência mínima exigida para maçons em formação entre outros (75% de frequência). A implantação da concepção de ensino no GOSC leva em consideração principalmente, que para ensinar e formar Líderes Maçons, a Ordem necessita de um tempo adequado e de um conteúdo mínimo que abrange no mínimo as seguintes áreas de estudo: administração maçônica; direito e legislação, esoterismo13 , exoterismo14 , ética e moral maçônica, filosofia, história, organização social e política, ritualística e liturgia e o simbolismo. Bem como, de material, de método e de Mestres que estejam preparados para o ensino e a formação, para que: 1. O Aprendiz saiba que ingressou em uma Instituição que detém Conhecimento. E que seu objetivo é fazer com que o Espírito domine a Matéria. Aprender a conhecer-se e construir (transformar) o ser Templo interior, vencendo os seus vícios e as suas paixões. No que a concepção de ensino para o Grau define: “O Aprendiz Maçom terá direito à ascensão aos demais graus desde que demonstre perfeito conhecimento, verificados mediante apresentação de trabalhos escritos e exames práticos e orais, sobre Liturgia, Ritualística, Simbologia e Legislação Maçônica”15 . 2. O Companheiro que por sua vez saiba que é o obreiro da inteligência superior e construtiva. Seu trabalho perfeito, no grau de Aprendiz, o faz companheiro do Mestre Interno, o qual lhe “dá o pão do saber e a água que satisfaz toda a ânsia da vida”. Pode começar a ousar, variar e propor. No que a concepção de ensino para o Grau define: “Para o Grau de Companheiro Maçom, o objetivo básico a ser alcançado é o desenvolvimento do sentimento de fraternidade. Assim, são competências exigidas do Companheiro Maçom: o aprofundar dos conceitos, ensinamentos e doutrinas aprendidas no Grau de Aprendiz que se constituem na base do edifício maçônico; desenvolver-se e conhecer-se, para que possa compreender a essência da fraternidade; ter capacidade 8 Processo de votação realizado com opções diferente e em dois turnos. 9 O interstício que era de 10 passou para 18 meses. 10 Período de 18 meses após a exaltação. 11 Coletânea de Artigos de O PRUMO: principais artigos publicados nos 40 anos da sua história e correlacionados a concepção de ensino do GOSC. 12 Processo de votação realizado com opções diferente e em dois turnos. 13 Esoterismo é o nome genérico que designa um conjunto de tradições e interpretações filosóficas das doutrinas e religiões. 14 Exotérico se refere ao ensinamento que nas escolas da Antiguidade grega era transmitido ao público sem restrições, por se tratar de ensinamento dialético, provável e verossímil. 15 Fascículo do 1º. Grau da Concepção de Ensino do GOSC.
  • 17. 17 para dominar conhecimentos gerais e vivê-los e transformá-los em atividade produtiva e construtiva. Compreender a quintessência e buscar constantemente a compreensão do que é a Vida”16 . 3. O Mestre Maçom saiba, que transcorrido um período mínimo de formação, é um Ser capaz de ser um agente de disseminação da filosofia da Ordem, um indutor, ou mesmo, um construtor e/ou transformador de seres e da sociedade. E para que isto ocorra, precisamos ensinar que o Mestre, além de outras, deve empregar a consciência, que mora dentro de Si, para o bem da Humanidade. E agregado a isto, que o Mestre esteja preparado para a ação no edifício social17 . No que a concepção de ensino para o Grau define: “No R:.E:.A:.A:. a leitura do Livro da Lei no Grau de Mestre é feita no Livro de Eclesiastes. Uma lição interessante que se pode retirar deste aspecto é a própria interpretação do que seja “Eclesiastes”: Convocar, Reunir e Pregar! O Mestre Maçom é convocado a reunir em si o conhecimento para pregar a transformação do homem e, consequentemente, da sociedade! Para onde eu vou? Compreender a si próprio e aos outros; Realizar obras: no sentido individual e no sentido coletivo e difundir as Ideias, a Ética e a Moral da Maçonaria”18 . Em síntese o maçom (da iniciação ao mestre formado), através de um trabalho intelectual intenso deve se preparar e articular para disseminar aquilo que assimilou e aquilo que reuniu. Interpretar Trabalho Material Desbastar a Pedra Bruta Articular Trabalho Intelectual Realização da Pedra Polida Disseminar Trabalho Espiritual Difundir a Luz e juntar o que está disperso Figura 1 Níveis de Trabalho em Loja19 . 16 Fascículo do 2º. Grau da Concepção de Ensino do GOSC. 1717 A maçonaria europeia opera no campo da filosofia, a americana no campo da beneficência e a da américa-latina no campo social. 18 Fascículo do 3º. Grau da Concepção de Ensino do GOSC. 19 Extraído dos Fascículos de Concepção de Ensino do GOSC.
  • 18. 18 Figura 2 Processo de Educação e o ciclo na Sociedade20 . Este projeto, que tem sido um verdadeiro desafio no âmbito do GOSC, teve o seu inicio de implantação já no mês de julho de 2008, mas efetivamente iniciado em Lojas no primeiro semestre de 2009 (quando da posse das novas administrações de Lojas), já apresenta resultados concretos deste processo e que pode ser mensurado quando da realização da pesquisa situacional no primeiro semestre de 201121 , que apresentou sinteticamente os seguintes resultados relacionados ao tema em questão: a) Faixa etária dos obreiros: b) Formação: 80% dos obreiros possuíam curso superior completo ou pós- graduação e que apenas 1% não completou o ensino médio. c) Atividade profissional: 60% eram empresários ou profissionais liberais. d) Principais Fatores de Motivação para os obreiros:  Integração e fraternidade do grupo dos obreiros: 68% 20 Extraído dos Fascículos de Concepção de Ensino do GOSC. 21 Amostragem de 1.364 obreiros, que há época correspondia a aproximadamente 43% do quadro de obreiros ativos.
  • 19. 19  Formação maçônica: 57%  Oportunidade de crescimento pessoal: 38% e) Principais diferenciais (positivos) da Instituição (GOSC):  Qualidade da formação e ensino: 43%  Transparência da Instituição: 39%  Projeto estratégico do GOSC: 35% E mais, considerando o período de 01/07/2008 à 30/05/2011, a Instituição obteve ganhos substanciais, entre os quais: 1. Incremento de 21,78% nas atividades instrucionais registradas em Lojas (estas ocorridas em sessões e/ou câmaras de estudos). 2. Incremento na frequência média do quadro de obreiros do GOSC, resultando em 71,64% em maio de 2011. 3. O volume de Lojas que apresentavam uma frequência média, no quadro de obreiros, igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento), apresentou uma elevação de 141,17% no período. 3. Conclusão: As Potências Maçônicas necessitam avançar a passos largos para vencer a inércia e a nostalgia de uma realidade histórica de progressão nos graus de forma apressada (uma verdadeira corrida), atabalhoada, sem o devido respeito para com a Ordem e para com o Iniciado. Sem a devida e merecida atenção para com a transferência de conhecimento maçom, quer sejam de ordem: simbólica, filosófica, esotérica, exotérica, ritualística, etc. A Formação Maçônica é sim, um item obrigatório. Visto estar relacionada à aquisição de conhecimentos, capacidades, atitudes e formas de comportamento que serão exigidos do Mestre Maçom para o exercício da vida maçônica em prol de resultados institucionais concretos. Ante a isto, o iniciado deve absorver o conhecimento da Ordem, para poder atuar como um verdadeiro Mestre no seio da Sociedade, para a transformação de Seres e do próprio tecido social. Visto que a maçonaria é o resultado de um complexo processo histórico em que, normalmente se combinam aspectos nitidamente espirituais com outros que pertencem ao campo social e político. Agindo de forma coordenada e integrada. Assim o Mestre: a) Deve possuir a qualidade de conquistar pelo próprio esforço a suprema autoridade, que varreu a ignorância, o egoísmo e o medo, o qual mantém o homem num estado de inferioridade e escravidão.
  • 20. 20 b) Deve atuar na Câmara do Meio22 para multiplicar os Talentos (maçons líderes ou líderes potenciais). Assim é necessário possuir os Talentos observando a capilaridade no tecido social observando os reais objetivos da maçonaria. c) Deve, no mínimo, conhecer e compreender a dinâmica socioeconômica em seu nível local de residência e também, conhecer o que se apresenta ao mundo globalizado. d) Deve atuar na Câmara do Meio em meio aos projetos de transformação de seres iniciados e da sociedade no qual se encontra inseridos. Daí inclusive a necessidade da Ordem planejar e estar atenta a sua expansão qualitativa, mediante o ingresso de lideres potencias e que representem a amostra seletiva do tecido social. Mestres: “não vedes que já é tempo de despertar?”. Os maçons há muito deixaram de construir templos em pedra para começar a construção e/ou transformação para uma nova ordem social, a partir da Educação do povo, substituindo a ação de levantar templos reais pela de construir templos virtuais no coração e na mente do Homem. E estes agindo para a transformação da humanidade, tornando-a mais feliz – desenvolvimento com sustentabilidade. As Potências Maçônicas que vem adotando um projeto digno, coerente e moderno de formação, transferindo conhecimento conectado com o cumprimento da missão da Ordem nos tempos, observando a dinâmica da evolução social e dos Seres em especial, tem sentido a feliz realidade da retenção, expansão e motivação do quadro de obreiros. Contato com o autor: rrf@terra.com.br e facebook.com/rubens.ricardo.franz Referências bibliográficas: 1. Artigo “Andragogia: Aprendendo a ensinar adultos”, Carlos César Ribeiro Santos. 2. Artigo “EVASÃO DE MAÇONS DE LOJAS JURISDICIONADAS AO GOSC”, 2008, Santo Zacarias Gomes, MI:. da ARBLS Acácia da Ilha no. 31. 3. Fascículos da Concepção de Ensino do GOSC – Grande Oriente de Santa Catarina (1º.,2º. e 3º. Graus). 4. Constituição, Regulamento Geral e Legislação acessória do GOSC – Grande Oriente de Santa Catarina. 22 Câmara do Meio: deve reunir-se, no mínimo, 02 vezes ao mês e com um planejamento específico observado as metas fixadas.
  • 21. 21 O presente bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk. Loja Estrela de Morretes, 3159 Morretes - PR livro da lei O Respeitável Irmão Pasolini, Secretário Estadual de Orientação Ritualística do GOB-ES, Oriente de Vitória, Estado do Espírito Santo, apresenta a seguinte questão: pasolini.vix@terra.com.br Irmão Pedro, boa noite. Hoje, dia 04/04/2013, recebi uma ligação de um Irmão me questionando o seguinte: O Livro da Lei depois de aberto pelo Irmão Orador pode ser manuseado? Um Aprendiz da sua Loja apresentou um trabalho, e continha uma referência a uma passagem da Bíblia Sagrada. Dentro da Loja não existia uma reserva. O que fazer? Qual o seu posicionamento? O Livro da Lei que abriu os trabalhos poderia ser consultado? CONSIDERAÇÕES Como o Livro da Lei é parte integrante das Três Grandes Luzes Emblemáticas, o conjunto além de representar um código de moral e ética na Oficina (Livro da Lei, Esquadro e Compasso) indica que a Loja está aberta e o seu grau de trabalho conforme a posição do Esquadro e do Compasso sobre o Livro, dado o entendimento que o Esquadro e o Compasso somente se apresentam unidos em Loja. 6 - Perguntas & Respostas
  • 22. 22 Assim, as situações previstas para o conjunto ternário no tocante ao seu manuseio em Loja aberta seriam as seguintes: a) para a abertura dos Trabalhos; b) para transformação dos Trabalhos em outro Grau; c) para o retorno dos Trabalhos para o Grau de abertura; d) para o encerramento dos Trabalhos. Outras situações não existem. No caso em que o Irmão cita na questão é procedimento altamente equivocado. Essa situação implica no contraditório, pois a Loja está aberta e um dos seus indicadores é que o Livro da Lei esteja aberto sobre o Altar dos Juramentos. Retirá-lo para consulta implicaria em desfazer a Loja. Para a boa geometria dos Trabalhos, uma Loja deveria ter outro exemplar do Livro, para eventuais consultas como fora o caso citado. Se a Loja não possuir outro volume, o Venerável deve marcar outra ocasião para a discussão que envolva o exemplar, porém nunca “desmanchar” a Loja. Finalizando. Após terem sidos os Trabalhos abertos, o Livro da Lei deve permanecer aberto na página em tiver sido feita a leitura de costume. Esse exemplar como integrante das Três Grandes Luzes, em Loja aberta, não deve receber na oportunidade manuseio para eventuais consultas. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com ABRIL/2013. Na dúvida pergunte ao JB News ( jbnews@floripa.com.br ) que o Ir Pedro Juk responde ( jukirm@hotmail.com ) Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
  • 23. 23 Este Templo abrigou a cerimônia de instalação e posse dos novos Veneráveis da Grande Florianópolis Templo da Grande Loja de Santa Catarina local da Sessão Especial de instalação e posse dos novos Veneráveis. Ontem, sábado, A Grande Loja de Santa Catarina deu posse a 39 novos Veneráveis Mestres das Lojas jurisdicionadas da Grande Florianópolis, e Orientes de Içara, Tubarão e Concórdia, instalados ou não, em sessão Especial presidida pelo Sereníssimo Grão-Mestre, Irmão João Eduardo Noal Berbigier. Ao após, houve o “Jantar das Luzes” no salão de festas da GLSC, constituído de uma interessante cerimônia protocolar com referência à “Passagem da Luz”, pelos Veneráveis que deixaram seus cargos, para os Veneráveis recem empossados. Estes versos do Ir. Adilson Zotovici, de São Paulo, são especialíssimos. Ele os fez, dedicando aos novos Veneráveis que acabaram de tomar posse e que dirigirão suas Lojas, durante o período administrativo 2013/2014: 7 - destaques jb
  • 24. 24 Um singular panorama ! Que diante de ti aflora Feito alvorada campestre Que ao teu coração clama Pra que te lances agora ! Nessa passagem terrestre Chama teu povo, conclama! Guia-o, ao mundo afora Por senda plana ou alpestre ! Tolerante...a quem reclama E com ele, então, labora ! Cada dia..., ou semestre ! Feliz, é quem faz...e ama ! Edifica, sem demora , Seja no chão ou rupestre A força “D’ELE”, te inflama É chegada enfim a hora ! És... o “ Venerável Mestre” ! Adilson Zotovici ARLS Chequer Nassif-169 São Bernardo do Campo SP.
  • 25. 25 Rádio Sintonia 33 & JB News Música e Cultura o ano inteiro. Em breve com novo site para melhor informar Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33.com.br JB News: seis contas para melhor escolher! jbf@floripa.com.br jbnews@floripa.com.br jbnews33@floripa.com.br jbnews-33@floripa.com.br jb-news33@floripa.com.br jbnews33@gmail.com TemploMaçônicode LourençoMarques,em1920.
  • 26. 26 1 - DE ONDE VEIO ISSO? VIOLÃO MÚLTIPLO! Cada vez que abro a internet, vejo coisas inacreditáveis. Que "engenhoca" é essa? Abs. Tamanha criatividade para um belo compasso www.youtube.com/embed/XlyCLbt3Thk?rel=0 2 - É GENIAL.. Diverte e tira dúvidas.... Muito bom este teste. Cem erros de Português Clique aqui
  • 27. 27 O Ir Sinval Santos da Silveira, Grande Orador da GLSC escreve aos domingos neste espaço Conto Poético: UM MENDIGO POETA Esta noite, senti uma vontade imensa de apreciar a minha Cidade, lá do alto da montanha. E fui até lá. Acomodei-me no mirante. fechando a cortina
  • 28. 28 Observei a noite de luar. Que maravilha ! Identifiquei o lugar em que nasci, a rua onde moro... tudo é muito bonito. Parece uma árvore de natal, com os seus enfeites, e encantos. Estava absorto em meus pensamentos, e quase nem pressenti um homem aproximar-se daquele lugar. Pelo seu comportamento, logo deduzi tratar-se de um morador de rua, um mendigo, quem sabe ? Educado, cumprimentou-me, e perguntou se não me aborrecia com a sua presença. Imagina ! Estava barbeado, não cheirava a álcool, usava sapatos, e as roupas não estavam rasgadas. Sob o piso do mirante, guardava os seus pertences, e passava as suas noites. Bom de conversa, prendeu a minha atenção. Ajudou-me identificar os diversos pontos da Cidade. Disse-me, mais: " Estou neste lugar, desde 2006. Não o troco por outro. Subo e desço, esta montanha, diariamente. Não tenho vizinhos, ninguém me incomoda, e os animais silvestres já se acostumaram comigo. Dou-lhes as sobras dos alimentos, que a Cidade me oferta. Não me sinto só, pois escuto tudo o que as pessoas conversam, lá em baixo... pelo menos, imagino. Sei o que estão fazendo, comendo, bebendo, se divertindo. E isto me faz bem. Basta-me, pois já vivi esta vida, e não me adaptei. Amei e, creio, tenha sido amado, também. Não pretendo fazer ninguém infeliz, com este meu jeito de viver, ou ser chamado de egoísta social... Tenho consciência, não é para qualquer pessoa. É para quem ama a liberdade, a verdade sem hipocrisia, ou desfaçatez. Sou, apenas, um homem feliz que, hoje, conversa com o céu, mesmo que não mereça a atenção de Deus. Falo com as estrelas, com o vento, com a lua, com a chuva, e, quando ele aparece, com o sol. Toda a natureza me acolhe.
  • 29. 29 Quem não me conhece, diz que sou louco. Mas há os que me chamam, e não sei porque, de poeta...." Fiquei mudo. Como já era tarde, prometi voltar outro dia, para a conversa reiniciar... Meu Deus, conversei com um mendigo poeta ! Postado porSinval Santos da Silveiraàs14:13 - 22 comentários: Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com/ * Sinval Santos da Silveira - Obreiro da ARLS.·. Alferes Tiradentes nr. 20 e Grande Orador da GLSC