O documento discute seres microscópicos como bactérias, fungos e protozoários. Ele explica que as bactérias podem ser benéficas ou causar doenças, e discute lactobacilos. Também descreve fungos e seus usos, e menciona protozoários parasitas que causam doenças como a doença de Chagas.
1. CIÊNCIAS (3º BIMESTRE) – 20/09/17
SERES MICROSCÓPICOS (MICROORGANISMOS)
São seres que só conseguem ser vistos com o uso de microscópio. Eles estão em toda a parte. Alguns agem a
nosso favor, outros podem causar doenças.
1 - Bactérias
Bactérias são seres microscópicos presentes em toda parte.
Algumas espécies são nocivas e causam doenças como tifo, disenteria, tétano, pneumonia, tuberculose e cáries
dentárias.
Algumas espécies são de utilidade para nós nos processos de fermentação da uva, produzindo vinhos e vinagres.
Outras são usadas na indústria de laticínios para fabricar queijos, manteiga, coalhadas, iogurtes etc.
Há espécies de bactérias do solo e das raízes de certas plantas que fixam o nitrogénio do ar transformando-o em sais
que são absorvidos pelas raízes dos vegetais.
No intestino humano, vivem bactérias que auxiliam na digestão e produzem substâncias necessárias ao organismo –
os lactobacilos – sobre o qual saberemos um pouco mais a seguir.
Há também as bactérias decompositoras, que digerem animais e vegetais mortos.
O processo de esterilização consiste em eliminar por completo as bactérias por meio de altas temperaturas.
A aplicação de antissépticos em ferimentos também é um processo de esterilização.
Os antibióticos são medicamentos usados para matar bactérias que causam doenças.
O QUE SÃO LACTOBACILOS VIVOS? POR QUE SÃO BENÉFICOS?
Você já deve ter ouvido falar que os lactobacilos são muito importantes para a saúde. Mas, afinal, qual o papel destes
“bichinhos” para nosso organismo? Existem vários tipos de bactérias do gênero lactobacillus que, ao serem ingeridas,
atravessam o estômago e chegam vivas ao intestino, ao contrário da maioria dos microorganismos. Por isso, o adjetivo
“vivos” geralmente acompanha o nome em produtos encontrados facilmente no supermercado, como o “Yakult”, por
exemplo.
— Os lactobacilos agem na flora intestinal, melhorando a integridade da parede do intestino e assimilando alguns
nutrientes fundamentais, como o cálcio e o ferro — explica a nutricionista Aline Moscoso.
As principais fontes deste tipo de bactéria são o leite, o iogurte e o queijo fresco. Existe ainda o leite fermentado, que
pode ser ingerido diariamente. Existe ainda o leite fermentado, que é um produto enriquecido de lactobacilos e pode ser
ingerido diariamente.
Veja os principais benefícios dos lactobacilos:
Equilibram o funcionamento intestinal
Impedem a multiplicação de bactérias nocivas
Inibem a produção de toxinas
Melhoram a digestão
Fortalecem o sistema imunológico
Auxiliam na redução do colesterol
Previnem o câncer de colón
Evitam e tratam a diarreia
Saiba mais sobre a flora intestinal
A flora intestinal é responsável por muitos processos orgânicos, que facilitam a digestão e a absorção de muitos
nutrientes, protegem o corpo contra infecções, regularizam o trânsito intestinal e facilitam a eliminação de substâncias
tóxicas ao nosso organismo.
— Quando utilizamos indiscriminadamente antibióticos, destruímos as bactérias boas e más, perturbando o delicado
equilíbrio da flora intestinal. Outros vilões causam problemas são as dietas sem orientações, estresse e produtos
químicos do meio ambiente que fazem com que as bactérias benéficas sejam destruídas — afirma Aline.
A constipação é o problema intestinal mais comum provocado pelo desequilíbrio da flora.
2 – Fungos
Você já deve ter visto um pedaço de pão embolorado, com manchas esverdeadas ou pretas. Essas manchas
são fungos.
O bolor também pode ser visto em outros lugares que tiverem umidade: sapatos, livros, frutas, legumes e até nas
paredes.
Os fungos se alimentam de outros seres vivos. Há fungos usados na alimentação, como cogumelos.
2. Os levedos, um tipo de fungo, são fermentos usados na panificação, na fabricação de cervejas e de outras bebidas.
Há também fungos usados na produção de queijos e iogurtes.
Além disso, os fungos podem ser empregados na produção de antibióticos.
E existem ainda os fungos decompositores. Junto com as bactérias, eles decompõem animais e vegetais mortos.
No começo do século XX, o cientista inglês Alexander Fleming desenvolveu a penicilina a partir de bolores.
Estava inaugurada a era dos antibióticos.
Entre os fungos que incomodam e prejudicam os seres humanos, podemos citar:
• os que causam doenças de pele, como micose, frieiras, impigens etc;
• os cogumelos venenosos, que causam graves intoxicações;
• os fungos causadores da ferrugem, que ataca plantações, árvores frutíferas e cereais;
• os que causam doenças em peixes, etc;
• o sapinho, que ataca principalmente a boca dos bebés que chupam chupeta e aparece na forma de manchas
brancas.
3 - Protozoários:
Os protozoários são seres vivo microscópicos que podem ser encontrados em ambientes aquáticos e em ambientes
terrestres úmidos. Além disso, existem protozoários que vivem em outros seres vivos.
Alguns protozoários auxiliam na decomposição de restos de animais e vegetais mortos. Existem também, protozoários
que vivem associados a outro ser vivo, trazendo-lhe benefícios.
Há protozoários que parasitam o corpo dos seres humanos, causando-lhes doenças como a toxoplasmose, a malária e
a doença de chagas
.
DOENÇA DE CHAGAS
É uma doença infecciosa causada por um protozoário parasita chamado Trypanosoma cruzi, nome dado por seu
descobridor, o cientista brasileiro Carlos Chagas, em homenagem a outro cientista, também, brasileiro, Oswaldo Cruz.
TRANSMISSÃO
Como se adquire?
Através da entrada do Trypanosoma no sangue dos humanos a partir do ferimento da “picada” por triatomas, os
populares barbeiros ou chupões, como são conhecidos no interior do Brasil.
Estes triatomas, ou barbeiros, alimentam-se de sangue e contaminam-se com o parasita quando sugam sangue de
animais mamíferos infectados, que são os reservatórios naturais (bovinos, por exemplo) ou mesmo outros humanos
contaminados. Uma vez no tubo digestivo do barbeiro, o parasita é eliminado nas fezes durante a “picada”, quando o
mosquito suga o sangue dos humanos, que assim se infectam.
Outras formas de contato ocorre na vida intrauterina por meio de gestantes contaminadas, de transfusões sanguíneas
ou acidentes com instrumentos de punção em laboratórios por profissionais da saúde, estas duas últimas bem mais
raras.
SINTOMAS
A fase aguda da doença, normalmente não existe sintomas aparentes. Quando presentes, os sintomas surgem de 5 a
14 dias após a picada do vetor e 30 a 40 dias nos casos de infecção por transfusão sanguínea. Os sintomas da fase
crônica da doença só se manifestarão de 20 a 40 anos após a infecção original. Esses sintomas são: febre, mal-estar,
inflamação dos gânglios linfáticos, e hepatoesplenomegalia (aumento do fígado e baço). Pode ocorrer também o
chagoma, que é uma inflamação no local onde o parasita penetrou. As lesões cardíacas – aumento do volume do
coração, alterações do ritmo de contração – são mais comuns na fase crônica sintomática da doença. Pode ocorrer
também comprometimento das meninges e do cérebro do paciente. No Brasil, em adultos de 30 a 60 anos, as
complicações no coração dos portadores da Doença de Chagas, é uma causa de morte frequente e também está
relacionada ao aumento do número de implantes de marca passo e transplante de coração.
PREVENÇÃO
A prevenção é feita tomando-se medidas para evitar que o inseto penetre nas casas e forme uma colônia. As frestas de
telhados e paredes devem ser eliminadas. Pode-se também usar mosquiteiros e telas para evitar que o inseto entre
voando. No caso de utilização de alimentos in natura deve-se observar se os mesmos não estão contaminados.