O documento apresenta uma introdução à semiótica aplicada, discutindo conceitos como signos, linguagens verbais e não verbais, classificação de signos segundo Peirce, e como analisar e interpretar signos. É apresentada a estrutura filosófica de Peirce e exemplos de como diferentes signos podem ser interpretados.
O que radiografias, cavaletes e Inovação Centrada no Usuário tem em comum?
Semiótica Aplicada
1. xintrodução à semiótica aplicada h.d.mabuse
mabuse@cesar.org.br
Tópicos Avançados em Design e Tecnologia II - MPD 2014.2 - Recife, 25 e 26 de Abril de 2015
35. "a semiótica é a ciência que tem
como objetivo o exame dos modos
de constituição de todo e qualquer
fenômeno, como fenômeno de
produção de significação e de
sentido”
(Lucia Santaella, 1983/2004, p. 13).
36. "O sentido de uma palavra é a soma
de todos os fatos psicológicos que
ela desperta em nossa consciência.
Assim, o sentido é sempre uma
formação dinâmica, fluida,
complexa, que tem várias zonas de
estabilidade variada.
37. …O significado é apenas uma
dessas zonas do sentido que a
palavra adquire no contexto de
algum discurso e, ademais, uma
zona mais estável, uniforme e
exata. Em contextos diferentes a
palavra muda facilmente de
sentido…
38. O significado, ao contrário, é um
ponto imóvel e imutável que
permanece estável em todas as
mudanças de sentido da palavra
em diferentes contextos. Foi essa
mudança de sentido que
conseguimos estabelecer como
fato fundamental na análise
semântica da linguagem"
(Vigotski, 1934/2001b, p. 465).
39. Charles Sanders Peirce Cambridge, 10 de setembro de 1839
Milford 19 de abril de 1914
Filósofo, pedagogo, cientista, matemático, biólogo…
44. lógica crítica
estudo das formas
de inferência
raciocínios e
argumentos.
Estruturados através
dos signos.
gramática
especulativa
estudo de todos
tipos de signo e as
formas de
pensamento que
possibilitam.
retórica
especulativa
estuda os princípios
do método científico,
como deve ser
conduzida e
comunicada.
46. “a semiótica não é uma chave
mágica que abre as portas de
processos de signos cuja teoria e
prática desconhecemos. ela
funciona como um mapa lógico que
traça as linhas dos diferentes
aspectos através dos quais uma
análise deve ser conduzida”
(Lucia Santaella, 2008, p. 6).
49. secundidadeprimeiridade terceiridade
a tríade fundamental
Reação / RelaçãoQualidade
Representação /
Mediação
Você percebe que
vem de um prédio.
Um brilho ofusca
sua visão.
Entende qual o tipo
de arquitetura.
50. secundidadeprimeiridade terceiridade
a tríade fundamental
Reação / RelaçãoQualidade
Representação /
Mediação
Você percebe que
vem de um prédio.
Um brilho ofusca
sua visão.
Entende qual o tipo
de arquitetura.
ComportamentalVisceral Reflexivo
don norman
53. “Comprei uma mesa
de trabalho” a
palavra MESA.
Representa para a pessoa (intérprete) uma estrutura de quatro
suportes verticais com um tampo horizontal (é outro signo)
59. 1ª TRICOTOMIA
O quali-signo é uma qualidade
sígnica imediata, tal como a impressão
causada por uma cor. O quali-signo é
uma espécie de pré-signo, pois se
essa qualidade se singulariza ou
individualiza, ela se torna um sin-signo.
Ex.: as impressões que as cores azul e rosa podem
causar em um indivíduo, antes de singularizadas, são
quali-signos, meras sensações ou qualidades.
60.
61. 1ª TRICOTOMIA
O sin-signo é o resultado da
singularização do quali-signo. A partir de
um sin-signo pode-se gerar uma ideia
universalizada (uma convenção, uma lei
que substitui o conjunto que a
singularidade representa), tornando-se
assim um legi-signo.
Ex.: se o indivíduo acha que as sensações são de seriedade,
para o azul, e de delicadeza, para o rosa, é porque ele percebe
essas cores dessa forma singular.
62. 1ª TRICOTOMIA
O legi-signo é o resultado de uma
impressão mediada por
convenções, por leis gerais
estabelecidas socialmente.
Ex.: a idéia geral de que “azul transmite seriedade e
deve ser associada ao sexo masculino” e “rosa
transmite delicadeza e deve ser associada ao sexo
feminino” é uma convenção. Essa idéia se tornou uma
lei geral, culturalmente convencionada em nossa
sociedade. Trata-se agora de um legi-signo.
63.
64.
65. 2ª TRICOTOMIA
O ícone, de forma semelhante ao
quali-signo, representa uma parte da
semiose em que se destacam alguns
aspectos qualitativos do objeto. O
ícone é o resultado da relação de
semelhança ou analogia entre o
signo e o objeto que ele substitui.
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71. 2ª TRICOTOMIA
O índice, assim como o sin-signo,
resulta de uma singularização. Um
signo indicial é o resultado de uma a
relação por associação ou
referência. A categoria indicial se
evidencia pelo vestígio, pelos
indícios.
76. 2ª TRICOTOMIA
O símbolo resulta, tal como o legi-
signo, da convenção. A relação entre
o signo e o objeto que ele representa
é arbitrária, legitimada por
regras.
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81. toda letra é um símbolo.
toda palavra é um símbolo.
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87. 3ª TRICOTOMIA.
Em lógica formal, o rema corresponde
ao que se chama de termo, isto é, um
enunciado impassível de averiguação
de verdade. Em língua portuguesa, uma
palavra qualquer (“menino”, por exemplo)
fora de um contexto sintático é um rema.
88. 3ª TRICOTOMIA
Se a palavra “menino” se insere em uma sentença,
como em “o menino está doente”, podemos
verificar seu grau de veracidade. Em lugar de um
termo, temos uma sentença; em Semiótica, essa
sentença chama-se dicente (dici-signo ou
dissisigno). Investigamos se o menino está
verdadeiramente doente porque a sentença não nos
forneceu os motivos pelos quais se afirmou isso,
mas temos elementos para tal averiguação.
89. 3ª TRICOTOMIA
Se houvesse informações comprobatórias, não
se trataria mais de um dicente, mas de um
argumento. A sentença “O menino está doente
porque apresenta manchas vermelhas e
temperatura alta” traz um raciocínio
completo, justificado, com caráter
conclusivo. Nesse caso, temos então um
argumento.
90. vamos para a rua,
fotografar signos que
estão ao nosso redor.
amanhã vamos
conversar sobre os
signos.
(postem as fotos no grupo no facebook).
91. bom dia, antes de vermos as
fotos, um pequeno
comentário…
106. tornar-se
disponível
para o que
está diante
dos olhos
sem
julgamentos
olhar
contemplativo
auscutar os
fenômenos
1.Contemplar
saber
diferenciar os
seus
elementos do
contexto
como se
corporifica
olhar
observacional
distinguir
partes e todo
2.Descriminar
extrair de um
dado
fenômeno o
que ele tem
em comum
com uma
classe geral.
Generalizar
abstrair geral
do particular
3.Generalizar
107. como analisar as
mensagens?
em si
mesmas, nas
suas
propriedades
internas.
analisadas
no seu
aspecto
singular
examinadas
no seu
carater geral
quali-signos sin-signos legi-signos
110. h.d.mabuse
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mabuse.art.br
@hdmabuse
www.slideshare.net/h.d.mabuse
Bibliografia:
Flusser, V. (2004). Língua e Realidade. São Paulo: Annablume.
Hall, S. (2012). This Means This, This Means That. London: Laurence King
Publishers.
Ponzio, A., Calefato, P., & Petrilli, S. (2007). Fundamentos de Filosofia da
Linguagem. Petrópolis: Vozes.
Santaella, L. (1983). O que é Semiótica (20a. ed.). São Paulo: Editora Brasiliense.
Santaella, L. (2008). Semiótica Aplicada. Cengage Learning.
Farias, P. L. (n.d.). Imagens, diagramas e metáforas: uma contribuição da
semiótica para o design da informação.
Videos:
O Fenômeno explicado pelos Muppets
Um pouco de Semiótica do Big Bang Theory
Sherlock e a dificuldade de fazer uma análise semiótica de Irene Adler
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Obrigado.