SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 12
Baixar para ler offline
MA12 - Unidade 2
N´meros Cardinais
u
Paulo Cezar Pinto Carvalho
PROFMAT - SBM

February 25, 2013
Introdu¸˜o
ca

A importˆncia dos n´meros naturais prov´m do fato de que
a
u
e
eles constituem o modelo matem´tico que torna poss´ o
a
ıvel
processo de contagem.
Para contar os elementos de um conjunto ´ necess´rio usar a
e
a
no¸˜o de correspondˆncia biun´
ca
e
ıvoca, ou bije¸˜o, que ´ um
ca
e
caso particular do conceito de fun¸˜o.
ca

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 2/12
Fun¸˜es
co

Dados os conjuntos X , Y , uma fun¸˜o f : X → Y (lˆ-se
ca
e
“uma fun¸˜o de X em Y ”) ´ uma regra (ou conjunto de
ca
e
instru¸˜es) que diz como associar a cada elemento x ∈ X um
co
elemento y = f (x) ∈ Y .
O conjunto X chama-se o dom´
ınio e Y ´ o contra-dom´
e
ınio da
fun¸˜o f .
ca
Para cada x ∈ X , o elemento f (x) ∈ Y chama-se a imagem
de x pela fun¸˜o f , ou o valor assumido pela fun¸˜o f no
ca
ca
ponto x ∈ X . Escreve-se x → f (x) para indicar que f
transforma (ou leva) x em f (x)

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 3/12
Exemplos

Sejam X o conjunto dos triˆngulos do plano Π e R o conjunto
a
dos n´meros reais (que abordaremos logo mais). Se, a cada
u
t ∈ X , fizermos corresponder o n´mero real f (t) = ´rea do
u
a
triˆngulo t, obteremos uma fun¸˜o f : X → R.
a
ca
Sejam S o conjunto dos segmentos de reta do plano Π e ∆ o
conjunto das retas desse mesmo plano. A regra que associa a
cada segmento AB ∈ S sua mediatriz g (AB) define uma
fun¸˜o g : S → ∆.
ca
A correspondˆncia que associa a cada n´mero natural n seu
e
u
sucessor n + 1 define uma fun¸˜o s : N → N, com
ca
s(n) = n + 1.

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 4/12
Fun¸˜es Injetivas
co
Uma fun¸˜o f : X → Y chama-se injetiva quando elementos
ca
diferentes em X s˜o transformados por f em elementos
a
diferentes em Y . Ou seja, f ´ injetiva quando x = x em
e
X ⇒ f (x) = f (x ).
Esta condi¸˜o pode tamb´m ser expressa em sua forma
ca
e
contrapositiva:
f (x) = f (x ) ⇒ x = x .
Nos trˆs exemplos dados anteriormente, apenas o terceiro ´ de
e
e
uma fun¸˜o injetiva. (Dois triˆngulos diferentes podem ter a
ca
a
mesma ´rea e dois segmentos distintos podem ter a mesma
a
mediatriz mas n´meros naturais diferentes tˆm sucessores
u
e
diferentes.)

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 5/12
Fun¸˜es Sobrejetivas
co

Diz-se que uma fun¸˜o f : X → Y ´ sobrejetiva quando, para
ca
e
qualquer elemento y ∈ Y , pode-se encontrar (pelo menos) um
elemento x ∈ X tal que f (x) = y .
Nos trˆs exemplos dados anteriormente, apenas o segundo
e
apresenta uma fun¸˜o sobrejetiva. (Toda reta do plano ´
ca
e
mediatriz de algum segmento mas apenas os n´meros reais
u
positivos podem ser ´reas de triˆngulos e o n´mero 1 n˜o ´
a
a
u
a e
sucessor de n´mero natural algum.)
u

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 6/12
Bije¸˜es
co
Uma fun¸˜o f : X → Y chama-se uma bije¸˜o, ou uma
ca
ca
correspondˆncia biun´
e
ıvoca entre X e Y quando ´ ao mesmo
e
tempo injetiva e sobrejetiva.
Exemplo. Sejam X = {1, 2, 3, 4, 5} e Y = {2, 4, 6, 8, 10}.
Definindo f : X → Y pela regra f (n) = 2n, temos uma
correspondˆncia biun´
e
ıvoca, onde f (1) = 2, f (2) = 4,
f (3) = 6, f (4) = 8 e f (5) = 10.
Exemplo. Seja P o conjunto dos n´meros naturais pares
u
(P = {2, 4, 6, . . . , 2n, . . .}). Obt´m-se uma correspondˆncia
e
e
biun´
ıvoca f : N → P pondo-se f (n) = 2n para todo n ∈ N. O
interessante deste exemplo ´ que P ´ um subconjunto pr´prio
e
e
o
de N.

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 7/12
N´meros Cardinais
u

Diz-se que dois conjuntos X e Y tem o mesmo n´mero
u
cardinal quando se pode definir uma correspondˆncia
e
biun´
ıvoca f : X → Y .
Nos dois exemplos do slide anterior, os conjuntos tˆm o
e
mesmo n´mero cardinal.
u
Exemplo Sejam X = {1} e Y = {1, 2}. Evidentemente
n˜o pode existir uma correspondˆncia biun´
a
e
ıvoca f : X → Y ,
portanto X e Y n˜o tˆm o mesmo n´mero cardinal.
a e
u

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 8/12
Conjuntos Finitos

Seja X um conjunto. Diz-se que X ´ finito, e que X tem n
e
elementos quando se pode estabelecer uma correspondˆncia
e
biun´
ıvoca f : In → X , onde In o conjunto dos n´meros
u
naturais de 1 at´ n.
e
O n´mero natural n chama-se ent˜o o n´mero cardinal do
u
a
u
conjunto X ou, simplesmente, o n´mero de elementos de X .
u
A correspondˆncia f : In → X chama-se uma contagem dos
e
elementos de X .
A fim de evitar exce¸˜es, admite-se ainda incluir o conjunto
co
vazio ∅ entre os conjuntos finitos e diz-se que ∅ tem zero
elementos.

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 9/12
Conjuntos Infinitos

Diz-se que um conjunto X ´ infinito quando ele n˜o ´ finito.
e
a e
Isto quer dizer que X n˜o ´ vazio e que, n˜o importa qual seja
a e
a
n ∈ N , n˜o existe correspondˆncia biun´
a
e
ıvoca f : In → X .
O conjunto N dos n´meros naturais ´ infinito. Com efeito,
u
e
dada qualquer fun¸˜o f : In → N , n˜o importa qual n se
ca
a
fixou, pomos k = f (1) + f (2) + · · · + f (n) e vemos que, para
todo x ∈ In , tem-se f (x) < k, logo n˜o existe x ∈ In tal que
a
f (x) = k. Assim, ´ imposs´ cumprir a condi¸˜o de
e
ıvel
ca
sobrejetividade na defini¸˜o de correspondˆncia biun´
ca
e
ıvoca.

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 10/12
Propriedades dos n´meros cardinais
u
1

2

3

4

O n´mero de elementos de um conjunto finito ´ o mesmo,
u
e
seja qual for a contagem que se adote. Isto significa que se
f : Im → X e g : In → X s˜o correspondˆncias biun´
a
e
ıvocas
ent˜o m = n.
a
Todo subconjunto Y de um conjunto finito X ´ finito e
e
n(Y ) ≤ n(X ). Tem-se n(Y ) = n(X ) somente quando Y = X .
Se X e Y s˜o finitos ent˜o X ∪ Y ´ finito e tem-se
a
a
e
n(X ∪ Y ) = n(X ) + n(Y ) − n(X ∩ Y ) .
Sejam X , Y conjuntos finitos. Se n(X ) > n(Y ), nenhuma
fun¸˜o f : X → Y ´ injetiva e nenhuma fun¸˜o g : Y → X ´
ca
e
ca
e
sobrejetiva.
A primeira parte da propriedade 4 ´ conhecida como o
e
princ´ das casas de pombos: se h´ mais pombos do que
ıpio
a
casas num pombal, qualquer modo de alojar os pombos
dever´ colocar pelo menos dois deles na mesma casa.
a

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 11/12
Uma Aplica¸˜o do Princ´
ca
ıpio da Casa dos Pombos
Provar que, numa reuni˜o com n pessoas (n ≥ 2), h´ sempre
a
a
duas pessoas (pelo menos) que tˆm o mesmo n´mero de
e
u
amigos naquele grupo.
Imaginemos n caixas, numeradas com 0, 1, . . . , n − 1. A cada
uma das n pessoas entregamos um cart˜o que pedimos para
a
depositar na caixa correspondente ao n´mero de amigos que
u
ela tem naquele grupo. As caixas de n´meros 0 e n − 1 n˜o
u
a
podem ambas receber cart˜es pois se houver algu´m que n˜o
o
e
a
tem amigos ali, nenhum dos presentes pode ser amigo de
todos, e vice-versa. Portanto temos, na realidade, n cart˜es
o
para serem depositados em n − 1 caixas. Pelo princ´ das
ıpio
gavetas, pelo menos uma das caixas vai receber dois ou mais
cart˜es. Isto significa que duas ou mais pessoas ali tˆm o
o
e
mesmo n´mero de amigos entre os presentes.
u

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 12/12

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Algebra - Livro texto III (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto III (UNIP/Matemática) 2018Algebra - Livro texto III (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto III (UNIP/Matemática) 2018Antonio Marcos
 
Algebra - Livro texto IV (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto IV (UNIP/Matemática) 2018Algebra - Livro texto IV (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto IV (UNIP/Matemática) 2018Antonio Marcos
 
Equações de recorrência - II (Otimização)
Equações de recorrência - II (Otimização)Equações de recorrência - II (Otimização)
Equações de recorrência - II (Otimização)Jedson Guedes
 
Matemática Discreta - Parte III definicoes indutivas
Matemática Discreta - Parte III definicoes indutivasMatemática Discreta - Parte III definicoes indutivas
Matemática Discreta - Parte III definicoes indutivasUlrich Schiel
 
Algebra - Livro texto II (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto II (UNIP/Matemática) 2018Algebra - Livro texto II (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto II (UNIP/Matemática) 2018Antonio Marcos
 
Aula 9 inducao matematica ii
Aula 9   inducao matematica iiAula 9   inducao matematica ii
Aula 9 inducao matematica iiwab030
 
Aula 7 profmat - numeros primos e especiais - 06 10-17
Aula 7   profmat - numeros primos e especiais - 06 10-17Aula 7   profmat - numeros primos e especiais - 06 10-17
Aula 7 profmat - numeros primos e especiais - 06 10-17Aline Guedes
 
CentroApoio.com - Matemática - Função Exponencial - Vídeo Aulas
 CentroApoio.com - Matemática - Função Exponencial - Vídeo Aulas CentroApoio.com - Matemática - Função Exponencial - Vídeo Aulas
CentroApoio.com - Matemática - Função Exponencial - Vídeo AulasVídeo Aulas Apoio
 
Atividades - Matemática discreta
Atividades - Matemática discretaAtividades - Matemática discreta
Atividades - Matemática discretaluiz10filho
 
Aula 6 - Profmat - Numeros Primos - 08 09-17
Aula 6 - Profmat - Numeros Primos -  08 09-17Aula 6 - Profmat - Numeros Primos -  08 09-17
Aula 6 - Profmat - Numeros Primos - 08 09-17Aline Guedes
 

Mais procurados (20)

Lista 1 - FUV - Resolução
Lista 1 - FUV - ResoluçãoLista 1 - FUV - Resolução
Lista 1 - FUV - Resolução
 
Algebra - Livro texto III (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto III (UNIP/Matemática) 2018Algebra - Livro texto III (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto III (UNIP/Matemática) 2018
 
Algebra - Livro texto IV (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto IV (UNIP/Matemática) 2018Algebra - Livro texto IV (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto IV (UNIP/Matemática) 2018
 
Equações de recorrência - II (Otimização)
Equações de recorrência - II (Otimização)Equações de recorrência - II (Otimização)
Equações de recorrência - II (Otimização)
 
Matemática Discreta - Parte III definicoes indutivas
Matemática Discreta - Parte III definicoes indutivasMatemática Discreta - Parte III definicoes indutivas
Matemática Discreta - Parte III definicoes indutivas
 
Demonstrações
DemonstraçõesDemonstrações
Demonstrações
 
Algebra - Livro texto II (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto II (UNIP/Matemática) 2018Algebra - Livro texto II (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto II (UNIP/Matemática) 2018
 
Aula 9 inducao matematica ii
Aula 9   inducao matematica iiAula 9   inducao matematica ii
Aula 9 inducao matematica ii
 
Precalculo
PrecalculoPrecalculo
Precalculo
 
Aula 7 profmat - numeros primos e especiais - 06 10-17
Aula 7   profmat - numeros primos e especiais - 06 10-17Aula 7   profmat - numeros primos e especiais - 06 10-17
Aula 7 profmat - numeros primos e especiais - 06 10-17
 
Aula1
Aula1Aula1
Aula1
 
Corpo reais
Corpo reaisCorpo reais
Corpo reais
 
Estr mat i
Estr mat iEstr mat i
Estr mat i
 
Pequeno teorema de fermat
Pequeno teorema de fermatPequeno teorema de fermat
Pequeno teorema de fermat
 
Demonstrações
DemonstraçõesDemonstrações
Demonstrações
 
Relacoes matematicas
Relacoes matematicasRelacoes matematicas
Relacoes matematicas
 
CentroApoio.com - Matemática - Função Exponencial - Vídeo Aulas
 CentroApoio.com - Matemática - Função Exponencial - Vídeo Aulas CentroApoio.com - Matemática - Função Exponencial - Vídeo Aulas
CentroApoio.com - Matemática - Função Exponencial - Vídeo Aulas
 
Atividades - Matemática discreta
Atividades - Matemática discretaAtividades - Matemática discreta
Atividades - Matemática discreta
 
1+1=2
1+1=21+1=2
1+1=2
 
Aula 6 - Profmat - Numeros Primos - 08 09-17
Aula 6 - Profmat - Numeros Primos -  08 09-17Aula 6 - Profmat - Numeros Primos -  08 09-17
Aula 6 - Profmat - Numeros Primos - 08 09-17
 

Semelhante a Resumo2

Semelhante a Resumo2 (20)

Teste Derivadas
Teste DerivadasTeste Derivadas
Teste Derivadas
 
Schrodinger.pdf
Schrodinger.pdfSchrodinger.pdf
Schrodinger.pdf
 
Resumo1
Resumo1Resumo1
Resumo1
 
Resumo teorico matematica afa
Resumo teorico matematica afaResumo teorico matematica afa
Resumo teorico matematica afa
 
Matemática Discreta - Parte V relações
Matemática Discreta - Parte V relaçõesMatemática Discreta - Parte V relações
Matemática Discreta - Parte V relações
 
funcoes1_slides.pptx matematica,engenharia e afins
funcoes1_slides.pptx matematica,engenharia e afinsfuncoes1_slides.pptx matematica,engenharia e afins
funcoes1_slides.pptx matematica,engenharia e afins
 
01 lógica, conjuntos e intervalos
01 lógica, conjuntos e intervalos01 lógica, conjuntos e intervalos
01 lógica, conjuntos e intervalos
 
Lógica, conjuntos e intervalos
Lógica, conjuntos e intervalosLógica, conjuntos e intervalos
Lógica, conjuntos e intervalos
 
01 lógica, conjuntos e intervalos
01 lógica, conjuntos e intervalos01 lógica, conjuntos e intervalos
01 lógica, conjuntos e intervalos
 
01 lógica, conjuntos e intervalos
01 lógica, conjuntos e intervalos01 lógica, conjuntos e intervalos
01 lógica, conjuntos e intervalos
 
Sequencias e series unicamp
Sequencias e series   unicampSequencias e series   unicamp
Sequencias e series unicamp
 
Nota aula 01
Nota aula 01Nota aula 01
Nota aula 01
 
Tnotas
TnotasTnotas
Tnotas
 
Matemática Discreta - Parte IV teoria dos-conjuntos
Matemática Discreta - Parte IV teoria dos-conjuntosMatemática Discreta - Parte IV teoria dos-conjuntos
Matemática Discreta - Parte IV teoria dos-conjuntos
 
Lista de exercícios 1 - Cálculo
Lista de exercícios 1 - CálculoLista de exercícios 1 - Cálculo
Lista de exercícios 1 - Cálculo
 
Conjuntos matemática
Conjuntos  matemáticaConjuntos  matemática
Conjuntos matemática
 
TEORIA DE CONJUNTOS
TEORIA DE CONJUNTOS TEORIA DE CONJUNTOS
TEORIA DE CONJUNTOS
 
Resumo de matemática estratégia
Resumo de matemática   estratégiaResumo de matemática   estratégia
Resumo de matemática estratégia
 
Basiconumcomplex (1)
Basiconumcomplex (1)Basiconumcomplex (1)
Basiconumcomplex (1)
 
Função Inversa
Função InversaFunção Inversa
Função Inversa
 

Último

CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresAnaCarinaKucharski1
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 

Último (20)

CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 

Resumo2

  • 1. MA12 - Unidade 2 N´meros Cardinais u Paulo Cezar Pinto Carvalho PROFMAT - SBM February 25, 2013
  • 2. Introdu¸˜o ca A importˆncia dos n´meros naturais prov´m do fato de que a u e eles constituem o modelo matem´tico que torna poss´ o a ıvel processo de contagem. Para contar os elementos de um conjunto ´ necess´rio usar a e a no¸˜o de correspondˆncia biun´ ca e ıvoca, ou bije¸˜o, que ´ um ca e caso particular do conceito de fun¸˜o. ca PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 2/12
  • 3. Fun¸˜es co Dados os conjuntos X , Y , uma fun¸˜o f : X → Y (lˆ-se ca e “uma fun¸˜o de X em Y ”) ´ uma regra (ou conjunto de ca e instru¸˜es) que diz como associar a cada elemento x ∈ X um co elemento y = f (x) ∈ Y . O conjunto X chama-se o dom´ ınio e Y ´ o contra-dom´ e ınio da fun¸˜o f . ca Para cada x ∈ X , o elemento f (x) ∈ Y chama-se a imagem de x pela fun¸˜o f , ou o valor assumido pela fun¸˜o f no ca ca ponto x ∈ X . Escreve-se x → f (x) para indicar que f transforma (ou leva) x em f (x) PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 3/12
  • 4. Exemplos Sejam X o conjunto dos triˆngulos do plano Π e R o conjunto a dos n´meros reais (que abordaremos logo mais). Se, a cada u t ∈ X , fizermos corresponder o n´mero real f (t) = ´rea do u a triˆngulo t, obteremos uma fun¸˜o f : X → R. a ca Sejam S o conjunto dos segmentos de reta do plano Π e ∆ o conjunto das retas desse mesmo plano. A regra que associa a cada segmento AB ∈ S sua mediatriz g (AB) define uma fun¸˜o g : S → ∆. ca A correspondˆncia que associa a cada n´mero natural n seu e u sucessor n + 1 define uma fun¸˜o s : N → N, com ca s(n) = n + 1. PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 4/12
  • 5. Fun¸˜es Injetivas co Uma fun¸˜o f : X → Y chama-se injetiva quando elementos ca diferentes em X s˜o transformados por f em elementos a diferentes em Y . Ou seja, f ´ injetiva quando x = x em e X ⇒ f (x) = f (x ). Esta condi¸˜o pode tamb´m ser expressa em sua forma ca e contrapositiva: f (x) = f (x ) ⇒ x = x . Nos trˆs exemplos dados anteriormente, apenas o terceiro ´ de e e uma fun¸˜o injetiva. (Dois triˆngulos diferentes podem ter a ca a mesma ´rea e dois segmentos distintos podem ter a mesma a mediatriz mas n´meros naturais diferentes tˆm sucessores u e diferentes.) PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 5/12
  • 6. Fun¸˜es Sobrejetivas co Diz-se que uma fun¸˜o f : X → Y ´ sobrejetiva quando, para ca e qualquer elemento y ∈ Y , pode-se encontrar (pelo menos) um elemento x ∈ X tal que f (x) = y . Nos trˆs exemplos dados anteriormente, apenas o segundo e apresenta uma fun¸˜o sobrejetiva. (Toda reta do plano ´ ca e mediatriz de algum segmento mas apenas os n´meros reais u positivos podem ser ´reas de triˆngulos e o n´mero 1 n˜o ´ a a u a e sucessor de n´mero natural algum.) u PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 6/12
  • 7. Bije¸˜es co Uma fun¸˜o f : X → Y chama-se uma bije¸˜o, ou uma ca ca correspondˆncia biun´ e ıvoca entre X e Y quando ´ ao mesmo e tempo injetiva e sobrejetiva. Exemplo. Sejam X = {1, 2, 3, 4, 5} e Y = {2, 4, 6, 8, 10}. Definindo f : X → Y pela regra f (n) = 2n, temos uma correspondˆncia biun´ e ıvoca, onde f (1) = 2, f (2) = 4, f (3) = 6, f (4) = 8 e f (5) = 10. Exemplo. Seja P o conjunto dos n´meros naturais pares u (P = {2, 4, 6, . . . , 2n, . . .}). Obt´m-se uma correspondˆncia e e biun´ ıvoca f : N → P pondo-se f (n) = 2n para todo n ∈ N. O interessante deste exemplo ´ que P ´ um subconjunto pr´prio e e o de N. PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 7/12
  • 8. N´meros Cardinais u Diz-se que dois conjuntos X e Y tem o mesmo n´mero u cardinal quando se pode definir uma correspondˆncia e biun´ ıvoca f : X → Y . Nos dois exemplos do slide anterior, os conjuntos tˆm o e mesmo n´mero cardinal. u Exemplo Sejam X = {1} e Y = {1, 2}. Evidentemente n˜o pode existir uma correspondˆncia biun´ a e ıvoca f : X → Y , portanto X e Y n˜o tˆm o mesmo n´mero cardinal. a e u PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 8/12
  • 9. Conjuntos Finitos Seja X um conjunto. Diz-se que X ´ finito, e que X tem n e elementos quando se pode estabelecer uma correspondˆncia e biun´ ıvoca f : In → X , onde In o conjunto dos n´meros u naturais de 1 at´ n. e O n´mero natural n chama-se ent˜o o n´mero cardinal do u a u conjunto X ou, simplesmente, o n´mero de elementos de X . u A correspondˆncia f : In → X chama-se uma contagem dos e elementos de X . A fim de evitar exce¸˜es, admite-se ainda incluir o conjunto co vazio ∅ entre os conjuntos finitos e diz-se que ∅ tem zero elementos. PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 9/12
  • 10. Conjuntos Infinitos Diz-se que um conjunto X ´ infinito quando ele n˜o ´ finito. e a e Isto quer dizer que X n˜o ´ vazio e que, n˜o importa qual seja a e a n ∈ N , n˜o existe correspondˆncia biun´ a e ıvoca f : In → X . O conjunto N dos n´meros naturais ´ infinito. Com efeito, u e dada qualquer fun¸˜o f : In → N , n˜o importa qual n se ca a fixou, pomos k = f (1) + f (2) + · · · + f (n) e vemos que, para todo x ∈ In , tem-se f (x) < k, logo n˜o existe x ∈ In tal que a f (x) = k. Assim, ´ imposs´ cumprir a condi¸˜o de e ıvel ca sobrejetividade na defini¸˜o de correspondˆncia biun´ ca e ıvoca. PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 10/12
  • 11. Propriedades dos n´meros cardinais u 1 2 3 4 O n´mero de elementos de um conjunto finito ´ o mesmo, u e seja qual for a contagem que se adote. Isto significa que se f : Im → X e g : In → X s˜o correspondˆncias biun´ a e ıvocas ent˜o m = n. a Todo subconjunto Y de um conjunto finito X ´ finito e e n(Y ) ≤ n(X ). Tem-se n(Y ) = n(X ) somente quando Y = X . Se X e Y s˜o finitos ent˜o X ∪ Y ´ finito e tem-se a a e n(X ∪ Y ) = n(X ) + n(Y ) − n(X ∩ Y ) . Sejam X , Y conjuntos finitos. Se n(X ) > n(Y ), nenhuma fun¸˜o f : X → Y ´ injetiva e nenhuma fun¸˜o g : Y → X ´ ca e ca e sobrejetiva. A primeira parte da propriedade 4 ´ conhecida como o e princ´ das casas de pombos: se h´ mais pombos do que ıpio a casas num pombal, qualquer modo de alojar os pombos dever´ colocar pelo menos dois deles na mesma casa. a PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 11/12
  • 12. Uma Aplica¸˜o do Princ´ ca ıpio da Casa dos Pombos Provar que, numa reuni˜o com n pessoas (n ≥ 2), h´ sempre a a duas pessoas (pelo menos) que tˆm o mesmo n´mero de e u amigos naquele grupo. Imaginemos n caixas, numeradas com 0, 1, . . . , n − 1. A cada uma das n pessoas entregamos um cart˜o que pedimos para a depositar na caixa correspondente ao n´mero de amigos que u ela tem naquele grupo. As caixas de n´meros 0 e n − 1 n˜o u a podem ambas receber cart˜es pois se houver algu´m que n˜o o e a tem amigos ali, nenhum dos presentes pode ser amigo de todos, e vice-versa. Portanto temos, na realidade, n cart˜es o para serem depositados em n − 1 caixas. Pelo princ´ das ıpio gavetas, pelo menos uma das caixas vai receber dois ou mais cart˜es. Isto significa que duas ou mais pessoas ali tˆm o o e mesmo n´mero de amigos entre os presentes. u PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 12/12