O documento apresenta um resumo do capítulo 8 de Romanos sobre a segurança da salvação em Cristo. Paulo destaca que nada pode separar os crentes do amor de Deus, incluindo tribulações ou perseguições, pois Deus os predestinou e chamou para serem conformes a Cristo.
5. TEXTO BÁSICO
Romanos 8:18-39
• 18 Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do
tempo presente não podem ser comparados com a glória a
ser revelada em nós.
• 19 A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos
filhos de Deus.
• 20 Pois a criação está sujeita à vaidade, não
voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou,
• 21 na esperança de que a própria criação será redimida do
cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos
de Deus.
6. • 22 Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo,
geme e suporta angústias até agora.
• 23 E não somente ela, mas também nós, que temos as
primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo,
aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo.
• 24 Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que
se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera?
• 25 Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o
aguardamos.
• 26 Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em
nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém,
mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com
gemidos inexprimíveis.
7. • 27 E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do
Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele
intercede pelos santos.
• 28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem
daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados
segundo o seu propósito.
• 29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os
predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a
fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
• 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos
que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou,
a esses também glorificou.
• 31 Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por
nós, quem será contra nós?
8. • 32 Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por
todos nós o entregou, porventura, não nos dará
graciosamente com ele todas as coisas?
• 33 Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É
Deus quem os justifica.
• 34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou,
antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e
também intercede por nós.
• 35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação,
ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo,
ou espada?
• 36 Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à
morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o
matadouro.
9. • 37 Em todas estas coisas, porém, somos mais que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
• 38 Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a
vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do
presente, nem do porvir, nem os poderes,
• 39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra
criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em
Cristo Jesus, nosso Senhor.
10. 1 - Os Anseios da Vitória – Rm 8:18-30
• Paulo introduz agora um novo elemento que destaca a nova
vida debaixo da graça redentora e reconciliadora de Deus,
segundo o Espirito de santidade e adoção.
11. • Esse elemento é descrito como a vida vitoriosa nos Espirito
pois, ao tratar da questão dessa luta interior enfrentada pelo
ser humano regenerado e demonstrar assim o meio de escape
providenciado por Deus em Jesus Cristo, Paulo passa a expor
quais são os resultados dessa vida experimentada sob a graça
de Deus e a sua relação com esse conflito entre carne e
Espirito.
• A tônica dessa unidade é que:
• “não há mais motivo para aqueles que estão em Cristo Jesus
de continuarem levando uma vida de servidão sob o jugo do
pecado, obrigados por em execução os ditames da tirania da
lei do pecado e da morte”.
12. • Cristo habita neles por Se Espirito, e Seu Espirito infunde neles
um novo princípio a lei da vida que é mais forte do que a força
do pecado neles, e os liberta da tirania deste.
13. • Esta nova vida, portanto, infunde neles a vitoriosa vida do
Espirito Santo que, habitando em seus corações lhes dá a
segurança de que não mais condenação para eles.
• Em Cristo a liberdade da lei do pecado e da morte nos é
assegurada por meio da doação de seu Espirito Santo.
• Tudo isso demonstra que a insuficiência da lei se devia não
algum ponto negativo encontrado nela, visto que a lei é boa,
mas tal insuficiência era o resultado da enfermidade da carne
pelo pecado. “O pecado depravou a natureza humana de tal
forma que impossibilitou até mesmo a Lei desempenhar o
seu papel”.
• Assim, somente por meio da iniciativa divina é que o
problema do pecado, enraizado na natureza humana, foi
resolvido de uma vez por todas na cruz do Calvário.
14. • Deus, portanto, supriu essa deficiência em Jesus Cristo o qual
destruiu o poder do pecado a fim de cumprir a justa exigência
da Lei que é a aceitação dos homens diante de Deus.
15. • Sob a velha ordem era impossível fazer a vontade de Deus, e
se a velha ordem ainda domina a vida dos homens, fazer a
vontade continua sendo uma impossibilidade.
• Mas aqueles cuja vida é dominada e dirigida pelo Espirito, que
seguem os seu impulsos, fazem de coração a vontade de
Deus.
• O espirito deles, anteriormente morto e insensível, está agora
imbuído da vida comunicada pelo Espirito de Deus.
• Seu corpo pode por algum tempo ainda estar sujeito à lei da
morte que resulta da entrada do pecado no mundo.
• Mas a palavra final permanece com o Espirito da vida.
16. 2 - A Garantia da Vitória – Rm 8:28-30
• Paulo continua expondo
as maravilhas dessa nova
vida desfrutada em Cristo
afirmando a questão da
adoção de filhos.
• Por meio da graça de Deus
foi aberto o caminho para
a adoção na pessoa de
Jesus.
17. • E um dos privilégios desse novo estado de filiação é a
presença do Espirito Santo que atesta e sela essa adoção.
• A presença do Espirito Santo garante vida, paz, alegria e
vitória sobre o pecado.
• E é a presença dele que garante também a herança das
promessas de Deus que há de ser revelada em Cristo Jesus na
glória futura.
• A magnitude dessa glória que há de ser revelada foge aos
limites de toda e qualquer comparação.
• Sem dúvida nenhuma há de ser algo tremendo e glorioso
onde nem mesmo as coisas deste mundo podem refletir a
beleza do que aquilo será.
18. • Diante disso cria-se uma esperança viva e verdadeira que
sobrepuja toda e qualquer aflição sofrida neste tempo
presente.
19. • E a ideia que o apóstolo traz aqui é que a glória vindoura vem
do sofrimento, ou seja, ela será o resultado final para aqueles
que enquanto neste mundo vivem ainda sob a tensão da luta
entre a carne e o espirito, mas que possuem a marca do
Espirito de Deus em suas vidas que neles vive e lhes garante
essa esperança de glória vindoura.
• Até mesmo a criação aguarda ansiosamente por essa
manifestação final dos filhos de Deus.
• Isto porque a mesma foi também entregue ao jugo do pecado
pelo fato de o homem Ter se rebelado para com Deus.
• Ela acabou sofrendo indiretamente as consequências do
pecado na humanidade.
20. • De modo que todo o universo, ou melhor, toda a ordem
criada, necessita ardentemente por essa libertação final.
• É a restauração de todas as coisas que Deus empreenderá no
fins dos tempos quando há de estabelecer definitivamente o
seu reinado entre os homens.
21. • Portanto, essa expectativa da redenção final além de ser a
esperança motivadora dos filhos de Deus enquanto neste
mundo é também a expectativa da criação.
• Portanto, a transformação do universo depende
inexoravelmente de consumar-se a transformação do homem
por obra da graça de Deus.
• É na verdade o anseio desesperado e angustiante por um
grito de liberdade final que há de trazer a tona o
cumprimento final de todo o propósito de Deus.
• Propósito esse que se fundamenta no ideal divino de tornar
todos nós conforme a imagem de seu filho segundo ele
mesmo predestinou desde antes da fundação do mundo.
22. 3 - O Cântico da Vitória – Rm 8:31-39
• Esta é a esperança do povo de Deus – Cristo em vós, a
esperança da glória (Cl 1:27). Esta esperança é elemento
essencial da salvação dos filhos de Deus.
23. • Capacita-os a aceitarem as aflições do presente de modo que,
por sua paciente perseverança, ganhem suas vidas. Ela é,
juntamente com a fé e o amor, uma das sublimadoras graças
que constituem as marcas distintivas do cristão”
24. • E nisso o Espirito Santo se
comporta como o nosso
ajudador diante do Pai que
intercede por nós até mesmo
em nossas tribulações e
aflições.
• Por meio de Sua intercessão
junto ao Pai ele nos ajuda nas
aflições deste tempo presente
e ao mesmo tempo coloca em
nossos corações esta
aspiração pela santidade e
glória.
25. • Assim, vemos nisso tudo que a soberana graça de Deus
coopera em todas as coisas para o bem de Seu povo, mesmo
naquelas coisas que na hora causam tanta tristeza e
perplexidade, e são duras de aguentar.
• Pois de uma forma ou de outra Deus está fazendo prevalecer
o Seu propósito para com os seus filhos, a estes que
predestinou para serem conforme a imagem de Seu Filho, que
também chamou pelo fato de já os conhecerem desde antes
da fundação do mundo e vendo assim neles a realização de
seu propósito, que em consequência desse chamamento os
justificou mediante o sacrifício de seu Filho na cruz do
Calvário e que os tem glorificado já nesta vida presente por
meio da presença de seu Espirito neles e que os glorificará por
final quando vier a dar cabo definitivo de seu plano.
26. • Diante dessa quadro glorioso a única expressão que resta é a
expressão de louvor, gratidão e adoração à este Deus que
mediante o seu grande amor nos reconciliou consigo por meio
de Jesus Cristo.
27. • A visão, portanto, que Paulo apresenta aqui no final dessa sua
exposição sobre a dinâmica do evangelho é a de um tribunal
de justiça, a que o crente comparece par ser julgado.
• Mas quem ousará se apresentar como advogado de
acusação?
• O próprio Deus, o Juiz de todos, declarou a absolvição e a
justificação e quem vai poder contestar a sua sentença.
• Daí vem a pergunta:
• Se Deus é por nós, quem será contra nós.
• É a declaração da vitória da fé que traz um incentivo enorme à
mesma pelo fato de compreender que Deus consumará por
fim o seu propósito.
28. • Este grande Deus, Juiz de todos, que nos justificou e nos
reconciliou consigo por meio de seu filho não rejeitará a nos
nada.
29. • Pois, de acordo com o argumento de Paulo, Ele não mediu
nenhum esforço para entregar o seu Unigênito Filho para
morrer por nós e assim nos fazer seus filhos por meio da
adoção.
• Logo, quem vai acusar os Filhos de Deus?
• Quem os vai condenar?
• Ninguém, pois foi Deus quem os justificou entregando o seu
filho para morrer por Eles e assim dar-lhes a herança eterna
reservada nos céus.
30. CONCLUSÃO
• Diante desse bélissímo quadro providenciado por essa
inaudita graça divina só podemos dizer que somos mais do
que vencedores e que nada e nem ninguém poderá nos
separar do amor Deus em Cristo Jesus.