SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
Baixar para ler offline
1



Prêmio Victor Civita 2011
Educador Nota 10


Língua Portuguesa – 6° ao 9° ano
Relatório analítico do processo de seleção de trabalhos
Selecionador: Claudio Bazzoni


   1) Quadro geral dos trabalhos encaminhados:


Este relatório refere-se à leitura de 227 trabalhos de Língua Portuguesa, dirigidos a
alunos do 6° ao 9° ano do ensino fundamental.
Neste ano, identificamos algumas tendências já detectadas em versões anteriores do
Prêmio. A maior parte dos trabalhos encaminhados à Fundação Victor Civita é
desenvolvida por professoras (85% dos participantes são do sexo feminino) que têm
curso de pós-graduação, que trabalham em escolas públicas situadas em zonas urbanas
do país.
Os dois gráficos abaixo mostram a área de procedência e a categoria da escola em que
atuam as professoras e os professores que concorreram ao Prêmio 2011:


Localização da escola
2



Categoria da escola




Há pouca diferença desses números em relação aos do ano passado. O que podemos
observar é que neste ano (2011), em comparação com 2010, houve uma diminuição
sensível da participação das escolas privadas.
Quanto à formação dos professores participantes, os números também são praticamente
os mesmos do ano passado: 62% dos professores são pós-graduados; 35% têm o curso
superior completo. Os números relativos à formação acadêmica são estes:
3



Como nos dois últimos anos, a região SE foi a que encaminhou mais trabalhos, com
destaque para os estados de São Paulo (56) e de Minas Gerais (19). A região Nordeste
aparece em segundo lugar, com destaque para os estados do Ceará (13) e da Bahia (12).
Depois a região Sul, com destaque para Rio Grande do Sul (19 trabalhos), seguida pela
região Norte, com destaque para o estado do Pará (sete trabalhos) e região Centro-oeste,
com destaque para Mato Grosso do Sul e Goiás (cinco). O gráfico abaixo mostra a
distribuição dos 227 trabalhos, por região:




Aqui podemos destacar o aumento do número dos trabalhos provenientes da região
Norte (aumento de 3% em relação ao ano anterior).


   2) Os trabalhos analisados
O gráfico a seguir vai mostrar que muitos dos trabalhos que concorreram ao Prêmio
2011 propunham uma abordagem integrada e conjunta das práticas de leitura e de
escrita. No ano passado, enfatizamos o quão positivo é integrar as práticas de linguagem
(práticas de escuta e de fala/ práticas de leitura e de escrita/ práticas de análise
linguística). Essa maneira de desenvolver conteúdos do curso de Língua Portuguesa
revela uma concepção de língua e de linguagem como prática, sempre situada em
contextos de uso. Aproximar práticas de leitura e de produção de texto é ótima maneira
de envolver os alunos nas diversas situações comunicativas. O gráfico vai mostrar
também que alguns professores buscaram estabelecer articulações entre leitura e
4



oralidade, oralidade e produção, o que revela uma compreensão de que fala e escrita,
longe de serem dicotômicas, são fenômenos linguísticos que, quando articulados,
permitem que o aluno se envolva com a palavra e adquira a segurança necessária para
participar ativa e intensamente da construção de sentidos dos mais variados textos e
contextos. Muitos professores - acertadamente - já não pensam a escrita como mera
transcrição da fala, e trabalham a oralidade do aluno não para corrigir os erros, mas para
possibilitar acesso a usos da linguagem mais formalizados e convencionais, que exigem
controle mais consciente e voluntário da fala.
Trabalhando de forma integrada as modalidades de linguagem, trabalhando
conjuntamente leitura e escrita, transitando do oral ao escrito e do escrito ao oral, os
alunos podem perceber as semelhanças e diferenças entre fala e escrita, podendo
compreendê-las como um continuum entre formalidade e informalidade que perpassa
diferentes gêneros textuais orais e escritos.




Os números mostram inequivocamente que os professores de Língua Portuguesa visam,
sobretudo, ao aperfeiçoamento das práticas de leitura e de produção de textos, que é
uma maneira eficaz de formar leitores e escritores.
5



Vale lembrar que, quando o foco de ensino é a leitura, a aprendizagem volta-se para a
busca e o reconhecimento de informação, para a construção do conhecimento a partir da
palavra lida, do pensamento formulado por outro, em diálogo com o leitor. Na prática
da produção escrita, o aluno lida com o conhecimento de forma diferente, torna-se
sujeito que não apenas colhe, interpreta, infere, mas que diz, que expressa opinião, que
comunica aos outros a visão de mundo1. Por isso o exercício de autoria – a busca do que
e como dizer - associado à prática da leitura consolida a autonomia de pensamento e
auxilia o aluno a apropriar-se dos conhecimentos. Em suma é bastante positivo que a
maioria dos trabalhos encaminhados promova a aprendizagem da língua considerando
conjuntamente as práticas de leitura e de escrita.
Outra característica dos trabalhos encaminhados que parece estar consolidada incide
sobre a justificativa apresentada. A esmagadora maioria delas apóia-se em fundamentos
das principais teorias que nas últimas décadas do século XX e nos primeiros anos do
século XXI passaram a influenciar as metodologias do ensino da língua materna. As
teorias de aprendizagem, de letramento e as de texto/ discurso que consideram aspectos
cognitivos, sociopolíticos, enunciativos e linguísticos dos textos fundamentam as
práticas dos professores.
É importante frisar que graças a essas teorias que descrevem/ explicam os usos da
língua, pudemos ampliar significativamente as estratégias e os conhecimentos
disponíveis sobre os processos linguísticos de construção e reconstrução de sentidos;
pudemos também considerar como questão central nos cursos de LP promover a
interação entre conhecimento e parceiros envolvidos, consolidando o papel ativo do
aprendiz nas aprendizagens. Partir do pressuposto de que no dia a dia participamos de
várias esferas de atividades, comunicando-nos nelas mediante os gêneros textuais que
circulam é ter possibilidade de participar adequada e plenamente das práticas de
linguagem.
Contudo não basta uma boa justificativa para que o trabalho seja bom... Os critérios
não-classificatórios adotados nos últimos anos continuam preponderantes, o que revela
a dificuldade de os professores colocarem em prática os princípios teóricos com que
justificam o trabalho. Muitos dos que foram encaminhados não detalharam as etapas
metodológicas (31%) e deixavam de apresentar conteúdos específicos de Língua
Portuguesa (22%), como mostra o gráfico a seguir:

1
    Cf. FORTUNATO, Márcia. Tese Autoria e Aprendizagem da escrita. São Paulo, USP, 2009, p. 35
6



Critérios não-classificatórios




Revelando os critérios não-classificatórios
O não detalhamento das etapas da sequência é o problema mais recorrente nos
trabalhos encaminhados, nos últimos anos. Detalhar o passo a passo - a descrição
metodológica - é determinante, para a consistência do relato. Não basta expor o projeto
a ser desenvolvido, definir objetivos e conteúdos a serem trabalhados e apenas listar as
atividades propostas, omitindo, no relato, os encaminhamentos, os procedimentos que
foram ensinados.
O relato do trabalho fica completo, quando aparece descrito a maneira como as
atividades foram orientadas, quando é possível ver as preocupações e o trabalho do
professor em sala de aula. Em outras palavras, quando aparece o que o professor propõe
e como fez para realizar a sequência e garantir as aprendizagens. Nos
panoramas/relatórios dos anos anteriores, procuramos mostrar como o professor poderia
7



detalhar o passo a passo, ao propor um trabalho que envolvia pesquisa, ou abordagens
de gêneros como seminário, resumo, poemas. Confira!

Outro problema bastante recorrente em muitos trabalhos enviados neste ano (2011) e em
anos anteriores está relacionado a não explicitação dos conteúdos trabalhados. Em geral,
esses trabalhos (em 2011, 20% do total) descrevem propostas interdisciplinares
motivadas por temas geradores (bullying, água, cultura africana, dengue, meio
ambiente, sexualidade, história da cidade etc.) e propõem genericamente como
“conteúdos” a leitura de diversos gêneros e a produção de texto, sem indicar que
procedimentos ou conteúdos específicos de leitura ou de produção são efetivamente
trabalhados. Afirmar apenas que se trabalha “a leitura” e “a escrita” é muito amplo, por
isso vago. Leitura e escrita são atividades complexas, plurais que se desenvolvem em
várias direções. É preciso lembrar que cada gênero institui um ritual de leitura, que as
estratégias (que devem ser ensinadas!) mudam em função dos modos de leitura e dos
propósitos sociais, dos aspectos comunicativos e interacionais dos gêneros e da situação
comunicativa.
Em um trabalho interdisciplinar motivado por um tema gerador, o professor de LP não
pode perder de vista os conteúdos que pretende ensinar com a leitura dos textos: que
modo de leitura será praticado, que procedimentos os alunos vão aprender, que análise
da estrutura do gênero vai ser feita, que recursos da linguagem vão ser reconhecidos,
destacados e analisados etc. Da mesma forma, nas atividades de produção, o professor
não pode perder de vista o que precisa ser ensinado: a pesquisa (quando o aluno
necessitar realizar uma), o planejamento do texto, a consideração do leitor virtual, o
rascunho, a revisão.
Observando o gráfico da página 6, notamos que há também um número grande de
trabalhos   considerados   superficiais.   Esses   trabalhos   apresentam    estratégias
metodológicas que não favorecem o aprofundamento necessário para que os alunos
atinjam os objetivos propostos. Por exemplo, leitura/ oralização de poemas em que cada
aluno lê uma estrofe; estudos focados em ortografia, cuja única estratégia é a
memorização da grafia das palavras; leitura de gêneros variados sem que as abordagens
variem, já que não lemos da mesma maneira reportagens, poemas ou cartas.
Consideramos superficial o aluno estabelecer contato com gêneros diferentes de texto,
sem construir suas interpretações, considerando a finalidade, os parceiros legítimos da
8



situação de comunicação, o lugar e o momento, o suporte e a organização textual
próprios de cada gênero.
A incompatibilidade entre os objetivos ou conteúdos apresentados e a descrição
metodológica é outro problema observado para a não classificação de um trabalho.
Nesse caso, os professores expõem o projeto a ser desenvolvido, fazem uma sondagem
inicial, para obter o quadro de dificuldades da classe (para definir os aspectos em que
deveriam intervir e o caminho que o aluno precisaria percorrer), mas as etapas
subseqüentes da sequência distanciam-se dos problemas identificados na primeira
produção. Em outras palavras, em nossa avaliação, o professor não dá aos alunos os
instrumentos necessários para que superem as dificuldades detectadas.
Outra fragilidade nos trabalhos que nos chegam é a ausência de indicadores de
avaliação. É muito vago escrever que a avaliação foi “processual e contínua”. Os
instrumentos de avaliação podem variar bastante, dependendo justamente dos objetivos
específicos. A avaliação, assim, teria de servir para observar as dificuldades dos
estudantes e a eficácia do método aplicado pelo professor, pois só quando os objetivos e
os conteúdos estão explicitados e o passo a passo descrito, é possível estabelecer bons
instrumentos e critérios de avaliação.
Neste ano, assim como em anos anteriores, um número significativo de trabalhos (em
2011, 19% do total) tinha como foco um evento, uma culminância, alguma atividade.
Em muitas das propostas encaminhadas a questão maior não era o ensino de estratégias
de abordagem, de compreensão, de interpretação, mas “a sacola com diário de leitura
coletiva”, “as tendas temáticas”, “o concurso de leitura”, “um festival”, “a feira de
livros”, “uma inauguração”, “uma viagem”, “um recital para os pais”, “uma festa para
comemorar o aniversário da escola”... Em geral, trabalhos voltados para algum evento
deixam de apresentar os conteúdos e os procedimentos, também não apresentam as
aprendizagens que querem garantir aos alunos nem aparecem os indicadores de
avaliação. A preocupação com espaços de leitura, a preocupação com a organização das
atividades de culminância - apresentações em que os alunos declamam poemas, leem
contos etc. - são legítimas e importantes, mas devem ser vistas como um dos objetivos e
não o único objetivo de um trabalho que pretende aprimorar as habilidades leitoras e
escritoras dos alunos.
Alguns trabalhos apresentam também um número excessivo de conteúdos. É bom
lembrar que o plano de curso é diferente de um recorte de conteúdos selecionados para
9



ser focalizados em sequências didáticas ou projetos. O trabalho do professor torna-se
mais produtivo e as aprendizagens dos alunos mais facilmente monitoradas, quando
alguns conteúdos são delimitados, quando há foco no que é trabalhado.
Há também os trabalhos que são desclassificados. Neste ano (2011) 9% dos trabalhos
enviados foram desclassificados, por não terem sido finalizados (a maioria dos que
foram desclassificados), por serem destinados a alunos do ensino médio, por ultrapassar
(em muito) o número de páginas previsto no regulamento, por terem sido desenvolvidos
fora do período indicado no regulamento, por não serem feitos ou inscritos por um
professor em exercício.


Sugestões para a próxima edição do Prêmio
Continua valendo a sugestão feita no relatório anterior, qual seja, que os professores
considerem com mais cuidado a noção de sequência didática. No relatório de 2010,
indicamos a leitura do capítulo 4 – “Sequências didáticas para o oral e a escrita:
apresentação de um procedimento” (p. 95-128) -, do livro Gêneros orais e escritos na
escola (Campinas: Mercado de Letras, 2004), de SCHEUWLY, B., DOLZ, J. e
colaboradores. Nesse capítulo, encontramos uma definição de sequência didática e a
estrutura básica de uma sequência: apresentação da situação, a primeira produção,
os módulos (ou oficinas). Conforme os autores do capítulo, o movimento geral da
sequência didática vai da produção inicial aos módulos, cada um trabalhando um ou
outro aspecto necessário ao domínio de um gênero, e três questões podem ser colocadas
quanto ao encaminhamento de decomposição e de trabalho sobre problemas isolados: 1.
Que dificuldades da expressão oral ou escrita abordar? 2. Como construir um módulo
para trabalhar um problema particular? 3. Como capitalizar o que é adquirido nos
módulos?”(p.103)
No relatório de 2010, apresentamos como sugestão a utilização desse modelo de
sequência didática. Mostramos como poderia ser desenvolvida, caso o objetivo fosse
produzir um texto de um gênero determinado. Naquela ocasião, afirmamos que a
sequência modular poderia ser adaptada às modalidades de linguagem com que o
professor desejasse trabalhar.
O gráfico a seguir apresenta um quadro aproximado dos gêneros que foram escolhidos
pelos professores concorrentes ao Prêmio – 2011, para estudo e aprofundamento em
sequências didáticas.
10




Podemos observar que a categoria “gêneros diversos” é a que traz o maior número de
trabalhos. Ou seja, se levarmos em conta a noção de sequência didática acima, que parte
de uma sondagem e prevê módulos para o enfrentamento das dificuldades presentes na
avaliação inicial, é praticamente impossível, num tempo determinado, restrito, o
professor trabalhar, na profundidade desejável, concomitantemente reportagens,
poemas, cartas, folders, relatos, editoriais...
Vale lembrar o que escrevemos no relatório de 2010. A identificação das características
do gênero é um conhecimento muito útil, para interpretarmos e atribuirmos sentidos aos
textos, mas pode dar uma visão incompleta e enganadora dos gêneros. Não se pode
transformar o trabalho com os gêneros em um conjunto de atividades meramente
classificatórias e metalinguísticas não convergentes para o uso, sem refletir sobre os
contextos das esferas em que circulam, sem explorar a sua situação comunicativa (autor/
leitor/ ouvinte, local de circulação/ publicação), conteúdo temático e construção
composicional e marcas linguísticas. Daí ser preciso muito cuidado ao organizar uma
sequência que proponha a leitura e a produção de “gêneros diversos”.
11



Nossa sugestão é pautar a escolha dos gêneros, considerando a atividade discursiva que
caracteriza as diferentes esferas em que os textos circulam. É importante que se
selecione gêneros que possam aproximar as modalidades oral e escrita da linguagem e
que tenham contextos convergentes. Por exemplo, artigo de divulgação científica/
seminário; notícia, reportagem/ notícia televisiva e radiofônica; artigo de opinião/
comentário; carta de solicitação e de reclamação/ debate etc. Em outras palavras, é
necessário observar os possíveis entrelaçamentos entre os gêneros. A biografia, gênero
da esfera escolar, combina com entrevista, currículo, blogs e postagens no facebook,
gêneros que o biógrafo pode consultar para a produção da biografia. Na esfera literária,
alguns dos elementos do conto podem ser observados na piada, nas HQs, nos relatos de
fatos cotidianos, nos relatos históricos. E assim por diante...
Mais difícil seria trabalhar em uma sequência contos, verbetes de enciclopédia, artigos
de opinião, entrevistas, canção, pois os contextos de produção desses gêneros não são
convergentes, o que não impede, obviamente, de encontrar uma ou outra característica
comum nesses gêneros.
Assim, a decisão de abordar vários gêneros requer, como dissemos, muitos cuidados de
natureza didática: a organização do tempo, o planejamento do trabalho em sequência
didática, o entrelaçamento dos gêneros.


Os projetos indicados
Professora: Mara Rúbia Corrêa Maia Rego
Título do trabalho: Pescadores de Histórias: Escritores de Memórias
Cidade: Parintins
Estado: AM


Pescadores de Histórias: Escritores de Memórias é um trabalho voltado principalmente
para produção de texto. O intuito é produzir textos de diferentes gêneros a partir de
pesquisa das histórias contadas por pescadores de Parintins. Os alunos de 8° ano visitam
as famílias de pescadores e escrevem os relatos ouvidos, escolhendo o gênero mais
adequado: receita, memória, conto, causo, poema, biografia.
O trabalho é relevante, porque valoriza o universo cultural dos alunos, que escrevem
sobre algo que faz parte do universo deles. O texto produzido funciona, de certo modo,
como a materialização desse universo.
12



Conforme o relato da professora Mara Rúbia, a turma do 8° ano que realizou o trabalho
era bastante heterogênea, composta por alunos indígenas e outros procedentes de
escolas da zona rural. A proposta favoreceu o envolvimento de todos nas atividades de
produção escrita.
O percurso começou com uma conversa sobre “projetos” e com o levantamento do
perfil dos alunos e dos seus familiares. Depois os alunos foram orientados a
“infiltrarem-se” nas famílias dos pescadores (em muitos casos na própria família) e
colherem os relatos, que foram gravados e posteriormente escritos. Os resultados dessa
“coleta” foram textos de gêneros variados que foram reunidos e publicados em uma
revista.
No desenvolvimento do trabalho, os alunos puderam refletir sobre as diferenças e as
semelhanças na organização de textos utilizados em diversos contextos de uso
linguístico; puderam analisar a estrutura dos textos narrativos; puderam observar as
diferenças entre linguagem oral e escrita, bem como analisar o uso das diferentes
variedades linguísticas. A expectativa da professora era a de que os alunos
conseguissem registrar os relatos ouvidos em textos escritos claros, coerentes e com
uma função social definida.
A sequência didática é muito boa, mas as atividades para a preparação da revista
poderiam ser mais cuidadas, principalmente o trabalho de transcrição dos relatos, para
que os estudantes percebessem que há maneiras diferentes de utilizar a linguagem,
dependendo do contexto social e da situação de uso. Faltaram aprofundamentos,
reflexões e atividades que favorecessem a apropriação dos gêneros que foram
produzidos. O processo de revisão dos textos é outro ponto que poderia ser melhorado.
Importante destacar que os gêneros coletados e escritos foram materializados na forma
de revista e posteriormente divulgados na comunidade. Conforme o relato da
professora, o impacto da revista entre os pescadores de Parintins foi brutal: a
comunidade de pescadores além de financiar 200 exemplares da revista, participou
também do seminário final.




Professora: Gleiciane Rosa Vinote Rocha
Título do trabalho: Entrevista: um encontro combinado com personalidades do nosso
bairro
13



Cidade: Barra Mansa
Estado: RJ


Entrevista: um encontro combinado com personalidades do nosso bairro é um trabalho
voltado para o gênero entrevista. Além das “características do gênero” (título, texto
introdutório, perguntas instigantes), a professora trabalhou a modalidade oral da língua.
Os alunos aprenderam a editar entrevistas orais, eliminando marcas características da
linguagem oral e refletindo sobre níveis de formalidade e a interação num discurso.
O trabalho foi proposto para que os alunos conhecessem o gênero, observassem o nível
de formalidade em entrevistas, produzissem uma entrevista oral com uma personalidade
do bairro e transcrevessem-na para escrita, eliminando marcas da oralidade. A
professora Gleiciane procurou repertoriar os alunos, apresentando um modelo de
entrevista escrita e dois de entrevista falada. A professora usou também as entrevistas
transcritas do livro Gramática do Português Falado (os alunos transcrevem as
entrevistas e eliminam marcas de oralidade e inserem sinais de pontuação.).
Dessa forma os alunos adquiriram um maior domínio sobre a linguagem oral e
produziram boas entrevistas, refletiram sobre diferenças entre fala e escrita, aprenderam
que o sucesso de uma entrevista depende muito da qualidade das perguntas e do preparo
do entrevistador. Os alunos aprenderam a identificar marcas de oralidade e eliminar
repetições bastante comuns nos textos falados.
O passo a passo do trabalho é muito coerente/ compatível com os objetivos e conteúdos.
A professora Gleiciane, para aprofundar a comparação entre entrevista falada e escrita,
apresentou dois vídeos com entrevistas que mostravam diferentes graus de formalidade
no uso da fala. Depois o trabalho ficou voltado para a reflexão sobre a proposição de
perguntas que teriam de ser interessantes e que deveriam fugir do “sim”, “não”. O
próximo passo foi editar entrevistas transcritas do livro Gramática do português falado,
da Maria Helena de Moura Neves. Os alunos tinham de eliminar as marcas de oralidade
e escrever o texto introdutório a partir das perguntas e das respostas que liam. Só
depois, os alunos foram a campo gravar as entrevistas com as personalidades do bairro.
Comparando as gravações e o texto escrito, é possível observar que os alunos realmente
editaram os textos, observando as diferenças entre o texto falado e o escrito.
14



Faltou trabalhar mais profundamente a edição dos textos. Além de cortar as marcas de
fala, outros conteúdos relacionados aos padrões de escrita poderiam ter sido
explicitados. Faltou também definir mais claramente o propósito social das entrevistas.




Professor: Glaucio Ramos Gomes
Título do trabalho: Turma da poesia
Cidade: Recife
Estado: PE


Turma da poesia é um trabalho que apresenta uma sequência de atividades focada no
gênero poema. O intuito é fazer com que alunos da 5ª e 6ª séries mergulhem no universo
da linguagem poética, lendo e escrevendo poemas, aprendendo a reconhecer os sentidos
figurativos das palavras e recursos da linguagem poética, como a comparação poética, a
metáfora.
A sequência proposta é bem construída e os conteúdos trabalhados são adequados. A
sondagem que o professor Glaucio faz no início do trabalho e a sondagem que faz ao
final mostram que os alunos familiarizaram-se com a linguagem poética.
O professor propôs várias situações didáticas, para ensinar aos alunos o que era
linguagem figurada, o que era comparação metafórica, metáfora. Os alunos aprenderam
a reconhecer nos poemas que liam e a usar nos poemas que escreviam alguns elementos
da linguagem poética. Também aprenderam a recitar os poemas de uma maneira mais
satisfatória: buscando o tom correto, com postura corporal. Dessa forma os alunos
passaram a valorizar mais os poemas e a linguagem poética.
A sequência é boa, mas há algumas atividades que, na tentativa de ser lúdicas, acabam
enfraquecendo o trabalho. Há, porém, idéias de atividades que são muito boas: banco de
palavras com possibilidades de elaborar metáforas e comparações; gravação da
recitação dos alunos, para autoavaliação. Além das recitações de poemas produzidos
para a escola e para alunos de outras classes, o professor criou um varal de poemas e
situações de recitação para socializar as produções.
O trabalho ficaria ainda mais interessante se o professor, primeiramente, explorasse a
relação intrínseca entre forma e conteúdo. Há uma preocupação com a técnica da
leitura, com questões técnicas da elaboração do texto em verso. Mas há poucas
15



atividades que envolvam compreensão e, principalmente, que mostrem ao aluno as
possibilidades de construção de sentido nas relações entre forma do texto e conteúdo.
No trabalho de recitação, as preocupações do professor são válidas, mas há pouca
evidência do principal: se os alunos compreendem o que leem.




Professora: Sílvia Luciana Montoro
Título do trabalho: Mangás e Animes: artes intertextuais
Cidade: São Bernardo do Campo
Estado: SP


Mangás e Animes: artes intertextuais é um trabalho voltado para o estudo da
intertextualidade na leitura e na produção dos gêneros mangá e anime.
A professora Sílvia, que leciona a disciplina Leitura e Produção de textos, escolhe
trabalhar com gêneros que são familiares aos alunos. Considerar a história de leitura dos
alunos é um jeito interessante de envolvê-los nas atividades de interpretação e de
produção e um bom ponto de partida, para definir os objetivos de leitura e de produção
de textos. As produções dos alunos são boas e revelam que se apropriaram da noção de
intertextualidade e que se envolveram com as produções dos mangás.
Os alunos pesquisaram sobre personagens mitológicos e reconheceram a presença de
características deles nos quadrinhos e animações japonesas. Aprenderam também
figuras de linguagem, as que aparecem mais em mangás e em HQs.
A professora Sílvia iniciou sua sequência procurando resgatar o contexto histórico dos
mangás e criando condições para que os alunos manuseassem mangás. Depois ela
debateu com os alunos as diferenças entre intertextualidade e plágio. Os alunos
assistiram aos DVDs dos Cavaleiros do Zodíaco, leram e analisaram textos, para
observar a questão da intertextualidade; fizeram resenhas críticas e produziram mangás.
O problema é que boa parte das produções está colada aos textos da Wikipedia.
As pesquisas sobre a história dos mangás poderiam ser mais aprofundadas. Os alunos
pesquisam os personagens mitológicos também na Wikipédia. O trabalho, assim, não
fornece um bom modelo de pesquisa.
16



Professor: André Magri Ribeiro de Melo
Título do trabalho: Literatura de Terror: uma visita à elegante essência do medo
Cidade: Ipanguaçu
Estado: RN


Literatura de Terror: uma visita à elegante essência do medo é um trabalho voltado
para a literatura de terror, para despertar nos alunos de 6°, 7°, 8°e 9° anos a paixão pela
literatura.
É um trabalho interessante, porque coloca o aluno diante de um diversificado quadro de
gêneros que trazem à tona a temática do terror. Alunos do 6° ano leem HQs de
suspense; alunos do 7° ano leem contos de terror; alunos do 8° ano escrevem resenhas
críticas a partir de trailer e obras cinematográficas; alunos do 9° ano estudam textos de
opinião e escrevem artigos de opinião com base em obra literária e filme. Assim o tema
geral “literatura de terror” pode ser aprofundado na análise de diferentes práticas de
representação, explorando aspectos temáticos em cada ano trabalhado. A conseqüência
dessa ação é a ampliação do repertório dos alunos.
Os alunos aprenderam a oralizar textos de diferentes gêneros, a identificar os gêneros
textuais trabalhados, a escrever textos coesos e coerentes, a fazer revisão ortográfica nos
textos produzidos.
O problema é que os conteúdos que foram trabalhados aparecem difusos no relato.
Aparece uma descrição do que foi feito, mas sem que os conteúdos e procedimentos
fossem explicitados.
Em todas as séries, é possível perceber a preocupação do professor em repertoriar os
alunos com a leitura dos gêneros escolhidos e estudo das biografias dos autores lidos.
Mas o relato é vago e genérico.
A paixão do professor pela literatura é contagiante. Esse fato, em um trabalho voltado
para a leitura do texto literário, é crucial. Sabemos que o aluno ama o amor do
professor.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Cruz é possível alfabetizar letrando
Cruz   é possível alfabetizar letrandoCruz   é possível alfabetizar letrando
Cruz é possível alfabetizar letrandoadridaleffi121212
 
Panorama Língua Portuguesa - Fundamental 1
Panorama Língua Portuguesa - Fundamental 1Panorama Língua Portuguesa - Fundamental 1
Panorama Língua Portuguesa - Fundamental 1Fundação Victor Civita
 
Patrícia endipe_final.pdf_
 Patrícia endipe_final.pdf_ Patrícia endipe_final.pdf_
Patrícia endipe_final.pdf_alanaschwickert
 
Caracterização da área
Caracterização da áreaCaracterização da área
Caracterização da áreaMaria Lina
 
Formação 2 ciclo alfabetização
Formação 2 ciclo alfabetização Formação 2 ciclo alfabetização
Formação 2 ciclo alfabetização weleslima
 
PCNs 3 e 4 ciclos para blog
PCNs 3 e 4 ciclos para blogPCNs 3 e 4 ciclos para blog
PCNs 3 e 4 ciclos para blogAldatgalves
 
OUTROS (NOVOS) ESPAÇOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NOS C...
OUTROS (NOVOS) ESPAÇOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NOS C...OUTROS (NOVOS) ESPAÇOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NOS C...
OUTROS (NOVOS) ESPAÇOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NOS C...ProfessorPrincipiante
 
pauta do encontro do pacto 2° encontro do caderno 1
pauta do encontro do pacto 2° encontro do caderno 1pauta do encontro do pacto 2° encontro do caderno 1
pauta do encontro do pacto 2° encontro do caderno 1reny marcia
 
Pnaic 1ª aula apresentação do pacto juliana
Pnaic 1ª aula apresentação do pacto  julianaPnaic 1ª aula apresentação do pacto  juliana
Pnaic 1ª aula apresentação do pacto julianatlfleite
 
Entrevista com silvana serrani
Entrevista com silvana serraniEntrevista com silvana serrani
Entrevista com silvana serraniKelly Cris
 
Ensino de problemas multiplicativos para surdos
Ensino de problemas multiplicativos para surdosEnsino de problemas multiplicativos para surdos
Ensino de problemas multiplicativos para surdosEliane Maciel
 
Apostila 1 lp 3º
Apostila 1 lp 3ºApostila 1 lp 3º
Apostila 1 lp 3ºWil Bil
 
ANÁLISE ERGOLÓGICA E DIALÓGICA: um itinerário investigativo de práticas lingu...
ANÁLISE ERGOLÓGICA E DIALÓGICA: um itinerário investigativo de práticas lingu...ANÁLISE ERGOLÓGICA E DIALÓGICA: um itinerário investigativo de práticas lingu...
ANÁLISE ERGOLÓGICA E DIALÓGICA: um itinerário investigativo de práticas lingu...Carlos Fabiano de Souza
 
A FALA DO PROFESSOR DE INGLÊS SOBRE A SUA ATIVIDADE DOCENTE EM CURSOS DE IDIO...
A FALA DO PROFESSOR DE INGLÊS SOBRE A SUA ATIVIDADE DOCENTE EM CURSOS DE IDIO...A FALA DO PROFESSOR DE INGLÊS SOBRE A SUA ATIVIDADE DOCENTE EM CURSOS DE IDIO...
A FALA DO PROFESSOR DE INGLÊS SOBRE A SUA ATIVIDADE DOCENTE EM CURSOS DE IDIO...Carlos Fabiano de Souza
 
Texto 05 - FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E LACERDA
Texto 05 - FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E LACERDATexto 05 - FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E LACERDA
Texto 05 - FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E LACERDAweleslima
 

Mais procurados (19)

Cruz é possível alfabetizar letrando
Cruz   é possível alfabetizar letrandoCruz   é possível alfabetizar letrando
Cruz é possível alfabetizar letrando
 
Panorama Língua Portuguesa - Fundamental 1
Panorama Língua Portuguesa - Fundamental 1Panorama Língua Portuguesa - Fundamental 1
Panorama Língua Portuguesa - Fundamental 1
 
Patrícia endipe_final.pdf_
 Patrícia endipe_final.pdf_ Patrícia endipe_final.pdf_
Patrícia endipe_final.pdf_
 
Caracterização da área
Caracterização da áreaCaracterização da área
Caracterização da área
 
Formação 2 ciclo alfabetização
Formação 2 ciclo alfabetização Formação 2 ciclo alfabetização
Formação 2 ciclo alfabetização
 
PCNs 3 e 4 ciclos para blog
PCNs 3 e 4 ciclos para blogPCNs 3 e 4 ciclos para blog
PCNs 3 e 4 ciclos para blog
 
OUTROS (NOVOS) ESPAÇOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NOS C...
OUTROS (NOVOS) ESPAÇOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NOS C...OUTROS (NOVOS) ESPAÇOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NOS C...
OUTROS (NOVOS) ESPAÇOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NOS C...
 
pauta do encontro do pacto 2° encontro do caderno 1
pauta do encontro do pacto 2° encontro do caderno 1pauta do encontro do pacto 2° encontro do caderno 1
pauta do encontro do pacto 2° encontro do caderno 1
 
1 encontro 1 e 2 momento 2015
1 encontro 1 e 2 momento 20151 encontro 1 e 2 momento 2015
1 encontro 1 e 2 momento 2015
 
Pnaic 1ª aula apresentação do pacto juliana
Pnaic 1ª aula apresentação do pacto  julianaPnaic 1ª aula apresentação do pacto  juliana
Pnaic 1ª aula apresentação do pacto juliana
 
Entrevista com silvana serrani
Entrevista com silvana serraniEntrevista com silvana serrani
Entrevista com silvana serrani
 
Pnaic caderno
Pnaic cadernoPnaic caderno
Pnaic caderno
 
Linguística ii
Linguística iiLinguística ii
Linguística ii
 
04 ekalinovskitrabalhocompleto
04 ekalinovskitrabalhocompleto04 ekalinovskitrabalhocompleto
04 ekalinovskitrabalhocompleto
 
Ensino de problemas multiplicativos para surdos
Ensino de problemas multiplicativos para surdosEnsino de problemas multiplicativos para surdos
Ensino de problemas multiplicativos para surdos
 
Apostila 1 lp 3º
Apostila 1 lp 3ºApostila 1 lp 3º
Apostila 1 lp 3º
 
ANÁLISE ERGOLÓGICA E DIALÓGICA: um itinerário investigativo de práticas lingu...
ANÁLISE ERGOLÓGICA E DIALÓGICA: um itinerário investigativo de práticas lingu...ANÁLISE ERGOLÓGICA E DIALÓGICA: um itinerário investigativo de práticas lingu...
ANÁLISE ERGOLÓGICA E DIALÓGICA: um itinerário investigativo de práticas lingu...
 
A FALA DO PROFESSOR DE INGLÊS SOBRE A SUA ATIVIDADE DOCENTE EM CURSOS DE IDIO...
A FALA DO PROFESSOR DE INGLÊS SOBRE A SUA ATIVIDADE DOCENTE EM CURSOS DE IDIO...A FALA DO PROFESSOR DE INGLÊS SOBRE A SUA ATIVIDADE DOCENTE EM CURSOS DE IDIO...
A FALA DO PROFESSOR DE INGLÊS SOBRE A SUA ATIVIDADE DOCENTE EM CURSOS DE IDIO...
 
Texto 05 - FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E LACERDA
Texto 05 - FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E LACERDATexto 05 - FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E LACERDA
Texto 05 - FORMAÇÃO DO SEGUNDO CICLO NO MUNICÍPIO DE PONTES E LACERDA
 

Destaque

Myrian Nemirovsky - Semana da Educação 2011 - Parte 2
Myrian Nemirovsky - Semana da Educação 2011 - Parte 2Myrian Nemirovsky - Semana da Educação 2011 - Parte 2
Myrian Nemirovsky - Semana da Educação 2011 - Parte 2Fundação Victor Civita
 
Panorama de Língua Estrangeira - Prêmio Victor Civita 2011
Panorama de Língua Estrangeira - Prêmio Victor Civita 2011Panorama de Língua Estrangeira - Prêmio Victor Civita 2011
Panorama de Língua Estrangeira - Prêmio Victor Civita 2011Fundação Victor Civita
 
Coreg seminario bulgaria tecn produzione rev bul
Coreg seminario bulgaria tecn produzione rev bulCoreg seminario bulgaria tecn produzione rev bul
Coreg seminario bulgaria tecn produzione rev bulItalian Festival
 
Panorama de Matemática - Fundamental 1 - 2011
Panorama de Matemática - Fundamental 1 - 2011Panorama de Matemática - Fundamental 1 - 2011
Panorama de Matemática - Fundamental 1 - 2011Fundação Victor Civita
 
Panorama de Matemática - Fundamental 2 - 2011
Panorama de Matemática - Fundamental 2 - 2011Panorama de Matemática - Fundamental 2 - 2011
Panorama de Matemática - Fundamental 2 - 2011Fundação Victor Civita
 

Destaque (8)

Panorama História - 2011
Panorama História - 2011Panorama História - 2011
Panorama História - 2011
 
Myrian Nemirovsky - Semana da Educação 2011 - Parte 2
Myrian Nemirovsky - Semana da Educação 2011 - Parte 2Myrian Nemirovsky - Semana da Educação 2011 - Parte 2
Myrian Nemirovsky - Semana da Educação 2011 - Parte 2
 
Panorama de Língua Estrangeira - Prêmio Victor Civita 2011
Panorama de Língua Estrangeira - Prêmio Victor Civita 2011Panorama de Língua Estrangeira - Prêmio Victor Civita 2011
Panorama de Língua Estrangeira - Prêmio Victor Civita 2011
 
Coreg seminario bulgaria tecn produzione rev bul
Coreg seminario bulgaria tecn produzione rev bulCoreg seminario bulgaria tecn produzione rev bul
Coreg seminario bulgaria tecn produzione rev bul
 
Panorama de Matemática - Fundamental 1 - 2011
Panorama de Matemática - Fundamental 1 - 2011Panorama de Matemática - Fundamental 1 - 2011
Panorama de Matemática - Fundamental 1 - 2011
 
Panorama de Matemática - Fundamental 2 - 2011
Panorama de Matemática - Fundamental 2 - 2011Panorama de Matemática - Fundamental 2 - 2011
Panorama de Matemática - Fundamental 2 - 2011
 
Workshop vii
Workshop viiWorkshop vii
Workshop vii
 
Workshop IV
Workshop IVWorkshop IV
Workshop IV
 

Semelhante a Análise de trabalhos de Língua Portuguesa do 6° ao 9° ano

O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA DENTRO DO CONTEXTO ESCOLAR, NOVAS PERSPECTIVAS PAR...
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA DENTRO DO CONTEXTO ESCOLAR, NOVAS PERSPECTIVAS PAR...O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA DENTRO DO CONTEXTO ESCOLAR, NOVAS PERSPECTIVAS PAR...
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA DENTRO DO CONTEXTO ESCOLAR, NOVAS PERSPECTIVAS PAR...Andreia Medeiros
 
Pnaic sintese unidade 2 from juliana arruda
Pnaic sintese unidade 2 from juliana arrudaPnaic sintese unidade 2 from juliana arruda
Pnaic sintese unidade 2 from juliana arrudatlfleite
 
Esboco do projeto de intervencao educacional nova versão
Esboco do projeto de intervencao educacional  nova versãoEsboco do projeto de intervencao educacional  nova versão
Esboco do projeto de intervencao educacional nova versãoClaudemirarocha
 
A construção de projetos didáticos de leitura e escrita como resultado de uma...
A construção de projetos didáticos de leitura e escrita como resultado de uma...A construção de projetos didáticos de leitura e escrita como resultado de uma...
A construção de projetos didáticos de leitura e escrita como resultado de uma...Formação Cooperativa
 
CASTELA - TICS E LINGUA ESPANHOLA.pdf
CASTELA - TICS E LINGUA ESPANHOLA.pdfCASTELA - TICS E LINGUA ESPANHOLA.pdf
CASTELA - TICS E LINGUA ESPANHOLA.pdfssuserbf3b85
 
Pnaic planejamento e rotina unidade 2 fechamento
Pnaic planejamento e rotina unidade 2 fechamentoPnaic planejamento e rotina unidade 2 fechamento
Pnaic planejamento e rotina unidade 2 fechamentotlfleite
 
O modo imperativo numa abordagem semântica pragmática e discursiva
O modo imperativo numa abordagem semântica pragmática e discursivaO modo imperativo numa abordagem semântica pragmática e discursiva
O modo imperativo numa abordagem semântica pragmática e discursivaCarmelita Minelio
 
Estágio 1o.dia
Estágio   1o.diaEstágio   1o.dia
Estágio 1o.dialiterenata
 
Quem Gosta de Português? Revendo o Ensino de Lingua Portuguesa
Quem Gosta de Português? Revendo o Ensino de Lingua PortuguesaQuem Gosta de Português? Revendo o Ensino de Lingua Portuguesa
Quem Gosta de Português? Revendo o Ensino de Lingua PortuguesaHelcio Padilha
 
A mediação do livro didático do PNLD na educação linguística
A mediação do livro didático do PNLD na educação linguísticaA mediação do livro didático do PNLD na educação linguística
A mediação do livro didático do PNLD na educação linguísticaRaquel Salcedo Gomes
 
A aplicação da pedagogia de projetos no estágio supervisionado de ensino de l...
A aplicação da pedagogia de projetos no estágio supervisionado de ensino de l...A aplicação da pedagogia de projetos no estágio supervisionado de ensino de l...
A aplicação da pedagogia de projetos no estágio supervisionado de ensino de l...Raquel Salcedo Gomes
 
Apresentação do Curso
Apresentação do CursoApresentação do Curso
Apresentação do CursoLuciana
 
Izabel maria de matos artigo sobre linguística
Izabel maria de matos artigo sobre linguísticaIzabel maria de matos artigo sobre linguística
Izabel maria de matos artigo sobre linguísticaIzabel Maria de Matos
 
Cbc anos finais - língua portuguesa
Cbc   anos finais - língua portuguesaCbc   anos finais - língua portuguesa
Cbc anos finais - língua portuguesaAntônio Fernandes
 
Linguagem e Interpretação de Textos
Linguagem e Interpretação de TextosLinguagem e Interpretação de Textos
Linguagem e Interpretação de TextosRenato Souza
 
Estratégias de ensino para escolas integrais.
Estratégias de ensino para escolas integrais.Estratégias de ensino para escolas integrais.
Estratégias de ensino para escolas integrais.Everardo Rocha
 
Slide li análise de contexto de ensino e aprendizado na escola pública 2
Slide li análise de contexto de ensino e aprendizado na escola pública 2Slide li análise de contexto de ensino e aprendizado na escola pública 2
Slide li análise de contexto de ensino e aprendizado na escola pública 2Myrian Conor
 

Semelhante a Análise de trabalhos de Língua Portuguesa do 6° ao 9° ano (20)

O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA DENTRO DO CONTEXTO ESCOLAR, NOVAS PERSPECTIVAS PAR...
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA DENTRO DO CONTEXTO ESCOLAR, NOVAS PERSPECTIVAS PAR...O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA DENTRO DO CONTEXTO ESCOLAR, NOVAS PERSPECTIVAS PAR...
O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA DENTRO DO CONTEXTO ESCOLAR, NOVAS PERSPECTIVAS PAR...
 
Pnaic sintese unidade 2 from juliana arruda
Pnaic sintese unidade 2 from juliana arrudaPnaic sintese unidade 2 from juliana arruda
Pnaic sintese unidade 2 from juliana arruda
 
Esboco do projeto de intervencao educacional nova versão
Esboco do projeto de intervencao educacional  nova versãoEsboco do projeto de intervencao educacional  nova versão
Esboco do projeto de intervencao educacional nova versão
 
A construção de projetos didáticos de leitura e escrita como resultado de uma...
A construção de projetos didáticos de leitura e escrita como resultado de uma...A construção de projetos didáticos de leitura e escrita como resultado de uma...
A construção de projetos didáticos de leitura e escrita como resultado de uma...
 
CASTELA - TICS E LINGUA ESPANHOLA.pdf
CASTELA - TICS E LINGUA ESPANHOLA.pdfCASTELA - TICS E LINGUA ESPANHOLA.pdf
CASTELA - TICS E LINGUA ESPANHOLA.pdf
 
Pnaic planejamento e rotina unidade 2 fechamento
Pnaic planejamento e rotina unidade 2 fechamentoPnaic planejamento e rotina unidade 2 fechamento
Pnaic planejamento e rotina unidade 2 fechamento
 
O modo imperativo numa abordagem semântica pragmática e discursiva
O modo imperativo numa abordagem semântica pragmática e discursivaO modo imperativo numa abordagem semântica pragmática e discursiva
O modo imperativo numa abordagem semântica pragmática e discursiva
 
Estágio 1o.dia
Estágio   1o.diaEstágio   1o.dia
Estágio 1o.dia
 
Quem Gosta de Português? Revendo o Ensino de Lingua Portuguesa
Quem Gosta de Português? Revendo o Ensino de Lingua PortuguesaQuem Gosta de Português? Revendo o Ensino de Lingua Portuguesa
Quem Gosta de Português? Revendo o Ensino de Lingua Portuguesa
 
A mediação do livro didático do PNLD na educação linguística
A mediação do livro didático do PNLD na educação linguísticaA mediação do livro didático do PNLD na educação linguística
A mediação do livro didático do PNLD na educação linguística
 
A aplicação da pedagogia de projetos no estágio supervisionado de ensino de l...
A aplicação da pedagogia de projetos no estágio supervisionado de ensino de l...A aplicação da pedagogia de projetos no estágio supervisionado de ensino de l...
A aplicação da pedagogia de projetos no estágio supervisionado de ensino de l...
 
Modelo do paper uniasselvi
Modelo do paper uniasselviModelo do paper uniasselvi
Modelo do paper uniasselvi
 
Apresentação do Curso
Apresentação do CursoApresentação do Curso
Apresentação do Curso
 
Slide completo mainha
Slide completo mainhaSlide completo mainha
Slide completo mainha
 
Artigo especialização linguistica
Artigo especialização linguisticaArtigo especialização linguistica
Artigo especialização linguistica
 
Izabel maria de matos artigo sobre linguística
Izabel maria de matos artigo sobre linguísticaIzabel maria de matos artigo sobre linguística
Izabel maria de matos artigo sobre linguística
 
Cbc anos finais - língua portuguesa
Cbc   anos finais - língua portuguesaCbc   anos finais - língua portuguesa
Cbc anos finais - língua portuguesa
 
Linguagem e Interpretação de Textos
Linguagem e Interpretação de TextosLinguagem e Interpretação de Textos
Linguagem e Interpretação de Textos
 
Estratégias de ensino para escolas integrais.
Estratégias de ensino para escolas integrais.Estratégias de ensino para escolas integrais.
Estratégias de ensino para escolas integrais.
 
Slide li análise de contexto de ensino e aprendizado na escola pública 2
Slide li análise de contexto de ensino e aprendizado na escola pública 2Slide li análise de contexto de ensino e aprendizado na escola pública 2
Slide li análise de contexto de ensino e aprendizado na escola pública 2
 

Mais de Fundação Victor Civita

Myrian Nemirovsky - Semana da Educação 2011 - Parte 1
Myrian Nemirovsky - Semana da Educação 2011 - Parte 1Myrian Nemirovsky - Semana da Educação 2011 - Parte 1
Myrian Nemirovsky - Semana da Educação 2011 - Parte 1Fundação Victor Civita
 
Bibliografia - Palestra Cláudia Broitman - Semana da Educação 2011
Bibliografia - Palestra Cláudia Broitman - Semana da Educação 2011Bibliografia - Palestra Cláudia Broitman - Semana da Educação 2011
Bibliografia - Palestra Cláudia Broitman - Semana da Educação 2011Fundação Victor Civita
 
Pesquisa sobre Avaliações Externas - Resultados
Pesquisa sobre Avaliações Externas - Resultados Pesquisa sobre Avaliações Externas - Resultados
Pesquisa sobre Avaliações Externas - Resultados Fundação Victor Civita
 
Panorama de Educação Física - Prêmio Victor Civita 2011
Panorama de Educação Física - Prêmio Victor Civita 2011Panorama de Educação Física - Prêmio Victor Civita 2011
Panorama de Educação Física - Prêmio Victor Civita 2011Fundação Victor Civita
 
Panorama de Coordenação Pedagógica - Prêmio Victor Civita 2011
Panorama de Coordenação Pedagógica - Prêmio Victor Civita 2011Panorama de Coordenação Pedagógica - Prêmio Victor Civita 2011
Panorama de Coordenação Pedagógica - Prêmio Victor Civita 2011Fundação Victor Civita
 
Panorama de Arte - Prêmio Victor Civita 2011
Panorama de Arte - Prêmio Victor Civita 2011Panorama de Arte - Prêmio Victor Civita 2011
Panorama de Arte - Prêmio Victor Civita 2011Fundação Victor Civita
 
Panorama de Alfabetização - Prêmio Victor Civita 2011
Panorama de Alfabetização - Prêmio Victor Civita 2011Panorama de Alfabetização - Prêmio Victor Civita 2011
Panorama de Alfabetização - Prêmio Victor Civita 2011Fundação Victor Civita
 
Práticas de seleção e capacitação de diretores escolares
Práticas de seleção e capacitação de diretores escolaresPráticas de seleção e capacitação de diretores escolares
Práticas de seleção e capacitação de diretores escolaresFundação Victor Civita
 
Formação do Coordenador Pedagógico - Edição Especial (Estudos e Pesquisas Edu...
Formação do Coordenador Pedagógico - Edição Especial (Estudos e Pesquisas Edu...Formação do Coordenador Pedagógico - Edição Especial (Estudos e Pesquisas Edu...
Formação do Coordenador Pedagógico - Edição Especial (Estudos e Pesquisas Edu...Fundação Victor Civita
 

Mais de Fundação Victor Civita (12)

Myrian Nemirovsky - Semana da Educação 2011 - Parte 1
Myrian Nemirovsky - Semana da Educação 2011 - Parte 1Myrian Nemirovsky - Semana da Educação 2011 - Parte 1
Myrian Nemirovsky - Semana da Educação 2011 - Parte 1
 
Bibliografia - Palestra Cláudia Broitman - Semana da Educação 2011
Bibliografia - Palestra Cláudia Broitman - Semana da Educação 2011Bibliografia - Palestra Cláudia Broitman - Semana da Educação 2011
Bibliografia - Palestra Cláudia Broitman - Semana da Educação 2011
 
Pesquisa sobre Avaliações Externas - Resultados
Pesquisa sobre Avaliações Externas - Resultados Pesquisa sobre Avaliações Externas - Resultados
Pesquisa sobre Avaliações Externas - Resultados
 
Panorama de Educação Física - Prêmio Victor Civita 2011
Panorama de Educação Física - Prêmio Victor Civita 2011Panorama de Educação Física - Prêmio Victor Civita 2011
Panorama de Educação Física - Prêmio Victor Civita 2011
 
Panorama de Coordenação Pedagógica - Prêmio Victor Civita 2011
Panorama de Coordenação Pedagógica - Prêmio Victor Civita 2011Panorama de Coordenação Pedagógica - Prêmio Victor Civita 2011
Panorama de Coordenação Pedagógica - Prêmio Victor Civita 2011
 
Panorama de Arte - Prêmio Victor Civita 2011
Panorama de Arte - Prêmio Victor Civita 2011Panorama de Arte - Prêmio Victor Civita 2011
Panorama de Arte - Prêmio Victor Civita 2011
 
Panorama de Alfabetização - Prêmio Victor Civita 2011
Panorama de Alfabetização - Prêmio Victor Civita 2011Panorama de Alfabetização - Prêmio Victor Civita 2011
Panorama de Alfabetização - Prêmio Victor Civita 2011
 
Práticas de seleção e capacitação de diretores escolares
Práticas de seleção e capacitação de diretores escolaresPráticas de seleção e capacitação de diretores escolares
Práticas de seleção e capacitação de diretores escolares
 
Formação continuada de professores
Formação continuada de professoresFormação continuada de professores
Formação continuada de professores
 
Estudos e Pesquisas Educacionais
Estudos e Pesquisas EducacionaisEstudos e Pesquisas Educacionais
Estudos e Pesquisas Educacionais
 
Formação do Coordenador Pedagógico - Edição Especial (Estudos e Pesquisas Edu...
Formação do Coordenador Pedagógico - Edição Especial (Estudos e Pesquisas Edu...Formação do Coordenador Pedagógico - Edição Especial (Estudos e Pesquisas Edu...
Formação do Coordenador Pedagógico - Edição Especial (Estudos e Pesquisas Edu...
 
"Brasil: Educação nos últimos 25 anos"
"Brasil: Educação nos últimos 25 anos""Brasil: Educação nos últimos 25 anos"
"Brasil: Educação nos últimos 25 anos"
 

Último

trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxssuserf54fa01
 
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptxLinoReisLino
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.MrPitobaldo
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasraveccavp
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 

Último (20)

trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
 
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 

Análise de trabalhos de Língua Portuguesa do 6° ao 9° ano

  • 1. 1 Prêmio Victor Civita 2011 Educador Nota 10 Língua Portuguesa – 6° ao 9° ano Relatório analítico do processo de seleção de trabalhos Selecionador: Claudio Bazzoni 1) Quadro geral dos trabalhos encaminhados: Este relatório refere-se à leitura de 227 trabalhos de Língua Portuguesa, dirigidos a alunos do 6° ao 9° ano do ensino fundamental. Neste ano, identificamos algumas tendências já detectadas em versões anteriores do Prêmio. A maior parte dos trabalhos encaminhados à Fundação Victor Civita é desenvolvida por professoras (85% dos participantes são do sexo feminino) que têm curso de pós-graduação, que trabalham em escolas públicas situadas em zonas urbanas do país. Os dois gráficos abaixo mostram a área de procedência e a categoria da escola em que atuam as professoras e os professores que concorreram ao Prêmio 2011: Localização da escola
  • 2. 2 Categoria da escola Há pouca diferença desses números em relação aos do ano passado. O que podemos observar é que neste ano (2011), em comparação com 2010, houve uma diminuição sensível da participação das escolas privadas. Quanto à formação dos professores participantes, os números também são praticamente os mesmos do ano passado: 62% dos professores são pós-graduados; 35% têm o curso superior completo. Os números relativos à formação acadêmica são estes:
  • 3. 3 Como nos dois últimos anos, a região SE foi a que encaminhou mais trabalhos, com destaque para os estados de São Paulo (56) e de Minas Gerais (19). A região Nordeste aparece em segundo lugar, com destaque para os estados do Ceará (13) e da Bahia (12). Depois a região Sul, com destaque para Rio Grande do Sul (19 trabalhos), seguida pela região Norte, com destaque para o estado do Pará (sete trabalhos) e região Centro-oeste, com destaque para Mato Grosso do Sul e Goiás (cinco). O gráfico abaixo mostra a distribuição dos 227 trabalhos, por região: Aqui podemos destacar o aumento do número dos trabalhos provenientes da região Norte (aumento de 3% em relação ao ano anterior). 2) Os trabalhos analisados O gráfico a seguir vai mostrar que muitos dos trabalhos que concorreram ao Prêmio 2011 propunham uma abordagem integrada e conjunta das práticas de leitura e de escrita. No ano passado, enfatizamos o quão positivo é integrar as práticas de linguagem (práticas de escuta e de fala/ práticas de leitura e de escrita/ práticas de análise linguística). Essa maneira de desenvolver conteúdos do curso de Língua Portuguesa revela uma concepção de língua e de linguagem como prática, sempre situada em contextos de uso. Aproximar práticas de leitura e de produção de texto é ótima maneira de envolver os alunos nas diversas situações comunicativas. O gráfico vai mostrar também que alguns professores buscaram estabelecer articulações entre leitura e
  • 4. 4 oralidade, oralidade e produção, o que revela uma compreensão de que fala e escrita, longe de serem dicotômicas, são fenômenos linguísticos que, quando articulados, permitem que o aluno se envolva com a palavra e adquira a segurança necessária para participar ativa e intensamente da construção de sentidos dos mais variados textos e contextos. Muitos professores - acertadamente - já não pensam a escrita como mera transcrição da fala, e trabalham a oralidade do aluno não para corrigir os erros, mas para possibilitar acesso a usos da linguagem mais formalizados e convencionais, que exigem controle mais consciente e voluntário da fala. Trabalhando de forma integrada as modalidades de linguagem, trabalhando conjuntamente leitura e escrita, transitando do oral ao escrito e do escrito ao oral, os alunos podem perceber as semelhanças e diferenças entre fala e escrita, podendo compreendê-las como um continuum entre formalidade e informalidade que perpassa diferentes gêneros textuais orais e escritos. Os números mostram inequivocamente que os professores de Língua Portuguesa visam, sobretudo, ao aperfeiçoamento das práticas de leitura e de produção de textos, que é uma maneira eficaz de formar leitores e escritores.
  • 5. 5 Vale lembrar que, quando o foco de ensino é a leitura, a aprendizagem volta-se para a busca e o reconhecimento de informação, para a construção do conhecimento a partir da palavra lida, do pensamento formulado por outro, em diálogo com o leitor. Na prática da produção escrita, o aluno lida com o conhecimento de forma diferente, torna-se sujeito que não apenas colhe, interpreta, infere, mas que diz, que expressa opinião, que comunica aos outros a visão de mundo1. Por isso o exercício de autoria – a busca do que e como dizer - associado à prática da leitura consolida a autonomia de pensamento e auxilia o aluno a apropriar-se dos conhecimentos. Em suma é bastante positivo que a maioria dos trabalhos encaminhados promova a aprendizagem da língua considerando conjuntamente as práticas de leitura e de escrita. Outra característica dos trabalhos encaminhados que parece estar consolidada incide sobre a justificativa apresentada. A esmagadora maioria delas apóia-se em fundamentos das principais teorias que nas últimas décadas do século XX e nos primeiros anos do século XXI passaram a influenciar as metodologias do ensino da língua materna. As teorias de aprendizagem, de letramento e as de texto/ discurso que consideram aspectos cognitivos, sociopolíticos, enunciativos e linguísticos dos textos fundamentam as práticas dos professores. É importante frisar que graças a essas teorias que descrevem/ explicam os usos da língua, pudemos ampliar significativamente as estratégias e os conhecimentos disponíveis sobre os processos linguísticos de construção e reconstrução de sentidos; pudemos também considerar como questão central nos cursos de LP promover a interação entre conhecimento e parceiros envolvidos, consolidando o papel ativo do aprendiz nas aprendizagens. Partir do pressuposto de que no dia a dia participamos de várias esferas de atividades, comunicando-nos nelas mediante os gêneros textuais que circulam é ter possibilidade de participar adequada e plenamente das práticas de linguagem. Contudo não basta uma boa justificativa para que o trabalho seja bom... Os critérios não-classificatórios adotados nos últimos anos continuam preponderantes, o que revela a dificuldade de os professores colocarem em prática os princípios teóricos com que justificam o trabalho. Muitos dos que foram encaminhados não detalharam as etapas metodológicas (31%) e deixavam de apresentar conteúdos específicos de Língua Portuguesa (22%), como mostra o gráfico a seguir: 1 Cf. FORTUNATO, Márcia. Tese Autoria e Aprendizagem da escrita. São Paulo, USP, 2009, p. 35
  • 6. 6 Critérios não-classificatórios Revelando os critérios não-classificatórios O não detalhamento das etapas da sequência é o problema mais recorrente nos trabalhos encaminhados, nos últimos anos. Detalhar o passo a passo - a descrição metodológica - é determinante, para a consistência do relato. Não basta expor o projeto a ser desenvolvido, definir objetivos e conteúdos a serem trabalhados e apenas listar as atividades propostas, omitindo, no relato, os encaminhamentos, os procedimentos que foram ensinados. O relato do trabalho fica completo, quando aparece descrito a maneira como as atividades foram orientadas, quando é possível ver as preocupações e o trabalho do professor em sala de aula. Em outras palavras, quando aparece o que o professor propõe e como fez para realizar a sequência e garantir as aprendizagens. Nos panoramas/relatórios dos anos anteriores, procuramos mostrar como o professor poderia
  • 7. 7 detalhar o passo a passo, ao propor um trabalho que envolvia pesquisa, ou abordagens de gêneros como seminário, resumo, poemas. Confira! Outro problema bastante recorrente em muitos trabalhos enviados neste ano (2011) e em anos anteriores está relacionado a não explicitação dos conteúdos trabalhados. Em geral, esses trabalhos (em 2011, 20% do total) descrevem propostas interdisciplinares motivadas por temas geradores (bullying, água, cultura africana, dengue, meio ambiente, sexualidade, história da cidade etc.) e propõem genericamente como “conteúdos” a leitura de diversos gêneros e a produção de texto, sem indicar que procedimentos ou conteúdos específicos de leitura ou de produção são efetivamente trabalhados. Afirmar apenas que se trabalha “a leitura” e “a escrita” é muito amplo, por isso vago. Leitura e escrita são atividades complexas, plurais que se desenvolvem em várias direções. É preciso lembrar que cada gênero institui um ritual de leitura, que as estratégias (que devem ser ensinadas!) mudam em função dos modos de leitura e dos propósitos sociais, dos aspectos comunicativos e interacionais dos gêneros e da situação comunicativa. Em um trabalho interdisciplinar motivado por um tema gerador, o professor de LP não pode perder de vista os conteúdos que pretende ensinar com a leitura dos textos: que modo de leitura será praticado, que procedimentos os alunos vão aprender, que análise da estrutura do gênero vai ser feita, que recursos da linguagem vão ser reconhecidos, destacados e analisados etc. Da mesma forma, nas atividades de produção, o professor não pode perder de vista o que precisa ser ensinado: a pesquisa (quando o aluno necessitar realizar uma), o planejamento do texto, a consideração do leitor virtual, o rascunho, a revisão. Observando o gráfico da página 6, notamos que há também um número grande de trabalhos considerados superficiais. Esses trabalhos apresentam estratégias metodológicas que não favorecem o aprofundamento necessário para que os alunos atinjam os objetivos propostos. Por exemplo, leitura/ oralização de poemas em que cada aluno lê uma estrofe; estudos focados em ortografia, cuja única estratégia é a memorização da grafia das palavras; leitura de gêneros variados sem que as abordagens variem, já que não lemos da mesma maneira reportagens, poemas ou cartas. Consideramos superficial o aluno estabelecer contato com gêneros diferentes de texto, sem construir suas interpretações, considerando a finalidade, os parceiros legítimos da
  • 8. 8 situação de comunicação, o lugar e o momento, o suporte e a organização textual próprios de cada gênero. A incompatibilidade entre os objetivos ou conteúdos apresentados e a descrição metodológica é outro problema observado para a não classificação de um trabalho. Nesse caso, os professores expõem o projeto a ser desenvolvido, fazem uma sondagem inicial, para obter o quadro de dificuldades da classe (para definir os aspectos em que deveriam intervir e o caminho que o aluno precisaria percorrer), mas as etapas subseqüentes da sequência distanciam-se dos problemas identificados na primeira produção. Em outras palavras, em nossa avaliação, o professor não dá aos alunos os instrumentos necessários para que superem as dificuldades detectadas. Outra fragilidade nos trabalhos que nos chegam é a ausência de indicadores de avaliação. É muito vago escrever que a avaliação foi “processual e contínua”. Os instrumentos de avaliação podem variar bastante, dependendo justamente dos objetivos específicos. A avaliação, assim, teria de servir para observar as dificuldades dos estudantes e a eficácia do método aplicado pelo professor, pois só quando os objetivos e os conteúdos estão explicitados e o passo a passo descrito, é possível estabelecer bons instrumentos e critérios de avaliação. Neste ano, assim como em anos anteriores, um número significativo de trabalhos (em 2011, 19% do total) tinha como foco um evento, uma culminância, alguma atividade. Em muitas das propostas encaminhadas a questão maior não era o ensino de estratégias de abordagem, de compreensão, de interpretação, mas “a sacola com diário de leitura coletiva”, “as tendas temáticas”, “o concurso de leitura”, “um festival”, “a feira de livros”, “uma inauguração”, “uma viagem”, “um recital para os pais”, “uma festa para comemorar o aniversário da escola”... Em geral, trabalhos voltados para algum evento deixam de apresentar os conteúdos e os procedimentos, também não apresentam as aprendizagens que querem garantir aos alunos nem aparecem os indicadores de avaliação. A preocupação com espaços de leitura, a preocupação com a organização das atividades de culminância - apresentações em que os alunos declamam poemas, leem contos etc. - são legítimas e importantes, mas devem ser vistas como um dos objetivos e não o único objetivo de um trabalho que pretende aprimorar as habilidades leitoras e escritoras dos alunos. Alguns trabalhos apresentam também um número excessivo de conteúdos. É bom lembrar que o plano de curso é diferente de um recorte de conteúdos selecionados para
  • 9. 9 ser focalizados em sequências didáticas ou projetos. O trabalho do professor torna-se mais produtivo e as aprendizagens dos alunos mais facilmente monitoradas, quando alguns conteúdos são delimitados, quando há foco no que é trabalhado. Há também os trabalhos que são desclassificados. Neste ano (2011) 9% dos trabalhos enviados foram desclassificados, por não terem sido finalizados (a maioria dos que foram desclassificados), por serem destinados a alunos do ensino médio, por ultrapassar (em muito) o número de páginas previsto no regulamento, por terem sido desenvolvidos fora do período indicado no regulamento, por não serem feitos ou inscritos por um professor em exercício. Sugestões para a próxima edição do Prêmio Continua valendo a sugestão feita no relatório anterior, qual seja, que os professores considerem com mais cuidado a noção de sequência didática. No relatório de 2010, indicamos a leitura do capítulo 4 – “Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento” (p. 95-128) -, do livro Gêneros orais e escritos na escola (Campinas: Mercado de Letras, 2004), de SCHEUWLY, B., DOLZ, J. e colaboradores. Nesse capítulo, encontramos uma definição de sequência didática e a estrutura básica de uma sequência: apresentação da situação, a primeira produção, os módulos (ou oficinas). Conforme os autores do capítulo, o movimento geral da sequência didática vai da produção inicial aos módulos, cada um trabalhando um ou outro aspecto necessário ao domínio de um gênero, e três questões podem ser colocadas quanto ao encaminhamento de decomposição e de trabalho sobre problemas isolados: 1. Que dificuldades da expressão oral ou escrita abordar? 2. Como construir um módulo para trabalhar um problema particular? 3. Como capitalizar o que é adquirido nos módulos?”(p.103) No relatório de 2010, apresentamos como sugestão a utilização desse modelo de sequência didática. Mostramos como poderia ser desenvolvida, caso o objetivo fosse produzir um texto de um gênero determinado. Naquela ocasião, afirmamos que a sequência modular poderia ser adaptada às modalidades de linguagem com que o professor desejasse trabalhar. O gráfico a seguir apresenta um quadro aproximado dos gêneros que foram escolhidos pelos professores concorrentes ao Prêmio – 2011, para estudo e aprofundamento em sequências didáticas.
  • 10. 10 Podemos observar que a categoria “gêneros diversos” é a que traz o maior número de trabalhos. Ou seja, se levarmos em conta a noção de sequência didática acima, que parte de uma sondagem e prevê módulos para o enfrentamento das dificuldades presentes na avaliação inicial, é praticamente impossível, num tempo determinado, restrito, o professor trabalhar, na profundidade desejável, concomitantemente reportagens, poemas, cartas, folders, relatos, editoriais... Vale lembrar o que escrevemos no relatório de 2010. A identificação das características do gênero é um conhecimento muito útil, para interpretarmos e atribuirmos sentidos aos textos, mas pode dar uma visão incompleta e enganadora dos gêneros. Não se pode transformar o trabalho com os gêneros em um conjunto de atividades meramente classificatórias e metalinguísticas não convergentes para o uso, sem refletir sobre os contextos das esferas em que circulam, sem explorar a sua situação comunicativa (autor/ leitor/ ouvinte, local de circulação/ publicação), conteúdo temático e construção composicional e marcas linguísticas. Daí ser preciso muito cuidado ao organizar uma sequência que proponha a leitura e a produção de “gêneros diversos”.
  • 11. 11 Nossa sugestão é pautar a escolha dos gêneros, considerando a atividade discursiva que caracteriza as diferentes esferas em que os textos circulam. É importante que se selecione gêneros que possam aproximar as modalidades oral e escrita da linguagem e que tenham contextos convergentes. Por exemplo, artigo de divulgação científica/ seminário; notícia, reportagem/ notícia televisiva e radiofônica; artigo de opinião/ comentário; carta de solicitação e de reclamação/ debate etc. Em outras palavras, é necessário observar os possíveis entrelaçamentos entre os gêneros. A biografia, gênero da esfera escolar, combina com entrevista, currículo, blogs e postagens no facebook, gêneros que o biógrafo pode consultar para a produção da biografia. Na esfera literária, alguns dos elementos do conto podem ser observados na piada, nas HQs, nos relatos de fatos cotidianos, nos relatos históricos. E assim por diante... Mais difícil seria trabalhar em uma sequência contos, verbetes de enciclopédia, artigos de opinião, entrevistas, canção, pois os contextos de produção desses gêneros não são convergentes, o que não impede, obviamente, de encontrar uma ou outra característica comum nesses gêneros. Assim, a decisão de abordar vários gêneros requer, como dissemos, muitos cuidados de natureza didática: a organização do tempo, o planejamento do trabalho em sequência didática, o entrelaçamento dos gêneros. Os projetos indicados Professora: Mara Rúbia Corrêa Maia Rego Título do trabalho: Pescadores de Histórias: Escritores de Memórias Cidade: Parintins Estado: AM Pescadores de Histórias: Escritores de Memórias é um trabalho voltado principalmente para produção de texto. O intuito é produzir textos de diferentes gêneros a partir de pesquisa das histórias contadas por pescadores de Parintins. Os alunos de 8° ano visitam as famílias de pescadores e escrevem os relatos ouvidos, escolhendo o gênero mais adequado: receita, memória, conto, causo, poema, biografia. O trabalho é relevante, porque valoriza o universo cultural dos alunos, que escrevem sobre algo que faz parte do universo deles. O texto produzido funciona, de certo modo, como a materialização desse universo.
  • 12. 12 Conforme o relato da professora Mara Rúbia, a turma do 8° ano que realizou o trabalho era bastante heterogênea, composta por alunos indígenas e outros procedentes de escolas da zona rural. A proposta favoreceu o envolvimento de todos nas atividades de produção escrita. O percurso começou com uma conversa sobre “projetos” e com o levantamento do perfil dos alunos e dos seus familiares. Depois os alunos foram orientados a “infiltrarem-se” nas famílias dos pescadores (em muitos casos na própria família) e colherem os relatos, que foram gravados e posteriormente escritos. Os resultados dessa “coleta” foram textos de gêneros variados que foram reunidos e publicados em uma revista. No desenvolvimento do trabalho, os alunos puderam refletir sobre as diferenças e as semelhanças na organização de textos utilizados em diversos contextos de uso linguístico; puderam analisar a estrutura dos textos narrativos; puderam observar as diferenças entre linguagem oral e escrita, bem como analisar o uso das diferentes variedades linguísticas. A expectativa da professora era a de que os alunos conseguissem registrar os relatos ouvidos em textos escritos claros, coerentes e com uma função social definida. A sequência didática é muito boa, mas as atividades para a preparação da revista poderiam ser mais cuidadas, principalmente o trabalho de transcrição dos relatos, para que os estudantes percebessem que há maneiras diferentes de utilizar a linguagem, dependendo do contexto social e da situação de uso. Faltaram aprofundamentos, reflexões e atividades que favorecessem a apropriação dos gêneros que foram produzidos. O processo de revisão dos textos é outro ponto que poderia ser melhorado. Importante destacar que os gêneros coletados e escritos foram materializados na forma de revista e posteriormente divulgados na comunidade. Conforme o relato da professora, o impacto da revista entre os pescadores de Parintins foi brutal: a comunidade de pescadores além de financiar 200 exemplares da revista, participou também do seminário final. Professora: Gleiciane Rosa Vinote Rocha Título do trabalho: Entrevista: um encontro combinado com personalidades do nosso bairro
  • 13. 13 Cidade: Barra Mansa Estado: RJ Entrevista: um encontro combinado com personalidades do nosso bairro é um trabalho voltado para o gênero entrevista. Além das “características do gênero” (título, texto introdutório, perguntas instigantes), a professora trabalhou a modalidade oral da língua. Os alunos aprenderam a editar entrevistas orais, eliminando marcas características da linguagem oral e refletindo sobre níveis de formalidade e a interação num discurso. O trabalho foi proposto para que os alunos conhecessem o gênero, observassem o nível de formalidade em entrevistas, produzissem uma entrevista oral com uma personalidade do bairro e transcrevessem-na para escrita, eliminando marcas da oralidade. A professora Gleiciane procurou repertoriar os alunos, apresentando um modelo de entrevista escrita e dois de entrevista falada. A professora usou também as entrevistas transcritas do livro Gramática do Português Falado (os alunos transcrevem as entrevistas e eliminam marcas de oralidade e inserem sinais de pontuação.). Dessa forma os alunos adquiriram um maior domínio sobre a linguagem oral e produziram boas entrevistas, refletiram sobre diferenças entre fala e escrita, aprenderam que o sucesso de uma entrevista depende muito da qualidade das perguntas e do preparo do entrevistador. Os alunos aprenderam a identificar marcas de oralidade e eliminar repetições bastante comuns nos textos falados. O passo a passo do trabalho é muito coerente/ compatível com os objetivos e conteúdos. A professora Gleiciane, para aprofundar a comparação entre entrevista falada e escrita, apresentou dois vídeos com entrevistas que mostravam diferentes graus de formalidade no uso da fala. Depois o trabalho ficou voltado para a reflexão sobre a proposição de perguntas que teriam de ser interessantes e que deveriam fugir do “sim”, “não”. O próximo passo foi editar entrevistas transcritas do livro Gramática do português falado, da Maria Helena de Moura Neves. Os alunos tinham de eliminar as marcas de oralidade e escrever o texto introdutório a partir das perguntas e das respostas que liam. Só depois, os alunos foram a campo gravar as entrevistas com as personalidades do bairro. Comparando as gravações e o texto escrito, é possível observar que os alunos realmente editaram os textos, observando as diferenças entre o texto falado e o escrito.
  • 14. 14 Faltou trabalhar mais profundamente a edição dos textos. Além de cortar as marcas de fala, outros conteúdos relacionados aos padrões de escrita poderiam ter sido explicitados. Faltou também definir mais claramente o propósito social das entrevistas. Professor: Glaucio Ramos Gomes Título do trabalho: Turma da poesia Cidade: Recife Estado: PE Turma da poesia é um trabalho que apresenta uma sequência de atividades focada no gênero poema. O intuito é fazer com que alunos da 5ª e 6ª séries mergulhem no universo da linguagem poética, lendo e escrevendo poemas, aprendendo a reconhecer os sentidos figurativos das palavras e recursos da linguagem poética, como a comparação poética, a metáfora. A sequência proposta é bem construída e os conteúdos trabalhados são adequados. A sondagem que o professor Glaucio faz no início do trabalho e a sondagem que faz ao final mostram que os alunos familiarizaram-se com a linguagem poética. O professor propôs várias situações didáticas, para ensinar aos alunos o que era linguagem figurada, o que era comparação metafórica, metáfora. Os alunos aprenderam a reconhecer nos poemas que liam e a usar nos poemas que escreviam alguns elementos da linguagem poética. Também aprenderam a recitar os poemas de uma maneira mais satisfatória: buscando o tom correto, com postura corporal. Dessa forma os alunos passaram a valorizar mais os poemas e a linguagem poética. A sequência é boa, mas há algumas atividades que, na tentativa de ser lúdicas, acabam enfraquecendo o trabalho. Há, porém, idéias de atividades que são muito boas: banco de palavras com possibilidades de elaborar metáforas e comparações; gravação da recitação dos alunos, para autoavaliação. Além das recitações de poemas produzidos para a escola e para alunos de outras classes, o professor criou um varal de poemas e situações de recitação para socializar as produções. O trabalho ficaria ainda mais interessante se o professor, primeiramente, explorasse a relação intrínseca entre forma e conteúdo. Há uma preocupação com a técnica da leitura, com questões técnicas da elaboração do texto em verso. Mas há poucas
  • 15. 15 atividades que envolvam compreensão e, principalmente, que mostrem ao aluno as possibilidades de construção de sentido nas relações entre forma do texto e conteúdo. No trabalho de recitação, as preocupações do professor são válidas, mas há pouca evidência do principal: se os alunos compreendem o que leem. Professora: Sílvia Luciana Montoro Título do trabalho: Mangás e Animes: artes intertextuais Cidade: São Bernardo do Campo Estado: SP Mangás e Animes: artes intertextuais é um trabalho voltado para o estudo da intertextualidade na leitura e na produção dos gêneros mangá e anime. A professora Sílvia, que leciona a disciplina Leitura e Produção de textos, escolhe trabalhar com gêneros que são familiares aos alunos. Considerar a história de leitura dos alunos é um jeito interessante de envolvê-los nas atividades de interpretação e de produção e um bom ponto de partida, para definir os objetivos de leitura e de produção de textos. As produções dos alunos são boas e revelam que se apropriaram da noção de intertextualidade e que se envolveram com as produções dos mangás. Os alunos pesquisaram sobre personagens mitológicos e reconheceram a presença de características deles nos quadrinhos e animações japonesas. Aprenderam também figuras de linguagem, as que aparecem mais em mangás e em HQs. A professora Sílvia iniciou sua sequência procurando resgatar o contexto histórico dos mangás e criando condições para que os alunos manuseassem mangás. Depois ela debateu com os alunos as diferenças entre intertextualidade e plágio. Os alunos assistiram aos DVDs dos Cavaleiros do Zodíaco, leram e analisaram textos, para observar a questão da intertextualidade; fizeram resenhas críticas e produziram mangás. O problema é que boa parte das produções está colada aos textos da Wikipedia. As pesquisas sobre a história dos mangás poderiam ser mais aprofundadas. Os alunos pesquisam os personagens mitológicos também na Wikipédia. O trabalho, assim, não fornece um bom modelo de pesquisa.
  • 16. 16 Professor: André Magri Ribeiro de Melo Título do trabalho: Literatura de Terror: uma visita à elegante essência do medo Cidade: Ipanguaçu Estado: RN Literatura de Terror: uma visita à elegante essência do medo é um trabalho voltado para a literatura de terror, para despertar nos alunos de 6°, 7°, 8°e 9° anos a paixão pela literatura. É um trabalho interessante, porque coloca o aluno diante de um diversificado quadro de gêneros que trazem à tona a temática do terror. Alunos do 6° ano leem HQs de suspense; alunos do 7° ano leem contos de terror; alunos do 8° ano escrevem resenhas críticas a partir de trailer e obras cinematográficas; alunos do 9° ano estudam textos de opinião e escrevem artigos de opinião com base em obra literária e filme. Assim o tema geral “literatura de terror” pode ser aprofundado na análise de diferentes práticas de representação, explorando aspectos temáticos em cada ano trabalhado. A conseqüência dessa ação é a ampliação do repertório dos alunos. Os alunos aprenderam a oralizar textos de diferentes gêneros, a identificar os gêneros textuais trabalhados, a escrever textos coesos e coerentes, a fazer revisão ortográfica nos textos produzidos. O problema é que os conteúdos que foram trabalhados aparecem difusos no relato. Aparece uma descrição do que foi feito, mas sem que os conteúdos e procedimentos fossem explicitados. Em todas as séries, é possível perceber a preocupação do professor em repertoriar os alunos com a leitura dos gêneros escolhidos e estudo das biografias dos autores lidos. Mas o relato é vago e genérico. A paixão do professor pela literatura é contagiante. Esse fato, em um trabalho voltado para a leitura do texto literário, é crucial. Sabemos que o aluno ama o amor do professor.