O documento discute os valores e a valoração em diferentes culturas. Em 3 frases:
1) Analisa como povos indígenas e europeus valorizam qualidades como coragem versus riqueza.
2) Explica que valores dependem da cultura e refletem necessidades sociais.
3) Debate se há uma crise de valores espirituais devido à ênfase em valores econômicos versus humanistas.
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
Análise dos valores na sociedade segundo dois grupos humanos
1. FILOSOFIA
OS VALORES:
ANÁLISE E COMPREENSÃO
DA EXPERIÊNCIA
VALORATIVA.
Jorge Barbosa, 2012
Quinta-feira, 12 de Janeiro de 12
2. “A verdadeira divindade do homem branco é o metal e o papel
forte, a que ele chama dinheiro. Quando se fala a um Europeu
do Deus do Amor, ele faz uma careta e sorri. (...) O dinheiro é
a sua divindade. (...) Muitos há que, pelo dinheiro, sacrificam
o riso, a honra, a consciência, a felicidade e até mesmo mulher
e filhos. Quase todos eles sacrificam a saúde (...) ao dinheiro.
(...) No mundo dos brancos, a importância de um homem não
é determinada nem pela sua bravura, nem pela sua coragem,
nem pelo fulgor do seu espírito, mas sim pela quantidade de
dinheiro que possui ou que é capaz de ganhar por dia,
dinheiro esse que ele fecha no seu grande baú de ferro, o qual
nenhum tremor de terra é capaz de destruir.” Tulavil, O
Papalagui
Quinta-feira, 12 de Janeiro de 12
3. Valores e Valoração.
O texto relata o modo como
um chefe da tribo Tiavéa
avalia o modo como vive o
Homem Branco – o
Papalagui. Ele estranha os
seus hábitos e
comportamentos que são
muito diferentes dos do seu
povo. A questão que se põe é
a de saber o que leva os dois
grupos humanos a adoptarem
modos de vida tão diversos.
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4. Valores e Valoração.
A resposta é complexa, mas
uma das razões dessa
diferença é certamente os
valores aceites e reconhecidos
pelos dois grupos. O Homem
Branco elegeu a riqueza e a
posse de bens materiais como
valor dominante, sobrepondo-
o a valores aceites e
reconhecidos pelos índios, tais
como a bravura, a coragem ou
a inteligência.
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5. Valores e Valoração.
Com efeito, a nossa acção
orienta-se em função de
valores. O que são então os
valores? O que significa a
expressão “a coragem é um
valor”?
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6. Valores e Valoração.
O valor não é um objecto ou
uma coisa; é uma qualidade
que alguém atribui às coisas,
às situações, aos
acontecimentos. Essa
atribuição torna-os desejáveis
ou indesejáveis, objecto de
adesão ou de rejeição, de
preferência ou de repúdio,
conforme se trata de valores
positivos ou negativos.
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7. Valores e Valoração.
O valor não é uma qualidade
do objecto em si próprio, mas
uma qualidade que aparece na
relação do homem com as
coisas, pois é ele quem confere
valor, de acordo com as
circunstâncias.
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8. Valores e Valoração.
Assim, na sociedade arcaica, a
que o texto se refere, o
dinheiro não é um bem, isto é,
não é reconhecido como
tendo valor. Por isso, também
não é considerado um critério
para determinar a importância
dos outros objectos.
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9. Valores e Valoração.
Os valores só surgem no
mundo humano e social,
sendo criações culturais que
tomam forma na linguagem
(sem linguagem não há
valores) e são interiorizados
através da educação.
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10. Valores e Valoração.
Os valores fixam os fins gerais
da acção social e são seus
princípios orientadores,
determinando as opções e as
decisões dos indivíduos e das
instituições, e impõem-se
exigindo o respeito dos
membros do grupo em que
vigoram.
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11. Os valores são os motivos, ou as razões, que
justificam as nossas acções tornando-as
preferíveis a outras. Dependem da cultura,
pois são criados pelo Homem, reflectindo
necessidades sociais fundamentais. Por isso, a
novas necessidades, corresponde a emergência
de novos valores, como, por exemplo, os
valores ecológicos, surgidos recentemente nas
sociedades tecnologicamente desenvolvidas;
há também valores que desaparecem, por já
não corresponderem às necessidades dos
grupos humanos, onde foram aceites
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12. Valores e Valoração.
Quando reflectimos sobre a
natureza e as características
dos valores, costumamos
reconhecer que eles:
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13. Valores e Valoração.
Valem positiva ou
negativamente, pois aparecem
sempre desdobrados num pólo
positivo e num pólo negativo:
beleza/fealdade, riqueza/
pobreza, coragem/cobardia...
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14. VALORES E VALORAÇÃO.
Apresentam-se-nos sempre ordenados, de acordo com
o grau de importância que lhes reconhecemos,
implicando o estabelecimento de prioridades. Uns
apresentam-se como sendo superiores a outros. Esta
escala ou tábua de valores é variável e discutível.
Podemos, por exemplo, em abstracto, considerar a
liberdade como valor supremo ou considerar que, em
certas circunstâncias, o valor segurança deve
prevalecer.
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15. Valores e Valoração.
Sendo componentes essenciais
da cultura, existem em todas
as sociedades (carácter
absoluto dos valores),
podendo variar apenas o que é
valorizado, isto é, o que é
digno de apreço ou repúdio
(carácter relativo dos valores).
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16. Valores e Valoração.
Implicam uma componente
afectivo-emocional, pois
lidamos com s valores de
forma apaixonada. As nossas
opções, em termos
axiológicos, nem sempre têm
uma justificação racional.
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17. Há uma Crise de Valores Espirituais?
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18. HÁ UMA CRISE DE VALORES
ESPIRITUAIS?
“Se não se encontrar uma valor supremo, escreve
André Malraux, dentro de cinquenta anos, a nossa
civilização, que se acredita ser uma civilização da
ciência, tornar-se-á uma das mais submissas aos
instintos e aos sonhos elementares que o mundo já
conheceu, por lhe faltar uma espécie de alimento
espiritual que tenha domínio sobre o poder científico
do homem moderno. Está claro, agora, que a ciência é
incapaz de ordenar a vida. Uma vida é ordenada por
valores.” Paulo Gusmão
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19. Há uma Crise de Valores Espirituais?
O texto de Paulo Gusmão faz
referência a um sentimento de
crise de valores, considerando
que, faltando os valores
espirituais, a humanidade será
governada pelos instintos.
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20. HÁ UMA CRISE DE VALORES
ESPIRITUAIS?
O desenvolvimento científico-tecnológico deu aos
seres humanos um poder imenso, que tem de ser
usado em seu benefício, e não contra eles. O autor
chama a atenção para a necessidade de valores
espirituais, que orientem a acção humana no sentido
da humanização e do respeito pela pessoa, numa
época em que se assiste a uma alteração dos critérios
valorativos: valorização do poder económico e
desvalorização, ou indiferença, perante valores como
a solidariedade, a compaixão, a paz.
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21. Há uma Crise de Valores
Espirituais?
Há autores que falam mesmo
de ausência de valores, ou de
vazio axiológico, que é
responsável:
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22. Há uma Crise de Valores
Espirituais?
Pelo enfraquecimento da
capacidade crítica, criando
condições para a fácil
manipulação dos indivíduos,
por parte daqueles que apelam
aos instintos mais primários –
à justiça popular, ao fanatismo
religioso, ideológico ou rácico.
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23. Há uma Crise de Valores
Espirituais?
Pela indiferença e
descomprometimento
político-social e pela
desresponsabilização do
indivíduo, face aos problemas
sócio-políticos e à sua
resolução. Parece ter-se caído
num certo individualismo
egoísta, que só valoriza as
necessidades e interesses
próprios.
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24. Há uma Crise de Valores
Espirituais?
Pela perda de unidade e de
coesão social, com o
consequente isolamento dos
indivíduos e comunidades,
geradora de insegurança,
violência, marginalidade,
racismo e xenofobia.
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25. HÁ UMA CRISE DE
VALORES ESPIRITUAIS?
Alguns autores, afirmam que esta mudança dos
critérios valorativos e a crise dos valores espirituais e
humanistas se devem à perda das crenças religiosas, já
que eram elas a justificação e a razão de ser da
existência e do reconhecimento de tais valores. No
entanto, seria lamentável que os valores estivessem tão
dependentes das crenças religiosas.
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26. Os Valores Dominantes no Mundo
Ocidental.
Há, então, autores que
acreditam que o ateísmo do
mundo moderno seria o
responsável essencial pela
crise dos valores e pela
consequente crise
civilizacional.
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27. Os Valores Dominantes
no Mundo Ocidental.
No entanto, outros autores
consideram positiva a
separação entre os valores
humanistas e a religião. Estes
autores consideram positivo o
facto de os valores passarem a
justificar-se com base no
próprio Homem.
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28. OS VALORES DOMINANTES
NO MUNDO OCIDENTAL.
Para estes autores, é o valor da dignidade da pessoa
humana que passa a servir de fundamento e de valor
supremo, a que todos os outros se devem subordinar.
Estes autores fazem um diagnóstico mais optimista da
sociedade ocidental, reconhecendo inúmeros sinais de
progresso axiológico e moral. Reconhecem que as
sociedades ocidentais, pelo menos, ao nível dos
valores e dos princípios:
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29. Os Valores Dominantes
no Mundo Ocidental.
Combatem todas as formas de
discriminação.
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30. Os Valores Dominantes
no Mundo Ocidental.
Defendem os direitos dos
mais fracos e das minorias.
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31. Os Valores Dominantes
no Mundo Ocidental.
Eliminam a tortura e todas as
formas de abuso de
autoridade.
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32. Os Valores Dominantes
no Mundo Ocidental.
Lutam contra todas as formas
de tirania e opressão.
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33. Os Valores Dominantes
no Mundo Ocidental.
Promovem o reconhecimento,
a todos os seres humanos, de
direitos fundamentais e de
condições mínimas de
desenvolvimento: direito à
educação, à saúde, à
alimentação e habitação,
liberdade de culto...
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34. Os Valores Dominantes
no Mundo Ocidental.
Seja como for, parece
consensual que, na sociedade
ocidental, prevalecem os
valores económicos, o
egoísmo e o individualismo.
Estes acabam por dominar
todos os outros. Por exemplo,
os direitos dos mais fracos e
das minorias podem ser
postos em causa por razões de
ordem económica.
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35. Os Valores Dominantes
no Mundo Ocidental.
Esta hierarquização de
valores, onde os valores
económicos são prioritários,
coloca em segundo plano da
escala axiológica valores
como a lealdade, a
honestidade, o interesse
colectivo, a solidariedade, etc.,
e legitima comportamentos de
marginalização dos menos
aptos.
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36. Os Valores Dominantes
no Mundo Ocidental.
Trata supostamente os seres
humanos de acordo com o seu
mérito, mas esquece que o
mérito e as capacidades de
cada um dependem das
condições sociais.
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37. Os Valores Dominantes
no Mundo Ocidental.
Usa os seres humanos como
meios e instrumentos, postos
ao serviço dos interesses de
outros (indivíduos ou povos).
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38. Os Valores Dominantes
no Mundo Ocidental.
Parece, portanto, que há
razões para estarmos
preocupados e para falar de
crise axiológica e valorativa.
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39. OS VALORES DOMINANTES
NO MUNDO OCIDENTAL.
Vivemos, para além disso, numa época de
multiplicidade e conflitualidade axiológica, pois
coexistem diferentes critérios de avaliação, que são
defendidos pelos agentes sociais. As próprias
instituições transmitem e procuram impor valores
contraditórios, o que confunde as novas gerações e
enfraquece o poder impositivo dos valores e das
normas.
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41. Valores e Cultura.
Já vimos que os valores são
relativos e históricos. Esta
característica dos valores
permite que, em cada época
histórica, e em cada cultura,
surjam valores diferentes, ou
que eles sejam hierarquizados
de modo diferente.
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42. Definição de Cultura.
O Homem já foi definido
como um ser biocultural, ou
seja, o homem tem uma
natureza estritamente
biológica (é um animal) e uma
outra essencialmente cultural,
e que também define a sua
natureza humana.
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43. Afinal, o que é a
cultura?
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44. Valores e Cultura.
A cultura, em sentido amplo,
pode ser definida como os
aspectos de ordem material e
de ordem espiritual que,
relativamente a uma
sociedade ou a um grupo,
foram adquiridos com base
em formas de vida ancestrais
comuns.
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45. Valores e Cultura.
Assim sendo, um grupo social
apresenta crenças, tradições,
valores e práticas que, por um
lado, permitem uma ligação
ao passado e, por outro lado,
garantem a sua continuidade
no futuro. Podemos até
afirmar que: “Sem Homem,
não há cultura. Mas sem
cultura, também não há
Homem.”
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46. Valores e Cultura.
As aprendizagens, que visam
a integração do indivíduo
numa cultura, iniciam-se no
momento do nascimento e só
terminam no fim da vida.
Uma destas aprendizagens é,
justamente, a dos valores
preferidos no seu meio social.
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47. Valores e Cultura.
Há diferentes grupos
humanos que valorizam e
adoptam diferentes atitudes e
comportamentos. Esta
diversidade de práticas
depende e condiciona os
valores, fazendo evoluir os
próprios critérios valorativos.
Cada nova geração recebe um
conjunto de valores mais ou
menos institucionalizados, e
transforma-os.
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48. Valores e Cultura.
A este fenómeno, chamamos
dinâmica cultural.
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49. Valores e Cultura.
Assim, a cultura e os valores
transformam-se, e a própria
diversidade cultural e
valorativa é um valor, ou seja,
as sociedades ocidentais
avaliam positivamente a
existência de uma sociedade
multicultural, em que se
valoriza o respeito pelas
diferenças de padrões
culturais e dos valores que os
fundamentam
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50. Valores e Cultura.
Esta atitude, face à
diversidade cultural, é uma
aquisição recente.
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51. Valores e Cultura.
No passado, a tendência era
para cada sociedade avaliar os
padrões culturais dos restantes
grupos humanos, em função
dos seus próprios valores. Esta
tendência etnocêntrica
alimentou fenómenos como o
racismo e a xenofobia, tendo,
em alguns casos, conduzido à
destruição de povos e
culturas que, na avaliação
ocidental, eram considerados
inferiores.
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52. Valores e Cultura.
Actualmente, apesar da
aceitação do diálogo cultural e
da valorização da
multiculturalidade, continua-
se a perseguir minorias
étnicas, religiosas e sexuais.
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53. Valores e Cultura.
A facilidade de comunicação
a nível planetário permite uma
troca de informações e de
influências que pode conduzir
à formação de padrões
culturais, segundo os valores
das culturas dominantes. São
os interesses político-
económicos das economias
mais poderosas que orientam
os padrões culturais a nível
mundial.
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