Capítulo 20 international applications of agenda setting theory
2013.5.13 força do melhor argumento na deliberação
1. A força do melhor argumento na
deliberação (Jürg Steiner, 2012)
Profa. Dra. Devani Salomão
Apresentado em 6/11/2013
2. O que é um bom argumento?
• Para Habermas ele deve ser encontrado
em uma discussão mútua, onde todos tem
uma voz igual.
• John S. Dryzek coloca que "nenhum
indivíduo pode possuir autoridade
individual na base de qualquer coisa que
não seja um bom argumento”.
3. Controvérsia
• A controvérsia diz respeito à questão de
até que ponto as pessoas são razoáveis e
podem concordar e quais são os melhores
argumentos, para que haja probabilidade
de consenso.
4. Deliberação ideal
• Joshua A. Cohen enfatiza que "a
deliberação ideal tem como objetivo
chegar a um consenso que tenha sido
racionalmente motivado".
• Nem Habermas nem Cohen argumentam
que a deliberação vai sempre levar a um
consenso, pois ele apenas expressa
esperança que este pode ser o caso.
5. Acordo estratégico
• Pellizzoni entende que a deliberação pode
levar a acordos não estratégicos. Para
ele, "o propósito da deliberação não é se
chegar a um acordo sobre as razões para
a escolha, mas chegar a um acordo não
estratégico”.
• Postula um diálogo no qual a
argumentação é cautelosa e não
categórica.
6. Quebra do consenso
• Christian F. Rostbøll postula que, às vezes, a
deliberação tem a tarefa de romper o
consenso: "Sob certas condições, devo
argumentar, a deliberação deve visar não a
criação de um consenso mas deve visar a
quebra de um consenso existente, pelo
menos como um passo inicial". Ele menciona
a dominação de qualquer espécie, em
especial dos trabalhadores sob o capitalismo.
7. Colômbia: experimento de
mudança de posição
• 1. O falante indica uma mudança de
posição: dá como razão para mudar os
argumentos ouvidos durante o
experimento.
• 2. O faltante indica uma mudança de
posição: não se refere aos argumentos
ouvidos durante a discussão em grupo.
8. Colômbia: o melhor argumento
não é motivo de mudança
• 3. O falante não indica uma mudança de
posição: ele reconhece o valor das outras
posições ouvidas durante o grupo
discussão.
• 4. O falante não indica uma mudança de
posição: ele não reconhece o valor de
outras posições ouvidas durante o grupo
discussão.
9. Não deve haver pressão social para o
consenso como a única forma deliberativa.
Se todas as posições minoritárias estiverem
devidamente consideradas e uma decisão
precisa ser tomada urgentemente, não há
nada de errado com a votação por maioria
do ponto de vista deliberativo.
10. Consenso & Perspectiva deliberativa
• Hélène Landemore e Scott E. Page enriquecem a
discussão sobre consenso contra a votação por
maioria a partir de uma perspectiva deliberativa.
• Argumentam que o consenso é apropriado para
a resolução de problemas, por exemplo, sobre o
que fazer com o desemprego elevado, ao passo
que a regra da maioria se encaixa melhor
quando previsões têm de ser feitas, por
exemplo, como o desemprego irá se desenvolver
nos próximos 12 meses.