SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
INTERVENÇÃO_004 A REFORMA PROTESTANTE
BOLSISTAS: LUCAS GRIMA E NAIRA RODRIGUES
Uma intervenção para aprofundar os
conhecimentos e refletir sobre o
“Tempo Humano”.
O que você sabe
sobre a Reforma
Protestante?
Quando Ocorreu?
Na História não devemos nos prender a datas, elas auxiliam
em nossos estudos, impedindo que não nos percamos em meio
ao volumes de informações e problematizações que vamos
construindo.
Após esse lembrete concluímos que o século XVI ficou
marcado como período que ocorreu a Reforma Protestante.
A questão do tempo
Conversão do tempo eclesiástico pertencente somente a Deus
em tempo cronológico, pertencente ao homem (GUERVIC,
1989).
Começa a se perceber o tempo como uma construção humana.
A Reforma Protestante e a Contra Reforma
Para o historiador Delumeau (1984) a Reforma Protestante
assim como a Contra Reforma foram duas expressões de um
mesmo movimento, que consistia basicamente na reflexão do
mal denunciado por Lutero e no empenho para satisfazer as

novas carências religiosas dos fiéis.
Os acontecimentos que contribuíram para
a Reforma
Para o autor (opus citatum) pensar que os únicos motivos que levaram a
Reforma foram os abusos cometidos pela Igreja é refletir sobre esses
acontecimentos

no

âmbito

do

senso

comum,

para

ele

aqueles

acontecimentos foram muito mais complexos derivados das relações entre
teologia e da psicologia coletiva. Lutero sofreu influências de diversos
teóricos, inclusive de pensadores da própria Igreja Católica, que já haviam
abordado a necessidade das mudanças. “O papel de Lutero constituiu em
repensar esta grande tese teológica, retirá-la do quadro das discussões
entre especialistas e oferecê-la como um remédio radical para o medo das
massas cristãs” (DELUMEAU, 1984, p. 135).
Dois séculos antes da Reforma a Europa passava por várias

desgraças como pestes, guerras, fomes, a crise interna da
Igreja Católica, dentre outras o que causava nas pessoas um
forte sentimento de medo e culpa, pois, tais catástrofes
somente poderiam ser obras do demônio, devido ao pecado
exagerado. “(...) todos se sentiam horrivelmente culpados. Ao
verem o mal em toda parte e sentindo-se moral e fisicamente
ameaçados pelo diabo” (DELUMEAU, 1984, p. 133).
O papel da Palavra
Um dos pontos fundamentais para análise desses acontecimentos é
o papel de destaque que a palavra ganhou. Os “pastores” (baixo
clero) tinham uma formação insuficiente para compreensão e
transmissão da palavra, os fiéis não tinham acesso à bíblia e nem
tinham conhecimento do latim, mas almejavam acessar esses
conhecimentos. A reforma surgiu dessa carência dos “pastores” e da
procura mais “exigente” dos fiéis. O Renascimento, portanto
possibilitou o ingresso do povo nos rudimentos da teologia
(DELUMEAU, 1984).
A Reforma para além do campo religioso
Lutero apesar ter apenas pensado a Reforma no âmbito
religioso, “abriu portas” para novas interpretações da Bíblia e
do mundo, surgindo assim diversos grupos e correntes
religiosas, que se mostraram em alguns casos violentas, as

disputas religiosas não ficaram no campo da discussão
teológica,
sanguinária,

mas

partiram

não

sendo

para

âmbito

apenas

da

católicos

violência
contra

protestantes, mas conflitos generalizados (DELUMEAU, 1984).
O Protestantismo após a morte de Lutero
Após morte de Lutero em 1546 os protestantes se viram
abalados, mas João Calvino vivificou e reforçou a Reforma, em
1541 após conflitos políticos ele se instalou entre os
Genebreses, onde fez amizade com John Knox, responsável

pelo êxito do presbiterianismo na Escócia e que também foi
conselheiro

religioso

(DELUMEAU, 1984).

de

Eduardo

VI

da

Inglaterra
João e o Calvinismo
Segundo patriarca da Reforma, João Calvino (1509-1564) teólogo
francês, tem destaque por ser considerado o responsável pela
consolidação e expansão do movimento reformador.
Calvino defendia que a salvação seria alcançada pelo trabalho justo e
honesto, o que colaborava com o pensamento da classe emergente
dos burgueses e dos banqueiros atraindo várias dessas pessoas para
o calvinismo. A desocupação é pecado, o trabalho uma benção,
enriquecer honestamente através dele é um sinal de que o cristão é
um eleito de Deus.
Henrique VIII e o Anglicanismo
“Furioso com a recusa de Clemente VII de anular seu casamento, Henrique VIII rompeu com o papa
se declarou “chefe supremo da Igreja e do clero da Inglaterra”
Na Inglaterra, o rei Henrique VIII (1491 – 1547) teve grande importância na consolidação da reforma religiosa.
Henrique VIII e a Igreja já tinham uma relação pouco harmoniosa quando, no ano de 1527, o rei inglês exigiu que
o papa anulasse seu casamento com a rainha espanhola Catarina de Aragão. Henrique VIII alegava que sua esposa
não teve condições para lhe oferecer um herdeiro forte e saudável que desse continuidade à sua dinastia.

Inconformado com a indiferença papal, Henrique VIII obrigou o Parlamento britânico a votar uma série de leis
que colocavam a Igreja sob o controle do Estado. No ano de 1534, o chamado Ato de Supremacia criou a Igreja
Anglicana.
Segundo os ditames da nova Igreja, o rei da Inglaterra teria o poder de nomear os cargos eclesiásticos e seria
considerado o principal mandatário religioso. A partir dessa nova medida, Henrique VIII casou-se com a jovem

Ana Bolena. Além disso, realizou a expropriação e a venda dos feudos pertencentes aos clérigos católicos. Essa
medida fez com que os nobres, fazendeiros e a burguesia mercantil passassem a exercer maior influência
política.
Para compreender melhor
as reformas religiosas:

Lutero (2003)

Série The Tudors
4 Temporadas
(2007-2010)

Elizabeth:
A Era de Ouro
(2007)
Referência Bibliográfica
DELOISON, G. C. O Nascimento do Anglicanismo. Disponível em:
http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/o_nascimento_do_anglicanism
o.html. Acesso em: 06 de Outubro de 2013.
DELUMEAU, J. O Renascimento como Reforma da Igreja. In: A civilização do
Renascimento. Lisboa: Edições 70, 1984, p. 111-137.
GUERVIC, A. O Mercador. In : LE GOFF, J. O Homem medieval. Lisboa:
Presença, 1989, p. 165-189.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Apresentação de hist (1)
Apresentação de hist (1)Apresentação de hist (1)
Apresentação de hist (1)Gustavo Cuin
 
Exercícios de vestibular sobre reformas religiosas
Exercícios de vestibular sobre reformas religiosasExercícios de vestibular sobre reformas religiosas
Exercícios de vestibular sobre reformas religiosasZé Knust
 
Reforma religiosa
Reforma religiosaReforma religiosa
Reforma religiosaKarina Lima
 
Capítulo 16 reforma religiosa
Capítulo 16 reforma religiosaCapítulo 16 reforma religiosa
Capítulo 16 reforma religiosaAuxiliadora
 
Reformas Religiosas - Século XVI
Reformas Religiosas - Século XVIReformas Religiosas - Século XVI
Reformas Religiosas - Século XVIValéria Shoujofan
 
Refoma Religiosa ou Reforma Protestante
Refoma Religiosa ou Reforma ProtestanteRefoma Religiosa ou Reforma Protestante
Refoma Religiosa ou Reforma ProtestanteAlan
 
Reformas religiosas
Reformas religiosasReformas religiosas
Reformas religiosasFábio Paiva
 
Reforma e contrarreforma
Reforma e contrarreformaReforma e contrarreforma
Reforma e contrarreformaTeresa Maia
 
Reforma protestante slide
Reforma protestante slideReforma protestante slide
Reforma protestante slideEduardo Gomes
 
Reforma e contra reforma
Reforma e contra reformaReforma e contra reforma
Reforma e contra reformaIsabel Aguiar
 
Reforma protestante ok
Reforma protestante okReforma protestante ok
Reforma protestante okmundica broda
 
Reforma protestante e contrarreforma
Reforma protestante e contrarreforma Reforma protestante e contrarreforma
Reforma protestante e contrarreforma Professor Marcelo
 

Mais procurados (20)

A Reforma
A ReformaA Reforma
A Reforma
 
Apresentação de hist (1)
Apresentação de hist (1)Apresentação de hist (1)
Apresentação de hist (1)
 
Exercícios de vestibular sobre reformas religiosas
Exercícios de vestibular sobre reformas religiosasExercícios de vestibular sobre reformas religiosas
Exercícios de vestibular sobre reformas religiosas
 
1º ano - Reforma Religiosa
1º ano - Reforma Religiosa1º ano - Reforma Religiosa
1º ano - Reforma Religiosa
 
Reforma religiosa
Reforma religiosaReforma religiosa
Reforma religiosa
 
Capítulo 16 reforma religiosa
Capítulo 16 reforma religiosaCapítulo 16 reforma religiosa
Capítulo 16 reforma religiosa
 
Protestantismo
ProtestantismoProtestantismo
Protestantismo
 
Reformas Religiosas - Século XVI
Reformas Religiosas - Século XVIReformas Religiosas - Século XVI
Reformas Religiosas - Século XVI
 
Refoma Religiosa ou Reforma Protestante
Refoma Religiosa ou Reforma ProtestanteRefoma Religiosa ou Reforma Protestante
Refoma Religiosa ou Reforma Protestante
 
Reforma protestante
Reforma protestanteReforma protestante
Reforma protestante
 
Reformas religiosas
Reformas religiosasReformas religiosas
Reformas religiosas
 
Reforma Protestante
Reforma Protestante Reforma Protestante
Reforma Protestante
 
Reforma e contrarreforma
Reforma e contrarreformaReforma e contrarreforma
Reforma e contrarreforma
 
Reforma protestante slide
Reforma protestante slideReforma protestante slide
Reforma protestante slide
 
Reforma e contra reforma
Reforma e contra reformaReforma e contra reforma
Reforma e contra reforma
 
Reforma protestante ok
Reforma protestante okReforma protestante ok
Reforma protestante ok
 
Reforma protestante
Reforma protestanteReforma protestante
Reforma protestante
 
Reforma protestante e contrarreforma
Reforma protestante e contrarreforma Reforma protestante e contrarreforma
Reforma protestante e contrarreforma
 
Reformas religiosas
Reformas religiosasReformas religiosas
Reformas religiosas
 
Luteranismo
LuteranismoLuteranismo
Luteranismo
 

Semelhante a A reforma protestante

A Reforma Prostestante - 7º Ano (2016)
A Reforma Prostestante - 7º Ano (2016)A Reforma Prostestante - 7º Ano (2016)
A Reforma Prostestante - 7º Ano (2016)Nefer19
 
Reforma e contra reforma
Reforma e contra reformaReforma e contra reforma
Reforma e contra reformavr1a2011
 
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdfVítor Santos
 
05 ist - história da igreja iii
05   ist - história da igreja iii05   ist - história da igreja iii
05 ist - história da igreja iiiLéo Mendonça
 
Reforma protestante um resumo dos principais movimentos
Reforma protestante   um resumo dos principais movimentosReforma protestante   um resumo dos principais movimentos
Reforma protestante um resumo dos principais movimentosCarlos132Silva
 
11 a reforma na europa - 11ª aula
11   a reforma na europa - 11ª aula11   a reforma na europa - 11ª aula
11 a reforma na europa - 11ª aulaPIB Penha
 
T100 a trajetória do reformador martinho lutero parte ii-10.10.13
T100 a trajetória do reformador martinho lutero   parte ii-10.10.13T100 a trajetória do reformador martinho lutero   parte ii-10.10.13
T100 a trajetória do reformador martinho lutero parte ii-10.10.13GersonPrates
 
A reforma protestante h.c.a.
A reforma protestante   h.c.a.A reforma protestante   h.c.a.
A reforma protestante h.c.a.luis reis
 
A reforma protestante h.c.a.
A reforma protestante   h.c.a.A reforma protestante   h.c.a.
A reforma protestante h.c.a.luis reis
 
cap14 - reformas religiosas, antigo regime e absolutismo
cap14 - reformas religiosas, antigo regime e absolutismocap14 - reformas religiosas, antigo regime e absolutismo
cap14 - reformas religiosas, antigo regime e absolutismowhybells
 
Lição 4 – A história da Igreja até a Reforma Protestante
Lição 4 – A história da Igreja até a Reforma ProtestanteLição 4 – A história da Igreja até a Reforma Protestante
Lição 4 – A história da Igreja até a Reforma ProtestanteÉder Tomé
 

Semelhante a A reforma protestante (20)

A Reforma Prostestante - 7º Ano (2016)
A Reforma Prostestante - 7º Ano (2016)A Reforma Prostestante - 7º Ano (2016)
A Reforma Prostestante - 7º Ano (2016)
 
História da Igreja 2
História da Igreja 2História da Igreja 2
História da Igreja 2
 
Reforma protestante
Reforma protestanteReforma protestante
Reforma protestante
 
05 reforma protestante
05   reforma protestante05   reforma protestante
05 reforma protestante
 
Reforma e contra reforma
Reforma e contra reformaReforma e contra reforma
Reforma e contra reforma
 
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
 
05 ist - história da igreja iii
05   ist - história da igreja iii05   ist - história da igreja iii
05 ist - história da igreja iii
 
Reforma e contrarreforma
Reforma e contrarreforma   Reforma e contrarreforma
Reforma e contrarreforma
 
Reforma protestante um resumo dos principais movimentos
Reforma protestante   um resumo dos principais movimentosReforma protestante   um resumo dos principais movimentos
Reforma protestante um resumo dos principais movimentos
 
11 a reforma na europa - 11ª aula
11   a reforma na europa - 11ª aula11   a reforma na europa - 11ª aula
11 a reforma na europa - 11ª aula
 
T100 a trajetória do reformador martinho lutero parte ii-10.10.13
T100 a trajetória do reformador martinho lutero   parte ii-10.10.13T100 a trajetória do reformador martinho lutero   parte ii-10.10.13
T100 a trajetória do reformador martinho lutero parte ii-10.10.13
 
Reforma protestante
Reforma protestanteReforma protestante
Reforma protestante
 
Protestantismo
ProtestantismoProtestantismo
Protestantismo
 
A reforma protestante h.c.a.
A reforma protestante   h.c.a.A reforma protestante   h.c.a.
A reforma protestante h.c.a.
 
A reforma protestante h.c.a.
A reforma protestante   h.c.a.A reforma protestante   h.c.a.
A reforma protestante h.c.a.
 
A Reforma Protestante
A  Reforma  ProtestanteA  Reforma  Protestante
A Reforma Protestante
 
cap14 - reformas religiosas, antigo regime e absolutismo
cap14 - reformas religiosas, antigo regime e absolutismocap14 - reformas religiosas, antigo regime e absolutismo
cap14 - reformas religiosas, antigo regime e absolutismo
 
Reforma Protestante e Contrarreforma
Reforma Protestante e ContrarreformaReforma Protestante e Contrarreforma
Reforma Protestante e Contrarreforma
 
Lição 4 – A história da Igreja até a Reforma Protestante
Lição 4 – A história da Igreja até a Reforma ProtestanteLição 4 – A história da Igreja até a Reforma Protestante
Lição 4 – A história da Igreja até a Reforma Protestante
 
Reforma protestante
Reforma protestanteReforma protestante
Reforma protestante
 

Mais de Lucas Grima

A origem do Papado
A origem do Papado A origem do Papado
A origem do Papado Lucas Grima
 
Material de apoio1
Material de apoio1Material de apoio1
Material de apoio1Lucas Grima
 
Intervenção 003 Renascimento
Intervenção 003 RenascimentoIntervenção 003 Renascimento
Intervenção 003 RenascimentoLucas Grima
 
Material de apoio
Material de apoioMaterial de apoio
Material de apoioLucas Grima
 
Material de apoio 001
Material de apoio 001Material de apoio 001
Material de apoio 001Lucas Grima
 
Os Miseráveis (Transposição Didática).
Os Miseráveis (Transposição Didática).Os Miseráveis (Transposição Didática).
Os Miseráveis (Transposição Didática).Lucas Grima
 
Atividade: Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documental
Atividade: Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documentalAtividade: Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documental
Atividade: Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documentalLucas Grima
 
Atividade: Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documental
Atividade: Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documentalAtividade: Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documental
Atividade: Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documentalLucas Grima
 
A Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documental
A Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documentalA Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documental
A Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documentalLucas Grima
 
Independência dos Estados Unidos a partir da análise de documentos
Independência dos Estados Unidos a partir da análise de documentosIndependência dos Estados Unidos a partir da análise de documentos
Independência dos Estados Unidos a partir da análise de documentosLucas Grima
 
Intervenção 003 africa¹ (material)
Intervenção 003   africa¹ (material)Intervenção 003   africa¹ (material)
Intervenção 003 africa¹ (material)Lucas Grima
 
Intervenção 003 africa¹ (material)
Intervenção 003   africa¹ (material)Intervenção 003   africa¹ (material)
Intervenção 003 africa¹ (material)Lucas Grima
 
Atividade pibid.
Atividade pibid.Atividade pibid.
Atividade pibid.Lucas Grima
 
Intervenção 001
Intervenção 001Intervenção 001
Intervenção 001Lucas Grima
 

Mais de Lucas Grima (16)

A origem do Papado
A origem do Papado A origem do Papado
A origem do Papado
 
Material de apoio1
Material de apoio1Material de apoio1
Material de apoio1
 
Intervenção 003 Renascimento
Intervenção 003 RenascimentoIntervenção 003 Renascimento
Intervenção 003 Renascimento
 
Material de apoio
Material de apoioMaterial de apoio
Material de apoio
 
Material de apoio 001
Material de apoio 001Material de apoio 001
Material de apoio 001
 
Os Miseráveis (Transposição Didática).
Os Miseráveis (Transposição Didática).Os Miseráveis (Transposição Didática).
Os Miseráveis (Transposição Didática).
 
Atividade: Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documental
Atividade: Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documentalAtividade: Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documental
Atividade: Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documental
 
Atividade: Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documental
Atividade: Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documentalAtividade: Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documental
Atividade: Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documental
 
A Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documental
A Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documentalA Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documental
A Independência dos Estados Unidos a partir de uma análise documental
 
Independência dos Estados Unidos a partir da análise de documentos
Independência dos Estados Unidos a partir da análise de documentosIndependência dos Estados Unidos a partir da análise de documentos
Independência dos Estados Unidos a partir da análise de documentos
 
Iluminismo
IluminismoIluminismo
Iluminismo
 
Revista Clio
Revista ClioRevista Clio
Revista Clio
 
Intervenção 003 africa¹ (material)
Intervenção 003   africa¹ (material)Intervenção 003   africa¹ (material)
Intervenção 003 africa¹ (material)
 
Intervenção 003 africa¹ (material)
Intervenção 003   africa¹ (material)Intervenção 003   africa¹ (material)
Intervenção 003 africa¹ (material)
 
Atividade pibid.
Atividade pibid.Atividade pibid.
Atividade pibid.
 
Intervenção 001
Intervenção 001Intervenção 001
Intervenção 001
 

A reforma protestante

  • 1. INTERVENÇÃO_004 A REFORMA PROTESTANTE BOLSISTAS: LUCAS GRIMA E NAIRA RODRIGUES Uma intervenção para aprofundar os conhecimentos e refletir sobre o “Tempo Humano”.
  • 2. O que você sabe sobre a Reforma Protestante?
  • 3. Quando Ocorreu? Na História não devemos nos prender a datas, elas auxiliam em nossos estudos, impedindo que não nos percamos em meio ao volumes de informações e problematizações que vamos construindo. Após esse lembrete concluímos que o século XVI ficou marcado como período que ocorreu a Reforma Protestante.
  • 4. A questão do tempo Conversão do tempo eclesiástico pertencente somente a Deus em tempo cronológico, pertencente ao homem (GUERVIC, 1989). Começa a se perceber o tempo como uma construção humana.
  • 5. A Reforma Protestante e a Contra Reforma Para o historiador Delumeau (1984) a Reforma Protestante assim como a Contra Reforma foram duas expressões de um mesmo movimento, que consistia basicamente na reflexão do mal denunciado por Lutero e no empenho para satisfazer as novas carências religiosas dos fiéis.
  • 6. Os acontecimentos que contribuíram para a Reforma Para o autor (opus citatum) pensar que os únicos motivos que levaram a Reforma foram os abusos cometidos pela Igreja é refletir sobre esses acontecimentos no âmbito do senso comum, para ele aqueles acontecimentos foram muito mais complexos derivados das relações entre teologia e da psicologia coletiva. Lutero sofreu influências de diversos teóricos, inclusive de pensadores da própria Igreja Católica, que já haviam abordado a necessidade das mudanças. “O papel de Lutero constituiu em repensar esta grande tese teológica, retirá-la do quadro das discussões entre especialistas e oferecê-la como um remédio radical para o medo das massas cristãs” (DELUMEAU, 1984, p. 135).
  • 7. Dois séculos antes da Reforma a Europa passava por várias desgraças como pestes, guerras, fomes, a crise interna da Igreja Católica, dentre outras o que causava nas pessoas um forte sentimento de medo e culpa, pois, tais catástrofes somente poderiam ser obras do demônio, devido ao pecado exagerado. “(...) todos se sentiam horrivelmente culpados. Ao verem o mal em toda parte e sentindo-se moral e fisicamente ameaçados pelo diabo” (DELUMEAU, 1984, p. 133).
  • 8. O papel da Palavra Um dos pontos fundamentais para análise desses acontecimentos é o papel de destaque que a palavra ganhou. Os “pastores” (baixo clero) tinham uma formação insuficiente para compreensão e transmissão da palavra, os fiéis não tinham acesso à bíblia e nem tinham conhecimento do latim, mas almejavam acessar esses conhecimentos. A reforma surgiu dessa carência dos “pastores” e da procura mais “exigente” dos fiéis. O Renascimento, portanto possibilitou o ingresso do povo nos rudimentos da teologia (DELUMEAU, 1984).
  • 9. A Reforma para além do campo religioso Lutero apesar ter apenas pensado a Reforma no âmbito religioso, “abriu portas” para novas interpretações da Bíblia e do mundo, surgindo assim diversos grupos e correntes religiosas, que se mostraram em alguns casos violentas, as disputas religiosas não ficaram no campo da discussão teológica, sanguinária, mas partiram não sendo para âmbito apenas da católicos violência contra protestantes, mas conflitos generalizados (DELUMEAU, 1984).
  • 10. O Protestantismo após a morte de Lutero Após morte de Lutero em 1546 os protestantes se viram abalados, mas João Calvino vivificou e reforçou a Reforma, em 1541 após conflitos políticos ele se instalou entre os Genebreses, onde fez amizade com John Knox, responsável pelo êxito do presbiterianismo na Escócia e que também foi conselheiro religioso (DELUMEAU, 1984). de Eduardo VI da Inglaterra
  • 11. João e o Calvinismo Segundo patriarca da Reforma, João Calvino (1509-1564) teólogo francês, tem destaque por ser considerado o responsável pela consolidação e expansão do movimento reformador. Calvino defendia que a salvação seria alcançada pelo trabalho justo e honesto, o que colaborava com o pensamento da classe emergente dos burgueses e dos banqueiros atraindo várias dessas pessoas para o calvinismo. A desocupação é pecado, o trabalho uma benção, enriquecer honestamente através dele é um sinal de que o cristão é um eleito de Deus.
  • 12. Henrique VIII e o Anglicanismo “Furioso com a recusa de Clemente VII de anular seu casamento, Henrique VIII rompeu com o papa se declarou “chefe supremo da Igreja e do clero da Inglaterra” Na Inglaterra, o rei Henrique VIII (1491 – 1547) teve grande importância na consolidação da reforma religiosa. Henrique VIII e a Igreja já tinham uma relação pouco harmoniosa quando, no ano de 1527, o rei inglês exigiu que o papa anulasse seu casamento com a rainha espanhola Catarina de Aragão. Henrique VIII alegava que sua esposa não teve condições para lhe oferecer um herdeiro forte e saudável que desse continuidade à sua dinastia. Inconformado com a indiferença papal, Henrique VIII obrigou o Parlamento britânico a votar uma série de leis que colocavam a Igreja sob o controle do Estado. No ano de 1534, o chamado Ato de Supremacia criou a Igreja Anglicana. Segundo os ditames da nova Igreja, o rei da Inglaterra teria o poder de nomear os cargos eclesiásticos e seria considerado o principal mandatário religioso. A partir dessa nova medida, Henrique VIII casou-se com a jovem Ana Bolena. Além disso, realizou a expropriação e a venda dos feudos pertencentes aos clérigos católicos. Essa medida fez com que os nobres, fazendeiros e a burguesia mercantil passassem a exercer maior influência política.
  • 13. Para compreender melhor as reformas religiosas: Lutero (2003) Série The Tudors 4 Temporadas (2007-2010) Elizabeth: A Era de Ouro (2007)
  • 14. Referência Bibliográfica DELOISON, G. C. O Nascimento do Anglicanismo. Disponível em: http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/o_nascimento_do_anglicanism o.html. Acesso em: 06 de Outubro de 2013. DELUMEAU, J. O Renascimento como Reforma da Igreja. In: A civilização do Renascimento. Lisboa: Edições 70, 1984, p. 111-137. GUERVIC, A. O Mercador. In : LE GOFF, J. O Homem medieval. Lisboa: Presença, 1989, p. 165-189.