1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA
FILOSOFIA
EDWARD PEREIRA RODRIGUES JUNIOR
OS VALORES
CRISTIANE OLIVEIRA DOS SANTOS
FRANCISCA DAS CHAGAS S. ARAUJO OLIVEIRA
HERLANDO DO NASCIMENTO DIAS
JORDANA DE OLIVEIRA SILVA
SIBELE BORGES CUSTODIO
2. OS VALORES
Todo ato moral inclui a necessidade de escolher vários atos possíveis.
Valor é um termo de difícil definição. Etimologicamente vem do grego;
Axios e do latim, Aestimabile. Que quer dizer significação, não indiferença
estima. Não significa somente que consideramos a conduta boa ou
positiva, significa também que poder ser má digna de condenação ou
censura.
Dai vem à área de estudo da filosofia denominada Axiologia, que investiga
a questão dos valores humanos.
3. Os valores são qualidades potenciais que resultam da apreciação que um
individuo ou sociedade faz acerca de um objeto, de uma ação ou de um
ser real ou ideal em função da presença ou ausência de algo que é
desejável ou digna de estima.
Quando, por exemplo olhamos para algo e
pensamos que é bonito/feio
agradável/desagradável alegre/triste/, etc.
4. Quando decidimos fazer algo, estamos a realizar uma escolha.
Manifestamos certas preferências por umas coisas em vez de outras.
Evocamos então certos motivos para justificar as nossas decisões.
O comportamento moral não se faz parte de nossa vida cotidiana, é um
foto humano entre outros, mas é valioso; ou seja, tem para nos um valor.
Antes de examinar em que sentido atribuímos valor moral a um ato
humano, é preciso determinar qual o significado que damos às palavras
valor e valioso. Podemos falar de coisas valiosas e de atos humanos
valiosos.
5. Com a finalidade de esclarecer a sua essência , vejamos como o valor existe nas coisas
nela distinguindo dois modos de sua existência que exemplificaremos com um mineral
como a prata.
O objeto valioso não pode existir sem certa relação com o sujeito , nem independência
das propriedades naturais , sensíveis e físicas que sustentam o seu valor.
6. Assim, pode-se concluir que os valores fazem parte do nosso cotidiano.
A forma como nos alimentamos, vestimos ou ate como nos vivemos em sociedade reflete
os valores que nos são mais ou menos importantes. Por isso, os valores podem ser
considerados como guias da ação.
7. TIPOS DE VALORES
Valores éticos: os que se referem às
normas ou critérios de conduta que
afetam todas as áreas da nossa
atividade.
Exemplos: Solidariedade, Honestidade,
Verdade, Lealdade, Bondade, Altruísmo...
10. Valor moral ou jurídico: são os
conceitos, juízos e pensamentos que
são considerados “certos” ou
“errados” por determinada pessoa ou
sociedade.
11. VALOR ECÔNOMICO
O termo valor – hoje se estende a todos os setores de atividade humana
incluindo a moral e a econômica.
Dai surge o valor de uso e o valor de troca.
O valor de uso de objeto, segundo Marx, é determinado de acordo com a
utilidade relacionada às suas propriedades físicas;
No valor de troca o objeto passa a ser mercadoria, sendo que valor varia
no tempo e espaço.
12. DEFINIÇÃO DE VALOR
Podemos definir os valores partindo das várias dimensões em que
usamos:
a) os valores são critérios segundo os quais valorizamos ou
desvalorizamos as coisas;
b) Os valores são as razões que justificam ou motivam as nossas ações,
tornando-as preferíveis a outras.
Sendo assim, o valor não é propriedade dos objetos em si, mas
propriedades adquiridas graças a sua relação com o homem ser social
15. SUBJETIVISMO AXIOLÓGICO
1ª Tese – O subjetivismo transfere o valor do objeto para o sujeito e o
faz depender do modo como a presença do objeto me afeta.
Ex.: a prata é bela não porque ela o é, mas porque no meu pescoço
ela se destaca ficando assim bela (depende da emoção ou do
sentimento do sujeito). Não há valores em si, mas somente em
relação com o sujeito.
16. O BJETIVISMO AXIOLÓGICO
1ª Tese – separação radical entre valor e bem. Há objetos valiosos em si,
isto é, independentemente do sujeito. Os valores são independentes dos
bens nos quais se encarnam, ou seja, para existir, não precisam de se
encarnar nas coisas reais.
2ª Tese – separação entre valor e existência humana. São valores em si e
não para o homem. Não precisam ser postos em relação com os homens
e não precisam de ser relacionados com as coisas.
17. ARGUMENTOS DO SUBJETIVISMO AXIOLÓGICO
O subjetivismo possibilita que cada sujeito expressa a sua opinião com total
liberdade – reforça a liberdade de expressão.
Afinal, só agimos livremente apenas quando damos voz aos nossos
sentimentos e agimos de acordo com eles.
O subjetivismo promove também a tolerância (que é um valor positivo) entre
as pessoas com convicções morais diferentes, pois não há nenhuma verdade
certa.
18. Quando percebemos simultaneamente que as distinções entre o certo e o
errado dependem dos sentimentos de cada pessoa, e que os sentimentos
de uma não são melhores nem piores que os de outra, tornamo-nos mais
tolerantes, mais capazes de aceitar como legítimas as opiniões e as ações
que vão contra as nossas preferências.
19. OBJEÇÕES AO SUBJETIVISMO AXIOLÓGICO
O subjetivismo axiológico afirma que:
a verdade dos juízos morais depende da perspectiva do sujeito
os juízos de valor dependem do sentimento de aprovação e reprovação do sujeito.
Assim, segundo o subjetivismo axiológico, não existem valores aceites universalmente.
O subjetivismo, ao defender que a veracidade ou falsidade dos juízos de valor depende da
opinião de cada sujeito, permite que qualquer juízo moral seja verdadeiro.
20. De modo, o subjetivismo faz da ética um domínio completamente arbitrário(caótico). À luz
desta teoria, nenhum ponto de vista, por muito monstruoso ou absurdo que seja, pode ser
considerado realmente errado ou pelo menos pior do que outros pontos de vista
alternativos.
Exemplos:
(1) Toda as pessoas que não sejam de raça ariana devem ser mortas!
(2) Bem, se é a opinião dele, que se pode fazer?
(3) Apena de morte devia ser abolida. Afinal, para mim, o mais importante é a vida.
(4) Não concordo nada. Para mim, ainda mais importante é a justiça!
21. OBJEÇÕES AO SUBJETIVISMO AXIOLÓGICO
O subjetivismo, ao defender que a veracidade ou falsidade dos juízos de
valor depende da opinião de cada sujeito, tira todo o sentido ao debate
racional sobre questões morais.
22. O objetivo dos debates racionais sobre questões morais é o progresso. O progresso
implica a passagem de um valor moral para outro ainda melhor, o que só é possível se
houver valores melhores que outros. Se todos os valores têm a mesma importância
(variam é de pessoa para pessoa), então os debates deixam de fazer sentido.
Questões:
1. A vida é mais importante que a justiça!!
2. Nada disso! A justiça é muito mais importante!
Conclusão: Calma, gente! Não sabem que, segundo o subjetivismo axiológico, ambos
têm razão?
23. OBJETIVISMO AXIOLÓGICO
O objetivismo axiológico afirma que:
a verdade dos juízos morais não depende da perspectiva do sujeito
os juízos de valor transcendem o sujeito.
Assim, segundo o objetivismo axiológico existem verdades absolutas.
24. ARGUMENTOS DO OBJETIVISMO AXIOLÓGICO
Argumento da capacidade explicativa
O objetivismo explica melhor o facto de pensarmos que há opiniões e razões que pesam mais
(a dos especialistas), e outras, menos, na justificação dos nossos juízos de valor, pois os
valores fazem de facto parte do mundo, ainda que seja especialmente difícil encontrar o
acordo e a verdade sobre eles.
Argumento de coincidência de valores
Apesar da enorme diversidade de pessoas, experiências, culturas e tempos, há uma imensa
coincidência em algumas verdades fundamentais acerca de valores, mesmo com exceções,
atribuíveis a erros ou a falta de informação.
Argumento do Progresso
O progresso implica a passagem de um valor moral para outro ainda melhor, o que só é
possível se houver valores melhores que outros, tal como é dito pelo objetivismo
25. OBJEÇÕES AO OBJETIVISMO AXIOLÓGICO
Existe uma objeção contra o objetivismo axiológico muito importante!
Quando um objetivista julga que aquilo que acredita é a verdade absoluta, gera em si
uma incompreensão e intolerância perante os que não acham o mesmo. Este tipo de
pensamento pode levar a conflitos dentro da sociedade. É importante que ter sempre
reservas sobre aquilo que nós acreditamos e o que os outros acreditam!
Exemplo:
A raça ariana é melhor que todas as outras!
Isso é o que tu pensas! Não concordas? Prepara-te para as consequências
26. A OBJETIVIDADE DOS VALORES
• Esta vinculada ao ser (humano, social)
• Os valores são criações humanas (do ser pelo ser)
28. VALORES MORAIS
Valor moral: Abstrato, existe nos atos e produtos humanos
Ex: comportamento, interação sociais, decisões tomadas, produto e aplicação dos atos.
• Os valores morais referem-se às relações das pessoas em sociedade.
• Exemplos: A verdade, a honra, a liberdade, a responsabilidade, a justiça etc.
• São juízos de moral:
Ex: Aquele homem é justo.
29. VALORES NÃO MORAIS
• Possuem um base material real:
EX: Agua, ar que respiramos, cadeira, prato, carro, celular, roupa.
• É um juízo da realidade:
EX: O relógio é bom
O uso do “bom” não possui nenhum significado moral. Um bom relógio é um
relógio que realiza positivamente, o valor correspondente: o da utilidade,
cumpre a necessidade humana concreta à qual serve.
30. Segundo Vásquez os objetos com os quais
trabalhamos, não se prestam a análise
sob o ponto de vista moral, ou seja são
destituídos de valor moral. Os valores
atribuídos aos objetos diz respeito a
funcionalidade dos mesmos. O autor traz
o exemplo da faca que pode ser
considerada boa, enquanto cumpre a
função de cortar, para a qual foi
fabricada contudo pode ser usada para
diferentes fins, como por exemplo, a
serviço de um ato mau, como é o caso do
assassinato de uma pessoa.