SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 24
Baixar para ler offline
VVVVAAAAMMMMOOOOSSSS BBBBRRRRIIIINNNNCCCCAAAARRRR DDDDEEEE RRRROOOODDDDAAAA????
Cantigas de roda, adivinhações, lendas e parlendas
Organizadas por:
JULIO CARRARA
Escrita em 2003
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 1111
PERSONAGENS:
MENINOS
MENINAS
(o número de meninos deve ser igual ao número das meninas)
ÉPOCA: Atual
CENÁRIO: O ambiente sugere as ruas de São Paulo ou de outra grande
metrópole. Muita sujeira espalhada pelo palco; restos de equipamentos
eletrônicos quebrados, como videogames, computadores, TVs, rádios,
celulares. Uma verdadeira poluição visual. No meio dessa sujeira, as crianças
irão cantar e dançar alegremente, relembrando os velhos tempos de infância
que nortearam a vida de muita gente.
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 2222
PRÓLOGO
(Ouve-se em “off” ruídos de uma grande metrópole, como trânsito, sirenes, tiros,
gritos, etc. Músicas da atualidade como o funk ou outro gênero musical invadem o
ambiente. Várias crianças entram. Vestem camisetas de cor cinza, que representam a
poluição do lugar em que vivem. As crianças tem movimentos lentos, tossem e têm o
corpo “atrofiado”. De repente, o clima vai adquirindo uma tonalidade mais quente
através da luz, e ao longe, ouvimos um som suave de um violino e clarinete – a música
entra baixinho e vai aumentando de intensidade, substituindo a música anterior
enquanto o ambiente vai ficando bem claro. As crianças, hipnotizadas pela música,
tiram a camiseta cinza. Por baixo do cinza, uma camiseta colorida. Começam a brincar
de roda.)
CENA 1
SE ESSA RUA FOSSE MINHA
Se essa rua
Se essa rua fosse minha
Eu mandava eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes
Para o meu, para o meu amor passar
Nesta rua, nesta rua tem um bosque
Que se chama, que se chama solidão
Dentro dele, dentro dele mora um anjo
Que roubou, que roubou meu coração
Se eu roubei, se eu roubei teu coração
Tu roubaste, tu roubaste o meu também
Se eu roubei, se eu roubei teu coração
É porque, é porque te quero bem
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 3333
(De repente, invadem o palco outras crianças, que procuram descobrir de onde vem a
música. Ficam observando e em seguida aderem ao jogo, brincando.)
CENA 2
CIRANDA, CIRANDINHA
Ciranda, Cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia-volta
Volta-e-meia vamos dar
O anel que tu me destes
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou
Por isso, dona (nome da pessoa)
Entre dentro desta roda
Diga um verso bem bonito
Diga adeus e vá-se embora.
CENA 3
EU SOU POBRE, POBRE, POBRE
MENINA 1
Eu sou pobre, pobre, pobre
De marré, marré, marré
Eu sou pobre, pobre, pobre
De marré de si
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 4444
MENINA 2
Eu sou rica, rica, rica
De marré, marré, marré
Eu sou rica, rica, rica
De marré de si
MENINA 1
Eu queria uma de vossas filhas
De marré, marré, marré
Eu queria uma de vossas filhas
De marré de si
MENINA 2
Escolhei a qual quiser
De marré, marré, marré
Escolhei a qual quiser
De marré de si
MENINA 1
Eu queria (nome da pessoa)
De marré, marré, marré
Eu queria (nome da pessoa)
De marré de si
MENINA 2
Que ofício dais a ela?
De marré, marré, marré
Que ofício dais a ela?
De marré de si
MENINA 1
Dou o ofício de costureira
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 5555
De marré, marré, marré
Dou o ofício de costureira
De marré de si
MENINA 2
Esse ofício não me agrada
De marré, marré, marré
Esse ofício não me agrada
De marré de si
MENINA 1
Dou o ofício de bailarina
De marré, marré, marré
Dou o ofício de bailarina
De marré de si
MENINA 2
Esse ofício me agrada
De marré, marré, marré
Esse ofício me agrada
De marré de si
TODAS
Lá se foi a (nome da pessoa)
De marré, marré, marré
Lá se foi a (nome da pessoa)
De marré de si
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 6666
CENA 4
(A menina que foi escolhida para o ofício de bailarina na cena anterior, fica no centro
do palco, enquanto outras crianças sentam-se no chão como plateia e ficam cantando
para a bailarina dançar.)
CANTA, CANTA, GIRA, GIRA
TODOS
Canta, canta, canta
Gira, gira, gira
Parar, descer, subir, girar (bis)
Menina, diga o seu nome
E fale de onde vem
Depois feche os olhos sorrindo
E pense no nome de alguém
CENA 5
PARLENDA DO DOCE
(As parlendas são cantadas como um rap.)
O doce perguntou pro doce:
Qual é o doce mais doce do que o doce de batata doce?
E o doce respondeu pro doce
Que o doce mais doce do que o doce de batata doce
É o doce de batata doce.
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 7777
CENA 6
ADIVINHAÇÃO
O que é o que é?
Que está sempre na sua frente, mas você não vê?
Resposta: O seu nariz
CENA 7
LENDA DA VITÓRIA-RÉGIA
(Entra um menino e/ou menina e começam a contar a lenda da vitória-régia. Para as
lendas os atores poderão utilizar o teatro de marionetes, de varetas ou outro meio
qualquer.)
MENINO E/OU MENINA
Vamos contar pra vocês a Lenda da Vitória-Régia. Os pajés tupis-
guaranis, contavam que, no começo do mundo, toda vez que a Lua se escondia
no horizonte, parecendo descer por trás das serras, ia viver com suas virgens
prediletas. Diziam ainda que se a Lua gostava de uma jovem, a transformava
em estrela do Céu... Naiá, filha de um chefe e princesa da tribo, ficou
impressionada com a história. Então à noite, quando todos dormiam e a Lua
andava pelo céu, Naiá queria ser transformada em estrela. Subia as colinas e
perseguia a Lua na esperança que a Lua a visse.... E fazia assim todas as
noites, durante muito tempo. Mas a Lua parecia não notá-la e dava para ouvir
os soluços de tristeza de Naiá ao longe. Numa noite, a índia viu nas águas
límpidas de um lago, a figura da lua. A pobre moça, imaginando que a lua
havia chegado para buscá-la, se atirou nas águas profundas do lago e nunca
mais foi vista... A lua, quis recompensar o sacrifício da bela jovem, e resolveu
transformá-la em uma estrela diferente daquelas que brilham no céu.
Transformou-a então numa "Estrela das Águas", que é a planta Vitória-Régia.
Assim, nasceu uma planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite,
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 8888
e ao nascer do sol ficam rosadas. A Origem dessa história é Indígena e para
eles, assim nasceu a vitória-régia.
CENA 8
ESCRAVOS DE JÓ
Escravos de Jó
Jogavam caxangá
Tira, põe
Deixa ficar
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue zigue zigue zá
CENA 9
(De repente, todos param. Um líder começa a gritar.)
LÍDER
Quem quer brincar de balança-caixão põe o dedo aqui, que já vai
fechar... Um, dois e três...
(Todas as crianças colocam o dedo indicador na palma da mão do líder, que fecha a
palma e inicia o jogo.)
BALANÇA CAIXÃO
Balança caixão
Balança você
Dá um tapa na bunda
E vá se esconder (4 vezes)
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 9999
CENA 10
CORRE CUTIA
Corre cutia, na casa da tia
Corre cipó, na casa da vó
Lencinho na mão
Caiu no chão
Quantas voltas?
CENA 11
ADIVINHAÇÃO
O que é o que é?
Que cai de pé e corre deitado?
Resposta: A chuva
CENA 12
PARLENDA DO TEMPO
O tempo perguntou pro tempo
Quanto tempo o tempo tem
E o tempo respondeu pro tempo
Que o tempo tem tanto tempo
Quanto tempo o tempo tem
CENA 13
ADIVINHAÇÃO
O que é o que é?
Que quanto mais ela enxuga, mais molhada ela fica?
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 10101010
Resposta: A toalha
CENA 14
LENDA DO CURUPIRA
(Em todas as lendas, o procedimento de contar a história deve ser o mesmo.)
MENINO E/OU MENINA
Agora vou contar para vocês sobre o Curupira. A lenda do Curupira faz
parte da mitologia dos índios tupis-guaranis. O nome deste herói das matas é
formado pela junção dos termos curu, parte inicial da palavra curumim,
menino, em tupi-guarani; e pira, que quer dizer corpo. A versão mais
conhecida é a do Curupira como uma espécie de anão, de cabelos vermelhos e
pêlo e dentes verdes, protetor das árvores e dos animais. Torna-se um
perigoso inimigo daqueles caçadores que matam por prazer, e não por
necessidade, e costuma quebrar os machados de quem tenta abater as árvores.
Seus pés virados para trás deixam rastros falsos, despistando os caçadores. Diz
a lenda que quem o vê na floresta perde o rumo e não consegue mais
encontrar o caminho de volta. E também que é impossível capturá-lo. Para
atrair suas vítimas, o Curupira pode chamá-las com gritos que imitam a voz
humana. De acordo com a crença, ao entrar na mata a pessoa deve levar um
rolo de fumo para agradá-lo, caso cruze com ele.
CENA 15
O CRAVO BRIGOU COM A ROSA
O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O cravo saiu ferido
E a rosa despedaçada
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 11111111
O cravo ficou doente
A rosa foi visitar
O cravo teve um desmaio
E a rosa pôs-se a chorar
CENA 16
TEREZINHA DE JESUS
Terezinha de Jesus
De uma queda foi ao chão
Acudiram três cavalheiros
Todos três de chapéu na mão
O primeiro foi seu pai
O segundo seu irmão
O terceiro foi aquele
Que Tereza deu a mão
CENA 17
TANGO TANGO
Tango, tango, tango, morena
É de carrapicho
Vamos jogar a (nome da pessoa)
Na lata do lixo (3 vezes)
CENA 18
PASSA, PASSA TRÊS VEZES
Passa, passa três vezes
A última que ficar
Tem mulher e filhos
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 12121212
Que lhe custa sustentar (bis)
Qual delas será?
A da frente ou a de trás?
A da frente corre mais
A de trás ficará? (bis)
CENA 19
PARLENDA EU COM AS QUATRO
Eu com as quatro
Eu com ela
Eu sem ela
Nós por cima
Nós por baixo
Eu com as quatro
Eu com elas... (inúmeras vezes)
CENA 20
ADIVINHAÇÃO
O que é o que é?
Enche uma casa, mas não enche uma mão?
Resposta: O botão.
CENA 21
LENDA DO GUARANÁ
(Idem à lenda anterior.)
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 13131313
MENINO E/OU MENINA
Agora vou contar sobre “A Lenda do Guaraná”. Dizem os índios que,
uma vez, há muito tempo atrás, vivia um casal que não conseguia ter filhos.
Como eles queriam muito uma criancinha, rezaram para que Tupã, o deus
supremo, lhes fizesse a vontade. Tupã olhou nos corações do índio e da índia e
viu que eles eram bons e honestos. Assim, resolveu atender o desejo do casal e
lhes deu de presente um menino. O indiozinho cresceu forte e bonito, trazendo
muitas alegrias a seus pais e à tribo. Porém, o deus da escuridão, chamado
Jurupari começou a ter inveja do menino, exatamente porque ele trazia
felicidade e muita paz a todos. A inveja cresceu, até que Jurupari resolveu
acabar com aquilo de vez: aproveitou um momento de distração da criança e,
transformando-se em cobra, mordeu o menino e matou-o com seu veneno.
Todos ficaram desesperados com a notícia da morte do indiozinho. Mas, de
repente, trovões estrondosos se ouviram nos céus. A mãe da criança morta
percebeu que o trovão era a voz de Tupã, dizendo: "Mulher! Planta na terra os
olhos de teu filho tão injustamente assassinado. Não posso fazer a criança
voltar à vida, mas farei nascer dos olhos dela uma fruta maravilhosa, que
muitos prazeres trará ao teu povo!" Assim a índia fez. Plantou os olhos do
filho e, pouco depois, viu brotar da terra uma planta que deu um fruto negro,
com um aro ao redor, como se fossem... olhos! Assim surgiu o guaraná, um
fruto da Floresta Amazônica que é usado para dar energia a quem o bebe.
Certamente vocês já tomaram guaraná sob a forma de refrigerante. Mas existe
também à venda o pó da fruta para fazer refresco.
CENA 22
A CARROCINHA
A carrocinha levou
Três cachorros de uma vez
A carrocinha levou
Três cachorros de uma vez
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 14141414
Trá, lá, lá, que gente é essa?
Trá-lá-lá que gente má
Trá, lá, lá, que gente é essa?
Trá-lá-lá que gente má
CENA 23
CHICO PANÇA
Não dança por causa da pança
Não cansa porque não dança
Não vai porque não quer
Não olha pra não ver
Não diz que sim
Nem diz que não
Não chora pra não chover em ninguém
Não ronca pra não incomodar o sono
Não é uma coisa nem outra
Não é soldado nem astronauta
Não sei por que ele não vem
Não sei por que acho que ele vem.
CENA 24
TREM DE FERRO
Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virgem Maria que foi isto maquinista?
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 15151515
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Café com pão
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força
Oô..
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pato
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
De ingazeira
Debruçada
Que vontade
De cantar!
Oô...
Quando me prendero
No canaviá
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 16161616
Cada pé de cana
Era um oficia
Ôo...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Ôo...
Vou mimbora vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Ôo...
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...
CENA 25
A VELHA A FIAR
Estava a velha em seu lugar,
Veio a mosca lhe fazer mal
A mosca na velha
E a velha a fiar
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 17171717
Estava a mosca em seu lugar
Veio a aranha lhe fazer mal
A aranha na mosca,
a mosca na velha
E a velha a fiar
Estava a aranha em seu lugar
Veio um rato lhe fazer mal
O rato na aranha,
a aranha na mosca,
a mosca na velha
E a velha a fiar
Estava o rato em seu lugar
Veio um gato lhe fazer mal
O gato no rato
O rato na aranha,
a aranha na mosca,
a mosca na velha
E a velha a fiar
Estava o gato em seu lugar
Veio um cachorro lhe fazer mal
O cachorro no gato
O gato no rato
O rato na aranha,
a aranha na mosca,
a mosca na velha
E a velha a fiar
Estava o cachorro em seu lugar
Veio um pau lhe fazer mal
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 18181818
O pau no cachorro
O cachorro no gato
O gato no rato
O rato na aranha,
a aranha na mosca,
a mosca na velha
E a velha a fiar
Estava o pau em seu lugar
Veio o fogo lhe fazer mal
O fogo no pau
O pau no cachorro
O cachorro no gato
O gato no rato
O rato na aranha,
a aranha na mosca,
a mosca na velha
E a velha a fiar
Estava o fogo em seu lugar
Veio a água lhe fazer mal
A água no fogo
O fogo no pau
O pau no cachorro
O cachorro no gato
O gato no rato
O rato na aranha,
a aranha na mosca,
a mosca na velha
E a velha a fiar
Estava a água em seu lugar
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 19191919
Veio um boi lhe fazer mal
O boi na água
A água no fogo
O fogo no pau
O pau no cachorro
O cachorro no gato
O gato no rato
O rato na aranha,
a aranha na mosca,
a mosca na velha
E a velha a fiar
Estava o boi em seu lugar
Veio o homem lhe fazer mal
O homem no boi
O boi na água
A água no fogo
O fogo no pau
O pau no cachorro
O cachorro no gato
O gato no rato
O rato na aranha,
a aranha na mosca,
a mosca na velha
E a velha a fiar
Estava o homem em seu lugar
Veio a mulher lhe fazer mal
A mulher no homem
O homem no boi
O boi na água
A água no fogo
O fogo no pau
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 20202020
O pau no cachorro
O cachorro no gato
O gato no rato
O rato na aranha,
a aranha na mosca,
a mosca na velha
E a velha a fiar
Estava a mulher no seu lugar
Veio a morte lhe fazer mal
A morte na velha
E a velha fiava.
CENA 26
ALECRIM
Alecrim, alecrim dourado
Que nasceu no campo
Sem ser semeado (bis)
Foi o meu amor
Quem me disse assim
Que a flor do campo
É o alecrim
CENA 27
VACA AMARELA
Vaca amarela
Cagou na panela
Três mexeu
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 21212121
Quatro comeu
Quem falar primeiro
Come toda a bosta dela
CENA 28
ADIVINHAÇÃO
O que é o que é?
Que mesmo atravessando o rio não consegue se molhar?
Resposta: A ponte
CENA 29
PARLENDA DA MÃE
Minha mãe mandou bater neste daqui
Mas como sou teimoso escolho esse daqui
Um, dois três...
CENA 30
QUEM COCHICHA...
Quem cochicha o rabo espicha
Come pão com lagartixa
Quem escuta o rabo encurta
Quem reclama o rabo inflama
Come pão com taturana
CENA 31
HOJE É DOMINGO
Hoje é domingo, pé de cachimbo
O cachimbo é de barro, bate no jarro
O jarro é de ouro, bate no touro
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 22222222
O touro é valente, bate na gente
A gente é fraco, cai no buraco
O buraco é fundo, acabou-se o mundo
EPÍLOGO
(As crianças neste último momento do espetáculo deverão criar uma sequencia de
brincadeiras, como: amarelinha, pula cela, carteiro tem carta, esconde-esconde, pega-
pega, etc. A cena é acompanhada apenas pelos instrumentos musicais. Estão todos
radiantes e a alegria vai desaparecendo aos poucos. As crianças ficam quase imóveis.
As articulações do corpo vão, pouco a pouco, paralisando-se. Volta luz sombria do
início, enquanto que a música alegre vai desaparecendo e dando lugar àquela música
inicial, funk ou coisa parecida. As crianças novamente colocam seus trajes cinza, se
entristecem e paralisam de vez. Uma enorme lua cheia é projetada no ciclorama.)
FIM
Maio/2003
Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 23232323
ALGUMAS OBSERVAÇÕES SOBRE O TEXTO
“Vamos Brincar de Roda?” foi escrito para ser encenado pelos meus
alunos das 4.ª séries da EE “Dra. Maria Augusta Saraiva”, onde lecionei em
2003. Escrevi, ou melhor, organizei as cantigas de rodas, adivinhações, lendas
e parlendas, a partir da minha vivência pessoal.
Infelizmente não consegui montar o espetáculo com eles. Foi uma pena.
As cenas estão dispostas numa ordem, é claro, mas isso não impede que
o encenador mude a sequência. O texto não tem uma ordem cronológica.
Acredito que ele seja apenas um esboço. Muitas coisas podem e devem ser
mexidas, mas sem perder a essência.
O espetáculo, se possível, deverá ter música ao vivo: violões, violinos,
clarinetes, etc. As lendas podem ser narradas com fantoches, bonecos de vara,
lenços, dependendo da criatividade de cada um.
J.C.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Cantigas de roda
Cantigas de rodaCantigas de roda
Cantigas de rodawendulino
 
Figuras de linguagem
Figuras de linguagemFiguras de linguagem
Figuras de linguagemproveronice
 
Acre 009 (junho,julho,agosto 2016)
Acre 009 (junho,julho,agosto 2016) Acre 009 (junho,julho,agosto 2016)
Acre 009 (junho,julho,agosto 2016) AMEOPOEMA Editora
 
Apresentação poesia1
Apresentação poesia1Apresentação poesia1
Apresentação poesia1Soleducador1
 
De Punhos Cerrados Pedro Bandeira
De Punhos Cerrados Pedro BandeiraDe Punhos Cerrados Pedro Bandeira
De Punhos Cerrados Pedro BandeiraYasmine Rosa
 
Mulheres Da Minha GeraçAo Santiago Gamboa
Mulheres Da Minha GeraçAo Santiago GamboaMulheres Da Minha GeraçAo Santiago Gamboa
Mulheres Da Minha GeraçAo Santiago Gamboacab3032
 
Texto meu primeiro beijo
Texto meu primeiro beijoTexto meu primeiro beijo
Texto meu primeiro beijomgme
 
Mulheres de outro planeta
Mulheres de outro planetaMulheres de outro planeta
Mulheres de outro planetaPelo Siro
 
Descobrindo o "gauchês"
Descobrindo o "gauchês"Descobrindo o "gauchês"
Descobrindo o "gauchês"Luciane
 

Mais procurados (17)

Cantigas de roda
Cantigas de rodaCantigas de roda
Cantigas de roda
 
Figuras de linguagem
Figuras de linguagemFiguras de linguagem
Figuras de linguagem
 
Virgilio
VirgilioVirgilio
Virgilio
 
Poemices de A a Z
Poemices de A a ZPoemices de A a Z
Poemices de A a Z
 
Acre 009 (junho,julho,agosto 2016)
Acre 009 (junho,julho,agosto 2016) Acre 009 (junho,julho,agosto 2016)
Acre 009 (junho,julho,agosto 2016)
 
Arena conta-zumbi
Arena conta-zumbiArena conta-zumbi
Arena conta-zumbi
 
Apresentação poesia1
Apresentação poesia1Apresentação poesia1
Apresentação poesia1
 
Módulo Música
Módulo MúsicaMódulo Música
Módulo Música
 
De Punhos Cerrados Pedro Bandeira
De Punhos Cerrados Pedro BandeiraDe Punhos Cerrados Pedro Bandeira
De Punhos Cerrados Pedro Bandeira
 
Zeli pausa
Zeli pausaZeli pausa
Zeli pausa
 
Memória
MemóriaMemória
Memória
 
Mulheres Da Minha GeraçAo Santiago Gamboa
Mulheres Da Minha GeraçAo Santiago GamboaMulheres Da Minha GeraçAo Santiago Gamboa
Mulheres Da Minha GeraçAo Santiago Gamboa
 
Texto meu primeiro beijo
Texto meu primeiro beijoTexto meu primeiro beijo
Texto meu primeiro beijo
 
Mulheres de outro planeta
Mulheres de outro planetaMulheres de outro planeta
Mulheres de outro planeta
 
DIAS DE AMORES PERDIDOS
DIAS DE AMORES PERDIDOSDIAS DE AMORES PERDIDOS
DIAS DE AMORES PERDIDOS
 
Descobrindo o "gauchês"
Descobrindo o "gauchês"Descobrindo o "gauchês"
Descobrindo o "gauchês"
 
regulamento da aea
regulamento da aearegulamento da aea
regulamento da aea
 

Destaque

Cancioneiro oficina de jogos e canções completo 2014
Cancioneiro oficina de jogos e canções completo 2014Cancioneiro oficina de jogos e canções completo 2014
Cancioneiro oficina de jogos e canções completo 2014Elaine Beppler
 
Relação de vídeos pedagógicos
Relação de vídeos pedagógicosRelação de vídeos pedagógicos
Relação de vídeos pedagógicosEdson Mamprin
 
Modelo de estatuto de grêmio estudantil
Modelo de estatuto de grêmio estudantilModelo de estatuto de grêmio estudantil
Modelo de estatuto de grêmio estudantilRP-Estudantil
 
Tangolomangos oralidade leitura.
Tangolomangos oralidade leitura.Tangolomangos oralidade leitura.
Tangolomangos oralidade leitura.Denise Oliveira
 
Inter relacoes entre oralidade e escrita Caderno 5
Inter relacoes entre oralidade e escrita Caderno 5Inter relacoes entre oralidade e escrita Caderno 5
Inter relacoes entre oralidade e escrita Caderno 5Denise Oliveira
 
A musica na educacao infantil 02
A musica na educacao infantil 02A musica na educacao infantil 02
A musica na educacao infantil 02Elvis Live
 

Destaque (6)

Cancioneiro oficina de jogos e canções completo 2014
Cancioneiro oficina de jogos e canções completo 2014Cancioneiro oficina de jogos e canções completo 2014
Cancioneiro oficina de jogos e canções completo 2014
 
Relação de vídeos pedagógicos
Relação de vídeos pedagógicosRelação de vídeos pedagógicos
Relação de vídeos pedagógicos
 
Modelo de estatuto de grêmio estudantil
Modelo de estatuto de grêmio estudantilModelo de estatuto de grêmio estudantil
Modelo de estatuto de grêmio estudantil
 
Tangolomangos oralidade leitura.
Tangolomangos oralidade leitura.Tangolomangos oralidade leitura.
Tangolomangos oralidade leitura.
 
Inter relacoes entre oralidade e escrita Caderno 5
Inter relacoes entre oralidade e escrita Caderno 5Inter relacoes entre oralidade e escrita Caderno 5
Inter relacoes entre oralidade e escrita Caderno 5
 
A musica na educacao infantil 02
A musica na educacao infantil 02A musica na educacao infantil 02
A musica na educacao infantil 02
 

Semelhante a 16. vamos brincar de roda (20)

Educação musical
Educação musicalEducação musical
Educação musical
 
Apresentação carnaval
Apresentação carnavalApresentação carnaval
Apresentação carnaval
 
Adivinhas proverbios
Adivinhas proverbiosAdivinhas proverbios
Adivinhas proverbios
 
Quem Canta Seus Males Espanta
Quem Canta Seus Males EspantaQuem Canta Seus Males Espanta
Quem Canta Seus Males Espanta
 
Caderno de leitura
Caderno de leituraCaderno de leitura
Caderno de leitura
 
Poesia
PoesiaPoesia
Poesia
 
Ciganos pontos
Ciganos pontosCiganos pontos
Ciganos pontos
 
Projeto: Cantigas de roda
Projeto: Cantigas de roda Projeto: Cantigas de roda
Projeto: Cantigas de roda
 
Cancioneiro cópia
Cancioneiro   cópiaCancioneiro   cópia
Cancioneiro cópia
 
Guerreiro partes, entremeios, embaixadas
Guerreiro   partes, entremeios, embaixadasGuerreiro   partes, entremeios, embaixadas
Guerreiro partes, entremeios, embaixadas
 
Simulado Saresp com descritores e gabarito
Simulado Saresp com descritores e gabaritoSimulado Saresp com descritores e gabarito
Simulado Saresp com descritores e gabarito
 
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE LÍNGUA PORUGUESA
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE LÍNGUA PORUGUESAAVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE LÍNGUA PORUGUESA
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE LÍNGUA PORUGUESA
 
Desenhos
DesenhosDesenhos
Desenhos
 
Cancioneiro
CancioneiroCancioneiro
Cancioneiro
 
Cancioneiro
CancioneiroCancioneiro
Cancioneiro
 
Clube letras3
Clube letras3Clube letras3
Clube letras3
 
Suporte Informatica 1 AM Guns N' Roses Welcome to the jungle
Suporte Informatica 1 AM Guns N' Roses Welcome to the jungleSuporte Informatica 1 AM Guns N' Roses Welcome to the jungle
Suporte Informatica 1 AM Guns N' Roses Welcome to the jungle
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
Caderno de leitura poesias
Caderno de leitura poesias Caderno de leitura poesias
Caderno de leitura poesias
 
Livro de musicas_infantis
Livro de musicas_infantisLivro de musicas_infantis
Livro de musicas_infantis
 

Mais de Julio Carrara

Orgasmo dos deuses e outros poemas
Orgasmo dos deuses e outros poemasOrgasmo dos deuses e outros poemas
Orgasmo dos deuses e outros poemasJulio Carrara
 
10. oh, dúvida cruel!
10. oh, dúvida cruel!10. oh, dúvida cruel!
10. oh, dúvida cruel!Julio Carrara
 
06. baile de formatura
06. baile de formatura06. baile de formatura
06. baile de formaturaJulio Carrara
 
20. perdidos na serra
20. perdidos na serra20. perdidos na serra
20. perdidos na serraJulio Carrara
 
05. a moléstia azul
05. a moléstia azul05. a moléstia azul
05. a moléstia azulJulio Carrara
 
02.sombras do passado
02.sombras do passado02.sombras do passado
02.sombras do passadoJulio Carrara
 
03. o espelho da vida
03. o espelho da vida03. o espelho da vida
03. o espelho da vidaJulio Carrara
 
09. a caverna dos suspiros
09. a caverna dos suspiros09. a caverna dos suspiros
09. a caverna dos suspirosJulio Carrara
 
15. cinzas no paraíso
15. cinzas no paraíso15. cinzas no paraíso
15. cinzas no paraísoJulio Carrara
 
14. natal dos excluídos
14. natal dos excluídos14. natal dos excluídos
14. natal dos excluídosJulio Carrara
 
22. hamlet ao quadrado
22. hamlet ao quadrado22. hamlet ao quadrado
22. hamlet ao quadradoJulio Carrara
 
30. estrela de bastidor
30. estrela de bastidor30. estrela de bastidor
30. estrela de bastidorJulio Carrara
 

Mais de Julio Carrara (20)

Orgasmo dos deuses e outros poemas
Orgasmo dos deuses e outros poemasOrgasmo dos deuses e outros poemas
Orgasmo dos deuses e outros poemas
 
10. oh, dúvida cruel!
10. oh, dúvida cruel!10. oh, dúvida cruel!
10. oh, dúvida cruel!
 
06. baile de formatura
06. baile de formatura06. baile de formatura
06. baile de formatura
 
20. perdidos na serra
20. perdidos na serra20. perdidos na serra
20. perdidos na serra
 
01. o beco
01. o beco01. o beco
01. o beco
 
05. a moléstia azul
05. a moléstia azul05. a moléstia azul
05. a moléstia azul
 
17. uriel
17. uriel17. uriel
17. uriel
 
02.sombras do passado
02.sombras do passado02.sombras do passado
02.sombras do passado
 
03. o espelho da vida
03. o espelho da vida03. o espelho da vida
03. o espelho da vida
 
07. o anjo maldito
07. o anjo maldito07. o anjo maldito
07. o anjo maldito
 
09. a caverna dos suspiros
09. a caverna dos suspiros09. a caverna dos suspiros
09. a caverna dos suspiros
 
08. catedral
08. catedral08. catedral
08. catedral
 
11. conto de verão
11. conto de verão11. conto de verão
11. conto de verão
 
15. cinzas no paraíso
15. cinzas no paraíso15. cinzas no paraíso
15. cinzas no paraíso
 
14. natal dos excluídos
14. natal dos excluídos14. natal dos excluídos
14. natal dos excluídos
 
23. depois da chuva
23. depois da chuva23. depois da chuva
23. depois da chuva
 
22. hamlet ao quadrado
22. hamlet ao quadrado22. hamlet ao quadrado
22. hamlet ao quadrado
 
24. adega dos anjos
24. adega dos anjos24. adega dos anjos
24. adega dos anjos
 
26. doce ilusão
26. doce ilusão26. doce ilusão
26. doce ilusão
 
30. estrela de bastidor
30. estrela de bastidor30. estrela de bastidor
30. estrela de bastidor
 

16. vamos brincar de roda

  • 1. VVVVAAAAMMMMOOOOSSSS BBBBRRRRIIIINNNNCCCCAAAARRRR DDDDEEEE RRRROOOODDDDAAAA???? Cantigas de roda, adivinhações, lendas e parlendas Organizadas por: JULIO CARRARA Escrita em 2003
  • 2. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 1111 PERSONAGENS: MENINOS MENINAS (o número de meninos deve ser igual ao número das meninas) ÉPOCA: Atual CENÁRIO: O ambiente sugere as ruas de São Paulo ou de outra grande metrópole. Muita sujeira espalhada pelo palco; restos de equipamentos eletrônicos quebrados, como videogames, computadores, TVs, rádios, celulares. Uma verdadeira poluição visual. No meio dessa sujeira, as crianças irão cantar e dançar alegremente, relembrando os velhos tempos de infância que nortearam a vida de muita gente.
  • 3. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 2222 PRÓLOGO (Ouve-se em “off” ruídos de uma grande metrópole, como trânsito, sirenes, tiros, gritos, etc. Músicas da atualidade como o funk ou outro gênero musical invadem o ambiente. Várias crianças entram. Vestem camisetas de cor cinza, que representam a poluição do lugar em que vivem. As crianças tem movimentos lentos, tossem e têm o corpo “atrofiado”. De repente, o clima vai adquirindo uma tonalidade mais quente através da luz, e ao longe, ouvimos um som suave de um violino e clarinete – a música entra baixinho e vai aumentando de intensidade, substituindo a música anterior enquanto o ambiente vai ficando bem claro. As crianças, hipnotizadas pela música, tiram a camiseta cinza. Por baixo do cinza, uma camiseta colorida. Começam a brincar de roda.) CENA 1 SE ESSA RUA FOSSE MINHA Se essa rua Se essa rua fosse minha Eu mandava eu mandava ladrilhar Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes Para o meu, para o meu amor passar Nesta rua, nesta rua tem um bosque Que se chama, que se chama solidão Dentro dele, dentro dele mora um anjo Que roubou, que roubou meu coração Se eu roubei, se eu roubei teu coração Tu roubaste, tu roubaste o meu também Se eu roubei, se eu roubei teu coração É porque, é porque te quero bem
  • 4. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 3333 (De repente, invadem o palco outras crianças, que procuram descobrir de onde vem a música. Ficam observando e em seguida aderem ao jogo, brincando.) CENA 2 CIRANDA, CIRANDINHA Ciranda, Cirandinha Vamos todos cirandar Vamos dar a meia-volta Volta-e-meia vamos dar O anel que tu me destes Era vidro e se quebrou O amor que tu me tinhas Era pouco e se acabou Por isso, dona (nome da pessoa) Entre dentro desta roda Diga um verso bem bonito Diga adeus e vá-se embora. CENA 3 EU SOU POBRE, POBRE, POBRE MENINA 1 Eu sou pobre, pobre, pobre De marré, marré, marré Eu sou pobre, pobre, pobre De marré de si
  • 5. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 4444 MENINA 2 Eu sou rica, rica, rica De marré, marré, marré Eu sou rica, rica, rica De marré de si MENINA 1 Eu queria uma de vossas filhas De marré, marré, marré Eu queria uma de vossas filhas De marré de si MENINA 2 Escolhei a qual quiser De marré, marré, marré Escolhei a qual quiser De marré de si MENINA 1 Eu queria (nome da pessoa) De marré, marré, marré Eu queria (nome da pessoa) De marré de si MENINA 2 Que ofício dais a ela? De marré, marré, marré Que ofício dais a ela? De marré de si MENINA 1 Dou o ofício de costureira
  • 6. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 5555 De marré, marré, marré Dou o ofício de costureira De marré de si MENINA 2 Esse ofício não me agrada De marré, marré, marré Esse ofício não me agrada De marré de si MENINA 1 Dou o ofício de bailarina De marré, marré, marré Dou o ofício de bailarina De marré de si MENINA 2 Esse ofício me agrada De marré, marré, marré Esse ofício me agrada De marré de si TODAS Lá se foi a (nome da pessoa) De marré, marré, marré Lá se foi a (nome da pessoa) De marré de si
  • 7. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 6666 CENA 4 (A menina que foi escolhida para o ofício de bailarina na cena anterior, fica no centro do palco, enquanto outras crianças sentam-se no chão como plateia e ficam cantando para a bailarina dançar.) CANTA, CANTA, GIRA, GIRA TODOS Canta, canta, canta Gira, gira, gira Parar, descer, subir, girar (bis) Menina, diga o seu nome E fale de onde vem Depois feche os olhos sorrindo E pense no nome de alguém CENA 5 PARLENDA DO DOCE (As parlendas são cantadas como um rap.) O doce perguntou pro doce: Qual é o doce mais doce do que o doce de batata doce? E o doce respondeu pro doce Que o doce mais doce do que o doce de batata doce É o doce de batata doce.
  • 8. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 7777 CENA 6 ADIVINHAÇÃO O que é o que é? Que está sempre na sua frente, mas você não vê? Resposta: O seu nariz CENA 7 LENDA DA VITÓRIA-RÉGIA (Entra um menino e/ou menina e começam a contar a lenda da vitória-régia. Para as lendas os atores poderão utilizar o teatro de marionetes, de varetas ou outro meio qualquer.) MENINO E/OU MENINA Vamos contar pra vocês a Lenda da Vitória-Régia. Os pajés tupis- guaranis, contavam que, no começo do mundo, toda vez que a Lua se escondia no horizonte, parecendo descer por trás das serras, ia viver com suas virgens prediletas. Diziam ainda que se a Lua gostava de uma jovem, a transformava em estrela do Céu... Naiá, filha de um chefe e princesa da tribo, ficou impressionada com a história. Então à noite, quando todos dormiam e a Lua andava pelo céu, Naiá queria ser transformada em estrela. Subia as colinas e perseguia a Lua na esperança que a Lua a visse.... E fazia assim todas as noites, durante muito tempo. Mas a Lua parecia não notá-la e dava para ouvir os soluços de tristeza de Naiá ao longe. Numa noite, a índia viu nas águas límpidas de um lago, a figura da lua. A pobre moça, imaginando que a lua havia chegado para buscá-la, se atirou nas águas profundas do lago e nunca mais foi vista... A lua, quis recompensar o sacrifício da bela jovem, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente daquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa "Estrela das Águas", que é a planta Vitória-Régia. Assim, nasceu uma planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite,
  • 9. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 8888 e ao nascer do sol ficam rosadas. A Origem dessa história é Indígena e para eles, assim nasceu a vitória-régia. CENA 8 ESCRAVOS DE JÓ Escravos de Jó Jogavam caxangá Tira, põe Deixa ficar Guerreiros com guerreiros Fazem zigue zigue zigue zá CENA 9 (De repente, todos param. Um líder começa a gritar.) LÍDER Quem quer brincar de balança-caixão põe o dedo aqui, que já vai fechar... Um, dois e três... (Todas as crianças colocam o dedo indicador na palma da mão do líder, que fecha a palma e inicia o jogo.) BALANÇA CAIXÃO Balança caixão Balança você Dá um tapa na bunda E vá se esconder (4 vezes)
  • 10. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 9999 CENA 10 CORRE CUTIA Corre cutia, na casa da tia Corre cipó, na casa da vó Lencinho na mão Caiu no chão Quantas voltas? CENA 11 ADIVINHAÇÃO O que é o que é? Que cai de pé e corre deitado? Resposta: A chuva CENA 12 PARLENDA DO TEMPO O tempo perguntou pro tempo Quanto tempo o tempo tem E o tempo respondeu pro tempo Que o tempo tem tanto tempo Quanto tempo o tempo tem CENA 13 ADIVINHAÇÃO O que é o que é? Que quanto mais ela enxuga, mais molhada ela fica?
  • 11. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 10101010 Resposta: A toalha CENA 14 LENDA DO CURUPIRA (Em todas as lendas, o procedimento de contar a história deve ser o mesmo.) MENINO E/OU MENINA Agora vou contar para vocês sobre o Curupira. A lenda do Curupira faz parte da mitologia dos índios tupis-guaranis. O nome deste herói das matas é formado pela junção dos termos curu, parte inicial da palavra curumim, menino, em tupi-guarani; e pira, que quer dizer corpo. A versão mais conhecida é a do Curupira como uma espécie de anão, de cabelos vermelhos e pêlo e dentes verdes, protetor das árvores e dos animais. Torna-se um perigoso inimigo daqueles caçadores que matam por prazer, e não por necessidade, e costuma quebrar os machados de quem tenta abater as árvores. Seus pés virados para trás deixam rastros falsos, despistando os caçadores. Diz a lenda que quem o vê na floresta perde o rumo e não consegue mais encontrar o caminho de volta. E também que é impossível capturá-lo. Para atrair suas vítimas, o Curupira pode chamá-las com gritos que imitam a voz humana. De acordo com a crença, ao entrar na mata a pessoa deve levar um rolo de fumo para agradá-lo, caso cruze com ele. CENA 15 O CRAVO BRIGOU COM A ROSA O cravo brigou com a rosa Debaixo de uma sacada O cravo saiu ferido E a rosa despedaçada
  • 12. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 11111111 O cravo ficou doente A rosa foi visitar O cravo teve um desmaio E a rosa pôs-se a chorar CENA 16 TEREZINHA DE JESUS Terezinha de Jesus De uma queda foi ao chão Acudiram três cavalheiros Todos três de chapéu na mão O primeiro foi seu pai O segundo seu irmão O terceiro foi aquele Que Tereza deu a mão CENA 17 TANGO TANGO Tango, tango, tango, morena É de carrapicho Vamos jogar a (nome da pessoa) Na lata do lixo (3 vezes) CENA 18 PASSA, PASSA TRÊS VEZES Passa, passa três vezes A última que ficar Tem mulher e filhos
  • 13. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 12121212 Que lhe custa sustentar (bis) Qual delas será? A da frente ou a de trás? A da frente corre mais A de trás ficará? (bis) CENA 19 PARLENDA EU COM AS QUATRO Eu com as quatro Eu com ela Eu sem ela Nós por cima Nós por baixo Eu com as quatro Eu com elas... (inúmeras vezes) CENA 20 ADIVINHAÇÃO O que é o que é? Enche uma casa, mas não enche uma mão? Resposta: O botão. CENA 21 LENDA DO GUARANÁ (Idem à lenda anterior.)
  • 14. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 13131313 MENINO E/OU MENINA Agora vou contar sobre “A Lenda do Guaraná”. Dizem os índios que, uma vez, há muito tempo atrás, vivia um casal que não conseguia ter filhos. Como eles queriam muito uma criancinha, rezaram para que Tupã, o deus supremo, lhes fizesse a vontade. Tupã olhou nos corações do índio e da índia e viu que eles eram bons e honestos. Assim, resolveu atender o desejo do casal e lhes deu de presente um menino. O indiozinho cresceu forte e bonito, trazendo muitas alegrias a seus pais e à tribo. Porém, o deus da escuridão, chamado Jurupari começou a ter inveja do menino, exatamente porque ele trazia felicidade e muita paz a todos. A inveja cresceu, até que Jurupari resolveu acabar com aquilo de vez: aproveitou um momento de distração da criança e, transformando-se em cobra, mordeu o menino e matou-o com seu veneno. Todos ficaram desesperados com a notícia da morte do indiozinho. Mas, de repente, trovões estrondosos se ouviram nos céus. A mãe da criança morta percebeu que o trovão era a voz de Tupã, dizendo: "Mulher! Planta na terra os olhos de teu filho tão injustamente assassinado. Não posso fazer a criança voltar à vida, mas farei nascer dos olhos dela uma fruta maravilhosa, que muitos prazeres trará ao teu povo!" Assim a índia fez. Plantou os olhos do filho e, pouco depois, viu brotar da terra uma planta que deu um fruto negro, com um aro ao redor, como se fossem... olhos! Assim surgiu o guaraná, um fruto da Floresta Amazônica que é usado para dar energia a quem o bebe. Certamente vocês já tomaram guaraná sob a forma de refrigerante. Mas existe também à venda o pó da fruta para fazer refresco. CENA 22 A CARROCINHA A carrocinha levou Três cachorros de uma vez A carrocinha levou Três cachorros de uma vez
  • 15. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 14141414 Trá, lá, lá, que gente é essa? Trá-lá-lá que gente má Trá, lá, lá, que gente é essa? Trá-lá-lá que gente má CENA 23 CHICO PANÇA Não dança por causa da pança Não cansa porque não dança Não vai porque não quer Não olha pra não ver Não diz que sim Nem diz que não Não chora pra não chover em ninguém Não ronca pra não incomodar o sono Não é uma coisa nem outra Não é soldado nem astronauta Não sei por que ele não vem Não sei por que acho que ele vem. CENA 24 TREM DE FERRO Café com pão Café com pão Café com pão Virgem Maria que foi isto maquinista?
  • 16. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 15151515 Agora sim Café com pão Agora sim Café com pão Voa, fumaça Corre, cerca Ai seu foguista Bota fogo Na fornalha Que eu preciso Muita força Muita força Muita força Oô.. Foge, bicho Foge, povo Passa ponte Passa poste Passa pato Passa boi Passa boiada Passa galho De ingazeira Debruçada Que vontade De cantar! Oô... Quando me prendero No canaviá
  • 17. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 16161616 Cada pé de cana Era um oficia Ôo... Menina bonita Do vestido verde Me dá tua boca Pra matá minha sede Ôo... Vou mimbora vou mimbora Não gosto daqui Nasci no sertão Sou de Ouricuri Ôo... Vou depressa Vou correndo Vou na toda Que só levo Pouca gente Pouca gente Pouca gente... CENA 25 A VELHA A FIAR Estava a velha em seu lugar, Veio a mosca lhe fazer mal A mosca na velha E a velha a fiar
  • 18. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 17171717 Estava a mosca em seu lugar Veio a aranha lhe fazer mal A aranha na mosca, a mosca na velha E a velha a fiar Estava a aranha em seu lugar Veio um rato lhe fazer mal O rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha E a velha a fiar Estava o rato em seu lugar Veio um gato lhe fazer mal O gato no rato O rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha E a velha a fiar Estava o gato em seu lugar Veio um cachorro lhe fazer mal O cachorro no gato O gato no rato O rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha E a velha a fiar Estava o cachorro em seu lugar Veio um pau lhe fazer mal
  • 19. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 18181818 O pau no cachorro O cachorro no gato O gato no rato O rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha E a velha a fiar Estava o pau em seu lugar Veio o fogo lhe fazer mal O fogo no pau O pau no cachorro O cachorro no gato O gato no rato O rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha E a velha a fiar Estava o fogo em seu lugar Veio a água lhe fazer mal A água no fogo O fogo no pau O pau no cachorro O cachorro no gato O gato no rato O rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha E a velha a fiar Estava a água em seu lugar
  • 20. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 19191919 Veio um boi lhe fazer mal O boi na água A água no fogo O fogo no pau O pau no cachorro O cachorro no gato O gato no rato O rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha E a velha a fiar Estava o boi em seu lugar Veio o homem lhe fazer mal O homem no boi O boi na água A água no fogo O fogo no pau O pau no cachorro O cachorro no gato O gato no rato O rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha E a velha a fiar Estava o homem em seu lugar Veio a mulher lhe fazer mal A mulher no homem O homem no boi O boi na água A água no fogo O fogo no pau
  • 21. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 20202020 O pau no cachorro O cachorro no gato O gato no rato O rato na aranha, a aranha na mosca, a mosca na velha E a velha a fiar Estava a mulher no seu lugar Veio a morte lhe fazer mal A morte na velha E a velha fiava. CENA 26 ALECRIM Alecrim, alecrim dourado Que nasceu no campo Sem ser semeado (bis) Foi o meu amor Quem me disse assim Que a flor do campo É o alecrim CENA 27 VACA AMARELA Vaca amarela Cagou na panela Três mexeu
  • 22. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 21212121 Quatro comeu Quem falar primeiro Come toda a bosta dela CENA 28 ADIVINHAÇÃO O que é o que é? Que mesmo atravessando o rio não consegue se molhar? Resposta: A ponte CENA 29 PARLENDA DA MÃE Minha mãe mandou bater neste daqui Mas como sou teimoso escolho esse daqui Um, dois três... CENA 30 QUEM COCHICHA... Quem cochicha o rabo espicha Come pão com lagartixa Quem escuta o rabo encurta Quem reclama o rabo inflama Come pão com taturana CENA 31 HOJE É DOMINGO Hoje é domingo, pé de cachimbo O cachimbo é de barro, bate no jarro O jarro é de ouro, bate no touro
  • 23. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 22222222 O touro é valente, bate na gente A gente é fraco, cai no buraco O buraco é fundo, acabou-se o mundo EPÍLOGO (As crianças neste último momento do espetáculo deverão criar uma sequencia de brincadeiras, como: amarelinha, pula cela, carteiro tem carta, esconde-esconde, pega- pega, etc. A cena é acompanhada apenas pelos instrumentos musicais. Estão todos radiantes e a alegria vai desaparecendo aos poucos. As crianças ficam quase imóveis. As articulações do corpo vão, pouco a pouco, paralisando-se. Volta luz sombria do início, enquanto que a música alegre vai desaparecendo e dando lugar àquela música inicial, funk ou coisa parecida. As crianças novamente colocam seus trajes cinza, se entristecem e paralisam de vez. Uma enorme lua cheia é projetada no ciclorama.) FIM Maio/2003
  • 24. Julio CarraraJulio CarraraJulio CarraraJulio Carrara Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda?Vamos Brincar de Roda? 23232323 ALGUMAS OBSERVAÇÕES SOBRE O TEXTO “Vamos Brincar de Roda?” foi escrito para ser encenado pelos meus alunos das 4.ª séries da EE “Dra. Maria Augusta Saraiva”, onde lecionei em 2003. Escrevi, ou melhor, organizei as cantigas de rodas, adivinhações, lendas e parlendas, a partir da minha vivência pessoal. Infelizmente não consegui montar o espetáculo com eles. Foi uma pena. As cenas estão dispostas numa ordem, é claro, mas isso não impede que o encenador mude a sequência. O texto não tem uma ordem cronológica. Acredito que ele seja apenas um esboço. Muitas coisas podem e devem ser mexidas, mas sem perder a essência. O espetáculo, se possível, deverá ter música ao vivo: violões, violinos, clarinetes, etc. As lendas podem ser narradas com fantoches, bonecos de vara, lenços, dependendo da criatividade de cada um. J.C.