1) O documento discute três caminhos perigosos que cristãos podem tomar ao buscar santificação: formalismo, legalismo e antinomianismo.
2) É fornecido um resumo de cada um destes caminhos: formalismo enfatiza rituais acima de significado, legalismo coloca regras acima de Deus, antinomianismo acredita que não há leis morais para cristãos obedecerem.
3) O texto bíblico analisado é Romanos 7:1-23, que discute como cristãos não estão sob
3. • 1 – O Cristão Está Isento da Lei – Rm 7:1-6
• 2 – O Cristão Reconhece o Valor da Lei – Rm 7:7-13
• 3 – O Cristão Sabe Que é Incapaz de Cumprir a Lei da
Santificação – Rm 7:14-25
DIVISÃO DA LIÇÃO
5. TEXTO BÁSICO
Romanos 7:1-23
• 1 Porventura, ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a
lei), que a lei tem domínio sobre o homem toda a sua vida?
• 2 Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido,
enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada
ficará da lei conjugal.
• 3 De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o
marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o
marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair
novas núpcias.
6. • 4 Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente
à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro,
a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de
que frutifiquemos para Deus.
• 5 Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões
pecaminosas postas em realce pela lei operavam em nossos
membros, a fim de frutificarem para a morte.
• 6 Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para
aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em
novidade de espírito e não na caducidade da letra.
7. • 7 Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas
eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da
lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera:
Não cobiçarás.
• 8 Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento,
despertou em mim toda sorte de concupiscência; porque,
sem lei, está morto o pecado.
• 9 Outrora, sem a lei, eu vivia; mas, sobrevindo o preceito,
reviveu o pecado, e eu morri.
• 10 E o mandamento que me fora para vida, verifiquei que
este mesmo se me tornou para morte.
8. • 11 Porque o pecado, prevalecendo-se do mandamento, pelo
mesmo mandamento, me enganou e me matou.
• 12 Por conseguinte, a lei é santa; e o mandamento, santo, e
justo, e bom.
• 13 Acaso o bom se me tornou em morte? De modo nenhum!
Pelo contrário, o pecado, para revelar-se como pecado, por
meio de uma coisa boa, causou-me a morte, a fim de que,
pelo mandamento, se mostrasse sobremaneira maligno.
• 14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia,
sou carnal, vendido à escravidão do pecado.
9. • 15 Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de
agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto.
• 16 Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é
boa.
• 17 Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado
que habita em mim.
• 18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não
habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não,
porém, o efetuá-lo.
• 19 Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não
quero, esse faço.
10. • 20 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o
faz, e sim o pecado que habita em mim.
• 21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal
reside em mim.
• 22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei
de Deus;
• 23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando
contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do
pecado que está nos meus membros.
11. • 24 Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo
desta morte?
• 25 Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira
que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de
Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.
12. INTRODUÇÃO
No desejo de buscar uma vida de santificação o cristão pode
tomar três caminhos perigosos.
1) Formalismo
Geral
Formalizar é descrever um processo, um objeto, um fenômeno,
uma fórmula, etc, de tal forma que qualquer pessoa (todas) da
área de conhecimento, independente da língua, etnia, religião,
política, sexo, etc, possa entender o que está sendo descrito sem
alguma dualidade de interpretação.
13. Religioso
O formalismo em religião significa uma ênfase no ritual e
observância, acima do seu significado.
Tem o devido conhecimento religioso, não peca, através da
prostituição e nem busca mais a idolatria, como na antiga
aliança: como Israel sempre fazia sempre distanciando do seu
DEUS, deixando esta pratica somente pós exilio, no novo
testamento não buscam mais esta pratica, porem tornaram-se
formalista com conhecimento porem sem poder, sem a
verdadeira comunhão, realizando cultos mecanizados isto é
padrão sem fugir do seu ritmo.
14. 2) Legalismo
• Significa pôr as regras acima de Deus e das necessidades
humanas.
• A Bíblia diz em Mateus 12:9-12 “Partindo dali, entrou Jesus na
sinagoga deles.
• E eis que estava ali um homem que tinha uma das mãos
atrofiadas; e eles, para poderem acusar a Jesus, o
interrogaram, dizendo: É lícito curar nos sábados? (Claro que
eles queriam que Jesus dissesse ‘Sim’ para o poder prender).
• “E ele lhes disse: Qual dentre vós será o homem que, tendo
uma só ovelha, se num sábado ela cair numa cova, não há de
lançar mão dela, e tirá-la?
• Ora, quanto mais vale um homem do que uma ovelha!
Portanto, é lícito fazer bem nos sábados."
15. • O legalismo é uma forma de escravidão. A Bíblia diz em
Gálatas 4:8-9 “Outrora, quando não conhecíeis a Deus,
servíeis aos que por natureza não são deuses; agora, porém,
que já conheceis a Deus, ou, melhor, sendo conhecidos por
Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e
pobres, aos quais de novo quereis servir?”
• O legalismo é atrativo mas destrutivo. A Bíblia diz em
Colossenses 2:23 “As quais têm, na verdade, alguma
aparência de sabedoria em culto voluntário, humildade
fingida, e severidade para com o corpo, mas não têm valor
algum no combate contra a satisfação da carne.”
• Somos salvos pela fé não pelas obras. A Bíblia diz em Efésios
2:8-10 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto
não vem de vós, é dom de Deus.”
16. 3) Antinomismo
A palavra antinomianismo vem de duas palavras gregas, anti,
que significa "contra", e nomos, que significa "lei". Sendo assim,
antinomianismo significa “contra a lei.”
Teologicamente, o antinomianismo é a crença de que não há leis
morais que Deus espera que os cristãos obedeçam. O
antinomianismo leva um ensinamento bíblico a uma conclusão
antibíblica.
O ensinamento bíblico é o de que os cristãos não são obrigados a
observarem a lei do Antigo Testamento como um meio de
salvação. Quando Jesus Cristo morreu na cruz, Ele cumpriu a Lei
do Antigo Testamento (Romanos 10:4, Gálatas 3:23-25, Efésios
2:15).
A conclusão antibíblica é a de que não há nenhuma lei moral que
Deus espera que os cristãos obedeçam.
17. • O apóstolo Paulo tratou da questão do antinomianismo em
Romanos 6:1-2: "Que diremos, pois? Permaneceremos no
pecado, para que abunde a graça? De modo nenhum. Nós,
que já morremos para o pecado, como viveremos ainda
nele?"
• O ataque mais frequente sobre a doutrina da salvação pela
graça é que ela encoraja o pecado. As pessoas podem se
perguntar:
• "Se sou salvo pela graça e todos os meus pecados são
perdoados, por que não pecar o quanto quiser?"
• ESSE PENSAMENTO NÃO É O RESULTADO DE UMA
VERDADEIRA CONVERSÃO PORQUE A VERDADEIRA
CONVERSÃO PRODUZ UM MAIOR, NÃO MENOR, DESEJO DE
OBEDECER.
18. • O desejo de Deus – e o nosso desejo quando somos
regenerados por Seu Espírito - é que nos esforcemos a não
pecar.
• Como gratidão por Sua graça e perdão, queremos agradá-Lo.
• Deus nos deu o Seu dom infinitamente misericordioso através
da salvação em Jesus (João 3:16; Romanos 5:8).
• Nossa resposta é consagrar nossa vida a Ele como uma forma
de amor, adoração e gratidão pelo que Ele fez por nós
(Romanos 12:1-2).
• O antinomianismo é antibíblico por aplicar de forma errada o
significado do favor gracioso de Deus.
19. • A segunda razão por que o antinomianismo é antibíblico é
que existe uma lei moral que Deus espera que obedeçamos.
• Primeiro João 5:3 nos diz: "Porque este é o amor de Deus,
que guardemos os seus mandamentos; e os seus
mandamentos não são penosos." O que é essa lei que Deus
espera que obedeçamos? É a lei de Cristo - "Respondeu-lhe
Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de
toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o
grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a
este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes
dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas"
(Mateus 22:37-40).
• Não, não estamos sob a Lei do Antigo Testamento.
20. 1 – O Cristão está ausente da Lei – Rm 7:1-6
Um sermão ministrado em 1876 por C. H. Spurgeon.
• Cristo é a conclusão da lei, visto que não estamos mais
debaixo de sua maldição.
• A lei não pode amaldiçoar um crente, pois não sabe como
fazê-lo.
• Ela abençoa o crente, sim, e ele será abençoado, porque se a
lei exige justiça e olha para o crente em Cristo – e vê que Jesus
o deu toda a justiça que lhe é exigido – a lei é obrigada a
pronunciá-lo abençoado. “Bem-aventurado aquele cuja
transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto.
21. • Ah, a alegria de estar redimido da maldição da lei através de
Cristo, o qual foi “feito maldição por nós”, como está escrito,
“Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro”.
• Vocês entendem o doce mistério da salvação?
• Você já viu Jesus tomando o seu lugar para que você se
colocasse no lugar dele?
• Cristo acusado e Cristo condenado! Cristo levado a morrer e
Cristo ferido de Deus, até para a morte!
• E você limpo, justificado, liberto da maldição porque a
maldição foi paga no Redentor!
22. • Você é chamado para aproveitar a benção porque a justiça a
qual era Dele agora é transferida para você para que você seja
abençoado do Senhor.
• Vamos exultar e nos regojizar nisso para todo o sempre!
• Por que não deveríamos?
• E ainda assim parte do povo de Deus se submete à lei com
seus sentimentos e começam a temer que, porque eles estão
conscientes de seu pecado, eles não são salvos, enquanto que
está escrito “Ele justifica o ímpio”.
• Por mim mesmo, eu amo viver perto de um Salvador de
pecadores.
23. • Se a minha presença diante de Deus dependesse do que eu
sou em mim mesmo e quais boas obras e justiça eu poderia
ofertar, certamente eu teria que condenar a mim mesmo
milhares de vezes ao dia!
• Mas fugir disso e dizer, “Eu tenho crido em Jesus Cristo e por
isso a justiça é minha”, isso é paz, descanso, alegria e começo
do Céu!”
• Quando uma pessoa alcança essa experiência, seu amor por
Jesus Cristo começa a se inflamar e ele alimenta isso, se o
Redentor o libertou da maldição da lei, ele não continuará em
pecado, mas sim irá se esforçar para viver em novidade de
vida!
24. • Não pertencemos a nós mesmos, nós fomos comprados com
um preço e nós vamos, então, glorificar a Deus em nossos
corpos e em nossos espíritos, os quais pertencem a Deus.
• Isso termina o ponto de Cristo em conexão com a lei.
• Agora o segundo ponto central desse sermão: Nós mesmos
conectados com Cristo – pois, “Cristo é o fim da lei para todo
aquele que crê”.
• Entenda o ponto – “aquele que crê” – é aí que o estresse
reside. E então, homens, mulheres, vocês creem? Nenhuma
pergunta de maior peso pode ser feita debaixo do Céu! “Você
acredita no Filho de Deus?” E o que é acreditar? Não é
meramente aceitar um conjunto de doutrinas e dizer que tal
credo é seu e colocá-lo na prateleira e esquecê-lo.
25. • Acreditar é confiar na crença, defendê-la, descansar nela.
• Você acredita que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos?
• Você acredita que Ele tomou o lugar do pecador e sofreu, o
Justo pelo injusto?
• Você acredita que Ele pode salvar totalmente aquele que vem
a Deus por meio Dele?
• E você, portanto, entrega todo o peso e estresse da salvação
da sua alma sobre Ele, somente Nele?
• Então, Cristo é o fim da lei pela justiça sobre você e você se
fez justo!
• Com a justiça de Deus você é vestido, se você crê! Não há uso
algum em trazer à tona nada mais se você não está crendo,
porque não servirá de nada.
26. • Se a fé está ausente, as coisas essenciais estão faltando:
• – sacramentos, orações, leitura da Bíblia, ouvir do Evangelho
• – você pode amontoá-los tão alto quanto as estrelas, mas eles
não terão valor algum se a fé não estiver presente!
• É o seu crer ou o não crer que resolve a questão!
• Você olha para longe de si próprio e olha para Jesus em busca
de justiça?
• Se sim, Ele é o fim da lei para você.
27. • Agora observe que não há questão levantada sobre seu
caráter anterior, porque está escrito
• “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que
crê”.
• Mas, Senhor, esse homem, antes de crer, era um perseguidor
e ofensivo!
• Ele assolava e rugia contra os santos os colocando em prisões
e buscando o sangue deles!
• Sim, caro amigo, e esse é o mesmo homem que escreveu
essas palavras, pelo Espírito Santo,
• “Cristo é o fim da lei para justiça de todo aquele que crê”.
28. • Então se eu me dirijo a alguém aqui cuja vida foi contaminada
com todo pecado e manchada com toda transgressão que nós
podemos conceber, eu ainda digo, lembrem-se que “todo
pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens”.
• Se você crê no Senhor Jesus Cristo, suas iniquidades são
riscadas, pelo sangue de Jesus Cristo, o filho querido de Deus,
que nos limpa de todo o pecado!
• Essa é a glória do evangelho, que é um Evangelho para o
pecador – boas novas de bençãos, não para aqueles sem
pecado, mas para aqueles que confessam e o abandonam!
• Jesus veio para o mundo não para recompensar aqueles sem
pecados, mas para procurar e salvar aquele que está perdido.
29. • E ele, estando perdido e longe de Deus, o qual vai para perto
de Deus por Cristo e acredita Nele, irá descobrir que Ele é
capaz de outorgar justiça sobre o culpado.
• Ele é o fim da lei pela justiça para todo que crê e, portanto,
para a pobre prostituta que acredita, para o bêbado de muitos
anos que acredita, para o ladrão, o mentiroso e o
escarnecedor que acreditam! Jesus é o fim da lei para aqueles
que, antes estavam revoltos em pecado, mas agora se afastam
dele e creem em Jesus. Mas eu não sei se preciso mencionar
tais casos.
• Para mim, o fato mais maravilhoso é que Cristo é o fim da lei
para a minha justiça, porque eu creio Nele. “Porque eu sei em
quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para
guardar o meu depósito até àquele dia”.
30. 2 – O Cristão Reconhece o Valor da Lei – Rm 7:7:13
• Sem dúvida, Romanos 7.1-25 é um dos textos mais complexos
da epístola e, talvez, um dos mais difíceis de interpretar em
todo o NT.
• Por isso, há tanta polêmica entre os estudiosos.
• A grande tensão está na dificuldade que os ouvintes de Paulo,
especialmente os judeus, tinham de relacionar a lei com a fé
em Jesus Cristo.
• O propósito desta lição é definir e explorar os principais
aspectos que dizem respeito à lei e ao seu relacionamento
com o cristão.
31. I. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A LEI
• No trecho em estudo, aparece 21 vezes a palavra “lei”.
• Tal frequência indica o tema central do trecho.
• Façamos algumas considerações sobre a palavra “lei” na
Bíblia.
1. Que é lei?
• De maneira simples, tomamos “lei” como a vontade de Deus
revelada aos homens em palavras, princípios, preceitos,
julgamentos, atos (cf. Êx 16.28; Sl 119).
• Na Bíblia, geralmente está relacionada ao AT, mas não
significa que o NT não apresenta normas ao crente.
32. • a. O Pentateuco – Nominado pelos judeus de “A Lei” (Torá),
Pentateuco é o conjunto dos cinco primeiros livros do AT.
• De origem grega, Pentateuco significa “cinco volumes”.
• Para os judeus, ouvintes de Paulo, a Torá, designava todo o
conjunto de leis da sua tradição – lei escrita e lei oral.
• b. O Antigo Testamento – O AT também era visto como um
tipo de compêndio de toda a lei de Deus.
33. • c. Um princípio – Lei, em sentido geral, significa regra,
prescrição que emana de autoridade soberana.
• Assim, lei também é entendida como um princípio de
obediência a toda orientação de Deus.
• Nesse sentido o NT é lei de Deus.
• d. A lei de Deus – Significa todo desígnio de Deus ao homem –
a Bíblia em sua constituição total (66 livros, cf. Sl 119; 2Tm
3.16).
34. 2. Três possíveis atitudes diante da lei
• John Stott, em sua obra A Mensagem de Romanos,
menciona três tipos de pessoas e as atitudes que elas
adotam diante da lei.
• a. O legalista – Observa rigorosamente a lei, mas está
sob sua servidão.
• Uma vez que não é capaz de cumprir integralmente a lei,
acaba vivendo de aparências.
• Pauta seu comportamento pela religiosidade hipócrita.
Observa excessivamente o exterior, mas não é capaz de
examinar o próprio interior.
• Aponta os pecados alheios, mas não enxerga os próprios
erros.
35. • b. O antinomiano (ou libertino) – Detesta a lei e a lança fora.
Transforma a liberdade em libertinagem.
• Rejeita integralmente a lei e se declara completamente livre
de suas exigências. Para quem pensa assim, a lei é causadora
de todos os seus problemas.
• Vive sem normas ou limites.
• c. O cristão equilibrado – Respeita, ama e obedece à lei. Ele
se alegra pela libertação do regime da lei e pela liberdade que
Deus dá para cumpri-la.
• Regozija-se pela oportunidade de observar a revelação de
Deus – a Bíblia (Rm 7.12), reconhecendo que a força para
cumprir tais preceitos vem do Senhor.
36. 3. Os objetivos da lei
• a. Ser uma revelação de Deus e de Sua vontade.
• b. Proporcionar bem-estar e preservação da raça humana.
• c. Pôr o pecado às claras.
• d. Levar os homens ao arrependimento e à confiança na graça
de Deus.
• e. Prover orientação para a vida do cristão.
Romanos para hoje:
• Das três atitudes diante da lei, mencionadas na lição: legalista;
antinomiana e cristã equilibrada – em qual você se enquadra?
Mesmo livre do regime da lei, você tem prazer em cumprir os
preceitos de Deus?
37. II. A SEVERIDADE DA LEI (Rm 7.1-6)
• Paulo inicia a seção indagando se os seus ouvintes conheciam
os limites da lei.
• O texto deixa claro que os ouvintes do apóstolo conheciam a
lei (Rm 7.1).
• Para ele, “a lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e
bom” (Rm 7.12).
• O problema estava no conceito que se dava à lei.
• Segundo F. F. Bruce, os ouvintes de Paulo entendiam que,
devido à penosa conformidade com um código de leis, era
possível adquirir mérito para salvação diante de Deus.
38. 1. O princípio (Rm 7.1)
O princípio estabelecido é:
• A lei tem autoridade sobre o homem somente enquanto ele
vive.
• A morte invalida o domínio da lei sobre o indivíduo e o
desobriga dos compromissos contratuais.
• Com a morte, os preceitos da lei são dados como terminados.
• O princípio é visto de maneira universal como uma sentença
legal para qualquer tipo de lei: grega; romana; judaica ou
bíblica.
39. 2. A ilustração (Rm 7.2-3)
• Paulo explica o princípio da autoridade da lei usando a
ilustração do casamento.
• A mulher está legalmente unida ao marido enquanto ele viver
(o mesmo se aplica ao marido). O compromisso conjugal só é
rompido quando uma das partes morre. As obrigações de um
para com o outro são canceladas na morte. Matrimônio para
toda a vida não significa para além da vida. Na ilustração, o
marido morre, e a esposa fica livre para contrair novas
núpcias.
• No tema em questão, existe uma morte que nos libera da
escravidão da lei, pois pela morte de Cristo somos libertos das
exigências da lei. É evidente que isso só ocorre por meio da fé
em Jesus.
40. 3. A aplicação (Rm 7.4-6)
• Na morte de Cristo, o homem pode ser liberto do regime da
lei e contrair novo relacionamento, agora com o próprio
Senhor Jesus (Rm 7.4). A nova união, porém, não pode ser
desfeita uma vez que Cristo ressuscitou e não mais morrerá
(Rm 7.9). Então o crente pode frutificar para Deus, uma vez
que morreu com Cristo.
• John Stott alerta para o fato de que estar emancipado da
escravidão da lei não significa estar livre para fazer o que
quiser. Libertação da lei não significa liberdade para pecar, e
sim liberdade para servir a Deus (Rm 7.6).
• F. F. Bruce conclui dizendo que a morte e o pecado são
resultados da associação com a lei, mas a vida e a justiça são o
resultado da união com Cristo.
41. III. O MINISTÉRIO DA LEI (Rm 7.7-13)
1. A lei é pecado?
• A resposta é franca e clara:
• “De modo nenhum!” (Rm 7.7).
• O apóstolo precisava ter certeza de que seus ouvintes não
deturpariam seus ensinos sobre a lei.
• Mas se por um lado a lei não é pecado, qual a relação entre
pecado e lei?
42. a. A lei revela o pecado (Rm 7.7)
• Paulo já havia escrito algo a respeito: “visto que ninguém será
justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela
lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Rm 3.20).
• Agora ele diz: “eu não teria conhecido o pecado, senão por
intermédio da lei” (Rm 7.7).
• A lei é capaz de revelar os pecados mais ocultos e conduzir o
indivíduo à luz.
• Paulo ainda menciona o décimo mandamento: “pois não teria
eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás”
(Rm 7.7).
• Paulo dá testemunho da ação da lei em sua vida, citando o
pecado da cobiça.
43. • b. A lei desperta o pecado (Rm 7.8)
• Para melhor compreensão do verso, faz-se necessário
observar como algumas versões traduziram Romanos 7.8.
• Bíblia Viva – “O pecado, no entanto, usou essa lei contra os
maus desejos lembrando-me que eles estão errados, e
despertando dentro de mim toda sorte de desejos proibidos!
Somente se não houvesse leis para serem quebradas é que
não haveria pecado”.
• Cartas para Hoje – “Mas o pecado em mim, encontrando no
mandamento oportunidade para se manifestar, estimulou
todos os meus desejos. Pois na ausência da lei o pecado não
tem vida própria”.
44. • NTLH – “Porém o pecado se aproveitou dessa lei para
despertar em mim todo tipo de cobiça. Porque, se não existe
a lei, o pecado é uma coisa morta”.
• A lei não só revela o pecado como também o expõe ou o
desperta.
• A natureza pecaminosa do homem, em contraposição à lei de
Deus, o leva a fazer o que é proibido.
• É como se a lei funcionasse como um fio condutor que
desperta a atenção do homem para o pecado e, ao perceber o
pecado, ele se sente estimulado a fazer o que não deve. O que
é proibido pela lei sempre parece mais prazeroso, porém,
sempre será condenado por Deus e pela própria lei.
45. c. A lei condena o pecado (Rm 7.8-11,13)
• Se não existir lei, também não existirá transgressão (Rm 7.9).
Se pecado é toda forma de transgressão à lei de Deus (1Jo
3.4), ela existe justamente para condenar o pecado.
• O papel da lei é mostrar às pessoas que elas são pecadoras e
estão destinadas a morrer.
• A lei revela, desperta e condena o pecado, mas Paulo deixa
claro que a lei não é responsável pelos nossos pecados nem
por nossa morte como não foi para ele.
• Nossa inclinação ao erro é que nos faz pecar, e o pecado nos
conduz à morte (Rm 7.13). Por isso, a lei sempre vai exercer
seu papel de condenar o pecado.
46. 2. Atributos da lei (Rm 7.12)
• Paulo caracteriza a lei com palavras simples, mas profundas:
“a lei é santa, e o mandamento, santo, e justo, e bom”. As
características da lei simplesmente refletem o caráter de
Deus, sendo uma cópia de Sua perfeição. Isso mostra que o
problema não está na lei, e sim em nós. A lei sempre exerceu
seu papel perfeito como perfeito é Deus.
• Romanos para hoje:
• A lei de Deus funciona como alerta contra o pecado. Você tem
observado atentamente esse alerta? A lei tem lhe conduzido a
viver longe do pecado?
47. IV. A LEI E A CARNE (Rm 7.14-25)
• O problema nunca esteve na lei, mas no homem que é frágil e
pecador.
• O ser humano não é capaz de cumprir integralmente os
preceitos da lei e se vê em constante conflito.
• Exemplo dessa situação encontramos na vida do apóstolo
Paulo.
48. • 1. Os conflitos de Paulo (Rm 7.14-23)
• Paulo sentiu na pele os conflitos gerados pelo conhecimento
da lei, que o direcionava à vontade de Deus, ao mesmo tempo
em que era assediado pelo pecado, que tentava conduzi-lo à
morte.
• Há conflitos entre o que é espiritual e o que é carnal (Rm
7.14), e entre o saber e o fazer (Rm 7.15.23).
• Os constantes conflitos do apóstolo remetem aos três tempos
da santificação: somos libertos da culpa do pecado na
justificação em Cristo; estamos sendo libertos do poder do
pecado pela ação do Espírito Santo e seremos libertos da
presença do pecado no encontro com Deus Pai (glorificação).
49. 2. O desespero de Paulo (Rm 7.24)
• O grito ecoado de Paulo não é um pedido de socorro de
alguém que está completamente perdido nem um apelo sem
convicções a respeito de sua salvação, mas um desabafo, em
forma de pergunta retórica, de um servo que está fragilizado
pelas lutas e anseia pela libertação do pecado.
3. A única saída (Rm 7.25)
• Paulo lamenta ser influenciado pelo pecado e fazer algo que
não deseja, ansiando pela libertação plena da escravidão do
pecado. Ele exalta a Deus por meio do Senhor Jesus Cristo
como seu único e suficiente Salvador.
50. 3 – O Cristão Sabe Que é Incapaz de Cumprir a
Lei Santificadora – Rm 7:17-25
Santificação
• Através de toda a Bíblia, a santificação tem sido um elemento
essencial na relação entre Deus e seu povo. Esta qualidade de
ser separado do pecado é uma característica fundamental da
santidade de Deus, que tem que ser desenvolvida como parte
do caráter de seus filhos. Depois de observar brevemente a
importância da santificação através de toda a Bíblia,
consideraremos as implicações de um texto desafiador na
segunda carta de Paulo aos cristãos em Corinto.
51. Deus Quer um Povo Santo
• Desde a criação, Deus quis um povo santo.
• Ele desejou uma comunhão especial com os homens que
fossem capazes de andar com ele e falar com ele numa união
especial.
• Mas a própria natureza de Deus estabelece limites para tal
associação.
• Seu caráter santo não pode permitir ser contaminado pelo
pecado e pela corrupção.
• Os homens só podem estar na sua presença se forem puros.
52. • Adão e Eva andavam no mesmo jardim que Deus, e falavam
com ele.
• Mas logo pecaram e perderam esta convivência especial.
• Foram expulsos do jardim do Éden
• ¬separados de Deus¬
• o que foi a morte espiritual que Deus havia prometido como
conseqüência do pecado (Gênesis 2:17; 3:23-24).
• Povo sem santidade não podia permanecer na presença do
santo Deus.
53. • Depois que gerações de pecadores morreram num mundo
corrompido, Deus escolheu os descendentes de Abraão para
serem um povo santo.
• Ele os separou da má influência dos senhores egípcios e
preparou uma terra onde poderiam habitar livres da
corrupção dos povos idólatras.
• Ele até mesmo lhes deu uma lei especial, que ressaltava a
distinção entre o puro e o impuro.
• Deus explicou a necessidade da pureza deles quando lhes deu
essa lei:
• "Eu sou o Senhor, vosso Deus; portanto, vós vos consagrareis
e sereis santos, porque eu sou santo. . . Eu sou o Senhor, que
vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus;
portanto, vós sereis santos, porque eu sou santo" (Levítico
11:44-45).
54. • Contudo, o povo que Deus havia selecionado
excepcionalmente e resgatado não permaneceu santo.
• Os israelitas repetidamente exibiram seu pecado aos olhos de
Deus.
• Ele às vezes avisou que poderia entrar no meio da
congregação pecaminosa e destruir o povo (Êxodo 33:5;
Números 16:44-45).
• Por quê? Simplesmente porque não pode haver comunhão
entre a santidade de Deus e a impureza do homem.
• O homem tem que ser purificado, ou morrerá (veja Isaías 6:1-
7).
55. • Deus ainda quer um povo santo, e providenciou, através de
Cristo, o meio de purificar os pecadores para servirem-no.
• Os cristãos são o povo santo de Deus (1 Pedro 2:5,9).
• Aqueles que se dizem ser seguidores de Jesus deverão
conduzir-se como um povo santificado e purificado da
impureza do mundo.
56. • A Santificação é Essencial para ter Comunhão com Deus (2
Coríntios 6:14 - 7:1)
• A igreja em Corinto estava rodeada de imoralidade e falsa
religião. Os cristãos eram freqüentemente tentados a voltar às
más práticas do mundo.
• Paulo entendeu esta tentação quando lhes escreveu cartas de
encorajamento. Consideremos seu ensinamento em 2
Coríntios 6:14 - 7:1.
• Paulo ensinou que o pecado não tem lugar na vida do cristão.
Nos versículos 14 e 15 ele disse:
• "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos;
porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a
iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que
harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente
com o incrédulo?"
57. • Encontramos nestes versículos uma lista de coisas que são
totalmente opostas. Paulo não encoraja a nenhum tipo de
compromisso. Ele não nos diz que um pouco de mal pode
coexistir com a justiça.
• Em vez disso, mostra que não pode haver nenhuma tolerância
do pecado na vida de um cristão. Os cristãos pecam (1 João
1:8,10), mas temos que admitir esses erros e procurar o
perdão de Deus para manter a comunhão com ele (1 João 1:9;
2:1).
• Certas religiões e filosofias orientais ensinam que o bem tem
que ser contrabalançado pelo mal e que cada bem é
manchado por alguma quantidade de mal.
• Tais idéias contradizem frontalmente o ensinamento da Bíblia.
Bem e mal são distintos e não podem existir em harmonia. Os
discípulos de Cristo não podem comprometer-se com o erro.
58. • Esta santificação é baseada em nossa relação com Deus.
• Paulo continuou nos versículos 16 a 18 a dizer que a base para
esta santificação é nossa relação com Deus.
• Nestes versículos, ele usa a linguagem das passagens do Velho
Testamento para mostrar que Deus ainda deseja um povo
santo:
• "Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos?
• Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele
próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus,
e eles serão o meu povo.
• Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor;
não toqueis em cousas impuras; e eu vos receberei, serei
vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor
Todo-poderoso."
59. • O desejo básico de Deus permanece inalterado.
• Ele quer ter íntima comunhão com seu povo santo.
• Mas um Deus puro não pode ter amizade com pecado;
portanto, temos que separar-nos do mal e da impureza.
• Mas, para que não vejamos isto como uma tarefa
desagradável de renúncia, teremos que nos lembrar do
grande privilégio que é descrito aqui, especialmente no
versículo 18.
• O Deus Todo-poderoso do universo, nosso grande Criador e
Redentor, quer ser nosso Pai.
• Os cristãos têm imenso privilégio de serem chamados filhos e
filhas do próprio Deus!
60. • Que faremos para aproveitar desta abençoada amizade com
Deus?
• O primeiro versículo do capítulo 7 oferece a conclusão prática
desta passagem:
• "Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifi-quemo-nos de
toda impureza, tanto da carne como do espírito, aper-
feiçoando a nossa santi-dade no temor de Deus."
• Por causa do grande privilégio de sermos chamados filhos e
filhas de Deus, temos que nos purificar de toda impureza.
• Não apenas 50%, 90% ou 99% do pecado, mas de toda
imundície.
• Por quê? Por causa de nosso respeito a Deus. Ele merece
nosso serviço de santificação.
61. • Temos que ser limpos de que tipos de impureza?
• Paulo menciona duas amplas categorias de pecado que têm
que ser expurgadas de nossas vidas:
Impureza da carne.
• Isto incluiria todas as formas de imoralidade e mundanismo.
• Pecados sexuais, embriaguez, desonestidade e todas as outras
características da carne têm que ser abandonadas.
• Pessoas que praticam tais coisas não terão permissão para
entrar na eterna comunhão com Deus (veja Gálatas 5:19-21; 1
Coríntios 6:9-11; Apocalipse 21:8).
62. Impureza do espírito.
• Impureza espiritual e religiosa também têm que ser
removidas de nossas vidas. Os cristãos em Corinto estavam
rodeados pela idolatria, por isso Paulo usou este exemplo
específico. Estamos rodeados de uma variedade de doutrinas
humanas e filosofias, práticas de espiritismo, adoração de
santos e de imagens, etc.
• O verdadeiro cristão não pode continuar a participar de tais
práticas impuras. Temos que limpar-nos de qualquer mal
deste tipo (1 Coríntios 10:14), adorando somente a Deus
(Mateus 4:10).
• Nossa adoração a Deus tem que ser de acordo com sua
verdade (João 4:24). Sem nos santificar, não teremos
comunhão com o Senhor que morreu por nós.
63. Aplicações em nossa Sociedade
• Vivemos num mundo que tem sido manchado, por milhares
de anos, pelo pecado.
• Estamos rodeados por violência, pornografia, desonestidade e
falsa religião.
• Deus não pretende que nos isolemos deste mundo (João
17:14-21), mas que fujamos dos seus pecados (1 Timóteo
6:11) e brilhemos como luzes num mundo de trevas (Mateus
5:14-16).
• Nunca foi fácil viver como povo santificado num mundo de
corrupção e injustiça, mas é possível. Jesus provou isso
durante uma vida de pureza sem pecado. É nossa
responsabilidade seguir seus passos:
64. • "Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que
também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo
para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado,
nem dolo algum se achou em sua boca" (1 Pedro 2:21-22).