Segunda aplicação do enem 2012, compreensão textual

segunda aplicação do ENEM-2012
Questões de Compreensão textual
Manoel Neves

LAERTE.
Disponível
em:
h5p://claudiagiron.blog.terra.com.br.
Acesso
em:
8
set.
2011.

QUESTÃO 01
Na
Dra,
o
recurso
uDlizado
para
produzir
humor
é
a

transformação
da
inércia
em
movimento
por
meio
de
um
balanço.

universalização
do
enunciador
por
meio
do
uso
da
primeira
pessoa
do
plural.

polissemia
da
palavra
balanço,
ou
seja,
seus
múlDplos
senDdos.

pressuposição
de
que
o
ócio
é
melhor
que
o
trabalho.

metaforização
da
vida
como
caminho
a
ser
seguido
conDnuamente.

SOLUÇÃO COMENTADA
A
produção
de
senDdo,
no
texto
de
Laerte,
dá-‐se
por
intermédio
da
junção
de
elementos

verbais
e
não
verbais
e
do
uso
polissêmico
da
palavra
balanço
[empregada
para
indicar
tanto

brinquedo
quanto
exame
detalhado].

O
humor
deriva
do
fato
de
haver
uma
personagem
de
meia
idade
vesDda
de
modo
formal,
mas

sem
sapatos,
no
brinquedo
[balanço],
como
se
esDvesse
em
uma
folga
para
reﬂexão
[balanço].

A
alternaDva
que
apresenta
a
melhor
leitura
dos
efeitos
de
senDdo
no
texto
de
Laerte
é
a
letra

“c”.

TEXTO
No
Brasil
de
hoje,
são
falados
por
volta
de
200
idiomas.
As
nações
indígenas
do
país
falam
cerca

de
180
línguas,
e
as
comunidades
descendentes
de
imigrantes
cerca
de
30
línguas.
Há
uma

ampla
riqueza
de
usos,
práDcas
e
variedades
no
âmbito
da
própria
língua
portuguesa
falada
no

Brasil,
diferenças
estas
de
caráter
diatópico
(variações
regionais)
e
diastráDco
(variações
de

classes
sociais)
pelo
menos.
Somos,
portanto,
um
país
de
muitas
línguas,
tal
qual
a
maioria
dos

países
do
mundo
(em
94%
dos
países
são
faladas
mais
de
uma
língua).

Fomos,
no
passado,
ainda
muito
mais
do
que
hoje,
um
território
plurilíngue.
Cerca
de
1078

línguas
indígenas
eram
faladas
quando
aqui
aportaram
os
portugueses,
há
500
anos,
segundo

esDmaDvas
de
Rodrigues
(1993).
Porém,
o
Estado
português
e,
depois
da
independência,
o

Estado
Brasileiro,
que
o
sucedeu,
Dveram
por
políDca
impor
o
português
como
a
única
língua

legíDma,
considerando-‐a
companheira
do
império.
A
políDca
linguísDca
principal
do
Estado

sempre
foi
a
de
reduzir
o
número
de
línguas,
num
processo
de
glotocídio
(eliminação
de
línguas)

por
meio
do
deslocamento
linguísDco,
isto
é,
de
sua
subsDtuição
pela
língua
portuguesa.

Somente
na
primeira
metade
do
século
XX,
segundo
Darcy
Ribeiro,
67
línguas
indígenas

desapareceram
no
Brasil
–
mais
de
uma
por
ano,
portanto.
Das
ceca
de
1078
línguas
faladas
em

1500
anos,
ﬁcamos
com
aproximadamente
180
em
2000
(um
decréscimo
de
85%),
e
várias

destas
180
encontram-‐se
em
estado
avançado
de
desaparecimento.

Disponível
em:
h5p://www.cultura.gov.br.
Aceso
em:
28
fev.
2012.

QUESTÃO 02
As
línguas
indígenas
contribuíram,
entre
outros
aspectos,
para
a
introdução
de
novas
palavras

no
português
do
Brasil.
De
acordo
com
o
texto
apresentado,
infere-‐se
que
a
redução
de
línguas

indígenas

ocasionou
graves
consequências
para
a
preservação
do
nosso
patrimônio
linguísDco
e
cultural,

uma
vez
que
a
redução
dessas
línguas
signiﬁca
a
perda
da
herança
cultural
de
um
povo.

manteve
a
preservação
de
nosso
patrimônio
linguísDco
e
cultural,
porque,
assim
como
algumas

línguas
morrem,
outras
nascem
de
tempos
em
tempos,
o
que
contribui
para
a
preservação
do

idioma.

foi
um
processo
natural
pelo
qual
língua
portuguesa
passou,
não
signiﬁcando,
portanto,

prejuízos
para
o
patrimônio
linguísDco
do
Brasil,
que
se
conservou
inalterado
até
nossos
dias.

contribuiu
para
a
mudança
de
posicionamento
da
políDca
linguísDca
do
Estado,
que
passou
a

desconsiderar
as
línguas
indígenas
como
um
importante
meio
de
comunicação
dos
primeiros

habitantes.

representou
uma
fase
do
desenvolvimento
da
língua
portuguesa,
que,
como
qualquer
outra

língua,
passou
pelo
processo
de
renovação
vocabular,
que
exige
a
redução
das
línguas.

SOLUÇÃO COMENTADA
O
texto
base
aborda
o
papel
dos
Estados
português
e
brasileiro
na
exDnção
de
centenas
de

línguas
indígenas
e
de
como
a
preservação
das
línguas
faladas
em
um
determinado
território

corrobora
posiDvamente
na
preservação
da
memória
cultural
e
linguísDca
da
Nação.

A
alternaDva
que
melhor
se
aproxima
de
uma
leitura
parafrásDca
do
texto
é
a
letra
“a”.

Disponível
em:
h5p://blog.educacional.com.br.
Acesso
em:
30
set.
2011.

QUESTÃO 03
As
variações
e
mudanças
da
língua
estão
correlacionadas
a
fatores
sociais.
Na
Dra,
a
dedução
do

pai
da
garota
é
conﬁrmada
e
gera
o
efeito
de
humor,
pois
seu
interlocutor
apresenta
um

vocabulário

urbano,
ppico
de
quem
nasce
nas
grandes
metrópoles
brasileiras.

formal,
relaDvo
a
quem
frequenta,
a
escola
por
muitos
anos.

eliDzado,
encontrado
entre
falantes
de
classe
socioeconômica
alta.

especial,
restrito
a
quem
frequenta
os
espaços
da
juventude.

conservador,
representado
por
uma
fala
arcaica
para
a
geração
atual.

SOLUÇÃO COMENTADA
O
namorado
da
menina
referida
na
história
em
quadrinhos
possui
uma
linguagem
passadista,
o

que
se
constata
pela
presença
dos
vocábulos
vosmecê
e
parvoíce
em
sua
fala.

Assinale-‐se,
pois,
a
letra
“e”.

BUSCATO,
M.;
SEGADILHA,
B.;
PEROSA,
T.
Disponível
em:
www.revistaepoca.globo.com.
Acesso
em:
28
fev.
2012.

QUESTÃO 04
Em
variados
momentos
de
nossa
vida,
precisamos
interpretar
as
diferentes
linguagens
dos

sistemas
de
comunicação.
O
gráﬁco
é
um
desses
sistemas,
que,
no
caso
apresentado,
indica
que

as
habilidades
associadas
à
inteligência
humana
variam
de
acordo
com
a
idade.
Considerando

essa
informação,
constata-‐se
que

as
habilidades
verbal
e
de
resolução
de
problemas
destacam-‐se
entre
40
e
60
anos.

a
habilidade
numérica
diminui
consideravelmente
entre
20
e
40
anos.

a
habilidade
de
resolução
de
problemas
piora
consideravelmente
a
parDr
dos
30
anos.

as
habilidades
humanas,
em
geral,
declinam
consideravelmente
a
parDr
dos
40
anos.

a
habilidade
numérica
melhora
muito
na
faixa
etária
entre
40
e
80
anos.

SOLUÇÃO COMENTADA
A
alternaDva
que
apresenta
uma
leitura
adequada
do
gráﬁco
é
a
letra
“a”.

TEXTO
CANTORA
AFIRMA
QUE
NÃO
FAZ
QUESTÃO
DE
LANÇAR
MODA...

Em
entrevista
concedida
a
um
jornal
televisivo,
a
cantora
Adele
disse
que
gosta
de
estar

bonitona
quando
se
veste,
mas
é
proﬁssional:
não
faço
questão
de
lançar
moda.
Música
é
para

os
ouvidos,
não
para
os
olhos.
Vocês
nunca
vão
me
ver
cantando
de
biquíni.

Com
edição
de
imagens
rápidas,
cujos
trechos
de
entrevista
exclusiva
se
mesclavam
com
os
de

clipes,
e
texto
cheio
de
adjeDvos,
o
jornal
disse
que
a
fuga
de
Adele
para
o
sofrimento
é
colocar

na
parDtura
das
músicas
todo
seu
rancor.

O
rompimento
de
dois
namoros
deu
origem
aos
álbuns
19
(2008)
e
21
(2010):
é
o
meu
jeito
de

superar
a
dor...
funcionou.

Disponível
em:
h5p://www.jb.com.br.
Acesso
em:
30
set.
2011.
Adaptado.

QUESTÃO 05
As
declarações
da
cantora
ao
jornal
expressam
sua
opinião
a
respeito
do
comportamento
dos

arDstas.
suas
palavras
sugerem
que.

a
mídia
rejeita
uma
imagem
arpsDca
elaborada
para
atender
às
cobranças
do
público
e
para

explorar
a
sensualidade.

uma
cantora
competente
constrói
sua
carreira
pelo
desempenho
vocal,
sendo
pouco
relevante

o
ﬁgurino
usado
em
apresentações.

uma
pessoa
pública
está
atenta
às
úlDmas
tendências
do
mundo
fashion,
pois
o
vestuário
de

grife
agrega
valor
à
sua
personalidade.

uma
plateia
exigente
despreza
o
exibicionismo
e
valoriza
o
ídolo
comedido
e
desligado
das

tendências
da
moda.

a
arDsta
oculta
o
seu
estado
de
espírito
valendo-‐se
de
regras
ditadas
por
um
grupo
e
de
um

ﬁgurino
excêntrico.

SOLUÇÃO COMENTADA
Depreende-‐se
da
fala
da
cantora,
transcrita
na
nopcia
em
análise,
que
mais
importante
do
que
a

roupa
é
a
voz,
é
o
canto.
Marque-‐se,
pois,
a
alternaDva
“b”.

Folha
de
S.
Paulo.
Classiﬁcados.
27
fev.
2012.
Adaptado

QUESTÃO 06
Os
gêneros
textuais
nascem
emparelhados
a
necessidades
e
aDvidades
da
vida
sociocultural.
Por

isso,
caracterizam-‐se
por
uma
função
social
específica,
um
contexto
de
uso,
um
objeDvo

comunicaDvo
e
por
peculiaridades
linguísDcas
e
estruturais
que
lhes
conferem
determinado

formato.
Esse
classificado
procura
convencer
o
leitor
a
comprar
um
imóvel
e,
para
isso,
uDliza-‐se

de
predominância
de
formas
imperaDvas
dos
verbos
e
de
abundância
de
substanDvos.

de
uma
riqueza
de
adjeDvos
que
modificam
os
substanDvos,
revelando
as
qualidades
do

produto.

de
uma
enumeração
de
vocábulos,
que
visam
a
conferir
ao
texto
um
efeito
de
certeza.

do
emprego
de
numerais,
quanDficando
as
caracterísDcas
e
aspectos
posiDvos
do
produto.

da
exposição
de
opiniões
de
corretores
de
imóveis
no
que
se
refere
à
qualidade
do
produto.

SOLUÇÃO COMENTADA
O
gênero
textual
anúncio
classiﬁcado
de
imóvel
estrutura-‐se
predominentemente
por

intermédio
de
substanDvos
e
adjeDvos.
Estes
úlDmos,
no
texto,
assumem
dupla
função:
a
de

especiﬁcar
aspectos
do
imóvel
a
de
exprimir
a
opinião
do
anunciante
acerca
do
produto

vendido.
Marque-‐se,
pois,
a
alternaDva
“b”.

Disponível
em:
www.petba.org.br.
Acesso
em:
8
nov.
2011.

QUESTÃO 07
A
unidade
de
senDdo
de
um
texto
se
constrói
a
parDr
daquilo
que
é
dito,
daquilo
que
não
é
dito,

a
parDr
do
modo
de
dizer,
dos
moDvos,
das
aparências,
do
contexto.
Nesse
senDdo,
a
parDr
da

leitura
do
anúncio,
depreende-‐se
que

a
referência
à
proibição
de
beber
no
trânsito
é
feita
a
parDr
da
intertextualidade
entre
a
placa

de
trânsito,
que
normalmente
remete
à
ideia
de
proibição,
tendo
ao
fundo
a
imagem
de
uma

garrafa.

a
relação
estabelecida
entre
a
frase
novo
sinal
de
trânsito
e
a
parte
verbal
permite
estabelecer

um
público-‐alvo
específico,
ou
seja,
pessoas
envolvidas
com
o
álcool.

o
adjeDvo
novo,
seguido
do
substanDvo
sinal
empregado
no
anúncio,
remete
à
ideia
de
que

agora
existe
uma
nova
placa
de
trânsito
que
deve
ser
respeitada
por
motoristas.

o
anúncio
tem
uma
finalidade
específica
interrelacionada,
nesse
caso,
à
ideia
de
persuadir
as

pessoas
a
não
consumirem
bebidas
alcoólicas,
pois
elas
fazem
mal
à
saúde.

a
conexão
entre
a
placa
de
trânsito
e
a
imagem
da
garrafa
é
construída
com
o
objeDvo
de

evidenciar
quais
são
os
moDvos
que
levam
as
pessoas
a
não
ingerirem
bebida
alcoólica

enquanto
estão
dirigindo.

SOLUÇÃO COMENTADA
Apesar
do
erro
na
redação
presente
na
alternaDva
“a”
[o
que
está
entre,
está
entre
uma
coisa
e

outra],
ela
é
a
alternaDva
que
melhor
se
aproxima
de
uma
leitura
eﬁciente
do
texto
fornecido,

na
medida
em
que
o
anúncio
remete
o
leitor
às
placas
de
regulamentação
[de
trânsito]
que,
em

grande
parte,
têm
caráter
proibiDvo.

TEXTO
QUANDO
A
PROPAGANDA
É
DECISIVA
NA
TROCA
DE
MARCAS

Todo
supermercado
sabe
que,
quando
um
produto
está
na
mídia,
a
procura
pelos

consumidores.
Mas,
em
algumas
categorias,
a
influência
da
propaganda
é
maior,
de
acordo
com

pesquisa
feita
com
400
pessoas
pela
consultoria
YYY
e
com
exclusividade
para
o
supermercado

XXX.

O
levantamento
mostrou
que,
mesmo
não
sendo
o
fator
mais
apontado
para
trocar
de
marca,

não
se
pode
ignorar
a
força
das
campanhas
publicitárias.
Em
algumas
categorias,
um
terço
dos

respondentes
atribuem
a
mudança
à
publicidade.
Para
Nicanor
Guerreiro,
a
propaganda

estabelece
uma
relação
mais
emocional
da
marca
com
o
público.
Todos
senHmos
necessidade
de

consumir
que
sejam
‘aceitos’
pelas
outras
pessoas.
Por
isso,
a
comunicação
faz
o
papel
de

endosso
das
marcas,
afirma.
O
execuDvo
ressalta,
no
entanto,
que
nada
disso
adianta
se
o

produto
não
cumprir
as
premissas
transmiDdas
nas
ações
de
comunicação.
Um
dos
objeDvos
da

propaganda
é
tornar
o
produto
aspiracional,
despertando
o
desejo
de
experimentá-‐lo.
O
que
o

consumidor
deseja
é
o
que
a
loja
vende.
E
é
isso
o
que
o
supermercadista
precisa
ter
sempre
em

mente.
Veja
o
gráfico
a
seguir.

TEXTO
QUANDO
A
PROPAGANDA
É
DECISIVA
NA
TROCA
DE
MARCAS

Disponível
em:
www.riovermelho.net.
Acesso
em
3
mar.
2012.
Adaptado.

QUESTÃO 08
De
acordo
com
o
texto
e
com
as
informações
fornecidas
pelo
gráfico,
para
aumentar
as
vendas

de
produtos,
é
necessário
que

a
campanha
seja
centrada
em
produtos
alimenpcios,
a
fim
de
aumentar
o
percentual
de
troca

atual
que
se
apresenta
como
o
mais
baixo.

a
preferência
de
um
produto
ocorra
por
influência
da
propaganda
devido
à
necessidade

emocional
das
marcas.

a
propaganda
influencie
na
troca
de
marca
e
que
o
consumidor
valorize
a
qualidade
do
produto.

os
produtos
mais
vendidos
pelo
comércio
não
sejam
divulgados
para
o
público
como
tal.

as
marcas
de
qualidade
inferior
consDtuam
o
foco
da
publicidade
por
serem
mais
econômicas.

SOLUÇÃO COMENTADA
A
única
alternaDva
que
se
aproxima
de
uma
paráfrase
do
texto
fornecido
é
a
letra
“c”.

BRASIL.
Ministério
do
Turismo.
Disponível
em:
www.turismo.gov.br.
Acesso
em:
27
fev.
2012.

QUESTÃO 09
Essa
peça
publicitária
foi
construída
relacionando
elementos
verbais
e
não
verbais.

Considerando-‐se
as
estratégias
argumentaDvas
uDlizadas
pelo
seu
autor,
percebe-‐se
que
a

linguagem
verbal
explora,
predominante,
a
função
apelaDva
da
linguagem,
pois

imprime
no
texto
a
posição
pessoal
do
autor
em
relação
ao
lugar
descrito,
objeto
da

propaganda.

uDliza
o
arDycio
das
repeDções
para
manter
a
atenção
do
leitor,
potencial
consumidor
de
seu

produto.

mantém
o
foco
do
texto
no
leitor,
pelo
emprego
repeDdo
de
você,
marca
de
interlocução.

veicula
informações
sobre
as
caracterísDcas
ysicas
do
lugar,
balneário
com
grande
potencial

turísDco.

estabelece
uma
comparação
entre
a
paisagem
e
uma
pintura,
arDycio
geralmente
eﬁcaz
em

propagandas.

SOLUÇÃO COMENTADA
O
uso
constante
do
pronome
você,
por
intermédio
do
qual,
mantém-‐se
o
contato
com
o
leitor
é

um
dos
traços
da
função
conaDva
ou
apelaDva.
Marque-‐se,
pois,
a
letra
“c”.

TEXTO
NOTÍCIAS
DO
ALÉM

Aquele
que
morrer
primeiro
e
for
para
o
céu
deverá
voltar
à
Terra
para
contar
ao
outro
como
é

a
vida
lá
no
paraíso.
Assim
ﬁcou
combinado
entre
Francisco
e
SebasDão,
amigos
inseparáveis
e

apaixonados
pelo
futebol.
Francisco
teve
morte
súbita
e,
passado
algum
tempo,
no
meio
da

noite,
sua
alma
apareceu
ao
colega.

–
Nossa
Senhora,
Chico!
Você
veio
mesmo!

–
Estou
aqui,
Tião,
para
cumprir
minha
promessa,
trazendo-‐lhe
duas
nopcias.

–
Então
me
fala.

–
O
céu
é
uma
maravilha,
um
colosso,
uma
beleza.
Tem
futebol
todo
dia.

–
E
a
outra?

–
A
outra
é
que
você
está
escalado
para
jogar
no
meu
Dme
amanhã
cedo.

DIAS,
M.
V.
Humor
na
Marolândia.
In.:
ILARI,
R.
Introdução
à
semânJca;
brincando
com
a
gramáDca.
São
Paulo:
Contexto,

2001.

QUESTÃO 10
Esse
texto
pode
ser
analisado
sob
dois
pontos
de
vista
que
incluem
situações
diferentes
de

interlocução:
a
primeira,
considerando
seu
produtor
e
potenciais
leitores;
e
a
segunda,

considerando
os
interlocutores
Francisco
e
SebasDão.
Para
cada
uma
dessas
situações,
o

produtor
do
texto
tem
um
objeDvo
especíﬁco
que
se
determina,
não
só
pela
situação,
mas

também
pelo
gênero
textual.
Os
verbos
que
sinteDzam
os
objeDvos
do
produtor
nas
duas

situações
propostas
são,
respecDvamente,

entreter
e
seduzir.

diverDr
e
informar.

distrair
e
comover.

recrear
e
assustar.

alegrar
e
inDmidar.

SOLUÇÃO COMENTADA
O
texto
em
análise
é
uma
anedota
[piada].
Trata-‐se
de
um
texto
que
visa
a
entreter.

Considerando-‐se
que,
de
acordo
com
o
comando
da
questão,
há,
no
texto,

dois
enunciadores

[pontos
de
vista],
pode-‐se
aﬁrmar
que
o
primeiro
[E1],
o
locutor/narrador,
arDcula
seu
discurso

com
o
objeDvo
de
diverDr
o
leitor
comum.
O
segundo,
por
sua
vez,
Francisco
[Chico],
tem
a

intenção
de
informar
seu
colega
acerca
do
fato
de
que
sua
morte
está
próxima.
Marque-‐se,

pois,
a
letra
“b”.

TEXTO
O
QUE
A
INTERNET
ESCONDE
DE
VOCÊ

Para
cada
site
que
você
pode
visitar,
existem
pelo
menos
400
outros
que
não
consegue
acessar.

Eles
existem,
estão
lá,
mas
são
invisíveis.
Estão
presos
num
buraco
negro
digital
maior
do
que
a

própria
internet.
A
cada
vez
que
você
interage
com
um
amigo
nas
redes
sociais,
vários
outros

são
ignorados
e
têm
as
mensagens
enterradas
em
um
enorme
cemitério
on-‐line.
E,
quando
você

faz
uma
pesquisa
no
Google,
não
recebe
os
resultados
de
fato
–
e
sim
uma
versão
maquiada,

previamente
modiﬁcada
de
acordo
com
critérios
secretos.
sim,
tudo
isso
é
verdade
–
e
não
é

nenhuma
conspiração.
Acontece
todos
os
dias
sem
que
você
perceba.
Pegue
seu
chapéu
de

Indiana
Jones
e
vamos
explorar
a
web
perdida.

GRAVATÁ,
A.
Superinteressante.
nov.
2011.

QUESTÃO 11
Os
gêneros
do
discurso
jornalísDco,
geralmente
a
manchete,
a
nopcia
e
a
reportagem,
exigem

do
repórter
que
não
diz
eu,
nem
mesmo
se
reﬁra
ao
leitor
do
texto
explicitamente.
No
trecho

lido,
ao
contrário,
é
recorrente
o
emprego
de
você,
o
qual

remete
a
um
sujeito
eu
que
se
prende
ao
próprio
dizer,
fortalecendo
a
subjeDvidade.

explicita
uma
construção
metalinguísDca
que
se
volta
para
o
próprio
dizer.

deixa
claro
o
leitor
esperado
para
o
texto,
aquele
que
visita
redes
sociais
e
sites
de
busca
no
dia

a
dia.

estabelece
uma
conexão
entre
o
fatual
e
o
opinaDvo,
o
que
descaracteriza
o
texto
como

reportagem.

revela
a
intenção
de
tornar
a
leitura
mais
fácil,
a
parDr
de
um
texto
em
que
se
emprega

vocabulário
simples.

SOLUÇÃO COMENTADA
No
texto
em
análise,
o
uso
do
pronome
você
serve
para
especiﬁcar
qual
é
o
leitor-‐alvo
para
o

qual
se
volta
o
discurso
da
nopcia.
Marque-‐se,
pois,
a
letra
“c”.

TEXTO
Pode
chegar
de
mansinho,
como
é
costume
por
ali,
e
observar
sem
pressa
cada
detalhe
da

estação
ferroviária
de
Mariana.
Repare
na
arquitetura
recém-‐revitalizada
do
casarão,
e
como
os

detalhes
em
madeira
branca,
as
delicadas
arandelas
de
luzes
amarelas
e
os
elementos
barrocos

da
torre
já
começam
a
dar
o
gosDnho
da
viagem
aguardada.
Vindo
lá
de
longe,
o

apito

estridente
anuncia
que
logo,
logo
o
cenário
estará
completo
para
a
parDda.
E
não
tarda
para
o

trem
de
fato
surgir.
Pequenino
a
princípio,
mas
de
repente,
em
toda
aquela
imensidão
que

desliza
pelos
trilhos.
Arrancando
sorrisos
e
deixando
boquiaberto
até
o
mais
desconﬁado
dos

mineiros.

TIUSSU,
B.
Raízes
mineiras.
Disponível
em:
www.estadao.com.br.
Acesso
em:
15
nov.
2011.

QUESTÃO 12
A
leitura
do
trecho
mostra
que
textos
jornalísDcos
produzidos
em
determinados
gêneros

mobilizam
recursos
linguísDcos
com
o
objeDvo
de
conduzir
seu
público-‐alvo
a
aceitar
suas

ideias.
Para
envolver
o
leitor
no
retrato
que
faz
da
cidade,
a
autora

inicia
o
texto
com
a
informação
mais
importante
a
ser
conhecida,
a
estação
de
trem
de
Mariana.

descreve
de
forma
parcial
e
objeDva
a
estação
de
trem
da
cidade,
seus
detalhes
e

caracterísDcas.

apresenta
com
cuidado
e
precisão
os
recursos
da
cidade,
sua
infraestrutura
e
singularidade.

faz
uma
críDca
indireta
à
desconﬁança
dos
mineiros,
mostrando
conhecimento
do
tema.

dirige-‐se
a
ele
por
meio
de
verbos
e
expressões
verbais,
convidando-‐o
a
parDlhar
das
belezas
do

local.

SOLUÇÃO COMENTADA
A
conﬁguração
da
ﬁgura
do
leitor-‐alvo
dá-‐se
por
intermédio
do
uso
das
expressões
verbais
pode

chegar
e
repare
que.
Marque-‐se,
portanto,
a
letra
“e”.

Disponível
em:
www.humortadela.com.br.
Acesso
em:
20
set.
2011.

QUESTÃO 13
Conflitos
na
interação
ajudam
a
promover
o
efeito
de
humor.
No
cartum,
o
recurso
empregado

para
promover
o
efeito
é
a

intertextualidade,
sugerida
pelos
traços
idenDficadores
do
homem
urbano
e
do
homem
rural.

ambiguidade,
produzida
pela
interpretação
da
fala
do
locutor
a
parDr
da
variedade
do

interlocutor.

conotação,
atribuidora
de
senDdos
figurados
a
palavras
relaDvas
às
ações
e
aos
seres.

negação
enfáDca,
elaborada
para
reforçar
o
lamento
do
interlocutor
pela
perda
da
estrada.

pergunta
retórica,
usada
pelo
motorista
para
estabelecer
interação
com
o
homem
do
campo.

SOLUÇÃO COMENTADA
A
ambiguidade
é
o
elemento
responsável
pela
produção
de
humor
no
cartum
em
análise.

Marque-‐se,
pois,
a
letra
“b”.

TEXTO
Não
há
crenças
que
Nelson
Leirner
não
destrua.
Do
dinheiro
à
religião,
do
esporte
à
fé
na
arte,

nada
resiste
ao
deboche
desse
iconoclasta.
O
principal
mérito
da
retrospecDva
aberta
em

setembro
na
Galeria
do
SESI-‐SP
é
justamente
demonstrar
que
as
provocações
arquitetadas

durante
as
úlDmas
cinco
décadas
pelo
arJsta
quase
octogenário
conDnuam
vigorosas.

Bravo.
n.170,
out.
2011.
Adaptado.

QUESTÃO 14
Um
dos
elementos
importantes
na
consDtuição
do
texto
é
o
desenvolvimento
do
tema,
por

meio,
por
exemplo
do
encadeamento
de
palavras
em
seu
interior.
A
clareza
do
tema
garante
ao

autor
que
seus
objeDvos
–
narrar,
descrever,
informar,
argumentar,
opinar
–
sejam
aDngidos.

No
parágrafo
do
arDgo
informaDvo,
os
termos
em
negrito.

evitam
a
repeDção
de
termos
por
meio
do
emprego
de
sinônimos.

fazem
referência
a
outros
arDstas
que
trabalham
com
Nelson
Leirner.

estabelecem
relação
entre
traços
da
personalidade
do
arDsta
e
suas
obras.

garantem
a
progressão
temáDca
do
texto
pelo
uso
de
formas
nominais
diversas.

introduzem
elementos
novos,
que
marcam
a
mudança
na
direção
argumentaDva
do
texto.

SOLUÇÃO COMENTADA
As
formas
nominais
destacadas
servem
para
apresentar
o
tema,
mantê-‐lo,
retomá-‐lo
e

acrescentar
a
ele
atributos.
Marque-‐se,
pois,
a
letra
“d”.

TEXTO 01
PESSOAS
E
SOCIEDADES

Pessoa,
no
seu
conceito
jurídico,
é
todo
ente
capaz
de
direitos
e
obrigações.
As
pessoas
podem

ser
ysicas
ou
jurídicas.

PESSOA
FÍSICA:
É
a
pessoa
natural;
é
todo
ser
humano,
é
todo
indivíduo
(sem
qualquer

exceção).
A
existência
da
pessoa
ysica
termina
com
a
morte.
É
o
próprio
ser
humano.
Sua

personalidade
começa
com
o
seu
nascimento
(arDgo
4º.
do
Código
Civil
Brasileiro).
No
decorrer

da
sua
vida,
a
pessoa
ysica
consDtuirá
um
patrimônio,
que
será
afastado,
por
ﬁm,
em
caso
de

morte,
para
transferência
aos
herdeiros.

PESSOA
JURÍDICA:
É
a
existência
legal
de
uma
sociedade,
associação
ou
insDtuição,
que
aferiu
o

direito
de
ter
vida
própria
e
isolada
das
pessoas
ysicas
que
a
consDtuíram.
É
a
união
de
pessoas

capazes
de
possuir
e
exercitar
direitos
e
contrair
obrigações,
independentemente
das
pessoas

ysicas,
através
das
quais
agem.
É,
portanto,
uma
nova
pessoa,
com
personalidade
disDnta
da
de

seus
membros
(da
pessoa
natural).
Sua
existência
legal
dá-‐se
em
decorrência
de
leis
e
só

nascerá
após
o
devido
registro
nos
órgãos
públicos
competentes
(Cartórios
ou
Juntas

Comerciais).

POLONI,
A.
S.
Disponível
em:
h5p://uj.novaprolink.com.br.
Acesso
em:
30
ago.
2011.

TEXTO 02

Disponível
em:
h5p://www.respirandodireito.blogspot.com.
Acesso
em:
30
ago.
2011.

QUESTÃO 15
Os
textos
I
e
II
trata
da
definição
de
pessoa
ysica
e
de
pessoa
jurídica.
considerando
sua
função

social,
o
cartum
faz
uma
paródia
do
arDgo
cienpfico.

explica
o
conceito
de
pessoa
ysica
em
linguagem
coloquial
e
informal.

compara
pessoa
ysica
e
pessoa
jurídica
ao
explorar
dois
Dpos
de
profissão.

subverte
o
conceito
de
pessoa
ysica
com
uma
escolha
lexical
equivocada.

acrescenta
conhecimento
jurídico
ao
definir
pessoa
ysica.

complementa
as
definições
promovidas
por
Antonio
Poloni.

SOLUÇÃO COMENTADA
Por
intermédio
da
escolha
de
proﬁssionais
cuja
área
de
atuação
contempla
os
vocábulos
jurídico

e
Psico,
advogado
e
atleta,
o
locutor
da
Drinha
promove
um
desvio
de
senDdo.

O
advogado,
pessoa
ysica,
diz
ser
pessoa
jurídica
[na
verdade,
é
uma
pessoa
ysica
cuja
área
de

atuação
é
jurídica].
O
atleta,
pessoa
ysica,
diz
ser
pessoa
ysica
[por
atuar
em
área
que
envolve

aspectos
ysicos
do
corpo].

Sendo
assim,
marque-‐se
a
alternaDva
“c”.

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