Aula 3 e 4 do Curso de Finanças para Pequenos Negócios, ministrado pelo Economista Rodrigo de Oliveira, no Instituto Keynes. Inscreva-se você também para a próxima turma http://goo.gl/X9gtyD
3.
Inadimplência: acontece quando a empresa aceita
recebimentos a prazo e o cliente não paga o valor
combinado na data acordada;
A inadimplência é muito perigosa, porque afeta
diretamente o caixa da empresa.
Um negócio lucrativo com grande potencial de
desenvolvimento pode ser prejudicado se a
inadimplência dos clientes for grande.
Por isto, ser eficiente com o processo de cobrança
é fundamental para a saúde financeira e
consequente sustentabilidade da empresa.
4.
Índice de inadimplência:(Recebimentos em atraso/
Total de recebimentos a prazo) X 100
Exemplo:
Recebimentos a prazo: R$ 5.000,00
Recebimentos em atraso: R$ 700,00
Índice de inadimplência: (R$ 700,00 / R$ 5.000,00)
X 100 = 14%
5.
Por que os clientes ficam inadimplentes?
Má fé (o cliente não quer pagar)
Falta de condições (o cliente não consegue pagar).
Não se deve ter vergonha em cobrar; quando o
cliente acertou de fazer uma compra na empresa,
foi feito um acordo entre esta e o cliente; se a
empresa entregou de forma satisfatória o que o
cliente comprou e este não fez o pagamento
devido, quem descumpriu sua parte no acordo foi
o cliente.
6.
Como se prevenir contra a má fé (quando o cliente não quer
pagar):
Estabelecer regras claras no momento da compra e comunicar
estas regras ao cliente.
Ex: a empresa não aceita pagamentos com cheques prédatados; pagamentos parcelados apenas com pagamento de
entrada; após determinado número de pagamentos em atraso
o cliente não pode fazer novas compras na empresa (verificar
leis)
Contrato prevendo sanções por atraso de pagamentos
(prestação de serviços).
Cadastro em órgãos de proteção ao crédito para consultar
CNPJ, CPF e Cheques (Ex: Serasa)
Verificar com o banco a possibilidade de emitir boletos de
cobrança com previsão de protesto em caso de nãopagamento;
Pedir referências ao cliente.
7.
Quando o problema for a falta de condições:
(cliente não pode pagar).
Fundamental: rapidez na cobrança
Quando a pessoa está em dificuldades financeiras,
ela estabelece prioridades, irá escolher algumas
dívidas para pagar e outras ela deixará de lado.
Quando mais rápido o cliente for cobrado, maiores
serão as chances de ele colocar esta dívida entre as
prioridades.
Qual o momento ideal para se fazer a primeira
cobrança?
Resposta: logo após o vencimento!
8.
Nunca tomar uma atitude de enfrentamento com o
cliente; sempre propor uma negociação;
Estabelecer um prazo com o cliente inadimplente
para que ele faça o pagamento e caso ele não
realize o pagamento no prazo acordado, voltar a
entrar em contato rapidamente e negociar um novo
prazo;
Ás vezes é melhor receber uma parte do valor do
que não receber nada;
Importante: saber ser flexível na relação com os
clientes (conhecê-los).
9.
Recebimentos no cartão de crédito;
Vantagem: zera o risco de inadimplência
Desvantagem: taxa cobrada sobre cada transação;
recebimento após 30 dias.
Como saber se compensa adotar o recebimento no
cartão de crédito?
Se a taxa de inadimplência média for maior que a
taxa cobrada nos recebimentos em cartão, vale a
pena adotar.
Exemplo: se a taxa de inadimplência média for
14% como em nosso exemplo e a taxa cobrada
sobre os recebimentos em cartão for de 5%,
compensa adotar o cartão.
10.
11.
CONTA CORRENTE PESSOA JURÍDICA
Vantagens: funciona da mesma forma que uma
conta corrente pessoa física; permite estabelecer
um relacionamento com o sistema financeiro;
permite uma melhor administração da
movimentação financeira da empresa já que evita
que o dinheiro da empresa seja misturado ao
dinheiro pessoal.
Desvantagens: tarifas bancárias; bancos cobram
tarifas sobre serviços que não são utilizados pelos
clientes; necessário pesquisar e negociar bem.
12.
GERENCIADOR FINANCEIRO ELETRÔNICO
Vantagens: maior comodidade para verificação das
movimentações bancárias e realização de
pagamentos; relatórios organizados das
transações; permite verificar a movimentação
bancária da empresa de qualquer lugar; menores
tarifas.
Desvantagens: segurança (evitar o acesso em
lugares públicos); acesso de funcionários as
informações financeiras da empresa (definir quais
funcionários podem acessar o sistema e quais
funcionalidades eles podem acessar no sistema).
13.
CUSTÓDIA DE CHEQUES
Vantagens: maior segurança (evita perda dos
cheques recebidos pelos clientes em caso de
roubo, incêndio, etc.), maior organização interna
da empresa (empreendedor e funcionários não
precisam dispensar tempo com a organização e
compensação dos cheques).
Desvantagens: tarifas cobradas pelo banco para
cada cheque custodiado; tarifa adicional caso a
empresa solicite ao banco o resgate de um cheque
que ainda não foi compensado.
14.
CARTÃO EMPRESARIAL
Vantagens: parcelar compras a prazo sem juros e
burocracia; controle de gastos externos (viagens,
combustível, alimentação); melhor planejamento
do fluxo de caixa (concentrar pagamentos na data
de vencimento do cartão); separação de gastos
pessoais dos gastos da empresa.
Desvantagens: endividamento excessivo caso
utilizado de forma inadequada (as despesas
contraídas no cartão devem estar dentro do
orçamento da empresa); limites baixos de crédito.
15.
PAGAMENTO ELETRÔNICO DE SALÁRIOS
Vantagens: segurança (não envolve transporte de
valores); comodidade; inclusão financeira dos
funcionários.
Desvantagens: tarifas (cobradas com base no
número de funcionários e lançamentos
contemplados ); obrigatoriedade dos funcionários
terem conta-corrente no banco indicado pela
empresa.
16.
DÉBITO AUTOMÁTICO
Vantagens: comodidade; retorno financeiro
(empresa não precisa emitir cheques ou solicitar
boletos dos credores, que geralmente cobram uma
taxa por esta emissão); redução do risco de atrasos
nos pagamentos; planejamento do fluxo de caixa;
maior organização interna da empresa.
Desvantagens: acompanhamento constante do
saldo em conta-corrente (verificação do saldo);
verificação se as contas previstas para o débito
automático foram realmente debitadas (para evitar
cancelamento dos serviços).
17.
18.
Tomar crédito é ruim?
Não, quando usado com consciência.
Crédito é um dinheiro tomado agora que a
pessoa terá que desembolsar depois
acrescido de um custo pelo seu uso (juros)
19.
Em que situações o crédito é recomendado?
Emergências: ocorrência de um fato excepcional que
prejudicou o fluxo de caixa da empresa em um determinado
período. Neste caso, o crédito pode equilibrar a situação da
empresa enquanto ela aguarda que a operação volte a
normalidade. É importante considerar o pagamento das
parcelas do crédito tomado nos próximos meses, pois irá
afetar o seu Fluxo de Caixa e os juros irão afetar o Lucro
Mensal.
Importante: Emergências que ocorrem todos os meses não
são emergências. Neste caso, um problema crônico está
ocorrendo com a empresa. O empreendedor deve parar para
analisar todo o negócio e identificar quais as verdadeiras
causas do problema.
20.
Em que situações o crédito é recomendado?
Investimentos: Quando o empreendedor enxerga um
grande potencial de retorno que exige ampliação do
negócio, compra de novas máquinas, móveis ou
veículos mas não tem o capital necessário em mãos
para realizar o investimento necessário. Neste caso é
muito importante que o empreendedor faça o
planejamento dos resultados deste novo investimento,
levando em consideração o valor das parcelas do
pagamento do crédito acrescido dos juros.
Exemplo: Empreendedor toma um empréstimo de R$
5.000,00 para investimentos a uma taxa de juros de 2%
ao mês a serem pagos em 12 parcelas de R$ 472,80.
22.
Tipos de Crédito:
Capital de Giro: Para emergências. Não exige
comprovação de despesas. Liberação mais rápida e
juros maiores do que as linhas destinadas aos
investimentos.
Investimento: Para projetos de investimento.
Geralmente exigem apresentação do projeto e
comprovação de despesas. Taxas de juros menores
do que as linhas destinadas ao Capital de Giro.
Sempre que houver a necessidade do crédito, é
indispensável pesquisar e negociar muito.
Aproveite-se da concorrência entre as instituições
financeiras.
23.
Alternativas de Crédito (Capital de Giro):
Antecipação de Recebíveis : antecipação de
recebimentos em cartão, cheques pré-datados ou
boletos de cobrança, descontados de uma taxa de
juros.
Recebimentos em cartão e boletos de cobrança
pagam menores taxas;
Alternativa interessante para emergências de giro;
Não deve ser utilizada constantemente.
Fomento Paraná: www.fomento.pr.gov.br
24.
Alternativas de Crédito (Investimentos)
Cartão BNDES: www.cartaobndes.gov.br
Fomento Paraná: www.fomento.pr.gov.br (Capital
de Giro/Investimento/Misto). Não pode ser
financiado: Pagamento de dívidas; Aquisição de
veículos; Compra de imóveis ou pontos
comerciais. Juros: 0,87% a 1,07% ao mês.
FINEP (Projetos de Inovação) – Financiamentos e
Subvenção Econômica por meio de chamadas
públicas (dinheiro a fundo perdido, sem reembolso
por parte do tomador) – www.finep.gov.br
27.
Primeiro passo: colocar a movimentação financeira
no papel;
Visualização das despesas. O dinheiro não é um
“inimigo invisível”;
Identificação dos problemas: gastos exagerados
ou desnecessários.
29.
Perguntar antes de comprar por impulso:
• Preciso realmente comprar isto?
• Tenho dinheiro para comprar isto?
• Preciso mesmo comprar isto agora, não posso
deixar para depois?
Estabelecer limite pessoal de gastos mensais no
cartão de crédito ou “cortar o mal pela raiz”.
30.
Planejamento financeiro: determinar o futuro do
seu dinheiro;
O dinheiro como aliado; usar o dinheiro para
realizar sonhos;
Criação do hábito do planejamento financeiro;
Auto-estima: “eu domino meu dinheiro e o uso em
meu favor”.
31.
Quanto devo poupar para manter o padrão de vida
após a aposentadoria?
De 25 a 40 anos : (Idade – 15)
Exemplo: 25 anos – 15 = 10% da renda.
De 41 a 50 anos: (Idade – 10)
Exemplo: 45 anos – 10 = 35% da renda
Acima dos 50 anos (Idade)
Exemplo: 50% da renda.
Se a pessoa tem dívidas caras (ex: cartão de
crédito) é melhor pagá-las antes de poupar.
32.
Onde investir minhas economias?
Aplicações: Renda Fixa ou Renda Variável.
Renda Fixa : O valor do rendimento é garantido no
momento da aplicação; investidor sabe quando vai
ganhar. Ex: Poupança.
Renda Variável: Investidor desconhece o quanto vai ter
de retorno com a aplicação. Ex: Ações.
Quanto maior o risco, maior o retorno potencial de uma
aplicação.
As aplicações de Renda Variável tem um potencial de
ganho muito maior do que as de Renda Fixa; entretanto
há o risco de o investidor ter prejuízo com esta
aplicação.
33.
Tipos de aplicações de Renda Fixa:
Poupança : Livre de risco, rendimento isento de imposto de
renda. Baixo retorno.
CDBs (bancos): Investimento mínimo de 100 reais. Vantajosos
se tiverem 1% de taxa de administração e pagarem 95% do
CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
Títulos Públicos Prefixados: LTNs e NTN-Fs. Aplicações de
longo prazo, devem ser mantidas até a data do vencimento.
NTN-Bs: Títulos públicos atrelados a inflação.
Investimento mínimo de 100 reais
https://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto
34. NÃO DEIXE DE INSCREVER-SE PARA A PRÓXIMA
TURMA, NESTE LINK: http://goo.gl/X9gtyD