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Cidadania e Profissionalidade
Núcleo Gerador
Convicção e Firmeza Ética
Unidade de competência: Avaliar a realidade à luz
de um ordem de valores consistente e actuar em
conformidade
Duração prevista 13 h
Tema
Valores Éticos e Culturais
(DR1)
Competências:
• Distinguir as várias hierarquizações de valores, escolher e reter
referentes éticos e culturais.
Critérios de Evidência
• Identificar diferentes valores culturais.
• Argumentar e contra-argumentar em contextos de tensão
cultural.
• Intervir em contextos de tensão cultural.
Nível de complexidade
Tipo I – Identificação
Identificar diferentes valores culturais
Parar para pensar…
Isto é certo?
Isto é justo?
Estou a prejudicar alguém?
Eu poderia fazer alguma coisa
para melhorar o que penso estar
mal?
Quais as causas de tantos males
no nosso mundo?
O que é ser feliz?
Perante uma situação podemos perguntar:
O que são experiências valorativas?
Ao longo da sua vida o ser humano está
sempre a preferir ou a rejeitar coisas,
pessoas ou acontecimentos. Ele não é
passivo perante o que se passa à sua
volta, portanto, também não é indiferente
nas escolhas que faz.
Em conclusão:
O que é valorar?
Significa apreciar, julgar, fazer escolhas e
estabelecer prioridades nas decisões.
valorar
Valorizar – valoração positiva
Desvalorizar – valoração negativa
Ex. gosto de me sentir alegre
Ex. Não gosto da injustiça
A moral refere-se ao conjunto de normas e regras baseadas na cultura e nos costumes de determinado grupo social. Já a ética é o estudo e reflexão sobre
a moral e sobre os princípios que sustentam e orientam as ações humanas.
Uma maneira fácil de lembrar da diferença entre moral e ética é que a moral se relaciona com a prática, com o que pode e o que não pode para um
determinado grupo social, enquanto a ética se relaciona com princípios, alvo de reflexão e questionamentos.
Ética Moral
Definição
A ética é o estudo e a reflexão sobre os princípios da moral, das regras de conduta aplicadas a alguma organização ou sociedade. É também chamada de
filosofia moral.
A moral se refere às regras de conduta que são aplicadas a determinado grupo, em determinada cultura.
De onde vem Da reflexão sobre as ações humanas. Dos costumes e do sistema social.
Por que seguimos? Porque se compreende que há um bem e que orienta e se manifesta a partir das ações. Porque a sociedade
desenvolve as próprias normas e define o que é certo e errado.
Flexibilidade
A ética é compreendida em sua universalidade, mas está sujeita à reflexão e a mudanças ao longo do tempo.
A moral tende a ser consistente dentro de um determinado contexto, pouco sujeita a mudanças. Porém, pode variar de acordo com cada cultura ou grupo.
Exceções
Uma pessoa poderá ir contra sua ética para se ajustar a um determinado princípio moral, como, por exemplo, o código de conduta de sua profissão.
Uma pessoa que segue rigorosamente os princípios morais de uma sociedade pode não ter nenhuma ética. Da mesma forma, para manter sua integridade
ética, pode violar os princípios morais dentro de um determinado sistema de regras.
Significado Ética vem da palavra grega ethos que significa "conduta", "modo de ser". Tem origem na palavra latina moralis, que significa
"costume".
Origem Universal. Cultural.
Tempo Tende à permanência. Temporal.
Uso Teórico. Prático.
Exemplo
A ética é a ciência das virtudes humanas.
A moral cristã prevê que a compaixão e o amor ao próximo são valores imprescindíveis da vida em sociedade.
Ética
A ética, ou filosofia moral, se refere ao estudo do conjunto de valores e princípios que orientam as ações humanas. É baseada na ideia do bem.
A ética não possui um caráter regulatório ou normativo, não é uma regra que deva ser seguida. A ética se ocupa daquilo que é ou pode ser compreendido
como virtude. A virtude, então, é a característica de tudo aquilo que está relacionado com o bem.
O conceito de ética também pode significar o conhecimento extraído da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de
O que é um valor?
O valor constitui-se em apreciações subjectivas
dadas aos factos (o facto é tudo o que acontece à
nossa volta), que os torna dignos de estima (ou não).
Os valores são qualidades que nascem do sujeito,
consideradas desejáveis; qualidades que o sujeito
prefere que existam, empenhando para que isso
aconteça. Quando o facto é valorado torna-se um
“bem”.
Ex. rosas – facto beleza - valor
As rosas são belas = Facto valioso - BEM
FACTO VALOR
OBJECTIVO SUBJECTIVO
Exercício:
Carro
Liberdade
Joana
Viagem ao Brasil
Justiça
Crianças
Carinho
Alegria
Felicidade
Facto
Valor
Facto
Facto
Valor
Facto
Valor
Valor
Valor
A importância dos valores na nossa vida…
Eles orientam ainda a vida e dão sentido às as
acções do sujeito. Agir desta ou daquela
maneira, não é agir com indiferença.
Por isso, quando o sujeito valora os factos, julga-
os de acordo com as suas perspectivas,
percepções e projectos pessoais; de acordo
com a sua sociedade e cultura, com o seu
tempo e o seu espaço; e de acordo com valores
que valem par toda a humanidade
Características dos valores
1. Os valores são absolutos: são próprios de todos os indivíduos.
Não existe ser humano sem valor, desde que faça uso das suas
faculdade mentais
2. Os valores são intemporais (essencialismo): estão presentes em
todos os tempos e lugares, ou seja, em todas as culturas.
3. Os valores são históricos (relativismo): a história e a sociedade
condiciona os valores, logo eles estão sujeitos à mudança.
4. Os valores são bipolares: assim, todos os valores têm o seu
contrário, a que damos o nome de desvalor, contravalor ou valor
negativo (Belo/Feio; Justo/Injusto; Sagrado/Profano). O contravalor
é a ausência do valor, sendo que o sujeito prefere o valor e rejeita o
contravalor.
5. Os valores são hierarquizáveis: apesar de serem valorizados, os
valores não têm todos a mesma importância para o sujeito: uns têm
mais valência do que outros. Este estrutura-os, organiza-os,
escalona-os, hierarquiza-os numa tábua ou escala de valores
segundo certos critérios de índole pessoal, sócio-cultural ou mesmo
trans-subjectiva. A escala de valores vai sendo definida e
modificada ao longo da vida, por isso é dinâmica ou flutuante.
Tábuas de valores
Tarefa: Coloque por ordem de preferência os seguintes valores:
Saúde, religião, poder, amizade, família, dinheiro, educação, beleza,
conforto, conhecimento, moda, fama, fidelidade, liberdade, justiça,
solidariedade, alimentação, sinceridade.
+ valência
- valência
Conclusão acerca das tábuas de valores
A sociedade possui um conjunto de valores expressos
no padrão cultural, ou seja, uma maneira mais ou menos
idêntica de pensar.
 O ser humano, no processo de socialização deixa-se
influenciar por esse padrão, absorvendo e recriando os
valores em si mesmo, através da sua aceitação ou
rejeição.
A relatividade dos valores
 Há valores que são mais relativos do que
outros, isto é, há valores que são valorizados de
modo diferente em cada cultura (Ex. o dinheiro,
família e o conforto podem ser valorizados de
modo diferente em cada cultura)…
 mas há valores que são universalmente válidos,
que resistem à variedade de culturas e ao
próprio tempo e que devem ser valorizados do
mesmo modo (valores como a paz, a liberdade,
a igualdade, a vida, a democracia…, são
valores pelos quais todos devemos lutar em
todo o mundo).
Exemplos da relatividade do valores
Gestos e Costumes
Cada país e cada cultura tem gestos e costumes que lhe são próprios. Nos artigos que
se seguem vais descobrir a interpretação de alguns desses gestos e costumes.
Saudações
Na Índia e na Tailândia, por
exemplo, não se aperta a mão;
a saudação é feita juntando as
mãos à altura do peito e
fazendo uma leve vénia.
Se um maori, da Nova Zelândia,
cumprimentar uma pessoa vai
pressionar o nariz dela com força contra
o seu...
Se for um esquimó (ou inuit), a
saudação passa por esfregar os
narizes.
Nos países islâmicos, a saudação é feita levando a mão direita ao
coração, depois à testa e depois acima da cabeça. Acompanha-se
este gesto dizendo «salaam aleikum» (a paz esteja contigo), ao
que o outro responde: «aleikum salaam». (Repara na expressão
«salaam aleikum», já ouviste falar em «salamaleques»?)
Já os japoneses e os chineses
cumprimentam-se fazendo uma vénia,
tão maior quanto seja o respeito devido
ao outro
Beijos e afectos
Na Indonésia e na Tailândia não se devem mostrar gestos de afecto em
público.
Na Rússia, os homens beijam-se na boca para se cumprimentarem.
E em Itália, se a relação for próxima, de família ou amizade, os homens
cumprimentam-se beijando-se, mas nas bochechas...
Em França, se as pessoas se cumprimentarem beijando-se, dão quatro beijos,
ou apenas três ou dois. Um só é que não.
Também na Holanda há muitos beijos: quando se cumprimentam as pessoas
também dão três beijos nas bochechas. Quando não se conhecem dão um aperto de
mão.
Já na Alemanha e na Áustria, nada de beijinhos ao cumprimentar alguém!
Só um aperto de mão... E chega.
Roupas e cores
•Na Índia não se devem vestir roupas demasiado justas ou decotes grandes.
•No Brasil, as senhoras podem mostrar as nádegas, mas não os peitos. E se o fio dental é muito
comum, já o «topless» é mal visto, é como se andasse nua...
•Em França e na Alemanha, só para referir dois casos, falar com as mãos nos bolsos é sinal de má
educação.
•Na Alemanha não se deve tirar o casaco, mesmo se fizer calor, e arregaçar as mangas da camisa. É
considerado desleixo e deixa andar.
•Se se viajar para um país muçulmano é melhor não vestir de encarnado durante o Ramadão.
•No Egipto, a roupa lilás significa luto. Já no Japão e na China é andar de branco. Nos países
ocidentais é o preto.
•Quando um francês faz um gesto em que une o polegar ao indicador e forma um círculo, isso
significa que aquilo de que se fala não vale nada, é igual a zero (o tal círculo).
Se for um americano, quer dizer que está OK.
Se for no Japão significa dinheiro, mas... na Tunísia é uma ameaça de morte.
Na Alemanha esse gesto significa que se considera a pessoa com quem se está a falar um valente
parvo...
No Brasil significa algo semelhante ao gesto de pedir boleia na Austália (vê mais abaixo).
•Dizer que sim ou que não com a cabeça, em que para nós o «sim» é movimentar de cima para
baixo, e o «não» de um lado para o outro, são totalmente ao contrário em países como a Grécia, a
Bulgária ou a Tailândia... É melhor ter isto em atenção.
•Quem andar a pedir boleia na Grécia ou na Sardenha e fizer o sinal em que
•se tem a mão fechada com o polegar para cima deve ter cuidado: aí são convites sexuais!
• Na Austrália, fazer o V da vitória com o dedo indicador e o médio levantados ou
fazer o sinal de pedir boleia (o tal do polegar para cima), é um convite para o
interlocutor ir levar... Bem, é mal educado mesmo.
•Na Grécia, nada de mostrar a palma da mão aberta, como que a mandar parar: é uma grande
ofensa!
Gestos
 Na China é uma grande ofensa recusar comida.
 · Na Rússia e nos países árabes, dar valentes arrotos no fim e durante a refeição significam que está
tudo muito bom e que se está satisfeito!
 · Em Inglaterra, não é nada, mas nada educado molhar o pãozinho no molho que está ou fica no
prato. (É feio, é, mas não sabem o que perdem!)
 · Esta informação é importante: Nos países árabes, na Índia, Paquistão e países do sudoeste asiático
só se usa a mão direita para comer... Porque a esquerda é impura: está reservada à higiene íntima.
 · Comer a sopa fazendo ruído, na China, é a melhor maneira de mostrar satisfação ao anfitrião.
 · No Japão, deve-se beber o caldo directamente da tigela, sem usar a colher.
Já ao comer massas do tipo esparguete, a ideia é enfiar uma porção na boca e chupar o que vier
atrás. (Pois é mesmo aquilo que por cá, no Ocidente, dizemos às crianças que não é para fazer...)
 · Nunca se recusa uma bebida na Rússia ou na Irlanda.
 · Os muçulmanos e os judeus não comem carne de porco, para eles é um animal impuro.
 Já os chineses (diz-se) comem tudo o que mexe...
 · Nos EUA é normal comer só com o garfo, usando a faca apenas para cortar o que for preciso e
pousando-a depois na borda do prato. E deve deixar-se comida no prato para se dar a entender que
se está satisfeito.
 . Por cá deve-se comer tudo o que está no prato, e usar sempre a faca e o garfo...
 · Na China, se se faz uma saúde, nunca se começa a beber sem ter olhado para todas as pessoas
presentes.
. Se for na Alemanha, um brinde só pode ser feito por iniciativa de um homem, nunca de uma mulher.
À mesa
Mais umas coisitas…
•No Japão não se deve espirrar em público. Também não se deve rir de alguém a quem foi pregada uma partida,
especialmente se for uma senhora.
E falar alto é ser muuuito mal educado (agora imaginem GRITAR...)
Na Coreia do Sul é má educação assoarmo-nos em público, mesmo na rua.
Nos EUA é muuuito importante ser pontual. Com efeito, num restaurante espera-se que a pessoa chegue um
quarto de hora antes...
Assim como não se deve confundir um português com um espanhol, nada de confundir um iraniano com um
árabe ou um lituano com um russo.
E no Canadá, nada de comparar esse país com os EUA...
A um americano não se pergunta quanto ganha, quanto pesa ou quanto mede.
A um japonês não se fazem elogios, pois isso para ele é hipocrisia.
Nos países islâmicos, um homem não se senta ao lado de alguém do sexo oposto num transporte público, e... em
geral. É cada um para seu lado.
Além disso, um homem não deve olhar deliberadamente para uma mulher (e o contrário também é verdade).
Na Coreia do Sul e no Japão ninguém espera que se dêem gorjetas.
Nos países árabes, em muitos países africanos e sul-americanos e em alguns países asiáticos, regatear é um
desporto nacional: pede-se 100, oferece-se 10 e vende-se por 20...
Em Itália, nas lojas e nos mercados, nada de apalpar a fruta!
Mas, quais os valores universais pelos quais
lutamos hoje em dia?
 A igualdade de direitos das mulheres…
 Os direito ao união de pessoas do mesmo sexo;
 A luta contra a pobreza, as guerras, a fome e as
doenças;
 O direito a usufruir de um ambiente saudável;
 O direito a uma vida digna, desde a infância até à
velhice;
 A luta contra a pena de morte, as torturas ou a
escravatura
 Outros??????
Critérios valorativos
 O que são?
Trata-se de uma orientação, de um horizonte, que
nos determina a dar maior ou menos
importância aos valores na sua hierarquização
 Qual a sua questão orientadora?
Como podemos reconhecer o que é ou tem valor?
Quais são?
 CRITÉRIOS SUBJECTIVOS (PESSOAIS) –
válidos para mim
 B. CRITÉRIOS INTERSUJECTIVOS
(SOCIOCULTURAIS) - válidos para a minha
cultura/sociedade
 CRITÉRIOS TRANS-SUBJECTIVOS –
UNIVERSAIS – válidos pata toda a
humanidade
Tipos de valores
 Úteis: dizem respeito ao bem-estar e qualidade de
vida do ser humano. Ex.: Caro, Abundante
 Vitais: dizem respeito à sobrevivência e segurança do
ser humano. Ex. Saúde, Força, Protecção.
 Estéticos: diz respeito à expressão. Ex. Harmonia,
Belo., Sublime.
 Religiosos: dizem respeito à relação do ser humano
com a transcendência. Ex: Sagrado, Pureza,
Santidade, Perfeição.
 Políticos: dizem respeito à relação dos seres humanos
num Estado. Ex. Justiça, Igualdade, Cidadania.
 Éticos: dizem respeito às normas e critérios de
comportamento que afectam todas as áreas da
actividade do ser racional. Ex. Solidariedade,
Honestidade, Verdade, Lealdade, Altruísmo,
Solidariedade, Liberdade.
Valores éticos
VIVER EU COM O OUTRO
DIFERENTES MODOS DE VIDA
DEPENDE DA VONTADE / LIBERDADE DE CADA UM
SEM INTERFERIR NA LIBERDADE DO OUTRO
ÉTICA MORAL
ETHOS – REFLEXÃO ACERCA DAS NORMAS –
POR QUE FAZER?
MORES – REGRAS, VALORES, NORMAS,
ORDENS DE COMPORTAMENTO –
O QUE FAZER?
VIVÊNCIA INTERIOR EXTERIOR
ACEITAÇÃO OU REJEIÇÃO DAS REGRAS MORAIS
DEVER
QUERER
SABER O QUE É BOM/MAU
O QUE FAZER COM A MINHA LIBERDADE? LIBERDADE DE ESCOLHA CONSCIENTE E REFLECTIDA
VIVER BEM
RESPONSABILIDADE - A
REALIZAÇÃO DO EU,
SUPÕE A REALIZAÇÃO
DO OUTRO
Dilemas valorativos
 Um dilema nasce quando, perante um mesmo
assunto, existem argumentos válidos a favor ou
contra, assentes em valores igualmente aceites.
Facto que muitas vezes torna difícil um
posicionamento critico pessoal, ou então que
faz divergir as opiniões das pessoas.
 Há determinadas situações no nosso dia a dia
que implicam que tenhamos que decidir,
optando por esta ou por aquela via. Na vida das
pessoas não há apenas um só caminho:
perante um facto, há a possibilidade de se
seguir rumos diferentes,
Uma mulher dá à luz num hospital de Lisboa uma criança do sexo
feminino. Um dia após o nascimento, a criança é raptada por uma mulher que
consegue entrar no hospital sem levantar suspeitas.
Passados quatro anos, depois de exaustivas investigações levadas a
cabo pela polícia, a raptora é descoberta.
Os tribunais vêem-se envolvidos num drama difícil, na tentativa de dar
uma solução ao caso.
Sabe-se, entretanto, que os pais biológicos da criança tiveram
posteriormente outro filho. Por outro lado, os pais sociológicos da criança não
podem ter filhos. A criança em causa está bem tratada e apresenta todas as
características de desenvolvimento físico e mental normais.
A situação financeira dos pais biológicos é um pouco precária, enquanto
que a dos pais sociais é boa.
Os pais biológicos da criança têm parentes próximos, os pais sociais não
têm parentes.
Devido à complexidade do problema foi instalada uma comissão de juízes
para decidirem a quem entregar a criança.
Tarefa: Você faz parte dessa comissão. Tente, em conjunto com os
restantes juízes, chegar a uma resolução de consenso.
Experiências valorativas: um caso concreto
Ética e Profissão
 A profissão tem como finalidade o bem comum e o
interesse público, e tem uma dimensão social, de serviço
à comunidade, que se antecipa à dimensão individual (na
forma de benefício particular que se retira dela).
 Todas as profissões implicam uma ética, uma vez que se
relacionam sempre com os seres humanos.
 A ética de cada uma das profissões depende dos deveres
ou a «deontologia» que cada profissional aplique aos
casos concretos que se podem apresentar no âmbito social
e pessoal.
Ética e Deontologia
 A deontologia é o estudo ou ciência do que é devido (do
grego to déon, que significa o necessário, o conveniente, o
devido, o obrigatório; e logos- estudo).
 A deontologia é um conjunto de comportamentos exigíveis
aos profissionais, muitas vezes não codificados em
regulamentação jurídica.
 Assim, a deontologia é uma ética profissional das
obrigações práticas, baseada na livre acção da pessoa e no
seu carácter moral.
O que é a
Ética?
 A palavra «ética» provém do grego e tem dois
significados: i) o primeiro provém do termo
éthos, que significa hábito ou costume; ii)
originou-se posteriormente o vocábulo êthos,
que significa modo ser ou carácter.
 Aristóteles considera que ambos os vocábulos
são inseparáveis, uma vez que é a partir dos
hábitos e costumes que se desenvolve no
homem um modo de ser ou personalidade.
 Aristóteles foi também o primeiro a falar de
uma ética como ramo da filosofia, escrevendo
um tratado sobre ela («Ética a Nicómaco».
Esta obra foi traduzida para o latim, tendo
dado origem ao termo mos, moris (moral em
português), que equivale unicamente a hábito
ou costume.
Tanto a ética como a moral têm um sentido eminentemente prático.
No entanto, a ética é um conceito mais amplo:
Moral é um conjunto de regras, valores, proibições e tabus, impostos
de fora (pela política, costumes sociais, religião e as ideologias);
Ética implica sempre uma reflexão teórica sobre qualquer moral,
uma revisão racional e crítica sobre a validade da conduta humana.
Assim, a ética faz com que os ideais e valores provenham da
deliberação própria do homem
O que é a Ética
 A ética procura que os actos humanos
se orientem no sentido da procura da
rectidão. Estuda, portanto os actos que
contribuem ao aperfeiçoamento.
 A rectidão entende-se como a
concordância entre as acções humanas
com a verdade e o bem, e significa a
linha apropriada para o
desenvolvimento da natureza humana.
Exigências
Éticas
Discrição
Discrição - Citações
A sagacidade te guardará e a prudência te
protegerá para te livrar do mau caminho do
homem que diz disparates
Fonte: "Provérbios 2,11-12"
Se sabes algo, responde a teu próximo; se não, põe
a tua mão sobre a boca
Fonte: "Eclesiástico 5,12"
Discrição - Citações
Se o seu amigo tem um amigo, e o amigo do seu amigo
tem também um amigo - então seja discreto
Fonte: "Talmude babilónico"
A discrição é a mãe da virtude
Fonte: "S. Bento
Discrição - Citações
O que quiseres que outro cale, cala-o tu mesmo
Fonte: "Hipólito
A discrição é a perfeição da razão e um guia para
todas as obrigações da vida
Autor: Scott , Walter
Um exemplo
COMO ATENDER CLIENTES QUE
NECESSITAM COMPRAR
MEDICAMENTOS QUE EXIGEM
DISCRIÇÃO
O funcionário dentro de seu
local de trabalho deve ter
consciência do tipo de
produto que está a vender. É
importante, na hora do
atendimento, vender ao
cliente medicamentos que
têm credibilidade no
mercado, pois são produtos
que estão à venda depois de
incansável trabalho de
pesquisa realizado por
laboratórios que
comprovam a eficácia do
produto. Não é honesto para
com o consumidor vender
medicamentos que não
estão dentro do controle de
qualidade exigido, por isso a
responsabilidade e o
conhecimento do produto
que está comercializando
são muito importantes para
efectivar uma venda.
.
Além desses exemplos, existem inúmeras
situações em que deve existir sigilo, desde a
venda de pensos higiénicos e preservativos até
remédios que implicam na vida pessoal e moral
do consumidor. Respeitar situações desse
género é respeitar, antes de tudo, sua profissão
O sigilo profissional
também deve ser encarado
com muita seriedade. Por
meio de uma receita
médica apresentada pelo
consumidor podemos
saber o diagnóstico e a
doença. Por outro lado, o
consumidor pode estar
intimidado e, até mesmo,
constrangido com a
situação, já que muitas
doenças ainda são vistas
com discriminação pela
sociedade. Nesses casos, é
importante ser discreto e
agir com naturalidade,
para que a pessoa que está
sendo atendida não fique
ainda mais nervosa. As
doenças sexualmente
transmissíveis (DST) são
exemplos típicos de
constrangimento.
R E S E R V A ; C I R C U N S P E C Ç Ã O ; S E G R E D O ;
P R U D Ê N C I A ; D I S C E R N I M E N T O
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Valores éticos e culturais

  • 1. Cidadania e Profissionalidade Núcleo Gerador Convicção e Firmeza Ética Unidade de competência: Avaliar a realidade à luz de um ordem de valores consistente e actuar em conformidade Duração prevista 13 h
  • 2. Tema Valores Éticos e Culturais (DR1) Competências: • Distinguir as várias hierarquizações de valores, escolher e reter referentes éticos e culturais. Critérios de Evidência • Identificar diferentes valores culturais. • Argumentar e contra-argumentar em contextos de tensão cultural. • Intervir em contextos de tensão cultural.
  • 3. Nível de complexidade Tipo I – Identificação Identificar diferentes valores culturais
  • 5. Isto é certo? Isto é justo? Estou a prejudicar alguém? Eu poderia fazer alguma coisa para melhorar o que penso estar mal? Quais as causas de tantos males no nosso mundo? O que é ser feliz? Perante uma situação podemos perguntar:
  • 6. O que são experiências valorativas? Ao longo da sua vida o ser humano está sempre a preferir ou a rejeitar coisas, pessoas ou acontecimentos. Ele não é passivo perante o que se passa à sua volta, portanto, também não é indiferente nas escolhas que faz. Em conclusão:
  • 7. O que é valorar? Significa apreciar, julgar, fazer escolhas e estabelecer prioridades nas decisões. valorar Valorizar – valoração positiva Desvalorizar – valoração negativa Ex. gosto de me sentir alegre Ex. Não gosto da injustiça
  • 8. A moral refere-se ao conjunto de normas e regras baseadas na cultura e nos costumes de determinado grupo social. Já a ética é o estudo e reflexão sobre a moral e sobre os princípios que sustentam e orientam as ações humanas. Uma maneira fácil de lembrar da diferença entre moral e ética é que a moral se relaciona com a prática, com o que pode e o que não pode para um determinado grupo social, enquanto a ética se relaciona com princípios, alvo de reflexão e questionamentos. Ética Moral Definição A ética é o estudo e a reflexão sobre os princípios da moral, das regras de conduta aplicadas a alguma organização ou sociedade. É também chamada de filosofia moral. A moral se refere às regras de conduta que são aplicadas a determinado grupo, em determinada cultura. De onde vem Da reflexão sobre as ações humanas. Dos costumes e do sistema social. Por que seguimos? Porque se compreende que há um bem e que orienta e se manifesta a partir das ações. Porque a sociedade desenvolve as próprias normas e define o que é certo e errado. Flexibilidade A ética é compreendida em sua universalidade, mas está sujeita à reflexão e a mudanças ao longo do tempo. A moral tende a ser consistente dentro de um determinado contexto, pouco sujeita a mudanças. Porém, pode variar de acordo com cada cultura ou grupo. Exceções Uma pessoa poderá ir contra sua ética para se ajustar a um determinado princípio moral, como, por exemplo, o código de conduta de sua profissão. Uma pessoa que segue rigorosamente os princípios morais de uma sociedade pode não ter nenhuma ética. Da mesma forma, para manter sua integridade ética, pode violar os princípios morais dentro de um determinado sistema de regras. Significado Ética vem da palavra grega ethos que significa "conduta", "modo de ser". Tem origem na palavra latina moralis, que significa "costume". Origem Universal. Cultural. Tempo Tende à permanência. Temporal. Uso Teórico. Prático. Exemplo A ética é a ciência das virtudes humanas. A moral cristã prevê que a compaixão e o amor ao próximo são valores imprescindíveis da vida em sociedade. Ética A ética, ou filosofia moral, se refere ao estudo do conjunto de valores e princípios que orientam as ações humanas. É baseada na ideia do bem. A ética não possui um caráter regulatório ou normativo, não é uma regra que deva ser seguida. A ética se ocupa daquilo que é ou pode ser compreendido como virtude. A virtude, então, é a característica de tudo aquilo que está relacionado com o bem. O conceito de ética também pode significar o conhecimento extraído da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de
  • 9. O que é um valor? O valor constitui-se em apreciações subjectivas dadas aos factos (o facto é tudo o que acontece à nossa volta), que os torna dignos de estima (ou não). Os valores são qualidades que nascem do sujeito, consideradas desejáveis; qualidades que o sujeito prefere que existam, empenhando para que isso aconteça. Quando o facto é valorado torna-se um “bem”. Ex. rosas – facto beleza - valor As rosas são belas = Facto valioso - BEM FACTO VALOR OBJECTIVO SUBJECTIVO
  • 11. A importância dos valores na nossa vida… Eles orientam ainda a vida e dão sentido às as acções do sujeito. Agir desta ou daquela maneira, não é agir com indiferença. Por isso, quando o sujeito valora os factos, julga- os de acordo com as suas perspectivas, percepções e projectos pessoais; de acordo com a sua sociedade e cultura, com o seu tempo e o seu espaço; e de acordo com valores que valem par toda a humanidade
  • 12. Características dos valores 1. Os valores são absolutos: são próprios de todos os indivíduos. Não existe ser humano sem valor, desde que faça uso das suas faculdade mentais 2. Os valores são intemporais (essencialismo): estão presentes em todos os tempos e lugares, ou seja, em todas as culturas. 3. Os valores são históricos (relativismo): a história e a sociedade condiciona os valores, logo eles estão sujeitos à mudança. 4. Os valores são bipolares: assim, todos os valores têm o seu contrário, a que damos o nome de desvalor, contravalor ou valor negativo (Belo/Feio; Justo/Injusto; Sagrado/Profano). O contravalor é a ausência do valor, sendo que o sujeito prefere o valor e rejeita o contravalor. 5. Os valores são hierarquizáveis: apesar de serem valorizados, os valores não têm todos a mesma importância para o sujeito: uns têm mais valência do que outros. Este estrutura-os, organiza-os, escalona-os, hierarquiza-os numa tábua ou escala de valores segundo certos critérios de índole pessoal, sócio-cultural ou mesmo trans-subjectiva. A escala de valores vai sendo definida e modificada ao longo da vida, por isso é dinâmica ou flutuante.
  • 13. Tábuas de valores Tarefa: Coloque por ordem de preferência os seguintes valores: Saúde, religião, poder, amizade, família, dinheiro, educação, beleza, conforto, conhecimento, moda, fama, fidelidade, liberdade, justiça, solidariedade, alimentação, sinceridade. + valência - valência
  • 14. Conclusão acerca das tábuas de valores A sociedade possui um conjunto de valores expressos no padrão cultural, ou seja, uma maneira mais ou menos idêntica de pensar.  O ser humano, no processo de socialização deixa-se influenciar por esse padrão, absorvendo e recriando os valores em si mesmo, através da sua aceitação ou rejeição.
  • 15. A relatividade dos valores  Há valores que são mais relativos do que outros, isto é, há valores que são valorizados de modo diferente em cada cultura (Ex. o dinheiro, família e o conforto podem ser valorizados de modo diferente em cada cultura)…  mas há valores que são universalmente válidos, que resistem à variedade de culturas e ao próprio tempo e que devem ser valorizados do mesmo modo (valores como a paz, a liberdade, a igualdade, a vida, a democracia…, são valores pelos quais todos devemos lutar em todo o mundo).
  • 17. Gestos e Costumes Cada país e cada cultura tem gestos e costumes que lhe são próprios. Nos artigos que se seguem vais descobrir a interpretação de alguns desses gestos e costumes. Saudações Na Índia e na Tailândia, por exemplo, não se aperta a mão; a saudação é feita juntando as mãos à altura do peito e fazendo uma leve vénia. Se um maori, da Nova Zelândia, cumprimentar uma pessoa vai pressionar o nariz dela com força contra o seu... Se for um esquimó (ou inuit), a saudação passa por esfregar os narizes. Nos países islâmicos, a saudação é feita levando a mão direita ao coração, depois à testa e depois acima da cabeça. Acompanha-se este gesto dizendo «salaam aleikum» (a paz esteja contigo), ao que o outro responde: «aleikum salaam». (Repara na expressão «salaam aleikum», já ouviste falar em «salamaleques»?) Já os japoneses e os chineses cumprimentam-se fazendo uma vénia, tão maior quanto seja o respeito devido ao outro
  • 18. Beijos e afectos Na Indonésia e na Tailândia não se devem mostrar gestos de afecto em público. Na Rússia, os homens beijam-se na boca para se cumprimentarem. E em Itália, se a relação for próxima, de família ou amizade, os homens cumprimentam-se beijando-se, mas nas bochechas... Em França, se as pessoas se cumprimentarem beijando-se, dão quatro beijos, ou apenas três ou dois. Um só é que não. Também na Holanda há muitos beijos: quando se cumprimentam as pessoas também dão três beijos nas bochechas. Quando não se conhecem dão um aperto de mão. Já na Alemanha e na Áustria, nada de beijinhos ao cumprimentar alguém! Só um aperto de mão... E chega.
  • 19. Roupas e cores •Na Índia não se devem vestir roupas demasiado justas ou decotes grandes. •No Brasil, as senhoras podem mostrar as nádegas, mas não os peitos. E se o fio dental é muito comum, já o «topless» é mal visto, é como se andasse nua... •Em França e na Alemanha, só para referir dois casos, falar com as mãos nos bolsos é sinal de má educação. •Na Alemanha não se deve tirar o casaco, mesmo se fizer calor, e arregaçar as mangas da camisa. É considerado desleixo e deixa andar. •Se se viajar para um país muçulmano é melhor não vestir de encarnado durante o Ramadão. •No Egipto, a roupa lilás significa luto. Já no Japão e na China é andar de branco. Nos países ocidentais é o preto.
  • 20. •Quando um francês faz um gesto em que une o polegar ao indicador e forma um círculo, isso significa que aquilo de que se fala não vale nada, é igual a zero (o tal círculo). Se for um americano, quer dizer que está OK. Se for no Japão significa dinheiro, mas... na Tunísia é uma ameaça de morte. Na Alemanha esse gesto significa que se considera a pessoa com quem se está a falar um valente parvo... No Brasil significa algo semelhante ao gesto de pedir boleia na Austália (vê mais abaixo). •Dizer que sim ou que não com a cabeça, em que para nós o «sim» é movimentar de cima para baixo, e o «não» de um lado para o outro, são totalmente ao contrário em países como a Grécia, a Bulgária ou a Tailândia... É melhor ter isto em atenção. •Quem andar a pedir boleia na Grécia ou na Sardenha e fizer o sinal em que •se tem a mão fechada com o polegar para cima deve ter cuidado: aí são convites sexuais! • Na Austrália, fazer o V da vitória com o dedo indicador e o médio levantados ou fazer o sinal de pedir boleia (o tal do polegar para cima), é um convite para o interlocutor ir levar... Bem, é mal educado mesmo. •Na Grécia, nada de mostrar a palma da mão aberta, como que a mandar parar: é uma grande ofensa! Gestos
  • 21.  Na China é uma grande ofensa recusar comida.  · Na Rússia e nos países árabes, dar valentes arrotos no fim e durante a refeição significam que está tudo muito bom e que se está satisfeito!  · Em Inglaterra, não é nada, mas nada educado molhar o pãozinho no molho que está ou fica no prato. (É feio, é, mas não sabem o que perdem!)  · Esta informação é importante: Nos países árabes, na Índia, Paquistão e países do sudoeste asiático só se usa a mão direita para comer... Porque a esquerda é impura: está reservada à higiene íntima.  · Comer a sopa fazendo ruído, na China, é a melhor maneira de mostrar satisfação ao anfitrião.  · No Japão, deve-se beber o caldo directamente da tigela, sem usar a colher. Já ao comer massas do tipo esparguete, a ideia é enfiar uma porção na boca e chupar o que vier atrás. (Pois é mesmo aquilo que por cá, no Ocidente, dizemos às crianças que não é para fazer...)  · Nunca se recusa uma bebida na Rússia ou na Irlanda.  · Os muçulmanos e os judeus não comem carne de porco, para eles é um animal impuro.  Já os chineses (diz-se) comem tudo o que mexe...  · Nos EUA é normal comer só com o garfo, usando a faca apenas para cortar o que for preciso e pousando-a depois na borda do prato. E deve deixar-se comida no prato para se dar a entender que se está satisfeito.  . Por cá deve-se comer tudo o que está no prato, e usar sempre a faca e o garfo...  · Na China, se se faz uma saúde, nunca se começa a beber sem ter olhado para todas as pessoas presentes. . Se for na Alemanha, um brinde só pode ser feito por iniciativa de um homem, nunca de uma mulher. À mesa
  • 22. Mais umas coisitas… •No Japão não se deve espirrar em público. Também não se deve rir de alguém a quem foi pregada uma partida, especialmente se for uma senhora. E falar alto é ser muuuito mal educado (agora imaginem GRITAR...) Na Coreia do Sul é má educação assoarmo-nos em público, mesmo na rua. Nos EUA é muuuito importante ser pontual. Com efeito, num restaurante espera-se que a pessoa chegue um quarto de hora antes... Assim como não se deve confundir um português com um espanhol, nada de confundir um iraniano com um árabe ou um lituano com um russo. E no Canadá, nada de comparar esse país com os EUA... A um americano não se pergunta quanto ganha, quanto pesa ou quanto mede. A um japonês não se fazem elogios, pois isso para ele é hipocrisia. Nos países islâmicos, um homem não se senta ao lado de alguém do sexo oposto num transporte público, e... em geral. É cada um para seu lado. Além disso, um homem não deve olhar deliberadamente para uma mulher (e o contrário também é verdade). Na Coreia do Sul e no Japão ninguém espera que se dêem gorjetas. Nos países árabes, em muitos países africanos e sul-americanos e em alguns países asiáticos, regatear é um desporto nacional: pede-se 100, oferece-se 10 e vende-se por 20... Em Itália, nas lojas e nos mercados, nada de apalpar a fruta!
  • 23. Mas, quais os valores universais pelos quais lutamos hoje em dia?  A igualdade de direitos das mulheres…  Os direito ao união de pessoas do mesmo sexo;  A luta contra a pobreza, as guerras, a fome e as doenças;  O direito a usufruir de um ambiente saudável;  O direito a uma vida digna, desde a infância até à velhice;  A luta contra a pena de morte, as torturas ou a escravatura  Outros??????
  • 24. Critérios valorativos  O que são? Trata-se de uma orientação, de um horizonte, que nos determina a dar maior ou menos importância aos valores na sua hierarquização  Qual a sua questão orientadora? Como podemos reconhecer o que é ou tem valor?
  • 25. Quais são?  CRITÉRIOS SUBJECTIVOS (PESSOAIS) – válidos para mim  B. CRITÉRIOS INTERSUJECTIVOS (SOCIOCULTURAIS) - válidos para a minha cultura/sociedade  CRITÉRIOS TRANS-SUBJECTIVOS – UNIVERSAIS – válidos pata toda a humanidade
  • 26. Tipos de valores  Úteis: dizem respeito ao bem-estar e qualidade de vida do ser humano. Ex.: Caro, Abundante  Vitais: dizem respeito à sobrevivência e segurança do ser humano. Ex. Saúde, Força, Protecção.  Estéticos: diz respeito à expressão. Ex. Harmonia, Belo., Sublime.  Religiosos: dizem respeito à relação do ser humano com a transcendência. Ex: Sagrado, Pureza, Santidade, Perfeição.  Políticos: dizem respeito à relação dos seres humanos num Estado. Ex. Justiça, Igualdade, Cidadania.  Éticos: dizem respeito às normas e critérios de comportamento que afectam todas as áreas da actividade do ser racional. Ex. Solidariedade, Honestidade, Verdade, Lealdade, Altruísmo, Solidariedade, Liberdade.
  • 28. VIVER EU COM O OUTRO DIFERENTES MODOS DE VIDA DEPENDE DA VONTADE / LIBERDADE DE CADA UM SEM INTERFERIR NA LIBERDADE DO OUTRO ÉTICA MORAL ETHOS – REFLEXÃO ACERCA DAS NORMAS – POR QUE FAZER? MORES – REGRAS, VALORES, NORMAS, ORDENS DE COMPORTAMENTO – O QUE FAZER? VIVÊNCIA INTERIOR EXTERIOR ACEITAÇÃO OU REJEIÇÃO DAS REGRAS MORAIS DEVER QUERER SABER O QUE É BOM/MAU O QUE FAZER COM A MINHA LIBERDADE? LIBERDADE DE ESCOLHA CONSCIENTE E REFLECTIDA VIVER BEM RESPONSABILIDADE - A REALIZAÇÃO DO EU, SUPÕE A REALIZAÇÃO DO OUTRO
  • 29. Dilemas valorativos  Um dilema nasce quando, perante um mesmo assunto, existem argumentos válidos a favor ou contra, assentes em valores igualmente aceites. Facto que muitas vezes torna difícil um posicionamento critico pessoal, ou então que faz divergir as opiniões das pessoas.  Há determinadas situações no nosso dia a dia que implicam que tenhamos que decidir, optando por esta ou por aquela via. Na vida das pessoas não há apenas um só caminho: perante um facto, há a possibilidade de se seguir rumos diferentes,
  • 30. Uma mulher dá à luz num hospital de Lisboa uma criança do sexo feminino. Um dia após o nascimento, a criança é raptada por uma mulher que consegue entrar no hospital sem levantar suspeitas. Passados quatro anos, depois de exaustivas investigações levadas a cabo pela polícia, a raptora é descoberta. Os tribunais vêem-se envolvidos num drama difícil, na tentativa de dar uma solução ao caso. Sabe-se, entretanto, que os pais biológicos da criança tiveram posteriormente outro filho. Por outro lado, os pais sociológicos da criança não podem ter filhos. A criança em causa está bem tratada e apresenta todas as características de desenvolvimento físico e mental normais. A situação financeira dos pais biológicos é um pouco precária, enquanto que a dos pais sociais é boa. Os pais biológicos da criança têm parentes próximos, os pais sociais não têm parentes. Devido à complexidade do problema foi instalada uma comissão de juízes para decidirem a quem entregar a criança. Tarefa: Você faz parte dessa comissão. Tente, em conjunto com os restantes juízes, chegar a uma resolução de consenso. Experiências valorativas: um caso concreto
  • 31. Ética e Profissão  A profissão tem como finalidade o bem comum e o interesse público, e tem uma dimensão social, de serviço à comunidade, que se antecipa à dimensão individual (na forma de benefício particular que se retira dela).  Todas as profissões implicam uma ética, uma vez que se relacionam sempre com os seres humanos.  A ética de cada uma das profissões depende dos deveres ou a «deontologia» que cada profissional aplique aos casos concretos que se podem apresentar no âmbito social e pessoal.
  • 32. Ética e Deontologia  A deontologia é o estudo ou ciência do que é devido (do grego to déon, que significa o necessário, o conveniente, o devido, o obrigatório; e logos- estudo).  A deontologia é um conjunto de comportamentos exigíveis aos profissionais, muitas vezes não codificados em regulamentação jurídica.  Assim, a deontologia é uma ética profissional das obrigações práticas, baseada na livre acção da pessoa e no seu carácter moral.
  • 33. O que é a Ética?  A palavra «ética» provém do grego e tem dois significados: i) o primeiro provém do termo éthos, que significa hábito ou costume; ii) originou-se posteriormente o vocábulo êthos, que significa modo ser ou carácter.  Aristóteles considera que ambos os vocábulos são inseparáveis, uma vez que é a partir dos hábitos e costumes que se desenvolve no homem um modo de ser ou personalidade.  Aristóteles foi também o primeiro a falar de uma ética como ramo da filosofia, escrevendo um tratado sobre ela («Ética a Nicómaco». Esta obra foi traduzida para o latim, tendo dado origem ao termo mos, moris (moral em português), que equivale unicamente a hábito ou costume.
  • 34. Tanto a ética como a moral têm um sentido eminentemente prático. No entanto, a ética é um conceito mais amplo: Moral é um conjunto de regras, valores, proibições e tabus, impostos de fora (pela política, costumes sociais, religião e as ideologias); Ética implica sempre uma reflexão teórica sobre qualquer moral, uma revisão racional e crítica sobre a validade da conduta humana. Assim, a ética faz com que os ideais e valores provenham da deliberação própria do homem
  • 35. O que é a Ética  A ética procura que os actos humanos se orientem no sentido da procura da rectidão. Estuda, portanto os actos que contribuem ao aperfeiçoamento.  A rectidão entende-se como a concordância entre as acções humanas com a verdade e o bem, e significa a linha apropriada para o desenvolvimento da natureza humana.
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  • 37.
  • 39. Discrição - Citações A sagacidade te guardará e a prudência te protegerá para te livrar do mau caminho do homem que diz disparates Fonte: "Provérbios 2,11-12" Se sabes algo, responde a teu próximo; se não, põe a tua mão sobre a boca Fonte: "Eclesiástico 5,12"
  • 40. Discrição - Citações Se o seu amigo tem um amigo, e o amigo do seu amigo tem também um amigo - então seja discreto Fonte: "Talmude babilónico" A discrição é a mãe da virtude Fonte: "S. Bento
  • 41. Discrição - Citações O que quiseres que outro cale, cala-o tu mesmo Fonte: "Hipólito A discrição é a perfeição da razão e um guia para todas as obrigações da vida Autor: Scott , Walter
  • 42. Um exemplo COMO ATENDER CLIENTES QUE NECESSITAM COMPRAR MEDICAMENTOS QUE EXIGEM DISCRIÇÃO O funcionário dentro de seu local de trabalho deve ter consciência do tipo de produto que está a vender. É importante, na hora do atendimento, vender ao cliente medicamentos que têm credibilidade no mercado, pois são produtos que estão à venda depois de incansável trabalho de pesquisa realizado por laboratórios que comprovam a eficácia do produto. Não é honesto para com o consumidor vender medicamentos que não estão dentro do controle de qualidade exigido, por isso a responsabilidade e o conhecimento do produto que está comercializando são muito importantes para efectivar uma venda. .
  • 43. Além desses exemplos, existem inúmeras situações em que deve existir sigilo, desde a venda de pensos higiénicos e preservativos até remédios que implicam na vida pessoal e moral do consumidor. Respeitar situações desse género é respeitar, antes de tudo, sua profissão O sigilo profissional também deve ser encarado com muita seriedade. Por meio de uma receita médica apresentada pelo consumidor podemos saber o diagnóstico e a doença. Por outro lado, o consumidor pode estar intimidado e, até mesmo, constrangido com a situação, já que muitas doenças ainda são vistas com discriminação pela sociedade. Nesses casos, é importante ser discreto e agir com naturalidade, para que a pessoa que está sendo atendida não fique ainda mais nervosa. As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são exemplos típicos de constrangimento.
  • 44. R E S E R V A ; C I R C U N S P E C Ç Ã O ; S E G R E D O ; P R U D Ê N C I A ; D I S C E R N I M E N T O Discrição