O documento discute as Relações Públicas Comunitárias (RPC), abordando seu objetivo de estabelecer vínculos sociais entre movimentos e públicos, sua natureza dialógica e participativa, e as características necessárias para os profissionais trabalharem nesse campo. Apresenta os conceitos de RPC, sua segmentação de públicos, formas de comunicação popular e planejamento participativo, concluindo que a RPC deve ter enfoque libertador e transformador.
2. Tema da aula
“RP nos ambientes
comunitários:
práticas e perfil
profissional”
Prof. Jonas Gomes Jr | jonasjr.wordpress.com
3. Objetivos da Aula
• Conhecer o papel das Relações Públicas nos movimentos sociais e
ambientes comunitários;
• Compreender as principais características das Relações Públicas
Comunitárias;
• Entender como a comunicação institucional e mobilizadora contribuem
para o desenvolvimento comunitário;
• Identificar os atributos necessários ao profissional de RP para trabalhar
nas comunidades e movimentos sociais.
4. Roteiro da Aula
Introdução
1. O que são as Relações Públicas Comunitárias?
2. A prática das Relações Públicas Comunitárias.
3. O profissional de RP nos ambientes comunitários.
Considerações
5. Introdução
• As Relações Públicas surgiram
para atender aos interesses do
capitalismo;
• 1906 – Ivy Lee
• Foco na imagem, boa vontade e
inserção mercadológica das
organizações.
Fig. 1 Ivy Lee
Fonte: www.en.wikipedia.org
6. Introdução
• Em 1980, a União Cristã
Brasileira de Comunicação
(UCBC);
• Discutir o papel
transformador e social da
comunicação, em especial
das Relações Públicas;
• O evento proporcionou a
divulgação da perspectiva
social da profissão.
Fig. 2 Auditório do Congresso
Fonte: www.crcpr.org.br
7. • Diversos autores têm apresentado discussões
teóricas sobre a temática.
Introdução
Peruzzo (1986 e 2013) Henriques (2007) Escudero (1991) Kunsch (2007 e 2009)
Fig.3 Principais autores das Relações Públicas Comunitárias
Fonte: Montagem
8. Introdução
• No capítulo 5 “Relações
Públicas na contramão”
aborda sobre as
possibilidades que as
Relações Públicas podem
contribuir com os
• Movimentos Sociais.
Fig. 4 Capa do Livro
Fonte: www.casasbahia.com.br/livros
9. Introdução
• Diferentes concepções (PERUZZO, 2009):
1- Empresas privadas com intuito de se
relacionar com movimentos Comunitárias;
2- Desenvolvidas pelos próprios movimentos
sociais.
10. Introdução
• Os movimentos sociais podem ser considerados uma
reunião de sujeitos que compartilham o desejo de
mudança de uma dada realidade.
• Relações Públicas Comunitárias tornam-se peça
fundamental .
Fig. 5 Engajamento
Fonte: www.saudebusiness.com
11. 1. O que são as RPs
Comunitárias?
Fig. 6 Comunitárias em
Ação
Fonte: www.unifap.br
Prof. Jonas Gomes Jr | jonasjr.wordpress.com
12. • Estabelecer e manter
vínculos sociais entre os
movimentos e seus
públicos, por meio da
co-responsabilização
(HENRIQUES, 2007).
1.1 Objetivo
Fig. 7 Mobilização
Fonte: www.audebusiness.com
13. “É o caminho mais viável
para gerar a participação,
mobilização verdadeira e
efetivo êxito das iniciativas”
(HENRIQUES, 2007, p.46).
1.2 Co-responsabilidade
Fig. 8 União
Fonte: www.escolafreelancer.com
14. Libertadora
1.3 Principais Características
Henriques (2007), Kunsch (2009) e Peruzzo (1986)
Educativa Dialógica
Fig. 9 Características das RPs Comunitárias
Fontes: www.soucatequista.com.br, e www.colegiofayal.cnec.br
Ler o mundo
Relações
Mudanças
Sujeito
Visão Crítica
Humanizada
Via de Mão Dupla
Compreensão
Interlocução
15. 1.4 Principais Características
• “ Não há alguém que ensina e outro que aprende,
nem um que manda e outro que obedece. Há troca
de saberes, debates e tentativas de construção de
consensos. Na práxis social-popular há um processo
não linear e coletivo de construção do
conhecimento”. (PERUZZO, 2009, p.15)
17. 2.1 Visão incorreta
• Tentar utilizar os
mesmos
princípios da
Comunicação
Corporativa;
• Exemplo:
Segmentação de
Públicos
(FORTES,2003).
Fig. 11 Palestra Empresa
Fonte: www.aaapucrio.com.br
18. • Henriques (2007) propõe um modelo de
segmentação de públicos que leva em conta
níveis de aproximação e co-responsabilidade:
2.2 Segmentação nos Movimentos
Beneficiados Legitimadores Geradores
Fig. 12 Bonecos 3D
Fonte: www.hiperdownloads3d.blogspot.com.br
19. 2.3 Segmentação nos Movimentos
• Peruzzo (2013) classifica os públicos em:
1. Beneficiários;
2. Parceiros;
3. Aliados;
4. Colaboradores;
5. Órgãos públicos;
6. Vizinhança;
7. Opositores;
8. Mídia.
Fig. 13 Mobilização de Pessoas
Fonte: www.vilamundo.org.br
20. 2.4 Planejamento Participativo
• O processo deve basear-se
na participação;
• Construir espaços
democráticos e de
cidadania;
• As decisões são da
comunidade;
• Transformação.
Fig. 14 Bonecos 3D
Fonte: www.hiperdownloads3d.blogspot.com.br
21. 2.4 Planejamento Participativo
• É preciso evitar:
1. Suprimir a opinião
popular;
2. Considerar somente a
visão técnica;
3. Propor ações fora da
realidade comunitária.
Fig. 15 Bonecos 3D
Fonte: www.hiperdownloads3d.blogspot.com.br
(KUNSCH, 2009)
22. 2.5 Formas de Comunicação Popular
(PERUZZO,2013)
Comunicação
Mobilizadora
Comunicação
Institucional
Fig. 17 Mãos dadas
Fonte: www.novalotjoinville.blogspot.com.br
Fig. 16 Assessoria de Comunicação
Fonte: www.ascommn.com
23. 2.5.1 Comunicação institucional
• Imagem e reputação;
• Precisa de visibilidade para
se legitimar diante da
sociedade e atrair novos
parceiros.
• Conquistar espaço político;
• Exemplos: Disseminar
informações, apresentar
reivindicações e prestar
contas à sociedade.
Fig. 18 Assessoria de Comunicação
Fonte: www.ascommn.com
24. 2.5.1 Comunicação institucional
• Canais próprios (sites,
Mídias Sociais e outros)
• Comunicação dirigida
popular (jornais, cartilhas,
panfletos, cartazes)
Fig. 19 Distribuição de Panfletos
Fonte: www.piripirireporter.com
25. Fig. 20 Folder Eunice Weaver
Fonte: www.educandarioeuniceweaverteste.com
2.5.1 Comunicação institucional
Fig. 21 Mutirão no Bem
Fonte: www.mutiraonobem.org.br
26. Fig. 22 Facebook do Projeto Ide
Fonte: www.facebook.com/institutoide
2.5.1 Comunicação institucional
Fig. 23 Canal do Projeto Social Favela Mundo
Fonte: www.youtube.com/watch?v=pExpji5V1DE
28. 2.5.2 Comunicação mobilizadora
• Ocorre na relação sujeito
das atividades-públicos
beneficiários;
• O foco está nos
beneficiários;
• Utiliza os princípios da
educomunicação.
Fig. 25 Beneficiários de Projeto Social
Fonte: www.redearacati.wordpress.com
29. 2.5.2 Comunicação mobilizadora
• Manutenção das redes
de relacionamento;
• Diversos atores
envolvidos (PERUZZO,
2013);
• Promoção da Cidadania
e engajamento. Fig. 26 Redes de Relacionamento
Fonte: www.correaescritora.blogspot.com.br
30. 2.5.2 Comunicação mobilizadora
+ Estratégias da Mobilização
• Capacitação de comunitários;
• Realização de debates, peças e oficinas;
• Elaboração de projetos sociais;
• Criação de materiais didático-pedagógicos;
• Monitoramento das ações planejadas.
(PERUZZO, 2013)
31. 2.5.2 Comunicação mobilizadora
Fig. 27 Projeto Social Jovens
Fonte: www.projovemburiticupu.blogspot.com.br
Fig. 28 Biblioteca Comunitária
Fonte: www.vmetais.com.br
32. 2.4.2 Comunicação mobilizadora
Fig. 29 Projeto Viva Mãe Luiza (Prevenção de DST/ Aids)
Fonte: www.nescufrn.wordpress.com
Fig. 30 Oficinas de capacitação de jovens multiplicadores
Fonte: www.nescufrn.wordpress.com
33. 3. O profissional de RP
nas comunidades
Fig. 31 Líder
Comunitário
Fonte:
www.emru.g
ov.com
Prof. Jonas Gomes Jr | jonasjr.wordpress.com
34. 3.1 Visão Profissional
• “Para” x “Pela”
comunidade (KUNSCH,
2009)
• O olhar de quem faz RP
Popular “para” as
comunidades é
geralmente de
assistencialismo que
gera dependências.
Fig. 32 Beneficiários de Projeto Social
Fonte: www.redearacati.wordpress.com
35. • Ser um articulador e
facilitador;
• Não pode ser somente
técnico;
• Compartilhar
conhecimentos;
• Ser agente de
transformação .
3.2 Características Principais
Fig. 33 Palestra para jovens
Fonte: www.rodrigobatalha.com
36. • Educomunicador;
• Formação Crítica e
Reflexiva;
• Formação Humanizadora;
• Trabalho voluntário;
• Comprometimento Social;
• Polivalente;
• Criatividade.
3.3 Características Principais
Fig. 34 Palestra para Comunitários
Fonte: www.familiaeducadora.blogspot.com.br
37. Considerações
• Função Social das
Relações Públicas;
• Superar o enfoque
funcionalista e
cartesiano;
• Perspectiva e Postura
diferenciada. Fig. 35 Mãos unidas
Fonte: www.renatacorreaescritora.blogspot.com.br
38. Considerações
• Libertadora, Educativa
e Dialógica;
• Mobilização,
Participação e
Transformação.
• Ainda existe uma
lacuna bibliográfica; Fig. 36 Mãos unidas
Fonte: www.renatacorreaescritora.blogspot.com.br
39. Referências
• ESCUDERO, Regina. Relações Públicas Comunitárias: uma exigência da sociedade civil brasileira.
Dissertação defendida no Mestrado em Comunicação Social na Universidade Metodista de São Paulo
(UMESP), 1991.
• FORTES, W.G. Relações Públicas: processo, funções, tecnologia e estratégias. São Paulo: Summus, 2003.
• HENRIQUES, Márcio Henriques (org.). Comunicação e estratégias de mobilização social. Belo Horizonte:
Autêntica, 2007.
• KUNSCH, Margarida; KUNSCH, Waldemar. Relações Públicas Comunitárias: a comunicação em uma
perspectiva dialógica e transformadora. São Paulo: Summus, 2007.
• KUNSCH, Margarida. Planejamento e gestão das relações públicas comunitárias. In: KUNSCH, Margarida
(org). Relações Públicas: história, teorias e estratégias nas organizações contemporâneas. São Paulo:
Saraiva, 2009.
• PERUZZO, Cicilia. Fundamentos e Tendências da Comunicação Organizacional e das Relações Públicas
no Terceiro Setor: perspectiva alternativa. Porto Alegre: Revista Famecos, 2013.
• PERUZZO,Cicilia. Relações Públicas nos movimentos sociais e nas “comunidades”: princípios, estratégias
e atividades. In: KUNSCH, Margarida (org). Relações Públicas: história, teorias e estratégias nas
organizações contemporâneas. São Paulo: Saraiva, 2009.
• PERUZZO, Cicilia. Relações Públicas no modo de produção capitalista. São Paulo: Editora Summus,
1986.
Prof. Jonas Gomes Jr | jonasjr.wordpress.com
40. Referências
Fig. 37 Capa do Livro
Fonte: www.extra.com.br
Fig. 38 Capa do Livro
Fonte: www.grupoautentica.com.br
41. • Artigo “Relações Públicas
Comunitárias e atuação
profissional em
comunidades apontamentos
pragmáticos sobre a
perspectiva”
• https://periodicos.ufam.edu
.br/index.php/conexoes/arti
cle/view/3811
Referências
Fig. 39 Capa da Revista
Fonte: www.periodicos.ufam.edu.br
42. Recapitulando
• Como as RPs podem
contribuir/auxiliar no
desenvolvimento comunitário?
• Quais as características principais das
relações públicas Comunitárias ?
• Qual o perfil do profissional de RP
nas comunidades?
Para que ocorra é necessário que as pessoas envolvidas tenham informações compartilhadas, gerando reflexão e debates que apontem mudanças.
Nesse sentido, as Relações Públicas Comunitárias tornam-se peça fundamental na consolidação de estratégias dialógicas de comunicação social. As Relações Públicas Comunitárias se fundamentam em projetos de mobilização social.
A co-responsabilização ocorre quando os públicos se sentem parte integrante do movimento ao ponto de se assumirem como elementos fundamentais para a manutenção da ONG, Associação, Entidade ou outro.
As Ações de Relações Públicas Comunitárias
Libertadora no sentido de ajudar o movimento a desvincular-se de estigmas, preconceitos e padrões moralmente deturpados socialmente. As RPs devem ser pautadas na liberdade de expressão de todos os indivíduos do movimento a fim de que todos, sem exceção, possam se expressar.
Além disso, as RPs devem pautar-se na perspectiva educativa, buscando esclarecer pressupostos básicos, estimular o reconhecimento de novos horizontes a fim de que sejam geradas referências para mudanças de atitudes e mentalidades no indivíduos.
Ademais, deve ser conformada em aspectos dialógicos a fim de que não seja uma via de mão única, mas sim a interlocução entre atores seja favorecida por meio do diálogo franco e transparente. As medidas de Rps Comunitárias devem ter como alvo a compreensão mútua, buscando a co-responsabilidade e a participação democrática de todos. Educação Dialógica proposta por Paulo Freire. Só ela seria capaz de promover a “consciência reflexiva, o discurso critico e, dessa forma, a construção e a reconstrução da realidade.” Paulo freire diz que a educação é comunicação, é diálogo, na medida em que não é a transferência de saber, mas um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação dos significados.
Na perspectiva das Rps Comunitárias não se pode ver os públicos como receptores das mensagens, mas como protagonistas do conteúdo.
Diversos autores cometam sobre isso. Há um consenso de que
As organizações Comunitárias e os movimentos sociais podem e devem fazer uso dos princípios gerais e das técnicas de planejamento.
Não só o planejamento é participativo. Tudo tem que ser participativo.
As organizações Comunitárias e os movimentos sociais podem e devem fazer uso dos princípios gerais e das técnicas de planejamento. EXECUÇÃO. A participação é uma das dimensões essência das Relações Públicas Comunitárias, podendo ocorrer, na produção de mensagens e na gestão. As mensagens de comunicação comunitária, assim, podem e devem ter a participação de comunitários a fim de que a linguagem se aproxime da realidade social. Ademais, podem ser desenvolvidas as seguintes ações: Criação e execução de campanhas para o aumento dos voluntários; Desenvolvimento de material de caráter institucional; Organização de Eventos; Assessorar a elaboração de projetos sociais.
Não são de competência exclusiva do RP.
Uma organização da sociedade civil também tem a necessidade de desenvolver seus próprios canais de comunicação institucional, pois precisa de visibilidade para se legitimar diante da sociedade e atrair novos parceiros.
Dessa forma, a entidade pode externar sua visão sobre acontecimentos, disseminar informações, apresentar reivindicações e prestar contas à sociedade.
Uma organização da sociedade civil também tem a necessidade de desenvolver seus próprios canais de comunicação institucional, pois precisa de visibilidade para se legitimar diante da sociedade e atrair novos parceiros.
Dessa forma, a entidade pode externar sua visão sobre acontecimentos, disseminar informações, apresentar reivindicações e prestar contas à sociedade.
Promover o resgate e o desenvolvimento humano daqueles que têmdireito à vida, mas perecem”.
VISÃO:O IDE visa cooperar para o alcance do ser humano integralmente em suas dimensões: espiritual, moral, emocional, físico e social.
“As necessidades, os interesses, os valores e a linguagem dos beneficiários são o ponto de partida e de chegada do processo comunicativo popular” (PERUZZO, 1998, P.290)
A Comunicação nos movimentos Comunitárias.
Essa visão é fundamental para a elaboração de políticas, estratégias e técnicas de comunicação na perspectiva comunitária.
Ser um articulador e incentivador de políticas públicas favoráveis aquele meio social.
A mobilização social só é possível quando se conhece e respeita o processo de ação coletiva em questão. É preciso buscar uma compreensão sobre as raízes comunitárias, respeitando os aspectos culturais e raízes da comunidade a fim de poder ajudar a desenvolver estratégias de mobilização social.
A mobilização social só é possível quando se conhece e respeita o processo de ação coletiva em questão. É preciso buscar uma compreensão sobre as raízes comunitárias, respeitando os aspectos culturais e raízes da comunidade a fim de poder ajudar a desenvolver estratégias de mobilização social.